Acabou a crise política. Direita junta-se ao PS e chumba recuperação integral do tempo de serviço dos professores

Depois da nova votação das salvaguardas para limitar o impacto da recuperação do tempo de serviço dos professores, a direita juntou-se ao PS e chumbou a proposta que tinha aprovado na especialidade.

Uma semana depois de o primeiro-ministro ameaçar demitir-se, a crise política acabou. Depois de aprovarem a proposta na especialidade, PSD e CDS-PP mudaram o sentido de voto e juntaram-se ao PS para chumbar a contagem integral do tempo de serviço dos professores, isto porque, numa nova votação, voltaram a não conseguir fazer aprovar as cláusulas de salvaguarda que limitariam o impacto financeiro desta recuperação do tempo ao crescimento económico, às condições orçamentais e a uma futura revisão da carreira dos professores. Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes votaram a favor da proposta final. O PAN absteve-se.

No passado dia 2 de maio, PSD, CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP aprovaram na especialidade várias alterações ao decreto-lei do Governo que previa a contagem de cerca de um terço do tempo de serviço exigido pelos professores e que resultariam em progressões mais rápidas e os consequentes aumentos salariais. Os partidos aprovaram também a antecipação para janeiro de 2019 da contagem do primeiro terço, o que resultaria em encargos adicionais para o Estado já em 2020.

Na sequência dessa aprovação, António Costa reuniu o seu núcleo duro e durante a tarde da última sexta-feira anunciou ao país que, caso a proposta fosse aprovada em votação final global, iria pedir a demissão, porque os custos da proposta são incomportáveis e também porque nenhum partido colocou esta proposta no seu programa eleitoral.

O Bloco de Esquerda e o PCP reagiram de imediato a dizer que não iriam mudar a sua votação. O CDS-PP, depois de um anúncio da sua líder a dizer que não mudaria a votação, emitiu um comunicado onde dizia que o partido queria nova votação das salvaguardas, e sem essa mudariam o sentido de voto e chumbariam a proposta.

O líder do PSD, Rui Rio, acusou António Costa de criar uma crise política, mas disse também que iria pedir uma nova votação das propostas do partido e que o PSD chumbaria a recuperação integral do tempo de serviço caso essas limitações não fossem aprovadas.

O PSD colocou novamente à votação duas propostas que foram chumbadas na comissão parlamentar de Educação. Uma, limitava o pagamento dos nove anos do tempo de serviço aos recursos disponíveis do Estado e ao cumprimento das regras orçamentais europeias, no caso a regra que limita o aumento de despesa anual que o Estado pode fazer. O segundo, limitava o pagamento dessas progressões às condições económicas do país, como a taxa de crescimento económico.

Já o CDS-PP pediu a votação da limitação às condições financeiras e económicas do país, nomeadamente o crescimento económico.

Ambos os partidos faziam depender a sua aprovação destas normas de uma futura revisão da carreira dos professores.

Na última semana e meia têm sido dados a conhecer vários números diferentes sobre o custo da aprovação desta medida. Segundo o Governo, contar todo o tempo de serviço aos professores custaria 800 milhões de euros aos cofres do Estado anualmente, de forma permanente, quando acabasse o faseamento (que não estava definido nas mudanças ao decreto-lei). Isto porque o que ficaria decidido pelos professores teria de ser aplicado também às restantes carreiras especiais, onde se incluem os magistrados e os militares.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental diz que estes custos baixam para 567 milhões de euros, já que uma parte deste dinheiro seria pago de volta ao Estado em contribuições para a Segurança Social e IRS a mais, decorrente do aumento dos salários.

Estes custos contabilizam a totalidade do tempo, ou seja, não descontam o valor que o Governo já previa dar no decreto-lei que é agora apreciado pelo Parlamento. A diferença, em termos líquidos, é de 398 milhões de euros anuais, dizem os técnicos do Parlamento.

Debate aceso com partidos a empurrar culpas

Antes da votação, os partidos ainda debateram durante um curto período de tempo as propostas que o PSD e o CDS-PP quiseram voltar a votar. Neste curto debate, todos culparam todos.

A deputada Margarida Mano, que liderou a discussão e votação na especialidade pelos sociais-democratas, disse que a recuperação aprovada pela comissão é “justa”, mas que o partido não abdica das salvaguardas que foram chumbadas na mesma comissão. “Não abdicamos destes princípios, nunca o fizemos. Somos um partido de direitos e deveres. Não somos um partido só de direitos”, disse.

“Estamos aqui por responsabilidade exclusiva do Partido Socialista. O mesmo partido que congelou em 2007 as carreiras, descongelou em 2009 antes das eleições e congelou a seguir às eleições. O PS que considera ludibriar as pessoas um talento digno de elogio”, disse a deputada, questionando as contas de Mário Centeno, e dizendo que o PS tinha “a responsabilidade” de aprovar a proposta, lembrando que foram governos PS que congelaram as carreiras.

O deputado socialista Porfírio Silva, que também esteve na comissão parlamentar de Educação, explicou que o PS não aprovou as cláusulas de salvaguarda pedidas pela direita porque entende que estas servem “apenas para tentar enganar todos ao mesmo tempo, dizendo a uns que pagam tudo e a outros que não custa nada”.

“Entendemos todos para que servem estas cláusulas. Se Rui Rio fosse Governo, seria a desculpa de mau pagador para desonrar o que aprovaram aqui. Se o PS fosse Governo, serviria para o PSD alimentar a tensão na escola pública”, acusou o deputado.

O socialista acusou ainda o PSD de não fazer as contas ao custo, a deputada do PSD Margarida Mano de aprovar a proposta em comissão “em concertação telefónica com Rui Rio” e deixando a garantia que a carreira dos professores “não volta a parar”.

Mais à esquerda, Bloco de Esquerda e PCP apontaram baterias à direita, por mudar de votação, e ao PS, por impedir a aprovação da proposta. Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, disse que na votação desta sexta-feira “caem as máscaras”, depois de a UTAO já ter “desmascarado” os custos da medida calculados por Mário Centeno.

Esta é para, o Partido Socialista, uma manobra de campanha eleitoral à custa dos professores que nos deixa a pensar até onde será capaz de ir numa ambição desmedida pela maioria absoluta. (…) Fez chantagem, fez um ultimato à direita e o PSD e CDS recuaram. Sabiam exatamente aquilo que estavam a votar. O que não sabiam era que o Governo iria fazer uma chantagem. E quando o Governo fez a chantagem, o PSD e o CDS recuaram”, disse.

Ana Mesquita, do PCP, lembrou que a proposta que foi votada no Parlamento esta sexta-feira não era a proposta de um partido, mas o que foi votado e aprovado por quatro partidos na comissão. “O que está agora em discussão é um texto que resulta das votações da comissão, que concretiza a contagem integral do tempo de serviço e que resulta não só de propostas do PCP, mas dos restantes grupos parlamentares, onde se inclui também o PSD e o CDS”.

A deputada comunista lembrou que o aprovado, “de quinta a sábado, foi defendido por PSD e CDS”, que depois recuaram e agora queriam aprovar normas que na prática iriam resultar “[n]um violentíssimo ataque aos direitos dos trabalhadores” porque propunha a “revisão das carreiras, não é só da dos professores”. “PSD e CDS têm ainda uma oportunidade para demonstrar que o PS não os enfiou no bolso e que deles fez a muleta que precisava”, disse a deputada momentos antes da votação.

Pelo CDS-PP, a deputada Ana Rita Bessa disse que o seu partido faz a mesma proposta há dois anos, tendo apresentado esta proposta no Orçamento do Estado para 2019, nas avocações parlamentares e em várias ocasiões públicas.

A deputada centrista deixou ainda uma acusação ao PS e ao Governo: “Não teve a coragem política de negociar a sua revisão durante quatro anos de governação”.

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80% dos carros elétricos são vendidos nos países mais ricos da UE

Noruega, Suíça e Holanda lideram o ranking de vendas de carros elétricos. Em mais de metade da UE menos de 1% dos carros vendidos são elétricos, contra 80% de vendas na Noruega.

Adquirir um carro elétrico ainda não está ao alcance de todos. Quem o diz é a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis (ACEA, na sigla inglesa), que esta quinta-feira revelou que 80% dos veículos elétricos comercializados na Europa são vendidos nos países mais ricos da União Europeia (UE). A Noruega liderar o pódio: de todos os automóveis vendidos naquele país, mais de 49% são elétricos.

Destacam-se ainda a Suíça, com uma quota de 8%, e a Holanda, com 6,7%, na compra de veículos elétricos. Estes são os três países com maior poder de compra na UE, segundo avança o jornal El Economista, (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Por sua vez, 3,4% dos automóveis vendidos em Portugal são elétricos, o que significa que a venda destes modelos disparou em Portugal. Já no país vizinho venderam-se, no ano passado, cerca de 1,3 milhões de automóveis, dos quais apenas 0,9% eram elétricos, o que corresponde a 11.810 veículos.

Todavia, o caso de Espanha não é isolado, já que segundo o documento, em mais de metade dos Estados-Membros da UE venderam-se menos de 1% de carros elétricos por ano. Nem mesmo os maiores países produtores de automóveis na Europa (Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha) foram além dos 2,5% de veículos elétricos vendidos.

Segundo explicou Erik Jonnaert, secretário-geral da ACEA, “a população europeia deveria poder considerar a compra de um carro elétrico, independentemente do país em que vive. A acessibilidade para essas tecnologias deve ser tratada pelos governos como uma prioridade.”

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Mota-Engil garante 100 milhões em contratos no Quénia

Contratos abrangem dez anos e incluem projeto, construção, operação e manutenção de duas redes de estradas.

A Mota-Engil fechou dois novos contratos para duas redes de estradas no Quénia. O negócio, que abrange um período de dez anos, inclui projeto, construção, operação e manutenção e ascende a 100 milhões de euros, segundo comunicou a construtora à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“As fases de projeto e construção terão um prazo de execução de 720 dias e as de operação e manutenção um prazo de 8 anos. A componente de construção dos contratos acima referidos ascenderá a cerca de 100 milhões de euros, valor que será faturado ao longo do período de construção e manutenção”, anunciou a Mota-Engil em comunicado.

O novo negócio junta-se a uma carteira de encomendas que se situava nos 5,5 mil milhões de euros, em 2018. No ano passado, a Mota-Engil multiplicou os lucros por 12, para 24 milhões de euros e as receitas atingiram um novo recorde. Apesar de a América Latina ter gerado a maior parte das receitas da construtora, o negócio em África revelou um forte crescimento no segundo semestre do ano passado, sendo que a empresa antecipa que a tendência continue em 2019.

“Com estas adjudicações, a Mota-Engil aumenta a sua carteira de encomendas na região de África, através de contratos de longo prazo, permitindo uma estabilidade na atividade e nos fluxos financeiros provenientes deste continente“, acrescentou a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins.

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Marriott chega ao mercado de arrendamento de luxo

  • Ricardo Vieira
  • 10 Maio 2019

Seja num condomínio ou num castelo, cadeia de hotéis promete imóveis de luxo em destinos em todo o mundo.

A Marriott International vai passar a oferecer aos seus clientes a possibilidade de arrendarem residências de luxo. A iniciativa Homes & Villas vai disponibilizar mais de dois mil imóveis localizadas em mais de 100 destinos, desde EUA, Europa, Caraíbas e América Latina.

Na plataforma criada para o efeito ainda não é possível consultar a lista de imóveis, mas a empresa está já a atrair dois tipos de públicos: por um lado quem deseje trabalhar na administração de imóveis e por outro quem tenha interesse em ter um dos seus imóveis na lista de luxo gerida pela cadeia de hotéis.

“O lançamento do Homes & Villas by Marriott International reflete o nosso compromisso contínuo com a inovação, à medida que as necessidades de viagens dos consumidores evoluem. O que começou como um piloto há um ano agora é uma oferta global, proporcionando aos nossos hóspedes o espaço e as comodidades de uma casa apoiada por uma empresa de viagens confiável”, afirma Stephanie Linnartz, diretora comercial global da Marriott International.

As casas vão estar disponíveis para os 125 milhões de clientes Marriott Bonvoy, através da acumulação de pontos.

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Disparou o número de anúncios de emprego no OLX

  • Ricardo Vieira
  • 10 Maio 2019

Lisboa, Porto, Setúbal, Faro e Braga são as regiões em que se verificam mais novos anúncios e maior procura por trabalho.

Com base nos dados disponíveis na sua plataforma, o OLX percebeu que no primeiro trimestre do ano 544.522 pessoas responderam a anúncios de emprego na plataforma, um crescimento de 39% face mesmo período de 2018.

E se aumentou a procura, cresceu também o número de anúncios (28%). Lisboa, Porto, Setúbal, Faro e Braga são as regiões em que se verificam mais novos anúncios e maior procura no período analisado.

“É com agrado que registamos este crescimento dos números, tanto de procura como de novos anúncios, em relação ao ano passado. É sinónimo que o OLX é uma plataforma cada vez mais útil em diferentes momentos da vida das pessoas e este é um excelente exemplo disso mesmo. Aliás, esta é uma das principais bandeiras do reposicionamento que lançámos recentemente”, afirma Andreia Pacheco, brand manager do OLX em Portugal.

Em relação aos novos anúncios na plataforma, 43% do total são colocados na região de Lisboa, 22% no Porto e 13% em Setúbal. Da totalidade dos anúncios, 22% são para Comercial, 19% para Restauração/Hotelaria/Turismo e 10% para Construção Civil.

“Mas mais do que um indicador importante para nós, é também um indicador relevante para o mercado e diz-nos que, em termos da evolução do emprego em Portugal, o momento atual continua a ser favorável. Esperamos que os nossos estudos possam servir de barómetro para diferentes áreas de atividade e que continuemos a dar boas noticias no futuro”, afirma Andreia Pacheco.

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Seis meses de licença parental são realidade na Volvo

  • Ricardo Vieira
  • 10 Maio 2019

Homens e mulheres beneficiam da licença com pagamento a 80%. Projeto piloto avança na região EMEA, mas pode vir a ser alargado a 43 mil colaboradores em todo o mundo.

A Volvo Cars anunciou o alargamento das licenças de parentalidade para os seis meses, um programa aplicável a todos os colaboradores (homens e mulheres) da região EMEA (Europa, Médio Oriente e Africa). Durante o período de licença é pago 80% do ordenado. A introdução desta medida insere-se num modelo piloto que poderá levar, mais tarde, ao seu alargamento mundial, podendo vir a beneficiar mais de 43 mil pessoas.

A iniciativa “é mais generosa e inclusiva que a maioria das licenças existentes na Europa e a primeira deste tipo dentro do setor automóvel”, refere a empresa em informação enviada à imprensa, explicando que “esta nova política global é inspirada pela legislação existente na Suécia, país de origem da Volvo Cars, e nação que se distingue pelas licenças de paternidade generosas da qual têm vindo a beneficiar milhões de pessoas ao longo das décadas mais recentes”.

“Somos uma empresa com uma cultura inclusiva e, nesse sentido, esta é uma de várias iniciativas que temos previsto com o objetivo de atrair e reter os nossos colaboradores. Esta medida melhora o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, aumenta o tempo com a família e adequa-se perfeitamente numa empresa com um espírito progressista e focado no ser humano. (…) Ser capazes de atrair e reter as melhores pessoas é crucial e sabemos que, os colaboradores mais talentosos são pessoas seletivas na escolha que fazem em relação ao seu empregador. Os vencedores desta luta pelo talento serão as empresas que valorizem a diversidade, práticas de trabalho flexível e moderno e o bem-estar dos seus colaboradores”, refere Hanna Fager, head of people experience da empresa.

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Tecnológico Xpand IT oferece aventura de verão. Abertas as candidaturas para estágios

  • Ricardo Vieira
  • 10 Maio 2019

Com o Summer Internship, a empresa quer apostar na inovação e desenvolvimento das novas gerações.

“Se um estágio de verão é enriquecedor. Imagina os da Xpand IT”. É assim que a tecnológica promove mais uma edição do Summer Internships, o programa de estágios de verão que quer contribuir para o crescimento profissional e pessoal de 20 estudantes.

Até 8 de junho estão abertas as candidaturas para o programa de dois meses, que decorre nos escritórios da empresa em Lisboa, Viana do Castelo, Porto e Braga.

Podem participar estudantes com espírito empreendedor e inovador que frequentam o 3.º, 4.º ou 5.º ano de licenciatura ou mestrado, em Engenharia Informática, Computação ou Gestão de Sistema de Informação.

Para Rui Maia, chief human resources officer & partner da Xpand IT, “enquanto empresa com relações próximas de várias universidades, tornou-se fundamental apostarmos na inovação e desenvolvimento das novas gerações. Pretendemos proporcionar dois meses enriquecedores para os 20 candidatos selecionados e, principalmente, contribuir para a sua evolução através de projetos reais, trabalho em equipa e com a partilha diária de conhecimento e expertise“.

A partir de julho, os selecionados vão integrar uma equipa de projeto no mercado tecnológico, conhecer as metodologias de desenvolvimento Agile, resolver desafios a partir do zero e, ainda, participar em vários eventos da empresa e equipa, como por exemplo as Xtalks.

“O estágio de verão na Xpand IT foi uma ótima experiência. Permitiu-nos perceber a dinâmica de um local de trabalho. Não é passar o dia a ler documentos como na maioria dos estágios, mas sim trabalhar num projeto desafiante. No início é difícil entrar na dinâmica por causa da complexidade do projeto, mas depois torna-se muito recompensador porque no final desenvolvemos as nossas capacidades de fazer algo acontecer em vez de nos mantermos na teoria”, conta André Lopes, estagiário selecionado na edição anterior.

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Altice Portugal está “a entrar numa fase de saúde e recuperação”

O administrador financeiro da Altice Portugal considera "evidente" que a dona da Meo está "a entrar numa fase de recuperação". Receitas da empresa estabilizaram.

O administrador financeiro da Altice Portugal considera “evidente” que a empresa está “a entrar numa fase de saúde e de recuperação”. Concretamente, Alexandre Matos referia-se à melhoria de 1,3% do cash flow da empresa no primeiro trimestre, em termos homólogos, que considerou ser o “indicador que os acionistas mais olham”.

Num encontro com jornalistas esta sexta-feira, na sede da empresa, o administrador financeiro leu os resultados divulgados no dia anterior e recordou que “a empresa vinha numa senda de queda de receita” há vários trimestres, estando agora “a viver um momento de inversão”.

A Altice Portugal obteve uma receita total de 509 milhões de euros no primeiro trimestre, uma subida ligeira, de 0,4%, face ao mesmo período do ano passado. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado recuou 1,4% em termos homólogos, para 206 milhões de euros, uma evolução justificada com “investimento em marketing” e outros custos.

No mesmo encontro, a empresa revelou que cada cliente fixo, no segmento de consumo, gera uma receita mensal de 32 euros. Este indicador, chamado de ARPU (average revenue per user), tem vindo a cair há vários anos, mas apresenta uma tendência de evolução positiva à medida que a empresa vai convertendo clientes de ADSL e satélite em clientes de fibra. A estratégia é aumentar a receita média por utilizador não com um aumento direto dos preços, mas com uma subida do valor prestado ao cliente.

Em Portugal, um cliente de fibra tem mais serviços à sua disposição. Neste sentido, acaba por ser “um cliente com um grau de lealdade maior”, explicou Alexandre Matos. A empresa tem cerca de 1,1 milhões de clientes de fibra e quase 4,59 milhões de casas passadas. “Para nós, é prioritário fazer migrações com a tecnologia fibra”, assumiu o gestor.

Apesar da intenção, não foi o segmento de consumo a beneficiar as contas da Altice Portugal, até porque as receitas praticamente estabilizaram, caindo apenas 0,2%, mas crescendo o número de clientes únicos. Foi, sim, o segmento empresarial, cujas receitas subiram 1,2%, impulsionadas por “novas linhas de receita”, como as “soluções de integração de sistemas” e os “serviços de IoT”, por exemplo.

É evidente que estamos a entrar numa fase de saúde e de recuperação.

Alexandre Matos

Administrador financeiro da Altice Portugal

Venda da fibra decidida em breve

A Altice Portugal vai divulgar a decisão do processo de venda da rede de fibra ótica ainda neste semestre. A garantia foi reiterada por Alexandre Matos, que lembrou que ainda existe “uma quantidade razoável de propostas em discussão e análise”. No entanto, essa fase “não é feita aqui”, mas sim pela sede da Altice Europe ATC 0,00% , em França.

Questionado pelo ECO sobre se existem investidores portugueses envolvidos no negócio, o gestor disse não ter conhecimento de propostas portuguesas e que as existentes foram apresentadas por “consórcios internacionais”.

Para além do comprador, falta saber em que modelo é que o negócio se vai concretizar. A empresa já alocou o ativo a uma nova subsidiária e poderá vender a totalidade do capital, manter uma posição maioritária ou até manter uma posição minoritária. De qualquer das formas, Alexandre Matos indicou que nada está decidido.

Evolução das ações da Altice em Amesterdão

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MP acusa Rocha Andrade e Jorge Oliveira no Galpgate. Há 18 arguidos

O Ministério Público acusa os ex-secretários de Estado de recebimento indevido de vantagem e pede proibição de exercer funções em cargos públicos.

O Ministério Público (MP) acusa formalmente os dois ex-secretários de Estado — Fernando Rocha Andrade e Jorge Oliveira — e mais 16 arguidos pelo crime de recebimento indevido de vantagem no âmbito do caso da Galpgate, que investiga o pagamento pela Galp de viagens, refeições e bilhetes para diversos jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016.

“O Ministério Público proferiu despacho de arquivamento parcial em oito situações e deduziu acusação, pela prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, contra 18 arguidos“, pode ler-se numa nota da Procuradoria-Geral da República (PGR). O MP requere ainda o julgamento em tribunal coletivo de todos os 18 arguidos.

Entre os arguidos agora acusados estão duas empresas do grupo Galp e sete responsáveis ou colaboradores das sociedades arguidas. Dos restantes nove arguidos, dois exerciam funções de secretário de Estado na altura (Fernando Rocha Andrade e Jorge Oliveira), dois eram chefes de gabinete de secretário de Estado, dois assessores governamentais (um deles, Vítor Escária, era assessor do primeiro-ministro), dois presidentes de Câmara — Álvaro Beijinha, de Santiago do Cacém, e Nuno Mascarenhas, de Sines — e um era administrador da Galp (Carlos Costa Pina).

O Ministério Público pede ainda que os arguidos que exerciam funções públicas sejam condenados a uma pena acessória de “proibição do exercício de função de titulares de cargos públicos, de funcionários públicos ou de agentes da administração”.

O MP também requereu a declaração de perda a favor do Estado dos valores correspondentes às vantagens usufruídas e não reembolsadas, “bem como os correspondentes às vantagens prometidas mas que foram recusadas ou reembolsadas, num total de 40.265 euros“, lê-se na nota.

Segundo a acusação, os arguidos ligados ao grupo Galp convidaram várias pessoas em cargos públicos para assistirem a jogos da seleção nacional no campeonato europeu de futebol, que decorreu em França nos meses de junho e julho de 2016.

Tribunais “virão a reconhecer as razões” da Galp Energia

A Galp já reagiu à acusação, dizendo que colaborou desde “o primeiro o momento” com o MP neste caso, “disponibilizando toda a informação sobre os convites dirigidos a clientes, fornecedores e entidades institucionais”. “Os convites foram feitos pela Galp enquanto patrocinadora da Seleção Nacional, em conformidade com a lei e com as práticas e tradições seguidas no país ao longo dos anos, no âmbito de patrocínios empresariais”, diz fonte oficial da empresa ao ECO.

“A Galp irá, agora, acompanhar as próximas fases do processo, manifestando toda a confiança de que os tribunais virão a reconhecer as suas razões”.

(Artigo atualizado às 12h15 com mais informação).

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Francesa Maisons du Monde chega a Portugal através do Algarve

  • ECO
  • 10 Maio 2019

A cadeia francesa chegou a Portugal através de uma loja no Mar Shopping Algarve. Oferece produtos de decoração e mobiliário a preços acessíveis.

A cadeia de decoração francesa Maisons du Monde acaba de chegar a Portugal através do sul do país. É no Mar Shopping Algarve que vai inaugurar a primeira loja com centenas de produtos de decoração e mobiliário. A marca já é conhecida entre os portugueses uma vez que lançou a loja online em 2010 e, desde aí, tem enviado centenas de produtos a preços acessíveis para cá.

Será a 11 de maio que as portas da Maisons du Monde se vão abrir aos portugueses. São 630 metros quadrados de uma loja cheia de produtos a preços acessíveis, inspirados em “diversos universos temáticos e imersivos, onde a oferta de decoração e mobiliário será apresentada em ambientes inspiradores”, referiu a empresa, em comunicado.

Maison du Monde

No mesmo espaço haverá uma equipa de especialistas disponível a ajudar os clientes com dicas de decoração e organização da casa e ainda um “Bar à echantillons”onde é possível escolher a cor dos tecidos, sofás e amostras de madeira. “Explorar novas tendências, acompanhar a evolução dos estilos de vida, combinar e misturar estilos, este é o espírito da Maisons du Monde desde a sua fundação, refere a empresa, fundada há mais de 20 anos.

A marca não é nova para Portugal, uma vez que lançou em 2010 a sua loja online, onde “os portugueses demonstraram o seu entusiasmo”. A Maisons du Monde possui uma equipa de 90 criadores em Nantes, França, que criam de forma contínua novas propostas de decoração e que passarão a estar acessíveis aos compradores portugueses na loja no Algarve.

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Combustíveis vão baixar. Gasolina cai 2 cêntimos e o gasóleo baixa meio

Os combustíveis vão ficar mais baratos na próxima semana. O preço da gasolina vai descer dois cêntimos por litro. Também o gasóleo baixa, mas a queda será de meio cêntimo.

Se vai abastecer o depósito do seu automóvel, espere pelo início da próxima semana. Os combustíveis vão ficar mais baratos na próxima segunda-feira. O preço da gasolina vai descer dois cêntimos por litro, naquela que é a primeira descida em 13 semanas. Também o gasóleo baixa, mas a queda será de meio cêntimo.

Fonte do setor adiantou ao ECO que os preços dos combustíveis deverão descer no início da semana, isto numa altura em que paira no ar uma ameaça de nova greve dos condutores de matérias perigosas, que há duas semanas provocaram uma corrida aos postos de abastecimento, deixando grande parte deles sem combustíveis.

No caso da gasolina, que estava a valorizar há 13 semanas, vem aí uma descida do preço: deverá cair dois cêntimos para os 1,533 euros por litro, de acordo com os dados da Direção Geral de Energia.

Para o gasóleo, o combustível mais usado pelos portugueses, prevê-se uma queda mais ligeira, de meio cêntimo, atirando o preço do litro do diesel para os 1,391 euros. Será a primeira queda em seis semanas.

A evolução dos preços dos combustíveis reflete o comportamento da cotação do petróleo e derivados petrolíferos nos mercados internacionais na última semana e ainda da cotação do euro, tendo em conta que as matérias-primas são geralmente transacionadas em dólares e a apreciação/depreciação da divisa americana torna as exportações para o euro mais caras/baratas.

O Brent, negociado em Londres, apresenta esta semana uma desvalorização de 0,1%, estando a cotar nos 70,78 dólares por barril.

(Notícia atualizada às 14h41)

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Fridão: “Interpretamos as cartas da EDP de acordo com interesses dos contribuintes”

  • Lusa
  • 10 Maio 2019

Governo e EDP não têm interesse em avançar com concessão que custou 217.8 milhões de euros à empresa em 2008. Elétrica exige devolução do dinheiro pago por projeto que não avança e governo recusa.

O ministro do Ambiente assegurou quinta-feira que é “inequívoca” a interpretação das cartas da EDP ao Governo sobre a barragem do Fridão, afirmando que faz de acordo com “os interesses dos contribuintes” e a elétrica segundo os dos “próprios acionistas”.

“É inequívoca a interpretação que eu faço das cartas que a EDP escreveu ao Governo. Tudo é passível de interpretações. Eu repito aqui as palavras, que me pareceram sábias, do senhor primeiro-ministro, [António Costa], nós interpretamos essas cartas de acordo com os interesses dos contribuintes portugueses”, disse João Pedro Matos Fernandes, que falava aos jornalistas, em Lisboa, à margem da apresentação do relatório ‘World Energy Outlook 2018’.

Para o governante, a empresa liderada por António Mexia interpreta as cartas segundo “os interesses dos próprios acionistas” e sublinhou não ter “nada a criticar” a esse respeito.

Em 16 de abril, João Pedro Matos Fernandes anunciou no parlamento que a barragem do Fridão, no rio Tâmega, não será construída e que “não há razão para a restituição de qualquer montante” à EDP.

João Pedro Matos Fernandes falava, na altura, na comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

“A decisão relativa a barragem do Fridão está tomada”, disse o ministro, adiantando que o Ministério do Ambiente não encontra razão para construir nem para indemnizar a EDP.

No mesmo dia, a elétrica assegurou que não abdicará dos seus direitos, nem dos mecanismos de que dispõe para a defesa dos mesmos.

“Em nenhum momento a EDP admitiu a possibilidade de não avançar com a construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Fridão sem que lhe fosse devolvido o montante pago ao Estado, em janeiro de 2009, como contrapartida financeira pela sua exploração por 75 anos”, esclareceu a energética.

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A EDP adiantou estar disponível para, “de forma construtiva e com base num diálogo de boa-fé entre as partes, encontrar uma solução, deixando claro que não abdicará dos seus direitos, nem dos mecanismos de que dispõe para a defesa dos mesmos”.

Em causa está um valor de cerca de 218 milhões de euros.

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