OPA da família Queiroz Pereira à Semapa arranca esta terça-feira

Dois meses depois de ter sido lançada, a oferta pública de aquisição da Sodim sobre a Semapa arranca esta terça-feira. Há uma contrapartida de 12,17 euros por ação em cima da mesa.

Está aí a oferta pública de aquisição (OPA) da família Queiroz Pereira sobre a Semapa. Cerca de dois meses depois de ter sido lançada, a operação foi agora registada e chega ao mercado já esta terça-feira, terminando daqui a um mês, no dia 25 de maio. A Sodim quer comprar cerca de 30% do capital que ainda não detém na empresa e oferece 12,17 euros por ação.

“O período da oferta ocorrerá durante quatro semanas, entre as 8h30 do dia 27 de abril e as 15h00 do dia 25 de maio de 2021, podendo as respetivas ordens de aceitação ser recebidas até ao termo deste prazo”, indica o prospeto publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Sodim, que já controla 71,9% do capital da Semapa, oferece uma contrapartida de 12,17 euros por cada um dos 22,8 milhões de títulos que visa na OPA, isto depois de terem puxado pelo preço face aos 11,40 euros iniciais. Pode ter de investir assim cerca de 275 milhões nesta transação, tendo já assegurado o financiamento da operação com 250 milhões de euros emprestados pelo BCP e pela Caixa Geral de Depósitos e com 27 milhões em depósitos nos dois bancos.

O conselho de administração da Semapa, que controla a Navigator e detém ainda a cimenteira Secil, já disse que a operação é “oportuna” e considerou o preço adequado. Na bolsa, a Semapa fechou a sessão desta segunda-feira nos 12,16 euros, um cêntimo abaixo da contrapartida da Sodim, o que pode ser já um sinal do sucesso ou insucesso da OPA.

O anúncio do lançamento da OPA lembra que a assembleia geral da Semapa vota a 30 de abril um dividendo de 51,2 cêntimos por ação, valor que terá de ser subtraído da contrapartida, que passará para os 11,66 euros.

Saída de bolsa em perspetiva

Caso a Sodim, em resultado da presente OPA, venha a deter pelo menos 90% dos direitos de voto da Semapa e, simultaneamente, venha a adquirir, pelo menos, 90% das 22.831.666 ações da Semapa que são objeto da OPA, irá recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa das ações da Semapa que permanecerem na titularidade de outros acionistas (“squeeze-out”) previsto no Código dos Valores Mobiliários.

Contudo, se a Sodim não adquirir pelo menos 90% das ações que são objeto da OPA mas vier a deter pelo menos 90% dos direitos de voto da Semapa, irá promover a perda de qualidade de sociedade aberta da Semapa e saída de bolsa e, posteriormente, ponderará então se irá proceder a uma aquisição potestativa das ações da Semapa que permanecerem na titularidade de outros acionistas.

Os resultados da OPA serão apurados em sessão especial de mercado regulamentado na Euronext, que se espera que venha a ter lugar no dia 26 de maio.

Com 5,05% do capital, a Bestinver é o segundo maior acionista qualificado da Semapa, seguida do fundo soberano da Noruega, que detém 2,13% e da Cobas Asset Managemen, com 2,05%. Os restantes 16,8% estão dispersos em bolsa, segundo a informação disponibilizada no site da Semapa.

(Notícia atualizada às 18h58)

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Metade da fatura da luz são taxas e impostos e no gás quase um terço, diz a ERSE

A análise do regulador português revela que "Portugal é o 8º país da UE com os preços mais elevados de eletricidade (com taxas e impostos), sendo que os preços mais baixos ocorrem no leste".

Quase metade, ou 47%, da fatura de luz das famílias portuguesas diz respeito a taxas e impostos, de acordo com o boletim de comparação de preços de eletricidade da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e com base na informação publicada esta segunda-feira pelo Eurostat relativa aos preços de eletricidade na União Europeia.

“A componente de taxas e impostos publicada pelo Eurostat apresenta para Portugal um peso de 47% do preço total pago pelos consumidores. É a terceira mais elevada da Europa, essencialmente devido aos designados Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), que resultam de opções de política energética e que representam 28% do preço final no segmento doméstico. A componente de energia e redes mantém-se entre as mais reduzidas da União Europeia, correspondendo a 53% do preço final”, sublinha a ERSE no seu boletim.

A análise do regulador português revela ainda que “Portugal é o 8º país da União Europeia com os preços mais elevados de eletricidade (com taxas e impostos), sendo que os preços mais baixos ocorrem nos países do leste da Europa”.

No gás, Portugal tem o 9º preço mais elevado da UE (com taxas e impostos), revela a ERSE. A componente de taxas e impostos no gás natural publicada pelo Eurostat apresenta para Portugal um peso de 27% do preço total pago pelos consumidores.

O boletim da ERSE revela também que, no segundo semestre de 2020, Portugal registou uma descida dos preços de eletricidade no segmento doméstico (-2,1%) face ao período homólogo.

O regulador salienta ainda que as famílias portuguesas pagam preços médios da luz inferiores aos de Espanha (-13% do que no país vizinho) e dos 19 países da Área do Euro (-7%). “Uma análise à evolução de preços, nos cinco anos mais recentes revela que em Portugal os preços têm sido inferiores aos de Espanha, com exceção do 1º semestre de 2016”, diz a ERSE.

O mesmo acontece na banda de consumo mais representativa em Portugal para os consumidores domésticos (DC – consumo anual entre 2.500 kWh e 5.000 kWh, com 37% do consumo total dos clientes domésticos), na qual, “comparativamente a Espanha, à Área do Euro e à média da União Europeia, Portugal apresenta um preço médio inferior”.

Quanto ao gás natural, ainda que o Eurostat dê conta de uma subida de 0,9% nos preços, por conta dos impostos e do custo da energia, a análise da ERSE vai em sentido contrário e diz que Portugal registou uma ligeira descida dos preços de gás natural no segmento doméstico (-0,1%), que se deve, sobretudo, à redução dos preços das tarifas de acesso às redes e à diminuição dos custos de gás natural nos mercados internacionais.

Também aqui, os preços médios do lado de cá da fronteira são mais baixos do que em Espanha (-23,3%), Área do Euro (-16,1%) e União Europeia (-6,8%). O mesmo acontece na banda de consumo mais representativa em Portugal para os consumidores domésticos (D1), na qual Portugal apresenta um preço médio global inferior.

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OMS nota intensificação da pandemia e olha para situação “dilacerante” na Índia

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

OMS alertou que na última semana houve tantas novas infeções como nos primeiros cinco meses da pandemia da Covid-19, salientando que a situação na Índia é "para lá de dilacerante".

A Organização Mundial de Saúde alertou esta segunda-feira que na última semana houve tantas novas infeções pelo SARS-CoV-2 como nos primeiros cinco meses da pandemia da Covid-19, salientando que a situação na Índia é “para lá de dilacerante”.

Globalmente, a pandemia continua a intensificar-se”, afirmou o diretor-geral da agência das Nações Unidas para a saúde numa conferência de imprensa virtual a partir da sede da organização, em Genebra, notando que pela nona semana consecutiva há um aumento da média de novos casos e pela sexta semana consecutiva, de novas mortes.

Tedros Ghebreyesus saudou “as pequenas descidas em novos casos e mortes” em algumas regiões do mundo, mas voltou a apontar a disseminação do vírus na Índia como uma situação especialmente preocupante.

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Paul Watson confirmado como orador no WATER World Forum For Life

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  • 26 Abril 2021

Fundador do Greenpeace e Sea Shepherd Conservation Society confirmado como orador no maior evento europeu dedicado à temática da água e da sustentabilidade

Paul Watson será um dos oradores do WATER World Forum For Life – o maior evento europeu sobre a temática da água e sustentabilidade –, organizado em parceria pela Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e a empresa TheRace , que se realizará entre 3 e 6 de Junho no Centro Náutico de Monsaraz.

O Captain Paul Watson, nome pelo qual é conhecido, tem um percurso de vida ligado à conservação da vida selvagem marinha e à preservação ambiental. No seu percurso, é impossível dissociá-lo da conhecida organização mundial Greenpeace, criada em 1971 com o intuito de mudar atitudes e comportamentos, para defender o meio ambiente e promover a paz. Em 1977, fundou a Sea Shepherd Conservation Society, cuja missão é salvar a vida selvagem e os habitats marinhos, aplicando, fortalecendo e desenvolvendo leis, tratados, políticas e práticas de proteção em todo o mundo.

No próximo dia 4 de junho, Paul Watson marcará presença, enquanto orador, no painel da tarde intitulado: “O impacto da mudança climática na vida marinha”. A sua presença prende-se com um percurso ligado às causas ambientais, e permitirá alertar para o impacto do homem na área da sustentabilidade e da vida marinha, reforçando as causas e estratégias das políticas ambientais em prol de uma sociedade mais motivada e mais consciente da realidade e do habitat dos animais.

No mesmo painel estarão também presentes outros membros da Sea Shepherd Conservation Society, como Omar Tood – Chief Information Officer and Outreach Coordinator & Special Advisor do Captain Paul Watson, assim como Director da Sea Shepherd UK, e Maike Baun, oradora, ambientalista e media coordinator, os dois com percursos de vida ligados à Sea Shepherd Conservation Society – igualmente, referências internacionais pelos direitos dos animais e defesa ambiental.

Uma história de vida dedicada à defesa ambiental

Paul Watson tem sido um mestre da marinha e ambientalista durante toda sua vida. Não por acaso, recebeu até à data inúmeras honras e prémios pelo trabalho desenvolvido e pela sua dedicação aos oceanos e ao planeta Terra. De destacar em 1998 o Prémio Genesis pelo trabalho de uma vida, para além de ter sido nomeado um dos 20 Heróis do Século XX pela Revista Time, em 2000 e do seu nome constar no Passeio da Fama dos Direitos dos Animais nos Estados Unidos da América desde 2002. Também recebeu o Prémio da Paz na Amazónia, pelas mãos do Presidente do Equador, em 2007. Em 2012, tornou-se a segunda pessoa no mundo a receber o Prémio Jules Verne, uma distinção apenas concedida ao Capitão Jacques Cousteau, dedicado a ambientalistas e aventureiros.

Paul Watson será um dos nomes fortes do WATER World Forum for Life, um evento que marca um forte alerta para a urgência de ações imediatas no que se refere ao tema da sustentabilidade, por parte da classe política, económica, bem como do público em geral.

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Primeiro-ministro de Itália apresenta plano de recuperação de 222 mil milhões

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

Mario Draghi apresentou no Parlamento o plano de relançamento de Itália, financiado em grande parte com as ajudas do Fundo Europeu de Recuperação, num montante de 222 mil milhões.

O primeiro-ministro italiano apresentou esta segunda-feira no Parlamento o plano de relançamento de Itália, financiado em grande parte com as ajudas do Fundo Europeu de Recuperação (FER), num montante de 222 mil milhões de euros.

Após vários dias de negociações e de tensões entre a maioria governamental em relação aos “ajustes nalgumas contrapartidas”, o plano de Mario Draghi ultrapassa em 600 milhões de euros o inicialmente previsto e que servirá para que Itália possa sair da crise pandémica e gerar crescimento económico, após vários anos de estagnação.

“É um documento que está ligado ao nosso futuro. Chegou a hora de realizar todos os projetos, depois dos atrasos e das divisões que irão pesar nas nossas vidas, e sobretudo nas dos nossos filhos e netos. Ou é agora ou talvez não tenhamos tempo para remediar mais tarde”, disse Draghi numa declaração no Parlamento.

Segundo Draghi, com o plano de relançamento, que será apresentado em Bruxelas antes de sexta-feira, Itália joga o seu “destino” e a sua “credibilidade”

“Com o plano se verá a medida de qual será o seu papel perante a comunidade internacional, a sua credibilidade e a sua reputação de fundador da União Europeia e protagonista do mundo ocidental”, sublinhou o chefe do executivo de Roma.

O plano tem três objetivos principais, o primeiro dos quais, a curto prazo, é “reparar os danos económicos e sociais” provocados pela pandemia de Covid-19, continuou Draghi.

“A pandemia atingiu-nos com mais força do que aos nossos vizinhos. Atingimos quase 120.000 mortes de Covid-19, a que devem ser acrescentadas muitas pessoas não contabilizadas”, realçou.

Nos primeiros meses da epidemia houve muitas mortes que não foram contabilizadas porque ocorreram principalmente em casa.

Draghi lamentou o facto de o impacto da pandemia ter sido sentido “sobretudo entre as camadas mais vulneráveis da população”.

O plano será financiado com 191.500 milhões de euros oriundos do FER, com os restantes 30.600 milhões de euros a serem avançados com recursos próprios até 2026, provenientes de uma alteração orçamental aprovada pelo Parlamento italiano na semana passada, no valor de 40.000 milhões de euros.

Esse valor, defendem as autoridades italianas, destina-se a apoiar imediatamente as empresas e famílias mais penalizadas pela pandemia.

As aéreas de investimento são seis, estando destinados 68.600 milhões de euros para a transição ecológica (59.300 milhões de euros provenientes do FER), enquanto para a da digitalização serão afetados 49.200 milhões de euros (40.700 milhões) e para a educação 31.900 milhões (30.900 milhões).

Os investimentos nas infraestruturas estão dotados com 31.400 milhões de euros (25.000 milhões do FER), a inclusão e a coesão social contarão com 22.400 milhões de euros (19.800 milhões) e a saúde com 18.500 milhões de euros (15.600 milhões).

Com o pacote de reformas e de investimentos, o executivo de Draghi espera que o Produto Interno Bruto (PIB) de Itália cresça 3,6 pontos percentuais sobre o cenário base para 2026.

A Itália é o principal beneficiário do plano de recuperação europeu de 750 mil milhões de euros, com 191,5 mil milhões de euros em empréstimos e subsídios.

A este montante junta-se um fundo adicional de 30.600 milhões de euros programados por Itália ao longo de seis anos, de 2021 a 2026.

O plano recebeu luz verde no sábado, após uma reunião entre Mario Draghi e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, de acordo com um porta-voz do governo.

O impacto da pandemia na economia italiana foi severo no ano passado, com o PIB a cair 8,9%, a pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.

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Tchizé dos Santos diz que lista dos seus bens em Portugal é sinal de perseguição do PR angolano

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

A empresária angolana Tchizé dos Santos acusou o chefe de Estado, João Lourenço, de a perseguir, ao pedir informações sobre os seus bens em Portugal, à semelhança de outros angolanos.

A empresária angolana Tchizé dos Santos, filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, acusou esta segunda-feira o chefe de Estado, João Lourenço, de a perseguir, ao pedir informações sobre os seus bens em Portugal, à semelhança de outros angolanos.

“Quem não deve não teme, cada país pode pedir a lista de bens que quiser”, afirmou Welwitschea dos Santos, conhecida por Tchizé dos Santos, comentando as notícias de que o seu nome está numa lista de angolanos cujos bens em Portugal foram coligidos pela justiça portuguesa a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola.

“Já sabemos que o Presidente João Lourenço tem uma campanha de perseguição contra a minha pessoa”, disse, numa mensagem enviada a jornalistas, Tchizé dos Santos, que recusa qualquer favor político na construção do seu império financeiro, que tem suporte no setor dos media e bancário.

“Sempre fui empreendedora, fundei dois bancos em Angola. Graças a Deus não foi com dinheiros públicos”, explicou, dizendo confiar na justiça.

“Não estou preocupada, se o Presidente João Lourenço me quiser perseguir até à ‘Cochinchina’, que persiga”, acrescentou a empresária, que está casada com um cidadão português e sustentou ter feito vários investimentos em Portugal, sem os enumerar.

“Há livre iniciativa e ainda não está proibido aos empresários investir fora do país”, salientou, considerando que esta “perseguição está a sair cara” ao executivo angolano.

O nome de Tchizé dos Santos costa de uma lista entregue pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal de Portugal às autoridades angolanas, que se refere a uma lista de bens de cidadãos angolanos no país e que estão a ser investigados por Luanda.

Fonte ligada ao processo confirmou à agência Lusa a existência um relatório pormenorizado, com saldos bancários, imóveis e transações bolsistas.

Segundo o jornal Correio da Manhã, este relatório cumpre uma carta rogatória que a PGR entregou há um ano, que incluía uma listagem de dezenas de nomes, entre os quais a irmã de Tchizé dos Santos, Isabel dos Santos, que está a ser investigada pela justiça angolana e que tem vários bens em Portugal, incluindo participações direitas ou indiretas em empresas.

Leopoldino do Nascimento (‘Dino’), José Filomeno dos Santos – outro filho do antigo presidente -, Manuel Hélder Vieira Dias (‘Kopelipa’) ou João Maria de Sousa são outros dos nomes dessa lista.

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Costa diz que “se tudo correr bem” Portugal entrará na “última e definitiva fase” do desconfinamento

  • ECO
  • 26 Abril 2021

António Costa mostrou-se otimista com a possibilidade de na quinta-feira decidir que Portugal pode entrar na "última e definitiva fase" do desconfinamento.

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que “se tudo correr bem” Portugal entrará na próxima semana na “última e definitiva fase” do plano de desconfinamento a “conta-gotas” apresentado em março. António Costa mostrou-se otimista com essa possibilidade, a qual vai ser discutida esta terça-feira na reunião do Infarmed e decidida no Conselho de Ministros de quinta-feira.

Em declarações transmitidas pela RTP3 a partir de Valença, o chefe de Governo disse ter a “esperança”, o que não significa o “compromisso”, de que se tenha a “confirmação daquilo que os dados aparentam indicar”. Isto é, “que estamos num bom caminho e que com segurança podemos dar o passo que falta dar”. A decisão será tomada pelo Governo no Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Se tudo correr bem estamos a uma semana de entrarmos na última e definitiva — espero que definitiva — fase de reabertura da nossa sociedade“, disse Costa, assinalando que “para lá chegarmos e nos mantermos” é preciso que tudo continue a “correr bem”.

“Não podemos correr o risco de as coisas descontrolarem-se”, avisou Costa, pedindo aos portugueses para não relaxarem nos seus comportamentos através do uso da máscara, da desinfeção das mãos e do distanciamento social. É preciso “muita cautela e muito cuidado”, disse, apelando para que se trate o vírus “com muito respeitinho” dado que surgem novas variantes que “circulam e mais cedo ou mais tarde batem-nos à porta”.

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Ursula von der Leyen sobre o “sofagate”: “Senti-me magoada e sozinha, como mulher e como europeia”

Ursula von der Leyen contou aos eurodeputados que apenas queria ser tratada pelo que é: presidente da Comissão Europeia. No Twitter relembrou que há mais histórias como esta que passam despercebidas.

Um incidente diplomático, agora conhecido como “sofagate“, fez as manchetes internacionais há cerca de duas semanas e, finalmente, Ursula von der Leyen, a mulher afetada pelo incidente, pronunciou-se sobre o assunto: “Senti-me magoada e sozinha, como mulher e como cidadã europeia”. As palavras da presidente da Comissão Europeia foram proferidas esta segunda-feira no Parlamento Europeu, mas von der Leyen também já abordou o assunto no Twitter.

“Sofagate” foi um incidente diplomático que aconteceu quando a presidente da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu visitaram o líder turco Recep Erdogan. Na sala da visita apenas existiam duas cadeiras, onde se sentaram os homens. A única mulher, Ursula von der Leyen, viu-se forçada a sentar-se no sofá, o que gerou críticas e acusações de sexismo, numa época em que ainda se batalha pela igualdade de género.

Passaram-se semanas sem se ouvir nenhuma palavra por parte da presidente da Comissão Europeia, mas o silêncio acabou. “Sou a primeira mulher a ser presidente da Comissão Europeia. Sou a presidente da Comissão Europeia e é assim que eu esperava ser tratada quando visitei a Turquia há duas semanas, mas não fui”, contou aos eurodeputados.

“Não consigo encontrar nenhuma justificação para como fui tratada. Portanto, devo concluir que aconteceu porque sou mulher”, continuou, deixando uma questão no ar: “Teria acontecido se eu tivesse vestido fato e gravata?“.

Além de se pronunciar no Parlamento Europeu, von der Leyen abordou também o assunto na rede social Twitter.

“A minha visita à Turquia mostrou o quão longe ainda temos que ir antes das mulheres serem tratadas como iguais. Sempre. Em todos os lugares. A minha história chegou às manchetes, mas há tantas histórias de mulheres, a maioria delas muito mais sérias, que passam despercebidas. Temos que garantir que essas histórias também são contadas”, escreveu.

“Como política, posso falar a qualquer momento e fazer minha voz ser ouvida. Mas e quanto aos milhões de mulheres que não conseguem? Mulheres que se ofendem todos os dias em todo o planeta, mas que não conseguem defender-se. Temos que lutar por elas”, continuou.

Ainda no Twitter, a presidente da Comissão Europeia revelou que irá apresentar uma legislação para prevenir e combater a violência contra mulheres e crianças online, mas também offline.

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Lisboa arranca semana em alta à boleia do BCP e Galp

Dia misto no setor energético: a EDP e EDP Renováveis corrigiram dos ganhos da semana passada e fecharam em baixa, enquanto a Galp somou mais de 1% depois de apresentar contas.

A bolsa de Lisboa começou a semana com o pé direito, aproveitando os bons desempenhos do BCP e da Galp, que avançaram mais de 1%. As praças europeias também fecharam a sessão desta segunda-feira em alta ligeira.

O PSI-20, o principal índice português, somou 0,41% para 5.020,86 pontos, sendo que apenas cinco cotadas fecharam abaixo da linha de água, com destaque para as duas empresas da família EDP: a EDP Renováveis caiu 0,97% e a EDP cedeu 1,53%, corrigindo dos fortes ganhos observados na semana passada.

Os melhores desempenhos pertenceram à Ramada Investimentos e aos CTT, com ambas as ações a subirem mais de 3%.

Contudo, entre os títulos com maior peso no índice, o destaque ficou reservado para o BCP e para a Galp. O banco liderado por Miguel Maya avançou 2,40% para 0,1153 euros e a petrolífera liderada por Andy Brown ganhou 1,67% para 9,502 euros, isto depois de ter reportado uma baixa dos lucros para 26 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, abaixo do esperado pelo mercado.

Galp soma após apresentar contas

Lisboa acompanhou os ganhos europeus. O índice de referência Stoxx 600 avançou cerca de 0,30% na sessão. Em Frankfurt, o Dax-30 somou apenas 0,10%, abaixo dos ganhos registados pelo francês Cac-40 e espanhol Ibex-35, que somaram 0,40% e 0,80%, respetivamente.

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Axians abre 200 vagas para reforçar equipas em Portugal

Ainda no ano passado, a tecnológica integrou 263 colaboradores nas equipas de Lisboa, Porto e Castelo Branco.

A Axians está empenhada em reforçar as suas equipas em Portugal. Para tal, a marca tecnológica do Grupo VINCI Energies 200 vagas em aberto para áreas como data science, project management, SW development, SW testing e IT infraestrutures. Todas as oportunidades podem ser consultadas através do site da empresa.

Esta é uma clara aposta da tecnológica no talento nacional, já que, ainda no ano passado, em plena fase de pandemia da Covid-19, a empresa procedeu ao onboarding de 263 colaboradores que integraram as equipas da Axians de Lisboa, Porto e Castelo Branco, pode ler-se em comunicado.

Além da contratação de talento, a Axians tem apostado também na requalificação e formação, tentando combater o atual problema da falta de mão-de-obra qualificada na indústria tecnológica. “No setor das TI, o mercado de trabalho está muito dinâmico e em franco crescimento, mas é um mercado que apresenta pouca oferta de profissionais. Isto deve-se às várias iniciativas de transformação digital que se registam em todos os setores de atividade, e intensificou-se com a crise pandémica que estamos a viver”, começa por explicar Fernando Rodrigues, managing director da Axians Portugal.

Essa falta de talento originou uma “maior necessidade de requalificação profissional”, por isso, recentemente, a aposta da tecnológica tem sido na formação e requalificação. Um exemplo disso mesmo é o programa UpSkill, do qual a Axians é cofundadora, juntamente com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

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WATER World Forum for Life

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  • 26 Abril 2021

Alqueva recebe o maior evento sobre a temática da água e sustentabilidade. De 3 a 6 de junho, em Reguengos de Monsaraz.

O maior evento sobre a temática da água e da sustentabilidade decorrerá de 3 a 6 de junho, em Reguengos de Monsaraz. Tendo como ponto de partida a água enquanto fonte da vida, o WATER World Forum For Life decorrerá no maior lago artificial da Europa – o Alqueva – em Reguengos de Monsaraz, onde durante 3 dias se debaterá, num formato híbrido, alguns dos temas mais prementes da sustentabilidade ambiental e alertar para uma das maiores ameaças do século XXI.

O WATER World Forum for Life é um evento inédito no nosso país, cuja iniciativa surge no seguimento da criação da Década da Água, pela ONU, Organização das Nações Unidas, assente num conjunto de valores e atividades em prol da manutenção, reporte e monitorização deste bem tão precioso.

Durante 3 dias serão discutidas políticas de sustentabilidade ambiental e boas práticas na preservação do ambiente, soluções energeticamente eficientes e case studies, sensibilizando público e empresas, tendo a água como ponto de partida. O objetivo é permitir criar impacto na área da sustentabilidade, possibilitando a troca de experiências internacionais e reforçar as estratégias e as políticas ambientais na manifestação do interesse comum em prol de uma sociedade mais motivada e mais consciente da realidade.

O programa do WATER World Forum for Life ainda se encontra em construção, sendo divulgado progressivamente até ao evento, estando para já confirmada a presença de Maimunah Mohd Sharif, Executive Diretor of the United Nations Human Settlements Programme, como uma das oradoras.

Devido às condicionantes do SARS COV 2, o evento decorrerá com um formato híbrido contando com a presença física e online de convidados e oradores num dos palcos mais bonitos do Alentejo, o Alqueva. Será neste cenário, que se assumirá um ambicioso compromisso digital, onde marcará presença uma emissão contínua de televisão que dará voz a todos os participantes – no local ou via livestream – permitindo realizar o evento com todas as condições de segurança necessárias face à situação pandémica que vivemos, obtendo desta forma uma maior audiência nacional e internacional do evento.

Para José Calixto, Presidente da Câmara de Reguengos Monsaraz, “As questões relacionadas com a sustentabilidade e adaptação às alterações climáticas são de grande relevo e um dos mais importantes dossiers para o futuro da Humanidade. O concelho de Reguengos de Monsaraz, a região Alentejo, para além de uma preocupação constante com o ambiente com a preservação da biodiversidade da natureza, pode oferecer um cenário único: o maior lago com intervenção humana da Europa, o Lago Alqueva – um plano de água com mais de 250 kms quadrados! É uma paisagem única em que a linha de água se perde de vista, com 1.160 km de margens e mais de 400 ilhas, assumindo-se como um local idílico para esta iniciativa. Acolhemos o WATER – World Forum for Life não apenas com a intenção de fazer chegar Reguengos de Monsaraz a um público alargado e global, mas, acima de tudo com a forte motivação de ser um catalisador para que instituições, ONGs, empresas e público em geral se mobilizem em torno da temática ambiental”.

Segundo Nuno Molarinho, Managing Partner da TheRace (entidade organizadora do evento), “este evento centra-se na sustentabilidade ambiental, partindo do mote água – pretende ser um espaço de ligação e awareness no qual coexistirão conferências de referência, desportos aquáticos sem combustível fóssil, um espaço de glamping, espetáculos noturnos sobre a água diariamente e um concerto inesquecível. Com este evento pretendemos uma participação transversal ao nível dos stakeholders, um aumento da consciência pública e da capacitação no tema da sustentabilidade ao mesmo tempo, que estamos certos de que iremos contribuir para o fortalecimento da pesquisa e do desenvolvimento da tecnologia de gestão eficiente da água e mobilização de recursos financeiros adequados dos setores público e privado num futuro médio longo prazo.”

O WATER World Forum for Life é um evento inovador que congregará debates e a discussão de temáticas ambientais tendo como ponto de partida a água, mas onde também haverá uma vertente lúdica, cultural e desportiva ambiciosa.

Durante os 3 dias em que decorre o evento, será possível assistir a vários desportos náuticos, alguns deles nunca realizados em Portugal. Previstos estão já a realização de um show case internacional de Wakeboard – desporto em grande crescimento no nosso país – e o lançamento de uma competição Europeia inédita com Eletric Hydrofoil Surfboards.

À noite, será possível assistir ao espetáculo noturno multimédia Water & Light Show – no plano de água que junta luz, projeções de vídeo numa cortina de água, música e drones, criando um efeito especial no espelho d’água do Alqueva nunca visto, com uma história sobre sustentabilidade pensada e desenvolvida para o efeito.

O WATER World Forum for Life marca um forte alerta para a urgência de ações imediatas no que se refere ao tema da sustentabilidade por parte da classe política, económica, bem como do público em geral.

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Défice agrava-se para 2.255 milhões de euros até março

O saldo orçamental fixou-se nos 2.255 milhões de euros até março, período marcado pelo segundo confinamento e o início do desconfinamento, de acordo com o Ministério das Finanças.

As administrações públicas registaram um défice de 2.255 milhões de euros em contabilidade pública até março de 2021, período marcado pelas medidas mais restritivas para controlar a pandemia e o arranque do desconfinamento. Este valor compara com um excedente de 81 milhões de euros registado até março de 2020, antes de a pandemia chegar a Portugal. Os números foram divulgados pelo Ministério das Finanças esta segunda-feira em antecipação do boletim da Direção-Geral do Orçamento (DGO) que é publicado ao final da tarde.

“Esta evolução traduziu-se num agravamento de 2.358 milhões de euros face ao período homólogo explicado pelo impacto do confinamento e das medidas de resposta à pandemia“, escreve o gabinete de João Leão em comunicado enviado às redações. Este desempenho das contas públicas já era esperado dado que o país enfrentou uma terceira vaga no início do ano, tendo sido decretado um confinamento restritivo.

Até fevereiro deste ano, o défice foi de 1.153 milhões de euros pelo que apenas o mês de março representou uma deterioração para quase o dobro. É de notar que o impacto na despesa pública é quase imediato ao passo que na receita há um desfasamento dado que a entrega de vários impostos ao fisco não é no mês em que estes se geram.

A evolução do saldo orçamental reflete uma redução da receita de 6% e um crescimento de 6,5% da despesa primária (exclui a fatura com os juros), em termos homólogos, o que é explicado pelos “impactos negativos na economia particularmente evidentes na redução da receita fiscal e contributiva e das medidas extraordinárias de apoio a famílias e empresas”.

A expectativa do Governo é que o défice em contabilidade nacional, a que interessa em termos internacionais, baixe dos 5,7% do PIB registados em 2020 para os 4,5% do PIB em 2021. Este número foi revisto ligeiramente em alta no Programa de Estabilidade entregue a 15 de abril, comparando com os 4,3% do PIB estimados no Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021).

Governo gasta mais de dois mil milhões a apoiar a economia no primeiro trimestre

Na sequência do segundo confinamento, o Governo teve de carregar no acelerador da despesa e ressuscitar alguns apoios, o que levou o custo das medidas extraordinárias para as empresas e os cidadãos a ultrapassar os dois mil milhões de euros (2.058 milhões de euros) no primeiro trimestre. “Só no mês de março a despesa atingiu os 923 milhões de euros”, nota o Ministério das Finanças.

O apoio relativo às empresas atingiu os 1.182 milhões de euros, tal como antecipou fonte oficial do Ministério das Finanças esta segunda-feira de manhã. Os apoios às empresas registaram um “aumento de cerca de 150% face à média mensal de 2020”, segundo o comunicado.

Este valor reparte-se entre o programa Apoiar (533 milhões), o lay-off simplificado (273 milhões), o apoio à retoma (230 milhões) e o incentivo extraordinário à normalização (147 milhões), tendo já sido esgotada a dotação da Segurança Social, o que obrigou João Leão a recorrer às reservas do OE2021, tal como o ECO noticiou.

Analisando a execução orçamental para lá das medidas Covid-19, é de notar o aumento de 14,2% da despesa com prestações sociais, onde se destacam as prestações de desemprego com uma subida de 42,9% face ao mesmo período do ano passado. Esta evolução reflete não só o aumento do número de desempregados, mas também a subida do limiar mínimo do subsídio de desemprego decidida no OE2021 e a prorrogação dos subsídios que iam caducar (ultrapassado o período em que este é atribuído).

O Ministério das Finanças revela ainda que a despesa com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou 5,9% até março, com as despesas com pessoal a subirem 10,4%. No conjunto dos funcionários públicos, os salários registam um aumento homólogo de 4,3%, “refletindo as contratações de pessoal e os encargos com valorizações remuneratórias, evidenciando-se o aumento de 5,3% da despesa com salários dos professores”.

IVA contrai 11,7% até março. Estado perde 472 milhões com apoios

Do lado da receita, os apoios dados às empresas e aos cidadãos também implicam perdas com 472 milhões de euros a não entrarem nos cofres do Estado por causa da prorrogação de pagamento de impostos, da suspensão de execuções fiscais e da isenção da TSU, sendo que esta última é definitiva enquanto as duas primeiras são receitas que deverão ser encaixadas no futuro.

Porém, o maior choque nas receitas do Estado é fruto do abrandamento da atividade económica por causa do confinamento, sendo expectável que o PIB contraia no primeiro trimestre. Com menos bens e serviços a serem transacionados entre janeiro e março, a receita fiscal ressentiu-se ao cair 10,1%, “com a generalidade dos impostos a evidenciar quebras, destacando-se a forte redução de 11,7% do IVA em termos comparáveis (ajustada do efeito dos planos prestacionais)”.

Ainda assim, continua a existir uma fonte de receita que resiste à crise pandémica: é o caso das contribuições para a Segurança Social que exibem uma contração de apenas 0,6%, apesar do aumento do desemprego e a isenção da TSU nos apoios ao emprego.

(Notícia atualizada às 16h35 com mais informação)

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