É preciso evitar criação de novas barreiras internas e externas na União Europeia, diz António Costa

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2021

O primeiro-ministro português relembrou ainda que “o sucesso do processo de vacinação” é “a primeira condição” para a recuperação da pandemia e para uma retoma da "normalidade".

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quarta-feira que é necessário “evitar a todo o custo” a criação de “novas barreiras à circulação interna ou à circulação externa” da União Europeia (UE), no contexto da pandemia de Covid-19.

“Temos de evitar, a todo o custo, estar constantemente a termos de criar novas barreiras à circulação interna ou à circulação externa”, realçou António Costa durante uma intervenção na sessão plenária do Comité Económico e Social Europeu (CESE), onde apresentou as prioridades da presidência portuguesa.

Para tal, o chefe do executivo referiu que “o sucesso do processo de vacinação” é “a primeira condição” para a recuperação da pandemia e para que se possa “retomar, em segurança, a ansiada normalidade” do dia-a-dia.

Enumerando “as consequências sociais e económicas” da pandemia de Covid-19 que, “em menos de um ano”, fez “quase meio milhão” de óbitos e “mais de um milhão e meio” de desempregados, Costa qualificou-a de “maior desafio da vida coletiva da UE”.

“Contudo, esta crise veio provar também a mais valia que representa a nossa União Europeia”, apontou.

Nesse âmbito, o primeiro-ministro referiu que “o início do processo de vacinação, por um lado, e, por outro, a aprovação do Quadro Financeiro Plurianual e do Programa Nova Geração UE abrem a porta à esperança”.

Numa crise pandémica marcada pela necessidade de distanciamento físico, a União demonstrou saber estar unida, aproximarmo-nos, renovarmo-nos e dar um novo sentido à palavra comunidade”, destacou.

O primeiro-ministro referiu assim que Portugal assume a presidência do Conselho da UE “num momento decisivo para pôr em marcha, para executar, para concretizar as decisões históricas” que a UE aprovou em 2020.

“É por isso que escolhemos como lema ‘Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital’”, frisou.

O Comité Económico e Social Europeu é uma instância consultiva composta por representantes de organizações de trabalhadores e de empregadores e outros grupos de interesse, e emite pareceres sobre questões europeias dirigidos à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e ao Conselho da União Europeia, atualmente sob presidência portuguesa, até final de junho.

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Blip tem 70 vagas abertas na área das Tecnologias de Informação

A tecnológica do Porto está à procura de profissionais nas áreas de desenvolvimento, qualidade, produto e gestão de projeto, management e design.

Escritório da Blip, no Porto

A Blip começou o ano com um novo processo de recrutamento. A tecnológica portuguesa está à procura de 70 profissionais para preencherem 70 vagas no campo das Tecnologias de Informação (TI). São pedidos profissionais nas áreas de desenvolvimento, qualidade, produto e gestão de projeto, management e design.

De acordo com a empresa, apostar no talento jovem, no desenvolvimento ativo e contínuo do talento mid e sénior, na diversidade e inclusão, na criação de redes e serviços de apoio, bem como na promoção do bem-estar são algumas das prioridades para 2021.

“Acreditamos que, acima de tudo, devemos valorizar o bem-estar das pessoas. Proporcionar experiências significativas e impactantes em todo o ciclo de vida de um candidato/colaborador é a missão da equipa de Recursos Humanos da Blip”, afirma Gisela Oliveira, talent acquisition manager da Blip, em comunicado.

A tecnológica, que conta atualmente com cerca de 375 colaboradores, fechou o ano de 2020 superando as expectativas no que toca a contratações, “não só em termos do número de novos colaboradores, como também ao nível da diversidade de perfis profissionais, backgrounds académicos, graus de senioridade e género”, lê-se no comunicado.

Apesar de ter as equipas em teletrabalho desde março de 2020, a Blip continua a incentivar o contacto e a socialização à distância entre equipas, desenvolvendo ações de apoio aos recursos humanos, tais como a comparticipação de material de escritório e o “Employee Assistance Programme”, que oferece assistência psicológica e social aos colaboradores e às suas famílias.

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Podcast PLMJ #1: O que muda nos apoios a empresas e trabalhadores no novo confinamento

  • BRANDS' ECO
  • 27 Janeiro 2021

No primeiro episódio do Podcast PLMJ, os sócios de Laboral Nuno Ferreira Morgado e José Pedro Anacoreta falam do que muda nos apoios a empresas e trabalhadores neste novo confinamento.

Debatem-se os apoios às empresas e aos trabalhadores neste segundo confinamento, que exigiu a aprovação de mais medidas pelo Governo. Como é que o novo pacote se articula com o anterior? Que desafios adicionais têm as empresas pela frente? É o mote da conversa com os sócios de Laboral da PLMJ, Nuno Ferreira Morgado e José Pedro Anacoreta.

Oiça aqui o episódio #1: O que muda nos apoios a empresas e trabalhadores no novo confinamento.

A PLMJ criou um podcast próprio que, além de cobrir questões jurídicas com relevância para as empresas, oferece também a visão de empresários e especialistas sobre os grandes temas da atualidade.

O podcast da PLMJ inclui ainda conversas com os artistas representados na Fundação PLMJ e reflexões com convidados e parceiros sobre alguns dos pilares estratégicos da sociedade: sustentabilidade, impacto social e promoção cultural.

O podcast é atualizado semanalmente a arranca já com um conjunto de reflexões que acompanham os últimos desenvolvimentos legislativos no contexto da pandemia e analisam tendências setoriais.

 

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VdA adere a programa das Nações Unidas no âmbito da sustentabilidade empresarial

A Vieira de Almeida aderiu ao SDG Ambition, que visa acompanhar as empresas na integração dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na gestão do negócio.

A Vieira de Almeida (VdA) aderiu ao SDG Ambition, um programa acelerador do United Nations Global Compact, iniciativa das Nações Unidas para a sustentabilidade empresarial, que visa acompanhar as empresas na integração dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na gestão do negócio.

“A VdA tem um forte compromisso para com a sustentabilidade, mas pretende ir mais longe e definir metas ambiciosas com impacto direto no cumprimento da Agenda 2030. Estou confiante que o SDG Ambition do United Nations Global Compact será um passo relevante na consolidação desse objetivo”, refere João Vieira de Almeida, managing partner da VdA.

Juntamente com a VdA, mais 650 empresas sediadas em 30 países aderiram ao SDG Ambition, programa que nasce do apelo da ONU, tendo sido lançado em janeiro de 2020 no World Economic Forum, em Davos, com a participação de António Guterres, Secretário-geral da ONU.

“Quando a ONU anunciou que esta seria a “Década de Ação”, apelando a uma ação conjunta, capaz de acelerar a implementação da Agenda 2030 e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, fê-lo com a certeza de que estamos num momento crítico, que exige um plano estratégico à escala global“, refere a firma.

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Península de Setúbal deve ter estratégica específica para acesso aos fundos europeus

A ideia é usar avisos específicos e majorações de taxas para contribuir positivamente para aumentar a competitividade do desenvolvimento económico da Península de Setúbal. Mesmo sem uma NUTS III.

“É possível e deve existir uma a estratégia específica para a Península de Setúbal” para combater as assimetrias regionais, defendeu a ministra da Coesão esta quarta-feira no Parlamento. Em causa está a redefinição das NUTS III e o acesso aos fundos do próximo quadro comunitário de apoio. Uma redefinição que não vai acontecer a tempo do Portugal 2030, explicou Ana Abrunhosa.

“O processo regular de revisão regular das NUTS, em concertação entre o Eurostat e os Estados-membros, é feito com uma frequência não inferior a três anos. A próxima revisão regular está prevista para agosto deste ano, o que significa que deverá terminar em 2027”, disse Ana Abrunhosa numa audição no Parlamento esta quarta-feira. Ou seja, concluiu a ministra, “qualquer alteração a ser feita às NUT não seria feita em tempo útil para aplicar ao Portugal 2030”.

O problema já foi analisado com os autarcas e empresários da Península de Setúbal, que deixou de ser classificada como uma NUTS III em 2013, avançou a ministra, alertando que “a criação de uma NUTS III autónoma para a Península de Setúbal iria implicar uma fragmentação da Área Metropolitana de Lisboa, o que teria implicações do ponto de vista estratégico, porque iria por em risco o planeamento integrado feito nos últimos anos”.

Mas isto não significa que não seja possível ou não deva existir uma a estratégia específica para esta região onde estão empresas como a Autoeuropa, Lauak, Lisnave, Lusosider, Secil. “Tal como sucedeu no Portugal 2020 tivemos avisos específicos e majorações de taxas para contribuir positivamente para aumentar a competitividade do desenvolvimento económico da Península de Setúbal. É algo que podemos consolidar”, disse Ana Abrunhosa frisando: “Podemos ter uma estratégia específica, sem necessidade de uma NUTS III.”

Os autarcas de Almada, Alcochete, Barreiro, Palmela, Moita, Montijo, Seixal, Sesimbra e Setúbal “têm de se mobilizar nas questões sociais, mas também de competitividade”, defendeu a responsável, frisando que “o Plano de Recuperação e Resiliência vai contemplar a Península de Setúbal contribuindo para o potencial de desenvolvimento que o território tem”.

Por outro lado, o Executivo está a “tentar junto do INE para que a produção estatística autonomize informação para a Península de Setúbal, com o intuito até de monitorizar a evolução dos dados até para justificar as medidas de diferenciação”, disse Ana Abrunhosa.

A reposição da NUTS III Península de Setúbal é uma exigência que já vem desde 2018, pelo menos, com autarcas e associações a defender que esta é uma forma de garantir que a região não é prejudicada na atribuição de fundos comunitários, algo que entendem que tem acontecido nos últimos anos.

NUTS é o acrónimo de Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, sistema hierárquico de divisão do território criado pelo Eurostat para harmonização das estatísticas regionais dos vários países da União Europeia e que se subdivide em NUTS I, NUTS II e NUTS III, sendo que estas últimas são unidades administrativas que correspondem a entidades intermunicipais, que podem ter acesso aos Investimentos Territoriais Integrados (ITI).

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Projetos na área da saúde têm via verde para apoio comunitário

Os Programas Operacionais Regionais já aplicaram mais de 200 milhões em medidas para ajudar as empresas a minimizar o impacto da pandemia, revelou a ministra Ana Abrunhosa.

Todos os projetos na área da saúde “que tenham maturidade” deveram receber luz verde para receber apoio comunitário, mesmo que as verbas do Portugal 2020 se esgotem, afirmou esta quarta-feira a ministra da Coesão.

“As autoridades de gestão dos Programas Operacionais Regionais têm indicação para aprovar todos projetos na área da saúde que tenham maturidade, porque se não tivermos verba do PT2020 usamos verbas do PT2030, uma vez que já estamos em período de elegibilidade do novo quadro”, explicou Ana Abrunhosa na audição regimental na Assembleia da República.

A responsável revelou que os PO Regionais aplicaram mais de 200 milhões em medidas para ajudar as empresas a minimizar o impacto da pandemia, evitar falências ou diminuir o recurso ao lay-off. E deu exemplos como um protótipo para reduzir infeções e contágio, incluindo na higienização de pacientes acamados em ambiente hospitalar, que está a ser testado por uma empresa de Penela. Ou ainda uma câmara de extinção de partículas contaminadas, desenvolvida por uma empresa de microeletrónica de Gouveia, que poderia ser usada nos transportes públicos para desinfetar as roupas dos passageiros.

Em termos acumulados no Portugal 2020, os PO Regionais já apoiaram investimentos de mais de 6.800 milhões de euros, com mais de 3 mil milhões de fundos, em medidas que contribuíram para investimentos inovadores, capacitação de recursos humanos, internacionalização, avançou a ministra da Coesão. Mas se a conta for feita apenas à área da saúde então os investimentos acumulados foram de 547 milhões de euros, recebendo um apoio de 250 milhões do PO Regionais. Já ao nível da educação, foram investidos na requalificação e construção de novas escolas de 633 milhões de euros com apoio de 364 milhões de euros.

A ministra da Coesão lembrou que vão abrir novos concursos nestas áreas, tal como avançou ao ECO. Em causa estão avisos para apoios de 230 milhões de euros ao investimento público que deverão abrir até fevereiro.

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Bancos pressionam Wall Street à espera da Fed

Maiores bancos americanos cedem até 3%. Microsoft avança mais de 1% após reportar resultados acima do esperado. Wall Street segue em baixa e em modo "esperar para ver" o que diz a Fed.

Wall Street abriu a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, com os investidores a digerirem os resultados empresariais de empresas como a Boeing e a Microsoft, e antes de a Reserva Federal americana anunciar a sua decisão de política monetária.

As ações da Microsoft destoam do cenário negativo e somam 1,18% para 234,80 dólares, depois de a fabricante de software ter apresentado resultados trimestrais acima do esperado.

Já os grandes bancos estão sob pressão, com o Bank of America, JPMorgan Chase, Citigroup, Goldman Sachs e Wells Fargo a cederem entre 1% e 3%, respetivamente.

Os investidores aguardam pela decisão da Fed em relação à política monetária. O banco central liderado por Jerome Powell deverá manter uma postura de combate a crise da pandemia, mesmo quando já está em marcha a vacinação e a nova Administração Biden prepara novos estímulos.

Neste cenário, o S&P 500 cai 1,44% para 3.794,24 pontos. O tecnológico Nasdaq cede 1,64% e i industrial Dow Jones perde 1,17%.

“O mercado está em modo de espera. Os investidores querem obter mais informação sobre a temporada de resultados e querem que a Fed transmita uma mensagem de confiança”, disse Craig Erlam, analista da Oanda, citado pela agência Reuters.

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Bruxelas assinou contrato de 336 milhões com AstraZeneca e exige cumprimento

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2021

O valor envolve “uma série de despesas relacionadas com a produção” das vacinas contra a Covid-19, explicou um alto funcionário da Comissão Europeia.

O contrato assinado entre a Comissão Europeia e a farmacêutica AstraZeneca para entrega da vacina contra a Covid-19 foi orçado em 336 milhões de euros e Bruxelas exigiu esta quarta-feira o cumprimento do acordo, ameaçando com um processo legal.

“Ao todo, foram alocados 336 milhões de euros ao contrato com a AstraZeneca. Ainda nem tudo foi pago porque há tranches relacionadas com o avanço do processo”, informou num encontro com jornalistas um alto funcionário da Comissão Europeia ligado ao caso.

O responsável explicou que este valor refere-se a “uma série de despesas relacionadas com a produção” das vacinas contra a Covid-19. “O que fazemos é apoiar a empresa e pagar parte dessas despesas e depois esse valor é deduzido no preço cobrado aos Estados-membros” pelas vacinas encomendadas por cada um, referiu a mesma fonte.

A mesma fonte vincou: “A vacina da AstraZeneca deveria ser a mais expressiva na União Europeia [UE] e é inaceitável que as doses acordadas para este trimestre tenham sido reduzidas, na ordem dos três dígitos, para um quarto do que estava previsto.”

Em agosto de 2020, a Comissão Europeia assinou um contrato com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida em colaboração com a universidade de Oxford, com uma opção de mais 100 milhões de doses.

Porém, na semana passada, a AstraZeneca anunciou que pretende entregar doses consideravelmente menores, nas próximas semanas, do que acordado com a UE, o que Bruxelas entende ser inaceitável e uma possível violação do contrato.

A Agência Europeia de Medicamentos recebeu, em meados deste mês, um pedido para aprovação da vacina da AstraZeneca com a universidade de Oxford, devendo dar ‘luz verde’ a este fármaco até final da semana.

“Não estamos a disputar um ou outro aspeto do contrato, queremos ter as vacinas e encontrar uma boa solução com a companhia”, disse a mesma fonte comunitária.

Um outro alto responsável da Comissão Europeia indicou que a instituição está “em contacto com a companhia para tornar o contrato público”, apesar da cláusula de confidencialidade, dado o interesse do caso e as declarações entretanto feitas pela empresa.

Há certas cláusulas que estão a ser faladas no espaço público”, justificou este funcionário.

Em causa está a entrevista dada esta quarta-feira pelo presidente executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, a uma série de meios de comunicação europeus, argumentando que a UE não podia reclamar o fornecimento tardio da vacina contra a Covid-19 dado ter assinado o contrato três meses depois dos britânicos.

O Reino Unido, que já não faz parte da UE, está mais avançado no processo de vacinação, nomeadamente devido à vacina da AstraZeneca com a universidade de Oxford, para a qual o governo britânico encomendou 100 milhões de doses.

“Não quero indicar já que houve uma violação do contrato, mas é surpreendente que um responsável da companhia comece a referir cláusulas do contrato e a tirar conclusões disso. Talvez tenhamos diferentes visões e é por isso que queremos tornar o contrato público, para que as pessoas façam a sua leitura”, adiantou ainda outra fonte comunitária. E vincou: “Uma violação do contrato tem consequências”.

Para a noite desta quarta-feira, está marcada uma reunião por videoconferência entre a Comissão Europeia e a AstraZeneca.

Além da UE e do Reino Unido, também os Estados Unidos encomendaram 300 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

O bloco comunitário já ameaçou restringir as exportações para países terceiros das vacinas que integram o portefólio da Comissão Europeia para evitar este tipo de problemas na entrega.

Este foi o primeiro contrato assinado por Bruxelas com uma farmacêutica para aquisição de vacinas contra a Covid-19 de um total de oito já existentes.

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Portugal com recorde de 293 mortes por Covid-19 e mais 15.073 infetados

Desde o início da pandemia o país soma 668.951 casos e 11.305 óbitos por Covid-19. Na região de Lisboa morreram 136 pessoas, quase metade do número total de óbitos registados.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou, nas últimas 24 horas, mais 15.073 casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, elevando assim o número total de infetados para 668.951. O boletim epidemiológico desta quarta-feira dá conta ainda de mais 293 óbitos, maior aumento diário de sempre. Desde o início da pandemia já morreram 11.305 pessoas com Covid-19 no país.

No total, já recuperaram da doença provocada pelo SARS-Cov-2 484.753 pessoas, mais 9.268 que na terça-feira. Apesar do elevado número de recuperados, os casos ativos continuam a aumentar. Atualmente há 172.83 casos ativos, mais 5.512 que no dia anterior.

A maioria dos casos ativos encontra-se a recuperar no domicílio, mas os internados têm vindo a aumentar desde o início do ano. De momento, estão 6.603 pessoas hospitalizadas (mais 131 que no dia anterior), das quais 783 nos cuidados intensivos (mais 18).

Boletim de 27 de janeiro

Lisboa e Vale do Tejo é a região que mais preocupa as autoridades de saúde no momento, tendo registado 7.605 novos casos (50,5% do total) e 136 óbitos (46,7% do total). O Norte registou 3.959 casos e 59 mortes, o Centro 2.309 e 66, o Alentejo 484 e 26, o Algarve 500 e cinco, os Açores 25 e um óbito. A Madeira foi a única região que não registou óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas, tendo confirmado mais 191 casos.

O boletim epidemiológico revela ainda que mais 4.486 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 220.256 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h39)

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CTT vão entregar gratuitamente compras feitas no comércio local de Lisboa

A Câmara de Lisboa assinou uma parceria com os CTT que prevê entregas grátis de compras feitas no comércio local da capital durante o período de confinamento.

A Câmara de Lisboa (CML) definiu vários apoios para as empresas e famílias da cidade e uma das medidas acaba por beneficiar tanto o comprador como o vendedor. A autarquia assinou uma parceria com os CTT e vai entregar em casa das famílias, sem custos, as compras que sejam realizadas no comércio local da cidade durante o período do novo confinamento.

Trata-se de uma “parceria da Câmara com os CTT”, que prevê que as empresas do comércio local possam “aderir ao serviço feito pelos CTT, de entregas ao domicílio, de forma gratuita”, explicou Fernando Medina esta quarta-feira, em conferência de imprensa, durante a apresentação das novas medidas de apoio às empresas e famílias da capital.

Abrangidos por esta possibilidade estão “todas as empresas e empresários que estejam encerrados por razões legais” — o que, segundo o autarca, são “um número muito significativo”. Contudo, o volume de faturação não pode ser superior a 1,2 milhões de euros em 2019.

Esta medida está disponível apenas durante o período do novo confinamento, sublinhou Fernando Medina. Na prática, não há custos nem para as empresas, nem para os clientes.

A CML anunciou um conjunto de novas medidas para apoiar empresas e famílias da cidade, destacando-se o alargamento dos apoios a mais atividades económicas e a criação de novos escalões de faturação. Destaque ainda para o “cheque” de 500 euros que será entregue a cada taxista da cidade.

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FMI avisa que a banca pode fechar a torneira do crédito “nos próximos trimestres”

Banca não é problema nesta crise pandémica... até agora, avisa o FMI, que alerta para possibilidade de setor deixar de ter capacidade ou vontade de continuar a emprestar face ao agravamento da crise.

Até agora, os bancos têm-se comportado bem nesta crise, mantiveram-se a financiar a economia e a apoiar empresas e famílias com as moratórias bancárias, numa altura de aperto agudo das condições financeiras. Ainda assim, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para não se transformar esta crise pandémica numa crise financeira. Os especialistas do Fundo avisam que a banca pode fechar a torneira do crédito “nos próximos trimestres” por incapacidade ou por vontade própria, devido aos receios com o fim das medidas de alívio implementadas pelos Governos.

“Os desafios de rentabilidade num ambiente de baixas taxas de juro colocam em dúvida a capacidade ou vontade de os bancos continuarem a emprestar dinheiro nos próximos trimestres“, avisa o FMI no Relatório sobre a Estabilidade Financeira Mundial, divulgado esta quarta-feira.

“Os bancos poderão recear o aumento das exposições de crédito e a subida do crédito em incumprimento (non performing loans) assim que as medidas de apoio terminarem, especialmente onde a recuperação poderá atrasar-se ou não completar-se”, explicam os técnicos do Fundo.

Desde o início da pandemia, os governos em todo o mundo avançaram com medidas de alívio à economia a fim de evitar o colapso de empresas e famílias devido ao confinamento e ao encerramento de grande parte da atividade económica, lançando esquemas de lay-off, linhas de crédito com garantia pública e regimes de suspensão temporária das prestações do crédito, as chamadas moratórias.

Para o FMI, este “apoio sem precedentes das políticas” ajudou os bancos a “manterem o fluxo de crédito para as famílias e as empresas”. Mas a torneira pode fechar.

Nos últimos meses, os supervisores financeiros, os próprios banqueiros e outros agentes económicos têm lançado alertas para que estas medidas não sejam retiradas antes do tempo, isto é, sem que a economia se segurem sem o seu próprio pé. Um receio particularmente premente reside nas moratórias do crédito. Em Portugal, mais de 20% do crédito — cerca de 46 mil milhões de euros — encontra-se abrangido por esta medida que poderá criar uma avalanche de malparado na banca assim que expirar.

O aviso do FMI surge depois de Vítor Constâncio, antigo vice-presidente do Banco Central Europeu e ex-governador do Banco de Portugal, ter deixado esta terça-feira um aviso às autoridades regulatórias para atuarem no sentido de evitar uma crise de crédito. “Os reguladores têm de estar preparados para fazer o que for necessário para evitar uma crise no crédito”, avisou Vítor Constâncio numa conferência organizada pela CFA Society Portugal em colaboração com o CFA Institute.

O FMI assinala ainda que os bancos poderão enfrentar problemas “na geração de retornos acima do custo de capital face à continuada compressão das margens de juro”, algo que já se está a verificar de forma “muito evidente no Japão e na Europa”.

Num tom geral sobre os riscos à estabilidade financeira, o FMI regozija-se com as novas vacinas desenvolvidas em tempo recorde e com os planos de vacinação que já estão em marcha.

Porém, avisa que o acesso às vacinas é desigual e isso poderá criar um obstáculo na recuperação económica global e trair as expectativas dos agentes económicos.

Esta terça-feira, numa atualização do seu outlook para as economias mundiais, o FMI melhorou a sua previsão para as economias dos EUA e emergentes, mas reviu em baixa as perspetivas de crescimento da Zona Euro para 4,2% por causa dos “renovados confinamentos” no início deste ano

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DGS sem conferências há três semanas, Governo procura “melhor caminho”

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2021

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde indicou que o Governo está "todos os dias" a tentar comunicar com a população.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) está sem conferências de imprensa há três semanas, mas o Governo salienta que está “sempre à procura do melhor caminho” para comunicar sobre a pandemia de Covid-19.

“Se fazemos muitas conferências de imprensa é porque fazemos muitas conferências de imprensa e somos exaustivos. Se não fazemos, é porque não fazemos. Andamos sempre à procura do melhor caminho”, afirmou, esta quarta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, quando questionado sobre o facto de a DGS estar sem fazer conferências de imprensa sobre a pandemia há três semanas consecutivas.

O secretário de Estado realçou que o Governo está “todos os dias” a tentar comunicar com a população.

“A senhora ministra [da Saúde] tem estado em todo o sítio a tentar comunicar e eu também estou onde posso a tentar ajudar a senhora ministra e temos vários epidemiologistas a dar informação”, frisou. António Lacerda Sales disse ainda que o Governo está sempre à procura “do melhor caminho para transmitir a verdade e a verdade com transparência”.

A última conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde para atualização dos dados da pandemia em Portugal decorreu há 22 dias, em 05 de janeiro, numa altura em que Portugal contabilizava 7.286 mortos associados à Covid-19 em 436.579 casos confirmados de infeção.Desde então os números da pandemia têm-se agravado no país que registava, na terça-feira, 11.012 mortes associadas a esta doença e 653.878 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

Entretanto, a conferência de imprensa que esteve agendada para 19 de janeiro foi cancelada por “motivos de agenda”.

Estes encontros regulares com os jornalistas começaram em 09 de março de 2020, no início da pandemia, quando o país tinha apenas 39 pessoas infetadas com Covid-19, com o ministério da Saúde a anunciar que, a partir desse dia, haveria dois momentos diários de disponibilização de informação: de manhã, o boletim da situação epidemiológica no país e, ao final da tarde, uma conferência de imprensa na DGS ou no ministério.

Depois de mais de cem conferências de imprensa diárias, por regra a cargo da ministra Marta Temido, da diretora-geral da Saúde Graça Freitas e do secretário de Estado António Lacerda Sales, as mesmas passaram, a partir de 15 de junho, a realizar-se três vezes por semana – à segunda, quarta e sexta-feira.

Já no início de dezembro, Graça Freitas testou positivo para Covid-19, o que levou ao cancelamento da conferência de imprensa agendada para dia 02, cabendo treze dias depois, a 13 de dezembro, ao subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, fazer o ponto de situação da pandemia.

A agência Lusa contactou na terça-feira a Direção-Geral da Saúde para obter esclarecimentos sobre a não realização das conferências de imprensa nas últimas semanas, mas até ao momento não obteve resposta.

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