Comissão Europeia quer esboço do Orçamento português um mês antes de novo Parlamento o votar

A Comissão Europeia espera que o Governo português que saía das eleições de 30 de janeiro entregue um esboço orçamental em Bruxelas um mês antes de o novo Parlamento o votar.

Não se sabe qual será o próximo Governo em Portugal, mas este já tem uma tarefa e um prazo para cumprir. A Comissão Europeia informou esta quarta-feira que quer receber o esboço do novo Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) um mês antes de este ser aprovado pelo Parlamento. No pacote de outono, em que normalmente avalia os orçamentos nacionais dos anos seguintes, o executivo comunitário nada diz sobre Portugal, dado que este foi chumbado e desencadeou eleições antecipadas.

“A submissão [do novo Orçamento] deve ocorrer pelo menos um mês antes de o novo esboço de lei do Orçamento ser votado pelo Parlamento nacional“, escreve a Comissão Europeia no comunicado que acompanha o pacote de outono divulgado esta quarta-feira, notando que é “expectável” que o próximo Governo português atualize a proposta orçamental “assim que tomar posse”. O atual ministro das Finanças, João Leão, terá indicado o mês de março.

A pressão está, por isso, do lado do novo Governo que for eleito a 30 de janeiro. Caso haja uma maioria absoluta, o processo deverá ser mais célere, principalmente se for do PS uma vez que já tinha um Orçamento desenhado. Já se for necessário algum tipo de coligação pós-eleitoral ou acordo de incidência parlamentar, o processo deverá demorar mais tempo, mas não é nada que a Comissão Europeia estranhe uma vez que noutros países europeus as negociações demoram longos meses (veja-se o caso da Holanda que está desde março com um Governo de gestão).

A Comissão Europeia explica no pacote de outono do semestre europeu que “não adotou uma opinião” sobre o Orçamento submetido pelo Governo português no início de outubro uma vez que este foi rejeitado pelo Parlamento e recorda que enviou uma carta a 15 de novembro a pedir que Portugal submeta um novo Orçamento “oportunamente”. Agora coloca um prazo: um mês antes de este ser votado. Será nessa altura que o executivo comunitário deverá dar a sua opinião sobre o novo Orçamento.

Apesar disso, já se sabe qual é a recomendação geral da Comissão para os países da Zona Euro sobre a política orçamental a adotar no próximo ano: deve ser “ligeiramente expansionista”, focada no investimento através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em melhorar a qualificação dos trabalhadores e em salvaguardar a solvência das empresas viáveis. “Os Estados-membros da Zona Euro devem manter uma política orçamental ágil para que consigam reagir no caso de os riscos da pandemia reemergirem”, alerta a Comissão.

Porém, como é habitual, a Comissão também lembra que é preciso voltar a ter políticas orçamentais “prudentes” que permitam manter a sustentabilidade da dívida pública, “assim que as condições económicas o permitirem”, enquanto não deixam para segundo plano o investimento público, como aconteceu na crise anterior. Em 2022, as regras orçamentais europeias continuarão suspensas, mas no ano seguinte deverão voltar ainda que não se saiba se no mesmo formato ou se os países vão conseguir chegar a acordo para as mudar.

A última previsão da Comissão Europeia para Portugal divulgada este mês apontava para um défice orçamental de 4,5% do PIB em 2021, baixando para 3,4% em 2022 (em políticas invariantes, ou seja, sem contar com as medidas do novo Orçamento), ligeiramente acima dos 3,2% esperados pelo Ministério das Finanças na proposta do OE2022. Em relação à dívida pública, a Comissão apontava para 123,9% do PIB em 2022 enquanto o Governo esperava uma redução para 122,8% do PIB.

Na conferência de imprensa, questionado sobre Portugal, o comissário europeu da economia, Paolo Gentiloni, afirmou que a Comissão Europeia já recebeu a informação que queria saber, nomeadamente o que pode ou não fazer um Governo de gestão em Portugal, antecipando que tal não prejudique a execução dos programas em curso, tal como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Porém, Gentiloni disse que “é preciso um Governo com poder total para sair da situação de executar Orçamento em duodécimos”.

Em relação à situação pandémica atual na União Europeia, com os números de casos a aumentar e países a introduzir mais restrições, Gentiloni pediu aos Estados para olharem com “seriedade” para esta vaga, mas relativizou o seu efeito económico: “Não esperamos que as medidas tenham um impacto [económico] semelhante ao confinamento do inverno passado“, adiantou.

(Notícia atualizada às 13h17 com declarações da conferência de imprensa)

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Primavera associa-se ao programa UPskill. Vai ter duas turmas e pretende integrá-las na rede de parceiros

Podem candidatar-se ao programa desempregados, mas também pessoas em situação de subemprego ou que pretendam redirecionar a sua carreira para a área tecnológica.

A Primavera associou-se à segunda edição do programa UPskill para promover duas turmas dedicadas a tecnologias e soluções Primavera, uma na região de Lisboa e outra no norte do país. Os formandos serão, posteriormente, integrados nos quadros da rede de parceiros da tecnológica.

“Há já vários anos que a Primavera Academy disponibiliza cursos de especialização em diversas tecnologias e programas de reconversão profissional para a área das TI, iniciativas de enorme sucesso, com taxas de empregabilidade a rondar os 100%. A associação ao programa UPskill foi, por isso, muito natural, na medida em que está perfeitamente alinhada com a nossa missão de contribuir para a disponibilização ao mercado de profissionais altamente qualificados para o setor das TI e que possam preferencialmente integrar o ecossistema Primavera”, diz Susana Teixeira, head manager da Primavera Academy.

Susana Teixeira é head manager da Primavera Academy.

Os cursos serão ministrados presencialmente em instituições de ensino superior na respetiva região, em colaboração com a Primavera Academy, unidade formativa da Primavera BSS, e terá uma duração de aproximadamente seis meses, em horário laboral, período durante o qual os alunos receberão uma bolsa paga pelo IEFP.

Podem candidatar-se ao programa não apenas desempregados, mas também pessoas em situação de subemprego ou que pretendam redirecionar a sua carreira para a área tecnológica. As candidaturas deverão ser realizadas no site do programa Upskill.

O programa UPskill nasce da colaboração entre a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e diversas instituições de ensino superior, com o objetivo de aumentar a qualificação nas áreas das tecnologias da informação e comunicação, inserindo novos profissionais neste setor após o término da sua formação.

Além desta formação enquadrada no Programa UPskill, a Primavera Academy tem ainda disponíveis diversos programas intensivos para quem procura uma carreira de alta empregabilidade na área tecnológica, quer na perspetiva de requalificação quer de evolução profissional.

Neste momento, estão disponíveis os programas “Primavera Consultant Acceleration Program”, que tem como principal objetivo formar consultores certificados em software Primavera, em apenas dois meses; o “RE_Start”, que visa dotar os participantes de competências técnicas para a função de programador; e o “SCORE”, uma formação intensiva em soluções Primavera criada para colmatar a procura de profissionais certificados por parte dos parceiros e empresas utilizadoras destas soluções.

Consulte aqui mais informação sobre o calendário formativo da Primavera Academy.

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Abreu Advogados é a parceira jurídica da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023

A equipa da Abreu Advogados que tem estado a acompanhar esta iniciativa é liderada pelo consultor Henrique Trocado e integra também os sócios Manuel Durães Rocha e Teresa Brito da Silva.

A Abreu Advogados está encarregue da assessoria jurídica à Fundação JMJ Lisboa 2023 ao longo de todo o processo de organização da Jornada Mundial da Juventude, que se vai realizar na capital portuguesa em agosto de 2023.

O apoio da Abreu Advogados iniciou-se em 2019 em regime de pro bono e irá durar até final de 2023, acompanhando a preparação, organização e balanço do evento, e abrange todos os serviços jurídicos necessários para a estruturação e operacionalização da iniciativa.

“Até ao presente momento a colaboração incidiu particularmente na elaboração dos mais diversos tipos de contratos bem como na assessoria em matéria de registo e utilização de marcas e do respetivo hino”, refere a firma.

A equipa da Abreu Advogados que tem estado a acompanhar esta iniciativa é liderada por Henrique Trocado, consultor da Abreu Advogados, e integra também os sócios Manuel Durães Rocha e Teresa Brito da Silva.

A Jornada Mundial da Juventude terá lugar em Lisboa entre 1 e 6 de agosto de 2023 e é um dos maiores eventos mundiais, no qual são esperados cerca de 1,5 milhões de jovens de todo o mundo, num encontro que culminará com a vinda do Papa a Portugal.

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Constâncio diz que fuga de Rendeiro é “lamentável” e que “justiça não funcionou”

Em entrevista à RTP3, o antigo governador do Banco de Portugal lamentou que o quadro legal não seja suficientemente "severo e diligente" para evitar casos como a fuga do ex-presidente do BPP.

O ex-governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio considera que a fuga do antigo presidente do BPP, João Rendeiro, é “lamentável” e mostra que a “justiça não funcionou com a eficácia que se desejaria” neste caso.

Em entrevista ao programa “Tudo é Economia”, da RTP3, Constâncio lamentou ainda que o quadro legal em Portugal não seja “suficientemente severo e diligente ao contrário de outros países” para evitar situações como a do caso de Rendeiro, que fugiu do país em setembro para não cumprir a pena de prisão determinada pelo tribunal.

“O que aconteceu nesse caso e noutros, foi que as autoridades — quer o Banco de Portugal, quer a CMVM –, organizaram os seus processos, enviaram todos os dados para o sistema judicial e, depois, o sistema judicial não funcionou com a eficácia que se desejaria”, disse o antigo governador do Banco de Portugal, que lembrou que, na altura, usou um poder do banco central para retirar a administração de Rendeiro do BPP, substituindo-a por outra, devido às “irregularidades e incorreções que foram detetadas” no banco.

Em entrevista à CNN Portugal, João Rendeiro, que se encontra em parte incerta, disse na segunda-feira que só regressaria a Portugal se for ilibado ou se tiver um indulto do Presidente da República.

"Tudo é lamentável, com certeza. Obviamente tem a ver com todo este quadro que não é suficiente severo e diligente ao contrário do que temos noutros países.”

Vítor Constâncio

Ex-vice-presidente do BCE e antigo governador do Banco de Portugal

Constâncio não vê subida dos juros até 2024

Na mesma entrevista, Vítor Constâncio sublinhou que a elevada inflação que a Zona Euro está a registar neste momento é temporária e que os efeitos que a estão a suportar, como a questão do IVA na Alemanha e a alta dos preços energéticos, vão desaparecer no próximo ano.

Nesse sentido, o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) não vê o banco central a subir os juros até, pelo menos, 2024, pois não estarão reunidas as condições para um agravamento do preço do dinheiro, pelo que as famílias poderão estar “descansadas” com os empréstimos das casas.

“Pensando nas previsões de inflação até 2024, isso permitiria antecipar que não haverá condições para aumentar as taxas de juro na Área do Euro antes de 2024 ou 2025, se se puder que nessa altura teríamos essas condições. Nem para o ano, nem para 2023 e na minha opinião, em 2024 essas condições estarão preenchidas, a menos que houvesse um tal processo sustentado de inflação mais elevada, em que eu não acredito”, afirmou Vítor Constâncio, na primeira entrevista.

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Anais Raynaud é a nova CEO do Cetelem – BNP Paribas Personal Finance em Portugal

A profissional integrou o Grupo BNP Paribas em 2006, no BNP Paribas Personal Finance México, onde desempenhou vários cargos.

Anais Raynaud, CEO do Cetelem – BNP Paribas Personal Finance em Portugal.

Anais Raynaud é a nova chief executive officer (CEO) do BNP Paribas Personal Finance em Portugal, mais conhecido pela sua marca comercial Cetelem. A profissional, que conta com um percurso de 15 anos no BNP Paribas Personal Finance, sucede a Paul Milcent, que desempenhava este cargo desde 2018.

“É com muito orgulho que assumo este grande desafio. Estou muito entusiasmada por liderar esta grande equipa em Portugal e por poder contribuir de forma ainda mais ativa para a concretização da missão do Cetelem: promover o acesso a um consumo cada vez mais responsável e sustentável, que gere um impacto positivo económico, ambiental e social”, começa por dizer a nova CEO, citada em comunicado.

“Estou consciente da enorme responsabilidade, mas tenho a certeza de que, junto com os nossos parceiros e as nossas equipas, vamos continuar a dar o nosso melhor todos os dias e permanecer ao lado dos nossos clientes e parceiros nos momentos mais importantes”, acrescenta.

Anais Raynaud integrou o Grupo BNP Paribas em 2006, no BNP Paribas Personal Finance México. Durante dez anos, neste país, liderou as equipas de risk management, foi responsável de controlo de gestão e chief operating officer (COO). Em 2016 voou para Portugal para integrar a comissão executiva e assumir a responsabilidade das operações, no cargo de COO, com mais de 300 colaboradores sob a sua liderança.

Já este ano foi nomeada CEO deputy e, agora, assume o cargo de CEO. Antes de ingressar o Grupo BNP Paribas, esteve ligada ao setor do retalho especializado, assumindo responsabilidades em empresas como a Carrefour ou a Walmart.

A sua formação inclui uma licenciatura em direito, pela Université Panthéon-Assas Paris II, e um master in business administration pela École de Management à Lyon e o Instituto Tecnológico Autónomo de México.

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Criativa Teresa Pinto Leite é a nova sócia da TTouch

A criativa junta-se a Mariana Galindo e António Bezerra na agência de ativismo criativo, que tem como objetivo melhorar a vida das pessoas.

Teresa Pinto Leite é a nova sócia da TTouch.

A criativa Teresa Pinto Leite juntou-se a Mariana Galindo e António Bezerra como nova sócia da TTouch, uma agência criativa orientada para o impacto social, que tem como missão as causas das marcas.

“Com uma equipa como a nossa, que junta talento criativo, know how sobre o terceiro setor, e a capacidade de fazer acontecer da Mariana Galindo ao leme da agência, a TTouch vai mesmo mudar o mundo”, afirma Teresa Pinto Leite, em comunicado.

Esta agência, de ativismo criativo, distingue-se por precisamente por utilizar a criatividade como forma de melhorar a vida das pessoas e do planeta. Um match que acaba por ser natural, já que esta foi uma área pela qual Teresa Pinto Leite sempre se interessou. Em 2007 chegou mesmo a implementar na Partners um departamento dedicado a trabalhar apenas a área da responsabilidade social das marcas, mas que acabou por encerrar.

Ao longo dos seus 25 anos no mercado publicitário, Teresa Pinto Leite somou vários prémios (entre os quais um leão no festival de Cannes) e passou por diversas agências, entre as quais a Publicis, a Y&R, a Bates Redcell, a Partners e, nos últimos quatro anos, a Unhype.

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Magdalena Andersson é a primeira mulher a governar a Suécia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Novembro 2021

O Parlamento da Suécia confirmou a eleição da social-democrata Magdalena Andersson para o cargo de primeira-ministra, o que a torna na primeira mulher a chefiar um governo naquele país.

Magdalena Andersson é a primeira mulher a chefiar um Governo na SuéciaWikimedia Commons

O Parlamento da Suécia confirmou esta quarta-feira a eleição de Magdalena Andersson como nova primeira-ministra. Depois de dias marcados por um impasse nas negociações com os deputados, a líder social-democrata torna-se na primeira mulher a assumir a chefia do Governo naquele país, apontado como dos mais avançados da Europa em questões relacionadas com igualdade de género.

A sua confirmação no cargo decorreu com 117 votos a favor do Partido Verde e do seu partido e 57 abstenções do Partido do Centro e do Partido da Esquerda. Os votos contra de 174 deputados não foram suficientes para travar a nomeação da líder social-democrata, já que a Constituição sueca indica que os chefes de Governo podem ser nomeados para governar pelo Parlamento se 175 deputados não votarem contra. Houve ainda um deputado que não estava presente na câmara e não votou.

Andersson era até agora ministra das Finanças do demissionário Stefan Löfven. Só na noite de terça-feira foi possível alcançar um acordo com o Partido de Esquerda, que exigia um aumento das pensões de reforma para obter o seu apoio. Löfven vai manter-se formalmente em funções até que seja anunciada a formação do novo Governo na próxima sexta-feira, sendo que as próximas eleições gerais na Suécia vão realizar-se no dia 11 de setembro do próximo ano.

A nova primeira-ministra vai liderar um Executivo de coligação minoritário composto pelos sociais-democratas e pelos Verdes, enfrentando o seu primeiro desafio já esta quarta-feira à tarde, com a votação do Orçamento do Estado para o próximo ano pelo Parlamento de Estocolmo. Depois de a líder do Partido de Centro, Annie Lööf, ter dito que não apoiaria a proposta do Governo, tal significa que o documento não deverá merecer apoio suficiente para ser aprovado.

Esse cenário torna provável a aprovação do orçamento redigido pela oposição de direita — negociado conjuntamente pelos moderados conservadores e democratas-cristãos e pelos democratas suecos anti-imigração –, o que significa que Andersson poderá ter de governar com um orçamento negociado por um partido tido como de extrema-direita, o que também seria a primeira vez no país.

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Morais Leitão anuncia parceria com Nova SBE

A Morais Leitão e a Nova School of Business & Economics celebraram uma parceria a cinco anos para promover a inovação no direito e gestão.

A Morais Leitão e a Nova School of Business & Economics (Nova SBE) acabam de acordar uma parceria a cinco anos para promover a inovação no direito e gestão. Esta parceria é orientada para fomentar a cultura de inovação contínua e a aposta no conhecimento especializado com valor acrescentado.

“A partilha de conhecimento e a relação imersiva com o cliente são a chave para o futuro da assessoria jurídica. Ao lado de uma das melhores instituições universitárias do país, estamos a marcar a diferença”, explica Nuno Galvão Teles, managing partner.

Como primeiro passo desta parceria, a firma liderada por Nuno Galvão Teles marcará presença no Innovation ecosystem, que será inaugurado esta quarta-feira, dia 24 de novembro.

Enquanto parceiro jurídico preferencial do Innovation ecosystem, a Morais Leitão pretende contribuir para um ambiente privilegiado de permanente networking e desenvolvimento de soluções criativas, em setores em que tem sido “pioneira”: serviços financeiros (finTech e insurTech), cidades e comunidades sustentáveis (smart cities, mobilidade, governança), saúde e bem-estar (smart health, envelhecimento, lifestyle, farmacêutico), service experience (hospitalidade, turismo, retalho), espaço, economia verde e azul (energia renovável, oceanos, espaço).

“O Innovation Ecosystem da Nova SBE proporciona às empresas que o integram uma proximidade ao talento, à criatividade e aos agentes de mudança que vivem, diariamente, no nosso campus. Através de mecanismos formais e informais – “a serendipity innovation” – proporcionados pelo Innovation Ecosystem, a Morais Leitão estará ainda mais próxima dos grandes drivers de disrupção e participará, ativamente, na cocriação de soluções de impacto para o futuro sustentável dos seus negócios”, nota Rui Coutinho, Diretor Executivo do Nova SBE Innovation Ecosystem.

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J+Legal assessora Transportes Paulo Duarte em operações cross border

A equipa da J+Legal envolvida nesta operação foi liderada pelos sócios José Diogo Horta Osório e Jaime Carvalho Esteves.

A sociedade de advogados J+Legal assessorou juridicamente a Transportes Paulo Duarte nas operações cross border, concluídas na passada semana, de aquisição da totalidade do capital social das sociedades Tank Hurt e Cisternas Hurtrans (grupo Hurtrans), bem como na tomada de uma participação de controlo na sociedade Hijos de Román Bono Guarner.

As três sociedades estão sediadas em Alicante, Espanha, e dedicam-se ao transporte nacional e internacional de mercadorias. No cômputo global, a Tank Hurt, a Cisternas Hurtrans e a Hijos de Román Bono Guarner contam com cerca de 240 trabalhadores e ainda com uma frota de 290 cisternas, 23 camiões rígidos e 215 camiões tratores.

“A J+Legal tem vindo a acompanhar a Transportes Paulo Duarte em diversas áreas e, em particular, no seu processo de expansão e internacionalização do seu negócio, através da aquisição das referidas sociedades“, refere a firma em comunicado.

Participaram na transação as equipas de Societário e M&A e Tax, coordenadas, respetivamente, pelos sócios José Diogo Horta Osório e Jaime Carvalho Esteves, contando ainda com a intervenção dos associados sénior Lourenço Côrte-Real e Manuel da Gama Quaresma e da advogada estagiária Carolina Serrano Correia. As operações contaram ainda com a assessoria jurídica e fiscal da PricewaterhouseCoopers Tax & Legal de Espanha, enquanto local counsel.

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PS junta-se à direita e chumba alterações à lei laboral para combater precariedade

Diploma do PCP que limitava contratos a prazo e revertia polémico alargamento do período experimental foi chumbado na especialidade, com votos contra do PS e da direita.

O PS juntou-se à direita para chumbar, na especialidade, o projeto de lei do PCP que visava combater a precariedade e reforçar os direitos dos trabalhadores, através da limitação dos contratos a prazo e da reversão do polémico alargamento do período experimental. Em causa está um diploma que tinha merecido o voto favorável dos socialistas na generalidade, antes do verão.

Na reunião desta quarta-feira da Comissão de Trabalho e da Segurança Social, o deputado Fernando José explicou que o PS viabilizou este projeto, em junho, no sentido de haver uma “discussão ampla” da lei laboral, até no âmbito da Agenda do Trabalho Digno. Ora, como esse pacote de alterações ao Código do Trabalho ainda está em consulta pública e a Assembleia da República está na iminência de ser dissolvida, na sequência da reprovação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, os socialistas entendem que “não faz sentido” avançar, neste momento, com as medidas propostas pelo PCP.

O diploma do PCP que foi chumbado — com os votos desfavoráveis do PS, PSD e CDS-PP e com os votos favoráveis do PCP e do BE — previa a revogação dos contratos especiais de muito curta duração, a fixação do limite máximo de duas renovações dos contratos a termo certo, a limitação dos contratos a termo incerto a quatro anos, o reforço do mecanismo de presunção do contrato de trabalho (acrescentando dois pressupostos passíveis de serem usados para esse fim), a criação de sanções económicas, fiscais e contributivas para os empregadores que promovam a precariedade e a reversão do alargamento do período experimental para jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.

“Com esta iniciativa, pretendemos responder à realidade de precariedade que atinge centenas de milhares de trabalhadores no nosso país“, frisou a comunista Diana Ferreira esta quarta-feira, ainda antes da votação na especialidade que acabou por determinar a rejeição deste projeto de lei. A deputada criticou, depois, a incoerência entre as palavras de preocupação dos socialistas em relação à precariedade e o sentido de voto expresso esta manhã.

Já à direita, o PSD sublinhou que estas matérias devem ser discutidas em Concertação Social, daí terem votado desfavoravelmente as mudanças em causa ao Código do Trabalho. De notar que as os parceiros sociais foram ouvidos pelos deputados da Comissão de Trabalho, no âmbito desta iniciativa legislativa, tendo as confederações patronais mostrado forte oposição contra as medidas propostas pelos comunistas.

Pensões de pessoas com deficiência vão ter menos cortes

Os deputados da Comissão de Trabalho e Segurança Social aprovaram esta quarta-feira a criação de um regime de antecipação da pensão de velhice por deficiência para quem tenha, pelo menos, 60 anos, um grau de incapacidade igual ou superior a 80% e pelo menos 15 anos de carreira contributiva constituída com a situação de deficiência e o referido grau de incapacidade.

O projeto de lei que mereceu “luz verde” na especialidade prevê ainda que, no cálculo da pensão atribuída neste âmbito, não é aplicável o corte do fator de sustentabilidade (hoje fixado em 15,5%), nem a penalização por antecipação face à idade normal de reforma (0,5% por cada mês antecipado). Fica também fixado que o Governo procede à regulamentação deste novo no prazo de 180 dias.

Por outro lado, foi aprovada a aplicação do princípio do tratamento mais favorável às pensões já aprovadas mas ainda não deferidas que se encaixem neste regime, bem como a norma que dita que esta lei entrará em vigor só com o próximo Orçamento do Estado, o que não deverá acontecer antes do final da primavera de 2022.

O Bloco de Esquerda e o PCP tinham outras propostas para estas pensões, mas acabaram por ser todas chumbadas, isto é, só foram aprovados os contornos sugeridos pelos socialistas.

(Notícia atualizada às 11h37)

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Thomas Gunther assume liderança da Volkswagen Autoeuropa a 1 de dezembro

Thomas Gunther é o nome escolhido para liderar a Volkswagen Autoeuropa, assumindo funções a 1 de dezembro. Miguel Sanches passa a vice-presidente de operações da Volkswagen no Brasil e mercado SAM.

Thomas Hegel Gunther assume a partir de 1 de dezembro a direção-geral da Volkswagen Autoeuropa. Miguel Sanches assume a função de vice-presidente de operações da Volkswagen do Brasil e região SAM (América do Sul), anunciou a companhia automóvel alemã.

Na Volkswagen desde 2000, Thomas Hegel Gunther juntou-se à marca automóvel através de um programa de formação internacional. Trabalhou na área de carroçarias, na fábrica de Wolfsburg, entre 2001 e 2004, tornando-se, no ano segujnte, assistente das áreas de produção e componentes. Entre 2007 e 2013, desempenhou diversos cargos de gestão na área de componentes, tendo assumido no mesmo ano a gestão da unidade de negócios de peças plásticas.

Em 2015, o profissional assumiu o cargo de CEO da SITECH Sp. na Polónia (unidade da Volkswagen Group Components responsável pelo fornecimento de bancos) e de porta-voz do conselho de administração da SITECH Sitztechnik GmbH. Era, desde 2018, responsável pelo controlo de produção e logística da marca Volkswagen, informa a companhia em nota de imprensa.

À frente da Autoeuropa Volkswagen desde março de 2016, Miguel Sanches liderou o lançamento do T-Roc e o crescimento da fábrica de Palmela até ao valor máximo de 254.600 unidades produzidas em 2019.

O profissional — que transita para novas funções no mercado do Brasil e região SAM –, juntou-se à unidade de Palmela em 1993. “Em 2009 assumiu a função de diretor de produção, após ter ocupado diversos cargos nas áreas de montagem e construção de carroçarias. Em 2011 mudou-se para a Volkswagen do México como diretor de produção, tendo em 2014 assumido a vice-presidência de produção e logística”, informa a marca automóvel.

Nas suas novas funções na Volkswagen do Brasil e região SAM terá como responsabilidade a gestão das unidades de produção do Grupo Volkswagen no Brasil e na Argentina.

A Autoeuropa, com mais de 5.200 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do PIB e 4,7% das exportações portuguesas. A unidade de Palmela produz o SUV T-Roc e o monovolume Volkswagen Sharan.

No último ano, a falta de semicondutores, que tem penalizado a indústria automóvel nacional, levou a várias paragens de produção na unidade de Palmela.

(notícia atualizada às 10h43)

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SAD do Sporting de Braga e do Vitória de Guimarães alvo de buscas

Fisco e Ministério Público estão a realizar diligências na SAD do Sporting de Braga e do Vitória de Guimarães, bem como a advogados e dirigentes. Em curso estão duas dezenas de buscas.

A SAD do Sporting Clube de Braga e do Vitória de Guimarães estão a ser alvo de buscas por parte da Autoridade Tributária e do Ministério Público (MP), avançou a RTP e confirmou o Ministério Público.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) explica que estão em curso cerca de duas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias. Advogados e dirigentes também estão a ser alvo destas diligências. Entre eles está Bruno de Macedo, ex-responsável jurídico do clube, e António Salvador, presidente do Braga.

Estas diligências decorrem também em instalações de Sociedades Anónimas Desportivas, em empresas e em escritório de advogados. Nas buscas estão a participar um magistrado judicial, cinco magistrados do MP, quatro dezenas de efetivos da AT e cerca cinquenta militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR.

Segundo o DCIAP, em causa estão suspeitas de negócios simulados, celebrados entre clubes de futebol e terceiros, que tiveram em vista a ocultação de rendimentos do trabalho dependente, sujeitos a declaração e a retenção na fonte, em sede de IRS, envolvendo jogadores de futebol profissional. Os valores envolvidos rondarão os 15 milhões de euros.

“Os factos em investigação são suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal, fraude à segurança social e branqueamento de capitais. As mesmas diligências foram ordenadas na sequência da análise do material apreendido no decurso das buscas realizadas em março de 2020, na designada Operação Fora de Jogo”, explicou o DCIAP.

A Operação Fora de Jogo está a cargo do procurador Rosário Teixeira e do juiz de instrução Carlos Alexandre.

Foi em março de 2020 que se deu o “pontapé de saída” nesta investigação. Nesta data, o MP realizou 76 buscas — incluindo às SAD do Benfica, Sporting e FC Porto — e constituiu 47 arguidos num caso sobre contratos celebrados com jogadores e o pagamento de comissões a agentes desportivos, realizados desde 2015. As autoridades tributárias de Espanha, França e Reino Unido estarão a colaborar com Portugal nesta investigação.

(Notícia atualizada às 11h10)

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