Pensionista? Cheque da Segurança Social chega com aumento

O pagamento das pensões da Segurança Social é feito esta quarta-feira. Chega já com os aumentos decorrentes do crescimento da economia e da inflação. As pensões mais baixas sobem 0,7%.

As pensões da Segurança Social começam a ser pagas esta quarta-feira com os aumentos ditados pelo crescimento da economia acima dos 2% e pela inflação. Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, não estão previstos reforços extraordinários das pensões mais baixas, ainda que a ministra do Trabalho venha reforçando que o Orçamento do Estado ainda está em “construção”, não fechando diretamente a porta a que tal subida possa ser incluída ao longo do debate na especialidade.

Por lei, quando a média do crescimento do PIB nos últimos dois anos é superior a 2%, soma-se 20% desse valor (com um limite mínimo de 0,5 pontos percentuais) ao valor da inflação dos últimos 12 meses (sem habitação) para aferir a taxa de variação que será aplicada às pensões mais modestas, a partir de janeiro.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, as pensões até 877,6 euros beneficiam, assim, de um aumento de 0,7%, a partir deste mês. Para as pensões entre os 877,6 euros e os 2.632,8 euros, a subida é de apenas 0,2%, ficando em linha com a inflação (isto é, não beneficiando do “bónus” decorrente do crescimento da economia). Já as pensões acima dos 2.632,8 euros ficam estagnadas, este ano.

Segundo a ministra do Trabalho e da Segurança Social, só com esta atualização normal das pensões cerca de dois milhões de beneficiários terão um aumento real dos seus rendimentos.

De notar que, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, o Orçamento do Estado para 2020 não prevê qualquer aumento extraordinário das pensões mais baixas. Ainda assim, Ana Mendes Godinho fez questão de sublinhar que a “aprovação” do Orçamento está “em construção”, não fechando a porta a que tal reforço possa vir a ser eventualmente incluído na discussão na especialidade.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, já tinha mostrado o mesmo tipo de abertura, referindo que as “negociações vão continuar”.

Possível ou não, esse aumento extraordinário fica, pelo menos por agora, fora das pensões que começam a ser pagas, esta quarta-feira, por transferência bancária pela Segurança Social. Chegam, ainda assim, com o reforço já referido, decorrente do crescimento da economia e da inflação. Já as pensões de aposentação pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) chegam às carteiras dos subscritores no dia 17 deste mês, isto é, na próxima semana.

 

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“Da Troika à Geringonça”, Luís Reis confessa “desalento pelo rumo do país”

Livro que retrata a realidade económica e política portuguesa, de 2011 a 2019, procura "apresentar sugestões, ideias, factos e alternativas para aquilo que se tem feito do ponto de vista político".

“Um país não se constrói apenas com um discurso”. E, na perspetiva de Luís Reis, autor do livro “Da Troika à Geringonça”, atualmente “vivemos num país influenciado predominantemente por um discurso politicamente correto que está ligado à esquerda”. O “discurso deve ser alternativo”, diz o atual mandatário da candidatura de Montenegro à liderança do PSD, defendendo, nesse sentido, uma oposição forte” que faça o seu papel de escrutínio.

Perante uma sala praticamente cheia, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, Luís Reis confessou ter “algum desalento com o rumo, do ponto de vista económico, que o país tem seguido”. Com o “Da Troika à Geringonça”, livro que conjuga a observação da realidade económica e política portuguesa, de 2011 a 2019, à luz de um pensamento político e económico liberal, o autor procura “apresentar sugestões, ideias, factos e alternativas para aquilo que se tem feito do ponto de vista político”.

Estas crónicas que confrontam os Governos de Pedro Passos Coelho e de António Costa, são compostas por “referências aos grandes ativismos na nossa economia, referências concretas a rankings internacionais que nos posicionam e que mostram que áreas devemos atacar para fazer a nossa economia evoluir e crescer mais depressa, assim como propostas concretas no domínio dos impostos, no domino da estabilidade fiscal (…) são apresentadas ideias concretas para o país“, explica ao ECO à margem da sessão.

"[Luís Reis confessa] algum desalento com o rumo, do ponto de vista económico, que o país tem seguido.”

Luís Reis

Autor do livro Da Troika à Geringonça

Foi o “gosto pelo debate e conflitos de ideias” que levaram o autor a produzir esta obra. Mas também “o desalento e desilusão na fase da Troika perante aquilo que foi feito no Governo de Passos Coelho”, seguido do “desalento perante o enorme retrocesso nos últimos quatro anos” e o “desconforto e inconformismo perante o discurso publicamente incorreto da esquerda” política.

Luís Reis é atualmente CEO da Sonae Financial Services, CEO da Sonaegest, CEO da Sonae Fashion e vice-presidente da MDS (Seguros), e ainda presidente do conselho geral e de supervisão da Porto Business School. Assume-se “como um liberal do século XX” pois considera que “hoje o liberalismo está mais no território da social-democracia”.

Para Luís Reis “ser político é um ato de coragem, nobreza e de serviço à causa pública que merece ser reconhecido, elogiado e apreciado”. E foi o ex-primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, quem mais inspirou Luís Reis na conceção deste livro. “Francisco Sá Carneiro é, para mim, o primeiro grande liberal em Portugal que conseguiu ser um liberal moderno, seja na igualdade na oportunidades, na importância do estado e de uma regulação forte”, refere.

O autor do livro “Da Troika à Geringonça” — atual mandatário nacional da candidatura de Luís Montenegro à liderança do PSD — considera que “o liberalismo na social-democracia é um liberalismo em que o capitalismo, a livre economia do mercado, é regulada por um Estado que intervém quando tem que intervir, mas não intervém demasiado para não coartar a liberdade individual”.

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Irão responde aos EUA. Ataca bases aéreas americanas no Iraque. “Demos um estalo na cara deles”, diz líder iraniano

Teerão lançou “dezenas” de mísseis contra duas bases aéreas norte-americanas, no Iraque. Televisão iraniana fala em "80 americanos terroristas" mortos, mas EUA desmentem.

Depois do ataque ordenado por Donald Trump que vitimou Qassem Soleimani, o Irão prometeu vingança. E, um dia depois do funeral do general iraniano, começou a cumprir a promessa, lançando 22 mísseis terra-a-terra contra duas bases aéreas iraquianas onde estão instaladas as tropas norte-americanas. Apesar de ainda não haver números oficiais, a media iraniana fala em, pelo menos, “80 terroristas americanos mortos”.

“A feroz vingança dos Guardas da Revolução começou”, afirmou o Exército de Guardiães da Revolução Islâmica, divisão das forças armadas de elite do Irão, reivindicando, através de um comunicado citado pelo The New York Times, os ataques.

O Pentágono já confirmou que as bases aéreas de al-Asad, a oeste de Bagdad, e outra em Erbil, no Curdistão iraquiano, foram atingidas naquela que está a ser apelidada de operação “Mártir Soleimani”. As duas bases estavam em estado de alerta elevado perante a possibilidade de retaliação do Irão.

Até ao momento não foram dadas informações oficiais sobre se os ataques, mas a televisão estatal iraniana, citada pelo Daily Mail (conteúdo em inglês), fala em 22 mísseis terra-a-terra, disparados a partir do Irão, e pelo menos, “80 terroristas americanos mortos”.

Contudo, os Estados Unidos desmentiram esta informação e disseram não haver registo de vítimas. “À medida que avaliamos a situação e a nossa resposta, iremos adotar todas as medidas necessárias para proteger e defender os militares norte-americanos e os dos nossos aliados na região”, escreveu o Departamento de Defesa dos EUA, no Twitter.

A mesma televisão iraniana acrescentou que vários helicópteros e equipamentos militares foram “severamente danificados” e, citando uma fonte importante da Guarda Revolucionária, referiu que o Irão tem outros 100 alvos identificados na região, caso Washington decidisse retaliar.

Depois de a Casa Branca ter afirmado que Donald Trump já tinha sido informado destes ataques, o Presidente norte-americano recorreu, como sempre, ao Twitter para reagir. “Está tudo bem! Mísseis foram lançados do Irão para duas bases militares no Iraque. A avaliação das vítimas e dos danos está a ser feita. Até agora, está tudo bem! Temos as forças armadas mais poderosas e mais bem equipadas do mundo, de longe! Farei uma declaração amanhã de manhã”, disse.

O Médio Oriente “não aceita a presença dos Estados Unidos”. Irão avisou Iraque antes do ataque

Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Internacionais do Irão, também fez questão de comentar o assunto. “O Irão tomou e concluiu medidas proporcionais em legítima defesa”, escreveu no Twitter. “Não procuramos uma guerra, mas vamos defender-nos de qualquer ataque”.

Esta manhã (hora de Lisboa), o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, falou aos iranianos na cidade sagrada de Qom, e comentou estes ataques. “Os eventos desta noite foram para defender a posição do nosso grande líder de revolução”, começou por dizer, acrescentando: “Demos um estalo na cara deles [Estados Unidos] ontem à noite, mas isso não é equivalente ao que eles fizeram”.

Citado pela media iraniana, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, referiu durante uma reunião que o objetivo final do país é retirar do Médio Oriente todas os militares norte-americanos. “Vocês cortaram a mão do corpo de Soleimani e os vossos pés serão cortados desta região”, disse.

Momentos mais tarde, no Twitter, o responsável deixou algumas ideias soltas, sempre em forma de ataque ao Governo dos Estados Unidos, que apelidou de “mentiroso e desmedido”. “A nação iraniana deu-lhes um estalo na cara, com milhões de dólares para o funeral do general Soleimani”, lê-se. “Os inimigos sentiram-se humilhados com a magnificência da participação da nação iraniana no funeral de Soleimani. Eles podem não admitir, mas não têm outra opção senão aceitá-lo”.

“Os Estados Unidos causaram guerra, divisão, conspiração, destruição e demolição de infraestruturas nesta região. É claro que eles fazem isso em qualquer lugar do mundo. Esta região não aceita a presença dos Estados Unidos. Governos eleitos por nações não aceitarão a presença dos Estados Unidos“, rematou.

Além disso, num comunicado escrito em árabe e partilhado na sua página do Twitter, o primeiro-ministro do Iraque disse que foi avisado do ataque pelo Irão. “Em nome de Deus, o mais gracioso e misericordioso. Pouco depois da meia-noite desta quarta-feira, recebemos uma mensagem oficial da República Islâmica do Irão de que a resposta iraniana ao assassinato de Qasim Soleimani tinha começado ou começaria em breve”, lê-se.

Comissão Europeia apela ao diálogo. Companhias aéreas cancelam voos

Também o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyhahu, já reagiu aos ataques, mostrando total apoio aos Estados Unidos e dizendo-se preparado para retaliar caso os israelitas sejam atacados: “Quem nos tentar atacar será o mais forte”, disse Netanyahu, citado pela Reuters. O responsável acrescentou que Israel “apoia completamente” a decisão de Trump e que este merece os parabéns por agir de forma ousada.

Ao mesmo tempo, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, utilizou o Twitter para condenar o ataque, pedindo contenção ao Irão. “Condeno os ataques de mísseis iranianos às forças norte-americanas no Iraque. A NATO pede ao Irão que se abstenha de mais violência. Os aliados continuam comprometidos na missão de treinos no Iraque”, refere.

A presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von Der Leyen, também apelou a uma resolução do conflito. “A UE, à sua própria maneira, tem muito para oferecer. Temos relações estabelecidas e comprovadas pelo tempo com muitos atores na região para ajudar a travar a escalada (…) A UE está muito empenhada nesta área, pelo que a sua voz é ouvida“, disse.

Na sequência dos ataques desta noite, o ministro da defesa da Eslovénia condenou o ataque e anunciou que vai ordenar a retirada de seis militares da base aérea do norte do Iraque, que estavam a ser treinados por soldados alemães. Também na terça-feira, a Alemanha avançou que iria reduzir o número de tropas presente no Iraque.

Ao mesmo tempo, quatro companhias aéreas já cancelaram voos de e para Bagdad. A Royal Jordanian, da Jordânia, interrompeu todos os serviços entre Amã e Bagdad, mas mantém os voos regulares entre Najaf e as cidades iraquianas de Basra, Erbil e Sulaymaniyah. Já a Gulf Air, do Bahrein, suspendeu os voos entre Najaf, no sul do Iraque, e Bagdad.

Mais tarde, foi a vez de a Lufhtansa cancelar um voo programado para esta quarta-feira entre Frankfurt e Teerão, enquanto a Air France suspendeu os voos que sobrevoam o espaço aéreo do Irão e do Iraque até “nova ordem”.

Estes ataques surgem poucos dias depois de os Estados Unidos terem, com recurso a drones, realizado um ataque aéreo contra o carro em que seguia Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, capital do Iraque.

Trump já tinha advertido Teerão que as forças militares norte-americanas identificaram 52 locais no Irão e que os atacarão “muito rapidamente e duramente” se a República Islâmica atacasse pessoal ou alvos americanos. Alguns desses locais iranianos “são de muito alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana”, precisou Trump, numa mensagem no Twitter. “Os Estados Unidos não querem mais ameaças”, acrescentou.

Donald Trump disse ainda que o número de 52 lugares corresponde ao número de americanos que foram feitos reféns durante mais de um ano, no final de 1979, na embaixada dos Estados Unidos em Teerão.

(Notícia em atualização)

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Trump diz que retirada de tropas norte-americanas seria a “pior coisa” para o Iraque

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2020

Presidente dos Estados Unidos garante que estratégia militar não se alterou. “Vamos partir em algum momento (…) mas esse momento ainda não chegou”, sublinhou.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump considerou esta terça-feira que uma retirada das tropas norte-americanas do Iraque seria o “pior” que podia acontecer a este país e salientou o perigo que representa, na sua perspetiva, o poderoso vizinho iraniano.

Isso seria a pior coisa que poderia acontecer ao Iraque”, declarou Trump na Casa Branca ao receber o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis. “Vamos partir em algum momento (…) mas esse momento ainda não chegou”, acrescentou.

Previamente, o chefe do Pentágono, Mark Esper, tinha já assinalado em conferência de imprensa que a política dos Estados Unidos no Iraque não foi alterada, e reafirmado que as tropas norte-americanas não vão abandonar o país.

A nossa política não foi alterada. Não vamos deixar o Iraque”, referiu, numa tentativa em esclarecer as mensagens contraditórias do seu Governo sobre o tema, e antes de admitir que aguarda “represálias” iranianas após o ataque norte-americano que na sexta-feira matou o general iraniano Qassem Soleimani.

Esper assegurou ainda que o ataque contra interesses norte-americanos que Qassem Soleimani estaria a preparar quando foi morto “devia ocorrer numa questão de dias”. O responsável pelo Departamento da Defesa tinha-se referido a esse ataque em “dias, ou em semanas”, mas hoje quis precisar as suas declarações na conferência de imprensa. “Penso que é mais justo falar de dias, seguramente”, afirmou.

O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado por Donald Trump. No mesmo ataque morreu também o número dois da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

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Fisco vai restituir IUC pago dos carros importados e com matrícula anterior julho de 2007

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2020

O Governo pediu à Autoridade Tributária para divulgar, brevemente, um esclarecimento público sobre o tema através de uma nota no Portal das Finanças.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai restituir o IUC pago pelos proprietários de carros importados após 1 de julho de 2007, mas com primeira matrícula anterior a esta data e remete para breve um esclarecimento público sobre o tema.

A legislação que entrou em vigor no dia 1 de janeiro deste ano passou a prever que daqui em diante os carros importados de outros países da União Europeia, com primeira matrícula anterior a julho de 2007, passam a pagar Imposto Único de Circulação (IUC) pelas regras e tabelas em vigor antes desta data, mas não havia ainda indicações sobre uma eventual devolução do valor pago em anos anteriores.

Em resposta escrita à Lusa sobre se estava prevista a devolução do IUC já pago pelos proprietários destes veículos e qual o universo potencial de carros abrangidos, fonte oficial do Ministério das Finanças afirmou não possuir elementos que permitam um apuramento rigoroso sobre o “universo abrangido e valores correspondentes de imposto a restituir”.

“Embora se compreenda o recurso a diferentes fontes de informação, não pode deixar de se referir que qualquer estimativa tem sempre natureza especulativa, dado que existem diversas vicissitudes de análise desses mesmos dados que impedem que seja feito um apuramento rigoroso”, referiu à Lusa.

A mesma fonte oficial referiu ainda que “o Governo solicitou à AT para divulgar, em breve, um esclarecimento público sobre o tema através de nota a publicar no Portal das Finanças”.

Além disto, a AT deu também “orientações internas para a não prossecução da litigância respeitante ao IUC cobrado a veículos que tenham sido matriculados, pela primeira vez, num Estado-membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu antes de julho de 2007, no quadro da decisão já tomada pelo TJUE, e com a qual Portugal se conforma”.

O Ministério das Finanças assinala ainda que a atuação da AT se enquadra “na orientação dada no sentido de melhorar a relação com o contribuinte, designadamente na dimensão de eliminação de contencioso desnecessário”. Ao que tudo indica, a restituição do IUC poderá contemplar os quatro anos anteriores.

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Governo diz que há “confluência de posições” sobre alargamento da ADSE

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2020

Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, recebeu esta tarde o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do Instituto de Proteção e Assistência na Doença – ADSE.

O Governo considerou esta terça-feira que há “confluência de posições” com o Conselho Geral de Supervisão da ADSE sobre o alargamento do sistema de saúde da função pública a novos beneficiários, a celebração de novas convenções e outros temas.

A posição consta de um comunicado do gabinete da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, que recebeu esta tarde o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do Instituto de Proteção e Assistência na Doença – ADSE, presidido por João Proença.

Foi uma reunião produtiva e em que houve uma confluência de posições, designadamente ao nível do eventual alargamento dos beneficiários, da necessidade de renegociação de tabelas e de celebração de novas convenções”, avança a nota do Ministério de Alexandra Leitão.

O presidente do CGS, João Proença, à saída da reunião, considerou que o debate com Alexandra Leitão “foi um debate frontal em que senhora ministra assumiu a gestão estratégica da ADSE e as Finanças a questão financeira”.

Houve “sinais positivos” da parte da ministra sobre o alargamento a novos beneficiários, o pagamento dos reembolsos, a celebração de novas convenções e as tabelas, disse Proença.

Porém, o presidente do CGS lembrou que a proposta de alargamento a novos beneficiários, nomeadamente aos contratos individuais na administração pública, “está no Ministério das Finanças desde maio de 2018” sublinhando que “as questões não andam” para a frente.

“A senhora ministra disse que garante que vai colocar prioridade no alargamento (…) mas ficamos a aguardar decisões”, sublinhou João Proença, adiantando que não foram avançadas datas.

Sobre a renegociação das tabelas com os privados, o líder da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e membro do CGS, José Abraão, adiantou à Lusa, por seu lado, que na reunião a ministra afirmou que pretende ver esta questão resolvida “até final do primeiro trimestre” ou o mais tardar em abril.

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Wall Street dominada por pessimismo sobre tensão no Médio Oriente

O sentimento tem sido negativo desde a semana quando os Estados Unidos ordenaram um ataque com um drone, que matou o general iraniano Qassem Soleimani.

A tensão entre Estados Unidos e Irão continua a marcar as negociações nas bolsas mundiais. Apesar de a Europa já mostrar sinais de recuperação, Wall Street fechou a sessão com perdas. Nem as petrolíferas — que estiveram do lado dos vencedores com os receios dos últimos dias — resistiram às perdas.

“Há uma série de notícias na frente política que os mercados estão a tentar perceber. A reação automática é de alguma volatilidade e reapreciação dos riscos“, afirmou Jack Janasiewicz, estratega e gestor de portefólio no grupo Natixis, em Boston, em declarações à Reuters.

O índice industrial Dow Jones perdeu 0,42% para 28.583.34 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 cedeu 0,28% para 3.237,15 pontos e o tecnológico Nasdaq deslizou 0,03% para 9.068,58 pontos.

O sentimento tem sido negativo desde a semana quando os Estados Unidos ordenaram um ataque com um drone, que matou o general iraniano Qassem Soleimani. A decisão tomada diretamente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou forte revolta do Irão, cujo líder supremo prometeu vingança.

A incerteza sobre a relação entre os dois países levou os três índices a abandonarem os máximos históricos em que negociavam. A exceção eram as ações do setor do petróleo — que subiam em linha com a valorização da matéria-prima –, mas esta sessão já foi de correção para o crude WTI e, consequentemente, para as ações da Exxon Mobil e da Chevron, que caíram 0,82% e 1,28%, respetivamente.

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Agricultores pedem apoio urgente por estragos das intempéries e queixam-se de seguros inadequados

  • ECO Seguros
  • 7 Janeiro 2020

A Associação de Agricultores e Pastores do Norte (APT) pediu apoio urgente ao Governo para remediar estragos de intempéries recentes, apontando ainda que a oferta de seguros disponíveis é inadequada.

A Associação de Agricultores e Pastores do Norte (APT) pediu apoio financeiro urgente ao Governo para remediar estragos de intempéries recentes, apontando ainda que a oferta de seguros disponíveis é inadequada para a tipologia das explorações.

A APT reclamou junto do Ministério da Agricultura já esta semana o “levantamento urgente” dos estragos causados pela intempérie de dezembro em estufas, no distrito de Vila Real, e apoios “a fundo perdido”.

Fonte da assessoria do Ministério da Agricultura disse que está a ser feito o levantamento dos estragos causados pelo mau tempo na região Norte e que, só depois, serão decididos os apoios a atribuir aos produtores afetados, informou a agência Lusa.

A APT disse, em comunicado, que, entre os dias 19 e 22 de dezembro, as depressões Elsa e Fabien deixaram “um rasto de destruição” em estufas dos concelhos de Alijó, Boticas, Chaves, Montalegre, Murça, Sabrosa, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.

A organização associada da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) referiu que, “numa primeira avaliação, só em destruição de plásticos e reparação de estruturas, os prejuízos poderão ascender a mais de 220 mil euros”.

Os agricultores afetados reclamam, por isso, o “levantamento urgente dos prejuízos” por parte da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN)” e solicitaram uma reunião com caráter de urgência com a diretora da DRAPN.

Reivindicaram ainda que o Governo, perante esta “situação dramática”, “adote medidas de caráter financeiro a fundo perdido, capazes de minimizar os prejuízos”.

Os produtores queixam-se de uma “certa inação inicial dos serviços regionais do Ministério da Agricultura na avaliação global dos prejuízos ‘in loco’, condicionando desta forma a limpeza dos terrenos, a preparação de novas culturas ou a reposição das estruturas danificadas”.

Modelo de seguro agrícola inadequado à tipologia das explorações

A associação realçou ainda a “apreensão” dos produtores por causa das “inusitadas intempéries a que têm sido fortemente sujeitos” e referiu que o “modelo de seguro agrícola existente não se adequa à tipologia destas produções”.

De acordo com a APT, “os poucos exemplos de seguros outrora efetuados estão em processo de contencioso por falta de entendimento das partes”.

A APT alertou para os estragos causados em “estufas recém instaladas” e “enquadradas em projetos de jovens agricultores que estão na fase inicial de projetos e com encargos financeiros avultados”, considerando que poderá estar “eminentemente comprometida a sua viabilidade económica caso o Governo não venha a apoiar”.

Segundo dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil, recolhidos entre quinta-feira e domingo (última semana antes do Natal), contabilizaram-se mais de 620 ocorrências no distrito de Vila Real devido à chuva e vento forte.

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Allianz torna-se segunda maior Não Vida no Reino Unido

  • ECO Seguros
  • 7 Janeiro 2020

A Allianz, através da subsidiária britânica, concluiu a aquisição dos 51% restantes do braço de seguros gerais da Liverpool Victoria Friendly Society (LV =) no Reino Unido.

A Allianz UK (subsidiária da companhia no Reino Undo), acordou pagar até 578 milhões de libras esterlinas (cerca de 677 milhões de euros) pelos 51% que ainda não detinha na Liverpool Victoria.

O acordo foi inicialmente anunciado no final de maio de 2019, juntamente com a noticiada intenção, por parte da seguradora e resseguradora global germânica, de comprar a Legal & General Insurance Limited, uma filial de seguros gerais do Legal & General Group. Esta operação foi concretizada por uma cifra equivalente a 283,5 milhões de euros.

Estas aquisições combinadas permitem à Allianz reforçar substancialmente a sua presença no Reino Unido, posicionando-se como a segunda maior seguradora geral naquele mercado.

Uma informação divulgada à Bolsa de Londres indica que a contraprestação total pelos 100% da LV = GI é de até 1.078 mil milhões de libras esterlinas.

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LOGO oferece 12 semanas grátis em todos os seguros

  • ECO Seguros
  • 7 Janeiro 2020

A seguradora faz 12 anos e oferece igual número de semanas para novos seguros contratados via app ou no site até 21 de janeiro.

A LOGO, do grupo Seguradoras Unidas, está a oferecer 12 semanas grátis em todos os novos seguros comprados no site ou na app, numa campanha que decorre até ao dia 21 de janeiro.

A seguradora tem hoje uma família de 5 seguros. Em Não Vida, para além dos Seguros Auto e Mota, comercializa o Seguro Casa, para proteção da habitação e dos bens, e o Seguro de Saúde. Na área Vida, a LOGO disponibiliza o Seguro Vida Proteção que, além de cobertura de morte, inclui proteção contra doenças graves e o Seguro Vida Crédito Habitação, com subscrição 100% online.

Completando 12 anos de atividade neste mês de janeiro, a companhia conta com 150 mil clientes e mais de 200 mil apólices e foi a primeira marca seguradora a ter a contratação de seguro auto totalmente online, em 2008. A distribuição mantém-se pelos canais internet e telefone.

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Seguradoras reforçam investimento em Obrigações e Fundos

  • ECO Seguros
  • 7 Janeiro 2020

Apesar das baixas taxas de juro as seguradoras Vida reforçaram em 1,8 mil milhões de euros os seus investimentos em Obrigações que continuam a pesar 73% das suas carteiras Vida.

O total de ativos sob gestão de seguradoras relativas ao ramo Vida atingiram quase 45 mil milhões de euros no final do terceiro trimestre de 2019, segundo dados revelados pela ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Este valor é superior em 7% ao registado no final de 2018, mas apenas 1% mais elevado que no final do segundo trimestre do ano findo.

No terceiro trimestre, relativamente ao período anterior verificou-se uma descida de 25% (1,28 mil milhões de euros) em numerário e depósitos e uma aposta em Obrigações e nestas, mais pelas emitidas por entidades privadas que por entidades públicas.

As carteiras de investimento das seguradoras para responder a responsabilidades com segurados do ramo Vida, eram em setembro passado de 44,98 mil milhões de euros, dos quais 45% deste montante aplicados em Obrigações de Dívida Pública e 28% em Obrigações de entidades privadas.

Fundos de Investimento com 13% do total e ações com apenas 5%, são os instrumentos preferidos após as Obrigações, estas últimas são teoricamente de menor risco. A liquidez, que pode acontecer na gestão de carteiras de seguradoras, por falta de oportunidades ou por motivos estratégicos, tinha um peso de 11% na carteira no final de junho, mas no final de setembro pesava apenas 8%.

Investimentos como produtos estruturados, imobiliário, derivados, hipotecas, empréstimos têm uma expressão ínfima na carteira. Ainda assim, as seguradoras detêm 170 milhões de euros aplicados em imobiliário nas suas carteiras de ativos dirigidas a assegurar o cumprimento de responsabilidades para com os seus segurados.

Resumindo, no terceiro trimestre de 2019 e relativamente ao segundo trimestre, as seguradoras reduziram, em milhões de euros: 1.284 em liquidez, 113 em ações, 27 em produtos estruturados e juntaram 557 de novos investimentos, num total de 1.983 mil milhões de euros.

Por igual montante aumentaram investimento: 1069 em Obrigações de entidades privadas, 614 em Obrigações de Dívida Pública e 270 em fundos de investimento.

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Depois da Uber, Bolt também reduz preço das viagens

Tal como a Uber, também a Bolt vai reduzir o preço das viagens. Apesar da descida, diz que motoristas até poderão obter maior rendimento com as viagens já que espera atrair mais utilizadores.

Depois de a Uber ter anunciado uma redução do preço das viagens, o que acabou por gerar contestação por parte dos condutores, a Bolt decidiu fazer o mesmo, procurando dar resposta à concorrência. A aplicação já está a informar os motoristas sobre a atualização, que entra em vigor já esta quarta-feira.

Para darmos continuidade à nossa proposta de valor em 2020 e disponibilizarmos um serviço de qualidade a um preço acessível, iremos reduzir o preço das viagens”, disse fonte oficial da Bolt ao ECO.

A descida dá-se nas três componentes usadas no cálculo do preço final: a tarifa base cobrada assim que o passageiro entra no automóvel, o preço por quilómetro e o preço por minuto.

No caso do serviço mais básico da Bolt em Lisboa e no Porto, a tarifa base cai de 90 cêntimos para 84 cêntimos e a empresa passa a cobrar 55 cêntimos por quilómetro (antes cobrava 59 cêntimos) e 8 cêntimos por minuto (antes cobrava 9). O preço mínimo é de 2,49 euros.

No Algarve, a variação é diferente. O preço por quilómetro cai de 68 cêntimos para 65 cêntimos e o preço por minuto desce em linha com as duas restantes cidades portuguesas, para os mesmos 8 cêntimos. Neste caso, porém, a empresa sobe a tarifa base de 85 cêntimos para 93 cêntimos, equiparando-se à concorrência.

A aplicação de transporte reduz também os preços no serviço Verde, que recorre a veículos elétricos, e no serviço XL, que permite transportar até seis passageiros de uma só vez. No caso do XL, os valores passam para 1,77 euros de base, 0,98 euros por quilómetro e 14 cêntimos por minuto, sendo o mínimo de 3,60 euros.

A Bolt reage, assim, à descida de preços anunciada pela líder de mercado, a Uber, que anunciou, no arranque do ano, que iria descer os preços das viagens em Portugal continental, sendo que as descidas podem chegar mesmo aos 10% no caso do serviço Uber X.

Esta medida não foi bem recebida pelos motoristas que argumentam que a redução de preços vai diminuir a margem de lucro por viagem para “níveis insustentáveis”. Nesse sentido, foram já convocados vários protestos por parte dos motoristas, sendo que o mais recente aconteceu esta terça-feira no Porto.

Numa tentativa de assegurar uma transição suave para os novos tarifários e para colmatar essa perda para os motoristas, a Uber criou um plano de “incentivos personalizados”, por forma a que os motoristas possam obter o rendimento médio dos últimos meses. Ao que o ECO apurou, em alguns casos, os motoristas poderão ter de trabalhar 75 horas numa semana, caso queiram aceder ao bónus.

"[Descida de preços] irá representar também um aumento dos rendimentos para os motoristas, que poderão realizar mais viagens.”

Bolt

Fonte oficial

No caso da Bolt, a empresa não acredita que a baixa de preços que está a implementar, e a comunicar por email aos condutores que utilizam a plataforma, gere o mesmo desconforto. Defende que com valores inferiores conseguirá atrair mais utilizadores, permitindo aos motoristas obterem até mais rendimentos.

Esta descida de preços “irá representar também um aumento dos rendimentos para os motoristas, que poderão realizar mais viagens e usufruir das mesmas condições com as quais a Bolt se comprometera desde o início — ser a plataforma com a comissão mais baixa e que paga mais por km e por minuto aos motoristas”, diz fonte oficial da empresa. A Bolt cobra aos motoristas 15% do valor total de cada viagem.

Além disso, de acordo com a informação enviada aos motoristas, a Bolt garante que irá aumentar o investimento em marketing para continuar a aumentar o número de viagens, mas também irá, à semelhança do que fez a Uber, apostar nos bónus. Diz que vai “aumentar o investimento em bónus para os motoristas”.

(Notícia atualizada às 13h53 com comparação com as tarifas anteriores)

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