Hoje nas notícias: SNS, cartas de condução e PNI

  • ECO
  • 28 Outubro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Alguns doentes com Covid-19 já estão a ser encaminhados pelo SNS para hospitais privados. O dia fica ainda marcado pela nota de que há milhares de condutores a serem apanhados com a carta caducada e que a IP está a ser reforçada com 100 novos quadros. Esta quarta-feira é dia de eleições no Benfica e os portugueses consideram que a Operação Lex mancha gravemente a Justiça portuguesa.

SNS está a enviar doentes com Covid-19 para o privado

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) já começou a enviar doentes com Covid-19 para hospitais privados. Exemplo disso foi o Hospital-Escola Fernando Pessoa, em Gondomar, ter recebido dez utentes infetados com o novo coronavírus. O contacto foi feito pelo Hospital de Penafiel, que está também a transferir doentes para outras unidades públicas por não conseguir dar resposta à elevada afluência verificada nos últimos dias. O Hospital-Escola Fernando Pessoa, por sua vez, diz ter capacidade para receber mais duas dezenas de pacientes. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

IP reforçada com 100 quadros para responder ao PNI 2030

A Infraestruturas de Portugal (IP) está a recrutar 100 novos quadros para dar resposta à execução dos projetos previstos no quadro do programa Ferrovia 2020, que tem de estar concluído até ao final de 2023, bem como no âmbito do Plano Nacional de Infraestruturas (PNI) definido para a próxima década. Apresentado na semana passada, o PNI 2030 vai implicar o desenvolvimento de projetos de mais de dez mil milhões de euros na ferrovia e na rodovia. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível).

Operação Lex mancha gravemente a Justiça portuguesa

Um estudo da Intercampus para a CMTV concluiu que 54,8% dos inquiridos consideram que a Justiça portuguesa fica penalizada de forma muito grave pela Operação Lex, um caso que tem 17 arguidos, entre os quais três juízes, incluindo Rui Rangel. Outros 27,3% consideram que o caso mancha a Justiça de forma grave. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Milhares são apanhados a conduzir com cartas caducadas

A carta de condução tem de ser renovada aos 50 anos de idade, um processo que pode ser feito online. No entanto, milhares de condutores são “apanhados” pelas autoridades a conduzirem com cartas caducadas há mais de cinco anos. Em 2020, as autoridades já detiveram 6.492 pessoas nestas situações e a maioria alega desconhecer a mudança na lei. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Benfica vai hoje a eleições

Os sócios do Benfica são chamados, esta quarta-feira, a votar em quem querem que assuma a presidência do clube até 2024. Na corrida está o atual presidente, Luís Filipe Vieira, que concorre para um sexto mandato à frente das “águias”, mas também João Noronha Lopes e Rui Gomes da Silva. As eleições iam também contar com Bruno Costa Carvalho, mas a lista C desistiu da corrida eleitoral esta terça-feira. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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5 coisas que vão marcar o dia

A época de resultados intensifica-se no PSI-20 enquanto o Parlamento continua a debater o Orçamento do Estado para 2021.

O Orçamento do Estado (OE) para 2021 continua a centrar atenções, num dia em que há também eleições no Benfica e dados sobre a banca europeia. Na bolsa, o foco são as contas da EDP e Jerónimo Martins, bem como os resultados das duas OPA no grupo Sonae.

OE 2021 votado com aprovação garantida

O debate sobre o Orçamento do Estado para 2021 continua esta quarta-feira, dia em que a proposta será votada na generalidade. A aprovação é garantida com os votos a favor do PS (108 deputados), bem como a abstenção do PCP (10), do PEV (2), do PAN (3) e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira. Contra a proposta do Orçamento vão votar o PSD (79 deputados), o Bloco de Esquerda (19), o CDS-PP (5), o Chega (1) e o Iniciativa Liberal (1).

Resultados da OPA da Efanor à Sonae Capital e à Sonae Indústria

As ofertas públicas de aquisição (OPA) simultâneas da holding da família Azevedo, a Efanor, sobre a Sonae Capital e Sonae Indústria terminaram e os resultados são conhecidos esta quarta-feira. A acionista prescindiu das condições de sucesso, pelo que todas as ordens de venda serão satisfeitas, independentemente do número global das mesmas. E já admitiu vir a proceder à aquisição potestativa das ações que não conseguir comprar.

Resultados do PSI-20 aceleram com EDP e Jerónimo Martins

A época de resultados continua a acelerar na sessão desta quarta-feira, numa altura em que os investidores começam a ter maior clareza sobre o impacto da pandemia nas maiores empresas da bolsa portuguesa. Depois de o início da semana ter sido marcado pelas contas da Galp Energia e da Navigator, é a vez dos pesos pesados do índice EDP e Jerónimo Martins divulgarem resultados referentes aos primeiros nove meses do ano.

Supervisor europeu debate situação da banca

O presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria, vai participar numa sessão de perguntas e respostas organizadas pelo European Savings and Retail Banking Group (ESBG). Vai falar sobre o impacto da Covid-19 na banca de retalho, numa altura em que é esperada uma onda de consolidação no setor, incluindo pelos portugueses.

Benfica elege novo presidente

As eleições para os órgãos sociais do Benfica estão marcadas para esta quarta-feira, entre as 8h00 e as 22h00, no Pavilhão n.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa, e em 24 casas do clube. Os candidatos para o quadriénio 2020-2024 são Luís Filipe Vieira (lista A), João Noronha Lopes (lista B) e Rui Gomes da Silva (lista D) após a desistência de Bruno Costa Carvalho.

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Teleperformance testa novo modelo. Pode contratar pelo mundo

Teleperformance criou campus virtual para melhorar work-life balance dos trabalhadores e quer ter 4.000 pessoas a trabalhar a partir de casa até final do ano. Solução foi desenvolvida internamente.

Uma sala de equipa onde todas as pessoas estão em contacto umas com as outras. Salas “de café” onde os trabalhadores podem conversar sobre temas que excluem o trabalho. Espaços de trabalho e sociais onde as pessoas podem continuar a interagir umas com as outras. Em plena pandemia, o escritório digital da Teleperformance está montado. Tudo para que, evitando contacto pessoal em transportes públicos e nas deslocações do dia-a-dia, por exemplo, e garantindo que as dificuldades técnicas não afetam o trabalho, tudo é entregue com a celeridade do costume.

Desenvolvido pelas equipas internas da Teleperformance desde o último trimestre do ano passado, no sentido de ajudar a empresa a “caminhar em direção a uma melhoria de work-life balance e proporcionar funcionamento sem a pessoa sair do seu ambiente”, o Campus Virtual é uma ferramenta que tem como um dos seus objetivos essenciais manter a cultura da organização intacta. Além disso, assegura um contacto constante entre as pessoas, o feedback contínuo da supervisão e um conjunto de atividades extra-laborais de que as pessoas podem usufruir. De momento, a empresa conta com 100 colaboradores no seu cloud campus, mas o número não pára de crescer ao mesmo tempo que o modelo é maturado. “As soluções tecnológicas já existiam, fomos melhorando os sistemas internos, as ferramentas que os clientes já usam e, progressivamente, vamos aumentando o número de clientes que podem usufruir destes sistemas”, assinala o responsável.

Além do trabalho à distância, a ferramenta abriu a possibilidade de a Teleperformance contratar equipa fora dos grandes centros urbanos nacionais e, inclusivamente, fora do país. “Com o Campus Virtual, temos pessoas a colaborar connosco como complemento ao trabalho principal e a possibilidade de contratar recursos a partir, por exemplo, de Bragança, onde não temos nenhum polo. A distância geográfica neste modelo não existe”, assinala João Tavares, diretor de recursos humanos da Teleperformance.

“Flexibilidade” como nome do meio

“Tal como podemos contratar pessoas em qualquer parte do mundo, a pessoa pode decidir quantas horas quer trabalhar”, explica o responsável. Atualmente, a Teleperformance tem cerca de 9.000 das 10.600 pessoas a trabalhar a partir de casa. A pandemia levou também a empresa a reduzir as contratações numa primeira fase mas o número de recrutados “tem vindo a crescer”. A partir dessa altura, os trabalhadores tiveram formação a partir de casa — nalguns dos casos até no estrangeiro –, e assim que foram levantadas as restrições para viajar, tudo foi retomando a normalidade.

“Com o Cloud Campus, garantimos ter um floor, escritório digital e as equipas a interagirem do ponto de vista digital”, explica o profissional. A ferramenta foi resultado de um trabalho que já vinha a ser preparado e cuja adaptação a pandemia acelerou. “Quando tivemos de transferir o trabalho para casa, o que nos valeu na altura foi o facto de termos um campus digital montado, que foi possível replicar para garantir o acompanhamento das pessoas no seu dia-a-dia. O desafio não era tanto tecnológico, de transportar os computadores, mas garantir a presença das pessoas”, assinala.

“O grande desafio é a flexibilidade, que está a transformar as dinâmicas de gestão de recursos humanos. A partilha de um espaço digital e não de um espaço físico de trabalho exige outras competências sociais“, alerta João Tavares.

A partir do desconfinamento, a Teleperformance foi construindo, passo a passo, o mapa de regresso ao escritório, considerando primeiros os voluntários que manifestavam essa vontade e, só depois, todos os outros. Critérios como uma proximidade ao escritório a caminhar foram alguns dos mais valorizados.

“Dos cerca de 8.000 técnicos de call center que trabalham na Teleperformence, cerca de 70% são estrangeiros, e contam 95 nacionalidades, maioritariamente europeus. Temos russos, hebreus, japoneses, num total de profissionais a falar 36 idiomas”, nota o responsável pelas pessoas da Teleperformance.

Por outro lado, acrescenta João, o serviço “depende dos clientes”. “Ao nível do staff – 1.900 pessoas -, já conseguimos identificar quais as funções que têm de estar 100% no escritório, de apoio à operação, outras que serão um híbrido, e também as funções que efetivamente podem estar sempre a caminho de casa. No entanto, ainda não avançámos para esta decisão mas já sabemos que, no novo normal, potencialmente 30% das funções têm de voltar para o escritório”, assinala o responsável.

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Orçamento do Estado para 2021 vai a votos. Você já fez o seu?

A elaboração de um orçamento familiar é uma das ferramentas mas importantes para garantir a saúde das finanças pessoais. Conheça cinco etapas essenciais.

Todos os anos, por esta altura, o Governo constrói o Orçamento do Estado para o ano seguinte. E a rotina repete-se este ano, se bem que “alinhavar” as contas do país para 2021 esteja a ser um pouco mais difícil devido às difíceis negociações com a oposição. Enquanto persiste esse impasse, há uma certeza: sem Orçamento são maiores as dificuldades para o país se conseguir “governar” no próximo ano. E há semelhança do Estado, a elaboração de um orçamento familiar é possivelmente uma das ferramentas mais importantes para garantir uma gestão equilibrada das finanças das famílias.

Mas a importância dessa construção ainda passa ao lado de muitas famílias. O mais recente Inquérito à Literacia Financeira da população portuguesa divulgado em 2016 apontava nesse sentido. Segundo esse inquérito da responsabilidade do Banco de Portugal, quase 30% dos portugueses não tinham o hábito de fazer qualquer planeamento do seu orçamento familiar.

E, contrariamente ao que acontece no Orçamento do Estado, não se trata de um exercício difícil. Fique a conhecer em cinco passos, aqueles que são as principais etapas a ter em conta na elaboração de um orçamento familiar.

1 – Calcule os rendimentos mensais

O primeiro passo a dar na elaboração de um orçamento é contabilizar todas as suas fontes de rendimento. Deve considerar a totalidade dos rendimentos fixos da família, mas também ter em conta os rendimentos pontuais como trabalho extra ou prémios, caso estes existam.

2 – Contabilize as despesas mensais

Seguem-se as contas pelo lado da despesa. Contabilize primeiro todos os gastos fixos do agregado, ou seja aqueles que se repetem todos os meses como é o caso da prestação da casa ou a renda, eletricidade, gás, água, telecomunicações ou seguros. Considere de seguida as despesas que podem assumir valores variáveis, como é o caso da alimentação, o vestuário e o lazer. Deve ainda contabilizar os pequenos gastos pontuais e não se esqueça ainda de considerar as despesas sazonais.

3 – Apure o saldo e avalie a situação financeira

Após contabilizadas as receitas e as despesas, chega a vez de apurar se o saldo do seu orçamento é positivo ou negativo. Caso o saldo seja negativo ou não corresponda ao desejado, procure definir limites mais baixos para as despesas variáveis, por exemplo, e identificar sobretudo gastos supérfluos. Procurar opções de consumo alternativas também pode ajudar a fazer baixar as despesas mensais.

4 – Monitorize o orçamento

Acompanhar a evolução das despesas ao longo dos meses é essencial para medir o pulso ao orçamento da família. É com base neste controle que é possível perceber se este está a fugir do controlo e é também uma boa forma de ir fazendo pequenos ajustes como vista a maximizar o orçamento.

5 – E poupar?

Nem todas as famílias têm margem orçamental para conseguir pôr de lado algum dinheiro, mas sempre que possível procure encaminhar pelo menos uma pequena parcela do rendimento mensal para a poupança. O início do mês é a melhor altura para o fazer. No quadro atual, marcado pela crise pandémica, o exercício de poupança merece especial relevo já que paira ainda muita incerteza relativamente à medida do impacto que terá sobre a economia e, nomeadamente, sobre o emprego.

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Sete respostas sobre o uso obrigatório de máscara na rua a partir de hoje

A partir de agora é obrigatório o uso de máscara nos espaços públicos, quando não é possível o distanciamento social recomendado. Há multas para quem não cumprir, mas também exceções.

Além dos espaços fechados, a partir de agora é obrigatório o uso de máscara para o acesso ou permanência nos espaços e vias públicas. A medida, que até agora era uma recomendação passa, assim, a ser obrigatória, pelo menos durante os próximos 70 dias, sendo que pode ser renovada. E há multas para quem não a cumprir, mas também exceções.

Em sete respostas, saiba tudo sobre esta nova medida com a qual o Governo pretende travar a progressão do novo coronavírus em Portugal, numa altura em que se atingem novos recordes diários de infeções por Covid-19.

Em que circunstância é obrigatório utilizar máscara?

De acordo com o decreto-lei publicado esta quarta-feira em Diário da República, o uso de máscara é obrigatório no acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas, sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”, isto é, pelo menos dois metros.

Esta nova medida não exclui a anterior orientação para o uso obrigatório nos transportes públicos, escolas, comércios e locais fechados em que haja uma elevada concentração de pessoas.

Medida aplica-se a apenas a Portugal Continental ou também nas ilhas?

Esta medida aplica-se a todo o território nacional, com “as devidas adaptações, atendendo às especificidades regionais” das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. De salientar, que o Governo regional da Madeira já tinha decretado o uso obrigatório de máscara nas ruas em todo o arquipélago, no início de agosto.

A medida abrange todas as pessoas ou as crianças estão excluídas?

O diploma é claro quanto a este aspeto. Apenas crianças com 10 ou menos anos não estão obrigadas a utilizarem máscara em espaços públicos. As restantes pessoas sim, contudo, a lei prevê algumas exceções.

Além das crianças, quem fica excluído desta obrigação?

Além da exceção acima mencionada, o decreto-lei salvaguarda quatro exceções que estão dispensadas de utilizar máscara na via pública. Isto é “pessoas que integrem o mesmo agregado familiar, quando não se encontrem na proximidade de terceiros” ou mediante a apresentação de um atestado médico de incapacidade multiusos ou declaração médica” que ateste que a condição clínica ou deficiência cognitiva não permitem o uso de máscaras. Além disso, também não é obrigatório o uso de máscara quando tal “seja incompatível com a natureza das atividades que as pessoas se encontrem a realizar”.

Até quando é obrigatório?

Esta medida entra em vigor um dia após a publicação em Diário da República, isto é, já esta quarta-feira. E vai vigorar durante “70 dias a contar da data da sua entrada em vigor“. Isto significa que será obrigatório usar máscara na rua durante um pouco mais de dois meses. Contudo, a medida pode ser renovada no final desse período.

Quem vai fiscalizar o uso das máscaras?

A fiscalização desta medida ficará a cargo das forças de segurança e das polícias municipais que, numa primeira fase, terão uma papel de “sensibilização e pedagogia” para a importância da utilização de máscara no espaço público, mas que serão ainda responsáveis pela aplicação de coimas em caso de incumprimento.

E se não usar, há multas?

Para os incumpridores desta nova regra, estão previstas multas de entre 100 euros e 500 euros, tal como acontece com o desrespeito pelas restantes normas decretadas no âmbito da situação de calamidade.

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Meo tem dúvidas da “isenção” do leilão do 5G e faz queixa ao Governo

A Altice Portugal queixou-se ao Governo da Ubiwhere, a empresa escolhida pela Anacom por concurso público para desenvolver a plataforma eletrónica do leilão do 5G. Vê ligações a outros operadores.

A Altice Portugal enviou uma queixa ao Governo levantando “dúvidas” sobre a imparcialidade da empresa escolhida para desenhar a plataforma tecnológica onde decorrerá o leilão do 5G. Em causa está a Ubiwhere Lda., escolhida por concurso público num contrato avaliado em 119,8 mil euros.

A queixa, datada de 21 de outubro, é assinada pela responsável da direção de regulação, concorrência e jurídica da Altice Portugal, Sofia Aguiar. Foi enviada ao presidente da Anacom, João Cadete de Matos, ao ministro das Infraestruturas e da Habitação (Pedro Nuno Santos) e ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital (Pedro Siza Vieira).

A dona da Meo, que também enviou as dúvidas em relação à Ubiwhere “aos grupos parlamentares para reforçar algumas preocupações sobre situações graves no âmbito do 5G”, mostra “sérias preocupações” sobre a “potencial falta de isenção e equidistância” da Ubiwhere “face a todos os operadores que se assumem como interessados na atribuição das frequências”.

Na missiva, a que o ECO teve acesso, o grupo aponta dois “factos” que, apesar de não colocarem em causa a “honorabilidade das pessoas” envolvidas, “são reais e não podem deixar de ser tidos em conta”.

Desde logo, a Ubiwhere “identifica como empresa ‘parceira’ a Vodafone”, destaca a Altice Portugal. “Ora, a Vodafone será certamente uma das concorrentes no leilão para a atribuição das frequências em disputa, pelo que a Altice Portugal vê com apreensão a escolha da Anacom, já que a ligação da Ubiwhere à Vodafone não nos parece compatível com a necessidade de transparência e de equidistância face a todos os potenciais licitantes”.

A dona da Meo alega ainda que um dos acionistas da tecnológica, a Proef SGPS, “conta no seu conselho de administração com a colaboração de Miguel Veiga Martins, que entre abril de 2016 e janeiro de 2018 foi CEO da Nowo” e, “antes disso, desempenhou o cargo de CTO na Nos e na Vodafone”. Perante ambos os pontos, o grupo de telecomunicações manifesta “surpresa” pela escolha do regulador.

"Altice Portugal vê com apreensão a escolha da Anacom, já que a ligação da Ubiwhere à Vodafone não nos parece compatível com a necessidade de transparência e de equidistância face a todos os potenciais licitantes.”

Altice Portugal

Apesar destas informações, ao que o ECO apurou, a Ubiwhere também é listada como parceira da Altice Labs, entidade da própria Altice Portugal, no âmbito do projeto 5go, que “tem como objetivo a investigação, desenvolvimento, validação e demonstração integrada de um conjunto de produtos, capazes de fazer parte e dar serviços no âmbito das futuras redes 5G”.

Contactada, fonte oficial da Vodafone Portugal explicou que a operadora “integra, desde 2019, um consórcio internacional no âmbito do projeto Broadway, que visa a candidatura a um projeto de desenvolvimento de um novo sistema de comunicações pan-europeu de emergência e segurança interoperável”. “O consórcio é liderado pela empresa italiana Leonardo e inclui a participação de uma dezena de entidades internacionais, entre elas a Vodafone Portugal e a Ubiwhere“, acrescenta a mesma fonte.

Altice exige esclarecimentos à Anacom

Na queixa remetida ao Governo e ao regulador, o grupo liderado por Alexandre Fonseca considera que não foi “assegurado” que a empresa escolhida para criar a referida plataforma do leilão “não tem especiais ligações a outras empresas do setor” com interesse nas frequências do 5G.

Em conclusão, a Altice Portugal “aguarda que, com toda a brevidade, a Anacom esclareça se teve, ou não, conhecimento das circunstâncias descritas” e, “tendo tido, que indique de forma cabal os motivos pelos quais as terá considerado inócuas e insuscetíveis de causar dano ao desenrolar de um leilão que se quer absolutamente transparente e isento de quaisquer dúvidas”.

O ECO tentou obter um comentário junto da Anacom e encontra-se a aguardar resposta.

Ubiwhere assina compromisso de honra

A Ubiwhere é uma empresa portuguesa de tecnologia. No seu site, um comunicado de 13 de agosto indica que a empresa faz parte de um consórcio que se está a candidatar para desenvolver uma rede de comunicações de emergência europeia. O consórcio, entre outras empresas, inclui efetivamente a Proef e a Vodafone Portugal. Esta informação foi também noticiada esta semana pelo Jornal Económico e na semana passada pelo jornal i.

Com sede em Aveiro, a tecnológica é liderada por Rui Arnaldo Costa e Nuno Ribeiro. Este último lista no seu perfil de LinkedIn o desemprenho de funções de researcher and software developer na PT Inovação, agora Altice Labs, entre 2006 e 2007. O ECO contactou a Ubiwhere no sentido de obter um comentário a estas alegações e encontra-se a aguardar resposta.

O contrato de prestação de serviços entre a Anacom e a Ubiwhere para o desenvolvimento de uma plataforma eletrónica para o leilão de frequências do 5G foi assinado a 6 de março de 2020, após concurso público que contou com a participação de três outras empresas, a alemã Specure, o pólo português da OMIP e a Ano – Sistemas de Informática e Serviços. O contrato prevê o pagamento de 119.847,5 euros pelo serviço.

O documento, publicado no portal Base dos contratos públicos, inclui uma cláusula de “prevenção de conflitos de interesses”. Com a assinatura do mesmo, a Ubiwhere assume “sob compromisso de honra” que “não mantém, não manterá, direta ou indiretamente, qualquer vínculo ou relação contratual, remunerada ou não, com empresas, grupos de empresas ou outras entidades destinatárias da atividade reguladora da Anacom que possam originar conflitos de interesses na prestação dos serviços abrangidos pelo presente contrato, durante a vigência do mesmo”.

A Ubiwhere assegura ainda, através da assinatura do contrato, que “não detém qualquer participação social ou interesses” nas empresas do setor durante a vigência do mesmo, entre outras garantias gerais comuns neste tipo de procedimentos.

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Banca usa milhões do BCE para dar crédito, mas também para apostar na dívida pública

Maiores bancos portuguesas participaram na terceira série de operações de financiamento a baixo custo do BCE em junho, mas só um banco entrou na operação de setembro.

A banca portuguesa tem pouco interesse pelas operações de financiamento de baixo custo do Banco Central Europeu (BCE) e, mesmo os que participam, não usam o dinheiro apenas para conceder crédito à economia. Os inquéritos feitos pelo supervisor nacional à banca mostram que as instituições financeiras estão a usar a liquidez adicional vinda da Europa para comprar dívida pública.

O BCE tem levado a cabo operações de refinanciamento de prazo alargado com condições mais favoráveis para incentivar os bancos a financiarem-se e repassarem a liquidez para a economia. Estas operações são as targeted longer-term refinancing operations (TLTRO, na sigla em inglês ou ORPA em português).

No inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito de outubro, conhecido esta terça-feira, o Banco de Portugal revela que cinco bancos participaram na terceira série de operações em junho de 2020 e apenas um banco participou na operação de setembro.

“A principal razão subjacente à participação dos bancos na operação de junho foram as condições atrativas de rendibilidade das ORPA. Na operação de setembro e nas operações futuras os motivos para a participação são a redução das dificuldades de financiamento atuais ou evitar dificuldades de financiamento futuras e o reforço do cumprimento dos requisitos regulamentares ou prudenciais“, revela.

Nos últimos seis meses, os bancos que recorreram a estas operações fizeram-no principalmente para substituir o financiamento que tinham conseguido em séries anteriores de ORPA direcionadas II, bem como para reforçar a concessão de empréstimos às empresas. “Os bancos indicaram adicionalmente que utilizaram a liquidez proporcionada pelas ORPA III como alternativa a outras operações de cedência de liquidez, para aquisição de obrigações soberanas nacionais ou para detenção de liquidez junto do Eurosistema“, aponta o BdP.

A compra de dívida pública nacional tem sido uma estratégia dos bancos desde a última crise para tentar aproveitar os juros positivos (num ambiente de yields comprimidas) e fugir à taxa negativa que o BCE aplica aos depósitos. Após um ligeiro recuo no ano passado, os bancos voltaram a fazê-lo desde o arranque da pandemia e as perspetivas é que a tendência continue.

“Para os próximos seis meses, os bancos anteveem utilizar a liquidez sobretudo para concessão de empréstimos ao setor privado não financeiro e, em menor grau, para aquisição de obrigações soberanas nacionais e detenção de liquidez junto do Eurosistema”, acrescenta a análise do supervisor liderado por Mário Centeno.

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Ministra da Agricultura quer regresso da TV Rural para mostrar modernização do setor

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, quer trazer os jovens para o sector e elencou várias medidas de modernização, entre elas o regresso da TV Rural e a Agenda de Inovação.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, quer uma agricultura mais “competitiva”, mais “inclusiva” e que não deixe “ninguém para trás”, perspetivando uma nova imagem para o setor no futuro. Na lista dos planos para esta pasta está o regresso da TV Rural, um programa de televisão emitido entre 1960 e 1990 pela RTP, apresentado por Sousa Veloso.

“A TV Rural mostrou uma agricultura que estava a fazer uma mudança radical. E foi graças a esse programa que hoje olhamos para a agricultura e a vemos mais competitiva, mais preparada e que apresenta resultados“, referiu a ministra da Agricultura no Webcast lab – “Agricultura: Agenda para a inovação 2030”, organizado pelo ECO/Advocatus e com o patrocínio da Abreu Advogados.

Maria do Céu Antunes realçou assim a necessidade de voltar a ser emitido o programa que era dedicado aos problemas do setor agrícola. “Estamos a trabalhar para criar condições, seja através de uma televisão, seja através das redes sociais e dos canais disponíveis através da internet“, explicou.

O principal objetivo é possibilitar a comunicação com públicos-alvo de forma a mostrar que a agricultura é de “ponta”, tecnológica e é um setor moderno onde vale a pena fazer apostas.

Mas o leque de apostas da inovação e modernização do setor agrícola para os próximos anos é vasto e Maria do Céu Antunes apresentou uma ambiciosa agenda. Com as exportações agroalimentares a aumentarem a um ritmo de 5% por ano na última década, a pandemia não abalou de forma significativa este setor. Entre 1 de janeiro a 31 de agosto de 2020, as exportações cresceram 3,2%, em termos homólogos.

Apesar de não conseguir prever a manutenção desse desempenho, tendo em conta a previsível contração da economia mundial, na sequência da segunda vaga da pandemia, a ministra da Agricultura garante que o setor se mostrou capaz de dar uma resposta diferente daquilo que era expectável que acontecesse nos últimos meses.

“Todos antevemos que a situação possa vir a agudizar-se do ponto de vista social, económico e financeiro”, reconheceu Maria do Céu Antunes, mas o Plano de Recuperação e Resiliência será uma ferramenta para “dar uma resposta imediata para que os setores mais vulneráveis, e que apresentam neste momento mais fragilidades tendendo a esta pandemia, possam ter resposta” e conquistar “alguma segurança”, nota.

Agenda da Inovação “não é um instrumento do Governo”

A Agenda de Inovação é uma das apostas e apresenta-se como um plano estratégico a dez anos, pretendendo criar uma rede de inovação assente em estruturas do Ministério da Agricultura com 24 polos distribuídos por todo o país.

“Não é um instrumento do Governo [a agenda]. É um instrumento do Governo com os agricultores, com os produtores, mas que tem no centro o cidadão e o cidadão é o primeiro elo desta cadeia”, explica a ministra.

Esta agenda surge face à necessidade de existir um instrumento de planeamento de médio e longo prazo, que “vá para além da distribuição de verbas” e se centre nos problemas, nas debilidades e nas oportunidades do país. O ministério espera conseguir construir esta medida, não só através dos polos, mas também através de uma rede capilar com outras instituições, como universidades e centros de conhecimento.

“Com base nisso seremos capazes de produzir conhecimento, desenvolvimento tecnológico e poderemos alimentar verdadeiramente o setor da agricultura e da transição com uma capacitação e renovação, e alimentar de uma transição justa para uma agricultura mais verde, mais preocupada com os recursos naturais, mas sem perda de rendimento e com base nisso sermos capazes de fazer, também tendo por base a política pública esta mesma renovação”, saliente Maria do Céu Antunes.

Contudo, não foi criado um pacote financeiro para este mecanismo, uma vez que o ministério entendeu que o planeamento deva ser feito verdadeiramente por aquilo que o país preciso e por aquilo que são as oportunidades que têm pela frente.

“Aquilo que estamos a fazer é a todo o tempo olhando para a agenda e para as iniciativas estratégicas, olhando para os planos de ação, sermos capazes de orientar o plano estratégico”, acrescenta.

Mas através do Plano de Recuperação e Resiliência, Maria do Céu Antunes referiu que conseguiu dotar a rede de inovação de 93 milhões de euros, “para alimentar esta rede, criando as melhores condições para a agricultura”.

Entre os quatro desígnios da agenda de inovação está o combate e a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, as questões demográficas, o esbatimento das diversas desigualdades e a transição digital.

Temos de garantir que ninguém perde rendimento. Porque se houver uma perda de rendimento vamos ter inevitavelmente o abandono dos territórios e vai acrescentar problemas de desertificação, incêndios, e tudo aquilo que temos vindo a assistir ao longo dos anos”, refere.

Em conversa com o ECO, a ministra anunciou também que existe uma portaria praticamente concluída com o fim de criar organizações de produtores de multiprodutos para chegarem aos agricultores mais pequenos e com isso “garantir a viabilidade das suas explorações e os mercados para os seus produtos”.

Regadio é importante para a balança comercial

Com a transição energética nos lugares cimeiros das prioridades, Maria do Céu Antunes referiu que um dos maiores custos na agricultura é o custo energético, nomeadamente no associado aos sistemas de regadio.

“Temos de ser capazes de ajudar os nossos agricultores a fazerem uma melhor gestão energética, a apostarem em energias alternativas. Temos de promover melhor os nossos produtos agroalimentares, como também nas fileiras onde estamos neste momento com uma capacidade muito grande de nos afirmarmos nos mercados externos”, explicou.

O regadio poderá continuar a ser financiado a 100% na próxima PAC. “Temos um programa nacional de regadio em execução de 560 milhões de euros, que foram disponibilizados não só para a modernização de sistemas existentes, tornando-os mais eficientes, evitando perdas e depois os agricultores possam também comprometer-se nas suas explorações e a fazer um uso mais eficiente possível, como também a ampliação destes sistemas ou a criação de novos sistemas onde isso seja possível”, garantiu.

A ministra da Agricultura referiu que no programa nacional de investimento já foi apresentado um novo reforço deste programa, no valor de 750 milhões de euros.

“Estamos empenhados em, por um lado, fazer um trabalho técnico que avalie as possibilidades a nível nacional de ampliação de criação de novos regadios, dando oportunidade aos territórios que tenham potência agrícola e que tenham este recurso disponível, mas também estamos a fazer esse mesmo trabalho para podermos continuar esta modernização dos sistemas existentes”, notou.

Maria do Céu Antunes garantiu que têm consciência que o regadio é “essencial” para continuar a alimentar a atividade agrícola e assim contribuir para o equilíbrio da balança comercial, mas evitou responder à questão se o alargamento da rede de regadio vai implicar rever os volumes de água já contratados com os agricultores tendo em conta a redução da quantidade de água.

Agricultores vão ter um novo portal ainda em 2020

A criação do Portal Único da Agricultura foi apresentada pela ministra da Agricultura como uma das iniciativas para o setor, que será apresentado até final deste ano. Este portal junta, numa primeira fase, todos os organismos do Ministério através de uma entrada única, ou seja, o “agricultor não tem de saber com quem se relaciona quando quer fazer um pedido de informação ou de submeter uma candidatura, o sistema é que tem de ser suficientemente ágil”.

“A fase seguinte é haver uma ligação não só dentro da área governativa da agricultura, como também fora desta nossa envolvente com todos aqueles organismos com quem temos de nos relacionar, como é o caso do ICNF ou da APA”, explicou Maria do Céu Antunes.

O Portal está a ser desenvolvido pelo Ministério da Agricultura em colaboração com uma empresa externa para que os recursos “sejam rentabilizados”.

A iniciativa Reorganiza é também um dos mecanismos apresentados pelo ministério de forma a modernizar e simplificar os seus serviços e por consequência dotando-os de rapidez e celeridade na resposta ao cidadão.

Sobre o período de pandemia em que nos encontramos, Maria do Céu Antunes deixou uma nota de reconhecimento ao papel fundamental que os agricultores tiveram. “Aquilo que fizemos na altura foi, por um lado, garantir um escoamento dos produtos, garantir um fundo de caixa, uma tesouraria, um fundo de maneio, e criar condições de previsibilidade financeira nos nossos agricultores, nos nossos produtores, para se poderem adaptar a toda esta nova realidade”, explicou.

A ministra da Agricultura garante que para esta nova vaga continuam a olhar para as condições à sua disposição para poderem fazer ajustes, introduzir correções e novos instrumentos de apoio aos setores mais fragilizados.

O Webcast lab – “Agricultura: Agenda para a inovação 2030” contou com Duarte de Athayde, managing partner da Abreu Advogados, no discurso de abertura e o encerramento por Alexandre Miguel Mestre, consultor do escritório. Pode ver o vídeo na íntegra:

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OE ainda nem foi votado e despesa já cresceu mais de 300 milhões

Entre a entrega da proposta e a votação, o Governo voltou a negociar com os partidos, mostrando abertura para medidas na especialidade que deverão custar pelo menos mais 300 milhões de euros.

O Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) deverá ser viabilizado esta quarta-feira pelo PCP, PAN, PEV e as duas deputadas não inscritas, permitindo a discussão da proposta do Governo na especialidade onde está sujeita às propostas dos partidos. Desde a entrega do documento que o Executivo tem estado a negociar com os partidos, tendo estes conseguido a garantia de que o PS viabilizará mudanças no OE que deverão adicionar, ao que se sabe atualmente, pelo menos mais 300 milhões de euros de despesa.

Entre as muitas medidas, algumas delas sem impacto orçamental, que os partidos disseram que houve abertura por parte do PS destaca-se o aumento das pensões em 10 euros a partir de janeiro e o alargamento do novo apoio social. Só estas duas medidas deverão acrescentar 315 milhões de euros à previsão da despesa pública, que já supera os 100 mil milhões de euros em 2021, caso sejam aprovadas na especialidade, o que corresponde a cerca de 0,3% da despesa total.

No caso das pensões, a medida iria custar 99 milhões de euros no desenho previsto no OE 2021: ia haver um aumento entre 6 a 10 euros para as pensões até 658 euros, abrangendo 1,9 milhões de pensionistas. Contudo, nas negociações com o PCP, o Governo cedeu e já confirmou que será de 10 euros e a partir de janeiro. Estas duas mudanças significam mais despesa para o Estado: através de uma regra de três simples, considerando apenas a mudança temporal, pode estimar-se que o custo será mais do dobro, nos 231 milhões de euros, mais 132 milhões face à proposta inicial. Contudo, como o valor também aumentou, o custo da medida deverá ser superior. Entretanto, fonte das Finanças adiantou ao Jornal de Negócios (acesso pago) que a medida, com este novo desenho, deverá ter um impacto 270 milhões de euros.

No caso do novo apoio social, foi a própria ministra do Trabalho e da Segurança Social que revelou os novos números que resultaram das negociações com o BE, PCP e PAN. “Exemplo do trabalho conjunto e do diálogo que temos feito ao longo destes meses é exatamente a evolução que fizemos na prestação social, que neste momento, com os cálculos que fazemos, consegue abranger muitas mais pessoas do que aquela que foi a construção inicial. Portanto, com o alargamento que fomos fazendo, estimamos que chegue a 250 mil pessoas, com um custo de 633 milhões de euros, o que revela o esforço de procurar chegar a todos os que precisam”, disse Ana Mendes Godinho, numa audição parlamentar. Ou seja, a medida vai custar mais 183 milhões de euros do que os 450 milhões de euros previstos no OE 2021.

Esta foi uma das medidas negociadas entre o Governo e o BE pelo que este alargamento faz parte de uma das cedências dos socialistas aos bloquistas. Contudo, como o BE anunciou que vai votar contra, os bloquistas não anunciaram as medidas que seriam viabilizadas pelo PS na especialidade. Assim, as medidas negociadas exclusivamente com o BE poderão cair por terra uma vez que o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, ameaçou excluir os bloquistas do processo negocial por causa do voto contra. Além do alargamento do novo apoio social, é de assinalar que o Executivo mostrou também abertura para “acolher propostas sobre a formação médica especializada”.

Quando anunciou a abstenção ao OE 2021 na votação na generalidade, o PCP registou a disponibilidade do Governo de “ir para lá” da proposta que entregou no Parlamento, incluindo o aumento das pensões e o alargamento da prestação social extraordinária, como já referido, e ainda a atribuição do suplemento de insalubridade, penosidade e risco para os trabalhadores das autarquias locais, uma medida para a qual não existe estimativa de custo.

O mesmo fez o PAN quando anunciou a sua abstenção este domingo, elencando uma série de medidas que os socialistas comprometeram-se a viabilizar na especialidade. A única medida para a qual se conhece o impacto é a duplicação da verba para os canis municipais e associações de proteção animal, incluindo para uma campanha nacional de esterilização de animais de companhia, passando de cinco para 10 milhões de euros.

Mas Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN, deu mais pormenores sobre as medidas que prevê inscrever na especialidade: a criação de uma taxa de carbono a reverter para o Fundo Ambiental, a criação de incentivos para os agricultores para a preservação dos ecossistemas, o reforço dos profissionais no centro de apoio psicológico do INEM, a interdição da comercialização de produtos cosméticos e detergentes com microplásticos, o reforço dos meios de combate à corrupção, o reforço do policiamento de proximidade nos contextos universitários e o apoio às indústrias para fazerem a transição energética. Contudo, não se conhece o custo destas medidas.

No caso do PEV, que também se vai abster, fonte oficial do partido explica ao ECO que houve “abertura” do Governo para algumas medidas, entre elas: o reforço dos meios para a conservação da natureza (recursos humanos e técnicos), criação de um fundo de tesouraria para as micro e pequenas empresas e aos sócios-gerentes, a execução do estatuto da agricultura familiar e um apoio à implementação das espécies autóctones.

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Júdice chama ‘ladrão’ a Rui Pinto. Hacker responde no Twitter

O fundador da PLMJ José Miguel Júdice chamou esta terça-feira “ladrão” a Rui Pinto, na 17ª sessão de julgamento do hacker, acusado de mais de 90 crimes.

“Fui visitado por esse senhor, que só lhe posso chamar ladrão e que, com grande violência moral e psicológica, me veio furtar”,disse o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, referindo-se a Rui Pinto, o criador do ‘Football Leaks’ na 17.ª sessão do julgamento. “Não posso admitir em circunstância alguma que um cidadão, ainda que fosse com aparentes motivos nobres, faça o que foi feito comigo. É totalmente inadmissível do ponto de vista ético ou jurídico”, disse o fundador da PLMJ, escritório que foi pirateado pelo arguido, em finais de 2018.

O arguido, de 32 anos, responde por um total de 90 crimes, a maioria visando alegados ataques informáticos ao Sporting, ao fundo Doyen, ao maior escritório de advogados português (PLMJ), à Federação Portuguesa de Futebol e à PGR.

Numa audição por videoconferência para o Tribunal Criminal de Lisboa, José Miguel Júdice salientou que o acesso aos documentos pessoais e profissionais, mesmo sem a posterior publicação online dessas informações, é como “uma espada” sobre a sua cabeça, considerando até “mais grave um ladrão que entrou no computador do que um ladrão que entra em casa”, pela impossibilidade de ter noção das informações que foram acedidas.

Horas depois, na rede social Twitter, Rui Pinto acusava o ex-bastonário dos advogados de nunca se ter queixado enquanto “ladrões” lhe “encheram a conta bancária através de honorários milionários. “Defende com unhas e dentes Ricardo Salgado, dizendo que não é nenhum gangster”, acrescentou ainda Rui Pinto no tweet em que partilha uma notícia sobre os Panama Papers, onde se fala do envolvimento de Júdice na criação de offshores.

Por outro lado, o ex-advogado, em audiência de julgamento, garantiu “por sanidade mental” não ter ido à procura de informações pessoais que pudessem ter sido divulgadas na Internet.

Questionado ainda pelo advogado de defesa de Rui Pinto sobre essas informações, José Miguel Júdice começou por expor que Francisco Teixeira da Mota foi recentemente seu advogado num processo e que também não gostaria de ver expostas publicamente as conversas que tiveram e que estavam abrangidas pelo segredo profissional.

José Miguel Júdice descartou ainda qualquer ligação relevante ao mundo do futebol entre os seus ficheiros pessoais, ao assumir ter apenas representado “há muitos anos” o Benfica no mandato de Manuel Vilarinho, entre 2000 e 2003.

Já sobre o caso ‘Luanda Leaks’ – que expôs em janeiro de 2020 alegados esquemas financeiros da empresária Isabel dos Santos e do marido, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais -, o antigo sócio fundador da PLMJ reconheceu ter representado no passado “uma empresa que era detida, entre outras pessoas, por Isabel dos Santos”.

Outra das testemunhas ouvidas esta tarde foi a advogada Inês Pinto da Costa, igualmente do escritório PLMJ, que recusou responder a questões ligadas ao caso ‘Luanda Leaks’, cuja fonte é também Rui Pinto, escudando-se no sigilo profissional. Porém, foi mais expansiva nas respostas sobre o impacto pessoal de ver a sua caixa de correio eletrónica alegadamente acedida pelo criador do ‘Football Leaks’.

“Enquanto profissional é uma violação de todos os princípios e enquanto pessoa é pura e simples violação. É um sentimento muito difícil de ultrapassar saber que alguém entrou no nosso computador e que levou documentos pessoais e de terceiros, ainda que não haja publicação. Não significa que os documentos não tenham sido disponibilizados a terceiros. A partir do momento que são retirados, perde-se o controlo de quem a eles acede”, frisou.

Nuno Morais Sarmento, igualmente advogado da PLMJ, destacou por vídeoconferência a “sensação de devassa e de violação de privacidade” por ver a sua caixa de correio eletrónica ser alvo de intrusão e lembrou que tinha na sua posse informações não só abrangidas pelo segredo profissional, mas também sob segredo de Estado, aludindo ao caso do antigo espião Jorge Silva Carvalho.

“Surgiram e-mails publicados que tinham a ver com um cliente, Jorge Silva Carvalho, que estavam no meu computador e no computador do Dr. João Medeiros, não posso dizer se saíram do meu computador ou do dele. Era informação que, em parte, estava sujeita a segredo de Estado”, notou, refutando ainda quaisquer referências nos seus e-mails ou ficheiros à esfera do futebol ou eventualmente relacionados com o caso ‘Luanda Leaks’.

O julgamento prossegue na quarta-feira com as audições dos advogados Miguel Reis, Diogo de Campos e Sandra Lopes e as secretárias Mónica Dias, Fátima Bulhosa, Ana Paula Bago e Isabel Mascarenhas, todos na condição de testemunhas e ligados à PLMJ.

 

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Fidelidade apoia primeiro “42 Lisboa” que vai ter 150 alunos

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2020

O primeiro programa da "42" em Lisboa, arranca em fevereiro de 2021, com 150 alunos. Como acontece no resto do mundo, o curso de programação é totalmente financiado por mecenato.

A Fidelidade associou-se ao lançamento da 42 Lisboa, um projeto educativo “inovador, inclusivo, que promove uma aprendizagem disruptiva, flexível e gratuita para todos os estudantes”. Com este apoio, a Fidelidade “reforça a sua estratégia de inovação em seguros, articulada ao mundo global cada vez mais tecnológico, apoiando os estudantes que pretendem desenvolver o seu talento na área da programação”, realça a companhia em comunicado.

Considerada a melhor escola de programação do mundo, com mais de 10.000 alunos e presente em mais de 20 países, a 42 foi fundada em Paris em 2013. O método de ensino é pedagogicamente inovador promovendo uma aprendizagem “sem o formato tradicional das aulas, sem horários e gamificada, para tornar o ensino mais atrativo e motivante”, nota a instituição.

Segundo explica Teresa Rosas, Diretora de Informação e Tecnologia da Fidelidade: “a associação da Fidelidade a este projeto reforça a visão da companhia de apostar continuamente na inovação, mas também a estratégia de captar e reter novos talentos, mais especializados, mas também mais diversos numa prática mais inclusiva e que consiga captar para a organização pessoas que tenham feito um caminho académico alternativo. Essa diversidade terá um papel muito relevante na transformação digital do Grupo nomeadamente na aceleração da automatização, robotização e digitalização”.

O primeiro programa da 42 em Lisboa arranca em fevereiro do próximo ano, com 150 alunos. Tal como no resto do mundo, o curso é totalmente financiado por mecenas, tendo como fundadores a empresária sino-americana Ming C. Hsu, o Banco Santander e a Vanguard Properties.

“Acreditamos que ao apoiar iniciativas, como a 42 Lisboa, que visam a aquisição de conhecimento e competências tecnológicas, iremos, por um lado, contribuir para o desenvolvimento de novo talento, mas também reforçar a oferta e qualidade do mercado de trabalho”. “Pretendemos estar mais próximos dos programadores, para nos posicionarmos, cada vez mais, como uma das melhores employerbrands na área da tecnologia”, reforçou Teresa Rosas, citada no comunicado.

Os candidatos ao programa serão sujeitos a dois testes que avaliam o raciocínio lógico e a capacidade de trabalhar sob pressão e 48 horas depois ficam a saber se passam ou não à fase seguinte que consiste num bootcamp de um mês. Os 150 alunos escolhidos têm de completar os 21 níveis do programa em cinco anos, no máximo. Em média, a conclusão do curso acontece ao fim de três anos e meio, incluindo dois períodos de estágio de quatro a seis meses.

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Caravela vai patrocinar equipa de trail

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2020

A seguradora portuguesa alia-se à Salomon e à Suunto no apoio a uma equipa de trail running, numa associação da sua imagem a uma equipa representa bons hábitos desportivos.

A seguradora Caravela vai apoiar à equipa de Trail Running da Salomon Suunto, tornando-se o principal parceiro dos 5 atletas que compõem a equipa.

Luis Cervantes, Presidente do Conselho de Administração da Caravela, sublinha: “Estamos muito orgulhosos por ter a oportunidade de dar o nosso nome a uma equipa de Trail portuguesa, um desporto que está a ganhar cada vez mais terreno em Portugal e no mundo. Esta associação destaca-se não só pela importância de levarmos uma vida plena e saudável, mas sobretudo pela capacidade desta equipa representar os bons hábitos desportivos que pretendemos promover junto dos nossos clientes e de todos os portugueses.

Por sua vez Bárbara Sá, Area Sales Manager Portugal da Salomon refere: “unimo-nos num projeto de futuro com uma marca que se pauta pelos mesmos valores da Salomon e da Suunto. Juntos com a Caravela Seguros, vamos amplificar ainda mais uma cultura de outdoor com respeito pela natureza que proporcione a todos um futuro melhor, mais sustentável. Com a nossa equipa de trail, vamos continuar a promover o desporto para todos, o fairplay, a aventura, a felicidade e uma mensagem de saúde para toda a vida.”

Os atletas Armando Teixeira, Ester Alves, Romeu Gouveia, Inês Marques e Tiago Cantante Romão, que fazem parte da equipa revelaram que esta parceria lhes vai criar novas e melhores oportunidades e “desafiá-los a saírem da sua zona de conforto”.

A equipa que junta a Salomon, que se dedica à criação de equipamentos inovadores desportos de montanha, a Suunto, instrumentos de precisão para mergulho, montanhismo, caminhada, esqui e vela e Caravela, seguradora portuguesa de ramos gerais, vai estrear-se no único grande campeonato internacional que se realiza este ano – a GoldenTrail Championship, que decorre nos Açores. A competição em 4 etapas junta os melhores atletas de trail de vários países e distribuirá 100 mil euros em prémios monetários acumulados.

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