França: Despesas com seguro de saúde abaixo da meta oficial

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2019

O Tribunal de Contas francês divulgou a sua avaliação sobre o desempenho da segurança social no país no último ano

A despesa em seguros de saúde não progride tanto em França ao não progridem ao ritmo fixado na lei de financiamento da segurança social. O Tribunal de contas francês tornou pública as suas perspetivas sobre a situação financeira da segurança social em 2018 e considera que a redução do défice do sistema geral de segurança social do país é de natureza conjuntural.

O governo francês prometeu fazer regressar as contas da segurança social a terreno positivo ainda este ano.
De acordo com o documento do Tribunal de Contas francês, o défice agregado do regime geral e do fundo de solidariedade de velhice (FSV) aproxima-se do equilíbrio, registando-se um saldo negativo de 1,2 mil milhões de euros em 2018, após ter atingido menos 5,1 mil milhões de euros em 2017.

A taxa de crescimento de progressão do objetivo que a França fixou quanto às despesas em seguro de saúde mostrou-se inferior em 0,1 pontos ao previsto na lei de financiamento da segurança social. Entretanto, a despesa total cresceu mais rapidamente em 2018 do que em 2017 (acima de 2,4%, contra 2%), principalmente devido ao ritmo do crescimento do país.

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‘Capacitadores’ ganham a ‘disruptivos’ nos seguros

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2019

As insurtechs que estão a obter mais êxito no mercado segurador são as que sensibilizam agências e corretores para a necessidade de superar as barreiras da tecnologia

Os ‘capacitadores’ estão a levar a palma aos ‘disruptivos’ na indústria seguradora, tradicionalmente conservadora e vagarosa nos seus movimentos de adaptação a mutações do mercado. Esta a conclusão de Mike Furlong, CEO da Indio Technologies, uma insurtech decidida a renovar o processo de comercialização e renovação do seguro.

A Indio Techologies, de S. Francisco, Estados Unidos, mira as seguradoras que dispõem de plataformas projetadas para digitalizar processos em papel, tornando mais fácil a ligação com os subscritores de seguro. A empresa conseguiu captar um financiamento de 200 milhões de dólares no mercado.

De acordo com Furlong, enquanto os disruptores jogam para perturbar ou substituir os tradicionais players do setor segurador, criando uma concorrência feroz num mercado que é já desafiante, os ‘capacitadores’ emergem com objetivos mais evolucionistas, procurando sensibilizar as agências e corretores para a necessidade de superar as barreiras da tecnologia. Conseguem assim elevar as suas ofertas ao trabalhar em parceria com eles e não contra eles.

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ACB organiza mesa redonda sobre seguros

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2019

Os novos desafios do sector segurador vão ser debatidos num workshop pela Associação Comercial de Braga, no âmbito dos seus “business talks”.

“Seguros e seguradoras, Novos desafios” é o título do workshop que a Associação Comercial de Braga (ACB) promove no próximo dia 9 de julho. O encontro realiza-se no âmbito das ACB Business Talks, sessões de capacitação que a ACB promove, em conjunto com as empresas.

Os novos modelos de negócio, as constantes mutações da vida quotidiana, os novos clientes globais e tecnológicos, o contexto estratégico empresarial, o surgimento da necessidade de criação de novas coberturas ou atualização das existentes, são alguns dos temas que irão ser debatidos nesta iniciativa.

O valor acrescentado do contrato de seguro, os ciber-riscos e a sua cobertura e os desafios futuros das seguradoras e da mediação serão questões abordadas pelo oradores.

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Cobertura de riscos emergentes deve estar na agenda das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2019

O ‘World Insurance Report 2019’ salienta que as seguradoras devem estar atentas às preocupações dos clientes quanto à cobertura de riscos emergentes, desde a segurança cibernética a riscos ambientais.

O World Insurance Report 2019, publicado pela Capgemini e Efma, revela que os segurados estão cada vez mais preocupados com o fato das suas coberturas de seguros se tornarem insuficientes para riscos emergentes, desde a segurança cibernética até às ameaças ambientais. As companhias seguradoras estão menos preparadas para a mudança do que os seus clientes, a maioria dos quais quer uma cobertura mais abrangente e dinâmica. Ao mesmo tempo, existe uma oportunidade significativa para que os players do setor aproveitem a tecnologia e as parcerias para superar as tendências ‘macro’, tornando-se parceiros mais proativos dos seus clientes.

O relatório considera que as seguradoras têm demorado a responder aos riscos emergentes, identificando cinco grandes tendências que estão a gerar riscos emergentes para os clientes de seguros e respetivos negócios: padrões ambientais disruptivos, avanços tecnológicos, evolução das tendências sociais e demográficas, novas preocupações médicas e de saúde e mudanças no ambiente de negócios.

No entanto, a maioria das seguradoras mostra-se vagarosa a responder àquelas tendências e a municiar os clientes para lhes fazer face. Menos de 25% dos clientes empresariais (em todas as regiões geográficas) e menos de 15% dos segurados individuais sentem ter cobertura suficiente para se protegerem contra qualquer um dos riscos emergentes gerados por estas grandes tendências. Menos de 40% das seguradoras de saúde e vida afirmam ter construído um ‘pipeline’ de novos produtos para cobrir os riscos emergentes de forma abrangente. Esta resposta lenta às ameaças emergentes criou lacunas significativas de cobertura aos clientes expostos a riscos emergentes. O relatório estima que 83% dos clientes de seguros individuais apresenta uma média ou alta exposição a ataques cibernéticos, estando apenas entre 3% e 5%, cobertos de uma forma abrangente contra a eventualidade de ocorrerem. Entre os clientes empresariais, 81% encontram-se expostos a custos crescentes com a saúde dos funcionários, em relação aos quais apenas apresentam somente 17% de cobertura; 87% estão em risco de ataques cibernéticos e quase 75% encontram-se ameaçados pelo aumento das catástrofes naturais, para as quais apenas 22% está efetivamente coberto.

À medida que o cenário do mercado segurador muda, os clientes, refere o relatório, mostram uma maior disposição para as mudanças do que os seus fornecedores de seguros. Mais de metade (55%) dos clientes mostram-se disponíveis para explorar novos modelos de seguro, mas apenas um quarto (26%) das seguradoras investe neles. Enquanto 37% dos clientes se dizem muito dispostos a compartilhar dados adicionais em troca de melhores serviços de prevenção e controlo de risco, apenas 27% das seguradoras mostram capacidade de explorar dados em tempo real com o objetivo de modelação de risco.

As seguradoras devem responder às ameaças emergentes e mudar as expectativas dos clientes, adotando novas tecnologias e parcerias, considera o documento. Os recursos de avaliação de riscos podem ser significativamente aperfeiçoados por meio da implementação de ‘Machine Learning’, Inteligência Artificial e ‘analytics’ avançado, além da colaboração efetiva com Insurtechs. O progresso nestas áreas tem sido heterogéneo: a maioria (57%) aproveitou AI, ‘Machine Learning’ e ‘analytics’ avançado, mas somente 29% implementaram o ‘automated risk assessment’. Segundo o relatório, o progresso tecnológico tem de ser acompanhado por uma mudança de atitudes. Se as seguradoras tradicionalmente se veem a si próprias como pagadoras, têm de evoluir para as funções paralelas de parceiro e preventor, trabalhando mais de perto com os clientes para mitigar os riscos e fornecer serviços que tenham uma procura específica.

“As tendências emergentes de risco e as crescentes expectativas dos clientes estão a mudar drasticamente o panorama segurador, e os fornecedores têm de ser ágeis na forma como respondem”, afirmou Anirban Bose, CEO da Financial Services na Capgemini e membro do conselho executivo do grupo. “Esta pesquisa mostra uma lacuna de cobertura em áreas de risco emergente, mas também destaca uma oportunidade importante para as seguradoras. Aqueles que conseguirem fazer evoluir os seus produtos por meio da tecnologia, colaborar com inovadores e pensar em si mesmos como parceiros e preventores junto dos seus clientes, podem beneficiar mais”.
“Esta pesquisa mostra que o futuro do seguro será centrado na parceria”, disse Vincent Bastid, secretário-geral da Efma. “Os fornecedores de seguros devem colaborar com parceiros que oferecem altos níveis de especialização em áreas que vão da IA até à ‘analytics’ avançada. Simultaneamente, têm de se aproximar mais dos seus clientes para fornecer um serviço mais ágil e voltado para a procura que muitos fazem”.

O World Insurance Report (WIR) 2019 abrange os três segmentos gerais de seguro – Vida, Não Vida e seguro de saúde. O relatório deste ano baseia-se em ‘insights’ (perspetivas privilegiadas) de pesquisa de duas fontes primárias – 2019 Global Insurance Voice of the Customer Survey e 2019 Global Insurance Executive Interviews (em tradução livre, o relatório que dá Voz ao Consumidor Global de Seguros 2019 e as Entrevistas com Executivos Globais de Seguros 2019). Estas fontes, em conjunto, cobrem ‘insights’ de 28 mercados: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, México, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia. Pode aceder ao relatório em www.worldinsurancereport.com.

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Petroleiros com prémio de 500 mil dólares ao passar no golfo

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2019

Numa semana decuplicaram os prémios de seguro para petroleiros que querem passar no Golfo Pérsico e em Londres aproveita-se para recuperar nível de preços.

Seis ataques a petroleiros na região do estreito de Ormuz desde maio já tinham feito subir os prémios de seguro sobre os navios que navegam no golfo pérsico, mas desde a semana passada também as respetivas cargas de petróleo e gás natural atingiram valores impensáveis há pouco tempo. Segundo a Bloomberg os seguradores estão a cobrar de 150 mil a 325 mil dólares por uma carga de 130 milhões dólares, quando até à semana passada cobrariam mil dólares. O seguro de um navio tanque no valor de 75 milhões paga agora 200 mil dólares enquanto em janeiro passado a fatura seria 30 mil.

Pelo estreito de Ormuz, no golfo pérsico passam, em superpetroleiros a caminho do Pacífico, cerca de 18 milhões barris de petróleo por dia, quase um quinto do consumo mundial, um pouco menos que os 20 milhões consumidos diariamente nos Estados Unidos e mais que os 15 milhões consumidos todos os dias na União Europeia.

No entanto, esta subida dos prémios de seguro, justificada por risco de guerra, representa apenas 25 cêntimos do dólar por barril de Brent ou Crude que se tem situado nestes mercados entre os 60 e os 70 dólares. Citado pela Bloomberg, Vandana Hari, um consultor especializado de Singapura, afirma que “nem a guerra twiteira de Trump nem a crescente retórica de Teerão fazem subir agora os prémios de seguro, mas mais ataques a navios no estreito de Ormuz ou um confronto militar terão essa consequência”, conclui.

Lloyd’s está a perder mercado do seguro marítimo

Se muita competição e poucos sinistros levaram a quebra das tarifas no tradicional ramo Marítimo da Lloyd’s nos últimos dois anos, no que se tornou um problema para uns e uma oportunidade para outros, as tarifas estão agora a subir.

Os prémios por transporte marítimo de mercadorias aumentaram 12 a 14% este ano enquanto nos iates superaram os 20% ou ainda mais em certas localizações – diz o responsável da MS Amlin, um sindicato segurador baseado na Lloyd’s, citado pela Reuters.

A tentativa é agora de recuperar preços e surge depois de uma quebra no setor nos últimos anos em que baixa sinistralidade estimulou a competição e as tarifas baixaram anormalmente, gerando prejuízos reais, enquanto os riscos geoestratégicos se agravavam na maior parte do mundo. A quota de mercado do Marítimo na Lloyd’s a ficou em 7% em 2018, quando era de mais um ponto na última década. Embora ainda seja um segmento mais importante que a energia ou a aviação, é notado um declínio num ramo que, devido à revolução americana e às guerras napoleónicas, impulsionou a Lloyd’s – hoje com 330 anos de existência- como grande centro segurador à escala mundial.

A crise nas tarifas marítimas resultou de uma estratégia concertada de diminuir a oferta e o CEO da Lloyd’s recomendou mesmo a 99 membros que cortassem 10% dos seus negócios no ramo. A corretora Arthur J. Gallagher & Co tinha já revelado em Fevereiro à Reuters que dez sindicatos da Lloyd’s tinham desistido ou reduzido muito o seu negócio marítimo.

Este abrandamento na gigante londrina tem aberto possibilidades a seguradores fora da Lloyd’s de aproveitarem os negócios, já com bons preços que esta ainda não aceita facilmente. Este reposicionamento está a igualmente beneficiar, diz a Reuters, concorrentes de França, Escandinávia, Estados Unidos e de alguns países asiáticos.

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Governo abre recrutamento de 167 médicos para o SNS, oferece mais 40% de remuneração base

  • Lusa
  • 25 Junho 2019

Governo publicou esta terça-feira o despacho que identifica as zonas carenciadas de recursos médicos, abrindo o processo de recrutamento para as 167 vagas em 17 unidades.

Os ministérios da Saúde e das Finanças abriram esta terça-feira o processo de recrutamento de 167 médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), 50 dos quais médicos de família e os restantes de 13 especialidades hospitalares.

Segundo uma nota conjunta dos dois ministérios é publicado esta terça-feira o despacho que identifica as zonas carenciadas de recursos médicos, abrindo o processo de recrutamento para as 167 vagas.

Entre as vagas em especialidades hospitalares, 14 são para anestesiologia, 15 para cardiologia, 17 para medicina interna, 12 para ginecologia/obstetrícia e 10 para psiquiatria.

O despacho apresenta a distribuição das vagas a preencher por 17 unidades hospitalares e 16 agrupamentos de centros de saúde. As vagas foram definidas considerando as maiores necessidades reportadas pelos serviços, em zonas como o Alentejo, Algarve, nordeste transmontano e as beiras alta e interior.

“Reconhecendo que no setor da saúde ainda existem assimetrias geográficas na distribuição de recursos humanos médicos, o Governo atribui assim a possibilidade de os profissionais se candidatarem a estes postos de trabalho com um acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges”, lê-se na nota.

O Governo avança que a definição das zonas carenciadas passa por critérios como os níveis de desempenho assistencial, produtividade e de acesso, a distância geográfica relativamente a outras unidades de saúde e a capacidade formativa dos serviços e estabelecimentos de saúde.

O comunicado conjunto refere ainda que “está já concluído o procedimento concursal lançado em maio para preenchimento de 398 vagas de medicina geral e familiar, ao qual se candidataram 369 recém-especialistas.

Este processo de recrutamento resulta na colocação de 305 médicos de família no Serviço Nacional de Saúde a partir de julho, “o que permitirá garantir a cobertura a mais meio milhão de portugueses”, refere o comunicado.

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EDP vende mais uma parcela do défice tarifário. Foram 470 milhões de euros

Depois de ter vendido metade do défice tarifário de 2019 no mês passado, a EDP anunciou agora a alienação de mais uma parcela deste ano: 470 milhões de euros.

A EDP chegou a acordo com a Tagus para a venda de mais um parcela do défice tarifário de 2019, relativo ao sobrecusto com a produção em regime especial, no montante de 470 milhões de euros.

Ainda no mês passado a elétrica liderada por António Mexia tinha revelado a alienação de metade do défice tarifário deste ano pelo valor de 610 milhões de euros. Ou seja, já encaixou mais de 1.000 milhões de euros com estas operações em menos de dois meses.

De acordo com a informação prestada ao mercado, a EDP refere que a Tagus vai financiar a aquisição desta parcela de défice tarifário, organizada pela StormHarbour, “através da emissão de 475 milhões de euros de instrumentos de dívida sénior, dos quais 5% serão retidos pela EDP SU (para cumprir com as regras de retenção europeias e dos EUA”, com um cupão de 0,7%.

A operação ainda aguarda a aprovação do prospeto pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “sendo intenção admitir à negociação na Euronext Lisbon”.

Este défice tarifário resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2019 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2017 e 2018), diz a EDP.

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Altice leva fibra ótica a aldeia na Sertã

  • Lusa
  • 25 Junho 2019

Aldeia na Sertã está sem comunicações desde outubro de 2017, na sequência dos incêndios. Agora, a Altice decidiu levar fibra ótica àquela população e presidente da câmara critica a NOS.

A população da aldeia de Marinha de Vale do Carvalho, na Sertã, sem telefone e internet desde outubro de 2017, na sequência de um incêndio, aprovou uma solução para a reposição das telecomunicações, disse hoje presidente da Câmara. “A proposta que a Altice apresentou na sexta-feira junto da população, em reunião que decorreu na aldeia juntamente com a Câmara e a junta de freguesia, é a de instalar fibra ótica na localidade muito em breve, solução que vai ao encontro do que as pessoas pretendiam, que era terem comunicações de qualidade”, disse terça-feira à Lusa José Farinha Nunes, presidente daquele município do distrito de Castelo Branco.

O autarca disse ainda que “não há uma data precisa” para o restabelecimento das telecomunicações naquela aldeia, onde habitam cerca de duas dezenas de pessoas, tendo referido, no entanto, que os técnicos “estão no local a fazer o levantamento dos trabalhos que serão necessários realizar” no terreno e que as pessoas estão satisfeitas.

“As pessoas estão satisfeitas pois vão ter o que queriam em termos de serviço de telecomunicações e vão ainda ficar mais bem servidas do que estavam em 2017”, frisou, afirmando estar “convencido” que “dentro dos próximos meses o problema estará resolvido”. Farinha Nunes disse ainda estar “extremamente satisfeito com a Altice” uma vez que “o que tem prometido tem cumprido”.

A solução apresentada do serviço por fibra ótica, “do agrado de todas as partes”, foi confirmada pela Altice, depois de a população ter rejeitado uma primeira proposta da operadora de telecomunicações que passava pela instalação de uma antena (comunicações por satélite)

Em comunicado, a empresa confirmou que a aldeia de Marinha de Vale do Carvalho, sem comunicações de rede fixa desde os incêndios de 2017, “vai passar agora a ter conetividade de última geração e de alto débito através de fibra ótica”.

Na mesma nota informativa, a empresa refere que, “apesar de não ser o Prestador Serviço Universal de Rede Fixa, a Altice Portugal foi muito além das suas responsabilidades, tendo oferecido soluções alternativas de comunicações através de Rádio ou Satélite para garantir a estas populações o acesso”, tendo acrescentado que, na sexta-feira, foi colocado “um ponto final no problema, garantindo a cobertura da aldeia com fibra ótica”.

O autarca da Sertã disse ainda à Lusa que enviou uma carta à Anacom com um pedido para resolver o problema e ainda não recebeu resposta. “Enviei uma carta para a Autoridade Nacional de Comunicações há mais de um mês, com conhecimento para a empresa NOS, com pedido para resolver este problema das comunicações e hoje ainda aguardamos por resposta”, afirmou, tendo frisado que “a resposta ao problema foi dado pela Altice”.

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Powell garante que a Fed está a “monitorizar de perto” a economia, mas não quer “exagerar na reação”

O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, clarificou as mudanças no discurso do banco central numa audiência no Conselho para as Relações Internacionais.

Os riscos para a economia dos EUA estão a aumentar e a Reserva Federal norte-americana está atenta, mas uma reação exagerada significaria maior incerteza para o mercado, segundo explicou o presidente do banco central, Jerome Powell, num discurso no Conselho para as Relações Internacionais, think tank independente ligado à administração norte-americana.

“Os riscos para o cenário base favorável parecem estar a aumentar”, alertou Powell. Reconheceu que a Fed não mudou a atuação de nenhum instrumento de política monetária (mantendo a taxa de juro de referência inalterada), mas que fez “mudanças significativas” no discurso.

“Desde o início do ano, adotámos uma postura paciente em relação à avaliação da necessidade de mudanças nas políticas. Agora, referimos que o comité está a monitorizar proximamente as implicações da informação que vamos recebendo para o outlook económico e irá agir de forma apropriada para sustentar a expansão, com um forte mercado de trabalho e inflação próxima da meta de 2%”, referiu o presidente da Fed.

Jerome Powell clarificou, assim, a alteração no discurso que saiu da reunião de política monetária na semana passada. Os juros mantiveram-se inalterados num intervalo entre 2,25% e 2,50%, mas houve mudanças no dot plot (o mapa de previsões de agrega as opiniões dos membros do comité sobre a estratégia para os juros), com maior número de participantes a antecipar cortes.

Sete dos 17 membros da Fed consideram que será apropriado reduzir a taxa de juro em meio ponto percentual no final de 2019 e um oitavo membro antecipa uma redução de 0,25 pontos percentuais. O mercado começou a descontar a hipótese de um corte nos juros norte-americanos ainda este ano, mas Powell deixou agora claro que vai agir com cautela.

“A questão que os meus colegas e eu estamos a lutar é se estas incertezas vão continuar a pesar no outlook e se serão necessárias políticas acomodatícias adicionais. Muitos participantes do comité acreditam que é esse o caso, mas também estamos conscientes que a política monetária não deve exagerar na reação a dados individuais ou mudanças de sentimento a curto prazo. Fazê-lo seria arriscar acrescentar ainda mais incerteza ao outlook“, acrescentou.

Medidas adicionais foi também o que o homólogo europeu — Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu — anunciou na semana passada que poderia vir a ser necessário na Zona Euro. Ambos têm sido fortemente criticados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que ainda esta segunda-feira voltou a usar o Twitter para apontar o dedo a Powell, dizendo que a Fed “não sabe o que está a fazer”.

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Novas tabelas da ADSE com atraso de três meses. Vão ser reveladas até sexta-feira

As metas definidas para entrega das novas tabelas de preços da ADSE já derraparam várias vezes. O novo compromisso é até ao final desta semana, apurou o ECO.

As novas tabelas de preços da ADSE ainda não foram entregues, dez semanas depois do primeiro prazo definido, que apontava para 15 de abril. O Conselho Diretivo já ultrapassou também a meta de maio que tinha sido indicada, e agora o final do mês de junho é a nova data apontada para apresentar os números, apurou o ECO.

As tabelas estarão prontas “muito rapidamente”, garantiu, ao ECO, Eugénio Rosa, vogal do Conselho Diretivo eleito pelos representantes dos beneficiários. “Talvez este mês”, adianta, sem se comprometer com uma data definitiva. O responsável explica a demora com o facto de este ser um “processo demorado”, já que se trata de fixar milhares de preços.

Ao Conselho Geral de Supervisão (CGS) do subsistema de saúde dos funcionários públicos, liderado por João Proença, também terá sido apontada sexta-feira como a data possível de apresentação das tabelas, o último dia útil do mês de junho. O CGS terá depois de elaborar um parecer sobre as novas tabelas.

Do lado dos prestadores também se dava conta da falta de avanços. Já no final de abril a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) informava os associados, numa newsletter, de que a ADSE ainda não tinha apresentado qualquer proposta, “apesar das promessas realizadas”.

Fim das regularizações

O novo documento será apresentado aos prestadores privados, que poderão fazer sugestões ou reparos. A nova tabela deverá acabar com as regularizações, sendo composta por preços fechados. Anteriormente, as regularizações fizeram agravar as tensões entre alguns grupos privados e a ADSE, depois do subsistema de saúde dos funcionários públicos exigir 38 milhões de euros por faturação excessiva.

Alguns dos privados, como os grupos Luz Saúde e José de Mello Saúde, chegaram mesmo anunciar que iam suspender as convenções com a ADSE. Mas voltaram atrás na decisão passado pouco tempo, depois de a ADSE mostrar disponibilidade para negociar. Estas decisões, tomadas quase em simultâneo, levaram a Concorrência a fazer buscas em alguns hospitais, por suspeitas de concertação.

No relatório de atividades da ADSE referente a 2018 as estimativas apontam para que a regularização da faturação dos prestadores privados ascende a 11 milhões euros em 2017 e a 10 milhões de euros no ano seguinte, no que perfaz um total de 21 milhões de euros nos dois anos.

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Despesa em investigação e desenvolvimento aumentou 168 milhões

  • Lusa
  • 25 Junho 2019

Portugal gastou 2.753 milhões de euros em investigação e desenvolvimento, mais 168 milhões de euros que em 2018. Este valor representa 1,37% do PIB nacional mas Governo pretende alcançar os 3%.

A despesa em Portugal em investigação e desenvolvimento aumentou 168 milhões de euros em 2018, para 2.753 milhões de euros, face a 2017, representando 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados esta terça-feira.

Os dados, provisórios, constam do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2018 (IPCTN18), uma publicação anual da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, que reúne informação sobre os recursos humanos e financeiros afetos à investigação científica e ao desenvolvimento tecnológico.

Em 2017, a despesa nacional no setor totalizou 2.585 milhões de euros, representando 1,33% do PIB.

O Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior salienta, em comunicado, que “os dados reforçam a tendência de crescimento verificada desde 2016, confirmando o processo de convergência com a Europa”.

O Governo estabeleceu como meta alcançar os 3% do PIB em gastos com investigação e desenvolvimento até 2030, para aproximar o país da Europa.

De acordo com o IPCTN18, a despesa nesta área “aumentou de forma transversal” em todos os domínios – empresas, ensino superior, Estado e instituições privadas sem fins lucrativos – comparativamente a 2017.

As empresas (50,8%) e as instituições de ensino superior (42%) voltam a concentrar a execução da despesa em investigação e desenvolvimento. O Estado contribuiu com 5,7%.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior realça como “particularmente expressivo” o crescimento da despesa nas empresas, na ordem dos 94 milhões de euros, para 1.397,6 milhões de euros (aumento de cerca de 7,2% face a 2017), que representa 0,69% do PIB.

Voltam a ser as universidades e os institutos politécnicos e as empresas a agregarem mais cientistas em tempo integral, respetivamente 28.628 e 15.880.

Ao todo, em 2018 estavam afetas a atividades científicas e tecnológicas 46.538 investigadores e havia 8,9 investigadores por mil habitantes ativos, representando um ligeiro crescimento em relação a 2017 (8,6 investigadores por mil habitantes).

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que se “apressou” a promulgar o decreto que regula a execução do orçamento para que entre em vigor pelo menos antes da segunda metade do ano.

Só mais um dia além do prazo. É isso que o Governo vai dar aos professores para decidirem que modalidade adotar para recuperar os dois anos, nove meses e 18 dias descongelados.

O número de casas vendidas no primeiro trimestre aumentou 7,6%, mas está a desacelerar pelo terceiro trimestre consecutivo. Em termos de volume, ultrapassaram-se os seis mil milhões de euros.

Os emigrantes que voltem a Portugal vão receber até 6.500 euros do Estado por família, mas se perderem o emprego, no primeiro ano, terão de devolver grande parte desse apoio.

Elétrica mantém-se na liderança com uma quota de 80% dos clientes do mercado livre de eletricidade, mas já acumula quinze meses consecutivos de perda de quota. No gás, EDP perde de 2% de quota no ano.

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