Benfica pode expulsar Vieira da administração daqui a 30 dias

SAD do Benfica impôs prazo de 30 dias para resolver impasse na liderança: ou Vieira se demite ou tem "ok" da Justiça para contactar outros administradores. Caso contrário, será o fim de linha.

O Benfica deu um prazo de 30 dias a Luís Filipe Vieira para resolver o impasse na liderança: ou se demite por sua iniciativa ou volta a poder contactar os outros membros da administração, algo que está nas mãos da justiça. Caso contrário, será o fim de linha para o presidente da SAD encarnada.

“A Benfica SAD informa que o conselho fiscal comunicou ao conselho de administração que, perante o teor daquelas medidas de coação, em especial a proibição de contactar com os demais membros do conselho de administração, situação que, na verdade, resulta na impossibilidade de exercer funções como membro do órgão de administração, declarará (…), o termo das funções de Luís Filipe Vieira como membro do conselho de administração no prazo de 30 dias, salvo se entretanto Luís Filipe Vieira deixar de exercer o referido cargo ou a causa de impossibilidade de exercício desse cargo cessar”, informa a SAD benfiquista em comunicado enviado ao mercado ao início da tarde.

O conselho fiscal justifica esta posição com a defesa dos interesses da sociedade encarnada e com a necessidade “de transmitir, com clareza e transparência a todos os stakeholders da Benfica SAD, informação acerca da composição e do funcionamento do conselho de administração”.

Esta decisão aplica-se à SAD e não ao clube, que controla a sociedade. Já foram marcadas eleições para a liderança do clube das águias que terão lugar até final do ano.

SAD dá informações às autoridades

A SAD liderada agora por Rui Costa adiantou ainda que está a cooperar com as autoridades sobre o alegado desvio de 2,5 milhões de euros por Luís Filipe Vieira da sociedade para proveito próprio, designadamente “prestando as informações que lhe foram solicitadas e diligenciando no sentido de apurar os factos relevantes para, conforme previsto na lei, aferir o cumprimento dos deveres legais e contratuais por parte de Luís Filipe Vieira enquanto membro do conselho de administração”.

De acordo com o Ministério Público, através de empresas offshore nos EUA, Tunísia e Emirados Árabes Unidos, controladas pelo empresário de futebol Bruno Macedo, transferidos quase 2,5 milhões de euros relativos a negócios com a transferência de jogadores para as empresas do presidente do Benfica.

Luís Filipe Vieira foi detido e constituído arguido na passada quarta-feira, tendo sido libertado no sábado mediante o pagamento de uma caução de três milhões de euros.

Entre as medidas de coação impostas pelo tribunal, o presidente do Benfica ficou ainda impedido de contactar os outros arguidos — José António dos Santos, o seu filho Tiago Vieira e Bruno Macedo –, os membros da administração da SAD do Benfica e qualquer administrador ou funcionário do Novo Banco, entre outros.

Estão em causa estão suspeitas de “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento” por “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente”

(Notícia atualizada às 14h05)

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Esta é a matriz de risco que os médicos defendem para conter a Covid

A proposta da Ordem dos Médicos, em conjunto com o Instituto Superior Técnico, acrescenta os internamentos em enfermaria e cuidados intensivos e os óbitos à matriz de risco da Covid-19.

Os apelos para uma mudança na matriz de risco da Covid-19 têm-se multiplicado, numa altura em que a vacinação muda o cenário da pandemia. A Ordem dos Médicos decidiu avançar com uma proposta, feita em parceria com o Instituto Superior Técnico, para uma nova “bússola”, que acrescenta os indicadores das hospitalizações e dos óbitos à fórmula que permite perceber qual é a situação do país.

Este indicador “é uma fotografia diária e real” da pandemia, começou por caracterizar o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, na apresentação da matriz. Isto já que “permite acompanhar a pandemia de mais perto e ver o que se pode fazer em cada momento”, através de valores que estão disponíveis nas atualizações da Direção-Geral de Saúde.

Quais são então os indicadores? É o índice de transmissibilidade (Rt), a incidência, os dois indicadores já presentes na atual matriz e que aqui compõem o pilar da atividade, ao que se juntam os internamentos em enfermaria e em Unidades de Cuidados Intensivos e também os óbitos, que são o pilar da gravidade da pandemia.

Há ainda uma diferença na incidência, que utiliza uma média a sete dias, ao invés de 14 dias. Já o Rt é “também modulado para poder ser utilizado de forma mais ágil e olhando valores a sete dias”, segundo explica a Ordem.

“A incidência, transmissibilidade, gravidade da doença e capacidade hospitalar e humana conduzem, cada uma delas, a níveis de impacto que variam desde uma zona de atividade residual até níveis de alerta, alarme, crítico e de rutura”, explicitam.

Através dos indicadores é apresentado um resultado que mostra a gravidade da situação, que nos 100 pontos atinge a “chamada fase crítica, em que é preciso fazer mais qualquer coisa”. “Neste momento, estamos em 92,3, ou seja, a água está a ferver”, avançou Henrique Oliveira, da equipa do Instituto Superior Técnico.

A proposta seguiu esta quarta-feira para a ministra da Saúde, adiantou o bastonário, sendo que a decisão de a adotar ou não cabe ao Governo. Na apresentação desta proposta de matriz, Miguel Guimarães defendeu que a atual versão está “ultrapassada” e “não acompanha os avanços na vacinação”.

A atual matriz de risco apresenta apenas o ponto de interceção entre o Rt e a incidência, tanto a nível nacional como no continente. Era dividida em quatro zonas, definidas pelos limites dos indicadores: Rt em 1 e incidência nos 120 casos por 100 mil habitantes. No entanto, a evolução da pandemia obrigou a acrescentar mais um quadrante, entre os 240 e os 480 casos por 100 mil habitantes.

O bastonário da Ordem dos Médicos sublinhou também que é necessário “louvar a vacinação, que tem sido uma mais-valia no combate à pandemia”, fazendo ainda um apelo à vacinação. Para ilustrar o impacto da vacinação na situação do país, os responsáveis mostraram uma comparação do indicador com e sem esta campanha. “Se não tivéssemos a vacina, estávamos em confinamento”, reiterou Filipe Froes, coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para a pandemia.

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25 farmácias pediram para sair do projeto de testes comparticipados

  • Lusa
  • 14 Julho 2021

Limitações do ponto de vista de sistema informático não ajudam na hora de passar a faturação. Farmácias não têm como saber se o utente é legível ou não para o teste comparticipado.

Vinte cinco das mais de 180 farmácias que aderiram ao projeto para realização de testes rápidos de antigénio à Covid-19 comparticipados decidiram sair devido a problemas informáticos que dificultam o trabalho dos profissionais, segundo a Ordem dos Farmacêuticos.

Em declarações, esta quarta-feira, à agência Lusa, o presidente da secção regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Luís Lourenço, afirmou que os enfermeiros foram “apanhados de surpresa” quando foi comunicado no passado dia 30 de junho que tinha sido criado o regime especial de comparticipação dos testes rápidos de antigénio (TRAg) para uso profissional realizados em farmácia comunitária, que entrava em vigor no dia seguinte

A portaria estabelece que o valor da comparticipação do Estado na realização dos TRAg é de 100%, não podendo o preço exceder os 10 euros, e a sua realização é limitada a quatro testes por mês, por utente.

“Os farmacêuticos foram apanhados de surpresa porque não foram informados dessa intenção, o que fez com que, infelizmente, até ao dia de hoje, haja algumas limitações do ponto de vista de sistema informático, que esperemos que sejam ultrapassados, para ser possível a faturação deste serviço e a sua comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde”, disse Luís Lourenço.

Dada a sua responsabilidade profissional, os farmacêuticos tentaram de “alguma maneira” ultrapassar a “barreira informática” no sistema usado pelas farmácias, disponibilizado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, para realizarem o teste, tendo uma minuta para recolher informação do próprio utente.

“Não sendo possível a sua faturação neste momento, mas a acreditar que o poderão fazer no futuro, estão a recolher os dados dos utentes a quem já estão a fazer o teste”, adiantou Luís Lourenço.

Nessa minuta, o utente assume “sobre o compromisso de honra” que é elegível para a comparticipação dos testes, uma situação que o responsável da OF diz não ser desejável porque há “um risco muito grande” dos farmacêuticos estarem “a realizar inadvertidamente algum teste” a um utente ilegível.

Há também uma carga burocrática e administrativa mais elevada, o que também “dificulta bastante” o processo habitual da realização do teste.

“A cada teste realizado numa farmácia, o farmacêutico tem de despender aproximadamente 15 minutos, o que acaba por ser um período bastante elevado, considerando que as farmácias vão continuar a realizar a sua função de dispensa de medicamentos e aconselhamentos sobre a utilização dos mesmos e também a realização de testes bioquímicos”, salientou Luís Lourenço.

Dado todas essas limitações, “a carga tremenda que têm”, não havendo alguma facilidade do ponto de vista informático e perante a indefinição de quando tal poderá acontecer, 25 farmácias optaram por sair do projeto, das 183 farmácias que a Ordem dos Farmacêuticos tem o reporte de estarem inscritas.

“É preciso entender o que é o dia-a-dia de um farmacêutico numa farmácia, que está assoberbado de trabalho e não consegue dar resposta. Os telefonemas são infindáveis, as abordagens no balcão também são inúmeras”, elucidou.

Disse ainda que a OF tem reportes de farmacêuticos que já pediram há aproximadamente duas semanas um registo no SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) para registar os resultados dos testes, que é obrigatório, mas ainda não conseguiram.

Luís Lourenço disse acreditar que o número de farmácias poderá “aumentar exponencialmente se houver um desbloquear do registo nos organismos oficiais”.

A agência Lusa contactou o Ministério da Saúde sobre esta situação, mas ainda não obteve resposta.

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Áudios de Florentino Pérez denunciam alegado desvio de dinheiro por parte de Pinto da Costa e Mendes

Novos áudios de Florentino Pérez foram divulgados esta quarta-feira. O líder do Real surge a denunciar um possível esquema de desvio de dinheiro por parte de Pinto da Costa e Jorge Mendes.

Áudios antigos de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, têm sido divulgados na esfera pública nos últimos dias através do El Confidencial. Numa nova gravação publicada no diário espanhol, o líder do emblema “merengue” surge a denunciar um suposto esquema de desvio de dinheiro envolvendo o líder do FC Porto, Pinto da Costa, e o empresário Jorge Mendes.

Na gravação datada de 2007, é possível ouvir Florentino Pérez a falar sobre a existência de um possível esquema de desvio de dinheiro para uma conta na Suíça, dando como exemplo a transferência de Pepe para o Real Madrid, que na altura custou aos cofres dos “blancos” cerca de 30 milhões de euros.

Eu conheço o presidente do FC Porto. Os 30 milhões de euros [referente à transferência de Pepe para o Real Madrid] saíram daqui e acabaram na deles, de certeza. Agora temos de ver onde fica a sede do banco. É o que ele faz com Jorge Mendes, que é o representante do presidente do Porto. Com ele, tudo é estranho,” referiu primeiramente Florentino Pérez.

O atual presidente do Real Madrid acrescentou ainda que este esquema já teria sido utilizado anteriormente pelos mesmos. “Tiraram dinheiro do russo [Roman Abramovich, Presidente do Chelsea], com Mourinho, com Carvalho, com Ferreira… E esse dinheiro, o que acontece é que o levam para a Suíça. Alguém que está na liderança [na altura, Ramón Calderón] tem de ficar chateado e tem de nos dar pistas sobre essa conta na Suíça,” afirmou.

No entanto, este não foram os únicos áudios lançados esta quarta-feira. O El Confidencial divulgou ainda uma outra gravação, onde o líder máximo dos “madrileños” surge a criticar duramente Cristiano Ronaldo, José Mourinho e (novamente) Mendes.

Ele é louco. Este tipo é um imbecil, uma pessoa doente. Pensam que este tipo é normal, mas não é normal, caso contrário não faria todas as coisas que faz. A última estupidez que ele fez, o mundo inteiro viu-o… Porque é que acham que ele faz esta estupidez?”, disse Pérez sobre o atual atacante da Juventus.

Sobre Mourinho e Jorge Mendes, Florentino Pérez demonstrou o seu desagrado pelo caráter de ambos, salientando que são “tipos com um ego terrível, ambos mimados e que não veem a realidade”.

Pérez diz que críticas a Ronaldo, Mourinho e Pinto da Costa estão “fora de contexto”

O presidente do Real Madrid já reagiu às novas gravações divulgadas esta quarta-feira, afirmando que as mesmas foram obtidas de “forma ilícita e estão descontextualizadas”.

“Estas gravações, obtidas de forma ilícita, estão descontextualizadas, para provocar uma interpretação que não corresponde à realidade”, reagiu Florentino Pérez, através de comunicado, após o jornal El Confidencial ter publicado novo bloco de áudios do líder dos “merengues”.

“Tenho uma relação magnífica com Jorge Mendes há 15 anos. Uma relação sustentada na amizade e no respeito. Foi sempre muito profissional, íntegro e transparente. Sem isso, teria sido impossível de construir a relação que mantenho com ele, mas também com os profissionais por ele representados, como Cristiano Ronaldo e José Mourinho, os quais admiro e por quem tenho um carinho muito especial”, refere o comunicado de Florentino Pérez.

Na mesma nota, o presidente do Real Madrid diz igualmente manter “uma grande amizade” com Pinto da Costa, com quem teve “a oportunidade de realizar vários acordos, sempre com a máxima transparência”.

Primeiros áudios de Florentino rebentaram com críticas a ícones do Real Madrid

O El Confidencial tornou públicas as primeiras gravações de Florentino Pérez na terça-feira, com um áudio, datado de 2006, em que o líder do Real Madrid critica duas das maiores figuras do emblema de Madrid, Iker Casillas e Raúl, apelidando-os de “duas grandes vigarices”.

“Casillas não é o guarda-redes para o Real Madrid. Ele não é e nunca o foi. Esse é o grande erro que tivemos. O que acontece é que tem pessoas que o adoram, o amam, falam com ele, não sei o que dizer. Eles defendem-no tanto… Bem, ele é um dos grandes burlões e o segundo é Raúl. As duas grandes vigarices do Real Madrid são Raúl e Casillas,” referiu num tom cáustico o atual presidente do Real Madrid.

Perante a difusão dos primeiros áudios, Florentino Pérez lançou um comunicado nas plataformas oficiais do clube. O presidente “merengue” reforça a ideia de que as conversas foram “gravadas clandestinamente pelo [jornalista] Sr. José Antonio Abellán, que há muitos anos tenta vendê-las sem sucesso” e que não passam de “frases soltas, retiradas do amplo contexto em que foram produzidas”.

(Notícia atualizada às 16h34, com a reação de Floretino Pérez às novas gravações)

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Sem bateria? Apple lança o MagSafe para carregar o iPhone

  • Carolina Bento
  • 14 Julho 2021

A MagSafe Battery Pack é uma bateria portátil sem fios, que se ajusta à parte traseira do smartphone através de ímanes. Disponível para venda em Portugal, vem em várias cores.

Quantas vezes fica sem bateria no telemóvel? Muitas. A pensar nisso, a Apple lançou a MagSafe Battery Pack. Esta bateria é portátil, não tem fios, e ajusta-se à parte traseira do smartphone através de ímanes. Já se encontra disponível para venda em Portugal, mas não é compatível com todos os modelos do iPhone.

A MagSafe associa-se aos smartphones por via magnética, fixando os dispositivos e “permitindo um carregamentos wireless fiáveis e seguros”, garante a Apple. Assim, os telemóveis podem ser carregados em movimento, sem que o utilizador tenha de estar perto de uma tomada.

A velocidade máxima de carregamento é de 5 W, uma velocidade lenta, segundo o El Economista (acesso livre, em espanhol). Contudo, o carregamento pode ser mais rápido se o utilizador recorrer a um adaptador de corrente USB-C de 20 W ou mais e de um cabo para lighting, que são vendidos separadamente.

Assim, segundo a marca, se a bateria estiver associada ao carregador de 27 W ou mais, como os que estão incluídos nos MacBooks, demora menos tempo a carregar a bateria do smartphone. A MagSafe pode carregar os telemóveis com uma potência máxima de 15 W, se estiver ligada ao cabo para lightining.

A nova bateria da Apple custa 109 euros no website oficial da marca em Portugal. Os acessórios estão disponíveis em várias cores, para combinar com o próprio smartphone, mas por agora esta bateria externa de 1.460 mAh só consegue carregar o iPhone 12 e iPhone 12 Pro.

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BCE entusiasmado com o euro digital. Vai testar a moeda nos próximos 24 meses

O Banco Central Europeu lançou esta terça-feira a fase de investigação do euro digital, a qual vai durar 24 meses. O objetivo é testar a melhor forma de o fazer chegar aos consumidores.

Após várias análises e algumas experiências com “resultados encorajadores”, o projeto do euro digital do Banco Central Europeu (BCE) vai avançar para uma fase de investigação de 24 meses em que tentará chegar ao desenho e à distribuição ideal deste complemento às notas e às moedas. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo banco central e chega com uma mensagem para os cripto-ativos como a bitcoin: o euro digital é muito mais amigo do ambiente.

Em comunicado, a presidente do Banco Central Europeu explica que esta decisão de avançar com a fase de investigação acontece nove meses após a publicação do relatório do BCE sobre o euro digital e a realização de algumas experiências com a ajuda de profissionais da área e cidadãos, os quais registaram “resultados encorajadores”. “Tudo isto nos levou a decidir acelerar o processo e começar o projeto do euro digital”, afirma Christine Lagarde, assegurando que o objetivo é que os cidadãos e as empresas continuem a ter acesso à “forma mais segura de dinheiro, o dinheiro do banco central”.

A ideia é que o euro digital seja um complemento das notas e moedas que se usam atualmente e não um substituto: terá de ser “uma forma de dinheiro do banco central sem risco, acessível e eficiente”. Mas para se chegar à fórmula ideal para o implementar será necessário dois anos (24 meses) de investigação, a qual envolverá aspetos como as necessidades dos europeus, a forma de prevenir atividade ilícitas, evitar impactos indesejáveis na estabilidade financeira ou na política monetária, por exemplo. Além disso, será preciso estudar as alterações legislativas necessárias, um trabalho a ser realizado em conjunto com as instituições europeias.

O comunicado do BCE dá a entender que este projeto incluirá o TIPS (TARGET Instant Payment Settlement, uma tecnologia da Zona Euro que permite pagamentos em tempo real) ou alternativas como a tecnologia blockchain, as quais “mostraram-se capazes de processar mais de 40 mil transações por segundo”. “As experiências também sugeriram que arquiteturas que combinem elementos centralizados [como o TIPS] e descentralizados [como a blockchain] são possíveis”, nota o BCE. Porém, dá a garantia de que o digital euro será “amigo do ambiente” uma vez que a energia necessária para processar dezenas de milhares de transações por segundo é “negligenciável” comparada com a energia consumo por “cripto-ativos como a bitcoin”.

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Primeiro “tiro” da “bazuca” é de 50 mil milhões. 2,2 mil milhões são para Portugal

Está quase a chegar a primeira tranche da "bazuca", o nome dado ao fundo de recuperação europeu. A Comissão já garantiu 45 mil milhões de euros de fundos nos mercados e em breve seguem para os países.

Um ano depois do acordo preliminar para criar a “bazuca” europeia de resposta à crise pandémica, o primeiro “tiro” vai ser disparado ainda este mês e é de 50 mil milhões de euros que vão ser distribuídos por 12 países, dos quais 2,2 mil milhões de euros cabem a Portugal. Após a aprovação dos 12 Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) por parte do ECOFIN, falta só os países assinarem os acordos de financiamento com a Comissão Europeia e, depois, receberão a primeira tranche de uma só vez.

Questionada pelo ECO após o passo que faltava do lado do Conselho da UE, fonte oficial da Comissão Europeia explica que “já preparou os documentos” necessários para completar os acordos de financiamento (subvenções) e de empréstimo e que irá “iniciar imediatamente o processo de assinatura” assim que receber a “notificação oficial” da decisão tomada esta terça-feira pelo ECOFIN, a qual entrará em vigor nos próximos dias.

A Comissão está determinada a ultimar rapidamente a assinatura destes acordos para facilitar o rápido desembolso dos pagamentos de pré-financiamento assim que os Estados-membros completem todos os passos necessários do seu lado, em linha com os seus procedimentos nacionais”, afirma fonte oficial do executivo liderado por Ursula Von der Leyen, revelando que esses pagamentos dos 12 PRR aprovados atingem um total de 50 mil milhões de euros.

O país que mais vai receber (e que tem o PRR mais avolumado) é a Itália, com uma primeira fatia de 24,9 mil milhões de euros, seguindo-se Espanha (9 mil milhões), França (5,1 mil milhões), Grécia (3,9 mil milhões), Alemanha (2,3 mil milhões) e Portugal (2,2 mil milhões). Nos restantes países o valor é inferior a mil milhões de euros, com a Bélgica num extremo (770 milhões) e o Luxemburgo no outro (12 milhões).

Estes valores correspondem a 13% do envelope que resulta principalmente da fórmula acordada entre os líderes europeus para a distribuição dos montantes, mas também são influenciados pelos empréstimos pedidos pelos países. Por exemplo, a Grécia decidiu usar muito mais o volume de empréstimos que tinha à sua disposição do que Portugal. Porém, o Governo português manteve em aberto a hipótese de pedir mais empréstimos no futuro, consoante a necessidade que venha a sentir.

A ordem pela qual os países vão receber esta primeira tranche, a qual será paga toda de uma vez, “irá depender da ordem pela qual completem os acordos de financiamento e de empréstimo”, nota a Comissão Europeia, colocando o ónus nos Estados-membros uma vez que está “totalmente nas suas mãos” a rapidez com que completam os procedimentos nacionais. A expectativa do executivo comunitário é que estes 12 países, aos quais se juntarão mais no final do mês com o PRR aprovado na próxima reunião do ECOFIN, sejam os primeiros a receber.

No total, a “bazuca” europeia implicará o endividamento por parte da Comissão Europeia — em nome da União Europeia — de cerca de 800 mil milhões de euros (cerca de quatro vezes o PIB português) a preços correntes entre 2021 e o final de 2026, os quais terão de ser reembolsados (ou refinanciados) pela UE ao longo das próximas décadas. 421,1 mil milhões de euros irão ser disponibilizados na forma de subvenções (através do PRR e outros instrumentos europeus) e 385,5 mil milhões de euros para empréstimos. Em média, a Comissão terá de ir aos mercados buscar 150 mil milhões de euros por ano.

Comissão Europeia assegura 45 mil milhões nos mercados com procura recorde

Ainda esta terça-feira, dia em que os 12 PRR foram aprovados no ECOFIN, a Comissão Europeia voltou aos mercados financeiros para a terceira emissão de dívida ao abrigo do Próxima Geração UE (nome oficial do fundo de recuperação europeu) e voltou a registar uma procura sem precedentes. Por exemplo, na linha a 20 anos houve uma procura quase 10 vezes superior à oferta, o que “quebrou um novo recorde para a maior procura de sempre numa nova obrigação a 20 anos”.

Com esta operação, a UE já se financiou em 45 mil milhões de euros em apenas quatro semanas uma vez que as idas ao mercado começaram apenas em junho, após a ratificação da decisão dos recursos próprios por parte de todos os Estados-membros, a qual permitia o aumento do endividamento da União. É este nível de financiamento que deixa os responsáveis comunitários tranquilos de que conseguirão pagar de uma só vez os 13% do pré-financiamento do PRR, tal como indicou esta terça-feira Valdis Dombrovskis, vice-presidente da CE.

“Os fundos serão agora usados para os primeiros pagamentos ao abrigo do Próxima Geração UE, através do Instrumentos de Recuperação e Resiliência [PRR] e vários programas do orçamento da UE”, explicava a Comissão num comunicado divulgado esta terça-feira, assinalando que as primeiras verbas para os países irão seguir-se em “tempo oportuno”.

A expectativa do executivo comunitário é chegar ao final de 2021 com um total de 80 mil milhões de euros de obrigações europeias de longo prazo emitidas, o que será complementado com emissões de curto prazo. Será no final do ano que a Comissão Europeia deverá avaliar a execução do PRR português e decidir se o país cumpriu o prometido e, assim, desembolsar a próxima tranche prevista no plano.

No total, Portugal receberá 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,69 mil milhões de euros em empréstimos ao abrigo do PRR, ao que se somará outros valores do Próxima Geração UE, nomeadamente do REACT EU cujas verbas já chegaram aos países. Os valores finais ainda poderão mudar ao longo dos anos uma vez que haverá uma parcela que está dependente do impacto da pandemia nos Estados-membros. Além disso, Portugal tem a opção de pedir uma verba maior em empréstimos no futuro.

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Trabalhadores da TAP questionam necessidade de 124 despedimentos. Querem reunir com Pedro Nuno Santos

Comissão de Trabalhadores da TAP não compreende a necessidade de se despedirem 124 colaboradores e, por isso, pediu reunião com urgência ao ministro Pedro Nuno Santos.

A TAP vai avançar com um despedimento coletivo que afetará 124 trabalhadores. A primeira reunião de negociação com os colaboradores aconteceu esta segunda-feira, a comissão de trabalhadores afirma não entender a necessidade deste despedimento, uma vez que a situação da companhia aérea nacional “é contextual e passageira”. A mesma comissão pediu, assim, uma reunião urgente com o ministro Pedro Nuno Santos.

Num comunicado enviado esta terça-feira, a Comissão de Trabalhadores da TAP diz ter “estranhado” que nenhum representante do Governo tivesse estado presente na reunião, “principalmente porque o patrão da empresa é o Estado português”. Algo que “constitui um desprezo enorme não apenas pelos trabalhadores envolvidos, mas por todos os trabalhadores da empresa”, refere em comunicado.

A mesma comissão diz ainda esperar que este despedimento coletivo seja o último a adotar na companhia aérea. “Não entendemos esta necessidade de despedimento, concretamente destes 124 trabalhadores, uma vez que a situação vivida pela TAP e pelas outras companhias aéreas, é contextual e passageira“, referem os trabalhadores, acrescentando que já se começa a notar a “recuperação económica”.

“Assim, as projeções preconizadas pelo plano de reestruturação e fornecidas pela empresa na comunicação de intenção de despedimento coletivo já não estão atuais, nomeadamente devido ao aumento do ritmo da vacinação. O facto é que a retoma dar-se-á mais cedo do que o previsto, tendo assim a empresa necessidade destes trabalhadores para garantir a operação num futuro muito próximo“, lê-se.

A Comissão de Trabalhadores afirma ainda que é tão verdade que a TAP precisa destes trabalhadores, “que está a chamar assistentes de bordo em férias e folgas para fazer voos” e a “recorrer á contratação de trabalho externo (outsorcing) para desempenhar funções em paralelo com os trabalhadores TAP”. Além disso, “existe neste momento um desvio de trabalho da TAP para a PGA”.

Face a este cenário, esta comissão questiona “se o impacto do custo laboral destes trabalhadores é assim tão elevado, que justifique o despedimento dos mesmos”. “É que se calhar não é! Se calhar a TAP tem gastos muito mais elevados por exemplo com 10 administradores [e], se calhar, com cinco fazia a festa e a poupança era suficiente para pagar os vencimentos de 124 trabalhadores durante mais uns meses até à retoma”, refere.

Além disso, os trabalhadores afirmam que as razões apontadas pela TAP para avançar com este despedimento coletivo “não apenas representam um aproveitamento inaceitável da situação de crise em que o país caiu em 2020, como são ainda profundamente falaciosas“. “Ninguém percebe porque é que, depois de milhares de trabalhadores que a empresa despediu ou prescindiu (…), se torna agora tão fundamental despedir mais 124 trabalhadores”.

Afirmando que este despedimento “mais não é do que um acerto de contas para com os trabalhadores envolvidos”, a Comissão de Trabalhadores diz ainda que a TAP “insiste em não dar a conhecer” a totalidade do plano de restruturação aos representantes dos trabalhadores.

Para sexta-feira está marcada uma nova reunião mas, independentemente disso, esta comissão pediu “uma reunião com caráter de urgência” ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

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Rui Costa pode travar entrada do investidor americano no Benfica

O americano John Textor confirmou à CMVM que tem um acordo para comprar 25% da SAD do Benfica. Mas como o investidor é considerado uma “entidade concorrente”, tem de ter o "ok" do clube.

Estádio da Luz é o primeiro estádio em Portugal com tecnologia 5G - 09ABR21
Rui Costa, atual presidente do Benfica.Hugo Amaral/ECO

Os acordos já tinham sido relatados nos despachos de pronúncia do Ministério Público e foram confirmados esta terça-feira, em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O empresário José António dos Santos, arguido na operação “Cartão Vermelho”, confirmou que tem “dois acordos para a venda” de 25% do capital da Benfica SAD ao investidor americano John Textor.

Mas esta operação, apesar de ser um negócio entre dois acionistas (um atual e outro potencial), para avançar terá ter “luz verde” da atual direção do clube, que neste momento é liderada por Rui Costa.

Porquê? Porque os estatutos do Benfica dizem que a compra de ações representativas de mais de 2% do capital social da SAD “por uma entidade concorrente” terá de ser aprovada pelas ações da categoria A, que são detidas pelo clube e que representam 40% do capital.

E porque é que John Textor é considerado “uma entidade concorrente”? Porque os estatutos da SAD dizem que são “entidade concorrentes” qualquer entidade que desenvolva a sua atividade “na participação em competições profissionais de futebol, na promoção e organização de espetáculos desportivos ou no fomento ou desenvolvimento, ainda que indiretamente, de atividades relacionadas com a prática desportiva profissionalizada da modalidade de futebol em Portugal ou no estrangeiro”.

O milionário norte-americano John Textor, segundo o site Mais Futebol, é sócio maioritário da Fubo TV, uma espécie de Netflix para transmitir eventos desportivos, como as ligas profissionais de futebol americano (NFL), basquetebol (NBA), basebol (MLB), hóquei no gelo (NHL) e futebol (MLS).

Assim, na prática será a nova direção do clube, agora liderada por Rui Costa (Luís Filipe Vieira suspendeu o mandato), que irá decidir se dá autorização ao americano John Textor para que possa entrar no capital da SAD. A direção atual — enquanto não são realizadas as eleições — é composta por Rui Costa e por mais seis vices-presidentes.

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Quer trabalhar a partir de qualquer lugar? Saiba como pode fazê-lo

A Revolut quer ajudá-lo a trabalhar a partir de qualquer parte do mundo. Viajar com pouca bagagem, encontrar outros nómadas digitais e verificar a situação jurídica são algumas das dicas da empresa.

Antes era um regime de trabalho quase de nicho, característicos de alguns freelancers ou profissionais mais ousados. Mas a pandemia da Covid-19 veio democratizar o teletrabalho e, em alguns casos, até mesmo o trabalho remoto. Hoje são várias as empresas que já oferecem — e muitas começam a desenhar essas possibilidades — aos funcionários a oportunidade de trabalhar a partir de outros locais, às vezes até a partir de outros países.

Os trabalhadores remotos podem, assim, combinar trabalho com viagens ou atividades ao ar livre, beneficiando de um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal, de um maior bem-estar, satisfação e até criatividade. Mas para trabalhar a partir de qualquer ponto do mundo, há que ter em consideração alguns fatores.

Conheças as dicas da Revolut para que a sua experiência de remote work seja a melhor possível:

1. Verifique situação jurídica

“Antes de viajar é aconselhável verificar qual será a sua situação jurídica aquando da chegada ao destino. Para trabalhar num país, geralmente, precisa de uma autorização de residência e de trabalho“, começa por alertar a empresa, em comunicado.

2. Considere a sua função

Igualmente importante antes de experimentar este modelo de trabalho é pensar no seu tipo de funções e se poderá continuar a desempenhar da mesma forma noutro país, fora do escritório.

Funções relacionadas com a criação de conteúdo (como user experience, design gráfico ou de web), mas também marketing ou social media; copywriters ou gestores de conteúdos, tradutores, jornalistas e editores; consultores ou coaches; e funções de IT, como programadores ou developers são as que a Revolut enumera como perfeitamente possíveis de serem executadas fora do escritório, apenas com recurso à tecnologia.

3. Viaje com pouca bagagem

Diga adeus ao caos com a bagagem: a mala deve ter menos de 12 quilos. Quando viaja possivelmente partilhará o carro e outros espaços com mais colaboradores remotos. O que é verdadeiramente indispensável é a tecnologia.”

Portátil (idealmente leve e compacto, com microfone e altifalante incorporados), adaptador universal de tomada, powerbank, carregadores e cabos, mini coluna portátil bluetooth, auriculares com microfone e fones com inibidor de ruído são alguns dos aparelhos tecnológicos recomendados.

4. Procure outros profissionais remotos

“Os viajantes a solo, em particular, muitas vezes receiam a solidão destas jornadas. Mas isso não deve ser um problema num mundo digitalizado: existem apps e plataformas que simplificam a conexão e o contacto com pessoas com ideias semelhantes em todos os cantos do mundo. Vale a pena procurar eventos locais da comunidade nómada, expats ou de startups.”

Em Portugal foi, recentemente, criada a Digital Nomad Village, na Ilha da Madeira, um espaço dirigido a profissionais que trabalham de forma remota. Esta vila para nómadas digitais pode ser uma opção, organizando vários eventos diários e disponibilizando um espaço de cowork gratuito.

“Outra forma de concentrar a comunidade é através de grupos no Facebook, geralmente pesquisando pelo nome ‘Digital Nomads’ seguido da localização. O Instagram é outra opção: definir o perfil como ‘público’ e atualizar a localização na biografia ajuda a estabelecer contactos com outros colaboradores remotos num determinado local. Há ainda grupos Slack para nómadas digitais, que são facilmente acessíveis com convites pessoais, mas também sites de partilha de casas, como couchsurfing ou através de outras redes sociais profissionais, como o Linkedin”, aconselha a app financeira.

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EDP integra projetos que mobilizam 100 milhões de apoios europeus para Portugal

Está previsto que os projetos na área de renováveis, descarbonização, hidrogénio verde ou inteligência artificial aplicada à prevenção e combate a incêndios possam arrancar no último trimestre de 2021

A EDP anunciou esta quarta-feira que irá participar em projetos que vão garantir apoios europeus na ordem dos 100 milhões de euros para investigação e desenvolvimento em Portugal na área das renováveis, descarbonização, hidrogénio verde ou inteligência artificial aplicada à prevenção e combate a incêndios.

“O orçamento global destes projetos que a EDP integra ou coordena ultrapassa os 170 milhões de euros, tendo sido assegurado um apoio europeu de cerca de 100 milhões de euros, repartidos pelos mais de 125 parceiros de referência que participam nos projetos”, disse a EDP em comunicado.

A seleção destes projetos foi feita após candidaturas submetidas no início de 2021 no âmbito do programa EU Green Deal, promovido pela Comissão Europeia. Nos próximos três decorrerão negociações e processos administrativos, para depois poderem arrancar no último trimestre de 2021. A duração média prevista é de cinco anos.

De acordo com a empresa, os projetos selecionados irão desenvolver-se em áreas distintas:

  • Produção de energia renovável offshore, incluindo conceitos de hibridização entre energia eólica e fotovoltaico flutuante. Este projeto irá ainda dedicar-se à energia dos oceanos, envolvendo o estudo de conceitos como a produção de hidrogénio verde, também offshore, com vista à otimização da integração da produção renovável.
  • Produção de hidrogénio verde numa escala pré-comercial, visando o desenvolvimento da tecnologia de produção e o aumento da sua competitividade.
  • Desenvolvimento de inteligência artificial e drones avançados, com vista à prevenção e combate a incêndios florestais, desenvolvendo sinergias entre diferentes infraestruturas críticas, como as de distribuição de água e eletricidade, e as entidades locais.
  • Descarbonização de infraestruturas-chave, como portos e outras atividades, como é o caso da central termoelétrica de Sines, atualmente em processo de desativação. O objetivo é demonstrar diversas tecnologias – como o hidrogénio verde ou ligadas à mobilidade – e ferramentas digitais que promovam a “smartificação” das referidas infraestruturas, bem como uma maior eficiência e digitalização.

“Os projetos selecionados no âmbito do EU Green Deal incluem importantes atividades de demonstração em Portugal, envolvendo diversas empresas, mas também entidades do sistema científico e tecnológico nacional”, frisou a EDP no mesmo comunicado, acrescentando: “O empreendedorismo e capacidade técnica destas entidades nacionais e europeias serão agora potenciados pelos apoios do programa europeu Green Deal”.

O programa que selecionou estes projetos da EDP recebeu candidaturas de 1.500 consórcios, nos 20 concursos para apresentação de propostas na área das renováveis, cidades inteligentes,agricultura sustentável e outros.

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Siza Vieira quer Banco de Fomento com gestores “à prova de bala”

O Governo suspendeu a nomeação de Vítor Fernandes para o cargo de chairman do Banco de Fomento após ter sido tornado público o seu envolvimento na Operação Cartão Vermelho.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, garante que a nomeação de Vítor Fernandes para o cargo de chairman do Banco de Fomento não se irá colocar até “as questões estarem completamente clarificadas”, referindo-se ao envolvimento do gestor na Operação Cartão Vermelho. Com esta suspensão, assegura-se, defendeu o governante, que “os gestores que estarão no Banco de Fomento são ‘à prova de bala’, independentes e imparciais“.

De acordo com a investigação do Ministério Público, Vítor Fernandes terá, alegadamente, favorecido Luís Filipe Vieira na dívida de 54 milhões de euros da Imosteps ao Novo Banco. O gestor foi mesmo alvo de buscas, no âmbito da Operação Cartão Vermelho e o Banco de Portugal admitiu reavaliar a sua idoneidade, já que estava indicado para a cúpula do Banco de Fomento.

Na segunda-feira, o ministro da Economia veio adiantar que iria deixar cair — pelo menos, por agora — o nome de Vítor Fernandes para esse cargo. “Vieram a público factos e o que o Governo decidiu é que não ia proceder à eleição de Vítor Fernandes para o cargo de presidente do Conselho de Administração”, sublinhou Siza Vieira, esta quarta-feira. “Neste momento, a única coisa que posso dizer é que um presidente do Conselho de Administração como Vítor Fernandes não estará em funções“, garantiu.

No Parlamento, questionado pelo grupo parlamentar do PSD, o ministro detalhou que a possibilidade de o gestor se tornar chairman do Banco de Fomento não se irá colocar “até que estas questões estejam completamente clarificadas”. “Portanto, nesse sentido assegura-se que os gestores que estarão no Banco de Fomento são, como o senhor deputado dizia, ‘à prova de bala’, independentes e imparciais“, acrescentou o governante, que assegurou também querer um Banco de Fomento livre de “controvérsias”.

Já questionado pelo Bloco de Esquerda sobre que nome será, então, escolhido para o cargo em questão, Siza Vieira disse: “Nos próximos tempos, vamos tentar perceber qual a melhor forma de dotar de um presidente do Conselho de Administração”. “Em tempo útil, seguramente haverá uma solução”, frisou.

Vítor Fernandes integrou, até outubro do ano passado, o conselho de administração do Novo Banco (NB). Antes, tinha sido administrador do Banco Comercial Português (BCP) e da Caixa Geral de Depósito (CGD), bem como presidente executivo da Segurança Mundial Confiança. Conforme avançou o ECO no início de fevereiro, foi este o nome escolhido (inicialmente) pelo Executivo de António Costa para o cargo de chairman do Banco de Fomento, opção que gerou, desde logo, críticas, nomeadamente por parte do Bloco de Esquerda.

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