MetLife: A “UBER” dos mediadores estará pronta em julho

  • ECO Seguros
  • 26 Junho 2019

A nova plataforma digital vai acelerar o negócio dos agentes e mediadores da seguradora e será testada em Portugal

A seguradora MetLife, com forte posição em seguros de vida e acidentes pessoais, revelou esta quarta feira, dia 26 de junho, que vai finalizar em julho o projeto pioneiro que recorre a tecnologias de geolocalização e de inteligência artificial para potenciar o marketing digital, acelerar o negócio e aumentar a geração de receitas da sua rede de agentes. Portugal será o local de teste a nível mundial.

Segundo a seguradora, com esta plataforma digital os agentes podem utilizar as suas próprias redes de contacto, nomeadamente as redes sociais, de uma forma simples e rápida. O objetivo é aumentar as oportunidades de negócio, tirando partido das novas tecnologias para aumentar o volume de vendas.

A nova ferramenta, que Nuno Costa, AVP e Head of Direct Marketing da MetLife na iberia, revelou vir a estar pronta já em julho, é uma plataforma omnicanal que gera leads de potenciais consumidores interessados a partir de canais digitais da seguradora e os direciona, através do código postal dos clientes e da geolocalização dos agentes de seguros, escolhendo o mediador mais adequado para contactar o cliente.

Por sua vez, a plataforma fornece ao agente a informação que o potencial cliente submeteu nos canais digitais, com o consentimento do próprio cliente, de modo a tornar mais eficiente e aumentar as taxas de sucesso do processo de concretização da venda. “É a UBER dos seguros”, sintetizou Nuno Costa reafirmando que na MetLife “não acreditamos que as máquinas vão substituir mediadores”.

Explicando a razão do lançamento desta plataforma em Portugal, Óscar Herencia, VP South of Europe & General Manager da MetLife na Iberia, afirmou “a rede de agentes portugueses da MetLife é reconhecida no grupo como um case study, sendo as suas boas práticas comerciais replicadas noutros mercados da Europa”. Após o teste em Portugal a plataforma será estendida à região europeia da MetLife.

 

Óscar Herencia: “Rede de agentes em Portugal é case study para a MetLife”

 

O projeto resulta de uma parceria entre a MetLife e a Lucep, uma fintech de Singapura, e permite “melhorar a resposta dos agentes de seguros às mudanças nos hábitos de compra dos consumidores – cada vez mais digitais”, afirma a seguradora.

A parceria surgiu depois de a Lucep ter sido a startup vencedora da terceira edição do programa aberto de inovação global da MetLife, Collab 3.0 EMEA, criado pela LumenLab, que visa envolver a nível global as startups de insurtech, proporcionando-lhes uma oportunidade de expandir seus negócios.

A MetLife é uma seguradora global de seguros de vida, pensões, benefícios para funcionários e gestão de ativos. Com cerca de 100 milhões de clientes, opera em quase cinquenta países e mantém posições predominantes nos mercados dos Estados Unidos, Japão, América Latina, Ásia, Europa e Médio Oriente.

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Necessidade de automação não significa eliminação de postos de trabalho

Só no norte do país a automação dos processos vai pôr em causa 190 mil postos de trabalhos até 2030. Segundo a CIP a requalificação de mão de obra é imperativa para aumentar a competitividade.

O mercado de trabalho vai sentir os efeitos da automação, especialmente no norte do país. Até 2030, 421 mil postos de trabalho serão perdidos sobretudo no setor da manufatura, de acordo com um estudo da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), sendo que serão criados 227 mil novos postos.

De acordo com o relatório divulgado, esta quarta-feira, prevê-se uma destruição líquida de cerca de 190 mil empregos no norte do país, consequência da automação. O setor têxtil (dentro da manufatura) é a área mais afetada pela automação, em termos de perda de postos de trabalho, representando “metade das perdas”, segundo dados avançados pelo estudo.

Para o autor do estudo, João Duarte, a “automação não significa necessariamente o despedimento dos trabalhadores mas sim uma aposta das empresas em trabalho qualificado. O objetivo é as empresas fazerem uma realocação interna de recursos humanos de forma a não existir perda liquida”, salienta.

João Duarte evidencia que “a robotização não vai pôr em causa os postos de trabalho mas sim ajudar a aumentar a competitividade de Portugal em vários setores, nomeadamente no têxtil. É um setor onde existem atividades manuais que são muito propensas a serem automatizadas face a outras industrias de manufatura”, explica.

234 mil trabalhadores do Norte necessitarão requalificar-se

A requalificação é um dos maiores desafios da automatização no mercado laboral em Portugal, devido ao baixo nível de escolaridade e à população envelhecida. Só no norte cerca de 14% da força de trabalho tem que apostar na requalificação de mão-de-obra qualificada. Segundo o autor do estudo, esta requalificação é necessária e defende que “Portugal deve investir muito mais na requalificação para ganhar competitividade”.

Para João Duarte existe uma clara necessidade de requalificar os trabalhadores tendo em conta que só irá trazer vantagens, nomeadamente um aumento de produtividade. Segundo o estudo, 52% do tempo despendido em tarefas laborais atuais é suscetível de ser automatizado recorrendo à tecnologia atual, podendo aumentar para 70% em 2030. “Do ponto de vista das empresas investir em requalificação faz com que diminua a pressão salarial que tem existido ao longo dos anos em trabalho qualificado”, alerta o autor do estudo ao ECO.

Um das maiores vantagens da automatização é a rentabilização do tempo

Para João Duarte, a automatização numa escala de expansão irá reduzir a necessidade de contratação de novos funcionários que têm baixas qualificações — não estamos a falar de eliminação de postos de trabalho mas sim da eliminação de horas de trabalho para tarefas que tem baixo valor adicionado”, conclui.

"O salário médio dos trabalhadores não qualificados está estagnado mas se olharmos para o salário dos trabalhadores qualificados este tem aumentado brutalmente. ”

João Duarte

Autor do estudo “O Futuro do Trabalho em Portugal – O Imperativo da Requalificação: Impacto no Norte”

Segundo a CIP, o investimento em requalificações tem o retorno de um para sete. Para João Duarte, “um trabalhador que decida investir em requalificação vai ter um retorno ao longo da sua vida de sete vezes o custo que investiu”. Para o autor do estudo esta requalificação vai permitir benefícios para o trabalhador, nomeadamente o “aumento salarial, mais oportunidades de emprego, aumento de salário e fazer tarefas menos repetitivas”, refere.

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Galp e papeleiras animam Lisboa. Bolsa prova primeiros ganhos da semana

A bolsa nacional encerrou no verde, impulsionada pelas cotadas do setor papel e pela Galp. PSI-20 registou primeiros ganhos da semana.

A bolsa de Lisboa encerrou em alta, impulsionada pelos títulos da Galp Energia que subiram mais de 2%. Também as cotadas do setor do papel deram um forte impulso à bolsa, ao registarem ganhos entre os dois e os 3%. Nas restantes praças europeias o sentimento foi de quedas.

O PSI-20, o principal índice português, somou 0,34% para 5.079,45 pontos, encerrando em alta após duas sessões consecutivas no vermelho e registando a primeira subida da semana. Das 18 cotadas nacionais, sete fecharam com perdas, uma inalterada e dez valorizaram.

A contribuir para este desempenho do principal índice bolsista nacional estiveram as ações da Galp Energia que valorizaram 2,39% para 13,49 euros, numa altura em que o preço do barril de petróleo está a subir cerca de 3% nos mercados internacionais.

A impulsionar também a bolsa nacional estiveram as papeleiras, com destaque para a Altri que subiu 3,17% para 6,03 euros, representando a maior subida desta sessão. A ajudar esteve a Navigator que subiu 1,91% para 3,314 euros e a Semapa que avançou 1,82% para 12,34 euros.

Ainda nas subidas, destaque para os CTT que recuperaram e encerraram a somar 1,38% para 2,064 euros. A empresa bateu um novo mínimo histórico durante a sessão desta quarta-feira, tocando nos 2,01 euros, pressionados pela ordem do regulador para que despesas do negócio postal e bancário sejam separadas. Mas chegaram ao final do dia bem acima da linha de água.

A impedir uma subida mais expressiva do índice estiveram as ações do setor energético: a EDP recuou 0,3% para 3,34 euros, enquanto a EDP Renováveis desvalorizou 0,22% para 8,98 euros. A REN, por sua vez, caiu 0,41% para 2,415 euros.

Destaque ainda para a Nos que recuou 0,09% para 5,735 euros, enquanto a Jerónimo Martins desvalorizou 1,58% para 14,015 euros, representando a maior queda desta sessão.

(Notícia atualizada às 16h58 com mais informação)

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PPP no Hospital de Braga poupou ao Estado 300 a 400 milhões de euros

  • Lusa
  • 26 Junho 2019

O Hospital de Braga estará sob a gestão da José de Mello Saúde, ao abrigo de uma PPP, até 31 de agosto. Esta parceria terá poupado ao Estado entre 300 a 400 milhões de euros.

A parceria público-privada (PPP) para a gestão do Hospital de Braga significou, nos últimos dez anos, uma poupança para o Estado de entre 300 a 400 milhões de euros, foi divulgado esta quarta-feira pela administração cessante.

Os números foram tornados públicos durante a sessão comemorativa dos dez anos do Hospital de Braga, sob a gestão da José de Mello Saúde, ao abrigo de uma PPP que dura desde setembro de 2009 e que chegará ao fim em 31 de agosto.

Durante a vigência da PPP, e ainda de acordo com os dados revelados esta quarta-feira, as consultas no Hospital de Braga cresceram 75%, as cirurgias 101%, as urgências 100% e os exames e análises 313%.

“O Hospital de Braga é hoje um projeto vencedor, ao fim destes dez anos o sentido de dever cumprido não podia ser maior”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde.

Para Salvador de Mello, o Hospital de Braga assume-se hoje como “um dos melhores e mais eficientes” do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Sublinhou que, apesar deste “legado” e das “evidências da eficácia da gestão”, a PPP não foi renovada “por iniciativa do Estado”.

“É um capítulo que se encerra e que põe fim a esta história de sucesso”, disse ainda, vincando o “total empenho” da José de Mello Saúde para uma passagem de testemunho “totalmente tranquila”.

No mesmo registo, o presidente da comissão executiva do Hospital de Braga, João Ferreira, destacou que foi “mais do que duplicada” a acessibilidade aos cuidados de saúde especializados, com uma “poupança clara para o erário público”.

Disse ainda que o hospital nunca colocou “qualquer limitação” à prestação dos cuidados de saúde, mesmo com o “constante aumento da procura, muito acima do caderno de encargos da PPP”, contratualizado com o Estado.

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Bitcoin com semana eufórica. Dispara 30% em três dias

Estão de volta os dias de euforia em torno das criptomoedas? A bitcoin dispara esta quarta-feira 14% para 12.900 dólares. Desde dezembro do ano passado já triplicou de valor.

A bitcoin parece estar de volta aos dias de euforia que viveu no final de 2017. Dispara 30% esta semana, com os investidores céticos em relação ao motivo por detrás desta valorização. Será que a nova criptomoeda do Facebook está a renovar o apetite dos investidores pelas moedas virtuais?

Considerada a “mãe” das criptomoedas, a bitcoin valoriza esta quarta-feira cerca de 14%, superando os 12.900 dólares pela primeira vez desde janeiro de 2018, há ano e meio. A divisa digital soma 200% desde dezembro, o que faz esquecer o mau desempenho no ano passado após uma ascensão meteórica em 2017.

“Embora entenda o entusiasmo da comunidade em relação ao facto de uma empresa como o Facebook, apoiado por outros grandes nomes, tenha lançado a sua própria moeda digital, isto parece-se muito com o que aconteceu na última vez e todos sabemos o que se veio a passar a seguir”, referiu Craig Erlam, da Oanda, numa nota citada pela Bloomberg.

“Talvez desta vez a queda não seja tão acentuada dado que estamos a assistir a uma adoção mais generalizada, mas estaríamos a ser ingénuos se pensássemos que a bitcoin não voltará a sofrer novo crash”, acrescentou o mesmo especialista.

A última vez que a bitcoin cotou nos 12.000 dólares foi em dezembro de 2017. Chegou ainda a atingir um valor máximo de 19.511 no final desse mês, antes de entrar em profunda depressão que atirou a moeda para o patamar abaixo dos 6.000 dólares em fevereiro deste ano.

Bitcoin volta a brilhar

Fonte: Reuters

Há dúvidas se este rally terá a ver com o anúncio de novas moedas digitais por parte do Facebook ou JPMorgan Chase. Na semana passada, a rede social de Mark Zuckerberg apresentou a sua moeda libra, que será lançada no primeiro semestre de 2020. Será assente em tecnologia blockchain e, ao contrário de outras criptomoedas, procurará ter a volatilidade controlada, como acontece com os câmbios das moedas reais mais fortes. Esta divisa digital está a ser desenvolvida pelo Facebook em parceria com outras 27 empresas dos setores financeiro, telecomunicações ou retalho.

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Ciclo Business powered by technology : 26 JUNHO – Gestão de Recursos Humanos na Era Digital

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  • 26 Junho 2019

Dia 26 de junho no Ciclo de Conversas Business powered by Technology debate-se como o desenvolvimento tecnológico e a transformação digital estão a mudar a gestão nos seus vários domínios.

Este segundo encontro será subordinado ao tema “A Gestão de Pessoas na Era Digital” e conta com a presença de Gonçalo Vilhena (Randstad), Pedro Ramos (TAP), Paula Carneiro (EDP) e de Susana Almeida Lopes (VdA).

Fernando Resina da Silva – Group Executive Partner VdA, bem como Susana Almeida Lopes – Diretora de Desenvolvimento Organizacional VdA falam sobre o tema.

– De que falamos em concreto quando relacionamos a evolução tecnológica com as mudanças na gestão de pessoas?

A quarta revolução industrial disponibiliza às empresas um manancial de novas tecnologias – como a robótica, a inteligência artificial, a internet das coisas – e de novos recursos computacionais – disponíveis através da internet e dos serviços de Cloud Computing -, que não existiam de todo ou que, pelo menos, não estavam ao alcance da maioria das empresas. Estes recursos tecnológicos vêm colocar em causa os modelos em que as empresas operam, permitindo-lhes avançar para o que se tem denominado como o processo de transformação digital que, quando bem pensado e executado, pode tornar as empresas mais inovadoras, mais produtivas, mais eficientes, ou seja, mais competitivas.

Esta transformação digital conduz a que muitas tarefas até agora realizadas por pessoas passem a ser realizadas, com maior rapidez e muitas vezes com maior qualidade, pelas máquinas. Os robots e a automação nas linhas de produção são um claro exemplo disto. Por outro lado as tecnologias permitem trabalhar informação como até agora não era possível. Veja-se, por exemplo, a utilização de inteligência artificial para previsão de vários comportamentos, desde as tendências dos consumidores até à antecipação de avarias e manutenção de veículos.

Toda esta tecnologia se, por um lado, fomenta o aparecimento de novas profissões, como os data scientists ou “treinadores” de robots, vem por outro lado tornar obsoletas muitas tarefas, e mesmo algumas profissões. Aqui surge uma tensão que se pode resumir à possibilidade de substituição da pessoa pela máquina. Ou melhor, na necessidade imperiosa da pessoa se adaptar ao trabalho em conjunto com a máquina.

– Quais os principais desafios legais que se colocam às empresas portuguesas neste domínio?

A legislação, por regra, é reativa. A evolução da tecnologia e a dinâmica das empresas é mais rápida do que a evolução da legislação. Mas a legislação deve, tão rápido quanto possível, ir regulando o que são as novas realidades num equilíbrio, nem sempre fácil, entre permitir o avanço tecnológico, que se traduz em maior competitividade para as empresas, e assegurar os direitos dos colaboradores, que em regra são a parte mais frágil neste processo evolutivo.

A relação entre a pessoa e a máquina levanta desafios legais tão simples como o facto da máquina não parar, podendo trabalhar ininterruptamente, o que não acontece, nem pode acontecer, com as pessoas. Surgem assim e desde logo tensões quanto ao tema dos horários e organização do trabalho, nem sempre fáceis de regular. Por outro lado, matérias como o recrutamento e seleção de colaboradores, que hoje podem ser realizadas por mecanismos que utilizam inteligência artificial, podem levantar problemas de enviesamentos, resultantes da programação destas plataformas de seleção. Podemos ainda tomar o exemplo da requalificação dos colaboradores ou do seu despedimento por incapacidade de adaptação, temas que adquirem uma dimensão mais relevante no contexto tecnológico. Finalmente a próprio relação laboral e o que mais a carateriza, a denominada subordinação jurídica que constitui o elemento diferenciador do vínculo laboral dos restantes – sintetizado no poder de direção e disciplinar do empregador sobre o colaborador – passa a manifestar-se de outras formas nos novos modelos de trabalho na era tecnológica. Neste contexto não é muitas vezes evidente quem é o empregador nem quais são as manifestações da subordinação laboral. A discussão sobre os novos modelos pode conduzir inclusivamente à alteração do paradigma diferenciador do vínculo laboral e levar à fixação de outros modelos que mereçam efetiva tutela da legislação laboral.

Estes são apenas alguns exemplos dos desafios que se colocam à legislação laboral na era da transformação digital.

 

Fernando Resina da Silva
Susana Almeida Lopes

 

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Trump continua a atacar Powell: “Eu tenho o direito de o afastar”

O Presidente dos Estados Unidos continua a atacar Jerome Powell, afirmando que tem todo o direito de o demitir do cargo de presidente da Reserva Federal dos EUA. Para o lugar escolheria Mario Draghi.

Os ataques de Donald Trump ao presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) continuam. Em entrevista à Fox, o líder da Casa Branca afirmou que, caso queira, tem direito a demitir Jerome Powell e que, a ocupar essa cadeira, deveria estar Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu (BCE).

“Nunca ninguém tinha ouvido falar dele antes, eu mudei isso e agora ele quer mostrar o quão duro é”, disse o presidente dos Estados Unidos sobre Jerome Powell, em entrevista à Fox esta quarta-feira, citado pela Bloomberg (conteúdo em inglês). “Muito bem, vamos deixá-lo mostrar o quão duro ele é. Ele não está a fazer um bom trabalho.”

Donald Trump criticou fortemente a Fed por não ter reduzido as taxas de juro na semana passada, acusando os decisores políticos de terem “estragado tudo” no passado dia 19 de junho, quando mantiveram a taxa diretora, embora tenham sinalizado que poderiam revê-la em baixa no final deste ano.

O Presidente dos Estados Unidos comparou a Fed a uma “criança teimosa” e embora tenha negado que tenha ameaçado demitir Powell disse que tem autoridade para o fazer.

“Eu tenho o direito de o afastar. Eu tenho o direito de o despedir”, disse Donald Trump na mesma entrevista, embora “nunca tenha sugerido” que iria fazê-lo. Acrescentou ainda que a liderar a Reserva Federal deveria estar o presidente do BCE, Mario Draghi, “em vez da pessoa que está na Fed”. Declarações que surgem uma semana depois do presidente norte-americano ter acusado o presidente do BCE de concorrência desleal, depois desde se ter referido à possibilidade de avançar com novos estímulos.

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Saúde diz que 60% dos utentes do SNS não pagavam taxas moderadoras em 2018

Informações novas sobre o acesso ao SNS mostram que são mais de metade os utentes do SNS que têm isenção nas taxas moderadoras. Centros de Saúde valem metade das receitas com estas taxas.

O Bloco de Esquerda quer isentar os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) do pagamento de taxas moderadoras nos centros de saúde, mas o PS quer que este fim seja faseado. Mas afinal quantos utentes estão isentos do pagamento desta taxa? Ao ECO, fonte oficial do instituto que gere os recursos do SNS revela que, em 2018, “cerca de 60% dos utentes” não pagavam taxa moderadora, uma percentagem “em linha” com a registada no ano anterior.

No final de 2018, o SNS registava 5.770.804 de utentes isentos ou dispensados de pagamento de taxas moderadoras. Este é o valor mais atual e foi revelado ao ECO pela ACSS. O número de isenções atribuídas no ano passado revela uma redução de 2% face às registadas no ano anterior e mostra ainda que, desde 2015, o total de utentes isentos tem vindo a recuar sucessivamente. Em três anos, o SNS atribuiu menos 340.968 isenções nas taxas moderadoras, o que representou uma quebra de 5,6%.

Evolução dos utentes isentos

Fonte: ACSS

Apesar da redução do número do número de utentes isentos entre 2015 e 2018, a receita gerada pelas taxas moderadoras não tem aumentado. Pelo contrário. Se em 2015, entraram nos cofres públicos 190 milhões de euros em receitas das taxas moderadoras, em 2018, já só entraram 161 milhões de euros. O valor caiu de ano para ano neste período que corresponde ao da atual governação. A partir de 2011, quando entrou em vigor a atual lei que regula as taxas moderadoras, e até 2015, registaram-se aumentos de receitas todos os anos, à exceção de 2014.

No ano passado, as receitas geradas pelos centros de saúde (onde se incluem urgências) representavam 88 milhões de euros, num bolo total de 161 milhões de euros. Ou seja, cerca de 55% das receitas com taxas moderadoras vêm dos centros de saúde. A proposta dos bloquistas incide precisamente sobre esta fatia de receitas.

Em 2018, a maioria dos isentos tinham como critério de isenção “insuficiência económica”, “menores de 17 anos e 364 dias” e com “incapacidade igual ou superior a 60%”, acrescenta a ACSS. Existem outras razões que dão lugar a isenção do pagamento de taxas moderadoras, como por exemplo ser desempregado, bombeiro ou estar grávida.

(Correção: Esta notícia, na sua versão inicial, dizia, erradamente, que o número de isentos de taxas moderadoras em Portugal era de 45%. Esta informação foi enviada ao ECO pela ACSS que, posteriormente, corrigiu os dados, dizendo que afinal a percentagem de isentos era de 60%).

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Negociações entre EUA e China trazem otimismo a Wall Street

As bolsas norte-americanas estão em alta, depois de o secretário do Tesouro norte-americano ter dito que os Estados Unidos e a China estão perto de alcançar um acordo comercial.

Os principais índices dos Estados Unidos estão em alta, com os investidores animados quanto às negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Em entrevista à CNBC, o secretário do Tesouro norte-americano disse que os dois países estavam bastante perto de alcançar um acordo. O disparo das ações da fabricante de chips Micron também está a animar os mercados.

O índice de referência S&P 500 está a subir 0,32% para 2.926,68 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,25% para 26.614,64 pontos. A acompanhar estes desempenhos está o tecnológico Nasdaq que avança 0,8% para 7.947,89 pontos.

Wall Street está animado depois das declarações de Steven Mnuchin, secretário do Tesouro norte-americano, em entrevista à CNBC (conteúdo em inglês). “Estamos a cerca de 90% do caminho [para alcançar um acordo] e penso que há uma maneira de completá-lo”, disse, sem adiantar mais pormenores sobre os restantes 10% que faltam “percorrer”.

Mnuchin disse ainda que está confiante de que Donald Trump e Xi Jinping possam avançar nas negociações já este fim de semana, no encontro do G20. As tensões comerciais entre os dois países intensificaram-se no mês passado depois de os Estados Unidos terem aumentado as tarifas aplicadas sobre os bens chineses, com a China a retalias com tarifas próprias.

A animar ainda mais os mercados estão as ações da fabricante de chips Micron, que sobem 12,7% para 36,83 dólares, depois de a empresa ter anunciado que vai “retomar legalmente” o envio de encomendas para a chinesa Huawei.

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Zeinal Bava: “Viajei de Londres para esclarecer tudo”

Acusado de ter recebido 25 milhões de Salgado, Bava é ouvido esta tarde pelo juiz Ivo Rosa no âmbito da Operação Marquês. "Chegou agora o momento de tudo esclarecer", disse à chegada ao tribunal.

Zeinal Bava, antigo presidente da Portugal Telecom, é acusado de ter recebido 25 milhões de euros de Ricardo Salgado, e vai ser ouvido esta tarde Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa pelo juiz Ivo Rosa. Diz que quer “esclarecer tudo” depois de ter sido achincalhado durante anos após o seu depoimento no Parlamento onde várias vezes respondeu que “não se lembrava”.

“É importante dizer que aqueles que durante tantos anos me achincalharam por causa do infeliz acontecimento no Parlamento que chegou agora o momento de, com serenidade, aqui no tribunal, tudo esclarecer e é isso que pretendo fazer”, disse Zeinal Bava aos jornalistas à chegada ao tribunal em Lisboa, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Assistiu-me o direito de não falar, mas viajei de Londres justamente para poder vir aqui esclarecer tudo. Se não me levarem a mal, prefiro falar um dia destes e não agora. Tudo que tenho a dizer, vou dizer no tribunal”, acrescentou ainda, sem adiantar mais comentários.

Zeinal Bava é acusado de corrupção, branqueamento e fraude fiscal no caso da Operação Marquês, onde é arguido. O antigo presidente da PT explicou aos procuradores que os 25 milhões de euros entregues pelo ex-presidente do BES — segundo o Ministério Público, a transferência foi feita através da Espírito Santo Enterprise, a sociedade que servia de saco azul do GES — foram apenas confiados a ele para a compra de ações. E deverá ser esta a tese que deverá defender junto do juiz de instrução Ivo Rosa. Este montante já foi devolvido quase na totalidade cinco anos depois.

Quando foi ao Parlamento em fevereiro de 2015, Zeinal Bava foi criticado por ter respondido várias vezes às questões dos deputados com “Não me lembro” ou “Não tenha memória”, numa prestação que marcou a comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.

(Notícia atualizada às 14h53)

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Grupo DIA fecha acordo com credores para refinanciar dívida

  • Lusa
  • 26 Junho 2019

Acordo com credores, que inclui dez bancos e sete 'hedge funds' permite reforçar estrutura de capital do grupo dono do Minipreço com 771 milhões de euros nos próximos quatro anos.

O Grupo DIA, dono do Minipreço, chegou a acordo com os 17 credores para uma injeção de capital de 771 milhões de euros, para garantir a continuação do negócio e o seu reposicionamento para ser competitivo.

Em comunicado, a retalhista espanhola explica que, com base no acordo que envolve dez bancos e sete ‘hedge funds’, o montante poderá ser utilizado ao longo dos próximos quatro anos. A cadeia dona do Minipreço realça ainda que, já conta com 500 milhões de euros que foram injetados pela LetterOne, a principal acionista do grupo.

No mesmo comunicado, a cadeia retalhista que detém também a insígnia Clarel confirma que chegou a acordo com os bancos credores para ter acesso a uma injeção adicional de 271 milhões de euros, que serão utilizados consoante as necessidades de negócio.

Este acordo prevê ainda a possibilidade de aceder a mais 100 milhões de euros através de aumento de capital.

O DIA detalha que o financiamento será estruturado até 600 milhões provenientes dos acionistas, através de um aumento de capital, dos quais 500 milhões serão assegurados pela principal acionista LetterOne. O montante de 200 milhões é obtido através de um empréstimo garantido também pela LetterOne e 71 milhões serão assegurados pelos credores atuais.

Entre os atuais credores estão o Santander, BBVA, Barclays, Caixa Bank, Deutsche Bank, ING, Postbank, SocGen, Mitsubishi, Bankia e BNP Paribas.

Com a obtenção destes financiamentos, a retalhista assume que ganha a força financeira e a estabilidade para uma estrutura de capital que concretize o objetivo de construir, através do crescimento das vendas, resultados financeiros que assegurem o futuro do negócio. “A empresa está agora numa posição forte para iniciar o seu reposicionamento”, pode ler-se no mesmo documento divulgado esta quarta-feira.

Citado no comunicado, o presidente executivo da retalhista, Karl-Heinz Holland, sublinha que, este acordo, reflete o compromisso do acionista de referência para com a DIA. “Agora, temos a capacidade para lidar com os desafios que temos pela frente e construir uma grande marca do setor da distribuição”, garante Karl-Heinz Holland.

O gestor refere ainda que a estratégia que definiu agora é de atuar de forma efetiva em benefício dos clientes, colaboradores, franqueados e fornecedores.

Depois de fechado este acordo, o DIA garante ainda que cumprirá com as suas obrigações financeiras relativas aos bónus que vencem em 22 de julho, sendo que agora a prioridade é restabelecer o quotidiano do negócio.

A cadeia retalhista tem presença em Espanha, Portugal, Brasil e Argentina.

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Segurança Social vai abrir balcões nos países com mais emigrantes

  • Lusa
  • 26 Junho 2019

Vieira da Silva anunciou, esta quarta-feira, que a Segurança Social vai abrir balcões nos consulados nos países com mais emigrantes para apoiar esses beneficiários.

O Governo vai começar a abrir balcões da Segurança Social nos consulados até ao final do ano, para apoiar os pedidos de emigrantes, anunciou esta quarta-feira, no Parlamento, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A abertura de balcões de atendimento da Segurança Social nos principais países de emigração de portugueses tem como objetivo “facilitar” pedidos destes emigrantes, e vão “funcionar junto de embaixadas e consulados”, disse Vieira da Silva.

O ministro, numa audição regimental na Comissão de Trabalho e Segurança Social, não adiantou o número de postos que quer abrir, mas disse que a intenção é que essa abertura decorra “até ao final do ano”.

França, Suíça, Reino Unido e Alemanha são alguns dos países com mais emigração e que podem ser candidatos às primeiras aberturas de postos da Segurança Social.

A criação dos primeiros postos nos países com sistemas de coordenação da Segurança Social com Portugal ou acordos bilaterais ou multilaterais foi noticiada, esta quarta-feira, pelo jornal Público, que precisou não estarem ainda definidos pormenores desta abertura de balcões.

Esta manhã, na comissão, o ministro, questionado sobre o atraso nas pensões de portugueses com parte da carreira contributiva no estrangeiro, Vieira da Silva defendeu a necessidade de ser dado um “passo em frente” para abrir esses serviços da Segurança Social nos países onde Portugal tem mais emigrantes.

Segundo o governante, a “presença de técnicos da Segurança Social nesses países irá facilitar estrategicamente” a atribuição de pensões até ao final deste ano.

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