Nas novas tabelas da ADSE, 763 preços mantêm-se, 195 mudam

O conselho consultivo da ADSE já emitiu um parecer sobre as novas tabelas de preços, que serão discutidas com os prestadores e que poderão ainda vir a ser alteradas.

Nas novas tabelas da ADSE, elaboradas pelo Conselho Diretivo, há 195 preços que mudam e 763 que continuam os mesmos face às tabelas atuais. Nesta reorganização, foram incluídos 488 atos nos preçários das várias áreas, e fixados preços máximos em quatro categorias. Já a comparticipação dos beneficiários mantém-se na maioria dos casos, subindo nas consultas e na medicina dentária.

A comparação é feita pelo Conselho Geral e de Supervisão (CGS), que emitiu um parecer sobre as 23 tabelas, que seguirão ainda para os prestadores que têm acordos com a ADSE. Esta proposta de revisão “alarga os atos cobertos pelo Regime Convencionado, nomeadamente através da integração de atos já cobertos pelo Regime Livre“, nota o CGS, no parecer sobre o documento.

É na radiologia que mais preços mudam, com o CGS a sinalizar que há 72 alterações face os preços atuais. Na medicina dentária também há várias mudanças, com “aumentos significativos” nos preços globais, bem como nas consultas médicas, onde os 38 atos aumentam de preço. Já na medicina nuclear, a comparticipação dos beneficiários baixou em 16 atos.

De salientar que mudanças nos códigos e atos em algumas áreas impossibilitaram a comparação. Entre as principais diferenças para as tabelas atuais, o conselho consultivo destaca também que são “fixados preços máximos em três áreas fundamentais: intervenções cirúrgicas com preços fechados, medicamentos e próteses nas quais desaparecem as regularizações”.

Ainda assim, “permanecem as regularizações nos preços abertos e novos procedimentos”. As regularizações fizeram agravar as tensões entre alguns grupos privados e a ADSE, depois do subsistema de saúde dos funcionários públicos exigir 38 milhões de euros por faturação excessiva, no final de 2018.

Na análise do documento, o conselho liderado por João Proença salienta algumas lacunas e aspetos, nomeadamente classificando como “excessivo” o aumento para os 5,5 euros do copagamento dos beneficiários nas consultas de especialidade, bem como apontando que falta a área de Cardiologia.

Depois deste parecer e do diálogo com várias entidades, o CGS refere que o Conselho Diretivo “deve rever esta proposta e submeter a proposta revista a novo parecer, analogamente ao que aconteceu com a Tabela de 2017/2018, antes do seu envio ao Governo”. Ainda poderão assim ser revistos os valores nestas tabelas.

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Particulares já pediram todos os cheques para carros elétricos

Depois das empresas terem esgotado os incentivos para comprarem carros elétricos, acabaram-se os apoios para os particulares. Pode haver alguns extra, mas só no fim do ano.

Foi rápido enquanto as empresas pediram todos os cheques que lhes tinham sido destinados para comprarem carros elétricos — e já foram todos entregues. No caso dos particulares, demorou um pouco mais, muito por causa da pandemia, mas o total de pedidos acabou por superar os incentivos disponibilizados nas primeiras semanas de agosto.

“O número de candidaturas para a tipologia ‘Veículos ligeiros de passageiros – pessoas singulares’ ultrapassou o número de incentivos disponíveis para essa mesma tipologia no passado dia 11 de agosto“, diz o Ministério Ambiente e da Ação Climática ao ECO. Foram disponibilizados, este ano, 700 destes “cheques” para particulares, mais do dobro dos destinados a pessoas coletivas.

De acordo com dados do Fundo Ambiental, responsável pela gestão da verba de quatro milhões de euros destinado ao Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões, há, atualmente, 753 candidaturas recebidas. Destas, 682 já foram aceites, tendo sido processados respetivos apoios, enquanto 44 foram excluídas.

Cada um destes “cheques” tem um valor de 3.000 euros, no caso dos particulares. Está limitado a um “cheque” por cada candidato que seja pessoa singular, sendo que o apoio só pode ser utilizado para comprar automóveis elétricos de valor inferior a 62.500 euros. Acima dessa barreira é considerado um automóvel de luxo.

No caso das empresas, apesar de o valor do apoio ser inferior (de 2.000 euros), podem ser solicitados mais “cheques”, num total de quatro. Ou seja, cada pessoa coletiva pode receber até 8.000 euros ao abrigo desta medida que pretende ajudar à transição de veículos poluentes, nomeadamente com motores a combustão, por outros mais “amigos do ambiente”.

Mais cheques só antes do Natal

Estão entregues todos os “cheques” para carros elétricos às empresas, mas também estão esgotados os incentivos para a compra destes veículos por parte dos particulares. Contudo, pode haver ainda esperança para os muitos candidatos que arriscam ficar sem apoio para a aquisição destes modelos, este ano.

Além dos incentivos para empresas e particulares comprarem elétricos de passageiros, este ano foi criada uma nova categoria: veículos ligeiros de mercadorias elétricos. Mas ao contrário das outras, neste caso a procura tem sido reduzida. De tal forma que Matos Fernandes, ministro do Ambiente, admitiu ao Capital Verde/ECO que se sobrar dinheiro, verba será distribuída pelas outras categorias.

“Nenhuma verba sobrará. Se por qualquer razão nos ligeiros de mercadoria – onde ainda só tivemos 10% de procura a meio do ano – sobrar dinheiro, vai para as candidaturas que entretanto ficaram esgotadas”, afirmou o ministro. Atualmente, para os 300 “cheques” há apenas 43 pedidos, pelo que poderá haver mais “cheques” para empresas e particulares comprarem carros elétricos.

“Caso, findo o prazo de 30 de novembro de 2020, não tenha sido atribuído o número máximo de unidades de incentivo a alguma das tipologias de veículos, e havendo lista de espera de candidaturas em outra tipologia, o valor não atribuído à(s) primeira(s) tipologia(s) será atribuído, por ordem, às candidaturas elegíveis que estejam em lista de espera nas outras tipologias, até esgotamento desse valor”, nota o Ministério Ambiente e da Ação Climática ao ECO. Ou seja, novos “cheques” só mais perto do Natal.

Um quarto dos carros com desconto

O apoio estatal à compra de veículos elétricos tem ajudado a puxar pelas vendas destes automóveis, numa altura em que a crescente oferta das mais variadas fabricantes também deu um impulso ao crescimento desta solução num mercado que continua a ser dominado por veículos a gasolina e a gasóleo.

Se no passado ajudou, este ano o incentivo está a ser determinante para impedir uma quebra expressiva nas vendas, como se observa nos modelos com motores de combustão interna. Até ao final de julho foram vendidos, de acordo com dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), foram comercializados 4.088 carros elétricos de passageiros. Ou seja, os 1.000 “cheques” ajudaram a vender um em cada quatro elétricos.

O apoio à compra deste modelos poderá ser reforçado no próximo ano. Além dos “cheques” do Fundo Ambiental, o Governo prepara-se para recuperar o incentivo ao abate de veículos em fim de vida, mas condicionando esse incentivo à troca por carros a combustão por outros elétricos.

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Trump diz que Obama foi Presidente ineficaz

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Antigo Presidente norte-americano refere que Trump não tem capacidades de liderança. Trump diz que Obama foi um “mau” e “ineficaz” Presidente.

O Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, criticou os acordos feitos por Barack Obama, seu antecessor na Casa Branca, classificando-o como “ineficaz”.

Trump reagia ao discurso que Obama irá proferir durante a Convenção Democrata, que foi divulgado, antecipadamente, pelas agências de notícias.

No discurso, o antigo Presidente norte-americano refere que Trump não tem capacidades de liderança nem nunca esteve à altura do seu cargo.

Em resposta, Donald Trump declarou: “Vejam o horror que ele [Obama] nos deixou e a estupidez dos acordos que ele fez”

Na reação ao discurso ainda não proferido, Trump vincou ainda que Obama foi um “mau” e “ineficaz” Presidente.

O democrata Obama vai pedir hoje aos eleitores que “acreditem” na capacidade candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, que foi seu vice-presidente, para “tirar o país dos tempos sombrios” do Governo de Donald Trump.

“Ele [Biden] tornou-me num Presidente melhor. Ele tem o caráter e a experiência para tornar o país melhor”, lê-se num excerto do discurso de Obama já divulgado, que irá encerrar o terceiro dia da convenção democrata, que se realiza, pela primeira vez, por meios telemáticos devido à pandemia de Covid-19.

Durante a sua intervenção, Obama vai ainda lamentar a falta de interesse de Trump “em levar a sério” o cargo que ocupa, responsabilizando-o pelas 170 mil mortes relacionadas com a pandemia de Covid-19 nos EUA e pelos milhões de empregos destruídos.

Na terça-feira, a convenção nacional democrata oficializou Biden como candidato à presidência dos EUA, indicação que deverá ser hoje, formalmente, aceite pelo próprio.

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Airbnb avança com projeto de registo de IPO

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Empresa norte-americana anunciou em setembro que pretendia fazer a sua estreia em bolsa durante 2020. Entregou agora o projeto com a proposta de IPO.

A plataforma Airbnb avançou com um projeto de registo de Oferta Pública Inicial (IPO) junto da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, não sendo conhecido o volume e o valor das ações em causa.

Num comunicado, citado pela agência Efe, a empresa com sede em São Francisco, nos Estados Unidos, anunciou a entrega do projeto com a proposta de um IPO de ações ordinárias, cujo número e preço “serão determinados”.

Em 11 de agosto, o Wall Street Journal avançou que a plataforma estava a preparar a sua IPO, prevendo o envio da documentação necessária durante este mês, numa oferta pública liderada pelos assessores financeiros Morgan Stanley e Goldman Sachs.

Em abril, o CEO da empresa, Brian Chesky, disse em entrevista que a empresa estava a trabalhar para apresentar a documentação em março, mas que o impacto da pandemia de Covid-19 no turismo mundial cancelou esses planos.

No mês seguinte, a plataforma de arrendamento de alojamento despediu 1.900 trabalhadores e reduziu o investimento.

A empresa norte-americana anunciou em setembro do ano passado que pretendia fazer a sua estreia em bolsa durante 2020.

A plataforma atingiu um milhão de noites faturadas em 08 de julho em todo o mundo, número que não conseguia desde 03 de março, de acordo com a Efe.

O Airbnb foi avaliado, recentemente, em cerca de 15 mil milhões de euros, segundo a Efe, um valor abaixo de uma estimativa anterior que colocava o valor da empresa em cerca de 26 mil milhões de euros.

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Salários na construção ultrapassam pela primeira vez os mil euros em plena pandemia

Os salários na construção continuaram a subir, atingindo os mil euros em abril. Todas as profissões do setor registaram aumentos na remuneração média.

A construção foi um dos poucos setores que não parou durante a pandemia e quem desempenha estas funções recebeu mais para sair de casa e trabalhar. Em abril de 2020, o salário mensal médio na construção ultrapassou os mil euros pela primeira vez. Este valor, registado numa altura em que várias empresas do país estavam paradas, representa um aumento de 4,1% face ao mesmo período do ano anterior.

O valor médio da taxa de salário mensal foi de 1.000,1 euros no quarto mês do ano, o que se traduz numa subida de 0,3% em relação a janeiro, segundo os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho. A tendência de subida dos salários médios verificou-se em todas as profissões do setor.

Evolução da taxa de salário mensal na construção. Fonte: GEP

Destacam-se os aumentos para os operadores de máquinas de escavação, terraplenagem, de gruas e similares (6,5%), para motoristas de veículos pesados de mercadorias (5%) e para os canalizadores (5%). Cerca de 40% dos profissionais no setor são pedreiros e trabalhadores não qualificados de engenharia civil e de construção de edifícios, categorias que viram aumentos homólogos de 4,8% e 3,5%.

A construção não parou durante a pandemia, apesar de ter sido afetada pela paragem da atividade no país e pelos constrangimentos que surgiram nesta altura. Um dos indicadores que mostra a dinamização do setor são as vendas de cimento, sendo que, no primeiro semestre de 2020, “o consumo de cimento no mercado nacional aumentou 9,7%, em termos homólogos”, segundo um relatório de associações do setor.

Neste contexto, as profissões de caráter manual viram também o trabalho ser mais bem remunerado. O salário mensal médio para estes trabalhadores, ou seja, excluindo os engenheiros civis e os encarregados de construção, foi de 873,5 euros, mais 3,9% do que o mesmo período do ano passado.

Com as diferenças entre as qualificações, a discrepância entre os salários das profissões no setor acaba por ser grande. O salário do trabalhador mais bem pago é mais do dobro daquele que recebe menos. Enquanto o salário mensal do engenheiro civil se aproxima dos dois mil euros, fixando-se nos 1.916,5 euros, o do trabalhador não qualificado de engenharia civil e de construção de edifícios é de 813,6 euros.

Taxas de salário mensal por profissão. Fonte: GEP

De salientar que a remuneração média dos trabalhadores portugueses, no geral, também subiu, no segundo trimestre deste ano, embora tenha desacelerado, penalizado pelo regime de lay-off a que muitas empresas aderiram. Fixou-se nos 1.326 euros, nos meses de abril a junho, mais 1,6% do que no mesmo período do ano passado, segundo os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística.

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Construção não parou durante a Covid. Obras públicas ajudam

O abrandamento na procura no mercado imobiliário trava o setor da construção. Ainda assim, a área já está a estabilizar, numa altura em que cresce o número de obras lançadas a concurso.

A pandemia levou a paragens em muitas empresas, que fecharam portas temporariamente ou viram uma forte queda na procura pelos serviços. No entanto, em alguns setores este efeito não se sentiu tanto. Foi o caso da construção, onde as máquinas continuaram a funcionar. Mesmo assim, o setor ainda não regressou aos níveis “pré-Covid”, com o imobiliário a travar a recuperação.

Ao andar pelas ruas durante os meses mais críticos da pandemia, era comum ver as lojas desertas e poucas pessoas a ocupar os cafés, mas o que se mantinha igual eram as obras, um pouco por todo o lado. Na construção, muitos continuaram a trabalhar e nem chegaram a parar.

“O setor da Construção manteve-se sempre em atividade, procurando superar os condicionantes resultantes da crise sanitária, que implicaram, entre outros aspetos, restrições de deslocação, dificuldades de obtenção de materiais, redução da produtividade e acréscimo de custos operacionais”, explica o presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas e Serviços (AECOPS) ao ECO.

Acrescenta anda assim, que o maior impacto é mesmo “ao nível da reposição de carteira de encomendas, que está a ser penalizada com as indecisões dos investidores privados, e deixa perspetivar uma redução da atividade, no final do ano”.

O setor chegou a registar uma quebra, apesar de não ser tão expressiva como noutras áreas. Em junho já se verificou uma “estabilização da atividade, mas não se pode falar, de todo, no regresso a níveis ‘pré-Covid’”, aponta o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), ao ECO.

A queda na construção tem na sua base, para além das condicionantes referidas, o facto de, no mercado imobiliário, se assistir a um “abrandamento da procura que lhe é dirigida, em especial no segmento não residencial, que está ser mais penalizado pela atual situação pandémica que se vive e cuja quebra no número de licenças emitidas já é significativa”, diz o presidente da AECOPS.

De facto, nos primeiros cinco meses do ano foram licenciadas 8.902 obras pelas Câmaras Municipais, numa queda de 13,5% face ao mesmo período de 2019, segundo um relatório conjunto da AECOPS e AICCOPN. Esta resulta de “variações de -10,6% ao nível dos edifícios habitacionais e de -19,9% nos edifícios não residenciais”, explicam. Já no licenciamento de edifícios habitacionais, as quebras são “menos intensas” ao nível da construção nova do que na reabilitação urbana.

Por outro lado, o mercado das obras públicas “foi o que manteve o melhor desempenho, dado que, sendo já conhecidos os dados relativos ao mês de julho, se observa um forte aumento quer das obras lançadas a concurso, e que se espera que venham a ser concretizadas rapidamente, quer do número de contratos celebrados”, sinaliza Ricardo Pedrosa Gomes.

O presidente da AICCOPN também nota que, ao nível do investimento público, “existe um elevado volume de obras que foram objeto de concurso”, mas refere que “a contratação ainda não está a acompanhar essa evolução”. No primeiro semestre, “o total de concursos de obras públicas promovido foi de 2.671 milhões de euros”, mais 35% face ao mesmo período de 2019.

 

 

“No entanto, o volume de contratos de empreitadas no âmbito de concursos públicos, celebrados no primeiro semestre de 2020 e objeto de reporte no Portal Base foi de 795 milhões de euros, menos 22% face ao período homólogo de 2019, valores que contrastam significativamente com os apurados para os concursos promovidos”, contrapõe Manuel Reis Campos. Assim, “o investimento público ainda não está a dar o contributo que seria expectável e desejável, nesta altura”, conclui.

Vendas de cimento continuam a disparar

Ainda assim, as associações sublinham que, no primeiro semestre de 2020, “o consumo de cimento no mercado nacional aumentou 9,7%, em termos homólogos, totalizando cerca de 1,76 milhões de toneladas, o que vem confirmar que o setor da construção não só não parou durante os meses de confinamento como aumentou a utilização desta matéria-prima essencial aos vários segmentos de atividade”, no relatório.

As vendas do cimento são assim um indicador que ilustra o desemprenho desta atividade. Algo que já o antigo ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha notado que tinha tido um comportamento atípico, aumentando 11,5% durante o mês de abril, “já no momento mais critico do confinamento”. Existem algumas razões para este aumento, mas a central será mesmo que o Estado de Emergência não decretou a suspensão das obras.

Este comportamento esteve também relacionado com outros fatores, como o dinamismo no setor da habitação, com as grandes obras de engenharia e mesmo do consumo em clientes domésticos, para projetos como pequenas obras de remodelação, segundo explicaram empresas de cimento ao ECO, em maio.

Já segundo o Banco de Portugal, o Índice de Vendas de Cimento, que contabiliza o volume das vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno, excluindo as importações, tem vindo a registar subidas e, em junho, aumentou 27,1% face ao mesmo período do ano passado.

Olhando para a Semapa, as vendas de cimento ajudaram a travar a queda nos lucros no primeiro semestre do ano. “No segmento do cimento e outros materiais de construção, apesar do contexto de pandemia, destaque para o crescimento do volume de negócios do mercado interno em Portugal (+5,2%) e no Brasil (+13%, em moeda local)”, indicou a empresa, no final do mês passado.

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Plano de reestruturação é vital “para sustentabilidade futura”, diz Frasquilho

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

Miguel Frasquilho disse que o plano de reestruturação da TAP, cujos trabalhos se iniciaram na segunda-feira, é de "vital importância" para garantir a "sustentabilidade futura" da empresa.

O presidente do conselho de administração do grupo TAP defendeu que o plano de reestruturação da companhia, a apresentar a Bruxelas, cujos trabalhos tiveram início na segunda-feira, é vital para “assegurar a sustentabilidade futura” da empresa.

“Como é do conhecimento de todos, na passada segunda-feira, dia 17 de agosto, iniciaram-se os trabalhos de elaboração do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia […]. Trata-se de um processo de vital importância para assegurar a sustentabilidade futura da nossa TAP”, afirmou Miguel Frasquilho, pedindo “a habitual dedicação e empenho” de todos, numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso.

De acordo com este responsável da transportadora portuguesa, os “primeiros dias” vão servir para desenvolver um trabalho preparatório, recolher informação, realizar entrevistas e definir “alguns aspetos relevantes para o sucesso do projeto”.

Miguel Frasquilho notou que esta matéria está na esfera do Conselho de Administração e tem um ‘steering committee’ (comité diretivo que supervisiona os projetos), que reuniu hoje pela primeira vez, formado pelo próprio, pelo ‘chief operating officer’ (COO), Ramiro Sequeira, pelo presidente da Comissão Estratégica, Diogo Lacerda Machado, e pelo ‘chief financial officer’ (CFO), Raffael Quintas. Miguel Malaquias Pereira, por seu turno, é o ‘project management office’ (PMO) do projeto.

"Como é do conhecimento de todos, na passada segunda-feira, dia 17 de agosto, iniciaram-se os trabalhos de elaboração do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia […]. Trata-se de um processo de vital importância para assegurar a sustentabilidade futura da nossa TAP.”

Miguel Frasquilho

Presidente do conselho de administração da TAP

Já foram definidos vários pontos focais para diversas áreas, mas, naturalmente, sendo um trabalho transversal ao grupo, este irá ser realizado em conjunto com as diferentes equipas da empresa”, avançou.

O Conselho de Ministros aprovou em 17 de julho a concessão de um empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia.

Além do empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre vinculado à sua disponibilização, as negociações tinham em vista a aquisição, por parte do Estado Português, “de participações sociais, de direitos económicos e de uma parte das prestações acessórias da atual acionista da TAP SGPS, Atlantic Gateway, SGPS, Lda.”.

Desta forma, o Estado Português passa a deter uma participação social total de 72,5% e os correspondentes direitos económicos na TAP SGPS, pelo montante de 55 milhões de euros.

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S&P 500 e Nasdaq deslizam de recordes após atas da Fed

Atas da Reserva Federal americana desiludiram Wall Street que fechou em terreno negativo. Apple contrariou tendência no dia em passou a valer mais de dois biliões de dólares pela primeira vez.

Os índices S&P 500 e Nasdaq deslizaram dos máximos históricos depois de a Reserva Federal norte-americana ter descartado, por agora, mais medidas de estímulo monetário, como o controlo da curva da yield.

Se avançasse com o controlo da curva da yield, a Fed iria impor limites às taxas de juro num determinado nível através da aquisição de títulos de dívida, com o objetivo de mostrar ao mercado que as yields das obrigações não vão subir tão cedo.

“O facto de a Fed não se ter mostrado muito favorável ao controlo da curva da yield e a outras medidas que os investidores gostariam de ter visto foi apreendida pelo mercado como uma preocupação”, referiu Mike O’Rourke, da Jones Trading, citado pela Reuters.

Nas atas divulgadas esta quarta-feira, o banco central levantou receios em relação aos efeitos devastadores da pandemia na economia e cuja recuperação enfrenta ainda tempos de incerteza.

Foi neste cenário que o S&P 500, depois de ter atingindo um recorde intradiário nos 3.399,54 pontos, fechou a sessão a cair 0,44% para 3.374,85 pontos. Também o tecnológico Nasdaq bateu novo máximo durante a sessão, mas terminou o dia com uma perda de 0,57%. O industrial Dow Jones não escapou ao pessimismo e caiu 0,31%.

No plano empresarial, a Apple, que superou a fasquia dos dois biliões de euros de capitalização bolsista, ganhou 0,13% para os 462,83 dólares.

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Fundo de Pensões do BCP reduz posição na EDP após aumento de capital

Fundo de pensões do banco comprou ações no aumento de capital da elétrica, mas não as suficientes para manter a posição. Passou a ter uma participação abaixo do limiar de 2%.

O Fundo de Pensões do BCP deixou de ser acionista de referência da EDP após o aumento de capital da elétrica. Apesar de acompanhado a operação, não foi suficiente para manter a posição qualificada. Ao comprarem menos ações do que aquelas a que tinham direito, o fundo ficou com uma participação abaixo do limiar de 2%.

A sociedade gestora do fundo de pensões do BCP “aumentou a sua participação de 74.458.394 para 76.268.714 ações, no seguimento do aumento de capital social da EDP”, explicou a elétrica em comunicado. “No entanto, a sua participação no capital social da EDP e respetivos direitos de voto diminuíram de 2,036% para 1,923%“, aponta.

“O Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial Português reduziu a sua participação no capital social e direitos de voto da EDP abaixo do limite de 2% no dia 12 de agosto de 2020, no seguimento da liquidação financeira do aumento de capital social da EDP”, acrescenta.

A elétrica liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade fechou, na semana passada, um aumento de capital de mil milhões de euros para financiar a compra da espanhola Viesgo. A China Three Gorges (CTG), principal acionista da empresa, subscreveu cerca de 66,8 milhões de novas ações, pelas quais pagou quase 220,3 milhões de euros.

Também os espanhóis da Oppidum Capital, que detêm mais de 7% da EDP, informaram que investiram 73,8 milhões de euros para comprar 22 milhões de novas ações da EDP. O presidente executivo suspenso da elétrica, António Mexia, participou a título particular com 26 mil euros para adquirir 8.000 novas ações.

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Sonae desfaz parceria com Isabel dos Santos e passa a deter 33,45% da Nos

A Sonae e a empresária angolana chegaram a um acordo para desfazer a parceria na Nos, na sequência do caso Luanda Leaks. Em simultâneo, o grupo português reforçou a posição na telecom.

A Sonae, através da Sonaecom, e Isabel dos Santos chegaram a um acordo para desfazer a parceria na Nos, na sequência do caso Luanda Leaks. Minutos depois de anunciar a separação da empresária angolana, a Sonae comunicou ao mercado a aquisição da posição de 7,38% do BPI na operadora portuguesa, passando a deter uma “participação de controlo” de 33,45% que lhe permite assegurar a estabilidade acionista na Nos.

Em causa está o veículo através do qual a Sonaecom, a operadora angolana Unitel e a Kento Holding, esta última detida a 100% por Isabel dos Santos, controlam 52,15% da telecom portuguesa, a Zopt.

Em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonaecom informou que a Zopt vai ser dissolvida “de modo a que os respetivos ativos, incluindo a participação na Nos, sejam repartidos proporcionalmente pelos acionistas da dita Zopt“.

“Uma vez concretizada a referida partilha, a Nos deixará de estar sob o controlo conjunto da Sonaecom e da Eng.ª Isabel dos Santos (enquanto acionista de controlo da Unitel International Holdings, BV e da Kento Holding Limited)”, acrescenta a empresa portuguesa em comunicado.

A Sonaecom detém 50% do capital da Zopt, controlando assim, de forma indireta, 26,075% do capital da Nos. Seria esta a participação com que ficaria após a dissolução da Zopt, mas a Sonae, num outro comunicado divulgados minutos depois, adiantou que adquiriu 7,38% detidos pelo BPI. A preço de mercado, terá investido cerca de 137 milhões de euros para comprar a posição ao banco.

Ou seja, com este reforço, “à data da concretização da dissolução da Zopt, como anunciado ao mercado pela Sonaecom, à Sonae continuará a ser imputada uma participação de controlo na Nos representativa de 33,45%“, segundo esclareceu a Sonae.

A Nos apresenta uma capitalização bolsista de 1,86 mil milhões de euros, tendo como CEO Miguel Almeida. A Sonaecom sublinhou ainda pretender “assegurar um quadro de estabilidade acionista favorável ao desenvolvimento do seu importante projeto empresarial no setor das telecomunicações”.

Quanto a Isabel dos Santos, a empresária angolana detém 100% do capital da Kento Holding (sediada em Malta) e 25% da Unitel, através da Vidatel. Devido à disputa que mantém com o Estado angolano, as suas empresas e contas bancárias em Angola e em Portugal foram arrestadas.

A Zopt foi criada em 2012, agregando os interesses da Sonaecom e de Isabel dos Santos no telecomunicações, no sentido de promover uma consolidação do setor, com a fusão da Zon e Optimus.

Esta separação surge depois da polémica criada em torno de Isabel dos Santos por causa do Luanda Leaks, que expôs os esquemas financeiros da empresária angolana em Portugal e que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano utilizando paraísos fiscais.

(Notícia atualizada às 20h30)

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Fed alerta para “forte peso” do vírus na economia dos EUA e atira Wall Street ao tapete

Minutas da última reunião da Reserva Federal norte-americana indicam que os decisores de política monetária quiseram manter as taxas de juro próximas de zero devido ao impacto da pandemia.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) espera um forte impacto da pandemia na economia dos EUA. O alerta, que é agora conhecido com a divulgação das minutas da última reunião de política monetária, foi feito na mesma altura em que foi conhecido que o PIB do país contraiu 32,9% em termos homólogos no segundo trimestre.

A queda histórica no PIB dos EUA — a mais elevada desde o início da série em 1947 — revelou o primeiro impacto do coronavírus, que os membros do comité de política monetária da Fed consideram ser razão para manter os baixos níveis das taxas de juro.

Os decisores políticos “concordaram que a atual crise de saúde pública vai ter um forte peso na atividade económica, emprego e inflação de curto prazo e representa um risco considerável para o outlook económico de médio prazo“, revelam as minutas divulgadas esta quarta-feira.

Os relatos dizem respeito à reunião de 28 e 29 de julho, em que decidiram manter os juros no intervalo entre 0% e 0,25%, no nível mais baixo desde a anterior crise financeira.

A decisão de manter a taxa próxima de zero foi unânime, com os membros do comité a garantir que assim vão ficar até estarem “confiantes que a economia ultrapassou os recentes eventos e que está no caminho de atingir os objetivos do comité de pleno emprego e estabilidade dos preços”, diz.

A par das preocupações com o crescimento, os membros do comité também alertaram para o impacto da pandemia na estabilidade do sistema financeiro. O presidente da Fed, Jerome Powell, tem defendido que os bancos estão em boa forte para resistir à crise, mas os participantes da reunião temem que a persistência do vírus possa causar cenários “mais adversos”.

Após a divulgação das minutas, Wall Street inverteu a tendência que vivia há várias sessões e começou a negociar em terreno negativo. O Nasdaq e o S&P 500, índices que renovaram recentemente máximos históricos, cedem cerca 0,10%, enquanto o industrial Dow Jones mantém-se na linha de água, apesar de desacelerar os ganhos.

(Notícia atualizada às 19h50)

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Johnson & Johnson compra farmacêutica por 6,5 mil milhões

  • ECO
  • 19 Agosto 2020

As ações da Momenta Pharmaceuticals estão a disparar 70% em Wall Street, depois do anúncio de aquisição por parte da Johnson & Johnson por 6,5 mil milhões de dólares.

A Johnson & Johnson chegou a um acordo para a compra da Momenta Pharmaceuticals por 6,5 mil milhões de dólares, num negócio que permitirá expandir o portefólio de tratamentos de doenças autoimunes.

Com este acordo, a unidade Janssen da Johnson & Johnson garantirá o acesso à terapia experimental da Momenta, nipocalimabe, que está a ser testada para miastenia grave, uma doença neuromuscular que causa fraqueza nos músculos, e outras doenças em que o sistema imunológico ataca o corpo.

A Johnson & Johnson espera obter a aprovação do medicamento para o tratamento de várias doenças e que possa gerar vendas significativas, numa altura em que a empresa está a alargar a sua unidade farmacêutica, que representa o seu maior negócio.

Este é mais um negócio num setor que tem tido elevado dinamismo. Há dias, foi a francesa Sanofi a anunciar a aquisição da Principia Biopharma por 3,7 mil milhões para reforçar a sua área de tratamentos de doenças autoimunes.

Com o anúncio do negócio, as ações da Momenta estão a disparar em Wall Street, somando 69,25% para 52,15 dólares. A Johnson & Johnson também se apresenta em alta, mas moderada: ganha 0,60% para 150,99 dólares.

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