Audições na comissão da Caixa terminam a 18 de junho com Teixeira dos Santos

Já está fechado o calendário das audições da comissão de inquérito à recapitalização e atos de gestão da Caixa. Teixeira dos Santos é o último a ir ao Parlamento, no dia 18 de junho.

Faria de Oliveira de manhã e Teixeira dos Santos à tarde. As audições da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e aos atos de gestão terminam no dia 18 de junho com o regresso do antigo presidente do banco público ao Parlamento e também com o antigo ministro das Finanças do Governo de José Sócrates.

Terá sido Teixeira dos Santos a escolher Armando Vara para a administração da Caixa Geral de Depósitos, segundo o seu antigo secretário de Estado Tesouro e Finanças (2005-2011). Carlos Costa Pina prestou depoimento na quarta-feira, durante quatro horas, nas instalações do Tribunal Central de Instrução Criminal, no âmbito da Operação Marquês, onde terá garantido que nunca viu nada de estranho nas decisões tomadas pelo antigo ministro das Finanças, avança esta quinta-feira o Diário de Notícias (acesso condicionado). Teixeira dos Santos é ouvido esta quinta-feira no âmbito da mesma operação judicial.

Ora, Armando Vara, que foi administrador da CGD e transitou para o BCP juntamente com Santos Ferreira em 2008, será ouvido no Parlamento a 14 de junho. A comissão de inquérito trouxe informação nova relativamente ao projeto de Vale do Lobo. Alexandre Santos, antigo diretor de empresas sul, revelou foi Armando Vara quem lhe enviou um e-mail com um dossiê preparado sobre aquele empreendimento turístico.

Os deputados da comissão de inquérito fecharam o calendário das últimas audições que visam apurar responsabilidades políticas face ao que aconteceu na CGD entre 2000 e 2015.

No dia 11 de junho deslocam-se ao Parlamento António Vieira Monteiro (atual chairman do Santander Totta) e ainda Filipe Pinhal (que foi administrador do BCP). Vieira Monteiro terá sido chamado por causa do seu envolvimento na contratação das chamadas Caravela Boats em 1999, que provocaram um rombo de 450 milhões de euros. Já Filipe Pinhal deverá ser interpelado por causa da guerra acionista no BCP e onde o banco público também teve participação ao financiar Joe Berardo e Manuel Fino na compra de ações.

A 17 de junho, os deputados vão inquirir José Cabral dos Santos, também antigo administrador do banco público.

A fechar, no dia 18 de junho, Faria de Oliveira regressa à comissão pelas 9h30, isto depois de já lá ter ido no início deste mês. Entretanto, os deputados já questionaram alguns dos grandes devedores, que colocaram em causa a gestão do atual presidente da Associação Portuguesa dos Bancos (APB) à frente da CGD entre 2008 e 2010. Faria de Oliveira já enviou, de resto, uma carta à comissão a explicar as decisões tomadas relativamente ao caso Berardo, que foi um dos devedores que criticou a gestão do banco. No mesmo dia à tarde é a vez de Teixeira dos Santos, antigo ministro do Governo de José Sócrates.

Além das audições parlamentares, há uma mão cheia de personalidades que vão responder por escrito aos deputados: Almerindo Marques, João Salgueiro, José Sócrates, a Comissão de ética do Banco de Portugal e Maldonado Gonelha (ainda a verificar).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IGCP: Portugal entrou “com sucesso” no mercado de Panda Bonds

A agência que gere a dívida pública foi bem-sucedida na operação de financiamento em moeda chinesa. Diz que a operação foi um sucesso, reflexo da forte procura e da taxa obtida.

A primeira emissão de dívida portuguesa em moeda chinesa foi “uma transação de sucesso”, com a qual o país entrou no terceiro maior mercado de obrigações do mundo, como destacou a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

“Marca-se a primeira emissão de sempre de Panda por um país da Zona Euro e apenas o terceiro país europeu a aceder ao mercado da China continental”, afirmou o IGCP, em comunicado, referindo-se às emissões de Panda Bonds — como são conhecidos os títulos em moeda chinesa colocados por emitentes estrangeiros — da Polónia (em agosto de 2016) e da Hungria (em julho de 2017).

O país fechou esta quinta-feira uma colocação de dois mil milhões de renminbi (equivalente a 260 milhões de euros) em Panda Bonds com uma yield de 4,09%. A operação contou com forte procura, que ficou três vezes acima da oferta. Fazendo a conversão para euros, a yield da emissão de dívida de Panda Bonds é o equivalente a 0,65%, apurou o ECO.

O mercado esperava uma taxa de juro entre 3,9% e 4,5% pelos títulos com prazo em 2022 que serão admitidos à negociação na bolsa de Pequim. Esta operação é mais cara do que seria qualquer emissão de dívida em euros, como admitiu também o ministério das Finanças.

Além do juro, o Tesouro terá de pagar pelo hedging, ou seja, a cobertura cambial da totalidade do montante colocado, para se proteger contra a volatilidade da moeda. No entanto, a abertura a um novo mercado e a diversificação da base de investidores em dívida portuguesa são os principais argumentos para a realização da colocação de Panda Bonds.

“Com esta transação bem-sucedida, Portugal ganhou acesso ao terceiro maior mercado de obrigações do mundo para diversificar a sua base de investidores”, sublinhou o IGCP.

O mercado mostrou forte apetite pela dívida portuguesa com investidores dispostos a alocar seis mil milhões de renminbi. “A forte procura dos investidores refletiu-se na quantidade considerável de ordens colocadas no leilão”, referiu ainda o IGCP, acrescentando que a procura ficou 3,165 vezes acima da oferta, o que permitiu rever em baixa o intervalo de taxa de juro.

Já era esperado que os investidores chineses mostrassem interesse pela dívida portuguesa já que, por um lado, o IGCP tem feito contactos preliminares no país e, por outro, essa tem sido a tendência generalizada em relação os títulos do Tesouro português.

A curto prazo Portugal tem-se financiado com juros cada vez mais negativos e a dez anos têm renovado mínimos históricos. Em mercado secundário, os títulos a três anos (prazo das Panda Bonds) negoceiam em -0,24%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abreu Advogados faturou 25 milhões de euros em 2018

A sociedade cresceu em faturação em 2018. Anuncia ainda a reeleição de Carmo Sousa Machado e de Duarte de Athayde e a promoção de 14 advogados.

A Abreu Advogados cresceu em faturação em 2018, passando dos 24,6 milhões de euros em 2017 para 25 milhões de euros o ano passado. A sociedade anuncia ainda a reeleição, por mais dois anos, de Carmo Sousa Machado e Duarte de Athayde, para as posições de, respetivamente, presidente do Conselho de Administração e de managing partner e ainda a promoção de novos três sócios contratados e de onze advogados principais.

“O ano de 2018 foi um período de grande atividade para as nossas equipas”, afirma Duarte de Athayde, managing partner do escritório, citado em comunicado.

“Não apenas com a consolidação da nossa presença no mercado mas também com a afirmação de novas áreas de atuação e de novas soluções que vêm responder, eficazmente, aos novos desafios do mercado empresarial. Os resultados positivos estão espelhados no crescimento da Abreu Advogados a todos os níveis”, diz.

Os novos sócios contratados da Abreu são Gonçalo Delicado, Madalena Caldeira e Tiago Corrêa do Amaral. Gonçalo Delicado é especialista em contencioso, direito comercial, direito do desporto, e direito do trabalho. Madalena Caldeira é especialista em direito do trabalho e direito fiscal. Já Tiago Corrêa do Amaral conta com experiência na área de direito Público e ambiente.

Os advogados que passaram a advogados principais são Ana Flor, Ana Manuela Barbosa, Ana Simões Ferreira, André Pereira da Fonseca, Eduardo Peixoto Gomes, Hugo Teixeira, Margarida Marques Carvalho, Pedro Alves da Silva, Simão de Sant´Ana, Sofia Silva e Sousa, e Tiago Castanheira Marques.

Com esta alteração, a Abreu Advogados passa a contar com uma equipa com 28 sócios, 11 sócios contratados e 11 advogados principais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Livraria Lello compra Teatro Sá da Bandeira por 3,5 milhões de euros

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

A hasta pública tinha como valor base de licitação 2,19 milhões de euros, estando a venda da Livraria Lello sujeita a condições especiais.

A Livraria Lello comprou esta quinta-feira o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, por 3,5 milhões de euros, tendo submetido um requerimento para contestar o eventual direito de preferência dos arrendatários e ameaçado avançar com uma ação judicial.

“A Lello pretende isto [o Teatro Sá da Bandeira] para exercer essa atividade, licitou por causa dessas condições especiais impostas e interporá imediatamente uma ação judicial, no sentido de ser reconhecido esse direito”, afirmou em declarações aos jornalistas, no final da hasta pública do imóvel, o advogado da Lello, Amílcar Fernandes.

Questionado pelos jornalistas, Dino Gomes, da empresa Rocha Brito e Vigoço, responsável pela gestão do Teatro Sá da Bandeira, disse que a empresa vai avaliar se vai exercer o direito de preferência pelo valor de 3,5 milhões euros e acusou a Câmara Municipal do Porto de “funcionar indiretamente como um especulador imobiliário”. Na opinião do representante da Lello, o direito de preferência deve ser exercido no ato da alienação.

A hasta pública tinha como valor base de licitação 2,19 milhões de euros, estando a sua venda sujeita a condições especiais. Segundo a informação pública na página da Internet da autarquia, a 16 de maio, “o prédio urbano sito na Rua Sá da Bandeira, 94-A a 108, designado por Teatro Sá da Bandeira, tem uma área total de 1.960 metros quadrados e uma área bruta privativa de 2.945 metros quadrados”.

Teatro Sá da Bandeira, PortoWikimedia Commons

As condições especiais de venda impõem que o comprador se obriga “a destinar exclusivamente o imóvel” ao Teatro Sá da Bandeira, “não podendo afetá-lo a um uso distinto”, sob pena de reverter para o município. “Se após a adjudicação definitiva do prédio o comprador pretender transmiti-lo a terceiros, antes ou depois da celebração do contrato, o Município do Porto reserva para si o direito de preferência na respetiva alienação”, lê-se nas condições especiais de venda.

A deliberação de abertura de hasta pública do Teatro Sá da Bandeira foi aprovada pela Assembleia Municipal no dia 7 de maio, com a abstenção do BE, do PS, da CDU e do PAN. À data, o BE disse não compreender “a pressa” do município do Porto em vender em hasta pública o Teatro Sá da Bandeira e avisava que, muitas vezes, as salvaguardas se transformam “em letra morta”.

PS, CDU e PAN também se mostraram apreensivos com o modelo que pudesse vir a ser adotado, enquanto o PS preferia que o edifício se mantivesse na posse do município e a CDU questionava se “não seria preferível esperar pela conclusão do processo” de classificação do imóvel, aberto há um ano pela Direção-Geral do Património Cultural.

Na resposta, Rui Moreira reiterou que a utilização do espaço está salvaguardada com a classificação do imóvel e sublinhou que, em caso de incumprimento, a hasta pública é reversível. A autarquia anunciou a 23 de junho de 2017 a intenção de comprar o Teatro Sá da Bandeira por 2,1 milhões de euros e exercendo o direito de preferência para “manter o teatro com a função social e cultural” e não perder esse património.

Esta quinta-feira realizou-se, ainda, a hasta pública para venda de um prédio urbano na Rua do Dr. Alberto de Aguiar, n.º 32, na freguesia de Campanhã, que tem uma área total de 166 metros quadrados, designadamente 60 de área coberta e 106 de área descoberta, que tinha como o valor base de licitação de 40 mil euros e que foi alienado por 55 mil euros.

O município acrescenta, ainda, que “as intervenções a realizar nos referidos imóveis terão de ser efetuadas em conformidade com as normas impostas pelo Plano Diretor Municipal do Porto e demais normas legais e regulamentares aplicáveis”. A hasta pública dos dois imóveis teve lugar esta manhã no quinto piso no edifício dos Paços do Concelho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quer investir nas obrigações da TAP? Conheça as datas da operação

A emissão obrigacionista de 50 milhões de euros destinada a grandes e pequenos investidores arranca a 3 de junho, mas há datas a que não pode passar ao lado se pretender investir na operação.

Pela primeira vez na sua história, a TAP pretende captar financiamento junto dos pequenos investidores através de uma emissão obrigacionista de 50 milhões de euros por um prazo de quatro anos. Esta operação acarreta riscos para os investidores pelo que a companhia aérea está disposta a desembolsar uma taxa de juro de 4,375% para captar as respetivas poupanças. Conheça todas as datas da operação disponível para pequenos e grandes investidores.

Prazo de subscrição arranca a 3 de junho

Os pequenos e grandes investidores que pretendam participar nesta operação têm a partir das 8h30 do próximo dia 3 de junho para proceder à entrega das suas ordens de subscrição das obrigações.

18 de junho fecha o prazo para dar ordens

Alterar ou revogar ordens de subscrição desta oferta obrigacionista só pode ser feito até às 15h00 do dia 18 de junho, último dia da oferta. A partir desse prazo, as ordens de subscrição não poderão ser alteradas e serão consideradas irrevogáveis.

Resultados apurados a 19 de junho

Às 17 horas de 19 de junho serão apurados os resultados da oferta e feita a divulgação dos respetivos resultados. Ou seja, será nessa altura que os investidores ficarão a saber com que fatia da emissão obrigacionista ficaram.

Estreia dos títulos no mercado a 24 de junho

O prospeto aponta o dia 24 de junho como a data prevista para a liquidação física e financeira da oferta, emissão e subscrição das Obrigações TAP 2019-2023, mas também para a admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco Montepio ameaça processar quem violou sigilo bancário

  • ECO
  • 30 Maio 2019

A instituição reagiu às notícias que dão conta de uma transferência de ativos do banco para o BEM. Diz que quer “punir os responsáveis pela violação dos deveres de sigilo bancário e profissional".

O jornal Público escreveu no passado dia 20 de maio que o Banco de Empresas Montepio (BEM) estava a atrair os clientes mais sólidos da caixa económica, sem assumir os ativos tóxicos.

O presidente do banco, Carlos Tavares, já tinha reagido numa carta enviada aos colaboradores onde escrevia que não estava a haver “transferência de carteira de clientes” para esta nova instituição, criada para oferecer um serviço especializado às empresas.

Agora o banco vai um pouco mais longe e ameaça levar a tribunal “os responsáveis pela violação dos deveres de sigilo bancário e profissional, bem como de obter o devido ressarcimento pelos danos reputacionais causados”. A instituição alega que foram publicados em jornais dados de natureza comercial que “só podem ter sido obtidos com violação grosseira do sigilo bancário”.

Segundo o Público, o BEM teria sido criado para tirar do Montepio os melhores clientes do banco, com volume de negócios acima de 20 milhões de euros, sem que houvesse a correspondente passagem de ativos tóxicos e de imparidades. Ao deixar esses ativos no Montepio, o BEM poderia vir a contribuir para desvalorizar o banco, mas Carlos Tavares desmente.

Num comunicado agora enviado às redações, o Montepio associa as notícias à resistência a mudanças: “Como em todos os processos de mudança, é normal que alguns interesses instalados reajam e resistam à mudança, recorrendo à transmissão na comunicação social de informação falsa, distorcida e mesmo em violação da lei. Isso não demoverá naturalmente o Conselho de Administração — e a Comissão Executiva em particular — de continuar a aplicar o referido Plano [de Transformação] com a mesma determinação e solidariedade entre os seus membros”.

(Correção: Na notícia original, o ECO escreveu que o Banco Montepio admitia “avançar com medidas judiciais contra o jornal Público devido a uma notícia sobre o novo Banco de Empresas Montepio”. Não é claro no comunicado se o jornal é o alvo das ameaças do banco, como tal alterámos o título e parte do conteúdo da notícia).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Angola está a criar condições para o desenvolvimento económico”

Manuel Mota, José Carlos Burity, Luís Marques, Paulo Trindade Costa e Rui Amendoeira debatem o novo ciclo de investimento no mercado angolano. Acompanhe o debate em tempo real.

A nação angolana está em transformação: com o novo ciclo político surge também um novo ciclo de investimento em Angola. Numa conferência em Lisboa, o ECO juntou no mesmo painel nomes como o de Manuel Mota (CEO da Mota-Engil África), José Carlos Burity (administrador do Banco Atlântico Europa), Luís Marques (tax leader da EY), Paulo Trindade Costa (partner da Vieira de Almeida & Associados) e Rui Amendoeira (advogado e delegado da AIA).

Da estratégia no investimento à visão da proposta de valor, passando pelo programa de privatizações e pelo novo regime jurídico do investimento privado, recorde as principais ideias partilhadas no debate, que foram publicadas em tempo real.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal emite Panda Bonds com cupão de 4,09%. Procura triplicou oferta

Esta foi a primeira emissão de dívida pública em moeda chinesa de um país da Zona Euro. A operação está concluída e, em euros, conseguiu um cupão abaixo de 0,65%.

Portugal emitiu dívida em moeda chinesa com um cupão de 4,09%. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP realizou uma colocação de dois mil milhões de renminbi (equivalente a 260 milhões de euros) em Panda Bonds. A operação contou com forte procura, que ficou três vezes acima da oferta.

Fazendo a conversão para euros, o cupão da emissão de dívida de panda bonds é o equivalente a 0,65%, apurou o ECO. Este não é, ainda assim, o preço final já que além do cupão ainda não foi possível apurar a que taxa de juro foram vendidos os títulos com prazo em 2022 que serão admitidos à negociação na bolsa de Pequim.

O mercado esperava uma taxa de juro entre 3,9% e 4,5%. Esta operação é mais cara do que seria qualquer emissão de dívida em euros, como admitiu o ministério das Finanças.

No entanto, a abertura a um novo mercado e a diversificação da base de investidores em dívida portuguesa são os principais argumentos para a realização da colocação de Panda Bonds, como são conhecidos os títulos em moeda chinesa colocados por emitentes estrangeiros.

Ainda pouco conhecido, a volatilidade da moeda é maior risco deste mercado. Para se proteger, o IGCP recorreu ao hedging, ou seja, a cobertura cambial da totalidade do montante, o que irá a curto prazo encarecer a operação.

Esta é a primeira emissão de Panda Bonds de um país da Zona Euro e estava a ser preparado pelo Governo português desde o final de 2017. Mais de um ano e meio depois, Portugal fechou a operação e o mercado mostrou forte apetite pela dívida portuguesa com investidores dispostos a alocar seis mil milhões de renminbi.

Já era esperado que os investidores chineses mostrassem interesse pela dívida portuguesa já que, por um lado, o IGCP tem feito contactos preliminares no país e, por outro, essa tem sido a tendência generalizada em relação os títulos do Tesouro português. A curto prazo Portugal tem-se financiado com juros cada vez mais negativos e a dez anos têm renovado mínimos históricos. Em mercado secundário, os títulos a três anos (prazo das Panda Bonds) negoceiam em -0,24%.

(Notícia atualizada às 12h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 30 Maio 2019

Espanha vai mudar a legislação para facilitar a emissão de dívida por parte das empresas, a recessão poderá ter regressado à economia brasileira e Israel vai voltar às urnas.

Espanha está a mudar a legislação para garantir que as empresas se conseguem financiar mas facilmente através da emissão de dívida. E no Brasil as notícias económicas não parem muito positivas já que, os dados do primeiro trimestre deverão confirmar esta quinta-feira um abrandamento da economia e até talvez mesmo uma recessão. Por outro lado, pela primeira vez em Israel, um primeiro-ministro designado não consegue formar Governo. Benjamin Netanyahu atira o país para um novo processo eleitoral. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Cinco Días

Espanha muda legislação para incentivar emissão de dívida das empresas

O Ministério da Economia da Espanha está a trabalhar numa nova legislação para evitar a deslocação de empresas que queiram emitir dívida para outros países. A mudança à Lei das Sociedades de Capital Aberto inclui regras menos apertadas para os emitentes, que deixam de ter de preparar um relatório anual de governança. Este é um dos obstáculos que incentiva os emissores a procurarem outros países, como Irlanda ou Luxemburgo. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/ conteúdo em espanhol).

AFP

PIB trimestral deve confirmar desaceleração económica do Brasil

A desaceleração da economia brasileira deve ser confirmada esta quinta-feira pelos dados do primeiro trimestre, que poderão mesmo revelar uma contração, a primeira desde o fim de 2016. Caso esta previsão se venha a confirmar caem por terra as expectativas de descolagem rápida criadas com a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência e com o seu programa pró-mercados. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu este mês uma “probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”. Nesse caso, o Brasil ficaria à beira de uma nova recessão (definida por dois trimestres consecutivos de contração do PIB), depois da de 2015-2016. A maior economia latino-americana, com mais de 13 milhões de desempregados, ainda se ressente das consequências desta crise, já que registou dois anos consecutivos de crescimento fraco (1,1% em 2017 e em 2018). Leia a notícia completa na AFP (acesso livre/ conteúdo em português)

Financial Times

Malásia rejeita bloqueio dos EUA à Huawei

A Malásia quer continuar a usar a tecnologia da Huawei, apesar de os EUA terem colocado a produtora chinesa na lista negra de exportações e terem incentivado os aliados a não fazerem negócio com a empresa. A garantia foi dada pelo primeiro-ministro do país, Mahathir Mohamad, citado pelo Financial Times. Numa conferência da Nikkei em Tóquio, o governante disse que a Malásia “está a tentar usar o máximo de tecnologia possível” porque a capacidade de investigação da Huawei é “muito superior” à das tecnológicas malaias. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/ conteúdo em inglês).

BBC

Netanyahu falhou coligação. Israel avança para novas eleições

Após uma corrida contra o tempo, o primeiro-ministro e líder do partido Likud, Benjamin Netanyahu, falhou na formação de um Governo de coligação em Israel. Foi decidida assim a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições que deverão acontecer a 17 de setembro. Trata-se da primeira vez na história de Israel que um primeiro-ministro designado falha em conseguir alcançar uma coligação. Leia a notícia completa na BBC (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Reuters

Disney diz que vai ser “difícil” filmar na Geórgia se lei do aborto entrar em vigor

O presidente-executivo da Walt Disney, Bob Iger, disse à Reuters que seria “muito difícil” para a empresa continuar a filmar na Geórgia caso uma nova lei de aborto entre em vigor, já que muitas pessoas se recusariam em trabalhar no estado norte-americano. Em causa está uma lei assinada pelo governador daquele Estado que proíbe o aborto após a identificação do batimento cardíaco do feto (seis semanas do início da gravidez). De salientar que a Disney filmou na Geórgia sucessos de bilheteira, como “Pantera Negra” e “Vingadores: Endgame”. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líder da greve dos combustíveis contactado por outros dez sindicatos

  • ECO
  • 30 Maio 2019

"São mais de uma dezena de sindicatos que nos pediram ajuda e com quem muito possivelmente vamos iniciar um trabalho de apoio", confirmou Pedro Pardal Henriques à TSF.

Pedro Pardal Henriques, advogado e vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), foi o rosto da luta dos motoristas de matérias perigosas na greve que levou ao colapso do fornecimento de combustíveis por todo o país. Desde então, já foi contactado por mais de uma dezena de outros sindicatos, segundo noticia a TSF (acesso livre).

“São mais de uma dezena de sindicatos que nos pediram ajuda e com quem muito possivelmente vamos iniciar um trabalho de apoio”, confirmou Pardal Henriques à TSF, referindo-se ao seu escritório de advogados.

Preferiu não avançar todos os nomes dos sindicatos que o contactaram, mas explicou que se trata de novos sindicatos, prestes a serem formados com trabalhadores descontentes com a representação que têm atualmente. Neste grupo inclui-se o Sindicato de Segurança e Vigilantes de Portugal (SSVP). Entre os interessados, há também sindicatos independentes já formados.

“Há uma mudança no paradigma do sindicalismo tradicional que tem gerado muitos sindicatos independentes que não se reveem nas formas de luta tradicionais”, referiu o advogado à rádio, sublinhando que em setores como a segurança privada as cargas horárias são “muito elevadas” e existem “esquemas de pagamentos que violam o Código do Trabalho”, tal como o que acontece com os motoristas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paulo Núncio e Tiago Silveira promovidos a sócios na Morais Leitão

Numa estratégia de renovação geracional, a sociedade acaba de anunciar a promoção de novos sócios, advogados seniores e associados principais. O managing partner fala em "sinal de confiança".

A Morais Leitão acaba de anunciar a promoção de novos sócios, advogados seniores e associados principais. Ao todo, são 20 os advogados promovidos, entre eles Paulo Núncio e João Tiago Silveira. “Este é um momento de particular felicidade no nosso ano”, diz Nuno Galvão Teles, managing partner da sociedade. “O anúncio das promoções a novas categorias confirma que a Morais Leitão se renova, que o futuro está assegurado por uma equipa coesa e com excelentes resultados apresentados”, acrescenta, citado em comunicado.

Para o gestor do escritório, esta promoção representa “um sinal de confiança”. “Não apenas no modo como olhamos para dentro de casa, mas especialmente na estabilidade com que damos cada passo num crescimento à vista de todos e construído com todos”.

João Tiago Silveira e João Torroaes Valente foram admitidos a sócios de indústria, nas áreas de direito público e de imobiliário, respetivamente. Os dois advogados já coordenavam as equipas destas áreas.

Paulo Núncio, Cátia Fernandes, Gonçalo Machado Borges e João Matos Viana foram confirmados como sócios contratados. Estes novos sócios trabalham nas áreas de fiscal, europeu e concorrência e contencioso.

A Morais Leitão promoveu ainda a advogados seniores Duarte Santana Lopes, Fábio Castro Russo, João Lima Cluny, Luís Roquette Geraldes, Margarida Torres Gama, Mariana Soares David, Nuno Gundar da Cruz, Pedro Cruz Gonçalves, Pedro Soares da Silva, Sara Taipa Teixeira e Vasco Stilwell d’Andrade. As advogadas Leonor Martins Machado, Maria Almeida e Silva e Rita Ferreira Lopes passaram a associadas principais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP quer financiar-se junto dos pequenos investidores. Emissão de dívida de 50 milhões oferece taxa de 4,375%

A companhia aérea portuguesa vai arrancar, a 3 de junho, com uma emissão de dívida de 50 milhões de euros. Quer financiar-se junto de grandes, mas também de pequenos investidores.

A TAP mantém os planos de ir para a bolsa. Mas antes de reforçar capital, precisa de se financiar. Desta vez, vai tentar fazê-lo com uma emissão de obrigações que estará disponível também para pequenos investidores. Pretende captar 50 milhões de euros, sendo que para atingir essa meta conta com uma taxa de juro elevada. Vai pagar 4,375%.

A dívida da empresa está contraída junto da banca, tendo sido alvo de renegociações que lhe permitirão reduzir os custos de financiamento nos últimos anos. Parte desse endividamento está a atingir o prazo, pelo que a TAP procura, agora, obter fundos através dos mercados para saldar esses compromissos. É neste contexto que avança com a emissão de obrigações.

Estes 50 mil títulos que pretende emitir, a 1.000 euros cada um, com maturidade em 2023, visam gerar “fundos para consolidar o seu passivo num prazo mais alargado, através do refinanciamento de dívidas que se vencerão num futuro próximo, bem como para financiar a sua atividade corrente”, refere a TAP no prospeto que já foi validado pela CMVM. O montante poderá ser revisto até dia 14 de junho.

A maior parte dos 50 milhões de euros que espera captar com a operação virão de investidores institucionais, mas a TAP conta com o apoio dos pequenos investidores portugueses que têm visto nestas obrigações de retalho uma alternativa atrativa para rentabilizarem as suas poupanças. Ainda recentemente o Benfica voltou ao mercado para colocar 40 milhões de euros, mas as ordens chegaram a 118 milhões.

"Fundos servem para consolidar o seu passivo num prazo mais alargado, através do refinanciamento de dívidas que se vencerão num futuro próximo, bem como para financiar a sua atividade corrente.”

TAP

Um fator que pesará na decisão dos investidores será a taxa de juro. Tendo em conta o risco associado a estes títulos — um detentor de obrigações é um credor da empresa, correndo o risco de perda de capital em caso de incumprimento –, bem como ao perfil da empresa, a TAP apresenta uma taxa de 4,375%. A título de exemplo, a SAD do Benfica colocou as obrigações com um juro de 3,75%.

Estas obrigações vão poder começar a ser subscritas a 3 de junho, terminando o prazo para colocar a ordem junto dos intermediários financeiros a 18 de junho. Qualquer investidor que coloque uma ordem mas queira revogá-la poderá fazê-lo até ao último dia da operação, sendo os resultados apurados a dia 19. Está prevista a admissão à negociação na Euronext Lisbon a 24 de junho.

O investimento em obrigações é completamente diferente da colocação das poupanças em depósitos, tanto em risco como em custos para quem o faz. E a TAP nota isso mesmo no prospeto. “À subscrição das Obrigações TAP 2019-2023 estarão associadas outras despesas e comissões”, refere.

Assim, “o subscritor poderá, em qualquer momento prévio à subscrição, solicitar ao intermediário financeiro a simulação dos custos do investimento que pretende efetuar, por forma a obter a taxa interna de rendibilidade do mesmo”. Pode fazê-lo junto do banco, mas também do site do regulador do mercado, a CMVM.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.