Genworth indemniza AXA, contabiliza prejuízos e anseia por dinheiro da China

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

Depois de resolver disputa legal relacionada com ativos que a AXA lhe comprou em 2015, a Genworth teve mais de 440 milhões de prejuízo trimestral e agora anseia por dinheiro da China Oceanwide.

A Genworth Financial, entidade licenciada em Portugal como LPS através de filial britânica da companhia norte-americana, apresentou prejuízo superior a 440 milhões de dólares no segundo trimestre, refletindo o impacto de custos relacionados com os efeitos da pandemia, mas também por causa de indemnização acordada ao grupo AXA no quadro de um processo judicial que vem de 2017.

Ainda, para assegurar o seu futuro, a Genworth aceitou prolongar o prazo para que a China Oceanwide Holdings Group consiga a transferência de fundos referentes à fusão acordada entre as partes, também há três anos.

No reporte de resultados do segundo trimestre, a companhia que opera seguros hipotecários e outras linhas do ramo Vida e saúde apresentou perdas líquidas de 441 milhões de dólares, uma quebra superior a 360% face aos 168 milhões de lucro apurado em igual período de 2019. O resultado foi penalizado por custos relacionados com o impacto da pandemia, aumento do desemprego nos EUA e pela volatilidade nos mercados.

Já o resultado operacional ajustado saldou-se por perdas de 21 milhões de dólares (contra ganho de 178 milhões no segundo trimestre de 2019), penalizado sobretudo por resultado negativo de 70 milhões no negócio de seguros Vida nos Estados Unidos e apesar do bom andamento nos prémios de seguros hipotecários.

A resolução do processo com a Axa representou 100 milhões de libras esterlinas (125 milhões de dólares) nas contas do trimestre. O contencioso tem origem em vendas de produtos financeiros irregulares (planos de poupança) concebidos por duas subsidiárias da Genworth que a Axa adquiriu em 2015 por 465 milhões de euros. As vendas enganosas no retalho (entre 2015 e 2017) geraram reclamações e custos superiores a 270 milhões de responsabilidades legais que a Axa cobriu. Em consequência, a seguradora francesa moveu ação judicial contra a Genworth e, no desenvolvimento do processo, uma decisão judicial anunciada já em dezembro de 2019 impôs à Genworth a obrigação de indemnizar a Axa por 90% das perdas incorridas.

Em janeiro de 2020, a Genworth começou a pagar o reparo e, a 21 de julho, foram acordados e fixados os montantes que em falta para sanar a disputa, com uma primeira parcela de 125 milhões de dólares em pagamento imediato e o restante através de nota promissória (com ativos do negócio hipotecário dados como garantia), para mais duas prestações diferidas, somando mais 317 milhões de libras esterlinas.

Assim, por conta do litígio com a Axa, a Genworth inscreveu nas contas trimestrais 516 milhões de dólares de perdas resultantes de atividades descontinuadas, detalha a instituição norte-americana em comunicado.

Por fim, a fusão com o grupo China Oceanwide (Oceanwide) – por aquisição da norte-americana pela chinesa por 3,8 mil milhões inicialmente anunciada há, pelo menos, dois anos e com boa parte de aprovações das autoridades já obtidas – segue pendente da transferência de fundos que a adquirente não tem conseguido retirar da China, por culpa de atrasos associados às restrições de saída de divisas decretadas pelas autoridades de Beijing, no quadro da pandemia.

Nesta condição, fazendo fé de que a Oceanwide desbloqueie os fundos, a Genworth Financial acordou, a 30 de junho, esperar mais três meses por cerca de 1 000 milhões de dólares. Por conseguinte, o prazo para que prossiga a fusão com o grupo chinês foi prolongado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2020, indica a empresa americana.

Citado no comunicado da Genworth, Lu Zhiqiang, presidente do grupo chinês, afirma: “A compra da Genworth é uma operação estratégica importante e prioritária para a China Oceanwide. Por causa do impacto económico e do confinamento provocado pela pandemia, processo de financiamento tem atrasado, mas mantemos o compromisso de assegurar os fundos necessários para a concretização de transação logo que possível”.

Entretanto, enquanto anseia pelo dinheiro do parceiro chinês [ou para prevenir a falta dele] e, por forma a cumprir responsabilidades vincendas e cobrir outros riscos, a Genworth considera uma emissão de dívida com maturidade em 2021 e pondera também a eventual venda em bolsa de cerca de 20% do capital da sua unidade de crédito hipotecário (U.S. Mortgage Insurance), adianta a companhia norte-americana.

A China Oceanwide, fundada em 1985 por Lu Zhiqiang, cresceu e tornou-se conhecida como promotora de grandes projetos imobiliários, também fora da China. Atualmente é um conglomerado com interesses largados à banca, seguros, energia, tecnologia e media, detendo ativos e investimentos que somam mais de 20 mil milhões de dólares.

Lu é o multimilionário à frente da holding matriz do grupo e, em 2016, estava entre os 10 mais ricos da China, sendo o quinto mais forte no imobiliário chinês.

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FC Porto e Benfica disputam a Supertaça em 23 de dezembro

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O jogo da Supertaça, que vai opor o FC Porto ao Benfica e que deveria abrir a temporada 2020/21, vai disputar-se em 23 de dezembro, anunciou hoje a Federação Portuguesa de Futebol.

O jogo da Supertaça, que vai opor o FC Porto ao Benfica e que deveria a abrir a temporada 2020/21, vai disputar-se em 23 de dezembro, anunciou hoje a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Em comunicado, a FPF informou que os dois clubes, juntamente com o organismo federativo, “acertaram esta data para a disputa do troféu que tradicionalmente marca o início oficial da época”, sendo que o local e horário do encontro serão “divulgados oportunamente”.

As três partes tinham acordado, no início de julho, suspender a Supertaça, de forma a aliviar o calendário das equipas portuguesas envolvidas nas competições europeias.

O encontro vai colocar frente-a-frente o FC Porto, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, e o Benfica, finalista vencido da ‘prova rainha’.

Na terça-feira, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou que a I Liga portuguesa terá início no fim de semana de 19 e 20 de setembro.

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Samsung lança novos Galaxy Note 20, relógios Watch3 e auscultadores Buds Live

  • ECO
  • 5 Agosto 2020

A Samsung apresentou uma nova gama de produtos, desde os telemóveis Note 20 aos relógios Watch3, passando pelos novos auscultadores Galaxy Buds Live.

Num evento virtual e em plena pandemia, a Samsung apresentou esta quarta-feira uma nova gama de produtos para a próxima temporada. Entre eles estão os novos topo de gama Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra, uma linha que se diferencia dos restantes modelos da marca por incluir a caneta S Pen integrada.

Os novos telemóveis da Samsung já estão em pré-venda em Portugal e, segundo um comunicado da operadora Nos, o preço do Note 20 começa nos 989,99 euros e do Note 20 5G nos 1.089,99 euros, ambos com 256 GB de armazenamento. No caso dos Note 20 Ultra 5G, “os modelos com 256 GB e 512 GB de memória interna chegam aos clientes da operadora pelos valores de 1.339,99 euros e 1.439,99 euros”.

A marca sul-coreana também lançou duas versões do novo relógio Galaxy Watch3, fabricados em aço inoxidável e com “todos os detalhes de um verdadeiro relógio de luxo”, nas palavras da própria Samsung. É ainda 14% mais fino, 8% mais pequeno e 15% mais leve do que o modelo original, nas contas da empresa.

O Galaxy Watch3 de 41mm com Bluetooth tem um preço recomendado de 429,9 euros, enquanto a versão com conectividade 4G LTE custa 479,9 euros. A versão mais musculada do relógio (45mm) com Bluetooth custa 459,9 euros e a versão 4G LTE custa 509,9 euros.

Além dos telemóveis e dos relógios, a Samsung também voltou a apostar nos auscultadores sem fios. Os novos Galaxy Buds Live “apresentam o novo formato de uns verdadeiros earbuds, que primam pelo seu design elegante e ergonómico e pela sua tecnologia de excelência ao nível sonoro”, indica a Samsung. À semelhança dos modelos anteriores, os novos auscultadores da marca recorrem a tecnologia da conceituada marca AKG. Os auscultadores custam 190,9 euros.

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Britânica GRP compra sete carteiras de negócio à Aon UK

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

Beneficiando de capacidade financeira reforçada recentemente pela Searchlight, sociedade de capitais privado, a GRP promete mais aquisições à medida que o mercado normalize do impacto da pandemia.

A Global Risk Partners (GRP), um dos quatro maiores grupos de mediadores independentes no mercado britânico por volume de prémios em 2019, adquiriu os direitos de renovação de sete carteiras de negócio da corretora global Aon Plc no Reino Unido (Aon UK).

Em comunicado que não refere os montantes envolvidos na transação, Stephen Ross, responsável de M&A (fusões e aquisições) na rede de corretores representados pelo GRP, adiantou que as carteiras serão geridas por corretores individuais do grupo, com experiência em cada um dos segmentos de mercado relevantes.

A transação inclui uma carteira de negócios relevante na Irlanda do Norte, envolvendo um mix de alta qualidade de frota automóvel, PME e apólices empresariais. “Esta é uma aquisição significativa para o nosso centro da Irlanda do Norte, Abbey Bond Lovis, e reforça a sua posição de liderança no mercado,” acrescentou Ross.

As restantes carteiras serão distribuídas pelo centro do GRP em Yorkshire (Marshall Wooldridge), e pelo Higos, hub da GRP no sudoeste do território. “A aquisição de portefólios é elemento chave da nossa estratégia de crescimento,” reforçou Ross.

No mesmo comunicado, Jane Kielty, diretora geral na Aon UK Retail-Commercial Risk Solutions, complementou: “Estamos satisfeitos por alcançar este acordo com a GRP para estas carteiras que faziam parte do nosso negócio de proximidade e microempresas na Irlanda do Norte e no Reino Unido. Acreditamos que, a longo prazo, a GRP é o melhor lugar para estes clientes, que agora estão fora do foco da Aon para o mercado britânico”.

Depois de recente investimento da Searchlight Capital Partners, uma private equity (sociedade de investimento de capital privado) – que, segundo a imprensa britânica terá assumido o controlo acionista da GRP – o grupo de corretagem tem mostrado “apetite por aquisições”. Citado no comunicado, Mike Bruce, CEO da GRP, espera pelo regresso de alguma normalidade (pós-Covid19) para que a entidade possa concretizar mais compras antes do final do ano.

Segundo fonte especializada, o GRP é um dos quatro maiores grupos (em volume de negócios ) a operar na intermediação de seguros no Reino Unido.

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Marsh & McLennan eleva faturação aos 7,5 mil milhões de euros até junho

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

O grupo que integra a Marsh e outras empresas globais encerrou o segundo trimestre de 2020 com o lucro líquido a disparar 72%, enquanto o resultado operacional cresceu acima de 20% no 1º semestre.

O grupo Marsh & McLennan Companies (MMC), especialista global de serviços profissionais em consultoria de risco, estratégia e gestão de pessoas, apurou 8,8 mil milhões de dólares (perto de 7,5 mil milhões de euros) de receita consolidada no primeiro semestre (+5% face a igual período de 2019).

O lucro operacional avançou 21% (+13% em base ajustada, para 2,2 mil milhões de dólares), apurando lucro líquido de 1,3 mil milhões ou o equivalente a um EPS ajustado (lucro por ação) de 2,96 dólares por título, 10% acima do alcançado um ano antes.

Comentando os números, Dan Glaser, CEO e presidente da MMC, afirmou: “Sinto-me emocionado pelo apoio extraordinário dos nossos colegas e dos nossos clientes, e de uns aos outros, nestes tempos tumultuosos.”

Os serviços Risk and Insurance geraram 5,5 mil milhões do total do volume de negócio, progredindo 10% (+4% em base subjacente), com o lucro operacional a crescer 24%, para 1,6 mil milhões de dólares (cerca de 1,34 mil milhões de euros ao câmbio corrente). Braço do grupo na atividade de risco e corretagem de seguros, a Marsh registou mais 3% de faturação face a igual período em 2019.

O relatório da companhia norte-americana destaca análise ao segundo trimestre (abril a junho), apontando um incremento de 72% no lucro líquido atribuível, o qual ascendeu aos 572 milhões de dólares. Os números indicam um recuo de 3,7% na receita consolidada pela MMC, para 4,19 mil milhões de dólares, com o negócio da Marsh a progredir ligeiros 0,2%, para 2,1 mil milhões de dólares.

Dado que o volume de negócios gerado pelas quatro subsidiárias que compõem a MMC superou os 3,3 mil milhões de despesa global no trimestre (-9,9% face a idêntico período de 2019), o resultado operacional trimestral apurado foi de 885 milhões, mais 30% variação homóloga.

A entidade (MMC) integra as empresas Marsh, Guy Carpenter, Mercer e a Oliver Wyman.

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Antártida tem mais colónias de pinguins-imperador do que se pensava

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

Imagens de satélite revelam que há quase mais 20% de colónias de pinguins-imperador na Antártida do que se pensava anteriormente, totalizando 61, divulgou a Agência Espacial Europeia.

Imagens de satélite revelam que há quase mais 20% de colónias de pinguins-imperador na Antártida do que se pensava anteriormente, totalizando 61, divulgou esta quarta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA), que colocou os satélites na órbita terrestre.

Os dados obtidos por dois satélites europeus de observação da Terra permitiram a cientistas da organização britânica British Antarctic Survey, focada na investigação das regiões polares, identificarem 11 novas colónias de pinguins-imperador a partir das suas fezes.

Manchas “gigantes” de excrementos foram localizadas no gelo devido à resolução de imagens fornecidas pelos dois satélites, incorporados no programa europeu Copernicus, refere a ESA em comunicado.

Apesar de a identificação de novas colónias de pinguins-imperador ser “uma boa notícia”, um dos autores do estudo e geógrafo Peter Fretwell ressalva que se trata de “colónias pequenas”, que aumentam a população da espécie entre 5% a 10%, para “pouco mais de meio milhão de pinguins”.

De acordo com os resultados do estudo, divulgados na publicação de acesso aberto Remote Sensing in Ecology and Conservation, a maioria das colónias recém-descobertas encontra-se nas margens da faixa de reprodução dos pinguins-imperador, zonas em risco por causa do degelo provocado pelo aquecimento global.

Citado no comunicado da ESA, o investigador Philip Trathan, que dirige o departamento de Biologia da Conservação do British Antarctic Survey, avisa que “os locais de reprodução estão em pontos onde projeções recentes sugerem que os pinguins-imperador vão diminuir”.

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Chineses investem 220 milhões de euros no aumento de capital da EDP e evitam diluição da posição

A China Three Gorges pagou mais de 220 milhões de euros para comprar novas ações da EDP, evitando assim uma diluição da sua posição no aumento de capital da elétrica.

A China Three Gorges (CTG), principal acionista da EDP, também vai participar no aumento de capital da elétrica, subscrevendo cerca de 66,8 milhões de novas ações, pelas quais pagará quase 220,3 milhões de euros.

A informação foi comunicada pela elétrica à CMVM, numa nota onde o grupo detido pelo Estado chinês sublinha que a operação lhe permite manter o controlo sobre 21,47% da EDP, evitando desta forma uma diluição da sua posição.

Na nota divulgada esta quarta-feira, a empresa comunica “ter exercido direito de subscrição de um volume de 66.749.114 ações equivalentes ao percentual do capital social da EDP a que […], como acionista, tem direito de preferência em virtude do aumento de capital da companhia”. Estas novas ações têm um preço unitário de 3,30 euros.

“A subscrição das ações resulta de transação realizada fora de mercado em 3 de agosto de 2020 e unicamente sujeita aos mecanismos de liquidação física e financeira aplicáveis, tendo as ações sido vendidas pelo preço unitário de 3,30 euros por ação”, aponta.

Assim, “considerando que a signatária era titular, em momento anterior ao da transação, de 784.957.024 ações representativas de 21,47% do capital social da EDP, após a transação passou a deter 851.706.138 ações, mantendo o percentual representativo de 21,47% do capital social da EDP”, informa a CTG.

Esta notícia surge um dia depois de os espanhóis da Oppidum Capital, que detêm mais de 7% da EDP, também terem informado que investirão 73,8 milhões de euros para comprarem 22 milhões de novas ações da EDP. Noutra nota divulgada ao final do dia de terça-feira, foi tornado público que o presidente executivo suspenso da elétrica, António Mexia, participará a título particular com 26 mil euros para adquirir 8.000 novas ações.

Este aumento de capital da EDP visa financiar a compra da espanhola Viesgo. O negócio está avaliado em 2,7 mil milhões de euros: “A transação da Viesgo será parcialmente financiada através de uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP”, explicou a EDP em julho.

Os direitos de subscrição da EDP estiveram a negociar na bolsa nos últimos dias, tendo a última sessão sido esta segunda-feira, altura em que fecharam a valer 9,71 cêntimos, uma desvalorização de 8,3% em oito sessões. No âmbito do aumento de capital da elétrica, é preciso exercer 11,75 direitos para comprar uma das novas ações que a empresa vai emitir.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h27)

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Micro e pequenas empresas já se podem candidatar à nova linha de crédito Covid de mil milhões

A nova linha permite o acesso a empresas com quebra de faturação de 40% e não podem ter beneficiado de linhas anteriores. O período de carência é de 18 meses.

As micro e pequenas empresas que tenham uma quebra de faturação de pelo menos 40% vão poder, a partir desta quarta-feira, apresentar a candidatura à nova linha de crédito de mil milhões de euros para ajudar a resolver dificuldades de tesouraria. Estão excluídas deste apoio as empresas que já recorreram às linhas anteriores.

A nova linha de crédito tem uma dotação de 700 milhões de euros para as microempresas e de 300 para as pequenas. As empresas afetadas pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus podem obter um financiamento até 50 mil euros, no caso das microempresas, ou até 250 mil no caso das pequenas Empresas. A concessão do apoio tem um prazo máximo de até seis anos incluindo 18 meses de carência de capital, e uma garantia até 90% do capital em dívida.

Nesta linha, os bancos podem cobrar um spread máximo de 1,5%, no caso dos empréstimos de três a seis anos de maturidade, mas nos créditos concedidos apenas por um ano, o spread só pode ser de 1%. Por outro lado, os bancos só poderão cobrar à empresa uma comissão de gestão/acompanhamento anual de até 0,25% sobre o montante de financiamento em dívida.

As sociedades de garantia mútua não cobram à empresa qualquer valor pela emissão da garantia, exceto a respetiva comissão de garantia — durante o primeiro ano da vigência da garantia 0,25%, no segundo e terceiro 0,5% e nos três últimos 1% — e as operações ficam isentas de outras comissões e taxas habitualmente praticadas pelos bancos e pelo sistema de garantia mútua, sem prejuízo de serem suportados pela empresa, todos os custos e encargos, associados à contratação das operações de crédito, designadamente os associados a impostos ou taxas, e outras despesas similares.

“Para se poderem candidatar, as empresas terão de apresentar uma quebra abrupta e acentuada de pelo menos 40% da sua faturação, e não poderão ter beneficiado das anteriores linhas de crédito com garantia mútua criadas para apoio à normalização da atividade das empresas, face ao surto pandémico da Covid-19″, sublinha o comunicado da SPGM, a entidade que garante o capital em dívida em caso de incumprimento por parte da empresa. Para comprovar essa quebra é tida em conta a média mensal de faturação dos dois meses anteriores, ou face à média mensal de faturação no período homólogo do ano anterior.

Por outro lado, para acederem às linhas as empresas assumem o compromisso de manter os postos postos de trabalho permanentes até 31 de dezembro, face ao comprovado número desses trabalhadores a 1 de fevereiro de 2020. Assim as empresas que promoveram ou pretendam vir a promover, nesse período, processos de despedimento coletivo ou despedimento por extinção do posto de trabalho estão automaticamente excluídas.

“Também não podem ter sido consideradas como empresas em dificuldades, a 31 de dezembro de 2019, nem ter sede em países ou regiões com regime fiscal mais favorável (offshore)“, acrescenta o mesmo comunicado. Esta é uma mudança que decorre da proibição de conceder apoios públicos a empresas sedeadas em offshores, tal como foi exigido pelos partidos da oposição.

Tal como nas linhas anteriores as empresas devem ter a sua situação regularizada junto do Fisco e da Segurança Social, não podem ter incidentes não regularizados junto da banca e do sistema de garantia mútua e, na maior parte dos casos, devem apresentar uma situação líquida positiva no último balanço aprovado.

Mudanças para dinheiro chegar mais depressa às empresas

Mas a nova linha apresenta algumas diferenças face às versões anteriores, nomeadamente ao nível da formalização da contração. Depois das duras críticas apontadas relativamente à demora na disponibilização dos empréstimos, a formalização da contratação das operações aprovadas passa a ser assegurada integralmente pelos bancos e é definida “uma utilização única da totalidade do montante de financiamento, no prazo máximo de 15 dias”. Tudo para “garantir a disponibilização mais rápida do valor do empréstimo às empresas“, justifica a SPGM.

Assim, as empresas devem contactar o banco e fazer o pedido de financiamento, ou seja, apresentar uma candidatura à linha de crédito. Estes pedidos são analisados e decididos pelo banco, autonomamente, tendo em consideração a sua política de risco de crédito. A decisão da instituição — seja aprovação ou recusa — deve ser comunicada no prazo de cinco dias úteis a contar da data do pedido. “Em caso de recusa da operação, bastará ao banco dar conhecimento da sua decisão à empresa”, explica a SPGM. De sublinhar que uma empresa pode apresentar, através da mesma instituição de crédito ou de várias, mais do que uma operação. No entanto, o conjunto dessas operações não poderá exceder o dobro da massa salarial anual da empresa ou 25 % do volume de negócios total.

Depois de aprovar a operação de financiamento o banco deve enviar à Sociedade de Garantia Mútua (SGM) – Agrogarante, Garval, Lisgarante ou Norgarante – os elementos necessários para a análise de risco da operação para obter a garantia mútua. “A decisão da SGM (aprovação ou recusa) deve ser comunicada ao banco no prazo de dois dias úteis, salvo situações em que esse prazo se revele insuficiente face aos contornos da operação, podendo o prazo ser até cinco dias úteis”, estipula a SPGM. A contagem dos prazos pode ser suspensa se a SGM pedir elementos que considere indispensáveis para a análise da operação. Finalmente, depois de aprovada pela SGM, “a operação de financiamento deverá ser contratada com a empresa até 60 dias, corridos, após a data de envio da comunicação de aprovação da SGM, ao banco“, precisa a entidade.

Bancos passam a ter quotas

Outra das mudanças introduzida nesta nova linha foi a criação de quotas. O objetivo é “proteger as micro e pequenas empresas, beneficiárias finais desta medida, sem alterar a dinâmica de mercado de produção de crédito”. Assim, a regra de atribuição dos apoios deixou de ser “first come first served, tal como aconteceu nas linhas anteriores, e passou a ser implementado um sistema de quotas que tem em conta o volume de crédito concedido pelos diversos bancos.

“As quotas de utilização apuradas têm em conta os volumes de crédito bruto a empresas concedidos de acordo com os respetivos Relatórios Anuais e Contas reportados a 31 de dezembro de 2019″, especifica o comunicado da SPGM, que assim visa responder às críticas de que os bancos que utilizaram robots para submeter as candidaturas foram beneficiados em detrimento dos outros. O objetivo é que “os apoios cheguem ao maior número de empresas e de forma mais célere possível”.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h40)

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Fora do corredor aéreo, Portugal apresenta relatório da pandemia seguindo critérios do Reino Unido

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

Portugal vai apresentar um relatório da situação epidemiológica portuguesa com base nos critérios usados pelo Reino Unido. Objetivo é alterar as restrições de viagem para aquele país.

Portugal vai apresentar um relatório da situação epidemiológica com base nos critérios usados pelo Reino Unido para tentar alterar as restrições de viagem para aquele país causadas pela covid-19, anunciou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros português.

Nós tínhamos solicitado formalmente que o Reino Unido apresentasse o relatório sobre o qual diz basear a sua decisão e recebemos hoje resposta a esse pedido”, afirmou Augusto Santos Silva.

As autoridades portuguesas irão agora apresentar “informação relativa à evolução da situação epidemiológica portuguesa exatamente segundo os parâmetros e indicadores que o Reino Unido nos diz estar a utilizar”, explicou.

Com esta adoção dos indicadores britânicos, o Governo espera que a próxima revisão da lista de países obrigados a quarentena pelo Reino Unido já não inclua Portugal. “Espero que uma próxima revisão da parte das autoridades britânicas signifique finalmente o reconhecimento dos factos, porque, na minha opinião, não há nenhum facto em Portugal que justifique que passageiros oriundos de Portugal sejam sujeitos a quarentena em Inglaterra”, afirmou.

A 24 de julho, o Reino Unido manteve Portugal fora do corredor aéreo que dispensa quarentena no regresso ao país devido à pandemia de covid-19, reiterando as restrições que tinha imposto pela primeira vez no início do mês.

O Reino Unido tem “procedido a revisões no sentido mais restritivo, porque incluiu, na lista desses países sujeitos a quarentena, outros que previamente não estavam”, lembrou o ministro dos Negócios Estrangeiros. A próxima revisão da lista feita pelo Reino Unido só deverá ser publicada no final do mês, mas a alteração das restrições a Portugal pode acontecer antes.

“O que as autoridades britânicas têm dito é que procedem regularmente a essa revisão, mas que a qualquer momento podem fazer isso”, o que “é verdade já que impuseram quarentena a Espanha dois dias depois de terem publicado a nova lista”, lembrou Santos Silva.

Na terça-feira, o jornal em língua inglesa com maior circulação em Portugal lançou uma petição pela Internet a pedir ao Governo britânico para reconsiderar e incluir Portugal no corredor aéreo com o Reino Unido, já assinada por mais de 28 mil pessoas.

O The Portugal News pede ao Governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, para alterar a sua posição e “abrir uma ponte aérea” entre os dois países, apontando a possibilidade de os turistas britânicos contornarem a imposição de quarentena, viajando para Portugal através de um terceiro país não sujeito a essa restrição.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 701 mil mortos e infetou mais de 18,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

O Reino Unido é o terceiro país do mundo (a seguir aos Estados Unidos e ao Brasil) com mais vítimas mortais causadas pela pandemia de covid-19, contabilizando 46.299 mortos e mais de 306 mil casos. Em Portugal, morreram 1.740 pessoas das 51.848 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Novo Banco diz que esteve impedido de reavaliar fundos de reestruturação até outubro

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O Novo Banco disse que estava impedido de reavaliar as suas posições em fundos de reestruturação até outubro passado, por acordo com o Fundo de Resolução.

O Novo Banco disse esta quarta-feira que estava impedido de reavaliar as suas posições em fundos de reestruturação até outubro passado, por acordo com o Fundo de Resolução, e que o fez no primeiro semestre cumprindo as determinações do Banco Central Europeu (BCE).

O Novo Banco apresentou na semana passada prejuízos de 555,3 milhões de euros até junho (mais 38,8% face ao mesmo período de 2019) justificados pelas imparidades constituídas (138,3 milhões de euros) e pelas perdas de 260,6 milhões de euros na reavaliação das suas participações em fundos de reestruturação. Estimou que a injeção de capital a pedir ao Fundo de Resolução seja de 176 milhões de euros apenas referente ao primeiro semestre.

O Público noticiou que o Fundo de Resolução ficou à margem da decisão do Novo Banco de reavaliar as suas posições nos fundos de reestruturação e que já pediu explicações sobre o Novo Banco refletir agora operações que se revelaram deficitárias, tendo em conta o atual contexto de crise, que levou o BCE a permitir que os bancos não continuem as limpezas agressivas de balanço e a recomendar que não façam reavaliações de carteiras.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Novo Banco disse que as regras de contabilidade internacionais obrigam a que as posições em fundos de reestruturação estejam nas contas ao valor de mercado e que, já em 2018, o BCE (ao abrigo do SREP – Supervisory Review and Evaluation Process) determinou que o banco “teria de proceder a uma atualização do ‘justo valor’ destes fundos”.

Contudo, acrescentou o Novo Banco, “o acordo associado ao mecanismo de proteção de capital assinado em 2017 com o Fundo de Resolução impedia, em cláusula específica sobre o tema, que se procedesse antes de outubro de 2019 a uma atualização destas posições”. Assim, continua, no final de 2019 recorreu à consultora Alvarez & Marsal para fazer a reavaliação independente ao valor das suas posições nos seis fundos de reestruturação (Fundo de Recuperação FCR, Fundo Recuperação Turismo, FLIT, Fundo Reestruturação Empresarial, Aquarius e Discovery).

Foi do trabalho dessa avaliação independente que resultou um valor desses fundos de 557,2 milhões de euros, levando a um registo de perdas de 260,6 milhões de euros no primeiro semestre. O Novo Banco diz ainda que o resultado dessa avaliação ainda “apontava para um impacto superior ao que se reconheceu nas contas a 30 de junho de 2020”, ou seja, mais perdas do que as registadas.

Contudo, “considerou ser necessário aprofundar alguns aspetos particulares do trabalho efetuado e, por isso, optou por começar por reconhecer em junho o valor que oportunamente foi comunicado ao mercado”, acrescentou.

A Lusa contactou o Fundo de Resolução sobre este tema, que deu a mesma resposta já publicada no Público: “O Fundo de Resolução não teve intervenção nesta matéria”. Já questionado posteriormente o Fundo de Resolução sobre se tinha conhecimento da reavaliação destes fundos de reestruturação pelo Novo Banco, ainda não respondeu.

Os fundos de reestruturação em que o Novo Banco tem posições foram criados na última crise financeira, com vários bancos (incluindo o BES) a passarem para esses fundos créditos problemáticos, retirando-os de balanço. São as participações do Novo Banco nesses fundos (que “herdou” do BES) que foram reavaliadas. Na terça-feira, em resposta à Lusa, o Fundo de Resolução disse que “não pode deixar de ter em conta o quadro económico prevalecente em cada momento e o contexto de mercado” na avaliação que fará dos ativos que o Novo Banco queira vender este ano.

Segundo informações obtidas pela Lusa, nos próximos meses, o Fundo de Resolução deverá travar a venda de carteiras de ativos do Novo Banco protegidos pelo mecanismo contingente (desde logo o projeto Nata III, de venda de grandes créditos problemáticos) para que em 2020 o pedido de injeção de capital ao Fundo de Resolução seja o mínimo possível, uma vez que as condições de mercado são negativas para a venda de ativos.

Na semana passada, o Governo disse que não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos por parte do Novo Banco até estar concluída a auditoria da Deloitte, que deveria ter sido entregue até final de julho. O primeiro-ministro enviou mesmo uma carta à Procuradoria-Geral da República a pedir a suspensão das vendas até que haja a auditoria.

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Da máscara obrigatória às aulas ao sábado. Ensino superior prepara novo ano letivo

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O Governo definiu as orientações para o próximo ano letivo. Recomenda o alargamento de horários, incluindo a possibilidade de aulas ao sábado, uso obrigatório de máscara e promoção de testes à Covid.

As universidades e politécnicos devem garantir as atividades presenciais no próximo ano letivo mas manter uma vigilância constante sobre o estado da pandemia da covid-19, agindo “de forma realista”, recomendou esta quarta-feira a tutela.

Em comunicado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirma que o papel das instituições é “garantir o ensino e a avaliação presencial como dimensão essencial da educação superior” e “assumir como objetivo” que se mantenham como regra.

Para isso, devem alargar-se os horários e incluir o sábado na semana letiva, defende a tutela, recomendando ainda “especial atenção” aos alunos que entram para o primeiro ano, que precisam de “reforçar a sua vinculação aos cursos e às instituições”.

O ministério defende ainda que se “promovam campanhas de testes virais” e “estudos imunológicos com base em rastreios serológicos”, usando as próprias capacidades dos centros de investigação das instituições de ensino superior, especialmente entre os alunos colocados em residências estudantis.

As universidades e politécnicos têm que garantir “medidas de reforço do distanciamento físico, higienização e desinfeção das instalações” e ir atualizando os seus planos de contingência conforme a evolução da covid-19.

A par do ensino presencial, devem aplicar “tecnologias digitais” para o apoiar e apostar em formas mistas ou combinadas de ensino, adaptando horas de contacto com os alunos e “reconfigurando, dentro dos limites legais, as cargas letivas existentes”.

As avaliações também devem ser presenciais, com uso obrigatórios de máscaras, defende ainda o Ministério, que pretende que se garanta “a presença dos docentes nas instituições”. As durações das aulas e das avaliações têm que ser ajustadas para as necessidades e deve ser garantido o arejamento das salas.

Quando houver mais alunos do que a capacidade das salas permita, deve haver “soluções apoiadas por tecnologias digitais à distância” para que todos possam participar e deve ser prevista “uma rotatividade adequada dos estudantes”.

Espaços livres como “corredores, cantinas, bares e zonas de convívio das residências” devem ser especialmente vigiados, como os intervalos. Serviços de apoio como bibliotecas também devem planear horários alargados para “evitar a concentração de estudantes no mesmo período de tempo”.

O ministério reitera que o ensino superior tem um papel central na recuperação do país no período pós-covid, garantindo que se consegue aumentar o número de jovens de 20 anos na universidade dos atuais 50% para 60% em 2030.

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ERSE condena Iberdrola a coima de 33 mil euros. Em causa estão contratos realizados sem autorização dos clientes

Ao ECO/Capital Verde a empresa tinha já admitido a "criatividade" das forças de vendas porta a porta e a ocorrência de "más vendas". Mas se um cliente se queixar "anulamos o contrato e a venda", diz.

A comercializadora de energia Iberdrola foi condenada pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos ao pagamento de uma coima de cerca de 33 mil euros por ter transferido indevidamente vários consumidores de outras empresas para a sua carteira de clientes (mudança de comercializador sem autorização expressa) e pela “interrupção do fornecimento de eletricidade, em casos não excecionados ou permitidos por lei”.

A condenação por parte do regulador inclui o pagamento de compensações diretas aos consumidores afetados no valor global de 800 euros. Contactada, a empresa não quis prestar declarações. O ECO/Capital verde sabe que a coima de 33.000 euros foi já paga à ERSE.

De acordo com o comunicado enviado pela entidade reguladora, a empresa “colaborou, compensou consumidores e abdicou de litigância judicial”. O processo remonta a julho de 2018, na sequência de um conjunto de reclamações apresentadas por consumidores contra a Iberdrola, depois de a empresa ter avançado com processos de mudança de comercializador (com a transferência indevida para a sua carteira de clientes) junto do Operador Logístico de Mudança de Comercializador (OLMC), sem autorização expressa dos consumidores em questão.

O processo de contraordenação ficou concluído dois anos depois, em junho de 2020, com a ERSE a emitir nota de ilicitude conta a Iberdrola e a aplicar uma coima de 66.668 euros, reduzida depois para 33.334 euros “no âmbito do procedimento de transação proposto pela empresa e aceite pela ERSE”. A empresa pagou também compensações individuais a três dos clientes.

O comunicado da ERSE refere que a elétrica espanhola “reconheceu parcialmente os factos que lhe foram imputados e assumiu a responsabilidade negligente pelos mesmos”.

Diretora da Iberdrola em Portugal admite “más vendas”

Em entrevista ao ECO/Capital Verde, em junho, a diretora geral da Iberdrola em Portugal, Carla Costa, tinha já admitido a “criatividade” das forças de vendas ao serviço da elétrica mas contratadas a empresas externas. “Não posso pôr as mãos no fogo e dizer que não há, de todo, más vendas”, disse a responsável, que mantém o objetivo de chegar a um milhão de clientes até 2025, com os primeiros 500 mil fidelizados até dezembro deste ano.

“Ainda não perdi a esperança, apesar de estes dois meses [abril e maio de 2020] terem sido um rombo gigante. Por mês conseguimos normalmente 10/12 mil contratos, mas há que ter sempre em conta o turismo energético, que ainda é grande”, disse.

Apesar de não ter cortado o investimento e continuar a recrutar, “nem tudo foram rosas” para a Iberdrola nos últimos meses em que a pandemia de Covid-19 tomou conta de Portugal e do mundo. “Tivemos de nos adaptar. Para conseguirmos aumentar a carteira de clientes, uma das nossas maiores forças de venda é o porta-a-porta, que corresponde a mais de 90%. Com a pandemia isso parou. Estamos agora a regressar com todas as normas de higiene e segurança. Mas a expansão da carteira de clientes travou a fundo. Abril foi praticamente zero, foi muito mau”, conta a gestora.

Agora há que recuperar, mas não a qualquer custo, garante a diretora Geral da Iberdrola em Portugal: “Normalmente temos mil e poucos vendedores na rua, através de forças de venda contratadas a outras empresas. Não posso pôr as mãos no fogo e dizer que não há, de todo, más vendas. Mas que eles são criativos, são. Mas nesta fase de crise estão a ser super controlados. Todas as vendas sem exceção têm uma verificação telefónica posterior por parte da Iberdrola. Temos algumas queixas, mas todas as empresas as têm. Se um cliente se queixar, imediatamente lhe anulamos o contrato e a venda”.

Entre abril e junho de 2020, a Iberdrola foi alvo de 187 reclamações junto da ERSE, abaixo das 194 registadas em igual período do ano passado.

(Notícia atualizada)

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