Vawlt capta 550 mil euros e reforça equipa em 2021

Além da já investidora Armilar Venture Partners, juntam-se ao capital da empresa a Shilling Capital Partners e Carlos Brazão, antigo executivo internacional na Cisco.

A startup portuguesa Vawlt Technologies fechou uma ronda de financiamento de 550 mil euros, liderada pela Armilar Venture Partners, já investidora da empresa, e que conta ainda com a participação da Shilling Capital Partners e de Carlos Brazão, antigo executivo internacional na Cisco.

O novo financiamento vai servir para reforçar as equipas da startup dedicadas ao desenvolvimento de produto e de negócio, de seis para nove pessoas durante o primeiro trimestre do ano. A ideia é que a equipa volte a crescer até ao final do ano, adianta o cofundador e CEO Ricardo Mendes, em conversa com o ECO.

“Estou cada vez mais seguro de que a nossa solução vai assumir-se como uma das mais relevantes a ter em conta neste comboio em andamento que é a deslocação dos dados para a cloud“, afirma Ricardo Mendes.

Fundada em 2019 como spin-off da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa por Ricardo Mendes, Tiago Oliveira, Bruno Santos Amaro e Alysson Bessani, a Vawlt criou aquilo a que chama uma Dynamic Storage Platform: a plataforma adaptável às necessidades de cada cliente e que permite às empresas simplificar o armazenamento de dados em múltiplas clouds, com níveis de segurança elevados e de forma “economicamente eficiente”, “desde o armazenamento de ficheiros colaborativos até ao arquivo morto, passando pelos backups ou outros tipos de usos”.

Para Pedro Ribeiro Santos, sócio da Armilar Venture Partners, a Vawlt foi criada com o objetivo de transformar a tecnologia que aí desenvolveu num produto comercializável, que ainda não existia mas, “de lá para cá, não só criou esse produto, adaptando-o a necessidades práticas que foi recolhendo do mercado, como começou a comercializá-lo com sucesso. É um excelente exemplo do valor que pode ser criado a partir de tecnologias no seu estado mais puro.”

Para a Shilling Capital Partners, os mais recentes investidores, a Vawlt “enquadra-se na estratégia do Shilling Founders Fund de apoiar empresas tecnológicas disruptivas, com uma equipa de fundadores sólida e ambiciosa, e um produto e modelo de negócio escaláveis para o mercado global, neste caso o mercado da computação na cloud“.

“Identificámos na abordagem da Vawlt um importante contributo para simplificar o problema que as empresas enfrentam em proteger o acesso à sua informação proprietária e confidencial e garantir a segurança em múltiplas clouds, com custos de gestão controlados e competitivos”, sublinha Pedro Ramalho Carlos, partner da Shilling Capital Partners.

Também Carlos Brazão, antigo executivo da Cisco, assinala a mais-valia da Vawlt, por estar “na frente da grande transformação dos sistemas de informação”. “A Vawlt permite às empresas acelerar esta transição com benefícios económicos sistemáticos e de forma intrinsecamente mais segura. Simultaneamente, abre novas vias à indústria das TIC para desenvolvimento e comercialização de serviços cloud. A Vawlt tem, pois, tudo para atingir um lugar de destaque na transição global para a cloud e para ambientes multi-cloud”, afirma o antigo executivo da Cisco, Carlos Brazão.

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Comunidades de energia: “Existem muitas ideias, mas não a concretização dos projetos”

  • Capital Verde
  • 21 Janeiro 2021

Filipe Pinto, diretor de serviços de energia elétrica da DGEG, e Catarina Pinto Xavier, debatem os desafios atuais do desenvolvimento do autoconsumo colectivo e das comunidades de energia renovável.

Em 2019, saiu um novo decreto-lei que trouxe novidades ao panorama nacional do autoconsumo elétrico e que entrou em vigor no início de 2020. Este trouxe, por exemplo, a figura dos autoconsumidores coletivos e das comunidades de energia renovável (CER) e colocou mais pressão sobre a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), responsável pela operacionalização do portal e pelo licenciamento. A introdução foi feita por Catarina Pinto Xavier, advogada associada da SLCM, no terceiro debate do ciclo “Energia with SLCM”, que contou com a participação de Filipe Pinto, diretor de serviços de energia elétrica da DGEG.

Na visão do responsável, a grande evolução entre o regime jurídico anterior e este último verifica-se ao nível da “capacidade tecnológica” da DGEG, sobretudo no que respeita à plataforma de registos. “Neste momento temos capacidade de desenvolvimento do portal”, o que considera “significativo” para aquela que entende que deve ser a resposta da Administração Pública na prestação de “um serviço de controlo sobre as instalações e de informação sobre a execução deste regime jurídico”.

Em termos dos registos e das certificações, o responsável garante que a tendência tem vindo a manter desde 2015, ainda com o regime jurídico anterior, com uma média de certificações (instalações prontas a ligar) de 50 MW por ano. “Quando tivemos o pulo dos anteriores regimes de venda totais para o regime em que se introduz o autoconsumo, sim sentimos uma abrupta queda das certificações, principalmente porque na venda total à rede caiu bastante a tarifa de referência. Depois, começámos a sentir com o [decreto-lei] 153/2014, talvez no primeiro ou segundo ano, um ligeiro incremento e, nos anos seguintes, a tendência de 50 MW/ano. Isto porque o mercado teve de interiorizar estas diferenças do que era a venda total à rede e o racional do autoconsumo”, esclarece Filipe Pinto.

Será que o licenciamento ainda está muito direcionado ao autoconsumo individual? Ou seja, a alteração que houve na lei no âmbito do autoconsumo coletivo faltará estar expressa em termos concretos? Às questões de Catarina Pinto Xavier, o diretor de serviços de energia elétrica da DGEG responde que “a realidade dos autoconsumos coletivos e das comunidades energéticas volta a desequilibrar o sistema”. Mas na visão de Filipe Pinto, pode ter sido uma opção do regulador deixar que, nesta primeira fase, “os mecanismos fossem flexíveis”, deixando “em aberto certas condições” para os primeiros projetos e, posteriormente, se fazer “um ajuste ao regime jurídico”.

O responsável confessa, no entanto, que se tem verificado “que ainda não existe, por parte dos promotores, projetos colocados em prática”. Ou seja, “existem muitas ideias” mas “não verificamos no mercado uma apresentação de projetos concretos“, adianta.

Catarina Pinto Xavier questiona quais serão as causas para esse panorama: dificuldades de financiamento, tecnológicas ou de licenciamento? “Há algumas dificuldades externas ao regime jurídico, que têm a ver com financiamento” e “outras que se prendem com a reorganização da instalação elétrica para que esta possa responder à especificidade da contagem, separação das instalações”, responde Filipe Pinto. E acrescenta: “nas CER temos sentido alguns desafios em termos de organização da própria entidade e como é que internamente se dividem as responsabilidades sobre a gestão de partilha de uma energia que é veiculada por diversas instalações”. Na opinião do responsável, “são realidades novas, mesmo à luz do setor elétrico não existem grandes práticas de partilha de energia”.

Em relação à natureza das instalações de autoconsumo, questionado pela advogada associada da SLCM, Filipe Pinto indica que “o solar” é a grande tendência por diversas razões. “Desde o início, principalmente dos regimes de 2007, que a venda total de energia à rede se alicerçava em tarifas de referência, em que existia uma tarifa e, consoante a fonte energética, esta incentivava ou desincentivava determinadas fontes, e a solução do solar foi sempre a mais favorecida. Depois do [regime jurídico] 153/2014 e nos regimes do autoconsumo, esta era também a solução economicamente mais vantajosa em termos de investimento”, referiu.

Quanto aos desafios que a DGEG tem pela frente para 2021, o responsável destaca, entre outros, a “crónica escassez de recursos humanos da Administração Pública”, mas que foi considerado pelo Governo como uma “prioridade”.

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China impõe sanções a vários responsáveis da administração de Trump

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

Os responsáveis sancionados "não poderão entrar na China, Hong Kong e Macau, e as suas empresas e instituições ficarão impedidas de fazer negócios no país".

A China impôs esta quinta-feira sanções ao ex-secretário de Estado norte-americano cessante, Mike Pompeo, e a outros funcionários da administração do antigo Presidente, Donald Trump, por “violar” a soberania do país asiático.

Numa declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, lê-se que para além de Pompeo, foram sancionados outros membros da antiga administração de Trump: Peter Navarro, antigo conselheiro comercial da Trump, Robert O’Brien, subsecretário para os Assuntos da Ásia Oriental e Pacífico, Alex Azar, secretário de Saúde e Serviços Humanos, entre outros.

Todos eles tiveram fricções com Pequim em algum momento: por exemplo, Azar tornou-se em agosto do ano passado o mais alto funcionário norte-americano a fazer uma visita oficial a Taiwan – que a China reivindica como parte da sua soberania – desde 1979, provocando um forte protesto de Pequim.

O país asiático também sancionou o antigo conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, e antigo conselheiro Steve Bannon, um antigo estratega da Casa Branca e a quem foi concedido um perdão presidencial pelo Presidente cessante algumas horas antes de deixar o cargo.

“Todos eles, bem como as suas famílias, não poderão entrar na China, Hong Kong e Macau, e as suas empresas e instituições ficarão impedidas de fazer negócios no país“, informou esta quinta-feira o ministério chinês.

Na declaração acrescenta-se que nos últimos anos “alguns políticos anti-China, motivados pelo interesse próprio, preconceito e ódio, sem demonstrar qualquer consideração pelos interesses do povo chinês e americano, planearam, promoveram e executaram uma série de medidas absurdas que interferiram seriamente nos assuntos internos da China, minaram os seus interesses, ofenderam o seu povo e alteraram gravemente as relações bilaterais”.

Na passada terça-feira, Pompeo tinha chamado “genocídio” à repressão de Pequim contra a minoria uyghur, quando declarou que “a China, sob a liderança e controlo do Partido Comunista da China, cometeu genocídio contra os uyghurs predominantemente muçulmanos e outras minorias étnicas e religiosas em Xinjiang”.

Anteriormente, Pompeo tinha marcado a China como uma “frágil ditadura” que não pode aspirar à “liderança global” depois de um tribunal chinês ter condenado dez dos doze habitantes de Hong Kong que tentaram fugir do território para Taiwan em agosto.

Conter a ascensão da China foi uma das obsessões do Presidente norte-americano cessante Donald Trump, cujas políticas protecionistas terão de ser calibradas pelo seu sucessor, Joe Biden, à medida que Pequim avança na sua campanha para expandir as suas redes de influência.

Resta saber como o sucessor de Pompeo, Antony Blinken, irá lidar com a China. Blinken disse na terça-feira que concordava “em termos gerais” com a abordagem da administração Trump à China, embora tenha dito que não concordava com os seus métodos.

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Nas notícias lá fora: China, Trump e Amazon

  • ECO
  • 21 Janeiro 2021

A China decidiu avançar com sanções a membros da administração de Trump, por violarem a sua soberania. Os negócios de Donald Trump, nomeadamente os hotéis, sofreram o impacto da pandemia.

Numa altura em que ainda se mantêm as tensões entre a China e os Estados Unidos, Pequim decidiu impor sanções a responsáveis da administração de Donald Trump, nomeadamente o antigo secretário de Estado Mike Pompeo. O antigo Presidente norte-americano revelou o impacto da pandemia nos seus negócios, sendo que as receitas dos hotéis caíram para mais de metade. Pela China, a decisão no sentido de apostar nas energias renováveis levou a que o país duplicasse a construção de centrais eólicas e solares, no ano passado. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

China impõe sanções a vários responsáveis da administração Trump

A China impôs sanções a vários funcionários da administração do antigo Presidente, Donald Trump, incluindo o ex-secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, por “violar” a soberania do país asiático. No grupo de responsáveis sancionados encontra-se ainda Peter Navarro, antigo conselheiro comercial da Trump, Robert O’Brien, subsecretário para os Assuntos da Ásia Oriental e Pacífico, Alex Azar, secretário de Saúde e Serviços Humanos, entre outros.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Pandemia corta receitas dos negócios de Trump a metade

O império de Donald Trump sofreu o impacto do confinamento e restrições da pandemia, com a receita dos hotéis em Washington e Las Vegas a cair para mais de metade. No último formulário de divulgação financeira como Presidente, Trump detalhou que a receita do hotel em Washington, que estava a tentar vender, caiu para 15,1 milhões de dólares, enquanto em Vegas, as vendas relacionadas com hotéis caíram de 23,3 milhões para 9,2 milhões de dólares. Outra propriedade importante de Trump, o Doral Golf Resort em Miami, também viu a receita cair para 44 milhões de dólares.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

China duplica capacidade de energia renovável em 2020

A China, maior emissor de gases de efeito de estufa do mundo, mais do que duplicou a construção de novas centrais eólicas e solares em 2020, em relação ao ano anterior. Estes números refletem a promessa de Pequim de reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Ainda assim, a China continuou a construir centrais de energia térmica no ano passado.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Preço médio das casas em Londres supera as 500 mil libras pela primeira vez

O preço médio de um imóvel em Londres ultrapassou pela primeira vez a barreira das 500 mil libras, chegando às 514 mil (cerca de 579 mil euros), um aumento de 9,7%, segundo dados das vendas de novembro. A interrupção temporária do imposto de selo, aplicado a casas que custam até 500 mil libras em Inglaterra, levou a um aumento nas vendas e fez subir os preços nas casas.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

TechCrunch

Amazon quer ajudar Joe Biden na campanha de vacinação

A Amazon propôs ao novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a ajudar na campanha de vacinação e a “atingir a meta dos 100 milhões de vacinados nos primeiros cem dias de mandato”. Na carta enviada a Biden, a empresa detalha que tem “um acordo em vigor com um prestador de cuidados de saúde” e que estão preparados para avançar assim que as vacinas estejam disponíveis. “A nossa escala permite-nos ter um impacto significativo imediatamente na luta contra a Covid-19”, relembra a Amazon.

Leia a notícia completa em TechCrunch (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Provisões para a Covid-19 encolhem lucros do Bankinter para 317 milhões

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

Banco constituiu em 2020 provisões no montante de 242,5 milhões de euros “para antecipar o agravamento da situação macroeconómica”. Resultados em Portugal encolheram em 31%.

O Bankinter fechou 2020 com um lucro de 317 milhões de euros, uma redução de 42,4% relativamente a 2019, principalmente devido ao impacto das provisões feitas para enfrentar os efeitos da Covid-19.

No relatório de atividade enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o Bankinter informa que o resultado antes de impostos da sucursal que tem em Portugal foi de 45 milhões de euros no ano passado, uma diminuição de 31%, devido sobretudo ao facto de o banco ter “deixado de libertar provisões” em 2020.

A instituição sublinha que o resultado da atividade bancária recorrente do grupo — a atividade bancária ordinária sem ter em conta as provisões e os rendimentos extraordinários obtidos em 2019 — foi de 473 milhões de euros, 13,2% inferior ao de 2019.

O aumento da atividade de negócio traduziu-se em “crescimentos em todas as rúbricas de atividade”: 6,8% na margem de juros; 3,6% na margem bruta; e 4,5% na margem de exploração antes de provisões.

O Bankinter termina o ano com uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 7% e um rácio de capital CET1 “fully loaded” de 12,3%, “muito acima do mínimo de 7,7% exigido pelo BCE”.

O banco constituiu em 2020 provisões no montante de 242,5 milhões de euros “para antecipar o agravamento da situação macroeconómica”, o que levou a que o resultado antes de impostos da atividade bancária se reduzisse para 230,5 milhões de euros, menos 62% do que em 2019.

A diminuição é explicada pela constituição de provisões para lutar contra a situação económica criada com a pandemia de covid-19 e pela ausência em 2020 das receitas extraordinárias que a instituição registou em 2019 com a compra do banco EVO.

Por seu lado, a sucursal do Bankinter em Portugal seguiu a “tendência” de crescimento do negócio com clientes, com a carteira de crédito a crescer 7%, alcançando 6.600 milhões de euros no fim do ano.

Por outro lado, ainda em Portugal, os recursos dos clientes cresceram 6%, atingindo 4.800 milhões de euros, e os recursos geridos fora de balanço aumentaram 2%, totalizando 3.600 milhões de euros.

Quanto às margens do Bankinter Portugal, a instituição realça os “crescimentos de dois dígitos”: 10% na margem de juros e 13% na margem bruta, “impulsionados pelo bom desempenho das comissões”.

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Portugal não comprou todas as vacinas que podia

  • ECO
  • 21 Janeiro 2021

Governo adquiriu menos 800 mil doses, mas diz que as que tem são suficientes para imunizar a população portuguesa.

Portugal deixou por encomendar 800 mil doses de vacinas contra a Covid-19 da Moderna. Assim, estas doses ficam disponíveis para serem adquiridas por outros Estados-membros da União Europeia.

O país tinha o direito a adquirir quase 3,7 milhões de doses da Moderna, mas acabou por requisitar apenas 2,8 milhões (menos 800 mil doses). No entanto, o Governo garante que as doses adquiridas são mais do que suficientes para imunizar a população.

Em Portugal os profissionais de saúde foram os primeiros a ser vacinados, ainda no final do ano passado e, entretanto, já começaram a receber as segundas doses da vacina da Pfizer. Já a vacinação dos profissionais de saúde do setor privado arrancou a 14 de janeiro, um dia depois da chegada das primeiras doses da Moderna (8.400). O Governo está também comprometido em terminar a vacinação nos lares no final da próxima semana.

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Família EDP dá ganha à bolsa em dia de queda para a Galp

Praça portuguesa segue a tendência positiva das restantes bolsas europeias, beneficiando da valorização dos títulos da EDP e da EDP Renováveis.

Lisboa está em alta. A bolsa portuguesa segue a tendência positiva das restantes bolsas europeias, com a EDP e a EDP Renováveis a voltarem a destacar-se pela positiva.

Enquanto o Stoxx 600 apresenta uma valorização de 0,7%, com os investidores animados perante a perspetiva de mais estímulos nos EUA, agora com a liderança de Joe Biden, em Lisboa o PSI-20 está a ganhar 0,58% para cotar nos 5.100 pontos. A generalidade dos títulos avança.

A puxar pela bolsa estão as empresas da família EDP. Tanto a elétrica como a EDP Renováveis voltam a apresentar ganhos, com a empresa de energias verdes a destacar-se com uma subida de mais de 1,5%. Está a cotar novamente acima da fasquia dos 24 euros.

Ainda no setor da energia, mas em queda, nota para a Galp Energia. Num dia de correção nos preços do petróleo, perante o aumento das reservas dos EUA, a empresa portuguesa apresenta uma descida de 0,2%.

Pela positiva, nota ainda para as empresas do setor da pasta e papel, nomeadamente a Semapa que soma 1,1%, mas também para outro dos “pesos pesados” da bolsa nacional, a Jerónimo Martins, que apresenta uma subida de 0,9%.

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Marcelo cai cinco pontos mas continua a vencer à primeira. Ana Gomes em segundo lugar

  • ECO
  • 21 Janeiro 2021

Mesmo com a queda, Marcelo surge com 63% das intenções de voto. Ana Gomes obtém 14%, na nova sondagem da Católica, à frente de André Ventura, que contabiliza 10%.

Marcelo Rebelo de Sousa continua a emergir como vencedor à primeira volta das eleições presidenciais, numa sondagem da Universidade Católica para o Público (acesso condicionado) e RTP. No entanto, o atual Presidente da República caiu cinco pontos percentuais nas intenções de voto, face a dezembro.

o segundo lugar cabe a Ana Gomes, que concentra 14% das intenções de voto, mais um ponto percentual do que em dezembro. A antiga eurodeputada fica assim separada de André Ventura por quatro pontos percentuais. O candidato do Chega obtém 10% das intenções de voto, numa subida de dois pontos.

Segue-se João Ferreira, que continua com 5%, enquanto a candidata bloquista Marisa Matias cai de 5% para 3% de intenções de voto. De sinalizar que a sondagem, cujo universo é de 2.001 inquéritos válidos, foi realizada entre 11 e 14 de janeiro, não mostrando ainda o possível impacto do movimento #VermelhoEmBelém. Já o candidato da Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves, cresce nas intenções de voto de 1% para 3%, enquanto Vitorino Silva surge com 2%.

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“Geringonça” ficou aquém das expectativas e resume-se a mercearia

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2021

Manuel Alegre diz que "uma convergência de esquerda tem de ser mais do que uma negociata à volta do Orçamento".

O dirigente histórico do PS Manuel Alegre considera que a solução política de esquerda, a Geringonça, ficou aquém das expectativas, resumindo-se a uma mercearia à volta do Orçamento, e critica as “meias medidas” no combate à pandemia.

Estas posições foram assumidas pelo escritor, poeta e antigo conselheiro de Estado em entrevista ao podcast do PS “Política com palavra”, durante a qual também se pronuncia sobre as eleições presidenciais de domingo próximo.

Manuel Alegre, que se manifestou a favor de uma solução de Governo do PS com os partidos à sua esquerda, entende, no entanto, que “a Geringonça ficou aquém das expectativas”, já que não “houve um ímpeto reformador” e “um projeto nacional de futuro”.

“Isto tem-se resumido a uma espécie de mercearia à volta do Orçamento. Uma convergência de esquerda tem de ser mais do que uma negociata à volta do Orçamento”, declara.

Já em relação ao candidato presidencial e líder do Chega, André Ventura, Manuel Alegre aponta que ele “insulta tudo e todos” e interroga-se “onde é que está o PS”.

“O PS não pode não estar presente neste combate. Isto é uma ameaça“, frisa, antes de defender que o partido liderado por António Costa tem de voltar a fazer uns Estados Gerais ou algo de semelhante, tem de se abrir”.

Manuel Alegre classifica ainda como estranha a opção do PS não ter candidato presencial, dizendo que o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “com todas as qualidades que tem, é um homem da direita”.

“E nós somos um partido da esquerda democrática, um partido fundador [da democracia portuguesa]. É estranho que não tenhamos um candidato. Por isso, apoio a Ana Gomes, justifica.

Em relação ao combate à Covid-19, Manuel Alegre observa que Portugal tem 2,26 milhões de portugueses com mais de 65 anos.

“Se não vêm mais vacinas e se não conseguimos resolver este problema de vacinar os mais idosos e aqueles com doenças associadas, arriscamo-nos – eu digo isto com um soluço na garganta – arriscamo-nos a perder uma geração de avós. Isso é terrível”, alerta.

Manuel Alegre refere depois que, na primeira vaga da epidemia em Portugal, os portugueses autoconfinaram-se”, tendo existido “um pacto entre os cidadãos e o poder político”.

Agora, no entanto, “voltou a indisciplina, quebrou-se esse pacto que havia – um pacto nacional, sentimento comunitário, entre cidadãos e política.”

“[Há] falta de confiança e excesso de partidarização de algo [a pandemia] que não pode ser partidarizado”, critica.

O dirigente histórico socialista advertiu depois, num recado ao Governo, que, no combate à covid-19, “não há nada pior do que a meia medida”.

“Acho que houve estados de emergência a mais com muitas meias medidas, e isso acaba por lançar a confusão. Se há um estado de emergência, que seja a sério, que seja a doer, e que as pessoas percebam”, sustenta.

Ainda no que respeita ao processo de vacinação em Portugal, Manuel Alegre considera que “o Presidente da República, o primeiro-ministro e os outros ministros já deviam ter sido vacinados”.

“Não se vacinarem é uma forma de desvalorizar as funções que exercem e é uma cedência aos populismos”, frisa.

Em matéria de Serviço Nacional de Saúde, o dirigente histórico do PS deixa várias referências críticas à atuação do Bloco de Esquerda, embora sem mencionar este partido.

“Alguns, de outros partidos, dá a impressão de que querem fazer a revolução por via parlamentar e nacionalizar tudo [com a requisição civil na saúde]. Isto não é assim. Tem de haver muito bom senso e tentar refazer na medida do possível aquele pacto que já existiu e agora quebrou-se”, afirma.

Manuel Alegre diz mesmo nem sequer perceber “o que significava neste momento requisição civil [na saúde]”.

“O que eu aconselharia aos responsáveis da saúde é alguma descrispação”, contrapõe o antigo candidato às eleições presidenciais de 2006 e 2011.

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Hoje nas notícias: Marcelo, vacinas e Carregosa

  • ECO
  • 21 Janeiro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Uma nova sondagem da Católica mostra as intenções de voto em Marcelo Rebelo de Sousa em queda, mas continua a dar a vitória ao atual Presidente da República na primeira volta. Quanto à vacinação contra a Covid-19, o Governo considera que já tem doses suficientes para imunizar a população, não avançando por isso com a aquisição de todas as doses a que tinha direito da vacina da Moderna. Na banca, o Carregosa teve de reforçar a administração, por pedido do supervisor, que alegava falta de competências. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Sondagem dá vitória a Marcelo na primeira volta. Ana Gomes em segundo lugar

Marcelo Rebelo de Sousa continua a emergir como vencedor à primeira volta, numa sondagem da Universidade Católica para as eleições presidenciais. No entanto, o atual Presidente da República caiu cinco pontos percentuais na intenção de voto, face a dezembro. Já o segundo lugar cabe a Ana Gomes, que está separada de André Ventura por quatro pontos percentuais.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Portugal não comprou todas as vacinas que podia

Portugal tinha direito a adquirir quase 3,7 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da Moderna, mas acabou por requisitar apenas 2,8 milhões. Deixou assim por encomendar cerca de 800 mil doses, que ficam assim num conjunto comum, podendo ser compradas por outros Estados-membros. O Governo aponta que já tem garantidas doses mais do que suficientes para imunizar a população.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Supervisor obriga Carregosa a reforçar gestão

O Banco de Portugal ditou que o Banco Carregosa tinha de reforçar as competências da administração. O supervisor do sistema financeiro fez o pedido, que foi justificado com a falta de competências na gestão, há cerca de um ano. O Carregosa contratou um novo gestor para cumprir as ordens do supervisor.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível).

TAP inicia processo de redução de custos com pessoal

A administração da TAP começou na quarta-feira o processo de redução de custos com pessoal. Para tal, é necessário fazer alterações aos acordos de empresa (AE) em vigor. A estratégia da companhia passa, primeiro, por adesões voluntárias (rescisões amigáveis, trabalho parcial, licenças sem vencimento), mas depois haverá um despedimento coletivo. A redução será, no mínimo, de 2.000 trabalhadores.

Leia a notícia completa no Público (acesso livre).

Jorge Soares diz que país não se preparou para a “tempestade”

O médico patologista Jorge Soares, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, indicou que a “tempestade” que se vive no país retira a capacidade de controlo da pandemia, “sobretudo se não há alguma programação antecipada”. Adicionalmente, apelou à resiliência dos médicos a combater a fadiga, emocional e física, “pois todos precisamos deles”.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre) ou no Público (acesso livre).

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Investidores “pagam” para emprestar 2 mil milhões a Portugal

Em quatro emissões de títulos realizados este ano, o IGCP conseguiu taxas historicamente baixas em todas, sendo que três delas tiveram mesmo juros negativos. A quebra permite a Leão reduzir a fatura.

Duas semanas, dois leilões de dívida portuguesa e dois recordes de baixos juros. Portugal emitiu, desde o início do ano, 2.750 milhões de euros em bilhetes (BT) e obrigações do Tesouro (OT) e dois terços tiveram yields negativas, o que significa que não só o país não vai pagar como os investidores é que vão dar dinheiro a Portugal nos próximos anos.

O atual enquadramento para emitir dívida é ideal, já que conta com um forte suporte técnico de procura, impulsionado pelos vários pacotes de quantitative easing do Banco Central Europeu que, a par do nível extremamente baixo das taxas de juro nos países europeus, cria uma dinâmica de procura favorável a quem tem de emitir”, explica João Zorro, head of fixed income da gestora de ativos GNB GA.

Na primeira emissão de dívida deste ano, na semana passada, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP emitiu 500 milhões de euros em obrigações a 10 anos, com uma taxa de juro de -0,012%. Este é um marco histórico para o país que nunca se tinha financiado em mercado primário a 10 anos (que é a maturidade benchmark) com juros negativos. O ministro das Finanças, João Leão, atribuiu o “elevado sucesso” da operação ao “trabalho e estratégia” do país, num cenário de forte apoio do BCE.

No mercado secundário, este marco já tinha sido alcançado no início de dezembro, com a yield nacional a saltar entre “terreno” positivo e negativo deste então, beneficiando da bazuca de 1,85 biliões de euros que o BCE tem para comprar divida pública e privada emitida nos países da Zona Euro. Esta quarta-feira esta taxa negoceia em 0,024%, enquanto toda a dívida até aos nove tem juros negativos.

"Ambos os leilões fixaram as taxas mais baixas de sempre para ambas as maturidades. Este novo mínimo histórico mostra bem o suporte que o BCE tem vindo a dar a todos os países através do seu programa de compra de ativos.”

Filipe Silva

Diretor de investimentos do Banco Carregosa

“Se compararmos os leilões de dívida de longo prazo, no ano de 2019 emitimos cerca de 9.493 milhões euros com uma taxa média ponderada de 0,95%, enquanto em 2020 a colocação já foi de cerca de 11.132 milhões euros com uma taxa média ponderada de 0,39%”, lembra Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa. “À medida que o custo da dívida vai baixando para certas maturidades, o IGCP tem aproveitado para emitir para prazos em que o custo/benefício seja vantajoso para Portugal, e quando tal é feito com taxas negativas, ainda melhor. Neste momento Portugal tem taxas negativas até aos 10 anos, sendo que nos leilões realizados em 2020, três tiveram taxa negativa, enquanto em 2019 tal não tinha sido possível“.

Esta semana, o IGCP voltou ao mercado, mas desta vez para uma emissão de dívida de curto prazo. Colocou 750 milhões de euros em BT a 12 meses com um juro de -0,522% e outros 750 milhões de euros a uma taxa de -0,554%. “Ambos os leilões fixaram as taxas mais baixas de sempre para ambas as maturidades. Este novo mínimo histórico mostra bem o suporte que o BCE tem vindo a dar a todos os países através do seu programa de compra de ativos”, sublinha Silva.

Fazendo as contas às três linhas de títulos em que Portugal conseguiu juros negativos, o “cheque” que o Tesouro terá de devolver aos investidores será encurtado: país obtém uma poupança de 60 mil euros por ano nas obrigações a 10 anos, enquanto nos bilhetes a 12 meses serão 3,915 milhões de euros ao ano e a seis meses de 2,025 milhões pelo período em questão. Além dos 2.000 milhões com juros negativos, o IGCP colocou igualmente este ano 750 milhões de euros a 15 anos com um juro de 0,319% (equivalente a 2,4 milhões de euros), o que — apesar de ser positivo — é o mais baixo de sempre para esta maturidade.

"A tendência de emitir a taxas negativas vai-se manter por mais algum tempo, pelo menos enquanto durar os programas de quantitative easing do BCE e as maturidades mais longas tenderão também a sentir este efeito.”

João Zorro

Head of fixed income da gestora de ativos GNB GA

Esta redução das yields tem sido determinante para conter a despesa pública com a gestão da dívida, apesar do disparo no endividamento. O Governo espera um recorde de 134,8% do PIB em 2020 e uma descida para 130,9%, mas irá em ambos os anos poupar com juros em grande parte pelo efeito que as condições favoráveis das novas emissões têm no stock.

Este ano, se nada fizesse, o Governo contaria logo com uma poupança de 161 milhões de euros a menos na fatura dos juros, segundo o cenário de João Leão em políticas invariantes, mas a gestão da dívida pública deverá gerar ainda mais poupanças. No total, na proposta do Orçamento do Estado para 2021, o Ministério das Finanças prevê uma poupança de 332 milhões de euros, menos 5,7% do que no ano passado. O Estado pagará 5.487 milhões de euros em juros em 2021, em comparação com 5.819 milhões de euros que prevê pagar até ao final deste ano.

Com as constantes quebras a pressionarem o custo do stock, a despesa poderá ser ainda menor, sendo que a expectativa dos analistas é que os investidores continuem disponíveis para comprar dívida portuguesa a baixos custos (ou menos negativos).

A tendência de emitir a taxas negativas vai-se manter por mais algum tempo, pelo menos enquanto durar os programas de quantitative easing do BCE e as maturidades mais longas tenderão também a sentir este efeito”, acrescenta Zorro, do GNB GA. “O IGCP está com certeza atento às oportunidades e não deixará de aproveitar o atual momento de forte necessidade de financiamento que todos os países agora atravessam por fruto dos impactos e das respostas à pandemia”.

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Termina hoje o prazo para as empresas comunicarem trabalho presencial à ACT

Empresas de serviços com mais de 250 trabalhadores tinham 48 horas para enviar para a Autoridade para as Condições do Trabalho a lista nominal dos trabalhadores obrigados a trabalho presencial.

Termina esta quinta-feira o prazo para que as grandes empresas de serviços enviaram para a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) a lista com os nomes dos trabalhadores que têm de desempenhar funções presencialmente e, por isso, não podem ficar em teletrabalho.

Estes trabalhadores, para poderem circular, para além de terem de ter uma credencial da empresa — uma exigência que abrange todos os colaboradores que não estão em teletrabalho –, têm de fazer parte de uma lista nominal que as grandes empresas de serviços têm de enviar para a ACT.

Para cumprir esta obrigação, as empresas de serviços com mais de 250 trabalhadores podem utilizar o formulário eletrónico que a própria ACT preparou. A ACT desenvolveu um “formulário eletrónico no balcão digital para que as empresas não precisem de se deslocar e possam fazer upload da listagem ou do ficheiro com identificação dos trabalhadores que não estarão em teletrabalho”, explicou a subinspetora-geral Maria Fernanda Campos, em entrevista à Rádio Observador (acesso livre).

Esta exigência faz parte do pacote de medidas que o primeiro-ministro anunciou na segunda-feira no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que visou apertar mais as medidas de confinamento. Estes mecanismos de controlo sobre os trabalhadores que se mantêm em trabalho presencial justificam-se não só porque o Governo decretou que o teletrabalho é o regime obrigatório durante o novo confinamento geral, mas também porque os números da pandemia se agravam de dia para dia, seja ao nível de novos casos, seja de vítimas mortais.

As empresas do setor dos serviços com mais de 250 trabalhadores “têm de enviar nas próximas 48 horas para a Autoridade para as Condições do Trabalho [ACT] a lista nominal de todos os trabalhadores cujo trabalho presencial consideram indispensável”, sublinhou na segunda-feira António Costa. As 48 horas começaram a contar a partir do momento em que entrasse em vigor o decreto-lei com as novas medidas do confinamento, o que aconteceu às zero horas desta quarta-feira. Por isso, o prazo para as empresas entregarem os nomes à ACT termina esta quinta-feira.

O primeiro-ministro, na segunda-feira, também precisou que o conjunto das novas medidas são acompanhadas por um reforço da fiscalização por parte das autoridades, nomeadamente da ACT, e das forças de segurança.

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