Parfois com novo centro logístico na Feira para distribuição mundial das vendas online

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

O novo espaço da Parfois está instalado no Centro Empresarial da Feira, e ocupa um recinto com mais de 4.200 metros quadrados, destinado a armazenar e a distribuir os artigos através do online.

A marca portuguesa Parfois tem um novo centro logístico em Santa Maria da Feira, revelou esta segunda-feira a direção do equipamento que agora concentra a distribuição mundial das vendas de internet dessa fabricante de acessórios de moda e vestuário.

O novo espaço logístico da marca está instalado no Centro Empresarial da Feira (CEF), no distrito de Aveiro, e ocupa um recinto com mais de 4.200 metros quadrados, destinado a armazenar e a distribuir pelos clientes todos os artigos adquiridos “através da loja online” da Parfois.

O diretor-geral do CEF, Hugo Pinto, adianta que o funcionamento do novo centro logístico envolve um número de trabalhadores que “oscila entre as 40 e as 120 pessoas, consoante os picos de negócio da marca”, e realça que, embora alguns desses profissionais tenham apenas deslocalizado o seu posto laboral por já antes estarem ao serviço da Parfois noutras moradas da empresa, “a maior parte dessa equipa é constituída por recursos humanos que foram contratados especificamente para exercer funções na Feira”.

Quanto à escolha desse município para instalação da infraestrutura vocacionada para responder às vendas online em diferentes países, o mesmo responsável declarou à Lusa que isso se deveu “sobretudo à capacidade do CEF para garantir um espaço apto a satisfazer os requisitos da Parfois com a rapidez necessária para viabilizar a sua operação”.

Isso significa que, após os contactos estabelecidos entre as duas entidades em meados de janeiro, o CEF procedeu às obras necessárias para adaptação do edifício “num prazo de apenas seis semanas”, pelo que a Parfois pôde mudar o seu stock para o novo centro logístico em março e entretanto já o tem “a funcionar em pleno”.

Com este novo inquilino, o CEF passa a acolher “mais de 40 empresas” nos edifícios que, tendo pertencido à extinta empresa Rohde, foram adquiridos pelo Grupo Tagar em 2016, após a insolvência dessa fabricante de calçado – que chegou a ser a maior empregadora nacional do setor.

Mediante um investimento de 6,5 milhões de euros que permitiu a recuperação de uma área total de 55.100 metros quadrados, o CEF abriu-se a entidades externas no final de 2017, atraiu para o local multinacionais como a McDonalds e a Faurecia e tem já “uma taxa de ocupação de quase 100%”.

Prevendo uma nova fase de afirmação para toda a estrutura, Hugo Pinto revelou: “Vamos adaptando novas áreas à medida que são requisitadas, mas estamos a preparar-nos para investir mais dois a três milhões de euros na melhoria de infraestruturas, o que vai abranger arruamentos, redes de fibra ótica, alterações no edificado, etc.”.

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Ferro Rodrigues não entende como não se retiraram lições quanto aos lares

  • Lusa e ECO
  • 7 Setembro 2020

O presidente da Assembleia da República diz não compreender como é que, nesta altura, ainda não se retiraram lições do que aconteceu nos lares numa primeira vaga da pandemia da Covid-19.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, disse esta segunda-feira não compreender como é que, nesta altura, ainda não se retiraram lições do que aconteceu nos lares numa primeira vaga da pandemia da Covid-19.

“Como é que se compreende que continuem apenas a fazer-se testes quando há pessoas que acusam positivo. Quando há uma pessoa num lar que acusa positivo, o caminho já está prejudicado, o caminho para uma vaga nesse lar já é muito forte”, afirmou Ferro Rodrigues.

E prosseguiu: “É isso que não consigo perceber porque é que não se apreenderam lições da primeira fase e não se retiraram lições para a evolução da situação em julho e em agosto, nomeadamente”.

Estas declarações foram feitas na segunda parte da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que decorre esta tarde, no Porto, e que não é aberta aos jornalistas, que assistem à sessão numa sala preparada para o efeito, contudo, a transmissão não foi interrompida e acabou por se ouvir a intervenção de Ferro Rodrigues.

Também o presidente do PSD, partilha da mesma opinião, referido que “o reforço da vigilância nos lares é premente”. Para Rui Rio este reforço é “fundamental” para que se possa garantir o “cumprimento das regras”, que podem ser sempre “aperfeiçoadas, explicou.

O encontro junta peritos, políticos e parceiros sociais e conta com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, líderes partidários, patronais e sindicais.

Outra das questões levantadas por Ferro Rodrigues foi a fiabilidade dos dados internacionais. “Não consigo olhar para as estatísticas que mostram os número de casos em Portugal e na China sem ficar com um misto de perplexidade e de alguma irritação”, confessou.

O presidente da Assembleia da República questionou como é que é possível que a China apresente diariamente sete ou oito casos de novos infetados, enquanto Portugal apresenta às vezes 300 e 400 casos.

Perguntando se não há nenhuma organização internacional que obrigue à fiabilidade dos dados, Ferro Rodrigues frisou que não podem existir dados com consequências económicas graves para vários países, entre os quais Portugal, que não são comparáveis.

Não faz sentido que alguns países despejem informação que não é certamente verdadeira, referiu, acrescentando que se for verdadeira Portugal tem de estudar muito a sério o que as autoridades desses países estão a fazer para aprender com elas.

“Não faz sentido que hajam organizações internacionais que não prezem a verdade dos números e acontecimentos”, sublinhou.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Ministra quer alterar regras de contratação pública para reduzir corrupção

A Estratégia de Prevenção da Corrupção de Francisca Van Dunem já está disponível online. Agora será alvo de consulta pública e posteriormente de discussão parlamentar.

O Governo já disponibilizou a “Estratégia Nacional de Combate à Corrupção” para os anos de 2020 a 2024“. Esta segunda-feira, o documento ficou disponível para consulta pública no site do Ministério da Justiça (MJ).

Uma das prioridades apresentadas pela ministra Francisca Van Dunem é a área da contratação pública. “Uma das áreas em que se justificam alterações ao quadro legal, para tornar os procedimentos mais transparentes e assim reduzir os contextos facilitadores da corrupção”, explica o documento, consultado pelo ECO.

O regime do whistleblowers (denunciantes) é também outra das medidas que integra este pacote de medidas, ou seja, abre a possibilidade de qualquer arguido de crimes económicos e financeiros não ter de cumprir pena caso confesse ou ajude a Justiça a encontrar provas, tal como a hipótese de as empresas privadas serem obrigadas a pagar coimas caso não adotem os planos de combate à corrupção.

Linhas mestras da Estratégia de combate à corrupção 2020/2024

  1. A aposta na formação precoce (nas escolas) assume, pois, uma dimensão de urgência para construir “um tecido social dotado de sentido crítico e de uma perceção clara do fenómeno”;
  2. A matéria relativa a corrupção será integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, tendo de ser produzidos, para o efeito, documentos que possam constituir-se como referenciais para as escolas;
  3. A contratação pública “é uma das áreas em que se justificam alterações ao quadro legal, no sentido de tornar os procedimentos mais transparentes e assim reduzir os contextos facilitadores da corrupção”;
  4. As decisões administrativas que concedam vantagens económicas acima de determinado valor devem ser tomadas “por mais de um decisor, consagrando-se, assim o princípio dos ‘quatro olhos’, devendo igualmente ser publicitadas para se garantir o adequado escrutínio”.
  5. A eliminação da necessidade de deslocação dos cidadãos aos serviços pode contribuir para a redução das oportunidades de ocorrência de abordagens impróprias e de práticas corruptivas.
  6. Os arguidos que resolvam falar sobre os crimes “veem a sua pena dispensada quando denunciem o crime antes da instauração do procedimento criminal ou especialmente atenuada se colaborarem ativamente na descoberta da verdade”.
  7. A dispensa de pena deve pressupor sempre que “o crime seja denunciado em todos os seus contornos antes da acusação”;
  8. O juiz de julgamento, se estiverem todos os pressupostos de que depende a dispensa de pena, deve decidir obrigatoriamente pela a sua aplicação;
  9. Deve alargar-se a aplicação da suspensão provisória do processo aos crimes de corrupção passiva e recebimento e oferta indevidos de vantagem, tornando-se admissível a sua utilização na fase de instrução
  10. Reforçar a articulação entre instituições públicas e privadas;
  11. Garantir uma aplicação mais eficaz e uniforme dos mecanismos legais em matéria de repressão da corrupção, melhorar o tempo de resposta do sistema judicial e assegurar a adequação e efetividade da punição;
  12. Produzir e divulgar periodicamente informação fiável sobre o fenómeno da corrupção;
  13. Cooperar no plano internacional no combate à corrupção.
  14. O regime da proibição do exercício de função, previsto no artigo 66.º do Código Penal, passa a ser até 10 anos e não cinco e a proibição do exercício de funções, por um período entre dois e dez anos, aplicada ao gerente ou administrador de sociedade comercial condenado por crime de oferta indevida de vantagens ou de corrupção;
  15. Serão criadas normas de natureza processual penal específicas em matéria de “responsabilidade penal das pessoas coletivas”;
  16. O Código Penal prevê a possibilidade de aplicação de uma pena acessória juntamente com a pena principal ou de substituição relativamente aos crimes de corrupção praticados por titulares de cargos públicos, funcionários públicos e agentes administrativos. “O titular de cargo político passa a ser também incapacitado para ser eleito ou para cargo político por um período idêntico ao proposto para aqueles funcionários”;
  17. Os megaprocessos poderão ser divididos ou desagregados “quando esta puder levar ou tenha levado ao não cumprimento dos prazos de duração máxima da instrução”;
  18. Com o objetivo reduzir os atrasos significativos na tramitação dos processos-crime, em geral, e nos processos por crime de corrupção, especialmente na fase de inquérito, “deve fixar-se como regra a documentação das declarações das testemunhas, do assistente e das partes civis através de registo áudio” e não escrito.
  19. Justiça negociada: “uma alteração ao Código de Processo Penal no sentido de prever a possibilidade de celebração de um acordo sobre a pena aplicável, na fase de julgamento, assente na confissão livre e sem reservas dos factos imputados ao arguido, independentemente da natureza ou da gravidade do crime imputado constitui uma opção que devemos acompanhar”.

Logo na introdução do documento, o Governo admite que “os fenómenos corruptivos são sistémicos e atravessam amplos setores da atividade política, administrativa e privada” e sublinha que o Estado, “através das suas instâncias de controlo, não tem conseguido prevenir, detetar e reprimir eficazmente a corrupção”. Concluindo que “continua patente a necessidade de uma ação transformadora capaz de gerar uma sociedade hostil à corrupção e capacitada para a enfrentar com efetividade” e que o caminho passa pela “criação de um regime geral de prevenção da corrupção, envolvendo obrigações para os setores público e privado e estabelecendo consequências para o incumprimento” e essa é a resposta identificada para assegurar a efetividade da prevenção.

Dados recolhidos e analisados pela Procuradoria-Geral da República, relativos a 2019, revelam que foram 2155 novos inquéritos por crimes de corrupção e afins (fenómeno que abarca crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, apropriação ilegítima de bens públicos, administração danosa, peculato, participação económica em negócio e abuso de poder), correspondendo este número a uma descida face a 2018, ano em que foram registados 2586 inquéritos. Pela prática destes crimes, foram deduzidas 170 acusações, suspensos provisoriamente 33 processos e arquivados 1152 inquéritos.

A ministra Francisca Van Dunem recebeu o relatório do grupo de trabalho no final de julho que será agora objeto de consulta pública e depois de discussão parlamentar.

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Família Azevedo já poupou mais de 43 mil euros a comprar ações à margem da OPA

Sonae Indústria e Sonae Capital foram alvo de duas ofertas públicas de aquisição por parte da holding Efanor. Enquanto o preço não avança, a empresa está a comprar ações no mercado a preço de saldo.

A holding da família Azevedo Efanor continua a comprar ações da Sonae Capital e da Sonae Indústria no mercado. A estratégia decorre enquanto espera o desenvolvimento das ofertas públicas de aquisição (OPA) que lançou sobre as duas empresas e está a permitir poupar face ao preço que iria pagar nas operações. No total, já investiu dois milhões de euros e poupou 43.270,02 euros.

A empresa comunicou esta segunda-feira ao mercado uma nova operação de compra de ações da Sonae Indústria, que aconteceu no passado dia 4 de setembro. Foi mais um lote de 35 mil títulos comprados em bolsa. Esta é a 12ª operação do género que a Efanor realiza desde que lançou a OPA a 31 de julho.

O objeto da OPA são os 31,4% de capital que a Efanor e empresas associadas ainda não controlam da Sonae Indústria. Para isso, o grupo oferece uma contrapartida a pagar em numerário de 1,14 euros por ação, o que representa um prémio de cerca de 77% em relação ao preço a que negociavam os títulos antes do anúncio. As 586.570 ações compradas em mercado desde o anúncio tiveram um preço médio de 1,11 euros. Se a aquisição tivesse sido feita ao preço da OPA, teria gasto mais 22.516,83 euros.

Em simultâneo, a Efanor oferece uma contrapartida a pagar em numerário de 70 cêntimos por ação da Sonae Capital (o que representa um prémio de cerca de 46,8% face ao preço das ações antes do anúncio) para ficar com os cerca de 37,2% do capital que ainda não controla. Também neste caso a estratégia tem sido semelhante: em seis operações, comprou 1.963.198 ações a um preço médio de 0,69 euros. Feitas as contas, investiu cerca de 1,35 milhões de euros euros, ou seja, menos 20.753,20 euros do que na OPA.

Tanto o Conselho de Administração da Sonae Capital como da Sonae Indústria deram um parecer positivo ao preço oferecido, que consideram ser justo e adequado. Os próximos passos serão a publicação dos prospetos da operação que estão atualmente a ser analisados pelo supervisor.

Tendo sucesso, a holding Efanor vai gastar 65 milhões de euros para ficar com a Sonae Capital e mais 16,2 milhões pela Sonae Capital. Contas feitas, as duas operações poderão representar um investimento global superior a 82 milhões de euros. Ambas têm, no entanto, uma cláusula de sucesso fixada em “mais de 90%” do capital das empresas e, caso se concretizem, tanto a Sonae Indústria como a Sonae Capital deixarão de estar cotadas na bolsa de Lisboa.

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Brasileira Caixa Seguridade reforça parceria com francesa CNP

  • ECO Seguros
  • 7 Setembro 2020

A estatal francesa de previdência e a filial de seguros da brasileira Caixa Económica assinaram acordo para distribuir produtos de poupança e seguros através do canal bancário da caixa federal.

A Caixa Seguridade, braço de seguros da Caixa Econômica Federal (CEF) reforçou relações com a francesa CNP Assurances (CNP) por via de acordo que visa criar uma nova sociedade conjunta para distribuição exclusiva de seguros na rede bancária do grupo CEF (“balcão Caixa”), anunciou a entidade brasileira em comunicado.

O novo acordo de associação foi negociado para durar 20 anos e complementa protocolos anteriores nas áreas de seguros de crédito habitação, Vida e previdência. A nova aliança enquadra-se na estratégia da instituição brasileira de capitais públicos de reestruturar e tornar mais competitiva a sua área de seguros. A parceria vai explorar o produto “Consórcio”, uma espécie de fundo poupança baseado em mecanismos de mutualidade, mas vocacionado para concessão de financiamento mais atrativo (face às taxas praticadas no mercado) para aquisição automóvel e imobiliário, sempre através da rede balcão Caixa.

Nos termos do acordo, “a Caixa Seguridade terá 75% de participação no capital total da nova sociedade (“Nova Companhia”), sendo titular de 49,99% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais da Nova Companhia. A CNP deterá 50,01% das ações ordinárias, em montante correspondente a 25% de participação no capital total da Nova Companhia, detalha a Caixa Seguridade Participações no comunicado de facto relevante.

Para a realização da transação prevista tornar-se operativa em janeiro de 2021, “a CNP subscreverá aumento de capital na Nova Companhia no valor total de 250 milhões de reais” (cerca de 39 milhões de euros ao câmbio médio de agosto), montante que “será repassado pela Nova Companhia à Caixa Econômica Federal.” Nos termos de outorga desta à filial de seguros, a “Caixa Seguridade celebrará com a Nova Companhia um contrato de distribuição, que conferirá à Nova Companhia o direito de explorar o Balcão Caixa por 20 anos”.

A sociedade emergente da parceria (Nova Companhia) terá gestão partilhada pelas partes e pagará comissão de distribuição às entidades intermediárias (canal bancário da CEF).

Sujeito ao cumprimento das condições estipuladas no acordo de associação, incluindo as aprovações legais e regulatórias aplicáveis, “o fechamento da operação é esperado para ocorrer até 04 de janeiro de 2021”, aponta a fonte.

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Turquia: Erdogan anuncia unificação de seis companhias de seguros

  • ECO Seguros
  • 7 Setembro 2020

Seis companhias de seguros de capital público vão operar sob uma única marca, a Turkey Insurance. Em 2019, a produção de mercado turco rondava 11 mil milhões de euros em prémios de seguro.

Num evento de imprensa em que esteve acompanhado pelo responsável do Tesouro e das Finanças turcas, Berat Albayrak, o presidente turco Recep Tayyp Erdogan anunciou a unificação de seis seguradoras públicas numa única marca. O presidente turco afirmou que a nova entidade, denominada Turkey Insurance, será a maior companhia de seguros do país e trará um novo dinamismo ao setor, apoiando também todo o setor financeiro e a economia real

A operação enquadra-se no Turkey Sovereign Wealth Fund (TWF), lançado em abril deste ano e que, além de participações em empresas de outros setores, transferiu para este fundo o controlo de companhias de seguros e pensões de mutualistas estatais para depois as consolidar, num esforço para aumentar o seu poder concorrencial global e regional.

No âmbito de um amplo projeto de reforma anunciado pelo Tesouro turco em dezembro de 2019 para a consolidação do setor financeiro não bancário, o TWF adquiriu, em abril deste ano, todas as ações de companhias de seguros públicas por 6,54 mil milhões de liras turcas (cerca de 742 milhões de euros ao câmbio corrente, 1 EUR = 8,81680 TRY, segundo taxa do BCE a 7 de setembro). A concretização do projeto de fusão agora anunciado passou pela aquisição do capital das seguradoras Güneş Sigorta, Halk Sigorta, Ziraat Sigorta, Vakıf Emeklilik ve Hayat, Halk Hayat ve Emeklilik e Ziraat Hayat ve Emeklilik.

No futuro, aquelas companhias prosseguirão as suas atividades operacionais, mas encabeçadas pela Turkey Insurance e pelo duo que lidera os seguros de Vida e pensões Vida (Türkiye Sigorta e Türkiye Hayat Emeklilik).

“Estamos a implementar um movimento estratégico que acredito que dará ao nosso setor segurador uma nova visão. Estamos a pôr em acção a maior companhia de seguros do nosso país que irá servir 15 milhões de clientes”, disse Erdogan, durante a cerimónia que teve lugar em Ancara. “Todas as partes interessadas da economia, e os nossos cidadãos vão sentir seriamente a recuperação,” reforçou, acrescentando que o setor turco dos seguros “tornar-se-á mais organizado e mais competitivo após a fusão sob o Sovereign Wealth Fund da Turquia”, complementou Erdogan.

Por seu lado, o ministro Albayrak frisou que, com a atual capacidade, o setor de seguros e pensões da Turquia ocupa o 39º lugar no mundo. Esta classificação está muito aquém dos objetivos desejados em termos de metas estabelecidas para o país, sublinhou o ministro adiantando que o objetivo real é saltar para posições mais elevadas e deixar para trás outros países atualmente em melhor posição.

Para permitir ao setor dos seguros atingir os níveis desejados no âmbito do novo programa económico, a Turquia criou também a Insurance and Special Pension Regulation and Supervision Authority (SEDDK) e a Türk Reasürans A.Ş. (Türk Re).

Mercado turco gerou cerca de 5,2 mil milhões em prémios até junho

A taxas de câmbio de final de junho, o mercado turco de seguros gerou cerca de 5,2 mil milhões de euros em prémios na primeira metade de 2020 (40,2 mil milhões de liras turcas – TRY), mais 21% face a igual período de 2019, segundo números da associação local de seguros (TSB).

Do total, 32,9 mil milhões de liras foram prémios do setor não Vida, que cresceu perto de 15% face ao primeiro semestre de 2019, enquanto, o negócio de seguros Vida gerou 7,3 mil milhões liras, crescer 59% face ao homólogo. Convertendo a produção em euros, a produção do setor Vida decresceu perto de 2%, enquanto o ramo não Vida progrediu 36%.

O seguro com maior peso na produção do semestre foi o de responsabilidade civil automóvel contra terceiros, com 9,5 mil milhões de TRY em prémios. O segundo mais representado foi o seguro de Saúde, por um total de 5,4 mil milhões TRY, seguido dos seguros de incêndio e riscos associados (propriedade e danos), com 4,9 mil milhões de liras turcas em prémios emitidos de janeiro a junho.

O ranking das maiores do mercado turco era liderado pela Anadolu, a alemã Allianz e a Aksigorta, inalterado face a 2019. Em conjunto, o trio respondeu por um quarto do total de prémios brutos do mercado. Destaque ainda para o crescimento da Gunes Sigorta que, graças a uma expansão de 115% no volume bruto de prémios, saltou do 12º posto em junho de 2019, para o quinto lugar no final de junho de 2020.

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Swiss Re reforça liderança no Top 50 das resseguradoras globais, segundo A.M. Best

  • ECO Seguros
  • 7 Setembro 2020

A companhia suíça manteve-se líder global e até reforçou a posição face à segunda da tabela, indica a listagem atualizada da agência A.M. Best com os 50 maiores grupos de resseguros em 2019.

A Swiss Re reforçou a sua liderança entre as maiores resseguradoras do mundo, segundo dados da agência especializada AM Best. Suportada pela dinâmica na sua carteira não-Vida, que expandiu em 25,1% no ano passado, a companhia beneficiou principalmente de grandes transações nos mercados americano e região EMEA (Europa, Médio-oriente e África). Em resultado da evolução no negócio não Vida, o grupo suíço cresceu 16% em prémios emitidos em 2019, para um valor total a rondar 42,23 mil milhões de dólares de prémios brutos (resseguro Vida e não Vida).

Aumentando a distância face à Munich Re, a concorrente mais próxima, o crescimento do negócio de catástrofes naturais e a evolução dos preços em linhas de negócio de desempenho mais fraco contribuíram para a expansão e liderança consolidada da Swiss Re.

A Munich Re, número dois no ranking Top 50 World’s Largest Reinsurance Groups, terminou 2019 com quase 37,9 mil milhões de dólares (prémios brutos Vida e não Vida), seguida da Hannover Re, com 25,4 mil milhões de dólares e a francesa SCOR, em quarto lugar, com 18,3 mil milhões de dólares. O quinto posto ficou atribuído à Berkshire Hathaway, com 16,09 mil milhões de dólares.

A tabela das 10 maiores completa-se com a Lloyd’s of London (14,98 mil milhões de dólares); China Reinsurance Corporation (13,16 mil milhões); Reinsurance Group of America (12,15 mil milhões); Great West Lifeco (10,15 mil milhões) e a Partner Re (7,28 mil milhões de dólares em prémios brutos emitidos).

Os 10 maiores grupos resseguradores responderam por 69% do total dos prémios de resseguro emitido pelas 50 maiores, indicador que continua a evidenciar elevada concentração de risco no grupo das dez maiores.

O rácio médio combinado dos 50 maiores grupos resseguradores aumentou para 102,4% em 2019, em ligeira deterioração face aos 100,9% calculados um ano antes.

A razão para o aumento deveu-se principalmente ao impacto social agravado em resultado de sinistros e tufões nos EUA na Ásia, bem como ao aumento das perdas resultantes das tempestades de 2018, explicou a AM Best.

A Swiss Re e a Munich Re continuarão provavelmente a ocupar os dois primeiros lugares da lista, uma vez que representaram quase 30% do total de prémios brutos emitidos pelo Top 50 em 2019, demonstrando ainda mais o domínio de grandes resseguradoras no topo da lista”, explicou Scott Mangan, diretor associado, AM Best, citado na plataforma Artemis-Reinsurance news.

O movimento de subida mais surpreendente na lista de 2019 foi protagonizado pela Validus Reinsurance Ltd (grupo AIG), galgando cinco posições para 28º, com o volume bruto de prémios a crescer 39% face a 2018.

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Fizeram-se mais de 80 mil testes à Covid-19 por semana desde junho

Nas últimas semanas já se verificou um agravamento da situação da pandemia em vários países europeus, entre os quais Portugal.

Desde junho, têm-se realizado mais de 80 mil testes de diagnóstico de Covid-19 por semana, em Portugal. A incidência do coronavírus no país tinha vindo a decrescer, mas nas últimas semanas registou-se um aumento da proporção de positivos face ao número de testes, segundo Ausenda Machado, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Depois de uma evolução positiva, nos últimos tempos já se verificou um agravamento da situação em países como Espanha, sendo que Portugal também já se encontra num quadrante de maior incidência, adiantou a responsável na sessão de apresentação sobre a “Situação Epidemiológica da Covid-19 em Portugal”.

Esta sessão marcou o regresso daquelas que ficaram conhecidas como as “reuniões do Infarmed”. À entrada, o primeiro-ministro também apontou que se tinha verificado um aumento significativo do número de casos “mais cedo do que o esperado”. António Costa voltou a sublinhar também que “até haver vacina, a pandemia não passou”.

Na sessão desta segunda-feira passou também Rui Santos Ivo, do Infarmed, que falou precisamente do desenvolvimento da vacina. O especialista admitiu que nos encontramos numa “fase precoce do desenvolvimento das vacinas”, mas apontou que se deve “trabalhar no sentido de criar portefólio alargado de vacinas”.

Rui Santos Ivo adiantou também que existem 176 de vacinas em desenvolvimento, 33 em fase de avaliação clínica, ou seja, estudadas já em humanos, e oito vacinas na fase 3, que é a “última fase prévia à apresentação às autoridades” para autorização. Neste sentido, salienta também que nenhuma das vacinas será disponibilizada sem verificação da eficácia e segurança.

Portugal está inserido no processo europeu de compra de vacinas, sendo que a Comissão Europeia já anunciou negociações com seis empresas para esta compra conjunta. Neste âmbito, existe uma alocação a cada país com base na população, sendo que a Portugal coube 2,3%, no primeiro lote acordado, o que se traduz em 6,9 milhões de doses.

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Sem dinheiro dos contribuintes, como vai o Fundo de Resolução financiar Novo Banco?

Fundo de Resolução pode aumentar as contribuições dos bancos nacionais, contrair um empréstimo bancário cá ou lá fora ou pedir financiamento junto dos demais mecanismos de resolução da União Europeia.

Se o Governo fechar a torneira, o Fundo de Resolução dispõe de várias alternativas para financiar o Novo Banco, caso os seus recursos próprios sejam insuficientes para acorrer à chamada de capital do banco liderado por António Ramalho. Pode, por exemplo, aumentar as contribuições da banca nacional para o fundo, contrair um empréstimo junto de bancos nacionais ou internacionais ou pedir mesmo financiamento junto dos outros fundos de resolução da União Europeia.

Marques Mendes avançou este domingo que o Executivo não vai inscrever qualquer verba no Orçamento do Estado para 2021 para o Novo Banco, como fez nos anteriores anos. O que obrigará o Fundo de Resolução, que tem de injetar dinheiro no Novo Banco sempre que cumpridos determinados requisitos, a ter de se financiar noutro lado. “Não se financia no Orçamento do Estado, vai ter de arranjar um financiamento num banco estrangeiro ou vários bancos estrangeiros ou arranjar financiamento na Europa, uma linha da União Europeia“, disse o comentador da SIC.

Este fundo, gerido pelo vice-governador do Banco de Portugal, Luís Máximo dos Santos, tem várias fontes de financiamento, sendo a principal as contribuições periódicas dos bancos do sistema. Mas nem sempre os recursos próprios do fundo têm sido suficientes para as responsabilidades, nomeadamente aquelas relacionadas com o Novo Banco ao abrigo do acordo de capital contingente negociado aquando da venda da instituição ao fundo Lone Star, em 2017.

O Fundo de Resolução comprometeu-se com um “seguro” até 3.890 milhões de euros para cobrir as perdas do banco com um conjunto de ativos herdados do BES. Até hoje já injetou cerca de 3.000 mil milhões, sendo que 2.600 milhões foram emprestados pelo Estado. O Novo Banco já disse que os resultados do semestre apontam para necessidades de 176 milhões, mas a fatura final a passar ao Fundo de Resolução deverá ser mais pesada, tendo em conta a pandemia.

Se estaria à espera de novo empréstimo dos contribuintes, o Fundo de Resolução poderá ter de procurar alternativas, dado Governo não está disponível para nova concessão que poderia ir até 850 milhões de euros — é o valor anual previsto no acordo de capital contingente. Nesse sentido, que opções sobram?

O Fundo pode contrair empréstimos ou outras formas de apoio junto das instituições participantes, das instituições financeiras ou de terceiros caso as contribuições cobradas (…) não sejam suficientes para cumprimento das suas obrigações e para cobertura das perdas, dos custos ou de outras despesas decorrentes da utilização dos mecanismos de financiamento” ou caso as novas contribuições especiais da banca “estejam imediatamente acessíveis ou não seja suficientes”, aponta o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

O mesmo regime diz ainda que o Fundo pode contrair “empréstimos junto dos demais mecanismos de financiamento de resolução da União Europeia”. Mas isto apenas se as contribuições da banca nacional forem insuficientes ou se um eventual empréstimo (que não pode ser concedido pelo Banco de Portugal) de outras entidades tiver custos muito elevados.

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Governo britânico impõe quarentena a quem regresse de sete ilhas da Grécia

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

A partir de quarta-feira, qualquer pessoa que regresse a Inglaterra das ilhas de Lesvos, Tinos, Serifos, Mykonos, Creta, Santorini e Zakynthos precisará de ficar em isolamento duas semanas.

O Governo britânico tirou sete ilhas gregas da lista de territórios cujos passageiros estão isentos de quarentena na chegada a Inglaterra, decretada devido ao aumento do risco de contrair a covid-19, anunciou hoje.

A partir das 4h00 de quarta-feira, qualquer pessoa que regresse a Inglaterra das ilhas de Lesvos, Tinos, Serifos, Mykonos, Creta, Santorini e Zakynthos precisará de ficar em isolamento durante duas semanas, enquanto que o resto da Grécia mantém-se isento das restrições.

Numa declaração no parlamento, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, disse que Inglaterra vai introduzir “corredores de viagens regionais”, o que significa que a medida pode ser aplicada de maneira diferente a ilhas e território continental de um mesmo país caso tenham taxas de infeção divergentes.

“Este desenvolvimento vai ajudar a impulsionar a indústria de viagens do Reino Unido, enquanto continua a manter a proteção máxima à saúde pública, permitindo que a população viaje de forma segura”, acrescentou.

O setor do turismo já tinha urgido o Governo britânico a ser mais flexível na aplicação da quarentena e o País de Gales adotou esta opção na semana passada, ao remover seis ilhas gregas e Portugal continental da lista de países e territórios isentos de quarentena, mas mantendo o resto da Grécia, tal como a Madeira e Açores.

Na semana passada, os governos britânico, do País de Gales, e da Escócia divergiram na sua estratégia, criando confusão sobre quais os países e territórios isentos de quarentena.

Além das ilhas gregas de Mykonos, Zakynthos, Lesvos, Paros e Antiparos e Creta, o governo galês decidiu também aplicar restrições à Polinésia Francesa e Gibraltar, enquanto que a Escócia exige quarentena sobre quem chega de qualquer parte da Grécia e da Polinésia Francesa, mas não sobre Gibraltar.

Já o Governo britânico decidiu na semana passada manter inalterada a lista, mantendo Portugal, Polinésia Francesa ou Gibraltar na lista de países dos ‘corredores de viagem’, isentos de quarentena na chegada a Inglaterra, opção replicada pela Irlanda do Norte.

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Há mais uma entidade a certificar máscaras portuguesas

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

A SGS Portugal e o ISQ estabeleceram uma parceria para "dar resposta ao mercado da certificação acreditada de máscaras para uso social". Objetivo é tornar o processo mais "célere".

Portugal vai ter mais uma entidade a certificar máscaras sociais, numa altura em que o seu uso é obrigatório é locais fechas e que estas ganham peso nas exportações nacionais. A empresa de certificação SGS Portugal e o ISQ através das atividades laboratoriais, anunciaram esta segunda-feira uma parceria, com o intuito de certificar máscaras para uso social.

Numa altura em que as máscaras “Já significam 8% das exportações da indústria têxtil“, as duas entidades unem esforços para “dar resposta ao mercado da certificação acreditada de máscaras para uso social“, explica o comunicado conjunto. Até aqui, o CITEVE era o único responsável pela certificação.

Esta parceria foi criada com o intuito de dar “um maior nível de confiança aos consumidores, reguladores, industriais e todas as demais partes interessadas”, para demonstrar que as máscaras sociais estão conforme os “requisitos especificados”, acrescenta a nota de imprensa.

Neste contexto, a a SGS Portugal, entidade certificadora, e o ISQ, entidade laboratorial que atua no âmbito da realização de ensaios aplicáveis às máscaras para uso social, vão agregar “competências e experiência”, para tornar todo o processo de certificação “mais célere”.

“É imperativo que se unam todos os esforços para combater a crise sanitária vivida em todo o mundo. Nesse sentido, esta parceria com o ISQ, reforça o empenho da SGS Portugal em colaborar nestas parcerias que visam um bem comum”, afirma Catarina Paralta, business manager da área consumer and retail na SGS Portugal.

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Reclamações nos serviços de comunicações aumentaram 35% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

Até junho, as reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações aumentaram 35% para 57,8 mil, face ao período homólgo, revelou esta segunda-feira a Anacom.

As reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações aumentaram 35% para 57,8 mil, no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo, adiantou, em comunicado, a Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações).

Assim, o regulador contabilizou cerca de 15 mil reclamações adicionais em relação ao mesmo período de 2019, lê-se na mesma nota.

As comunicações eletrónicas foram as mais reclamadas, com 69% do total de reclamações, mais 25% face ao primeiro semestre de 2019. Os serviços postais foram os que registaram o maior aumento face ao primeiro semestre de 2019, de 66%. Este setor foi responsável por 31% do total de reclamações registadas no período em análise”, indicou a Anacom.

Das 39,8 mil reclamações feitas devido a comunicações eletrónicas, 35% visaram a operadora Meo, “fazendo com que tivesse sido o operador mais reclamado no primeiro semestre de 2020, seguindo-se a NOS, com 32%, a Vodafone, com 29%, e a Nowo/ONI, com 3%”, adiantou o regulador.

A Anacom concluiu ainda que “todos os prestadores de serviços viram aumentar as reclamações face ao período homólogo, com exceção da Nowo/ONI, que diminuiu 1%”, tendo a Vodafone sido o que “registou o maior aumento (48%), seguida da NOS (19%) e da Meo (18%)”.

A NOS foi a operadora “que registou o maior número de reclamações por mil clientes (cinco), seguida da Vodafone (três) e da Meo (duas)”, lê-se na mesma nota.

O assunto que motivou mais reclamações pelos clientes de serviços de comunicações eletrónicas foi a faturação de serviços com 27% do total. A Anacom destacou “os motivos relacionados com a faturação de valores considerados indevidos por não concretização de condições acordadas, por serviços não prestados ou consumos não realizados e após o cancelamento de serviços”.

As questões que mais aumentaram o seu peso no semestre “estiveram relacionadas com a assistência técnica, as falhas nos serviços, em regra fixos, e a velocidade do acesso à Internet, sobretudo fixa”, adiantou o regulador.

Por sua vez, nos serviços postais, “que totalizaram 18 mil reclamações no semestre, os CTT foram o prestador mais reclamado, tendo atingido 12,8 mil reclamações, mais 39% do que no período homólogo; seguindo-se a DPD com 3,8 mil reclamações, mais 330%”, indicou a Anacom.

O atraso nas entregas de objetos postais é o assunto mais reclamado (41%) no setor, “mais 16 pontos percentuais face ao primeiro semestre de 2019”, adiantou a entidade, seguindo-se “as dificuldades com a entrega ao domicílio, em particular a falta de tentativa de entrega, com 27% das reclamações; e o atendimento, sobretudo no que respeita ao custo com as chamadas para as linhas telefónicas e as dificuldades no funcionamento destas linhas, com 25%, completam o top de assuntos mais reclamados”, de acordo com o regulador.

“Em sequência do trabalho de análise das reclamações que chegaram ao seu conhecimento a Anacom adotou durante o primeiro semestre um conjunto de medidas com vista ao reforço dos direitos dos utilizadores no contexto que se viveu após a declaração do estado de emergência nacional: apresentou propostas de alteração legislativa que visaram dar resposta às necessidades/dificuldades que os utilizadores evidenciavam; reforçou a divulgação de informação ao público, bem como a monitorização da atividade das empresas prestadoras de serviços”, lembrou a entidade.

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