Produção automóvel cai em fevereiro. Encolhe no total do ano

No mês de fevereiro a produção automóvel caiu 4,4% em relação ao ano passado. A montagem de veículos pesados registou a maior queda ao cair 82,2%.

A produção automóvel encolheu pelo segundo mês consecutivo. Em fevereiro foram produzidos 30.456 veículos automóveis ligeiros e pesados em Portugal, tendo-se verificado uma queda de 4,4% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

A produção de ligeiros de passageiros caiu 3,8% para 25.002 unidades, em fevereiro deste ano, sendo que nos dois primeiros meses de 2020 esta categoria contabilizava um total de 48.417 veículos produzidos, menos 7,4% em comparação ao período homologo.

No que respeita aos comerciais ligeiros registou-se uma queda de 4,6%, para 5.098 unidades. Todavia, segundo a ACAP, nos dois primeiros meses de 2020 esta categoria cresceu 14,7%, para 10.946 viaturas.

Maior quebra foi registada no caso dos veículos pesados. Nos dois primeiros meses de 2020, a montagem de veículos pesados apresentou uma queda de 82,2% face igual período do ano anterior, representando 134 veículos montados este ano.

Em fevereiro deste ano foram montados 45 veículos pesados, em Portugal, todos eles autocarros, tendo isto representado um decréscimo de 86,8% face a igual mês do ano de 2019. De acordo com a ACAP, destes 45 veículos pesados que foram montados em Portugal, 37 foram exportados, ou seja, 82,2% dos veículos montados.

Nos dois primeiros meses do ano, foram fabricadas 60.108 unidades de ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e veículos pesados, o que representa um decréscimo de 4,3% na produção, em comparação com o período homólogo.

O mercado externo continua a contribuir de forma significativa para a balança comercial portuguesa, uma vez que 98,2% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino outros países, mas é a Europa que continua a marcar posição nas exportações dos veículos fabricados em território nacional, ao representar 98,3% das vendas. Alemanha (18,9%), França (17,2%), Itália (15,8%), Espanha (11,0%) e Reino Unido (10,2%) estão no topo do ranking.

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Covid-19: Suíça decreta estado de emergência e proíbe aglomerados de pessoas

  • Lusa
  • 16 Março 2020

O governo da Suíça decretou o estado de emergência naquele país até 19 de abril devido à pandemia do novo coronavírus, proibindo "todas as manifestações públicas e privadas”, à exceção de funerais.

O governo da Suíça decretou esta segunda-feira o estado de emergência naquele país até 19 de abril devido à pandemia do novo coronavírus, proibindo “todas as manifestações públicas e privadas”, à exceção de funerais.

“Uma reação forte é necessária em todo o país. E vamos fazê-la agora”, declarou a Presidente da Confederação Suíça, Simonetta Sommaruga, numa conferência de imprensa.

Na Suíça, o número de casos de infetados com o novo coronavírus duplicou de sábado para domingo, subindo para 2.200.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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Fed lança nova injeção de 500 mil milhões de dólares

  • Lusa e ECO
  • 16 Março 2020

A Fed de Nova Iorque indicou que a operação, suplementar ao calendário normal, "tem por objetivo assegurar que o montante de reservas permanece amplo e apoiar o bom funcionamento dos mercados".

A Reserva Federal (Fed) de Nova Iorque anunciou esta segunda-feira uma segunda operação não prevista no mercado monetário, no valor de 500 mil milhões de dólares, para assegurar liquidez suficiente.

Em comunicado, a Fed de Nova Iorque indicou que a operação, suplementar em relação ao calendário normal, “tem por objetivo assegurar que o montante de reservas permanece amplo e apoiar o bom funcionamento dos mercados financeiros no curto prazo”.

A operação terá início às 17h30 (hora de Lisboa) com a duração de 15 minutos. O banco central norte-americano tem aumentado a liquidez no mercado desde que a crise do coronavírus começou a atingir os Estados Unidos. A Fed tinha levado a cabo uma operação semelhante na semana passada.

No domingo, a Reserva Federal baixou as taxas de juro para o intervalo entre zero e 0,25%, ao mesmo tempo que anunciou um programa de estímulos no valor de 700 mil milhões de dólares, incitando os bancos a utilizarem todos os meios ao dispor para garantir que os seus clientes têm acesso a dinheiro barato.

O pacote de emergência não conseguiu, no entanto, animar os investidores. Pelo contrário, foi visto como um prenúncio de que o impacto do coronavírus seja mais forte que o esperado. Após uma suspensão na abertura da sessão devido às fortes quedas, o índice financeiro S&P 500 perde 8,12% para 2.490,98 pontos, o Dow Jones cai 8,64% para 21.183,00 pontos e o tecnológico Nasdaq perde 8,46% para 7.208,30 pontos.

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Leia o trabalho da vencedora do 1º Prémio Rui Pena sobre a viabilidade do carro elétrico

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 16 Março 2020

Augusta Mattos venceu a 1ª edição do Prémio Rui Pena, iniciativa conjunta da CMS Rui Pena & Arnaut e ECO/Advocatus, com um trabalho de investigação sobre o carro elétrico.

Promover a investigação e o estudo na área do direito da Energia. É este o principal objetivo do Prémio Rui Pena, uma iniciativa da CMS Rui Pena & Arnaut e do ECO/Advocatus, lançada em 2018, e que presta homenagem a Rui Pena naquela que foi a sua área de prática (Direito Público no setor da energia).

Destinado a alunos de licenciatura, pós-graduação, mestrado e doutoramento que tenham trabalho académico inédito desenvolvido na área do Direito da Energia, o prémio teve como vencedora na primeira edição Augusta Mattos, mestre em Ciências Jurídico-Ambientais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Sob o título O carro elétrico e as estratégias da União Europeia para diminuir as emissões na mobilidade individual, a investigação vencedora conclui que há “viabilidade do carro elétrico como alternativa sustentável na mobilidade individual para a redução das emissões de CO2, desde que o país possua a maior parte de sua fonte de energia baseada em energias renováveis e a necessidade do melhoramento das políticas públicas para a mobilidade elétrica”, tal como explicou a autora em entrevista à Advocatus.

Descubra o trabalho vencedor, de Augusta Mattos, neste e-book.

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CGD e BCP com casos confirmados de Covid-19. Banca reforça planos de contingência

Os bancos portugueses estão a implementar medidas para limitar a disseminação do surto, como o condicionamento do número de clientes no interior dos balcões.

A banca está a reforçar os canais digitais para responder ao surto de coronavírus, mas estão entre os serviços que continuam a funcionar. Entre planos de contingência reforçados tanto a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como o BCP já têm casos de Covid-19 confirmados entre os seus trabalhadores.

Após a notícia da TSF (acesso livre) de que haveria casos positivos de Covid-19 na CGD a condicionarem o atendimento ao público na sede do banco, fonte oficial confirmou ao ECO que há doentes confirmados, sem adiantar quem são as pessoas. Negou, no entanto, que as alterações no funcionamento estejam relacionadas com estes casos. Segundo a mesma fonte da CGD, os constrangimentos estão associados ao plano de contingência em curso desde sexta-feira.

O banco comunicou aos trabalhadores que foram tomadas “medidas logísticas inéditas” no edifício sede. Parte dos colaboradores estão a trabalhar a partir de casa, em teletrabalho, estão encerradas algumas áreas do edifício da Avenida João XXI e está a ser incentivar a utilização de canais alternativos por parte dos clientes.

O BCP registou um caso há mais de uma semana, tendo-se tratado de uma funcionária que trabalha no edifício do banco no Gonçalo Sampaio, e cujo marido é médico e foi um dos primeiros casos registados em Portugal. Assim que soube, a trabalhadora ficou em casa e todo o piso ficou em quarentena. Desde então não se registou mais nenhum caso no banco, que não faz qualquer comentário. Já o BPI e o Santander Totta confirmaram ao ECO que não têm casos confirmados.

Os bancos portugueses têm anunciado medidas para limitar a disseminação do surto, como o condicionamento do número de clientes no interior dos balcões ao número de bancários disponíveis a cada momento na parte do atendimento ao público. Trata-se de uma medida sanitária e de saúde pública que visa minimizar o risco de contágio do novo coronavírus tanto para os trabalhadores das instituições financeiras como para os próprios clientes, ao limitar o número de pessoas dentro de espaços fechados como são as agências.

Está garantida a prestação de todos os serviços bancários. Porém, no caso de haver um fluxo maior face à disponibilidade dos funcionários no atendimento, muitos clientes terão de aguardar do lado de fora da agência para ser atendido. A medida vai começar a ser aplicada durante a próxima semana pelos vários bancos.

Mantém-se a recomendação de privilegiar os canais digitais homebanking ou aplicações dos bancos — na realização de operações quotidianas, como pagamentos, consultas de extratos bancários ou transferências. Adicionalmente, em vez da deslocação a uma agência, poderá usar a rede de ATM.

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Vacina experimental contra o Covid-19 já foi testada em humanos

A primeira vacina experimental de potencial combate ao coronavírus foi testada pela primeira vez num paciente. Deverá demorar pelo menos um ano para se provar que realmente funciona.

A vacina experimental de potencial combate ao coronavírus foi testada pela primeira vez num humano, avança o Business Insider (acesso condicionado, conteúdo em inglês). O ensaio clínico aconteceu em Washington, nos Estados Unidos da América, e marca um progresso histórico no desenvolvimento de uma vacina para uma pandemia. Contudo, deverá demorar pelo menos um ano para se provar cientificamente que a vacina funciona.

Apesar deste progresso, a vacina ainda tem um longo caminho até que seja cientificamente comprovada a sua eficácia. Nesta primeira fase, o ensaio clínico está focado em perceber se a vacina é, de facto, segura em humanos.

Caso seja, os futuros ensaios clínicos vão englobar um maior número de pessoas. Ou seja, prevê-se que os testes clínicos demorem entre um ano e um ano e meio (18 meses) até que se prove que a vacina pode prevenir eficazmente a infeção por Covid-19.

Desenvolvida pela empresa de biotecnologia Moderna e pelo National Institutes of Health (NIH), o sequenciamento do vírus foi realizado em apenas 42 dias. Este “tempo recorde” é explicado pela uso da tecnologia. Stephane Bancel, CEO da farmacêutica, explicou ao Business Insider que a empresa desenvolveu uma nova tecnologia de vacinas, onde é apenas requerido o código genético do vírus, ao invés do próprio vírus, acelerando, assim, todo o processo.

Agora, a ideia é alargar o teste a cerca de 45 pessoas de Seattle (Washington), com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos. Os cientistas estão a oferecer 1.100 dólares a quem queira participar.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo e mais de 160 mil infetados. Só em Portugal, há já 331 infetados confirmados e foi confirmada esta segunda-feira a primeira morte pela doença.

(Notícia atualizada com mais informação)

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OMS considera pandemia “a maior crise sanitária global do nosso tempo”

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Organização Mundial da Saúde declarou que a pandemia de Covid-19 é “a maior crise sanitária global do nosso tempo” e apelou para que sejam realizados testes a todos os casos suspeitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou esta segunda-feira que a pandemia de Covid-19 é “a maior crise sanitária global do nosso tempo” e apelou para que sejam realizados testes a todos os casos suspeitos.

Em conferência de imprensa em Genebra, o diretor-geral da OMS indicou que há agora “mais casos e mortes no resto do mundo do que na China”.

 

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Ryanair elimina taxa de alteração de voo em todas as reservas para abril

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Os clientes podem alterar o seu voo sem custos para uma data no futuro, tendo apenas de "pagar a diferença na tarifa". A Ryanair aconselha a não alterar o voo para outra data em abril.

A Ryanair vai eliminar a taxa de alteração de voo em todas as reservas para abril, indicou esta segunda-feira a companhia aérea em comunicado.

De acordo com a informação divulgada pela Ryanair, “os clientes podem alterar o seu voo sem custos para uma data no futuro”, sendo que “a taxa de mudança de voo será totalmente eliminada”. Assim, “os clientes só terão de pagar a diferença na tarifa”, alertando que “esta mudança de data de voo só se aplicará à rota que já tenham reservado”.

A Ryanair “aconselha os clientes a não alterarem o seu voo para outra data em abril”. “Durante a última semana, a propagação da Covid-19 e restrições de viagem impostas por vários Governos, muitas delas impostas sem aviso prévio, tiveram um impacto significativo e negativo na programação de todas as companhias aéreas do grupo Ryanair”, indicou a empresa, na mesma nota.

“A Ryanair espera que o resultado destas restrições seja a imobilização da maioria da sua frota em toda a Europa durante os próximos 7 a 10 dias” e por isso resolveu “oferecer aos nossos clientes maior flexibilidade nas suas viagens programadas. Neste momento, estamos a oferecer aos nossos clientes as seguintes opções”, diz o comunicado.

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Lucros dos CTT aumentam 36% com compra da 321 Crédito

O resultado líquido do grupo CTT aumentou 35,8%, para 29,2 milhões de euros. Os lucros foram impulsionados pela integração da 321 Crédito. Anunciou dividendo de 11 cêntimos por ação.

O lucro dos CTT CTT 1,68% cresceu 35,8% no ano passado, para 29,2 milhões de euros, um resultado líquido que foi impulsionado pela integração da 321 Crédito. Num relatório remetido à CMVM, o grupo refere que a compra desta empresa de concessão de crédito teve um contributo líquido de 7,6 milhões de euros para os lucros.

Com base neste resultado, os CTT anunciaram um dividendo de 11 cêntimos por ação, propondo-se a distribuir 16,5 milhões de euros pelos acionistas, o equivalente a cerca de 56% do total dos lucros (payout).

A integração da 321 Crédito não foi o único contributo extraordinário a impulsionar o resultado líquido anual. O reembolso de IRC pelo Fisco, resultante de uma decisão favorável relacionada com a venda da Tourline pela CTT Expresso à CTT, S.A. em 2016, também ajudou a companhia a registar estes lucros. A “ajuda” foi de mais 6,8 milhões de euros.

No ano passado, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) dos CTT cresceu 12,2%, para 101,5 milhões de euros. Além da integração da 321 Crédito, contribuíram para esta métrica o “aumento das margens operacionais das áreas de negócio dos Serviços Financeiros (mais 8,3 milhões de euros) e do Banco CTT (mais 3,5 milhões de euros)”, sublinha a empresa.

Em simultâneo, e ainda nesta vertente, estas melhorias “compensaram o decréscimo verificado nas áreas de negócio do Correio e Outros (menos 8,2 milhões de euros) e do Expresso e Encomendas (menos 5,6 milhões de euros)”, acrescenta ainda a empresa liderada por João Bento.

No plano das receitas, os rendimentos operacionais do grupo CTT cresceram 4,6%, totalizando 740,3 milhões de euros. Em termos absolutos, o Banco CTT e os Serviços Financeiros deram os contributos mais expressivos, mas também o negócio do Expresso e Encomendas, em que a empresa tem apostado de forma mais expressiva para fazer face à queda do tráfego do correio.

Este negócio, concretamente Correio e Outros, rendeu aos CTT 152,4 milhões (+2,4%), ainda que o correio continue a ser a principal fonte de receita para a empresa, totalizando 490,9 milhões de euros, uma queda de 1,6% face a 2018. No relatório, o grupo destaca uma queda de 9,1% no tráfego de correio endereçado, para 619 milhões de objetos, mas uma subida de 22% no tráfego publicitário não endereçado, para 521,4 milhões de objetos.

“A evolução do tráfego do correio transacional (-8,5%) continuou a ser afetada negativamente pelo decréscimo do tráfego de correio normal nacional, que apresentou uma queda de 42,6 milhões de objetos (-9,5%), sobretudo nos setores da banca e seguros, das telecomunicações e do Estado, mas também pelo correio azul, cujo tráfego diminuiu em 8,2 milhões de objetos (-31,2%)”, explicou a empresa no referido relatório.

Focando no desempenho do Banco CTT, a empresa destaca ter atingido as 461 mil contas abertas na instituição, mais 113 mil do que no final de 2018. Além disso, destaca “a continuação do crescimento dos depósitos de clientes” em 45,2%, para 1.283,6 milhões de euros, e do crescimento “da carteira de crédito habitação líquida de imparidades para 405,1 milhões de euros”, ou uma subida de 69,9%.

No período em análise, os gastos operacionais dos CTT aumentaram 3,4%, para 638,8 milhões de euros, uma subida que foi mais expressiva nos gastos com pessoal: aumentaram em 11,2 milhões de euros, ou 3,4%, para 344,1 milhões de euros.

A 31 de dezembro de 2019, os CTT registavam ainda uma dívida líquida de 60 milhões de euros, um aumento de 78,9 milhões de euros face aos -18,9 milhões reexpressos referentes ao ano de 2018.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h34)

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Juro da dívida portuguesa acima de 1% pela primeira vez em dez meses

Receios nos mercados estão a penalizar yields dos países periféricos.

Os juros da dívida portuguesa estão a agravar-se com o surto de coronavírus a penalizar o sentimento dos investidores. Pela primeira vez em dez meses, a yield das obrigações do Tesouro portuguesas a dez anos ultrapassou 1%. Portugal acompanha a tendência vivida em países como Espanha e Itália, enquanto as dívidas de países como Alemanha ou EUA estão a servir de refúgio aos investidores.

A yield da dívida portuguesa negoceia esta segunda-feira em 1,04%, no valor mais elevado desde maio de 2019. O agravamento que se tem vindo a acontecer nos últimos dias em resultado dos receios face ao impacto económico do surto de coronavírus. A taxa de juro pedida pelos investidores para trocarem títulos portugueses entre si compara com o mínimo histórico de 0,081% alcançado em agosto do ano passado.

A Europa é atualmente o foco da pandemia e já levou países como Itália e Espanha a decretarem quarentena obrigatória. Em ambos os casos, os juros das dívidas subiram para máximos desde o verão passado. No caso da dívida espanhola está em 0,84% e, no caso da italiana, em 2,13%.

Os bancos centrais têm tentado travar o impacto do coronavírus com estímulos à economia, nomeadamente com uma ação conjunta anunciada este fim de semana. A decisão foi tomada depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido também um pacote de estímulos à economia. No entanto, direcionou as medidas para a banca e para as pequenas e médias empresas. Christine Lagarde deixou claro que não tinha como objetivo manter os juros das dívidas baixos, o que tem pressionado as obrigações dos países periféricos.

“O mercado está muito volátil. Muitos investidores precisam de liquidez e têm de vender ativos refúgio”, explicou, na altura, Sebastian Fellechner, analista do DZ Bank, citado pela Reuters. Para o analista, a reação do BCE foi “uma desilusão” para os Governos.

Yield das obrigações portuguesas sobe

Fonte: Reuters

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EMEL suspende cobrança de parquímetros. Empark dá avenças em Lisboa

O objetivo de ambas as empresas é ajudar os cidadãos numa altura em que o país está a ficar paralisado em resultado da pandemia de Covid-19.

A EMEL, empresa municipal de estacionamento de Lisboa, vai deixar de cobrar parquímetros durante a semana e todo o dia durante os fins de semana e feriados até ao próximo dia 9 de abril. Ao mesmo tempo, a Empark anuncia que os 1.500 residentes na capital portuguesa que têm avenças noturnas vigentes nos seus parques de estacionamento, e que apenas vigoravam das 18h às 9h durante a semana e todo o dia durante os fins de semana e feriados, passam a usufruir de estacionamento por 24 horas todos os dias da semana.

A Câmara Municipal de Lisboa anunciou a suspensão do pagamento de todos parquímetros na cidade nas próximas semanas. A medida poderá ser prolongada ou cancelada consoante a evolução da pandemia, que já infetou mais de 300 pessoas em Portugal e que causou esta segunda-feira a primeira vítima mortal, refere um comunicado a que o Jornal de Negócios (acesso livre).

Em simultâneo, a Empark alargou as avenças noturnas nos seus parques de estacionamento. As avenças que funcionavam entre as as 18h00 e as 09h00 durante a semana passam a funcionar durante todo o dia, fins de semana e feriados. O objetivo é agilizar a mobilidade das pessoas numa fase de dificuldades de circulação.

“Há famílias e trabalhadores em quarentena voluntária que preferem sempre recorrer ao uso do seu próprio transporte e evitar riscos de contágio. Entendemos que esta medida é muito positiva no sentido de facilitar a vida dos residentes de Lisboa que se encontram nesta fase a trabalhar desde casa”, disse Paulo Nabais, diretor geral da Empark Portugal, em comunicado. Acrescentou que a empresa está a considerar outras medidas.

Os dois anúncios, feitos esta segunda-feira, juntam-se a outro semelhante feito pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, na semana passada. Rui Moreira já tinha anunciado o fim das tarifas de estacionamento à superfície, onde a Eporto, empresa participada da Empark, é responsável pela sua gestão e fiscalização.

(Notícia atualizada às 17h08)

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Entrevistas à distância? Não têm de ser um problema

Uma entrevista de emprego pode ser um momento decisivo. Em tempo de coronavírus, a consultora Robert Walters dá alguns conselhos a futuros candidatos que se preparam para entrevistas à distância.

A quarentena devido ao coronavírus tem levado à suspensão de entrevistas de trabalho e formações. Contudo, mesmo à distância, há processos de recrutamento a decorrer e as entrevistas são uma parte fundamental do processo. Plataformas como o Skype podem ser uma alternativa às entrevistas presenciais mas, com elas, surgem desafios e alguns passos importantes para que a entrevista corra o melhor possível.

De acordo com a consultora de recrutamento Robert Walters, há alguns passos importantes a tomar mesmo nas entrevistas virtuais.

  • Escolha o username no Skype

Opte por utilizar o seu nome como nome de utilizador no Skype, para ser mais profissional. Não se esqueça de informar a empresa.

  • Prepare e organizar o espaço envolvente

Antes de começar a entrevista, certifique todas as condições para que corra da melhor forma, tal como o volume do computador, o barulho de fundo, a ligação à internet e o enquadramento do ecrã. Para ouvir melhor e evitar o eco, utilize headphones com microfone incluído e não o sistema de som do computador e coloque em modo voo os dispositivos eletrónicos. As interferências de som e ruído podem prejudicar a entrevista, por isso deve fechar as janelas para evitar ruídos do exterior.

  • Mantenha uma boa postura

Evite estar deitado e opte por sentar-se inclinado para a frente em direção à câmara e com o computador apoiado numa mesa. Isto permitirá criar um ambiente de maior proximidade, semelhante ao de uma entrevista presencial. Garanta ainda que a sala ou o local onde se encontra tem boa iluminação e que o entrevistador consegue ver os seus ombros e rosto.

“Além disso, a linguagem corporal deve ser o mais natural possível, mantendo sempre um sorriso, e falando devagar — em entrevistas por vídeo é mais difícil perceber e avaliar o que está a ser dito”, exemplifica a consultora. “Para garantir que as suas respostas são compreendidas, diga: “Respondi à sua pergunta, ou precisa de mais informação?”

Da mesma forma, vá acenando positivamente com a cabeça e repetindo expressões que demonstram que consegue ouvir o entrevistador, como “sim”, “claro”, “pois”, etc.”, sublinha. A consultora aconselha ainda q que aposte em roupas mais escuras e sem padrões, para evitar distrações.

  • Olhe para a câmara

Para que fique mais envolvido na conversa, deverá olhar diretamente para a câmara do tablet ou computador, e não para a sua própria imagem no ecrã. De acordo com a Robert Walters, esta é uma forma de manter o contacto visual e permitir que o entrevistador leia as suas expressões faciais.

  • Antecipe problemas técnicos

Se tiver uma falha técnica, como por exemplo uma falha na ligação, peça ao entrevistador que repita a pergunta. Se o problema persistir, mencione-o educadamente e volte a conectar-se para evitar a perda de informações cruciais. A monitorização da velocidade e do tom do seu discurso também ajudará a preparar-se para qualquer atraso na comunicação.

  • Teste e verificar toda as condições

Antes de começar a entrevista, certifique-se de que tem todas as condições para que corra da melhor forma. Peça a um amigo que “ensaie” consigo a entrevista e teste todos os passos anteriores.

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