Estado de emergência para grupos de risco. O que muda?

Portugal está em estado de emergência por causa da pandemia. Há, por isso, restrições temporárias, especialmente para grupos de risco como os infetados, mas também os idosos. Veja-as aqui.

A partir de agora, e durante um período de 15 dias, pelo menos, Portugal está em estado de emergência por causa da pandemia do Covid-19. São várias as restrições que passam a existir à circulação por parte de grupos classificados como de risco, chegando mesmo à proibição de movimentos.

Infetados em confinamento obrigatório

De acordo com o decreto do Governo que concretiza o estado de emergência em Portugal, anunciado pelo Presidente da República, os “doentes com Covid-19 e os infetados com SARS-Cov2″, mas também os “cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado a vigilância ativa”, ficam com movimentos limitados.

Tanto os infetados como aqueles que estão em vigilância pelas autoridades de saúde terão de ficar “em confinamento obrigatório, em estabelecimento de saúde ou no respetivo domicílio”.

Aqueles que não acatarem, violando “a obrigação de confinamento” poderão ser sancionados já que o incumprimento das regras do estado de emergência “constitui crime de desobediência“.

E qual a sanção por este crime? Quem o cometer “é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”, de acordo com o artigo 348.º do Código Penal.

Idosos e doentes crónicos com movimentos limitados

Quem está infetado fica com movimentos limitados, mas há outros portugueses que têm regras especiais neste estado de emergência por causa do coronavírus.

O decreto do estado de emergência prevê “um dever especial de proteção” para os mais idosos, os maiores de 70 anos, bem como para “os imunodeprimidos e os portadores de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde devam ser considerados de risco, designadamente:

  • Hipertensos;
  • Diabéticos;
  • Doentes cardiovasculares;
  • Portadores de doença respiratória crónica;
  • Doentes oncológicos.

Todas estas pessoas devem evitar sair de casa. “Só podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, para algum dos seguintes propósitos:

  • Aquisição de bens e serviços;
  • Deslocações por motivos de saúde, designadamente para efeitos de obtenção de cuidados de saúde;
  • Deslocação a estações e postos de correio, agências bancárias e agências de corretores de seguros ou seguradoras;
  • Deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva;
  • Deslocações de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia;
  • Outras atividades de natureza análoga ou por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que devidamente justificados.

O decreto determina, contudo, que as pessoas com doenças crónicas podem “ainda circular para o exercício da atividade profissional”.

Tanto profissionais de saúde como agentes de proteção civil, bem como “titulares de cargos políticos, magistrados e líderes dos parceiros sociais” ficam excluídos destas limitações.

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Estado de emergência para as famílias. O que muda?

Quem não está infetado, nem pertence a um grupo de risco, deve evitar sair de casa. Mas pode circular, desde que para um dos propósitos definidos por decreto. Veja-os aqui.

O estado de emergência exige o confinamento dos infetados pelo coronavírus, mas também traz limitações para os idosos e as pessoas com doenças crónicas. Contudo, todos os outros cidadão têm regras neste contexto especial de forma a evitar a propagação do vírus.

Sendo o Covid-19 um vírus que facilmente se dissemina, o que é pedido aos portugueses é que procurem ficar em isolamento durante o maior período de tempo possível. #ficaemcasa é o mote neste período, mas é possível circular, desde que com um propósito específico, devendo ser respeitadas as recomendações “respeitantes às distâncias a observar entre as pessoas”.

O decreto do Governo que concretiza o estado de emergência em Portugal, anunciado pelo Presidente da República, elenca os motivos pelos quais a generalidade dos cidadãos “podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas”.

São os seguintes:

  • Aquisição de bens e serviços;
  • Deslocação para efeitos de desempenho de atividades profissionais ou equiparadas;
  • Procura de trabalho ou resposta a uma oferta de trabalho;
  • Deslocações por motivos de saúde, designadamente para efeitos de obtenção de cuidados de saúde e transporte de pessoas a quem devam ser administrados tais cuidados ou dádiva de sangue;
  • Deslocações para acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica ou tráfico de seres humanos, bem como de crianças e jovens em risco, por aplicação de medida decretada por autoridade judicial ou Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, em casa de acolhimento residencial ou familiar;
  • Deslocações para assistência de pessoas vulneráveis, pessoas com deficiência, filhos, progenitores, idosos ou dependentes;
  • Deslocações para acompanhamento de menores:

a) Em deslocações de curta duração, para efeitos de fruição de momentos ao ar livre;

b) Para frequência dos estabelecimentos escolares no caso dos filhos dos profissionais de saúde, das forças e serviços de segurança e de socorro, incluindo os bombeiros voluntários, e das forças armadas, os trabalhadores dos serviços públicos essenciais, de gestão e manutenção de infraestruturas essenciais, bem como outros serviços essenciais.

  • Deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva;
  • Deslocações para participação em ações de voluntariado social;
  • Deslocações por outras razões familiares imperativas, designadamente o cumprimento de partilha de responsabilidades parentais, conforme determinada por acordo entre os titulares das mesmas ou pelo tribunal competente;
  • Deslocações para visitas, quando autorizadas, ou entrega de bens essenciais a pessoas incapacitadas ou privadas de liberdade de circulação;
  • Participação em atos processuais junto das entidades judiciárias;
  • Deslocação a estações e postos de correio, agências bancárias e agências de corretores de seguros ou seguradoras;
  • Deslocações de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia e para alimentação de animais;
  • Deslocações de médicos-veterinários, de detentores de animais para assistência médico-veterinária, de cuidadores de colónias reconhecidas pelos municípios, de voluntários de associações zoófilas com animais a cargo que necessitem de se deslocar aos abrigos de animais e de equipas de resgate de animais;
  • Deslocações por parte de pessoas portadoras de livre-trânsito, emitido nos termos legais, no exercício das respetivas funções ou por causa delas;
  • Deslocações por parte de pessoal das missões diplomáticas, consulares e das organizações internacionais localizadas em Portugal, desde que relacionadas com o desempenho de funções oficiais;
  • Deslocações necessárias ao exercício da liberdade de imprensa;
  • Retorno ao domicílio pessoal;
  • Outras atividades de natureza análoga ou por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que devidamente justificados.

De acordo com o decreto, os “veículos particulares podem circular na via pública para realizar as atividades mencionadas no número anterior ou para reabastecimento em postos de combustível“.

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Chegou o tempo de parar. Para voltar a visitar Portugal mais tarde

O Turismo de Portugal lançou um novo video promocional sobre Portugal. #cantskipehope é a mensagem desta campanha, com imagens gravadas antes da crise do coronavírus.

Um dos setores mais afetados, senão mesmo o mais afetado, com a crise do novo coronavírus é o turismo, que está literalmente fechado. O Turismo de Portugal está também em teletrabalho, mas não está em quarentena. ‘Can’t Skip Hope’ é a resposta, assumindo que agora é o momento para pararmos… para que possamos regressar. As praias e os monumentos não vão a lado nenhum, diz-se neste vídeo promocional do país. “Quanto mais depressa pararmos, mais cedo poderemos estar juntos”.

 

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Na Fuel, “passámos a ter 85 novas agências, na casa de cada um dos colaboradores”

Em 48 horas, e com toda a equipa em teletrabalho, a Fuel colocou no ar o novo filme do Continente. 80 gigas de material a entrar de umas casas para as outras. Sim, a indústria criativa não parou.

As respostas são escritas por e-mail, no escritório de Alcântara da Fuel aka a casa da CEO da agência, Susana Coerver. Há uma semana “dei a hipótese não apenas aos funcionários de risco, mas também a todos aqueles que se sentissem mais seguros, de irem para casa. Sexta já estava tudo em casa, e fi-lo não apenas porque sabia que muitos tinham medo e preferiam estar em casa, mas também porque tinha a certeza de que, a maior parte, iria trabalhar mais e melhor a partir de casa. Já trabalhei três anos a gerir uma equipa à distância, e sei que é possível”.

Prova disso, que a criatividade não pára mesmo em tempos que exigem distanciamento físico mas encontro de ideias, é a campanha criada para o Continente, em apenas 48 horas, recorrendo a imagens de arquivo da marca e a banco de imagens.

Susana Coerver, um dos muitos portugueses que está a trabalhar a partir de casa, entrevistada na nova rubrica diária do ECO chamada Gestores em teletrabalho, descreve o processo: ” O cliente liga ao diretor criativo que começa a trabalhar na campanha. Fizemos o script que foi aprovado à primeira. Pesquisámos imagens de filme na agência (produtor, account, e uma produtora) e o cliente também. Nessa mesma noite o locutor gravou em casa com um microfone que tinha. De manhã avaliámos as propostas de todos e começámos a avaliar o filme e fizemos duas edições em simultâneo, uma na produtora e outra internamente pela equipa da agência (em casa) e acabámos por selecionar a edição da agência”. “No total foram partilhados 80 gigas de material a entrar de umas casas para as outras”, conta, ao ECO. “A música tinha sido feita para outro filme, mas o músico fez questão de pegar nela e refazer o arranjo para 45 segundos”, diz.

Uma campanha que levou um dia a ser pensada e a ser aprovada pelo cliente e um dia para produzir e a colocar no ar, e que “nos deixou a todos com o coração quente e de lágrima nos olhos, de um momento das nossas vidas que nunca vamos esquecer”.

A maior mudança por estes dias é apenas a morada da agência. “Mudou o facto de, em vez de termos uma Fuel na Avenida da Liberdade, passámos a ter 85 novas agências na casa de cada um dos colaboradores”.

As rotinas de trabalho mantiveram-se, como explica a CEO: “Na segunda-feira mantivemos a nossa reunião semanal, o Refuel, onde partilhamos o que fizemos, o que estamos a fazer e ideias de inspiração para trabalho e tivemos 79 pessoas online no Teams em simultâneo e foi incrível. Nesse dia tive oito reuniões e nem tempo para me levantar e ir beber água tive. Algo que tivemos que rever para os dias a seguir: criar formas de parar, respeitar a hora de almoço. Vão ser enviadas medidas de pausas sugeridas de 30 minutos a meio da manhã e a meio da tarde”.

Tal como Susana Coerver, que além de CEO também é mãe, é preciso “compreensão para quem tem filhos pequenos em casa e tem a vida muito mais complicada. Fazer almoços, jantares, arrumar as cozinhas e a casa ao mesmo tempo que se pensa em criatividade e se faz reuniões de trabalho é super exigente” acrescenta.

A tecnologia permite que as duplas criativas continuem a trabalhar separadas, mas sempre ligadas.O Teams do Office 365 tem sido uma ferramenta incrível de trabalho. Os clientes a trabalharem connosco online de forma colaborativa. Tem sido um orgulho ver a forma rápida com que nos reajustamos ao tempo de mudança. Temos muitos briefings em curso. Só na segunda-feira entraram 14 novos projetos”.

Não se trata de parar, trata-se de repensar e a todos os níveis. É esta a mensagem que a CEO quer passar à indústria e dizer aos clientes que é importante não desaparecerem da vida das pessoas, nesta hora. “Claro que esta medida terá muito impacto na economia em geral, e no nosso negócio também. O desafio é repensar os briefings, as mensagens e a forma de chegar à vida das pessoas. Como por exemplo, o cliente que tem uma rede de outdoor comprada e que se pensou em oferecer a rede a quem precisa dela neste momento, ou transformar a campanha que estava pensada para um festival, como no caso do Continente, e substitui-la por algo que valoriza quem está a dar a cara na frente do terreno, o reconhecimento. Há muito tempo que defendo as marcas com propósito e esta é a oportunidade de repensarem o que andam a fazer”.

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Partidos consideram “insuficientes” medidas do Governo para travar efeitos do coronavírus na economia

  • ECO e Lusa
  • 21 Março 2020

Depois de António Costa anunciar medidas para combater o Covid-19, partidos pedem maior proteção dos trabalhadores. PAN defende injeção direta de capital nas empresas e o CDS vai propor mais medidas.

O primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira um conjunto de medidas de apoio social e económico para a população afetada pela pandemia de covid-19 e os partidos já começaram a reagir. Para o Bloco e o PEV o condicionamento às linhas de crédito é “insuficiente” e a proibição de despedimentos devia ser alargada. Já o PAN defende uma “injeção direta de capital” nas empresas.

O Bloco de Esquerda disse este sábado que “é preciso estender a proibição de despedimentos”, sob pena de se alimentar os despedimentos, ao reagir às medidas anunciadas pelo Governo para combater a epidemia do novo coronavírus.

No final de uma reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou várias medidas, entre as quais um conjunto de linhas de crédito acessíveis às empresas “sob condição de manutenção do emprego”, cujo valor não revelou. O objetivo é “contribuir para garantir a sua atividade e os postos de trabalho”, acrescentou António Costa.

Numa mensagem de vídeo a que a Lusa teve acesso, a eurodeputada bloquista Marisa Matias considera que “condicionar o crédito às empresas à manutenção dos postos de trabalho” é “uma medida importante”.

Porém, realça, “é insuficiente, porque, obviamente, numa situação destas, é preciso estender a proibição de despedimentos, desde logo às empresas que recorrem a medidas fiscais, aos ‘lay-off’ [suspensão temporária dos contratos de trabalho]”. Simultaneamente, a medida não pode restringir-se apenas a trabalhadores efetivos, sendo necessário “proteger os trabalhadores precários, porque esse é um dos elos mais fracos”.

Sendo curto, o tempo de reação à epidemia já é “suficiente para perceber” que está em curso em Portugal “uma onda de despedimentos”, observa a eurodeputada bloquista. “Essa onda tem de ser travada de alguma forma”, sustenta Marisa Matias. “Enquanto não se proibir os despedimentos, estaremos a permitir que se avance no desemprego e esta responsabilidade social das empresas tem de ser uma condição para acesso a qualquer apoio e não só acesso a empréstimos”, frisa.

PEV considera medidas para empresas e famílias “claramente insuficientes”

O Partido Ecologista Os Verdes considerou este sábado que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro para atenuar o impacto da Covid-19 na economia, no emprego e nas famílias “são claramente insuficientes”, criticando também que não estejam proibidos os despedimentos.

“As medidas anunciadas, nomeadamente no que diz respeito ao apoio às famílias, são claramente insuficientes, havendo necessidade de o Governo se consciencializar que não pode manter qualquer postura obsessiva pelo défice”, apontou o partido. Em comunicado enviado às redações, o PEV salienta que o executivo, liderado pelo socialista António Costa, deve priorizar “a salvaguarda da subsistência das micro, pequenas e médias empresas e de milhares de famílias”.

‘Os Verdes’ indicam igualmente que “esperavam que o Governo anunciasse a inibição das entidades empregadoras de proceder a despedimentos durante este período e impedissem a denúncia dos contratos durante o período experimental”. Segundo o PEV, nos últimos dias, assistiu-se a “empresas a despedir, a denunciar contratos a termo e a impor férias forçadas aos trabalhadores, e até a sugerirem que entrem de baixa médica”.

No que toca às medidas para garantir a manutenção dos postos de trabalho, o PEV advoga que “o problema não se resolve apenas com as linhas de crédito anunciadas”. ‘Os Verdes’ reafirmam “a necessidade absolutamente prioritária de garantir a sobrevivência das nossas micro, pequenas e médias empresas que, face ao que se conhece das medidas, não está de forma alguma salvaguardada”, vinca o partido.

CDS critica modelo de endividamento das empresas. Vai propor novas medidas

O CDS saúda as medidas anunciadas pelo Executivo, mas considera-as “insuficientes num estado de emergência para minimizar os danos” que a pandemia está a causar às empresas e às famílias. O partido vai, por isso, apresentar na próxima semana um conjunto de medidas complementares para apoiar a economia, avançou a porta-voz do CDS. Medidas em linha com aquilo que foi avançado, por exemplo, pelo Governo britânico.

Cecília Anacoreta Correia lamentou o facto de o Governo ter escolhido “a via do adiamento do pagamento de impostos e de mais endividamento para as empresas”. Uma opção que “nos parece desadequada, sobretudo no momento em que as PME se encontram paradas a acumular prejuízos”, acrescentou a centrista numa reação enviada ao ECO.

O CDS pede que seja feito “um choque de tesouraria” e que se apoiem os trabalhadores para que não percam os seus empregos, com especial atenção para os precários, que haja “medidas de apoio aos profissionais liberais” e aos recibos verdes, mas também para “os empresário que encerram as empresas mas mantêm os encargos”.

PAN defende “injeção direta de capital” para manter postos de trabalho

Por outro lado, o PAN congratulou-se com as medidas apresentadas pelo Governo. Num vídeo divulgado depois da conferência de imprensa, o porta-voz do partido enalteceu duas das medidas anunciadas por Costa: “O acautelar da prorrogação automática do subsídio de desemprego, do complemento solidário para idosos e de prestações sociais” e a “suspensão do prazo de caducidade dos contratos de arrendamento”.

“Não faz sentido existir uma pressão adicional nas pessoas nesta fase, na procura de casa, e, portanto, são medidas que consideramos adequadas a esta fase”, assinalou André Silva, criticando “a medida das linhas de crédito apresentadas às empresas”. Segundo o líder do PAN, esta crise “não se vai resolver com um incentivo ao consumo, como nas outras anteriores”, mas, sim, “com injeção de dinheiro direto às empresas”.

“Caso contrário, estaremos, no fundo, a engrossar os números do desemprego. Não interessa dar créditos, mesmo que sejam bonificados, o problema tem de se resolver por injeção direta de capital para se manterem postos de trabalho, lembrando que estão suspensas as regras do controlo do défice associado ao fim da proibição de apoio indireto às empresas”, vincou André Silva.

O deputado defendeu igualmente que, “podendo o Estado modelar o Orçamento sem atender às regras do défice, o Governo pode nesta fase garantir o financiamento às empresas” e manter os postos de trabalho,”endividamento que se resolve através de uma intervenção mais direta do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia através de políticas financeiras solidárias”.

Apoios europeus não são dinheiro novo, critica PCP

O PCP não faz, para já, um comentário direto às medidas anunciadas por António Costa, mas numa nota enviada ao ECO critica a “ausência da tão cinicamente apregoada ‘solidariedade’, das políticas da União Europeia e aponta o dedo ao facto de os 37 mil milhões de euros anunciados para o conjunto dos Estados-membros não serem recursos adicionais “como se impunha, mas sim à realocação de verbas a que os Estados-membros já teriam direito, no âmbito dos fundos estruturais e de coesão, e que são, desta forma, retirados a outros projeto”.

“As medidas até agora anunciadas, em que se incluem a flexibilização da aplicação do Pacto de Estabilidade e da legislação relativa às ajudas de Estado, são desacompanhadas da mobilização dos recursos financeiros adequados, ao nível do orçamento comunitário, para fazer face ao surto epidémico e às suas consequências”, refere a mesma nota e imprensa do Partido Comunista.

Pedindo para que não sejam repetidas as receitas usadas para combater a crise financeira, o PCP pede a defesa dos direitos dos trabalhadores, mas também a proteção dos setores produtivos nacionais.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do PSD diz que “para já não está prevista nenhuma reação”.

(Notícia atualizada às 20h33 com as reações do PCP e do CDS)

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Número de mortos em Itália pelo coronavírus sobe para 4.825. Em Espanha ultrapassa os 1.300

O número de mortos devido ao coronavírus em Itália subiu 793, o que foi o maior aumento diário desde que o contágio surgiu no país.

O número de vítimas mortais do coronavírus em Itália não para de aumentar. Subiu para 4.825, anunciaram as autoridades este sábado, numa subida de 19,6%, o maior aumento diário em termos absolutos desde que o contágio surgiu, há cerca de um mês. Em Espanha, as mortes também têm seguido esta trajetória, tendo já superado os 1.300.

Em Itália, país que já ultrapassou a China no número de vítimais mortais, registaram-se 793 mortes em 24 horas, de acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). O número de novos casos confirmados num dia foi superior a 6.500. Os doentes com Covid-19 em Itália passaram de 47.021 para 53.578.

Em Espanha, o número de mortos na Espanha pela epidemia de coronavírus também aumentou neste sábado, de 1.002 para 1.326, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde do país. O número de casos registados subiu para 24.926 no sábado, o que compara com os 19.980 anunciados no dia anterior.

No total, o novo coronavírus já causou pelo menos 11.401 mortos em todo o mundo, depois de ter sido identificado pela primeira vez em dezembro, de acordo com um balanço da agência noticiosa France-Presse.

(Notícia atualizada às 18h05)

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CIP critica condicionante de apoios à manutenção de postos de trabalho. Está em causa sobrevivência das empresas

António Saraiva defende que só salvando as empresas se pode salvar os empregos. Já a CGTP considera que há um desequilíbrio aprovadas para as empresas e a proteção dos trabalhadores.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal é muito claro: “Só salvando as empresas é que podemos salvar os empregos”. Em declarações à RTP, António Saraiva critica a decisão do Executivo em fazer depender o recurso às linhas de crédito de três mil milhões de euros à manutenção de postos de trabalho.

“Não se pode inverter a ordem. E se o primeiro-ministro faz depender o apoio às empresas de não despedirem, como é que as empresas, que já fecharam portas, que não estão com faturação há duas semanas, vão estar no mínimo três meses com as portas encerradas, se não tiverem acesso a algum apoio, como é que os empresários, como é que esta micro realidade empresarial vai sobreviver?“, questiona o patrão dos patrões.

Já a CGTP considera que há um desequilíbrio entre o apoio às empresas e aos trabalhadores. “Consideramos que há um desequilíbrio muito grande entre as medidas que são aprovadas para as empresas e a proteção que é dada aos trabalhadores”, sublinhou Isabel Camarinha, em declarações à RTP. A secretária geral sublinha que a central sindical “considera que deve haver proteção total a todos os trabalhadores e que nesta fase não pode haver despedimentos”.

“Já estão a mandar trabalhadores embora, quando são trabalhadores temporários ou quando estão no período experimental”, alerta Isabel Camarinha insistindo que “é necessária fiscalização para impedir que as empresas cometam ilegalidades e abusos, como tem estado a fazer”, acusa.

Para os trabalhadores estas medidas são extremamente insuficientes, porque para os trabalhadores não lhes é garantido o rendimento total, que é o que a CGTP tem reafirmado desde o início. Nesta situação é necessário que as medidas garantam o rendimento total dos trabalhadores”, afirmou Isabel Camarinha, em declarações à Lusa. Isto porque as despesas nesta situação vão aumentar, ou pelo menos não diminuir, e muitos trabalhadores ficam com “um corte muito grande nos seus rendimentos se as medidas se mantiverem como estão anunciadas”, sublinhou.

António Saraiva considera que “não vale a pena anúncios de cariz político ou nem frases feitas, porque a realidade da vida suplanta qualquer marketing político”.

Em causa está o esclarecimento feito na noite de sexta-feira por António Costa relativamente às condicionantes de acesso às linhas de crédito. Depois de um conselho de ministros que se prolongou por diversas horas e um encontro com o Chefe de Estado, o primeiro-ministro anunciou um conjunto de medidas para garantir que as empresas consigam de “subsistir” à paragem forçada pela pandemia, os postos de trabalho que existem não desapareceram e os rendimentos da famílias não sejam “mais fragilizados”.

António Saraiva coloca também nas mãos da Europa uma resposta para o problema. “A Europa tem de encontrar um montante e reparti-lo entre os Estados membros que deles necessitam” e essa resposta tem de “ser expedita”. Para já, em cima da mesa está a possibilidade de uma eventual emissão de dívida conjunta ao nível da União Europeia para estimular a recuperação económica. Uma ação defendida pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e apresentada aos restantes líderes europeus no Conselho realizado na passada terça-feira. Em causa estão as eurobonds uma mutualização da dívida dos países europeus, para a qual potências como a Alemanha já manifestaram alguma abertura.

(Notícia atualizada às 19h46 com novas declarações de Isabel Camarinha à Lusa)

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Mundo depois do Covid-19? São estas as 10 tendências

Ainda que possa parecer estranho ou longe da realidade, o mundo mudou num curto espaço de tempo e os negócios estão a mudar com ele. 10 tendências para o pós-Covid-19.

Em tempos de pandemia surgem sinais, mudanças nos comportamentos que aceleram em massa e que obrigam a repensar os modelos das organizações. A plataforma Trendwatching avança com 10 tendências, em diferentes indústrias, que vão crescer radicalmente por influência direta do coronavírus.

Se algumas das tendências pareciam longe de se tornarem mainstream num curto espaço de tempo, o vírus que nos levou ao isolamento, parece agora torná-las em comportamentos normais, numa questão de meses ou semanas. Sinal do que vamos valorizar num mundo pós-coronavírus.

1- VIRTUAL EXPERIENCE ECONOMY – Já vivíamos na chamada “Economia das Experiências”, mas agora passará a ser virtual e imersiva. Com festivais e campeonatos de futebol cancelados e espaços como museus encerrados, o vazio na vida das pessoas será interrompido através da tecnologia. No domínio virtual, as redes sociais e os esports eram até hoje sinais da nossa presença e status social, mas vamos ver um aumento das experiências virtuais em setores como o turismo e o retalho.

2 – SHOPSTREAMING – O comércio eletrónico funde-se com as transmissões ao vivo e deverá ser a nova realidade das compras online: interativas, experimentais e em tempo real. Foi o que aconteceu no mercado chinês no pico da epidemia – o crescimento do mercado live streaming, numa mistura de entretenimento, comunidade e comércio, o certo é que o comércio eletrónico irá mudar.

3 – VIRTUAL COMPANIONS – À medida que nos vamos habituando a assistentes digitais e chatbots, crescem as nossas expectativas. Vamos começar a procurar companhias virtuais personalizadas que nos possam entreter, educar, curar e até com quem criamos amizade.

4 – AMBIENT WELLNESS – Os dias são de novos hábitos de higiene em especial no cuidado com a desinfeção das mãos, e mesmo depois da crise que se vive em termos de saúde pública, vamos continuar a querer esse sentimento de segurança. Uma oportunidade de negócio para todos os que incorporem essa ideia nos seus espaços físicos, viver em ambientes saudáveis vai passar a ser uma das prioridades dos consumidores.

5 – M2P (MENTOR TO PROTÉGÉ) – O eterno desejo humano de ter mais conhecimento. Com o número de horas que passamos on-line a aumentar com o isolamento, vai nascer a vontade de se usar parte desse tempo de forma mais produtiva, e vamos assistir ao boom de plataformas que nos ligam a professores, especialistas e mentores para ganharmos novos skills.

6 – A-COMMERCE – A inteligência artificial liga-se ao comércio e vai crescer a procura de interação sem contacto, convergindo com os avanços da robótica. É a chegada de uma nova geração de comércio automatizado.

7 – THE BURNOUT – Ainda antes desta crise global provocada pelo coronavírus, já vivíamos em clima de medo e angústia de uma crise económica, pressionados por uma competição social permanente, com a preocupação com a questão do clima. O vírus acrescenta angústia mental a todos nós, pelo que, vamos receber de braços abertos todos os negócios que possam melhorar o nosso bem-estar mental.

8 – OPEN SOURCE SOLUTIONS – Chamam-lhe “uma nova e ousada fronteira para a sustentabilidade”, quando se partilha e distribui soluções inovadoras para problemas difíceis. O coronavírus deixa-nos a pensar que as melhores empresas são aquelas que colaboram generosamente umas com as outras e com outras pessoas.

9 – ASSISTED DEVELOPMENT – Será um dos resultados do tempo que passámos em casa em isolamento. Muitos de nós vamos procurar skills que muitas vezes nos esquecemos com a corrida do dia-a-dia, como cozinhar para nós próprios. É verdade que irá continuar a crescer a economia do on-demand, mas ao mesmo tempo, quando a crise passar, alguns de nós iremos descobrir o que gostamos realmente de fazer em casa.

10 – VIRTUAL STATUS SYMBOLS – De acordo com a investigação da plataforma especialista em tendências, somos uma sociedade obcecada com o status. Os tempos passaram a ser de bens virtuais, com as novas tecnologias (AR e blockchain…), com o crescente desejo de um consumo mais sustentável e com este isolamento forçado, o reconhecimento dos bens virtuais afirma-se como um símbolo de status genuíno em diferentes industrias e geografias. E não será apenas entre os jovens consumidores e os videogamers.

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Estes são os novos horários dos supermercados. Veja-os aqui

Vários foram os supermercados que implementaram medidas extraordinárias, como redução de horários, horários exclusivos para profissionais de saúde ou idosos. o ECO dá-lhe a conhecer as alterações.

Após ter sido decretado o estado de emergência em Portugal, por forma a conter a propagação do novo coronavírus em Portugal, vários foram os negócios cujas portas tiveram de encerrar. Contudo, supermercados, farmácias, bancos e bombas de combustível continuam abertas.

No que toca aos supermercados, várias foram as cadeias que implementaram medidas extraordinárias, como redução de horários, horários exclusivos para profissionais de saúde, bombeiros e forças de segurança e atendimento privilegiado para maiores de 65 anos. O ECO dá-lhe a conhecer as medidas tomadas pelas principais cadeias a operar em Portugal.

Pingo Doce tem três horários. Fecha, no máximo, às 20h

Por forma a evitar grandes concentrações de pessoas, a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, Recheio e Hussel e Jerónymo, estabeleceu novos horários de atendimento e tem “metade dos seus colaboradores dos escritórios centrais a trabalhar a partir de casa, de forma rotativa”, explicou à Lusa Pedro Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins.

No que toca ao Pingo Doce, os horários de atendimento nas várias lojas foram divididos em três grupos: das 9h às 17h, das 11h às 19h e das 10h às 20h, tendo este último horário uma interrupção das 14h às 16h. “Os horários das lojas variam em função da cadeia e também das localizações, podendo ser consultados nos respetivos sites”, adiantou o gestor. Já em carta aberta, a diretora-geral do Pingo Doce explicou que esta divisão em grupos possibilita a “rotação das equipas a cada 15 dias”.

Há, contudo, duas exceções a nível nacional: o caso do híper de Braga e o MAR Shopping Algarve, em Loulé, que seguem os horários dos centros de comerciais, isto é, das 12h às 20, garantiu ao ECO fonte oficial da Jerónimo Martins. A medida entrou em vigor esta segunda-feira, 16 de março, e vigora “por tempo indefinido”.

Caso não queria sair de casa pode fazer as suas compras a partir do online, embora o aumento da procura esteja a causar constrangimentos nas entregas ao domicílio, levando a distribuidora a contratar entre 200 a 300 pessoas.

Continente mantém horários para que “todos possam fazer compras”

A Sonae, que detém os supermercados Continente e Bom dia, decidiu manter os habituais de funcionamento, tendo por objetivo “manter a atividade com a máxima normalidade”, bem como permitir que “todos possam realizar as suas compras e em horários desfasados, evitando assim filas e concentrações de pessoas, informa a empresa em comunicado. Os horários podem ser consultados aqui.

Além disso, a Sonae reforçou a higiene e limpeza das cadeias de distribuição das operações e cadeia de abastecimento, bem como a desinfeção de todos os carrinhos de compras. Caso não queira deslocar-se às lojas, pode fazer as suas compras online, embora possa registar congestionamentos.

Lidl mantém horário de abertura, mas fecha às 19h

Também o Lidl decidiu alterar os seus horários de funcionamento, sendo que o horário de abertura se mantém, variando de loja para loja, mas os supermercados passam a encerrar às 19h, por tempo indefinido. Com 258 de norte a sul do país, a cadeia de supermercados alemã “irá disponibilizar um período de acesso exclusivo às lojas – 30 minutos antes do horário de abertura e entre as 19h e as 19h30 (30 minutos após o horário de fecho)” para os profissionais de saúde, forças de segurança pública, bombeiros, proteção civil, bem como, para os seus colaboradores, lê-se no comunicado enviado este sábado. Para usufruir deste estatuto especial, terá que se identificar ou apresentar uma credencial.

Além disso, e conforme decretado pelo Governo, o acesso às lojas continuará a ser feito de forma restrita, “estando limitado o número de clientes em função da área de venda de cada loja”. O atendimento prioritário para grávidas, idosos, deficientes e acompanhantes de crianças de colo mantém-se.

Auchan com novos horários

Face à situação em que o país se encontra, também a Auchan, antigo supermercado Jumbo, tem novos horários, sendo que estes também variam de loja para loja. No caso das Lojas MyAuchan os estabelecimentos abrem as 9h e fecham às 19h, já as lojas do Faro Mercado, Campera, Caldas da Rainha, Guarda e Canidelo encerram às 20h, bem como a loja Gourmet Amoreiras e as dedicadas aos animais em Almada, Sintra e Cascais.

Além disso, e tal como acontece noutras supermercados, haverá ainda um atendimento prioritário para os profissionais de saúde, forças de segurança, bem como proteção civil, bastando que estes elementos apresentem um cartão a identificar-se. O atendimento prioritário para grávidas e idosos mantém-se.

Conforme recomendado pelo Governo, as entradas e saídas das lojas estão controlas, pelo que “o número de clientes, em cada loja, não deve ultrapassar 4 clientes por cada 100 m2”, lê-se no plano de contingência da empresa.

Tal como assegurou o Executivo, não haverá racionamento de bens alimentares, mas há exceções para outros produtos. No que toca ao álcool gel e etílico, bem como máscaras de proteção, há um limite de duas unidades por cliente. Já os medicamentos, suplementos e fórmulas infantis estão limitados a três unidades por cliente. A empresa aconselha ainda os clientes a pagarem por MB Way, por forma a minimizar os riscos de contágio de Covid-19.

Caso não queria deslocar-se fisicamente à loja poderá realizar as suas compras pela internet. Ao ECO, fonte oficial da Auchan explicou que, nos últimos dias, a empresa chegou a detetar cerca de “70 mil pessoas em simultâneo no site”, por isso decidiram criar uma “fila de espera” para evitar o colapso do site. Nesse sentido, a Auchan alerta que a espera é grande e pode mesmo “demorar várias horas”.

Minipreço com horário flexíveis

Durante esta fase, as lojas Minipreço e Clarel por todo o país terão horários flexíveis de abertura e fecho, adaptados às localidades onde estão inseridas”, refere, em comunicado, o departamento de relações exteriores do DIA Portugal. Em termos gerais, a maioria dos supermercados funciona das 9h às 13h e das 15h às 19h, contudo, existem algumas exceções que podem ser consultadas aqui.

Além disso, e “pensando em quem cuida e serve a nossa população nesta altura”, há horários especiais para profissionais de saúde, bombeiros e forças de segurança, antes da abertura ao público. Neste campo, na zona Norte e Sul do país o horário funciona das 8h às 9h. Já no que toca à zona Centro, os horários são mais diversos, havendo 5 possibilidades: das 8h às 9h, das 8h30 às 9h, das 9h30 às 10h, das 19h às 19h30 e das 20h30 às 21h. A título de exemplo, no Entroncamento, a loja chega a ter dois horários especiais.

El Corte Inglés com horários exclusivos para profissionais de saúde

Também o El Corte Inglés alterou o horário de atendimento para o público em geral. A cadeia de supermercados espanhola “adotou o horário de abertura ao público para o período entre as 10h e as 19h, todos os dias da semana e enquanto as atuais circunstâncias se mantiverem”, aponta a empresa em comunicado.

Além disso, os supermercados vão abrir uma hora mais cedo, às 9h, “para atender profissionais da área de saúde, forças de segurança, proteção civil” bem como, para atender pessoas de “idade superior a 65 anos ou de especial vulnerabilidade”. Esta última medida tem como intuito proteger os idosos, considerado um grupo de risco em caso de infeção por Covid-19 e, conforme recomendado pelo Governo. Caso não queria sair de casa pode fazer as suas compras a partir do site ou por contacto telefónico.

Mercadona volta a reduzir horário das lojas

A Mercadona voltou a reduzir os horários de funcionamentos dos seus supermercados, na sequência do avançar da epidemia do novo coronavírus em Portugal. A cadeia de supermercados espanhola já tinha reduzido o seu horário habitual de funcionamento das 9h-21h30, para as 20h. Agora, os consumidores têm menos uma hora para fazer compras. Com este novo horário, os clientes têm entre as 9h e as 19h para realizarem as suas compras. Estes horários podem vir a ser alterados, dada a situação excecional em que o país se encontra, mas serão “comunicados em cada momento”, aponta a Mercadona.

Além disso, pessoas com mais de 70 anos, pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida, grávidas e acompanhantes necessários, bem como, profissionais de saúde, elementos das forças e serviços de segurança, proteção e socorro, forças armadas e prestação de serviços de apoio social terão atendimento prioritário, lê-se no comunicado divulgado no sábado.

A medida foi tomada após o despacho do Governo que determinou a redução de horários e limitações de acesso aos supermercados num esforço de contenção do surto. Com 10 supermercados abertos em Portugal, a Mercadona impõe ainda um conjunto de recomendações aos seus clientes, nomeadamente a recomendação para apenas uma pessoa realizar as compras, pessoas de risco (idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas…) evitarem ir às compras, cada cliente manter uma distância de dois metros.

A cadeia apela ainda para que as compras sejam feitas “ao longo do dia e não à hora de abertura do estabelecimento” e pede aos clientes que “evitem armazenar produtos desnecessariamente”, já que o abastecimento de “produtos de primeira necessidade está totalmente garantido”, lê-se no comunicado divulgado na quinta-feira.

Intermarché com horários especiais e fecha ao domingo à tarde

O Grupo Os Mosqueteiros, dono do Intermarché e Bricomarché, tem algumas das suas lojas com horários especiais para profissionais de saúde, bombeiros e forças de segurança, informou a empresa em comunicado. No entanto, esses horários variam de loja para loja, uma vez que cada estabelecimento é gerido por empresários independentes. Além disso, reforçou as medidas de higienização e limpeza, bem como, os dispositivos de álcool para os seus clientes e colaboradores.

Entretanto, esta quarta-feira, dia 25 de março, o grupo informou que todas as lojas vão passar a fechar ao domingo à tarde, a partir das 14h, para descanso dos colaboradores.

Aldi quer agradecer aos técnicos de saúde e dá horário exclusivo

Os supermercados Aldi criaram um horário específico para os técnicos de saúde, forças de segurança e bombeiros fazerem compras. O atendimento exclusivo entrou em vigor na quarta-feira e acontece entre as 9 as 10 horas, avança o Jornal de Notícias (acesso livre). A medida, que vigora em todas as lojas em Portugal, foi tomada como “gesto de agradecimento” a quem está na linha da frente de combate ao coronavírus, disse o diretor de marketing e de comunicação da Aldi, Ricardo Santos, ao jornal. Já os restantes clientes vão ser atendidos entre as 10h e as 20h.

Makro reduz horário e fecha ao domingo

Na sequência da declaração de Estado de Emergência Nacional, a Makro Portugal reviu o seu plano de contingência adotado no inicio do mês. Nesse sentido, o horário de abertura mantém-se, mas as lojas passam a fechar às 19h. Além disso, as lojas estão encerradas ao domingo.

Além disso, haverá um reforço da sinalética relativa à distância mínima adequada (um a dois metros) entre colaboradores e clientes, bem como, das medidas de higiene. Será implementado um limite de duas pessoas por um cartão de cliente e os pedidos serão realizados apenas online. “A empresa suspende a devolução de produtos para garantir a segurança alimentar e a saúde dos seus colaboradores e clientes”, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira.

(Notícia atualizadas às 15h09, de 25 de março, com atualização do Grupo Os Mosqueteiros)

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Centros comerciais preparados para manter abertos apenas serviços essenciais

  • Lusa
  • 21 Março 2020

Os centros comerciais vão manter em funcionamento serviços como hipermercados, farmácias, papelarias, lojas de jornais e tabaco, eletrónica e produtos alimentares.

Os centros comerciais estão preparados para cumprir as regras do Governo após declaração do estado de emergência devido à covid-19 e manter abertos os hipermercados, farmácias e outros serviços essenciais, assegurou este sábado a associação do setor.

Em comunicado, Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) refere que os seus associados estão preparados “para cumprir, a partir das 00:00 deste domingo, as novas medidas decretadas pelo Governo, ajustando a sua operação” para manter em funcionamento serviços como hipermercados, farmácias, papelarias, lojas de jornais e tabaco, eletrónica e produtos alimentares.

Entre os serviços considerados prioritários, contam-se todas as lojas e superfícies relacionadas com a alimentação, entre supermercados, hipermercados, padarias e estabelecimentos de restauração e bebidas, mas sem consumo nos centros, apenas para ‘take away’ ou entrega ao domicílio, enumera a APCC.

Todos os estabelecimentos que forneçam serviços médicos, de produtos médicos e ortopédicos, de produtos cosméticos e de higiene, de produtos naturais e dietéticos, farmácias, parafarmácias e oculistas poderão, igualmente, manter-se abertos.

Em funcionamento podem manter-se, igualmente, as lojas de serviços postais, de jogos sociais, papelarias e tabacarias, assim como clínicas veterinárias, estabelecimentos de venda de animais de companhia e respetivos alimentos.

As lavandarias, lojas de venda de flores, plantas, sementes e fertilizantes, drogarias, lojas de ferragens e de venda de material de bricolage, lojas de venda e reparação de eletrodomésticos, equipamento informático e de comunicações, também podem continuar abertas.

O mesmo se passa com os estabelecimentos de manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos, de tratores e máquinas agrícolas, bem como venda de peças e acessórios e serviços de reboque. Os serviços bancários, financeiros e de seguros também podem manter-se em funcionamento nos centros comerciais.

“Os centros comerciais continuarão a assegurar o cumprimento de todas as medidas de higiene e segurança recomendadas pelas autoridades”, lê-se na nota da associação, que aponta como prioridade “garantir a segurança de visitantes, lojistas, colaboradores e fornecedores”.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia da covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo. O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 2 de abril.

Portugal elevou este sábado para 12 o número de mortes associadas ao vírus da covid-19, o dobro face a sexta-feira, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), que regista 1.280 casos confirmados de infeção. Segundo a DGS, há 156 doentes internados, 35 dos quais em cuidados intensivos. A grande maioria (1.124) está a recuperar em casa.

O novo coronavírus já causou pelo menos 11.401 mortos em todo o mundo e foram detetados mais de 271.660 casos de infeção em 164 países e territórios. Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Alemanha prepara pacote de estímulos de 356 mil milhões para mitigar impacto do coronavírus

Perante a pandemia de coronavírus, a Alemanha prepara-se para lançar um pacote de estímulos para a economia, cujo valor total equivale a cerca de 10% do seu PIB.

A Alemanha, que é já o quarto país com mais casos de Covid-19 do mundo, está a preparar um pacote de estímulos para a economia que totaliza os 356 mil milhões de euros. O plano para fazer face à pandemia do novo coronavírus, que vai exigir uma nova emissão de dívida, deverá ser aprovado nesta segunda-feira.

Os detalhes finais das medidas estão a ser discutidos pelos ministros neste fim de semana, e o gabinete de Angela Merkel vai reunir nesta segunda-feira para aprovar o plano, cujo valor é equivalente a quase 10% do PIB da Alemanha, adianta o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

O pacote de estímulos vai incluir um orçamento governamental suplementar de 156 mil milhões de euros, 100 mil milhões de euros para um fundo de estabilidade económica que pode assumir participações diretas em empresas e 100 mil milhões de euros em crédito ao banco público de desenvolvimento KfW, para empréstimos a empresas em dificuldades.

Merkel tinha já prometido fazer “o que for preciso” para combater o impacto económico do surto do novo coronavírus, e o Governo anunciou um programa de créditos para evitar problemas de liquidez no tecido empresarial, que estarão garantidos com mais de meio bilião de euros e serão articulados através do um banco público.

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Lucros do Haitong Bank aumentam para 7,5 milhões em 2019

  • Lusa
  • 21 Março 2020

O Haitong Bank aponta que os resultados de 2019 se devem a uma melhoria significativa da atividade operacional recorrente.

O Haitong Bank divulgou este sábado lucros de 7,5 milhões de euros em 2019, valor penalizado por custos extraordinários e que compara com um resultado de 1,1 milhões de euros no período homólogo de 2018, segundo o banco.

“O Haitong Bank comunicou hoje um resultado líquido de 7,5 milhões de euros em 2019, que compara com um lucro líquido de 1,1 milhões de euros registado em 2018”, anunciou a instituição bancária em comunicado.

Segundo o banco, que opera em países como Portugal, Espanha Polónia, Brasil e Reino Unido, os lucros de 2019 devem-se a uma “melhoria significativa da atividade operacional recorrente, tendo sido alcançados “apesar do custo extraordinário de 10 milhões de euros relativo a uma amortização de ‘goodwill’”.

No que toca ao resultado operacional, atingiu 36 milhões de euros em 2019, o que representou um crescimento de 70% face aos 21 milhões de euros alcançados no período homólogo do ano anterior.

A instituição bancária aponta no comunicado que o desempenho “resultou do crescimento homólogo de 10% do produto bancário para 108 milhões de euros, bem como de melhorias de eficiência, que se traduziram numa queda homóloga de 7% nos custos operacionais”. O banco destaca, ainda, uma redução no rácio de crédito malparado, que passou de 8,2% em 2018 para 3,6% no final de 2019.

Na nota enviada à imprensa, o Haitong Bank aborda o surto da covid-19, admitindo que os “impactos económicos são ainda desconhecidos”, tendo por isso já adotado as “necessárias medidas de contingência numa perspetiva de continuidade de negócio, salvaguardando os seus colaboradores e a continuidade das suas atividades ‘core’ [principais] e funções regulatórias”.

O banco garante, por isso, estar “seguro de que a sua sólida posição de capital e elevada liquidez lhe permitirão enfrentar com confiança as incertezas futuras”.

O grupo Haitong é um dos principais bancos de investimento e de corretagem da China, que opera em 14 países na Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul, num total de 340 agências de títulos e valores mobiliários, cerca de nove milhões de clientes de retalho e mais de 24.000 clientes institucionais.

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