Centros comerciais criticam limitação de horário. Temem “maior concentração de pessoas”

A associação portuguesa que representa o setor considera que a limitação de horário dos estabelecimentos comerciais na Grande Lisboa pode "potenciar uma maior concentração de pessoas". 

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) critica a limitação de horário dos estabelecimentos comerciais na área Metropolitana de Lisboa, referindo que estes imóveis “cumprem todas as regras de segurança” e alerta que a decisão pode “potenciar uma maior concentração de pessoas”.

Em comunicado, a associação que representa 93 shoppings no país diz que os centros comerciais “investiram milhões de euros para adaptar os seus espaços”, por forma a garantir todas as condições de segurança estabelecidas pelo Governo e recomendadas pela Direção-Geral de Saúde (DGS), pelo que não compreendem a decisão de limitar o horário de funcionamento.

“Estes espaços minimizam o risco de contágio, não o agravam, permitindo à população aceder a um conjunto significativo de bens e serviços num ambiente com acesso limitado e controlado, e onde as boas práticas dos visitantes são monitorizadas e geridas por equipas profissionais de modo a minimizar os riscos”, garante o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos.

Nesse sentido, a associação que representa os gestores dos shoppings teme que esta medida possa “potenciar uma maior concentração de pessoas”, ao contrário do que é pretendido. Além disso, pode criar “fatores de incerteza com impactos negativos na operação dos Centros, dos seus lojistas e na confiança dos visitantes”, aponta o responsável.

Os centros comerciais começaram a abrir a 1 de junho na generalidade do país. Contudo, dado o aumento no número de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, nesta região a reabertura só aconteceu a 15 de junho e depois de duas reaberturas falhadas. Ainda assim, o Governo decidiu na segunda-feira aplicar medidas novas restrições para a Grande Lisboa, onde a Covid-19 tem vindo a ganhar terreno em 19 freguesias de cinco concelhos da região, sendo que uma destas foi limitar o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais até às 20h.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Afinal são 19. São estas as freguesias da Grande Lisboa que ficam em “estado de calamidade”

Já é conhecida a lista das freguesias que ficam em estado de calamidade por causa da pandemia. E a primeira novidade é que... não são 15, mas 19, esclareceu o ministro Eduardo Cabrita.

Já é conhecida a lista de freguesias que vão continuar em estado de calamidade depois do Conselho de Ministros da próxima quinta-feira. Desde logo, há uma novidade: não deverão ser apenas 15 freguesias, como disse o primeiro-ministro na segunda-feira, mas sim um total de 19 freguesias de cinco concelhos da área metropolitana de Lisboa, garante agora o ministro da Administração Interna.

Estas são as zonas da Grande Lisboa onde se têm dado a maior parte das infeções por Covid-19 e o Governo acredita que, ao aplicar medidas específicas para estas regiões, será possível continuar a travar o surto sem prejudicar a retoma na totalidade do país. Em declarações transmitidas pela TVI24, Eduardo Cabrita revelou as freguesias em causa:

  • A totalidade do concelho da Amadora, nomeadamente as freguesias de Alfragide, Águas Livres, Falagueira/Venda Nova, Encosta do Sol, Venteira e Mina de Água.
  • A totalidade do concelho de Odivelas, nomeadamente as freguesias de Odivelas, Pontinha/Famões, Póvoa de Santo Adrião/Olival de Basto e Ramada/Caneças.
  • Seis das 11 freguesias do concelho de Sintra, nomeadamente Agualva/Mira Sintra, Algueirão/Mem Martins, Cacém/S. Marcos, Massamá/Monte Abraão, Queluz/Belas e Rio de Mouro.
  • Duas das dez freguesias do concelho de Loures, nomeadamente Camarate/Unhos/Apelação e Sacavém/Prior Velho.
  • Uma das 24 freguesias de Lisboa, nomeadamente a de Santa Clara.

Contas feitas, são 19 as freguesias que vão permanecer em estado de calamidade por causa da pandemia, incluindo dois concelhos na íntegra: “Os presidentes de Câmara entenderam que as medidas se deviam aplicar a todo o concelho”, justificou o ministro Eduardo Cabrita.

A decisão de apertar o combate à Covid-19 nestas zonas foi anunciada esta segunda-feira, depois de uma reunião entre autarcas e o Governo. O executivo vai também apertar o policiamento nas ruas para travar as festas ilegais, os estabelecimentos vão ter de fechar às 20h00 e os ajuntamentos de mais de dez pessoas passam a estar, novamente, proibidos. Desrespeitar as medidas pode constituir crime de desobediência, ou dar direito a multa de até 350 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gonzalo Sánchez, PwC Espanha: “Durante os próximos meses, joga-se os próximos 20 anos”

  • Europa Press
  • 23 Junho 2020

O Presidente da PwC Espanha pede que o aumento da dívida seja acompanhado de um programa de definição de prioridades em matéria de despesas e de controlo da dívida.

O Presidente da PwC Espanha, Gonzalo Sánchez, assegurou que a resposta de Espanha à situação causada pelo coronavírus irá condicionar a sociedade espanhola do futuro: “Nos próximos meses, estamos a jogar os próximos 20 anos”.

Durante o seu discurso no encontro “Empresas que lideram o futuro”, organizado pela Confederação Espanhola de Organizações Empresariais, Sánchez argumentou que o Fundo Europeu de Recuperação é uma oportunidade única para Espanha, para que possa ser aproveitado para conseguir uma melhor recuperação.

“Nunca na história existiu um plano de investimento público como o proposto pela União Europeia e se tirarmos partido disso e prepararmos bem os projetos, poderá significar mais de seis pontos do PIB para o tecido produtivo espanhol”, acrescentou.

Porém, o responsável máximo da PwC Espanha mostrou-se preocupado e advertiu que existe um risco real de a ajuda europeia não chegar ou chegar atrasada, se não se começar já a trabalhar e a definir os projetos prioritários para a economia.

Acreditando que as autoridades europeias irão exigir intensamente respostas para como e quando estes fundos devem ser utilizados, exigindo que sejam projetos rentáveis, que alimentem a recuperação, Sánchez pede às empresas que comecem a desenvolver projetos competitivos que utilizarão esses fundos europeus, como já se está a fazer noutros países.

Apelou igualmente às administrações públicas para que “agora mais do que nunca” promovam a estabilidade institucional e, em particular, a segurança jurídica, regulamentar e fiscal que permita atrair investimentos, criar empresas, inovar e gerar emprego.

“A certeza e a estabilidade são duas condições necessárias para enfrentar uma situação de recessão e volatilidade como a atual. Durante os próximos meses, nós, espanhóis, estamos a jogar o que vai acontecer durante os próximos vinte anos“, disse ele.

Por último, o Presidente da PwC está consciente de que o contexto atual obrigará a um aumento dos níveis de endividamento da economia espanhola e solicita que esse aumento se traduza acompanhado de um forte programa de definição de prioridades em matéria de despesas e de controlo das mesmas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP “não acompanhará” projeto do PAN para impor período de nojo entre Governo e Banco de Portugal

  • Lusa
  • 23 Junho 2020

O líder comunista disse ainda não ter qualquer convocatória da parte do Governo para uma reunião sobre este assunto.

O secretário-geral do PCP rejeitou esta terça-feira acompanhar o PAN na imposição de um período de nojo entre Governo e Banco de Portugal, mas apontou como verdadeiro problema que este organismo seja “uma sucursal” do Banco Central Europeu (BCE).

“Esta discussão está toda ao contrário, o que era fundamental era perceber se vamos ter um Banco de Portugal que firme a soberania na sua ação ou se temos uma sucursal do BCE (…) Mais do que discutir a pessoa ou o perfil, sem resposta a esta questão central bem podemos lá pôr um verdadeiro artista, que teria sempre de cumprir as ordens do BCE”, afirmou Jerónimo de Sousa, questionado pelos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O líder comunista disse ainda não ter qualquer convocatória da parte do Governo para uma reunião sobre este assunto e, questionado sobre o diploma do PAN que está a ser discutido no parlamento na especialidade, manifestou a discordância do PCP. “Creio que é uma questão que não se justifica e não acompanhemos”, disse.

Já à pergunta se será o ex-ministro das Finanças Mário Centeno “o verdadeiro artista”, Jerónimo de Sousa respondeu: “Felizmente, a responsabilidade de indicar o nome não é minha”, afirmou, antes de deixar o Palácio de Belém.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, recebeu em São Bento o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, que se encontra em fim de mandato ao fim de dez anos no cargo. Esta reunião ocorreu antes de António Costa ouvir os partidos com representação parlamentar sobre a escolha do sucessor de Carlos Costa como governador do Banco de Portugal, reuniões essas que ainda não estão agendadas, mas que o primeiro-ministro apontou para o final deste mês.

Na semana passada, após a cerimónia posse de João Leão como novo ministro de Estado e das Finanças, António Costa admitiu que Mário Centeno “é uma hipótese” para o cargo de governador do Banco de Portugal. Atualmente, nos termos da Lei Orgânica do Banco de Portugal, “a designação do governador é feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças e após audição por parte da comissão competente da Assembleia da República, que deve elaborar o respetivo relatório descritivo”.

Entretanto, na Assembleia da República, foi aprovado na generalidade, com os votos contra do PS e abstenções de PCP e PEV, um projeto de lei do PAN para alterar esta lei orgânica, que se encontra em debate na especialidade. Este diploma do PAN, entre outras normas, impede que seja governador do Banco de Portugal quem tenha nos cinco anos anteriores à designação ocupado os cargos de primeiro-ministro ou cargos no Governo na área das Finanças.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit estreia evento “from home” com 32 mil assistentes

Collision, evento "irmão" do Web Summit, arranca esta terça-feira em versão remota. Organização transmite o que se passa nos palcos virtuais a partir da app do evento.

A organização do Web Summit anunciou esta manhã que o Collision from home, evento “irmão” do Web Summit, em Lisboa, conta com 32 mil assistentes na edição deste ano. O evento, que deveria arrancar esta terça-feira em Toronto, no Canadá, inaugura a sua primeira edição “from home”.

Assim, a empresa dona do Web Summit estreia também, durante esta terça-feira, uma nova tecnologia que permitirá aos assistentes acompanharem, em permanência e via app e desktop, aquilo que se passa nos palcos do evento.

De acordo com a organização, o Collision from home vai funcionar através de uma experiência de dois ecrãs: uma web app a instalar no desktop do computador e uma aplicação mobile, a instalar no smartphone. Ambas as aplicações serão iniciadas assim que as “portas do evento” estiverem abertas. A Web Summit transmitirá, assim, via app de desktop e, em vídeo, as reuniões, entrevistas e outras atividades como Q&As e conferências de imprensa. A aplicação a instalar nos smartphones será uma espécie de “assistente” do evento, “que ajuda a planear e ao networking“, informa a organização.

Esta dinâmica, que a Web Summit estreia hoje no evento que deveria decorrer em Toronto mas que foi movido para a versão “de casa” — decisão anunciada por Paddy Cosgrave, fundador e CEO do Web Summit, no início de março — foi apontada como sendo uma “possibilidade” para a maior conferência de empreendedorismo e tecnologia do mundo, o Web Summit, marcada para o início de novembro, em Lisboa. No entanto, no início da semana passada, o irlandês dava conta, através da sua conta de Twitter, que o Web Summit irá realizar-se ao vivo, em Lisboa.

Num tweet publicado esta tarde, o irlandês escreveu: “O Web Summit avança este ano em Lisboa”.

No final de maio, a 5.ª edição do Web Summit em Portugal, marcada para os dias 2, 3, 4 e 5 de novembro, em Lisboa, continuava em aberto face às limitações provocadas pelo contexto da pandemia de coronavírus. Nessa altura, a organização dizia ao ECO que o evento organizado pela empresa dona do Web Summit, que decorreria no final deste mês em Toronto, no Canadá, poderia servir como teste para uma edição “a partir de casa” de todos os participantes e oradores da conferência. Essa era uma das “várias opções” em cima da mesa, graças à tecnologia que a empresa está a desenvolver para tornar a assistência ao evento uma realidade.

O Web Summit juntou, em Lisboa, em novembro de 2019, cerca de 70 mil assistentes de 163 países do mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Está desfeito o tabu. Costa anuncia a Costa a nomeação de Centeno para o Banco de Portugal

Acabou o tabu: António Costa comunicou a Carlos Costa que a escolha do Governo para o Banco de Portugal será a de Mário Centeno. Só falta fechar a data de sucessão.

Se dúvidas havia, ficaram esclarecidas esta segunda-feira na audiência oficial do primeiro-ministro com o governador do Banco de Portugal: António Costa comunicou formalmente a Carlos Costa que vai nomear Mário Centeno para governador do Banco de Portugal. Sem margem para dúvidas, e só ficou por esclarecer a data de nomeação.

O encontro entre António Costa e o governador do Banco de Portugal, no qual também participou o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, tinha sido anunciado como o primeiro antes dos encontros com os partidos com assento parlamentar antes da escolha do novo governador. Mas, como já tinha ficado claro das declarações públicas do primeiro-ministro, a escolha está mesmo feita. Só falta acertar o calendário da mudança. Oficialmente, ninguém faz comentários sobre o teor da conversa, mas o ECO confirmou junto de várias fontes que António Costa foi claro na comunicação que fez.

Formalmente, o governador termina o mandato no início de julho, enquanto Mário Centeno termina o mandato à frente da presidência do Eurogrupo a 9 de julho. Nas próximas duas semanas, o primeiro-ministro vai ouvir os partidos com assento na assembleia e, depois, em conselho de ministros, aprovará o nome sob proposta do ministro das Finanças. Mas o calendário é apertado: A comissão de economia e finanças vai ter de ouvir o candidato aprovado pelo conselho de ministros e dar o seu parecer, mas as férias parlamentares começam na segunda quinzena de julho.

Em simultâneo, está no parlamento a discussão, já em sede de comissão da especialidade, o diploma sobre as regras de nomeação do governador do Banco de Portugal, com princípios que, se aprovados, impediriam a escolha de Centeno por conflito de interesses. De facto, na Assembleia da República, foi aprovado na generalidade, com os votos contra do PS e abstenções de PCP e PEV, um projeto de lei do PAN para alterar esta lei orgânica, que se encontra em debate na especialidade. Essa norma, no entanto, além da oposição do PS, não merece também o apoio do Bloco de Esquerda e, eventualmente, do PCP e do PEV, não tendo assim maioria para ser aprovada na especialidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple põe Nasdaq em recorde. Retoma da economia anima bolsas

Bolsas norte-americanas continuam a valorizar. Nasdaq toca máximos históricos, isto depois de a Apple ter apresentado novidades para a sua gama de produtos.

As bolsas norte-americanas estão novamente a subir, com os investidores otimistas quanto à retoma da economia. O índice tecnológico merece maior destaque: atingiu um novo recorde, beneficiando da valorização da Apple.

Apesar do aumento do número de casos de Covid-19 em algumas regiões dos EUA, mas também em vários outros países a nível mundial, os investidores mostram-se confiantes na retoma. A ajudar ao otimismo está a perspetiva de acordo comercial dos EUA com a China, isto depois de Trump ter vindo reafirmar o compromisso com a “fase 1” do acordo com a China.

Neste contexto, o S&P 500 soma 0,80%, para 3.142,91 pontos, e o industrial Dow Jones valoriza 0,87%, para 26.252,47 pontos. Depois de ter encerrado em máximos de históricos na sessão anterior, o tecnológico Nasdaq atinge novos recordes. Avança 0,72%, para 10.129,28 pontos, um nível que nunca tinha alcançado.

A Apple destaca-se na sessão com uma subida de 1,44%, um dia depois de ter apresentado uma nova versão do iOS e de ter rompido a parceria que tinha há mais de uma década com a fabricante de processadores Intel, fornecedora do Mac. A notícia não amedrontou os investidores, que continuam a comprar ações da Intel pela segunda sessão consecutiva: os títulos valorizam 0,22%.

Também a Amazon brilha, ao valorizar 0,68%, para 2.730,47 dólares, continuando a beneficiar do novo fôlego que a pandemia deu ao comércio eletrónico. O Facebook avança 1,35% e a Microsoft sobe 1,16%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo diz que tecnologia 5G “não está pensada” para cobrir um país inteiro

  • Lusa
  • 23 Junho 2020

O secretário de Estado André de Aragão Azevedo sinalizou que a tecnologia 5G "não está pensada" para uma cobertura de âmbito nacional. Em nenhum país europeu foi assumida essa "expectativa", avançou.

O secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, afirmou esta terça-feira que “em nenhum país europeu foi assumida a expectativa de cobertura integral” do 5G, adiantando que a tecnologia está “mais vocacionada” para setores específicos.

André de Aragão Azevedo falava na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, respondendo a uma questão de uma deputada sobre se a tecnologia 5G iria ou não cobrir a totalidade do território português.

“Recordo que em nenhum país europeu foi assumida a expectativa de cobertura integral do 5G, porque a própria tecnologia 5G, pela sua própria natureza, não está pensada para ser âmbito de cobertura nacional, numa base de cobertura integral de toda a população”, afirmou o governante, na audição dos secretários de Estado do ministério da Economia e da Transição Digital, no âmbito do Orçamento do Estado Suplementar para 2020.

A tecnologia 5G “está muito mais vocacionada para determinados setores específicos, para vias de comunicação, para infraestruturas críticas, onde aí, sim, a rapidez da comunicação, os grandes volumes de dados, são de facto muito relevantes do ponto de vista do impacto e transformação dos negócios”, salientou.

“O nosso objetivo quando desenhámos aquilo que há de ser o leilão e definimos aquilo que são os requisitos de cobertura do ponto de vista do 5G, quisemos propositadamente adotar um calendário exigente, alinhado com o que são as preocupações europeias, mas sobretudo focar nos setores mais críticos e que vão beneficiar de forma mais eficiente do investimento nesta tecnologia”, concluiu o responsável.

O processo de atribuição das licenças de 5G sofreu atraso devido à sua interrupção na sequência da pandemia de Covid-19, sendo esperado que o leilão venha a acontecer no final deste ano. Anteriormente, estava previsto que o processo de atribuição de licenças ficasse concluído em meados deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice Portugal vai instalar 4G dentro de uma mina

A dona da Meo e a Somincor estabeleceram uma parceria para levar rede 4G aos mais de 90 quilómetros de túneis da mina de Neves-Corvo. Solução vai permitir localizar e operar remotamente as máquinas.

A Altice Portugal vai instalar uma rede de comunicações móveis de quarta geração dentro da mina de Neves-Corvo, em Castro Verde. O projeto, que abrange a cobertura com 4G de “mais de 90 quilómetros de túneis desta estrutura”, foi acordado entre a Altice Empresas e a Somincor, uma subsidiária da Lundin Mining, que é a companhia responsável pela exploração da mina.

“Com o objetivo de responder aos permanentes desafios do setor mineiro, nomeadamente a melhoria da segurança dos seus colaboradores e a necessidade de coordenação permanente sobre as operações realizadas por máquinas e equipas no subsolo, esta parceria entre a Somincor e a Altice Empresas reforça a aposta da Lunding Mining na modernização e invocação tecnológica”, anunciaram os dois grupos num comunicado conjunto.

O montante envolvido neste investimento não é revelado. Para levar a cabo este projeto estão a ser estudadas duas frequências distintas “conforme a área a cobrir”. “A solução apresentada contempla ainda o fornecimento de uma rede core local redundante para garantia de elevada autonomia, menor latência e segurança total”, garantem as empresas.

O foco está na melhoria de três pilares da atividade mineira: a “segurança operacional”, o “aumento da eficiência e produtividade” e a “redução de custos”. “A nova rede de transmissão de dados irá permitir à Somincor localizar e monitorizar remotamente e em tempo real a operação automatizada das máquinas no interior da mina de Neves-Corvo“, acrescentam as empresas.

Localizada no distrito de Beja, o jazigo da mina de Neves-Corvo foi identificado pela primeira vez em 1971 e o início da exploração dos depósitos iniciou-se em 1989. Desta mina, a Somincor extrai milhares de toneladas de cobre, zinco e chumbo todos os anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tenista Djokovic testa positivo para Covid-19

  • ECO
  • 23 Junho 2020

Este é o mais recente caso de coronavírus que surgiu após o torneio Adria Tour, nos Balcãs. Borna Coric, da Croácia, Grigor Dimitrov, da Bulgária, e Viktor Troicki também já testaram positivo.

O tenista sérvio Novak Djokovic testou positivo para Covid-19, depois de outros participantes num torneio que o próprio organizou também terem sido infetados. Borna Coric, da Croácia, Grigor Dimitrov, da Bulgária, e Viktor Troicki já testaram positivo depois de jogar no torneio Adria Tour, de Djokovic, na região dos Balcãs.

Os eventos começaram na capital sérvia e depois mudaram-se para Zadar, na Croácia, no passado final de semana. O tenista deixou a Croácia depois de a final ter sido cancelada e foi testado em Belgrado, teste esse que deu um resultado positivo, de acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

“Assim que chegámos a Belgrado, fomos fazer o teste. O meu resultado foi positivo, tal como o da Jelena [esposa], enquanto os dos nossos filhos foram negativos”, disse o tenista, em comunicado. “O torneio teve como objetivo unir e compartilhar uma mensagem de solidariedade e compaixão em toda a região”, continuou.

Djokovic, que está no topo das classificações dos tenistas masculinos, disse que permanecerá em isolamento por 14 dias e também pediu desculpas a quem foi infetado como resultado da série de eventos que faziam parte do torneio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel dos Santos rejeita fuga. Diz que família dos Santos não tem contas no EuroBic

Empresário angolana emitiu um comunicado onde, em 18 pontos, responde às notícias publicadas nos últimos dias sobre a apreensão de bens e contas bancárias "supostamente da Família dos Santos".

Isabel dos Santos reagiu às notícias publicadas nos últimos dias relacionadas com a apreensão de bens e contas bancárias ligadas ao seu nome e da família dos Santos. Num comunicado que se estende por 18 pontos, a empresária angolana rebate as acusações, considerando-as falsas e negando ainda estar em fuga.

“É tendenciosa a informação que Isabel dos Santos e Sindika Dokolo estariam fora do país, tentando dar a falsa aparência de fuga”, diz o comunicado em nome da filha do antigo presidente de Angola que lembra que “nenhum é cidadão português e ambos são investidores estrangeiros e é publicamente sabido que ambos trabalham fora de Portugal”.

Mas os primeiros pontos enumerados no comunicado servem para descartar a sua ligação pessoal ou da sua família nomeadamente a contas detidas no EuroBic, mas também em outros bancos, e a eventual entrada de dinheiro do Estado angolano para essas contas.

É falsa a afirmação da existência de contas bancárias pertencentes à “Família dos Santos” no banco EuroBic. A “Família dos Santos” não tem e nunca teve contas bancárias no banco EuroBic ou em lado algum”, começa por referir logo no primeiro ponto do comunicado, para logo depois negar que “estas [contas] tenham recebido fundos ou dinheiro do Estado Angolano para o seu uso pessoal ou qualquer outro fim”.

Isabel dos Santos nega ainda que a Polícia Judiciária tenha procedido “ao confisco de 300 milhões de euros” por ela detidos, mas também do arresto de património. Contraria assim a notícia avançada pela TVI no passado sábado que falava ainda na realização de 68 buscas levadas a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária decorridas entre quarta e quinta-feira passadas.

A empresária descarta ainda que ela ou o seu marido, Sindika Dokolo, sejam proprietários de imóveis que lhes têm sido associados. Refere-se em concreto a uma moradia na Quinta do Lago e a um edifício de 11 andares em Rio de Mouro, Sintra. Também considera “completamente falsa” a afirmação de que Sindika Dokolo tenha “sociedades que servem de veículos utilitários ao branqueamento de capitais”.

Isabel dos Santos diz ainda que “é completamente falsa a afirmação de existência de crimes precedentes de corrupção e peculato em Angola” e que “não há um tribunal em Angola que tenha estabelecido a existência de crime algum”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moody’s: Dívida da UE vai disparar para um bilião com fundo de recuperação, mas estratégia é positiva para o rating dos Estados-membros

Países mais afetados pelo vírus, como Espanha e Itália, deverão ser os maiores beneficiários da "bazuca" europeia. Já Portugal é, em percentagem do PIB, o quinto país que mais recebe.

O fundo de recuperação da União Europeia vai duplicar a dívida do grupo, mas não agrava o risco de crédito, segundo a Moody’s. Numa análise divulgada esta terça-feira, em que reitera o rating Aaa da UE, a agência de notação diz esperar que a instituição comece, já no segundo semestre, a financiar-se no mercado.

“Se for implementado de acordo com a proposta [da Comissão Europeia], o fundo de recuperação da União Europeia irá representar uma mudança significativa em direção a uma resposta orçamental conjunta da UE a uma crise, com base em garantias comuns para um empréstimo conjunto“, diz Steffen Dyck, vice-presidente da Moody’s e co-autor do relatório.

A proposta de fundo de recuperação que está em cima da mesa totaliza 750 mil milhões de euros, dos quais 500 mil milhões de euros a atribuir através de subvenções (ou seja, a fundo perdido) e 250 mil milhões de euros através de empréstimos. Caso o plano seja aceite de forma unânime pelos Estados-membros, a ideia é ir aos mercados financeiros buscar dinheiro para a bazuca.

“Apesar da proposta de aumento significativo da dívida da UE, consideramos que as implicações adversas para o rating da UE são limitadas. Além do aumento do teto de recursos próprios, o racional para esta avaliação é que o rating Aaa da UE tem por base a qualidade do crédito dos Estados-membros com melhor rating, bem como o forte e credível empenho de todos os Estados-membros em assegurar a solidez das finanças da UE no que diz respeito à alavancagem”, diz a Moody’s.

Este fundo tem como objetivo apoiar a recuperação económica ao longo dos próximos anos e junta-se a programas de resposta imediata ao vírus como o SURE (Support to mitigate Unemployment Risks in an Emergency). O plano de recuperação — incluindo empréstimos, subvenções e o SURE — poderá levar a dívida da UE para cerca de um bilião de euros, muito acima dos atuais 52 mil milhões de euros, de acordo com a estimativa da Moody’s.

“Os instrumentos já acordados do SURE beneficiam de garantias explícitas dos Estados-membros no valor de 25 mil milhões. O financiamento em mercado de capitais para o SURE poderá começar quando todas as garantias estiverem em vigor, o que é provável a partir do segundo semestre de 2020”, explica a agência.

A Moody’s refere que o Fundo de Recuperação europeu, em específico, será positivo para o rating dos países mais afetados pela pandemia, apontando especialmente para Itália e Espanha, que poderão receber cerca de 150 mil milhões cada. Já no caso de Portugal, o montante deverá ficar abaixo dos 30 mil milhões de euros, o que — face ao PIB — coloca o país na quinta posição dos que mais vão ganhar. “A velocidade a que os fundos serão utilizados vai depender do impacto económico para cada país”, acrescenta.

Itália e Espanha são os países que vão receber mais fundos

Fonte: Moody’s

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.