Estas são todas as coimas por desrespeitar o estado de emergência

As coimas para quem não cumprir regras para travar pandemia duplicam durante o estado de emergência. Para além disso, reincidentes veem multa agravada no limite mínimo e máximo num terço.

Com o evoluir da situação da pandemia de Covid-19, o Governo tem vindo a impor novas restrições, estando agora em vigor um confinamento geral semelhante ao que aconteceu em março. Para reforçar o cumprimento das regras, foi revisto o regime das contraordenações. As coimas para desobedecer a medidas como o uso obrigatório de máscara duplicaram, e foram definidas multas para passageiros que embarquem sem comprovativo de teste à Covid-19.

O Executivo acrescentou aos deveres das pessoas durante a pandemia várias a observância do dever geral de recolhimento domiciliário, da limitação de circulação entre concelhos e a obrigatoriedade do uso de máscaras ou viseiras, de acordo com o documento publicado em Diário da República. Foram também adicionadas as restrições definidas para este novo confinamento.

Incumprir nestas regras constitui uma contraordenação, que é “sancionada com coima de 100 euros a 500 euros, no caso de pessoas singulares, e de 1.000 euros a 10.000 euros, no caso de pessoas coletivas”, lê-se no decreto.

No entanto, durante o estado de emergência, os valores mínimos e máximos das coimas previstas são elevados para o dobro, ou seja, passam a ir de 200 a mil euros para singulares e 2.000 a 20 mil euros para coletivas.

E será aplicado o regime contraordenacional em vigor no Código da Estrada, “permitindo a cobrança imediata da coima aplicável no momento da verificação da infração”. Já o não pagamento da coima associada a uma infração no momento da sua verificação “importará o pagamento das custas processuais aplicáveis ao processo e a majoração da culpa na determinação do valor da coima”.

Veja a lista completa de obrigações alvo de coima por incumprimento:

  • A observância do dever geral de recolhimento domiciliário;
  • A observância da limitação de circulação entre concelhos;
  • A obrigatoriedade do uso de máscaras ou viseiras, nomeadamente para acesso ou permanência nos espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços; nos edifícios públicos ou de uso público onde se prestem serviços ou ocorram atos que envolvam público; nos estabelecimentos de educação, de ensino e nas creches; no interior de salas de espetáculos, de exibição ou de filmes cinematográficos ou similares e nos transportes coletivos de passageiros;
  • A observância da realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2;
  • A observância do dever de encerramento de instalações e estabelecimentos;
  • A observância da suspensão de atividade de instalações e estabelecimentos;
  • O cumprimento dos horários de funcionamento dos estabelecimentos de comércio a retalho ou de prestação de serviços definidos nos termos do decreto que regulamente a declaração do estado de emergência ou das declarações das respetivas situações de alerta, contingência ou calamidade;
  • A observância da proibição de publicidade de práticas comerciais com redução de preço;
  • A observância das regras de ocupação, lotação, permanência, distanciamento físico e existência de mecanismos de marcação prévia nos locais abertos ao público, designadamente nos estabelecimentos de restauração e similares, conforme definidas no decreto que regulamente a declaração do estado de emergência ou nas declarações das respetivas situações de alerta, contingência ou calamidade;
  • A observância das regras de funcionamento dos estabelecimentos de restauração e similares;
  • A observância da proibição de consumo de refeições ou produtos à porta do estabelecimento ou nas suas imediações;
  • O cumprimento das regras de fornecimento e venda de bebidas alcoólicas estabelecidas no decreto que regulamente a declaração do estado de emergência ou nas declarações das respetivas situações de alerta, contingência ou calamidade;
  • O cumprimento das regras de consumo de bebidas alcoólicas previstas no decreto que regulamente a declaração do estado de emergência ou nas declarações das respetivas situações de alerta, contingência ou calamidade;
  • O cumprimento do disposto em matéria de limites às taxas e comissões cobradas pelas plataformas intermediárias no setor da restauração e similares;
  • A observância da proibição de comercialização de certos bens em estabelecimentos de comércio a retalho;
  • A observância das regras de lotação dos veículos particulares com lotação superior a cinco lugares;
  • A observância das medidas no âmbito das estruturas residenciais e outras estruturas e respostas de acolhimento;
  • A observância da proibição da realização de atividades em contexto académico;
  • A observância das regras para a atividade física e desportiva;
  • A observância das regras de realização de eventos;
  • O cumprimento das regras relativas aos limites de lotação máxima da capacidade para o transporte terrestre, fluvial e marítimo, nos termos previstos no artigo 13.º-A do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de março, na sua redação atual;
  • O cumprimento das regras relativas à restrição, suspensão ou encerramento de atividades ou separação de pessoas que não estejam doentes, meios de transporte ou mercadorias, definidas ao abrigo do artigo 17.º da Lei n.º 81/2009, de 21 de agosto, que estabelece o Sistema de Vigilância em Saúde Pública.

De salientar que, este mês, o Governo decretou também o agravamento das multas para quem não cumpre o teletrabalho obrigatório. A contraordenação decorrente da violação do teletrabalho é considerada “muito grave”. No caso de a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) considerar que há condições para aplicar multa, as coimas passaram a um intervalo entre 2.040 e 61.200 euros. A diferença depende de dois fatores: o volume de negócios da entidade empregadora, bem como se o incumprimento foi feito com dolo ou por negligência.

O Governo define ainda que em caso de reincidência, a coima é agravada no seu limite mínimo e máximo em um terço. “É sancionado como reincidente quem cometer uma contraordenação praticada com dolo, depois de ter sido notificado pela prática de outra contraordenação por infração à mesma disposição legal”, clarifica o decreto.

Multas nos aeroportos até aos 4 mil euros

Há ainda outro dever, que tem coimas diferentes. É ele o cumprimento das regras aplicáveis ao tráfego aéreo e aos aeroportos, nos termos do decreto que regulamente a declaração do estado de emergência ou das declarações das respetivas situações de alerta, contingência ou calamidade.

Caso não seja observado, é uma contraordenação sancionada com uma coima de 500 euros a 2.000 euros, “por cada passageiro que embarque sem apresentação de comprovativo de realização de teste laboratorial para despiste da doença Covid-19 com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque, exceto nos casos em que a apresentação desse comprovativo seja dispensada”. Agora, os valores sobem para mil a 4.000 euros.

Para as companhias, se não cumprirem com a disponibilização do teste laboratorial para despiste da doença, o rastreio de temperatura corporal por infravermelhos a todos os passageiros que chegam a território nacional ou a repetição da medição da temperatura corporal quando seja detetada uma temperatura corporal relevante na sequência daquele rastreio, têm uma coima de 2.000 a 3.000 euros, que em estado de emergência vai de 3 mil a 4 mil euros.

Já a pessoa singular que não cumpra esta regra, “através da recusa em realizar teste molecular por RT-PCR para despiste da infeção por SARS-CoV-2 antes de entrar em território nacional constitui contraordenação”, é sancionada com coima de 300 euros a 800 euros, o que é atualmente elevado para 600 a 1.600 euros.

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Quedas do BCP e da Galp desamparam bolsa de Lisboa

A bolsa portuguesa perdeu valor e seguiu a tendência da generalidade das praças europeias. BCP e Galp Energia registaram os dois piores desempenhos da sessão.

A bolsa portuguesa acompanhou a tendência das restantes praças europeias, perdendo valor na última sessão da semana. O principal índice nacional foi pressionado por quedas nos setores da banca e da energia.

O Stoxx 600 caiu 0,7%, o alemão DAX perdeu 0,4%, o francês CAC-40 cedeu 0,7%, o espanhol IBEX-35 desvalorizou 1,4% e o britânico FTSE 100 recuou 0,4%. Em simultâneo, na bolsa de Lisboa, o PSI-20 perdeu 0,55%, fechando a cotar em 5.027,98 pontos.

A contribuir mais significativamente para a queda do índice português estiveram as ações do BCP. O banco liderado por Miguel Maya viu os títulos recuarem 2,84%, para 11,99 cêntimos, numa altura em que os receios com a pandemia voltam a pesar no sentimento dos investidores.

Evolução das ações do BCP na bolsa de Lisboa:

A registar o segundo pior desempenho do índice esteve a Galp Energia. A petrolífera nacional perdeu 1,70% na sessão e viu os respetivos títulos caírem para 8,80 euros cada, penalizada pela queda de 1,18% dos preços do Brent, para 55,44 dólares o barril.

Destaque ainda para o recuo dos títulos da EDP, que estão a cotar nos 5,308 euros, depois da desvalorização de 0,26% desta sexta-feira. Porém, em sentido inverso, a EDP Renováveis impediu uma quebra maior na bolsa portuguesa, ao avançar 1,43%, para 24,9 euros.

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AstraZeneca informa UE que não vai conseguir entregar todas as vacinas acordadas na primeira fase

A farmacêutica britânica comunicou à Comissão Europeia que não vai conseguir entregar todas as doses de vacinas acordadas para a fase inicial de vacinação.

A britânica AstraZeneca informou a Comissão Europeia de que não vai ser capaz de distribuir todas as doses da vacina contra o coronavírus acordadas na fase inicial de vacinação, avança o jornal alemão Bild, citando fontes do executivo comunitário.

A vacina da farmacêutica britânica deverá ser aprovada pela União Europeia (UE) no final de janeiro, mas a AstraZeneca já informou Bruxelas de que não será capaz de entregar todas as doses acordadas dentro desse prazo.

O site austríaco OE24 também está a noticiar este atraso, referindo que a AstraZeneca informou esta sexta-feira os coordenadores europeus de vacinação de que as entregas que estavam planeadas ficariam consideravelmente abaixo da meta definida para o primeiro trimestre. Por exemplo para a Áustria, estavam previstas dois milhões de doses de vacina, mas esse número caiu para entre 500.000 a 600.000.

Esta informação foi, entretanto, também confirmada pelo Financial Times, que avança que em causa está uma reunião que decorreu esta tarde entre os Estados-membros e a Comissão Europeia. Uma das fontes citadas descreve a proposta da AstraZeneca como “significativa”, enquanto outra afirma que os detalhes ainda estão a ser acertados, mas que “não parecem positivos a curto prazo”.

Há uma semana, a Pfizer informou que iria haver um atraso na entrega das vacinas que tinham sido compradas pela Comissão Europeia, uma notícia que não foi bem recebida pelo executivo comunitário. “Fomos surpreendidos pela comunicação de atraso da Pfizer/BioNTech. Telefonei de imediato ao presidente da Pfizer e disse que era muito importante recebermos as doses definidas nos contratos“, disse Ursula von der Leyen esta quarta-feira.

Esta quinta-feira, durante o Conselho Europeu, os responsáveis da União Europeia voltaram a sublinhar a necessidade de serem cumpridos os prazos. “Os líderes querem que a vacinação seja acelerada”, disse Charles Michel, em conferência de imprensa, referindo que “os compromissos com as entregas das empresas devem ser respeitados”.

(Notícia atualizada às 17h09 com mais informação)

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Humanidade terá de conviver com a Covid-19 no futuro próximo

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

David Nabarro, enviado da OMS, lembrou que o HIV é outro vírus de origem animal que afeta os humanos e com cuja doença, a sida, têm de se conviver.

A humanidade vai poder ter de conviver com a Covid-19 no futuro próximo, tal como faz com a sida, outra doença originada num vírus de origem animal, disse esta sexta-feira o enviado especial para a pandemia na Organização Mundial de Saúde, David Nabarro.

“Evito falar da vida depois da Covid. Penso que este vírus vai provavelmente viver com a raça humana no futuro próximo. (…) Penso que a humanidade deve aprender a viver com a Covid como uma presença constante”, afirmou, durante um webinar organizado pela consultora Global Counsel, questionado pelo antigo comissário europeu Peter Mandelson.

Nabarro, britânico formado em medicina e com uma larga experiência em missões internacionais de combate à malária, ébola ou gripe das aves, lembrou que o HIV é outro vírus de origem animal que afeta os humanos e com cuja doença, a sida, têm de conviver.

“Mas encontrámos formas de adaptar as nossas vidas pessoais e cuidados de saúde, para se seja possível, graças aos cientistas, viver com os riscos colocados pelo HIV. A humanidade foi capaz de empurrar o HIV para uma situação em que é uma ameaça com a qual podemos viver”, vincou.

Identificada nos anos 1980, a sida é doença transmitida por via sexual ou sanguínea para a qual ainda não existe vacina ou cura definitiva, mas para a qual foram desenvolvidas terapêuticas que podem prolongar a vida do infetado.

Embora tenham sido desenvolvidas vacinas contra a Covid-19 que já começaram a ser administradas, não é certo que garantam uma imunidade completa e duradoura.

Durante o evento, intitulado “Saúde pública global em tempos de crise”, Nabarro referiu que existe um grande risco de novas pandemias e que 75% dos novos vírus vêm do mundo animal, embora muitos surtos locais acabem por não se espalhar mundialmente.

Nabarro explicou que estes vírus estão a ficar mais frequentes “porque estamos tão determinados em expandir para áreas que usamos para produzir comida ou mineração ou atividades de lazer”.

Os “humanos querem entrar nos habitats onde existem animais que podem transportar este tipo de vírus. Temos de reduzir a nossa pressão sobre habitats onde pode existir patógenos que podem contagiar humanos”, acrescentou.

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Tamadi Silla não está habilitado a prestar serviços de pagamento em Portugal

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

Não pode transferir fundos de e para o exterior ou qualquer outra atividade financeira , esclarece o Banco de Portugal.

O Banco de Portugal (BdP) advertiu esta sexta-feira que Tamadi Silla não está habilitado a prestar serviços de pagamento em Portugal, seja a transferência de fundos de e para o exterior ou qualquer outra atividade financeira.

“Tamadi Silla, com o número de identificação fiscal 197087701, não se encontra habilitado, na presente data, a prestar serviços de pagamento em Portugal, nomeadamente de transferência de fundos de e para o exterior ou qualquer outra atividade financeira reservada às instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal”, refere o banco central numa nota divulgada na sua página eletrónica.

Segundo esclarece o supervisor, “a atividade de prestação de serviços de pagamento, prevista no artigo 4.º do regime jurídico anexo ao decreto-lei n.º 91/2018, de 12 de novembro, está reservada em Portugal às entidades para tal habilitadas, conforme o n.º 1 do artigo 11.º do mesmo regime, cuja lista pode ser consultada no site do Banco de Portugal na Internet”.

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Monitorização, colaboração e IA. Estas são as tendências nos recursos humanos este ano

De acordo com a tecnológica Sage, utilizar a digitalização e os ambientes digitais é crucial para uma reativação económica mais ágil, humana e flexível.

Digitivação“. É este o conceito promovido e defendido pela Sage, que propõe a utilização da digitalização e dos ambientes digitais para uma reativação económica mais rápida e ágil e, ao mesmo tempo, mais humana, flexível e sustentável.

“2020 foi um dos anos mais desafiantes para os departamentos de Recursos Humanos (RH). Enquanto as empresas lutavam para sobreviver, os gestores de RH tiveram que centrar todos os seus esforços para que as equipas fossem o menos prejudicadas possível”, começa por dizer a empresa em comunicado.

“À medida que as empresas preparam 2021, os departamentos de RH estarão no centro da transformação digital, utilizando tecnologia de forma inovadora para promover uma forma de trabalho paralelamente ideal e sustentável”, pode ler-se. De acordo com a empresa do setor tecnológico, estas serão as três tendências que veremos nos recursos humanos este ano:

1. Monitorização dos colaboradores para evoluir e melhorar

Em grande parte motivado pela atual necessidade de fazer teletrabalho — que, em muitos casos, continuará mesmo depois da pandemia — incluir modelos de trabalho híbridos nas estratégias empresariais é uma das grandes tendências.

Coerência e resiliência devem ser os pilares sobre os quais assenta o “flexiwork”Pexels

“As empresas têm de adaptar-se a um panorama laboral em constante mudança e cada vez mais digital. Segundo um relatório da KPMG, 69% dos líderes de RH acredita que a função deste departamento deve transformar-se por completo. As práticas de trabalho sustentáveis em que os colaboradores se sentem satisfeitos, confortáveis e apoiados são fundamentais para a produtividade e o êxito empresarial“, afirma a empresa. “No entanto, podem ser difíceis de manter quando os colaboradores não trabalham de forma presencial e a sua saúde mental e bem-estar podem ver-se afetados. É por isto que se espera que os RH aumentem o investimento na análise e monitorização dos colaboradores“, continua.

As ferramentas de monitorização prometem ser capazes de ajudar os gestores de pessoas a compreenderem, em tempo real, as mudanças que ocorrem na empresa, desde a forma como evolui a experiência do colaborador até a uma resposta na alocação de recursos ou apoio adicional. Espera-se que esta prática traga benefícios reais a 52% dos líderes de recursos humanos.

2. Ferramentas de colaboração, os novos gadgets

“Em 2021, o departamento de RH assumirá um papel mais proativo no fomento da colaboração – a capacidade de trabalhar com colegas irá converter-se num fator central na avaliação e valorização dos colaboradores”, lê-se. Mas, incentivar a colaboração num contexto de trabalho remoto requer, também, uma mudança ao nível tecnológico.

O próximo passo é, por isso mesmo, para a Sage, a inclusão destas ferramentas tecnológicas nos departamentos de RH das empresas, para que os colaboradores tenham um acesso mais rápido e simples a aplicações, dados e opções de autosserviço.

Por outro lado, a integração de diferentes ferramentas de colaboração também poderá contribuir para o aumento do compromisso por parte das equipas. “Cada vez mais veremos comunicados importantes de RH e agradecimentos virtuais através de ferramentas de reconhecimento de colaboradores integradas com as plataformas de colaboração que já conhecemos, para subir a moral e melhorar a participação remota”, diz a tecnológica.

3. IA e machine learning: tudo se mede e analisa

A utilização de ferramentas como a inteligência artificial (IA) e o machine learning na gestão de colaboradores é outra das tendências deste ano. É certo que a IA já é utilizada por muitas empresas nos seus processos de recrutamento mas, agora, esta ferramenta irá dotar os recursos humanos de capacidades novas.

Através da IA, as organizações podem obter dados sobre quanto tempo e em que momento um colaborador está no seu local de trabalho, o que seria impossível para uma equipa de RH.Pixabay

O poder da IA reside em detetar padrões e tendências nos dados, quase impossíveis de notar ou analisar pelos humanos. As ferramentas de inteligência artificial prometem capacidades de predição e podem oferecer recomendações e indicadores comerciais e de RH. Estamos a chegar à fase me que todas as conversações em contexto laboral pode ser medidas e analisadas”, explica a empresa.

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Apoio aos pais é calculado com base no salário de dezembro

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

Para os trabalhadores independentes será considerada "a base de incidência contributiva mensualizada referente ao quarto trimestre de 2020".

O apoio aos pais de crianças menores de 12 anos que tiverem de ficar em casa devido ao fecho das escolas será baseado na remuneração de dezembro, segundo o decreto-lei publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Para os trabalhadores por conta de outrem, é considerada para efeitos de cálculo do apoio familiar, “a remuneração base declarada em dezembro de 2020”. Já para os trabalhadores do serviço doméstico, o cálculo terá em conta “a remuneração registada no mês de dezembro de 2020” e para os trabalhadores independentes, será considerada “a base de incidência contributiva mensualizada referente ao quarto trimestre de 2020”.

O apoio excecional à família é idêntico ao que esteve em vigor em março e foi anunciado na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, na sequência da decisão do Governo de encerrar as escolas durante 15 dias a partir de hoje, devido à evolução da pandemia.

Para os trabalhadores por conta de outrem, o apoio corresponde a dois terços (66%) da remuneração base, com um limite mínimo de 665 euros e um limite máximo de 1.995 euros. Os trabalhadores independentes têm direito a um apoio financeiro correspondente a um terço da base de incidência contributiva, com os limites mínimo de 438,81 euros e máximo de 1.097,02 euros.

A medida é financiada em partes iguais pela Segurança Social e pela entidade empregadora (que paga o apoio ao trabalhador) e não pode ser atribuído se pelo menos um dos pais estiver em teletrabalho. “Os referidos apoios não são cumuláveis com outros apoios excecionais ou extraordinários criados para resposta à pandemia da doença covid-19”, define ainda o decreto-lei.

O requerimento para pedir o apoio está disponível na página da Segurança Social. “Para aceder a este apoio, os pais devem preencher a declaração Modelo GF88-DGSS e remetê-la à entidade empregadora” e esta declaração “serve igualmente para justificar as faltas ao trabalho”, explica o Instituto da Segurança Social numa informação publicada na quinta-feira.

O apoio é devido nos casos de assistência a filhos ou outros dependentes a cargo que sejam menores de 12 anos, ou, no caso de assistência a filhos ou dependentes com deficiência ou doença crónica, sem limite de idade. Os dois pais não podem receber este apoio em simultâneo e apenas existe lugar ao pagamento de um apoio, independentemente do número de filhos ou dependentes a cargo.

No caso de pais separados ou divorciados que partilham o poder paternal, ambos devem ter direito, de forma alternada, ao apoio, segundo especialistas em Direito Laboral consultados pela Lusa em março, quando o apoio foi pela primeira vez adotado.

De 30 de março a 10 de abril, a Segurança Social registou 172.276 pedidos de trabalhadores referentes ao apoio familiar e o número médio de dias do apoio foi de 13 dias para os trabalhadores por conta de outrem e de 15 dias para os independentes e domésticos.

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Proibir aulas virtuais no privado é “medida totalitária”. É “a esquerda no seu pior”, diz Rui Rio

O líder social-democrata condena a decisão do Governo de proibir o ensino privado de lecionar virtualmente. Rui Rio fala numa "medida totalitária de perfil marxista".

Esta sexta-feira os alunos estão em casa, depois de o Governo ter decidido fechar por 15 dias as escolas, na sequência do aumento de casos de infeção. Mas a ideia é antecipar as férias do Carnaval e da Páscoa, não havendo, assim, aulas virtuais. Para o presidente do PSD, não permitir aulas à distância no privado é uma “medida totalitária de perfil marxista” e que em nada defende o interesse público.

“A proibição de aulas digitais no ensino privado é uma medida totalitária de perfil marxista. Ela nada tem a ver com a defesa do interesse público, muito menos com a defesa da saúde pública. É a esquerda no seu pior“, escreveu Rui Rio, no Twitter.

Inicialmente, o Governo decidiu não encerrar as escolas, por não querer comprometer novamente o ano letivo dos alunos, tal como aconteceu no primeiro confinamento, em março do ano passado. Contudo, depois de várias críticas e pressões, o Executivo voltou atrás e, esta quinta-feira, decretou o encerramento das instituições de ensino por 15 dias. Uma paragem válida tanto para o ensino público como para o privado.

Rui Rio foi uma das vozes que apelou ao encerramento das escolas. “Faço-lhe um apelo público para que determine o encerramento das escolas a partir de amanhã”, escreveu o social-democrata esta quarta-feira no Twitter, na véspera de o Governo decidir fechar as instituições de ensino.

Mas, mesmo depois de o Governo voltar atrás na decisão inicial, Rui Rio teceu ainda várias críticas ao Executivo, afirmando que este só tinha cedido por “pressão da opinião pública”. “O Governo entendeu não o fazer. Fiquei admirando na altura. Agora voltou atrás (…). Já percebemos porque não fechou as escolas e só o fez agora com a pressão da opinião pública. Não o fez porque tinha consciência de que não estava preparado para o fazer. Isto tem de ser dito”, disse o presidente do PSD, em conferência de imprensa.

(Notícia atualizada às 15h33 com mais informação)

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Ministro da Educação diz que “há uma sobrevalorização do ensino à distância”

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

Ministro da Educação tem como prioridade o regresso ao ensino presencial e pede que se evite a sobrevalorização do ensino à distância. Quanto aos privados, relembra que "as regras são claras".

O ministro da Educação afirmou, esta sexta-feira, que o ensino presencial é prioritário e que é preciso evitar “uma sobrevalorização do ensino à distância” após a pandemia da Covid-19.

“Por muito que tenhamos que preparar o ensino à distância, temos necessariamente que ter como prioridade o ensino presencial, porque podemos começar a ter uma mensagem que corresponde a uma sobrevalorização do ensino à distância até para os tempos pós-pandemia”, declarou numa conferência de imprensa após um encontro informal por videoconferência dos ministros da Educação da União Europeia.

“Todos os sacrifícios que estamos a fazer nos sistemas de formação e educação têm como objetivo ajudar globalmente a mitigar a propagação da pandemia, mas a primeira resposta tem que ser, logo que possível, voltar às escolas“, defendeu Tiago Brandão Rodrigues.

Questionado sobre a suspensão de toda a atividade letiva durante 15 dias em Portugal, anunciada na quinta-feira pelo governo, sem optar por um regime de aulas à distância, Brandão Rodrigues reiterou que nesta altura do ano letivo, vai poder-se “compensar com tempo presencial” em períodos de férias.

“Obviamente, caso a situação se estenda, teremos que encontrar outras soluções e foi isso que disseram também os ministros europeus, alguns dos quais tomaram decisões semelhantes”, referiu.

Questionado sobre colégios privados que continuam a dar aulas à distância ou a receber alunos para exame, Brandão Rodrigues afirmou que “as regras são claras e é importante que todos os alunos, se assim for possível, possam compensar o tempo de interrupção”.

“Queremos que os alunos da escolaridade obrigatória, independentemente do subsistema de ensino, possam ter o direito de ter aulas presenciais, as que são possíveis de acomodar, e nesta altura do ano ainda temos essa possibilidade”, afirmou.

O ministro salientou que “os mais vulneráveis vão ser os mais afetados numa situação em que existe distanciamento físico da escola”.

O ensino à distância não substitui completamente o presencial e não falo unicamente nas qualificações ou nas competências. Falo nas questões de sociabilização, de saúde mental, de atividade física”, declarou.

O ministro afirmou partilhar com os seus homólogos europeus a ideia de que a transição para o digital tem que acontecer também na Educação, mas ressalvou que “verdadeiramente não há compensação completa” do ensino à distância para o presencial.

Quanto à capacidade que Portugal e os outros países tiveram de preparar uma infraestrutura de ensino à distância, o ministro afirmou que os seus homólogos apontaram “as dificuldades de se poderem apetrechar, de formar os professores quando estão à distância e poder chegar às crianças mais vulneráveis”.

“É muito difícil um professor do primeiro ano, do primeiro ciclo, independentemente da máquina que esteja do outro lado, chegar com qualidade e ter uma aprendizagem significativa com um aluno que não sabe ler nem escrever nesta altura do ano, apesar de saber mexer no digital, mas muito na visão do utilizador lúdico”, apontou.

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CCSL Advogados assessora o search fund Zinc Capital

A equipa da CCSL foi coordenada pela responsável de societário e financeiro Mafalda de Almeida Carvalho e contou com a participação de João de Lemos Portugal, Margarida Bragança e Francisco Burguete.

A CCSL Advogados assessorou a Zinc Capital no processo da aquisição da Teclena – Automatização, Estudos e Representação, uma empresa do setor da automação industrial.

A equipa da CCSL Advogados foi coordenada pela responsável pelo departamento de societário e financeiro, Mafalda de Almeida Carvalho, e integrou o sócio João de Lemos Portugal, de imobiliário, a consultora de laboral Margarida Bragança, e o associado Francisco Burguete.

A Zinc Capital é o segundo search fund português no mercado a concretizar um investimento. A operação envolveu na assessoria jurídica das diferentes partes envolvidas, para além da CCSL Advogados, a AFMA e a Sérvulo Associados, entre outros.

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Wall Street em baixa com IBM e Intel a pressionar

Depois dos ganhos motivados pela perspetiva de novos estímulos, Wall Street está agora a desvalorizar. Os títulos da IBM e da Intel estão a pressionar as bolsas dos EUA.

Os principais índices de Wall Street arrancaram a última sessão da semana abaixo da linha de água. Os títulos da Intel e da IBM estão a desvalorizar e a pressionar os mercados, depois da apresentação de resultados pouco animadores relativos ao quarto trimestre de 2020.v

O índice de referência, o S&P 500, abriu a desvalorizar 0,23% para 3.844,24 pontos. Também no “vermelho”, o industrial Dow Jones perde 0,11% para 31.141,56 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,41% para 13.474,805 pontos.

A semana vinha sendo marcada por ganhos em Wall Street, com os investidores à espera do novo pacote de estímulos proposto por Joe Biden e das vacinas contra a Covid-19, mas os resultados trimestrais vieram retirar ânimo às negociações.

Esta sexta-feira, os títulos da IBM afundam 10,41% para 118,00 dólares, depois de a empresa ter apresentado resultados piores do que o esperado quanto aos últimos três meses de 2020, justificados por um decréscimo nas vendas.

Também a Intel perde 5,9% para 58,77 dólares, no arranque desta sessão. O CEO da empresa sinalizou que não está muito interessado na terceirização do negócio, o que está a preocupar os investidores.

Destaque também para as cotadas do setor da energia, cujos recuos desta quinta-feira refletem o impacto da pandemia de coronavírus no negócio petrolífero. Os títulos a Chevron Corp desvalorizam 1,23% para 90,88 dólares, os da ExxonMobil Corp caem 1,68% para 47,30 dólares, os da Conocophillips perdem 0,83% para 42,83 dólares e os da Marathon Oil Corp descem 1,09% para 8,16 dólares.

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Mercadão vai recrutar 200 pessoas para reforçar a sua operação

À semelhança do que aconteceu com o primeiro confinamento obrigatório, o marketplace de entregas rápidas vai voltar a reforçar a sua equipa de personal shoppers.

Depois de, no ano passado, ter registado um crescimento de 800%, o Mercadão anunciou que vai recrutar mais 200 personal shoppers para reforçar a sua operação. O objetivo da marca é conseguir integrar novos operadores no seu serviço, sobretudo, nas zonas da grande Lisboa, grande Porto, Coimbra, Évora Algarve e Funchal, diz o marketplace de entregas rápidas português em comunicado.

Os novos personal shoppers contratados, à semelhança do que já acontece, serão responsáveis pelas encomendas, do início ao fim, assegurando a escolha dos melhores produtos em loja e a qualidade das entregas. O aumento da procura durante o primeiro confinamento levou a marca a reforçar contratações e a formar 450 novos colaboradores, contando já com cerca de 700 shoppers.

Perante um segundo confinamento obrigatório, o número irá voltar a crescer com novo recrutamento “já durante o próximo mês”, lê-se no comunicado. “Consideramos que este é o momento ideal para aumentar a equipa Mercadão. Queremos integrar novos shoppers, reforçar a disponibilidade do nosso serviço e continuar a acrescentar novos retalhistas de referência ao marketplace, sem nunca esquecer o nosso compromisso de oferecer um serviço de qualidade”, afirma Gonçalo Soares da Costa, CEO da empresa.

Atualmente, o Mercadão está presente em mais de 100 cidades e tem oito lojas disponíveis, entre as quais o Pingo Doce, a Decathlon e a Odisseias.

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