É preciso evitar criação de novas barreiras internas e externas na União Europeia, diz António Costa
O primeiro-ministro português relembrou ainda que “o sucesso do processo de vacinação” é “a primeira condição” para a recuperação da pandemia e para uma retoma da "normalidade".
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quarta-feira que é necessário “evitar a todo o custo” a criação de “novas barreiras à circulação interna ou à circulação externa” da União Europeia (UE), no contexto da pandemia de Covid-19.
“Temos de evitar, a todo o custo, estar constantemente a termos de criar novas barreiras à circulação interna ou à circulação externa”, realçou António Costa durante uma intervenção na sessão plenária do Comité Económico e Social Europeu (CESE), onde apresentou as prioridades da presidência portuguesa.
Para tal, o chefe do executivo referiu que “o sucesso do processo de vacinação” é “a primeira condição” para a recuperação da pandemia e para que se possa “retomar, em segurança, a ansiada normalidade” do dia-a-dia.
Enumerando “as consequências sociais e económicas” da pandemia de Covid-19 que, “em menos de um ano”, fez “quase meio milhão” de óbitos e “mais de um milhão e meio” de desempregados, Costa qualificou-a de “maior desafio da vida coletiva da UE”.
“Contudo, esta crise veio provar também a mais valia que representa a nossa União Europeia”, apontou.
Nesse âmbito, o primeiro-ministro referiu que “o início do processo de vacinação, por um lado, e, por outro, a aprovação do Quadro Financeiro Plurianual e do Programa Nova Geração UE abrem a porta à esperança”.
“Numa crise pandémica marcada pela necessidade de distanciamento físico, a União demonstrou saber estar unida, aproximarmo-nos, renovarmo-nos e dar um novo sentido à palavra comunidade”, destacou.
O primeiro-ministro referiu assim que Portugal assume a presidência do Conselho da UE “num momento decisivo para pôr em marcha, para executar, para concretizar as decisões históricas” que a UE aprovou em 2020.
“É por isso que escolhemos como lema ‘Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital’”, frisou.
O Comité Económico e Social Europeu é uma instância consultiva composta por representantes de organizações de trabalhadores e de empregadores e outros grupos de interesse, e emite pareceres sobre questões europeias dirigidos à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e ao Conselho da União Europeia, atualmente sob presidência portuguesa, até final de junho.
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