EDP suspende cortes de luz durante a pandemia. Dá flexibilidade aos clientes para pagarem faturas

A EDP Comercial decidiu, à luz da pandemia do Covid-19, deixar de realizar cortes de luz. Ao mesmo tempo, vai permitir maior flexibilidade para que os clientes paguem as faturas da eletricidade.

É cliente da EDP Comercial? A fornecedora de energia da EDP no mercado liberalizado, anunciou que perante o Covid-19, decidiu deixar de realizar cortes de luz a clientes com faturas por pagar. Para os restantes, e de forma a evitar que mais famílias entrem em situação de incumprimento perante eventuais dificuldades financeiras em resultado da pandemia, vai flexibilizar os pagamentos.

A “EDP Comercial decidiu suspender todos os cortes de energia agendados para esta semana, sendo esta uma medida que deverá ser mantida no decurso das próximas semanas”, refere a empresa em comunicado.

“Em paralelo, e desde o início da semana passada, a EDP comercial tem vindo a comunicar aos seus clientes a possibilidade de flexibilizar o prazo e modo de pagamento das faturas, sempre que seja manifestada essa necessidade“, salienta.

Estas iniciativas de proteção dos clientes somam-se a “um conjunto alargado de outras medidas que já tinham sido comunicadas pela EDP Comercial para salvaguardar a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores e dos seus parceiros”, salientando tanto a redução de pessoal nas lojas como o acesso controlado às mesmas.

“O caráter extraordinário da situação que vivemos exige um acompanhamento permanente da nossa empresa e estamos totalmente comprometidos com a necessidade de agir e decidir rápido, em articulação com as autoridades de saúde, para travarmos a propagação desta pandemia”, remata a EDP Comercial.

(Notícia atualizada às 20h01 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Mais de 7.000 mortes em 175 mil infetados em todo o mundo

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Um total de 7.007 pessoas morreram devido a 175.530 casos de contaminação identificados em 145 países e territórios, desde o princípio da pandemia, em dezembro.

O número de mortes relacionadas com o novo coronavírus excedeu os 7.000 em todo o mundo, após o anúncio pela Itália de 349 novos óbitos, de acordo com um balanço da AFP com dados até às 17h00.

Um total de 7.007 pessoas morreram devido a 175.530 casos de contaminação identificados em 145 países e territórios, desde o princípio da pandemia, em dezembro passado. A seguir à China, que tem o maior número de mortes (3.213), a Itália é o país mais afetado, com 2.158 mortes em 27.980 casos relatados, o Irão, com 853 mortos em 14.991 casos, Espanha, com 309 mortos em 9.191 casos e França, com 127 mortos em 5.423 casos.

No entanto, alerta a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas imperfeitamente a realidade, com um grande número de países agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar. Desde a contagem realizada no dia anterior, às 17:00 de domingo, 587 novas mortes e 11.597 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países com mais mortes em 24 horas são a Itália, com 349 novas mortes, o Irão (129) e a França (36). A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia se declarou no final de dezembro, contabilizou um total de 80.860 casos, incluindo 3.213 mortes e 67.490 curas. Dezasseis novos casos e 14 novas mortes foram anunciados entre domingo e hoje.

Noutras partes do mundo, registou-se um total de 3.794 mortes (573 novas), até às 17:00, para 94.676 casos (11.581 novos). Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.158 mortes, para 27.980 casos, o Irão com 853 mortes (14.991 casos), a Espanha, com 309 mortes (9.191 casos), e a França com 127 mortes (5.423 casos).

Desde domingo, às 17:00, Portugal, Bahrein, Hungria, Guatemala e Luxemburgo anunciaram as primeiras mortes provocadas pela Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Trinidad e Tobago, Libéria, Somália e Tanzânia anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos. A Ásia totalizava hoje 92.260 casos (3.337 mortes), a Europa 61.073 casos (2.711 mortes), o Médio Oriente 16.530 casos (869 mortes), Estados Unidos e Canadá 4.126 casos (70 mortes), América Latina e Caribe 815 casos (sete mortes), África 374 casos (oito mortes) e 358 casos na Oceânia (5 mortes).

O balanço da AFP é compilado a partir de dados recolhidos pelos escritórios da agência, autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A primeira morte em Portugal, anunciada pela ministra da Saúde, Marta Temido, foi a de um homem de 80 anos, com “várias patologias associadas” que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Há 331 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS). Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). O boletim da DGS assinala 2.908 casos suspeitos até hoje, dos quais 374 aguardavam resultado laboratorial. Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 4.592 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. Atualmente, há 18 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais quatro do que no domingo. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão. Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou esta segunda-feira o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham que se deslocar por razões profissionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Menos salário, o mesmo trabalho. É assim que vai funcionar o novo “lay-off”

O novo regime de "lay-off" prevê um corte de um terço dos salários brutos pagos por empresas em "crise". O empregador pode, contudo, escolher manter as pessoas a trabalhar.

Uma semana depois de ter apresentado aos parceiros sociais o pacote de apoios para as empresas e para os trabalhadores face à propagação de coronavírus, o Governo desfez o mistério e publicou a portaria que fixa as regras do novo “regime de lay-off simplificado”. Ao abrigo desta medida, os salários podem ser temporariamente cortados em um terço, ainda que os trabalhadores continuem a prestar serviços.

Antes de mais, para ter acesso a este regime, os empregadores têm de estar em “crise empresarial” resultante da propagação de coronavírus em Portugal e no mundo. Tal cenário inclui: as situações de paragem total da atividade da empresa ou estabelecimento decorrente da interrupção das cadeias de abastecimento globais ou da suspensão ou cancelamento de encomendas; e a quebra “abrupta e acentuada” de, pelo menos, 40% da faturação, com referência ao período homólogo de três meses (para quem tenha iniciado a atividade há menos de 12 meses, a referência é a média desse período).

Esta “crise” deve ser, de resto, atestada mediante declaração do empregador em conjunto com uma certidão do contabilista certificado da empresa. São esses os documentos que as empresas devem enviar à Segurança Social, em conjunto com o requerimento de acesso a este regime e com a listagem nominativa dos trabalhadores abrangidos. Isto só depois de o empregador ter comunicado a sua decisão por escrito aos trabalhadores e de ter ouvido, nos casos aplicáveis, os delegados sindicais e comissões de trabalhadores.

Uma vez aprovado o pedido em causa, os trabalhadores passam a receber dois terços da sua remuneração bruta, com um mínimo de 635 euros e um máximo de 1.905 euros mensais (isto é, três vezes o salário mínimo nacional). Nesse salário, uma fatia de 70% passa a ser assegurada pela Segurança Social e 30% pelo empregador, tendo este apoio a duração de um mês, ainda que possa ser renovado mensalmente até um máximo de seis meses.

Essa renovação tem, no entanto, uma condição: é necessários que os trabalhadores já tenham gozado o limite máximo de férias (22 dias úteis) e que tenham sido adotado todos os mecanismo de flexibilidade dos horários já previstos na lei.

Além disso e ao contrário do que dita o Código do Trabalho, esta portaria não refere qualquer suspensão do contrato de trabalho a par deste “corte” salarial, sublinhando por outro lado que o empregador pode mesmo encarregar, temporariamente, os trabalhadores de funções não compreendidas nos seus contratos, “desde que tal não implique modificação substancial da posição do trabalhador” e que tal mudança tenha como fim assegurar a “viabilidade da empresa”.

O ECO questionou o Ministério do Trabalho sobre quem deve decidir manter ou não o trabalhador em funções durante este período, tendo o gabinete de Ana Mendes Godinho explicado que essa escolha é da responsabilidade do empregador. Por exemplo, no caso das empresas que não estão em paragem total, mas registam a tal quebra da faturação poderá justificar-se manter a prestação de serviços, mesmo com salários “cortados”.

Para ter acesso a este regime, a empresa ou estabelecimento deve ter a sua situação contributiva e tributária regularizada perante a Segurança Social e a Autoridade Tributária Aduaneira. No entanto, durante o período em que beneficie deste apoio, o empregador fica dispensado de pagar contribuições à Segurança Social.

Por outro lado, em caso de despedimento (exceto por falta imputável ao trabalhador) o apoio cessa e tem de ser restituído à Segurança Social. O mesmo acontece se os empregadores falharem as obrigações legais ou contributivas, distribuírem lucros mesmo que a título de levantamento por conta ou prestarem falsas declarações.

Tudo somado, a portaria frisa que este regime inspira-se no lay-off já previsto na Lei Laboral, mas não o replica. “É na figura do lay-off que esta medida excecional se inspira, quer quanto à estruturação, quer quanto às formas e montantes de pagamento, mas que dela se afasta exatamente por não implicar a suspensão dos contratos de trabalho e definir uma operacionalização procedimental simplificada”, salienta o Governo no diploma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abanca já integrou os 131 mil clientes da ex-Caixa Espanha

Galegos fecharam em outubro a compra do Banco Caixa Geral por 384 milhões de euros. Agora concluíram integração tecnológica, legal e operacional do antigo banco da CGD em Espanha.

O Abanca anunciou esta segunda-feira a integração total do banco Caixa Geral. O banco galego, que está neste momento a analisar a aquisição do EuroBic em Portugal, pagou em outubro 384 milhões de euros para ficar com a ex-filial da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Espanha.

Em comunicado, o banco de Juan Carlos Escotet diz ter concluído agora, “com sucesso, a fusão tecnológica, de marca, e legal do Banco Caixa Geral, que já opera sob a plataforma e marca Abanca”. “A integração dos sistemas informáticos foi desenvolvida segundo o calendário previsto e sem nenhuma incidência no serviço aos clientes”, adianta.

Deste modo, prossegue o banco galego, “os mais de 131.000 novos clientes podem aceder, a partir de hoje, a todos os produtos e serviços do Abanca e às últimas inovações financeiras“.

Em Portugal, depois da aquisição da rede de retalho do Deutsche Bank, o Abanca está agora a negociar a compra do EuroBic, de Isabel dos Santos, num negócio avaliado em cerca de 240 milhões de euros. Está em curso, neste momento, uma due diligence para analisar a situação financeira do banco liderado por Teixeira dos Santos.

No espaço de dois anos, o Abanca fará três aquisições.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Bruxelas disponibiliza 80 milhões de euros para laboratório alemão que testa vacina

  • Lusa
  • 16 Março 2020

A Comissão Europeia disponibilizou um apoio financeiro de até 80 milhões de euros à alemã CureVac para amplificar o desenvolvimento e produção de uma vacina contra o novo coronavírus.

A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira que vai disponibilizar até 80 milhões de euros ao laboratório alemão que está a trabalhar numa potencial vacina para o novo coronavírus, após uma alegada oferta da administração norte-americana, desmentida pela biofarmacêutica.

“A Comissão disponibilizou hoje um apoio financeiro de até 80 milhões de euros à CureVac, uma empresa inovadora de Tübingen, na Alemanha, para amplificar o desenvolvimento e produção de uma vacina contra o novo coronavírus na Europa”, informa o executivo comunitário em comunicado.

A instituição liderada por Ursula von der Leyen explica que este apoio é dado sob a forma de uma garantia da União Europeia (UE) a um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) neste valor, no âmbito do mecanismo de financiamento de doenças infecciosas InnovFin e do programa comunitário para a investigação Horizonte 2020.

“Nesta crise de saúde pública, é de extrema importância apoiarmos os nossos principais investigadores e empresas de tecnologia. Estamos determinados a fornecer à CureVac o financiamento necessário para aumentar rapidamente o desenvolvimento e a produção de uma vacina contra o novo coronavírus”, sublinha Ursula von der Leyen, citada pela nota de imprensa.

A responsável adianta: “Estou orgulhosa por termos empresas líderes como a CureVac na UE. A casa deles é aqui, mas as suas vacinas beneficiarão todos, na Europa e fora”.

A informação foi divulgada depois de, também hoje, a CureVac ter negado haver recebido uma oferta do Governo dos EUA para reservar a sua descoberta para os norte-americanos.

No domingo, o jornal alemão Welt am Sonntag citava fontes não identificadas do Governo alemão que asseguravam que o dono da CureVac, uma empresa farmacêutica, tinha participado numa reunião com o Presidente Donald Trump, no início do mês, tendo recebido uma generosa oferta para garantir o seu trabalho em exclusivo para os Estados Unidos.

O jornal dizia ainda que a chanceler alemã, Angela Merkel, estaria a disputar com a empresa a necessidade de a vacina, quando estiver pronta, ser igualmente utilizada na Europa, que é neste momento o principal foco da pandemia.

“Para que fique claro sobre o coronavírus: a CureVac não recebeu uma oferta do Governo dos Estados Unidos ou de entidades com ele relacionadas, antes, durante ou desde a reunião com a ‘task-force’ da Casa Branca, no dia 02 de março”, escreveu hoje o diretor do laboratório alemão, na conta da empresa na rede social Twitter.

O diretor de operações da CureVac, Hans Werner Haas, disse ao jornal Tagesspiegel que a sua empresa tinha realmente participado numa reunião com o Presidente Donald Trump, mas desmentiu a versão de uma qualquer oferta para a compra dos direitos do novo produto.

O embaixador dos Estados Unidos na Alemanha, Richard Grenell, também usou a rede social Twitter para desmentir a versão do jornal Welt am Sonntag.

Antes destas mensagens no Twitter, Helge Braun, chefe da casa civil da chanceler Angela Merkel, disse ao jornal diário Bild que as autoridades alemãs tiveram um “contacto muito intenso com a CureVac, nas duas últimas semanas”, quando havia intenções de negociação com os Estados Unidos.

Helge Braun disse que a empresa obterá todo o apoio para desenvolver uma vacina o mais depressa possível.

Por seu lado, o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, afirmou que tinha ouvido “repetidamente da boca de membros do Governo” que era verdadeira a versão do interesse do Governo norte-americano.

Já o ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, vincou que “a Alemanha não está à venda”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Em Portugal há 331 pessoas infetadas e uma morte devido ao novo coronavirus que causou a epidemia.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Itália ultrapassa os 2.000 mortos, mais 349 em 24 horas

  • Lusa
  • 16 Março 2020

O país europeu com mais casos de infeção pelo novo coronavírus, teve até hoje 2.158 mortos, com 349 novas mortes ocorridas nas últimas 24 horas, anunciou presidente da Proteção Civil, Angelo Borrelli.

Itália, o país da Europa com mais casos de infeção pelo novo coronavírus, registou até hoje 2.158 mortos, com as 349 novas mortes ocorridas nas últimas 24 horas, anunciou o presidente da Proteção Civil, Angelo Borrelli.

Do total de mortes, cerca de dois terços, 1.420, registaram-se na Lombardia (norte), região de que Milão é a capital.

A propagação do vírus na Itália não deu ainda sinais de abrandamento, com as autoridades de saúde a registarem 2.470 novos casos positivos desde domingo.

A região de Turim, Piemonte, regista há dois dias um aumento significativo de casos, alcançando um total de 111 mortos e 1.516 casos positivos.

Itália regista um total de 23.073 pessoas infetadas, o segundo maior número de casos depois da China, onde surgiu o surto de Covid-19 em dezembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: G7 fará “o que for necessário” para restaurar crescimento económico mundial

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Sete países mais ricos do mundo reunidos enfatizaram vontade de mobilizar “todos os instrumentos de política económica" à sua disposição, sejam medidas orçamentais e monetárias ou ações direcionadas.

Os líderes dos sete países mais ricos do mundo (G7) afirmaram esta segunda-feira estar “determinados” em fazer “tudo o que for necessário” para restaurar o crescimento mundial que está a sofrer fortes impactos por causa da pandemia do novo coronavírus.

Num comunicado conjunto, divulgado após uma cimeira extraordinária realizada por videoconferência, o G7 enfatizou a vontade de mobilizar “todos os instrumentos de política económica” à sua disposição, sejam medidas orçamentais e monetárias ou ações direcionadas, “para apoiar imediatamente e tanto quanto necessário os trabalhadores, as empresas e os setores mais afetados”.

Os líderes do G7 irão também pedir aos respetivos ministros das Finanças para “coordenar todas as semanas a aplicação dessas medidas e o avanço de novas ações rápidas e eficazes”.

O G7 é composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ligações aéreas, ferroviárias e terrestres entre Portugal e Espanha condicionadas. Veja o mapa

  • ECO
  • 16 Março 2020

Para travar o surto do coronavírus, Portugal e Espanha decidiram impor o controlo das fronteiras. Veja aqui o mapa e as fronteiras que vão fechar.

A partir das 23h00 desta segunda-feira, Portugal e Espanha vão fechar as fronteiras entre si, passando a haver apenas nove pontos de passagem por onde se poderão fazer apenas deslocações mercadorias e de trabalho. Também foram suspensas as ligações aéreas, ferroviárias e fluviais com o país vizinho, isto para travar o surto do coronavírus. As medidas de controlo das fronteiras vão vigorar durante um mês, até ao próximo dia 15.

Todas as deslocações que não sejam de mercadorias ou de trabalho estão a partir desta noite impedidas. Todas as circulações turísticas ou de lazer estão impedidas“, disse o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

São estes os 9 pontos de passagem terrestre autorizados:

  • Valença-Tui
  • Vila Verde da Raia-Verin, perto de Chaves
  • Quintanilha-San Vitero, perto de Bragança
  • Vilar Formoso
  • Termas de Monfortinho
  • Marvão
  • Caia-Badajoz
  • Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera
  • Ligação de Castro Marim entre Vila Real de Santo António-Ayamonte.

Em relação às outras fronteiras:

  • Aérea: é suspenso o tráfego aéreo entre os dois países a partir do final do dia de hoje. “A partir de hoje não teremos voos entre os aeroportos nacionais e aeroportos espanhóis”, disse o ministro da Administração Interna, Eduardo cabrita;
  • Via ferroviária: serão também suspensas todas as ligação ferroviárias entre os dois países;
  • Fluvial: as duas ligações fluviais regulares que existem, uma no Minho e outra no Algarve, também serão suspensas;
  • Marítima: Não será permitido a titulares de embarcações de recreio de um país atracarem em marinas ou pontos similares no outro país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo britânico pede isolamento social e prevê grande aumento de casos por Covid-19

  • Lusa
  • 16 Março 2020

As autoridades britânicas estimam que vai registar-se um grande aumento de casos e, por isso, o Governo pediu

O governo britânico apelou esta segunda-feira a todos os britânicos para que cessem todo o tipo de contacto social não essencial, prevendo um aumento muito grande de casos com o novo coronavírus nos próximos dias, em especial em Londres.

Agora é a altura de todos pararem o contacto não essencial com outras pessoas e pararem todas as viagens desnecessárias. Precisamos que as pessoas comecem a trabalhar em casa, sempre que possível, e devem evitar bares, discotecas, teatros e outros locais sociais”, apelou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Consciente de que este é um apelo difícil e que vai perturbar as vidas das pessoas, vincou considerar ser “o momento certo” e “mais eficaz” para diminuir a propagação da doença, reduzindo o número de vítimas e mortes, sobretudo em pessoas idosas ou com problemas de saúde.

“A razão para fazer isto agora, e não mais cedo ou mais tarde, é que esta medida será muito perturbadora para as pessoas que têm esses problemas. Mas acredito que agora é necessário. Queremos garantir que este período de proteção máxima coincide com o pico da doença”, acrescentou.

As autoridades britânicas estimam que vai registar-se um grande aumento de casos e que vai verificar-se mais rápido em algumas partes do país, com Londres “algumas semanas à frente”, pelo que esta limitação à circulação é mais urgente na capital britânica, acrescentou o primeiro-ministro.

O Reino Unido registou até agora 1.543 casos positivos e 36 mortes entre 44.105 pessoas testadas ao novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19.

As críticas ao governo britânico têm vindo a crescer de tom desde sexta-feira devido à abordagem menos severa para conter a pandemia de Covid-19 no Reino Unido, levando muitos especialistas a criticar a ideia de “imunidade em grupo”, alertando para a incerteza sobre se a imunidade pós-vírus é real e permanece a longo prazo.

O ministro da Saúde, Matt Hancock, deu várias entrevistas no domingo tentando desmistificar a ideia de que o governo não está a impor medidas de distanciamento social para deixar o novo coronavírus circular e imunizar a população.

“Temos um plano, baseado na experiência de cientistas líderes mundiais. A imunidade em grupo não faz parte disso. Esse é um conceito científico, não um objetivo ou uma estratégia”, garantiu, num texto publicado no Sunday Telegraph.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois do Novo Banco, também o BBVA isenta clientes nas transferências online

O banco espanhol vai deixar de cobrar pelas transferências online, bem como lançar uma linha de crédito de 10 mil milhões de euros para apoiar empresas em dificuldade.

O BBVA juntou-se à lista de bancos que estão reduzir a cobrança de comissões aos clientes e avançar com linhas de crédito para apoio às empresas afetadas pela crise do coronavírus. O banco espanhol vai deixar de cobrar pelas transferências online feitas no mercado português, bem como lançar uma linha de crédito de 10 mil milhões de euros para apoiar empresas em dificuldade.

“O BBVA em Portugal apela ao uso de canais digitais e não vai cobrar comissões a partir de 17 de março, e enquanto vivermos este cenário pandémico, em todas as transferências realizadas através de canais digitais, quer para particulares quer para empresas”, diz a instituição financeira espanhola em comunicado.

O banco diz ainda que no âmbito do apoio à prevenção da transmissão do novo coronavírus, mantém-se em “serviços mínimos”, com os balcões a funcionarem “à porta fechada” e que “tem vindo a promover ativamente a utilização dos canais digitais junto dos seus clientes”.

Neste sentido, diz que isenta, por tempo indeterminado, a realização de transferências e ordenados, serviços essenciais para particulares e empresas.

Também o Novo Banco tinha anunciado no final da semana passada que um conjunto de transações essenciais aos clientes através dos canais digitais irão, temporariamente, ficar isentas de comissões naquela instituição: desde as transferências interbancárias, pagamentos de serviços, cash-advance e transferências MB Way, até às isenções da primeira anuidade nos novos cartões de débito e pré-pago ou substituições.

Para as empresas em específico, o BBVA diz que lançou ainda uma linha de crédito de 10.000 milhões euros para as ajudar a “gerir o impacto financeiro que a atual pandemia do Covid-19 está a provocar na sua tesouraria”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Setor dos eventos estima prejuízos de 250 milhões com cancelamentos

  • Lusa
  • 16 Março 2020

O setor dos eventos em Portugal estima até 250 milhões de euros em prejuízos com cancelamentos. A APECATE diz que 90% dos eventos dos seus associados foram cancelados.

A Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) contabiliza que 90% dos eventos previstos pelos seus associados foram cancelados, estimando prejuízos até 250 milhões de euros, segundo informação divulgada esta segunda-feira.

“Os dados recebidos pelos associados [da] APECATE apontam para mais 90% de eventos cancelados, envolvendo cerca de 30.000 trabalhadores diretos, sem contar com os eventuais, os conhecidos recibos verdes”, lê-se na numa nota. Em outro comunicado, a APECATE avançou que “o setor já vive numa situação dramática, com todos os eventos paralisados e prejuízos estimados entre os 200 e os 250 milhões de euros, até à data e que aumenta todos os dias”.

A associação, que garante estar empenhada “em ter um papel ativo no acompanhamento da situação e na construção de medidas de combate a este ‘tsunami’ económico no setor”, garantiu que “a preservação dos empregos e manutenção das empresas abertas são as duas grandes linhas de ação da APECATE no panorama atual”.

Citado no comunicado, António Marques Vidal, presidente da APECATE, adiantou que o organismo quer “em primeiro lugar ouvir os empresários, ter acesso a dados que nos permitam uma análise do impacto que o setor está a sentir” e apelou à união, “sejam associados ou não” do organismo.

O mesmo responsável, recordando que o setor dos eventos é um dos primeiros a ser afetados pelos sucessivos cancelamentos, pede um esclarecimento de “algumas medidas já anunciadas, como o caso do recurso ao ‘lay-off’ e microcrédito, por exemplo”.

Segundo a associação, “há ainda muito a ser feito”, destacando “algumas medidas a serem tomadas no imediato para a sobrevivência das empresas como viabilizar o não pagamento de impostos”, ou o “adiamento do seu pagamento sem juros, já a partir de março”.

“As medidas apresentadas [pelo Governo], estão no caminho certo, mas algumas não têm em consideração a realidade do setor, colocando condições que não se conseguem cumprir, impedindo as empresas de ter acesso às mesmas e com isso serem ineficazes”, defende António Marques Vidal.

A associação diz que a portaria nº 71-A/2020, para apoio devido ao surto, “não dá resposta aos problemas atuais e tendo em consideração a presente data, já não evitará que as empresas que têm falta de tesouraria deixem de pagar os salários no fim deste mês”, segundo a informação hoje divulgada.

A APECATE pede a “abertura de linhas de crédito imediato dirigido a microempresas, médias empresas e nano empresas”, a possibilidade de “períodos de carência a empresas que tenham investimentos/dívidas à banca e, por fim, colocar em formação remunerada IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional] profissionais freelancers/recibos verdes (que representam um número elevadíssimo de profissionais que fica sem qualquer apoio)”. A associação realçou ainda o papel do setor dos eventos, congressos e animação turística, que “serão certamente determinantes no arranque da economia”.

Por isso, a APECATE está já “em conversações com os órgãos competentes para definir estratégias para a retoma da economia, que envolvem campanhas de comunicação internas e externas, bem como ações mais concretas de rentabilização e criação de novas ofertas, aproveitando espaços atualmente devolutos, em espaços para eventos, nomeadamente em Lisboa e Porto”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Liga de futebol sem data para regresso das competições

  • Lusa
  • 16 Março 2020

A Comissão Permanente de Calendários da Liga de clubes informou que ainda não existe data para o regresso das competições em Portugal, devido à pandemia de Covid-19.

A Comissão Permanente de Calendários da Liga de clubes informou hoje que ainda não existe data para o regresso das competições em Portugal, devido à pandemia de Covid-19, reforçando que as equipas de futebol não devem treinar em grupo.

“Perante a situação atual que vivemos ainda não se mostra possível aferir de uma data expectável para o regresso das competições”, pode ler-se no comunicado divulgado pela Liga Portugal.

O ponto da situação foi revelado depois da uma reunião por videoconferência, que contou com a presença de todos os clubes que integram a Comissão (Benfica, FC Porto, Sporting, Tondela, Gil Vicente, Cova da Piedade, Leixões e Mafra), assim como os respetivos responsáveis clínicos e operadores televisivos.

A Comissão indica ainda que os clubes “recomendam a todas as equipas a suspensão dos treinos em grupo, assim como da promoção de uma conduta de contenção social de todos os agentes desportivos”.

Na mesma nota, é referido que se “aguarda pelas conclusões da reunião de terça-feira com a UEFA”, em Nyon, na Suíça, onde a Liga Portugal vai estar representada.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Portugal registou hoje a primeira morte, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido, e há 331 pessoas infetadas, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.