BCP tem maior ganho em 4 meses. Dispara 8% após resultados

O banco liderado por Miguel Maya valoriza em bolsa após apresentar resultados. É a cotada que mais sobe num PSI-20 impulsionado pela época de resultados.

O BCP disparou 8%, a maior subida diária em quatro meses, após apresentar resultados. As contas do banco gerido por Miguel Maya animaram os investidores levando a ação a liderar os ganhos no PSI-20. O índice de referência nacional subiu 2,12% para 3.945,12 pontos, com apenas uma cotada no vermelho.

O desempenho do banco está relacionado com o lucro líquido do banco, que nos primeiros nove meses do ano, situou-se em 146,3 milhões de euros, superando as estimativas dos analistas. “O trading mais alto foi um apoio, mas os core drivers (margem financeira, comissões e custos) também foram melhores do que o esperado” sublinhou a Jefferies, citada pela Reuters. Em relação às provisões, a corretora considera que também melhoraram.

Em reação, os títulos valorizaram 8,2% para 0,0754 euros por ação. Além do banco, também a família EDP negociou em forte alta após apresentar resultados. A casa mãe — cujo lucro recuou 8% para 422 milhões de euros — valorizou 2,3% para 4,232 euros por ação, enquanto a eólica avançou 2,51% para 16,32 euros. A EDP Renováveis registou um resultado líquido de 319 milhões de euros entre janeiro e setembro, uma redução de 7% face ao mesmo período do ano passado.

Em destaque no PSI-20 estiveram ainda a Altri (3,5%), a Corticeira Amorim (3,14%), a Galp Energia (1,96%) ou a Nos (0,68%). No retalho, o sentimento foi misto: a Sonae valorizou 2,81% para 0,505 euros, mas a Jerónimo Martins perdeu 1,34% para 1,64 euros. A retalhista dona da cadeia Pingo Doce foi a única cotada do PSI-20 no vermelho.

A bolsa de Lisboa foi assim das que mais ganhou na Europa, onde o agravamento do número de casos de Covid-19 (e medidas de restrição adotadas) penalizam o sentimento dos investidores.

O Stoxx 600 subiu 0,30%, enquanto o francês CAC 40 e espanhol IBEX 35 subiram cerca de 0,65%. O alemão DAX ganhou 0,19% e o britânico FTSE 100 somou 0,14%. Feitas as contas à totalidade de outubro, a generalidade das bolsas viveram o pior mês desde o sell-off de março. Não foi o caso do PSI-20, que desvalorizou 3% em outubro, após a queda de 5,4% em setembro.

(Notícia atualizada às 17h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP quer reduzir emissões em 90% para 34 mil toneladas de CO2 por MWh até 2030

Em 2019, as emissões específicas de CO2 da EDP foram de 216 mil toneledas CO2/MWh. Já os gases poluentes da queima de combustíveis fósseis chegaram a 14,4 milhões de toneladas de CO2 no ano passado.

A EDP anunciou esta sexta-feira novas metas para a descarbonização até 2030: a empresa mantém a mesma redução em 90% das suas emissões de CO2 até 2030, mas agora face a níveis mais recentes, de 2015. O objetivo anterior comparava com os indicadores de 2005, dez anos antes, quando as emissões da empresa eram mais elevadas (quase o o dobro), devido à forte predominância de energias fósseis

Ou seja: a anterior meta ditava que a EDP passaria de emitir 628 mil toneladas de CO2 por MWh em 2005 para 62 mil toneladas de CO2 por MWh em 2030. Agora, o objetivo assumido é reduzir de 340 mil toneladas de CO2 por MWh em 2015 para 34 mil toneladas de CO2/MWh daqui a uma década.

No que diz respeito às emissões específicas de CO2, observou-se uma redução de 257 mil toneladas de CO2/MWh em 2018 para 216 mil toneledas CO2/MWh em 2019, muito pela saída de cena do carvão e maior destaque para o gás natural. O objetico é reduzir estas emissões em 65% em 2022, 85% em 2025 e 90% até 2030, suportado no descomissionamento das centrais a carvão e no crescimento em renováveis, revela o Relatório de Sustentabilidade da EDP.

Fonte: Relatório Sustentabilidade EDP 2019

A mais recente revisão das metas de sustentabilidade da EDP já mereceu o aval da Science Based Target initiative (SBTi), organização que avalia e aprova as iniciativas das empresas para uma economia de baixo carbono e combate às alterações climáticas. A SBTi atesta que o objetivo da empresa está alinhado com a trajetória definida pela ciência de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC.

“Esta nova meta representa um avanço significativo nos compromissos de descarbonização da EDP, sustentada pela decisão de antecipar o fecho das centrais a carvão na Península Ibérica e pelo contínuo crescimento da produção a partir de energias renováveis. No mesmo período, a EDP irá também diminuir em 40% as suas emissões indiretas de CO2″, disse a empresa em comunicado.

A EDP quer “contribuir para a descarbonização do setor elétrico e para a eletrificação dos restantes setores e reforça a ambição de liderar esta transição, atingindo a neutralidade carbónica até 2050″.

Que quantidade de gases poluentes emite a EDP para a atmosfera?

De acordo com o Relatório de Sustentabilidade da EDP de 2019, foi em maio do ano passado que a empresa assumiu publicamente um “novo conjunto de objetivos e metas de curto, médio e longo prazos, que suportam uma estratégia de descarbonização exigente”: reduzir as emissões específicas de CO2 em 65% em 2022 e em 90% até 2030, face aos níveis de 2005; reduzir em 75% as emissões específicas de âmbito 1 e 2 em 2030, face aos níveis de 2015 e as emissões de âmbito 3 em 40% no mesmo horizonte temporal; e atingir a neutralidade carbónica antes de 2050.

A EDP relata as suas emissões de gases poluentes de acordo com o GHG Protocol Corporate Accounting and Reporting Standard. Relacionadas maioritariamente pelos gases poluentes resultantes da queima de combustíveis fósseis nas centrais termoeléctricas (99,8%), as emissões diretas de âmbito 1 da empresa foram de 14,4 milhões de toneladas de CO2 em 2019 (-22% face a 2018), muito por conta da redução de atividade das centrais a carvão face às de ciclo combinado.

Já as emissões indiretas de âmbito 2, que incluem as associadas às perdas nas redes de transporte e distribuição, bem como aos autoconsumos nas centrais elétricas e aos consumos de elecricidade nos edifícios administrativos, aumentaram 41% em 2019, para 850 mil toneladas de CO2, devido ao aumento da energia elétrica distribuída pela EDP, mas produzida por terceiros.

As emissões de âmbito 3 compreendem todas as restantes emissões indiretas na cadeia de valor: combustíveis e energia, a montante, e uso de produtos vendidos (gás comercializado), a jusante. Em 2019, as emissões de âmbito 3 totalizaram 11,7 milhões de toneladas de CO2, sendo de realçar o aumento de 5% das emissões a montante, devido ao maior uso de gás natural nas centrais termoelétricas, e também um aumento das emissões a jusante (2%), devido ao maior volume de gás comercializado aos clientes finais.

“Precisamos de ação mais célere sobre as alterações climáticas”, diz CEO da EDP

No final de 2019, a EDP subscreveu o compromisso 1,5°C – “Business Ambition for 1.5°C – Our Only Future”, promovido pelas Nações Unidas, juntamente com 87 grandes empresas a nível mundial. Neste contexto, a EDP comprometeu-se a estabelecer uma meta de redução de emissões de CO2 consistente com o que a ciência climática define como necessária para limitar o aquecimento global ao nível mais exigente do Acordo de Paris.

A SBTi é uma organização não-governamental (ONG) que nasceu da colaboração entre o Carbon Disclosure Project (CDP), a UN Global Compact (UNGC), o World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF). O seu objetivo passa por mobilizar as empresas a definirem metas com níveis de ambição alinhados com a ciência e, assim, promover uma transição acelerada para uma economia de baixo carbono.

A EDP comprometeu-se igualmente a divulgar a informação sobre alterações climáticas como dever fiduciário, de acordo com os requisitos do Climate Change Reporting Framework (CCRF).

Em setembro de 2020, a EDP assinou uma carta com quase 160 outras empresas a pedir aos dirigentes da União Europeia para apoiarem a ambição estabelecida de redução das emissões de gases de efeito de estufa em pelo menos 55% até 2030.

Para Miguel Stilwell de Andrade, CEO interino da EDP, “a ciência climática e a sociedade civil estão totalmente de acordo – precisamos de uma ação mais célere sobre as alterações climáticas a partir de agora. A orientação regulamentar definida pela UE proporcionou um enorme crescimento em áreas como as energias renováveis e devemos manter a dinâmica da política se quisermos registar mudanças semelhantes em áreas como os transportes, o aquecimento e a indústria pesada. Vamos apoiar os decisores políticos em cada etapa do caminho para um mundo neutro em carbono em 2050.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acesso facilitado ao subsídio de desemprego só com novo pedido

Se ficou sem emprego durante o estado de emergência ou calamidade, deve apresentar um novo pedido de subsídio de desemprego para beneficiar da flexibilização desse apoio.

Os trabalhadores que tenham perdido o seu posto de trabalho durante o estado de emergência ou o estado de calamidade e que queiram beneficiar da recente flexibilização do acesso ao subsídio de desemprego devem entregar um novo pedido de apoio à Segurança Social, esclareceu, esta sexta-feira, o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião com os parceiros sociais.

O Governo aprovou, na semana passada, em Conselho de Ministros a regulamentação que estava em falta para colocar em prática a flexibilização do acesso ao subsídio de desemprego ditada pelo Orçamento Suplementar para 2020. Assim, a medida que estava prevista desde o final de julho só agora ficará efetivamente disponível.

Falta apenas o “sim” do Presidente da República e a publicação do diploma em Diário da República, para que, nos casos em que a perda do posto de trabalho tenha acontecido durante o estado de emergência ou de calamidade, passe a ser preciso ter apenas 180 dias de descontos para a Segurança Social, nos últimos 24 meses para ter direito à prestação em causa.

Em circunstâncias normais, o prazo de garantia para ter acesso a esta prestação é de, pelo menos, 360 dias de descontos nos últimos 24 meses, ou seja, reduz-se para metade as contribuições necessárias para ter acesso a este apoio, nos casos referidos.

Questionada sobre seria preciso entregar um novo pedido de subsídio, na conferência de imprensa após a referida reunião de Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva indicou que não seria necessário apresentar um novo pedido de subsídio de desemprego para beneficiar destas regras especiais. A Segurança Social estava, contudo, a pedir aos desempregados que o fizessem.

Esta sexta-feira, Pedro Siza Vieira esclareceu que é mesmo preciso enviar um novo pedido de subsídio de desemprego, caso se pretenda beneficiar do prazo de garantia reduzido. Ou seja, não será a Segurança Social a averiguar oficiosamente que pedidos indeferidos têm direito a “luz verde” face ao novo quadro legal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Europa foi o principal disseminador do novo coronavírus

  • Lusa
  • 30 Outubro 2020

Através da análise de 27.000 genomas do SARS-CoV-2, uma equipa de investigadores concluiu que o vírus teve um epicentro na China, mas foi a partir da Europa que mais se espalhou para o mundo.

Uma equipa das universidades do Minho e de Huddersfield (Reino Unido) “comprovou geneticamente” que o novo coronavírus surgiu na China, mas foi a partir da Europa que mais se espalhou para o mundo, divulgou esta sexta-feira aquela academia minhota.

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) refere que a conclusão está num estudo que acaba de sair na revista “Microorganisms” e que analisou 27.000 genomas daquele vírus em todo o mundo.

Os coordenadores do trabalho, Teresa Rito e Pedro Soares, explicam que o vírus SARS-CoV-2 teve um epicentro na China em janeiro de 2020 e “uma só linhagem desse vírus, vinda do Leste Asiático, acabou por ter uma disseminação maciça na Europa”, tornando-se no “principal ator da propagação mundial no mês de março”.

Essa linhagem é responsável pela grande maioria dos casos detetados globalmente e espalhou-se inclusive para a origem no Leste Asiático”, acrescenta o artigo científico. Ou seja, sustentam, a pandemia foi alimentada principalmente pela sua expansão dentro e fora da Europa.

“Parece provável que as proibições globais de viagens na segunda quinzena de março ajudaram a diminuir o número de intercâmbios intercontinentais, especialmente da China, mas foram menos eficazes entre a Europa e a América do Norte até abril, muito depois das proibições impostas”, esclarecem os investigadores.

A equipa científica envolveu Pedro Soares, do Centro de Biologia Molecular e Ambiental e professor da Escola de Ciências da UMinho, Teresa Rito e Margarida Correia-Neves, ambas do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e professoras da Escola de Medicina da UMinho, além de Maria Pala e Martin Richards, da Universidade de Huddersfield, sendo cofinanciada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP procura novos talentos do fado

A fadista Carminho é a embaixadora do concurso "EDP Tanto Fado", mais uma iniciativa que vem reforçar o posicionamento da marca no território da música.

“Barulho, que se vai cantar o fado!” é o mote do novo projeto que a EDP lança: ‘EDP Tanto Fado’, apresentado no Museu do Fado, em Lisboa.

O concurso quer descobrir novos talentos da música num dos estilos mais populares do país, o fado, e levá-los a grandes palcos. As inscrições já estão abertas e os participantes poderão revelar os seus dotes e a sua alma de fadista e ganhar uma oportunidade de projeção no meio musical, sendo que o vencedor desta 1ª edição irá atuar no palco EDP Fado Café na próxima edição do NOS Alive e gravar um álbum com a Sony Music Portugal.

“Desde 2009 que a EDP está no território da música, e agora lançamos um concurso para descobrir novos talentos de Fado. A ideia de “barulho” quer dizer que queremos mais vozes, mais ritmo, mais alma” explicou Teresa Loreto, responsável da marca EDP.

A fadista Carminho é a embaixadora do projeto, fará parte de um workshop exclusivo com os finalistas e irá atuar na grande final, agendada para 20 de dezembro. O vencedor será escolhido pelo júri do concurso nesta final.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal espera ter fundos europeus disponíveis logo no início de 2021

Nelson Sousa avançou que "a ambição é ter o processo de negociação concluído "logo no final do primeiro trimestre", para que Acordo de Parceria e PO Regionais e temáticos "possam entrar em vigor".

“Acreditamos ser ainda possível ter o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) aprovado até ao final deste ano e que os fundos europeus possam estar disponibilizados logo no início de 2021“. A convicção foi expressa esta manhã pelo ministro do Planeamento, no âmbito do debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2021. “Todas as barreiras, por mais difíceis que sejam, têm de ser ultrapassadas, dada a urgência”, sublinhou Nelson Souza.

O Governo garante estar a fazer tudo o pode para que não seja por responsabilidade sua eventuais atrasos na atribuição das verbas. Para isso, estão a ser levadas a cabo negociações “técnicas e informais”, ao nível do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), do REACT EU e do próximo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, para que assim que houver disponibilidade Portugal possa submeter as suas propostas formais.

“O PRR supõe a aprovação do QFP. Quando este for aprovado, é aprovado o regulamento. E quando o regulamento for aprovado poderemos apresentar a nossa proposta definitiva”, explicou Nelson Souza. “Quando esta for aprovada virá o primeiro adiantamento que corresponde a 7% do valor total, ou seja mais de 900 milhões de euros”, precisou.

As tranches subsequentes, ao contrário do que acontece nos fundos estruturais normais, vão depender da comprovação do cumprimento das metas acordadas com Comissão Europeia em cada um dos projetos. “A metodologia é diferente, o que pode requerer necessidades de financiamento diferentes“, admitiu o responsável, que garantiu aos deputados continuar a ter “a coordenação operacional e política” dos fundos, nomeadamente ao nível do PRR, na sequência da estrutura de controlo montada.

“Vai depender do contrato que conseguirmos negociar com Bruxelas, acrescentou Nelson Souza, frisando que para os fundos estruturais as regras se mantém: “Recebemos adiantamento, gastamos e vamos lá buscar o que gastámos”. “Mais do que capacidade de execução, somos convocados a entregar resultados e estamos sujeitos à sua medição”, atirou numa crítica velada às discussões em torno da taxa de execução dos quadros comunitários, que no terceiro trimestre se situa em 53%. No entanto, o ministro teve o cuidado de sublinhar que não opina se as regras do PRR são melhores ou piores, mas admite que são “seguramente mais exigentes”.

Apesar deste aparente otimismo quanto à disponibilidade de verbas comunitários, Nelson Souza, logo na sua intervenção inicial, reconheceu que o Executivo não está a ignora “as dificuldades” que o QFP está a ter quer seja “no diálogo com o Parlamento Europeu seja na aprovação final do próprio Orçamento”, tendo em conta as discussões em torno do Estado Direito e “as limitações no processo de decisão da UE”.

A estratégia de utilização dos fundos, na opinião do ministro do Planeamento, só pode ser “totalmente entendida” quando analisada em conjunto. Assim, o PRR “confere menos tempo para aprovação dos projetos e menos tempo para a sua execução, apensas seis anos”, mas oferece, em contrapartida “maiores facilidade e liberdades de programação com uma taxa de cofinanciamento de 100%, como não acontece nos fundos estruturais normais”. O Governo conta ainda com o Next Generation EU e o REACT que complementarão o PRR, através do financiamento de despesas mais urgentes e mais ligadas à crise pandémica como o setor da saúde, mecanismo de apoios às empresas na áreas do trabalho e outras ajudas às PME. E ainda os 21 mil milhões de euros, do próximo quadro comunitário 2021-2027, onde haverá a “possibilidade de programar para complementar os apoios do PRR”.

Nelson Sousa recordou que na reunião de Conselho de Ministros de quinta-feira foi decidida a arquitetura global do PT2030, e avançou que “a ambição é ter o processo de negociação concluído “logo no final do primeiro trimestre”, para que o Acordo de parceria e os Programas Operacionais Regionais e temáticos “possam entrar em vigor o mais cedo possível. “É nesse sentido que estamos a trabalhar e é por isso que muitas das opções que estão a ser tomadas no quadro do PRR apenas são mais bem entendidas quando complementadas com este programa de utilização dos fundos estruturais”, sublinhou.

Por exemplo, foi necessário introduzir no PRR o financiamento de equipamento hospitalar na área Metropolitana de Lisboa, porque este tipo de despesa não seria elegível no PT2030. Já medidas como o lay off e de apoio direto ao emprego não estão no PRR mas serão, sobretudo, financiadas pelo SURE.

“O grande desafio é fazer depressa e bem. Decidir bem de acordo com os critérios e aprovar o que contribui para o bem comum e fazê-lo com segurança de que os dinheiros públicos estão a ser bem aplicados”, afirmou o ministro do Planeamento ciente de que está a desafiar a sabedoria popular. Mas além de “decidir bem” é preciso encontrar “soluções inteligentes”. “Assumimos como o nosso desafio interpretar bem os regulamentos, de forma inteligente, e esperamos o contributo de todos“, sublinhou. Nelson Souza garantiu aos deputados que Portugal, apesar de respeitar as diretivas comunitárias para que 37% do plano fosse dedicado à transição climática e 20% à transição digital, “nunca deixou de responder às necessidade efetivas do país”. Necessidades essas que “correspondem às reformas estruturais que o pais precisa” em termos de vulnerabilidades sociais, reforço do tecido produtivo ou da coesão territorial.

Nelson Souza sublinhou ainda a importância de Portugal continuar a utilizar os programas europeus de decisão mais centralizada, como é o caso do Horizon — onde tivemos Portugal tem neste quadro “um belíssimo resultado”, e já tem a prática de cofinanciar com programas nacionais a parte não coberta pelo Horizon — ou do Connecting Europe Facility (CEF), destinado às infraestruturas.

O debate aqueceu à direita, com a promessa de reforço das equipas dedicadas aos fundos comunitários. Nelson Souza garante que nunca esteve em cima da mesa mil novos técnicos, mas admite que se a área do Planeamento vai “ter três vezes mais trabalho”, deverá ter um reforço do pessoal, até porque “a tecnologia desempenha um papel fundamental na procura de respostas de capacidade, mas sem pessoas a operar, essa tecnologia não existe”. “É nessa base que trabalharemos e estamos a montar as soluções”, explicou o ministro precisando que as 17 mil candidaturas para as mil vagas oferecidas atrasaram o processo de seleção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo descarta cercas sanitárias e confinamento geral, mas pondera recolher obrigatório

O Governo apresentou aos parceiros sociais as medidas que estão a ser ponderadas face ao agravamento da pandemia, admitindo impor o recolher obrigatório.

Nem o estabelecimento de cercas sanitárias nem o confinamento geral estão, por enquanto, em cima da mesa. Em contrapartida, o Governo admite vir a impor o recolher obrigatório, à semelhança do que já foi feito noutros países europeus. E está a ponderar estender as restrições atualmente em vigor em Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousadas a outros municípios, em função de critérios epidemiológicos específicos.

“Não consultámos os parceiros sobre a hipótese das cercas sanitárias. Falámos da hipótese de recolher obrigatório e afastámos a hipótese de um confinamento geral”, garantiu o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas à saída da reunião de Concertação Social.

O governante reconheceu, contudo, que da parte dos parceiros sociais há dúvidas sobre a eficácia dessa medida, já que as situações de contágio não tendem a ocorrer na via pública, durante a noite. Depois das críticas feitas pelos patrões ao recolher obrigatório, o ministro assegurou que o impacto económico “seria previsivelmente inferior ao [resultante do confinamento] que tivemos na primavera”.

Pedro Siza Vieira adiantou também que, a par do recolher obrigatório, foi discutida a possibilidade de estender as restrições já em vigor nos três referidos municípios portugueses a outros, consoante a evolução da pandemia nessas regiões. A hipótese de impor medidas “município a município” deverá ser guiada por critérios epidemiológicos específicos, como o número de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias e o ritmo dos contágios, indicou o governante.

Novos apoios a empresas e famílias em avaliação

Perante o agravamento da situação sanitária e a aplicação de medidas mais duras, o Governo está a ponderar, por outro lado, estender e aumentar as medidas de apoio às empresas e às famílias. Questionado sobre se esse reforço chegará ainda este ano, Pedro Siza Vieira defendeu que o Executivo deve avaliar as novas medidas tão cedo quanto necessário.

A ministra do Trabalho acrescentou, por sua vez, que as medidas desenhadas para suceder ao lay-off simplificado (o apoio à retoma progressiva e o incentivo à normalização) já abrangem 58 mil empresas e 470 mil trabalhadores. Ana Mendes Godinho detalhou que a maior parte dos empregadores que escolheram o apoio à retoma progressiva têm quebras superiores a 75%, o que lhes permite cortar os horários a 100% e receber um apoio mais robusto da Segurança Social para o pagamento dos salários.

Sobre o eventual regresso do teletrabalho obrigatório, o ministro da Economia lembrou que tal medida já está a ser aplicada nos três municípios onde vigoram restrições mais musculadas e que, para o resto do país, há a recomendação de o adotar, caso não haja condições nas empresas para se manter o distanciamento social entre os trabalhadores.

Siza Vieira explicou que os parceiros sociais foram auscultados sobre o alargamento da obrigatoriedade do trabalho remoto a todo o país, tenho recebido, contudo, uma resposta negativa, de modo generalizado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 80% das camas Covid-19 estão ocupadas

Mais de 80% das camas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) destinadas à Covid-19 estão ocupadas. O SNS está sob uma "pressão adicional", diz o secretário de Estado da Saúde.

Os dias passam e vão-se batendo novos recordes no que diz respeito à pandemia. Esta sexta-feira, com mais de 4.600 novos casos e 40 mortes nas últimas 24 horas, o Governo afirmou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está sob “pressão adicional”. Mais de 80% das camas destinadas a doentes com coronavírus estão ocupadas e, para dar resposta ao evoluir da situação, o SNS vai continuar a ser reforçado.

Os números são, claramente, superiores aos de março e abril e, naturalmente, colocam uma pressão adicional sobre o SNS, apesar da preparação que foi realizada ao longo destes meses”, disse o secretário de Estado da Saúde, em conferência de imprensa. Esta sexta-feira foram registados 4.656 novos casos de infeção e mais 40 mortes, dois números recorde desde que a pandemia apareceu no país, no início de março.

Mas foi também batido um novo máximo no que diz respeito ao número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), que se fixa agora em 275. Sobre este ponto, Diogo Serra Lopes detalhou que, face a 15 de outubro, “foram disponibilizadas a doentes Covid mais 617 camas de enfermaria e mais 93 camas em UCI dentro do SNS”.

Esta quinta-feira, continuou, a “taxa de ocupação global de camas de enfermaria dedicadas ao Covid foi de 84% e a taxa de ocupação global em camas de UCI dedicadas ao Covid foi de 81%”. No norte a ocupação das UCI é de 88%, sendo esta a “região com mais pressão”, enquanto em Lisboa e Vale do Tejo se regista uma taxa de ocupação de 84%.

O secretário de Estado notou que “continuaremos a enfrentar semanas difíceis na evolução desta pandemia” mas que “o SNS respondeu, está a responder e continuará a responder à pandemia”. “Quero deixar claro que a capacidade atual do SNS continuará a ser expandida na medida do necessário para garantirmos os melhores cuidados de saúde a todos, num contexto de incerteza e evolução rápida da pandemia a nível global”, disse.

“Estamos convictos e esperançosos de que estão a ser dados bons passos para que exista a disponibilidade de uma vacina entre final deste ano e princípio do próximo, naturalmente em quantidades limitadas. É algo que aguardamos com expectativa”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cuatrecasas assessora Indico na captação de 4,25 milhões de euros para a Nutrium

A equipa da Cuatrecasas foi liderada pelo sócio Vasco Bivar de Azevedo, da área de societário e M&A, e o associado da mesma área João Stock da Cunha.

A Cuatrecasas assessorou juridicamente a Indico Capital Partners no fecho de uma ronda de investimento seed para a startup Nutrium, num valor total de 4,25 milhões de euros.

A equipa da Cuatrecasas que participou na operação foi liderada pelo sócio Vasco Bivar de Azevedo, da área de societário e M&A e especializado em Venture Capital, e o associado da mesma área João Stock da Cunha.

“Com este investimento, a Nutrium planeia duplicar a equipa nos próximos 24 meses, para se concentrar no desenvolvimento da plataforma e na expansão das vendas globais. O plano de expansão global vai reforçar a presença da aplicação em mercados como Espanha, França, Itália, Estados Unidos da América e Reino Unido, onde a empresa já possui uma forte base de clientes”, refere a Cuatrecasas em comunicado.

Outros investidores prévios, como a PRIMAVERA – BSS, a Portugal Ventures e a SBS StartupBraga também participaram nesta ronda de investimento, que contou também com a participação relevante do Fundo para Inovação Social gerido pela PME Investimentos.

A Nutrium é uma startup digital da área da saúde que liga nutricionistas e pacientes por intermédio de uma aplicação. Apoia mais de 80.000 nutricionistas e 800.000 pacientes em mais de 40 países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Segurança, proteção do ambiente ou professor são os cursos menos atrativos

  • Lusa
  • 30 Outubro 2020

Continua a haver uma preferência pelas universidades: em cada cinco alunos, três seguem para a universidade e dois para um instituto politécnico.

Serviços de segurança, agricultura e pescas, proteção do ambiente ou a carreira de professor continuam a ser as áreas com menos procura pelos jovens, segundo os resultados do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES).

Os resultados da 3.º e última fase do CNAES hoje divulgados mostram que existem cursos nas áreas de educação e formação que continuam a ficar com muitas vagas por preencher.

Este ano, todas as instituições de ensino superior aumentaram a taxa de ocupação das vagas iniciais: Agora foram ocupadas 94% das vagas iniciais, enquanto em 2019 foram 91%.

No entanto, existem cursos que ficam abaixo desta média, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

As áreas relacionadas com Serviços de Segurança foram, em termos percentuais, os menos procurados: Apenas 24 alunos ficaram colocados num dos 52 lugares disponíveis, ou seja, a maioria das vagas ficou vazia (cerca de 54%).

Também a agricultura, silvicultura e pescas continuam a ser áreas pouco atrativas. Através do CNAES deste ano foram ocupadas apenas 56,5% das vagas.

Nesta lista aparecem também as indústrias transformadoras (preenchidas 68,8% das vagas) e os cursos relacionados com a Proteção do Ambiente (74,7%).

Nos cursos relacionados com Arquitetura e Construção assim como com Informática, duas em cada dez vagas ficaram por preencher.

Mantendo a tendência que se vem registando nos últimos anos, os cursos para a formação de professores e formadores e Ciências da Educação também continuam a ficar com muitas vagas vazias.

Numa altura em que as escolas se queixam da falta de professores, os cursos continuam sem encher: Este ano abriram 1.345 vagas, das quais foram preenchidas 1.178, ou seja, 87,6%.

No final das três fases do concurso sobraram 2.006 lugares, que poderão ser ocupadas quer pelos alunos que pretendam mudar de curso assim como através das outras formas de ingresso, tais como os concursos e regimes especiais, adaptados ao perfil dos estudantes.

Este ano, o CNAES permitiu a colocação de quase 53 mil alunos no ensino superior público, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano passado.

Continua a haver uma preferência pelas universidades: Em cada cinco alunos, três seguem para a universidade e dois para um instituto politécnico.

As cinco instituições que abriram mais vagas iniciais foram a Universidade de Lisboa, Universidade do Porto, o Instituto Politécnico do Porto, a Universidade de Coimbra e a Universidade do Minho.

O MCTES mantém as estimativas de ter este ano cerca de 95 mil alunos colocados no ensino superior.

As inscrições dos estudantes agora colocados na terceira fase do CNAES começam hoje e terminam a 03 de novembro junto da instituição de ensino superior.

Os resultados desta terceira fase do concurso estão disponíveis na internet no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior: http://www.dges.gov.pt.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais de 53 mil alunos no Ensino Superior, um aumento de 15%

  • Lusa
  • 30 Outubro 2020

No final das três fases do concurso sobraram 2.006 lugares, o que é menos do que no ano passado, quando sobraram 2.607 vagas.

Mais de 53 mil alunos entraram no ensino superior público através do Concurso Nacional de Acesso, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano passado, segundo dados do Ministério do Ensino Superior.

A conclusão da 3.ª e última fase do Concurso Nacional de Acesso 2020 (CNA) mostra que este ano foram admitidos 52.963 estudantes no ensino superior público.

Em relação ao ano passado este valor representa um aumento de 15% de alunos que conseguiram um lugar numa universidade ou instituto politécnico através do CNA, uma vez que em 2019 entraram pouco mais de 46 mil alunos.

Comparando as instituições de ensino superior, houve um maior aumento percentual de alunos nos politécnicos (mais 18%) do que nas universidades, que cresceram 15% em relação ao ano passado.

Os Institutos Politécnicos de Beja, Portalegre e Guarda foram os que registaram os maiores aumentos percentuais de alunos, com um crescimento de 50%, 47% e 43%, respetivamente.

No entanto, em termos absolutos, estes aumentos representam muitas vezes um número real baixo. Em Beja, por exemplo, haverá mais 124 estudantes do que no ano passado, já que em 2019 entraram 249 e agora ficaram colocados 373 alunos.

Em termos percentuais, a Universidade do Algarve surge em quarto lugar ao lado do Instituto Politécnico de Bragança, ambos com um crescimento de 31%. Mas, no Algarve, o número de alunos sobe de 1.287 para 1.684, ou seja, mais 397 alunos.

Assim, no que toca ao número total de alunos, continua a haver uma preferência pelas universidades: Em cada cinco alunos, três seguem para a universidade e dois para um instituto politécnico.

Em termos percentuais, também se nota um maior aumento percentual nas instituições do interior. Para a tutela, este crescimento “é reflexo das medidas de redistribuição territorial de vagas assumidas durante a presente legislatura”.

Nesta 3.º e última fase do CNA, entraram 1.466 estudantes, dos quais 950 não tinham ainda qualquer matrícula.

Outro dado revelado pelos números avançados pela tutela é que a taxa de ocupação de vagas aumentou face ao ano passado: Agora foram ocupadas 94% das vagas iniciais, enquanto em 2019 foram 91%.

Todas as instituições ensino superior aumentaram a percentagem de ocupação de vagas face ao ano anterior.

As cinco instituições que abriram mais vagas iniciais foram a Universidade de Lisboa (7.741 lugares), Universidade do Porto (4.691), o Instituto Politécnico do Porto (3.378), a Universidade de Coimbra (3.354) e a Universidade do Minho (3.107).

No final das três fases do concurso sobraram 2.006 lugares, o que é menos do que no ano passado, quando sobraram 2.607 vagas.

No entanto, algumas das vagas disponíveis poderão ser ocupadas quer pelos alunos que pretendam mudar de curso assim como através das outras formas de ingresso, tais como os concursos e regimes especiais, adaptados ao perfil dos estudantes.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior mantém as estimativas de ter este ano cerca de 95 mil alunos colocados no ensino superior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há 4.656 novas infeções por Covid-19. Mortes batem recorde diário

Foram identificados 4.656 novos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um novo máximo. O número diário de mortes e de internados em cuidados intensivos foi também recorde.

Depois de ultrapassar a barreira dos quatro mil casos diários, Portugal voltou a atingir um novo máximo. Foram identificados 4.656 novos casos de Covid-19, elevando para 137.272 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 3,51%. O número de mortes diárias também atingiu um recorde, com 40 óbitos contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

As últimas 24 horas foram ainda marcadas por outro máximo, no número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), que se fixa agora nas 275, mais seis que no balanço anterior. O recorde anterior era de 271 pessoas na UCI, em abril. A ministra da Saúde tinha já adiantado, na quarta-feira, que Portugal deveria superar o número de doentes em UCI na primeira vaga, o que acabou por ocorrer nesta sexta-feira. Já o total de pessoas internadas aumentou em 93 para se fixar nas 1.927.

Há ainda 65.305 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 879 do que no balanço de quinta-feira. Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 1.747 recuperados. No total, mais de 77 mil pessoas recuperaram da doença. Já o número de vítimas mortais da Covid-19 subiu para 2.468.

Boletim epidemiológico de 30 de outubro:

Há agora 57.355 casos ativos, a lutarem contra a doença, mais 2.869 pessoas do que no balanço anterior. Tal como se tem verificado nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 4.656 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 2.831 localizam-se nesta região (60,8%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 1.357 novas infeções (29%).

O Norte mantém-se, então, como a região com mais casos até ao momento (61.427 casos de infeção e 1.088 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (57.937 casos e 980 mortes), do Centro (11.735 casos e 312 mortes), do Algarve (2.699 casos e 27 mortes) e do Alentejo (2.673 casos e 46 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 366 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 435 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

(Notícia atualizada às 14h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.