Laura Alves sobe à liderança do brand marketing ibérico da rede Ibis do Grupo Accor

A profissional tem, agora, a seu cargo quase uma centena de hotéis em toda a rede ibérica.

Laura Alves, brand marketing manager em Portugal e Espanha das marcas Eco & Super-Eco do Grupo Accor

As marcas Eco & Super-Eco do Grupo Accor (Ibis, Ibis Styles e Ibis budget) têm uma nova brand marketing manager em Portugal e Espanha. Depois de cinco anos como brand marketing manager da família Ibis em Portugal, Laura Alves foi promovida, passando a ter a seu cargo 97 hotéis em toda a rede ibérica.

“Foi com entusiasmo que aceitei este novo desafio do Grupo Accor, uma vez que as marcas do setor económico continuam a ser estratégicas e a ter um enorme potencial no mercado. Temos insígnias fortes e carismáticas, e por isso o meu objetivo é continuar a trabalhar o seu posicionamento e diferenciação, enriquecendo a experiência do cliente no mercado ibérico”, afirma Laura Alves, em comunicado.

Com mais de 15 anos de experiência profissional, Laura Alves tem-se dedicado sobretudo às áreas de marketing, comunicação e gestão de marcas. É Licenciada em marketing e publicidade pelo IADE, tendo iniciado a sua carreira na área das tecnologias e eletrónica de consumo. Samsung, Amorim, Cepsa, EDP, Vodafone e Phone House são algumas das empresas que fazem parte do seu currículo.

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Câmara de Lisboa aprova proposta para travar Linha Circular do Metro

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Proposta do PCP foi aprovada com os votos a favor do PSD, CDS e Bloco. Responsabilidade das obras é do Governo, mas Câmara de Lisboa tenta pressionar para uma desistência dos planos.

A Câmara de Lisboa (CML) aprovou esta quarta-feira uma proposta do PCP para recomendar ao Governo a suspensão imediata das obras da Linha Circular do Metro de Lisboa, avança o Expresso. A decisão cabe unicamente ao Governo mas, com esta votação, a autarquia liderada por Carlos Moedas pressiona, assim, o Executivo a parar com os trabalhos.

A proposta dos comunistas foi aprovada esta manhã com os votos a favor do PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda e os votos contra do PS e do Livre. Além disso, na mesma reunião, foi aprovada uma moção do PCP que inclui um pedido para que o Governo não assine a concessão da obra dos viadutos do Campo Grande (que servirá para fechar o círculo do “novo” metro), diz aquele jornal.

Esta oposição de Carlos Moedas à Linha Circular não é novidade. Há cerca de sete meses, o novo presidente da CML escreveu no Twitter que a Linha Circular “é mais uma imposição de Fernando Medina e do PS” e que o investimento de 210 milhões de euros que está previsto será feito “contra a vontade da maioria dos lisboetas e dos restantes partidos”.

A Linha Circular do Metro de Lisboa prevê a criação de duas novas estações na parte sul da cidade — Estrela e Santos — ligando o Rato ao Cais do Sodré.

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Consórcio quer investir 57,4 milhões na produção de insetos

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Grupo de 38 empresas e centros de investigação quer colocar Portugal na vanguarda da indústria dos insetos. Plano prevê construção de quatro fábricas e aposta na investigação e desenvolvimento.

Chama-se Agenda InsectERA, reúne 38 empresas e centros de investigação, e espera criar 140 novos postos de trabalho e chegar aos 23 milhões de euros de receita em 2025, ano em que estará concluído o plano de investimentos para colocar Portugal na vanguarda da indústria dos insetos.

O consórcio, cuja criação foi anunciada esta terça-feira, pretende “desenvolver a industrialização, comercialização e exportação de produtos inovadores à base de insetos, com soluções para a área alimentar (animal e humana), indústrias da cosmética e dos bioplásticos, bem como para o setor da biorremediação, através da criação de soluções de valorização de resíduos orgânicos”, segundo o comunicado divulgado.

O investimento, com um horizonte de quatro anos, prevê um investimento total de 57,4 milhões de euros, dos quais 25,6 milhões serão canalizados para investigação e desenvolvimento (I&D) e 29,5 milhões de euros para investimento produtivo. As entidades do consórcio contribuem com 19,3 milhões para o bolo.

Segundo o comunicado, o dinheiro será usado na criação de três novas fábricas de produção de insetos, a criação de uma fábrica de produção de quitosano e de um centro logístico. O objetivo é conseguir “a industrialização de, pelo menos, 43 novos produtos e serviços à base de insetos para o mercado”.

“Os insetos são uma solução que vem reforçar a sustentabilidade ambiental no setor agroalimentar, trazendo mais eficiência à cadeia de valor e maior respeito pela utilização de recursos naturais”, aponta Daniel Murta, porta-voz da Agenda InsectERA, citado no comunicado. “Com o envolvimento de todo o setor agroalimentar poderemos colocar Portugal na vanguarda desta indústria, protegendo o know how português e elevando a tecnologia nacional a outro patamar”, acrescenta o também CEO da Ingredient Odissey.

O consórcio envolve três produtores de insetos em Portugal (Ingredient Odissey, Thunderfoods e The Cricket Farm Co.), a consultora de inovação tecnológica INOVA+, os laboratórios colaborativos B2E CoLab, Colab4Food, FeedInov CoLab e IPlantProject CoLab e as empresas Auchan, Mendes Gonçalves, Agromais, Silvex, Mesosystems, Sorga, Savinor, Nutrifarms, PetMaxi, Sensetest, Solfarco, entre outras.

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Responsabilidade Civil Saúde: profissionais mais seguros

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 17 Novembro 2021

R.C. Medical Malpractice (Saúde) oferece como cobertura base a R.C. Profissional protegendo o património do profissional de saúde ou do Centro de Saúde por danos ou prejuízos causados a terceiros.

O regime de responsabilidade que se estabelecem entre os hospitais públicos integrados no SNS e os respetivos utentes é, necessariamente, o da Lei n.º 67/2007, de 31 de Dezembro, relativa ao regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais entidades públicas. Desta forma, o hospital público responde (extracontratualmente) − e “exclusivamente” − pelos danos causados pelos médicos com “culpa leve” (cfr. art. 7.º, n.º 1 do regime).

Por outro lado, no âmbito de uma atuação médica praticada em clínica privada, os tribunais judiciais são os competentes e vigoram as normas do Código Civil, incluindo as regras sobre o contrato de prestação de serviços (arts. 1154º seguintes).

Até há pouco tempo pouco se discutia sobre esta responsabilidade. O médico era uma figura mítica, um benfeitor que intervinha sempre para o bem do doente, mas atualmente assistimos a uma maior consciencialização das pessoas em geral para as questões de negligência médica e uma atuação mais efetiva da entidade reguladora da saúde que vem já constatando práticas negligentes nas unidades hospitalares de Portugal.

Os profissionais de saúde, quer sejam médicos, auxiliares, enfermeiros, veterinários, dentistas, etc, ao exercer a sua profissão, independentemente de qual for a sua área de atuação, estão sujeitos a eventuais falhas. E por mais que o profissional exerça o seu trabalho com dedicação e seriedade, em algum momento, algo pode não sair exatamente como previsto e, sem intenção, é possível acabar causando um dano a outra pessoa.

"O seguro Responsabilidade Civil Profissional Saúde cobre não só os possíveis danos provocado pelo profissional evitando que a situação não lhe cause prejuízos financeiros como também protege a sua imagem/reputação.”

A medicina cada vez mais se concentra estritamente nos avanços da tecnologia e da ciência ignorando ou minorando os seus perigos, começando os prestadores de cuidados de saúde a serem avassalados por processos disciplinares e judiciais.

Para que estes profissionais possam exercer a sua profissão com tranquilidade, existem certos seguros, como o RC Profissional, que os protegem em circunstâncias deste tipo. A apólice cobre não só os possíveis danos provocado pelo profissional evitando que a situação não lhe cause prejuízos financeiros como também protege a sua imagem/reputação.

Este tipo de seguros não estão apenas disponíveis para os profissionais de saúde mas também para sociedades (clínicas, hospitais, centros de estética e beleza / tatuagens, farmácias, clínicas veterinárias, laboratórios, etc…)

Que tipo de coberturas pode oferecer uma apólice de Responsabilidade Civil Profissional Saúde (Medical Malpractice)?

As apólices de Responsabilidade Civil Medical Malpractice (Saúde) oferecem como cobertura base a Responsabilidade Civil Profissional protegendo o património do profissional de saúde ou do Centro de Saúde por danos ou prejuízos causados a terceiros por não ter atuado com a perícia, prudência e a diligência que estavam ao seu alcance (violação da artis legis).

Existem várias outras coberturas de caráter opcional como o Dano Estético (para clínicas de cirurgia estética ou com técnicas invasivas), Inibição de exercício de profissão, Instalações Radioativas, Responsabilidade Civil Exploração, Poluição ou Contaminação Acidental, Responsabilidade Civil Produtos, Proteção de Dados Pessoais, entre outras.

Outra das coberturas opcionais importantes é a defesa do nosso segurado no caso de reclamação manifestamente infundada relativa a atos alegadamente dolosos para defesa de dano à reputação do profissional.

A Berkley disponibiliza em Portugal sete wordings de RC Profissional base específicos, dependendo da atividade/especialidade, o que facilita muito o entendimento das apólices por parte dos clientes já que se revêm no wording que está adaptado à sua especialidade médica.

  • Centros de Estética e Beleza / Cirurgia Plástica / Implante Capilar (desde esteticistas, cabeleireiros, centros de depilação);
  • Clínicas sem internamento (dentárias, oftalmológicas, fisioterapia e de reabilitação, centros de imagem e diagnóstico, consultórios de especialidades médicas com ou sem cirurgia, laboratórios de análises clínicas, Gabinetes de psicologia e de logopedia, ect….);
  • Veterinários;
  • Clínicas com internamento e hospitais;
  • Médicos;
  • Outros profissionais de saúde (enfermeiros, logopedista, psicólogos, óptico-optometrista, técnico de prótese dentária, farmacêutico, técnico de laboratório, podólogo, nutricionista, fisioterapeuta, quiromassagista, osteopata, etc…);
  • Terapêuticas não convencionais.

Concluindo, as casuísticas são inumeráveis e, apesar de que, tanto os profissionais de saúde como os centros de saúde realizam o seu trabalho com enorme cuidado, podem surgir acidentes inesperados que podem ir desde a queda de um doente, intoxicações alimentares, utilização inadequada de um determinado equipamento, situações relacionadas com a proteção de dados tanto dos doentes como dos empregados, até uma situação de responsabilidade por má prática médica.

Tendo em conta todos estes riscos, a Berkley aconselha a este tipo de profissionais e centros de saúde tratarem com os seus mediadores a transferência destes riscos para uma companhia de seguros, acautelando, através de uma apólice de Responsabilidade Civil Profissional, o seu património e evitar dores de cabeça!

Para mais informações, visite o site da Berkley Portugal.

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BCE alerta para risco de correções em alguns mercados imobiliários da Zona euro

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

O BCE diz que "a recuperação económica na Zona Euro reduziu os riscos a curto prazo para a estabilidade financeira", mas alerta que o risco de correções em alguns mercados imobiliários aumentou.

O Banco Central Europeu (BCE) alertou esta quarta-feira para o risco de correções nos mercados imobiliários de alguns países da Zona Euro e em alguns ativos financeiros, que estão sobrevalorizados.

No Relatório de Estabilidade Financeira de novembro de 2021, o BCE afirma que “a recuperação económica na Zona Euro reduziu os riscos a curto prazo para a estabilidade financeira relacionados com a pandemia”, mas que “o risco de correções de preços em alguns mercados imobiliários e financeiros aumentou”.

Os problemas em alguns mercados imobiliários residenciais aumentaram, especialmente em países onde as avaliações já eram elevadas antes da pandemia.

O BCE recomenda políticas macroeconómicas que previnam e atenuem os riscos nos mercados imobiliários destes países. Estas políticas incluem tipicamente medidas como obrigar os bancos a deter capital suficiente para reforçar a solvabilidade do sistema bancário em fases de crescimento excessivo do crédito (amortecedor de capital contracíclico) e estabelecer limites e condições para a concessão de empréstimos.

A procura dos investidores aumentou nos segmentos mais arriscados dos mercados financeiros globais, por exemplo, no das criptomoedas.

A entidade monetária também alerta para a sobrevalorização de alguns ativos, o elevado nível da dívida pública e privada e o facto de as empresas financeiras que não são bancos estarem a assumir mais riscos.

Os riscos de taxas elevadas de insolvências de empresas e perdas bancárias são significativamente mais baixos do que há seis meses, mas os riscos da pandemia não desapareceram completamente“, afirmou o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, ao apresentar o relatório numa conferência de imprensa virtual.

Os lucros das empresas da Zona do Euro recuperaram à medida que a economia recuperou no primeiro semestre do ano. “Em parte devido a isto, as insolvências das empresas ficaram abaixo dos níveis pré-pandemia, embora tenham aumentado nos setores económicos mais afetados pela pandemia e possam aumentar ainda mais”, afirma o relatório do BCE.

Os problemas de abastecimento e o aumento dos preços da energia poderiam criar “desafios à recuperação económica e às perspetivas de inflação”, observa o relatório.

Os fundos de investimento, seguradoras e fundos de pensões aumentaram a sua exposição à dívida empresarial de baixa notação e poderão sofrer grandes perdas se as condições no setor empresarial piorarem.

Os fundos de investimento estão também altamente expostos ao risco de liquidez. As avaliações de mercado dos bancos da zona Euro regressaram aos níveis pré-pandemia. As perdas bancárias têm sido baixas, embora ainda possam ocorrer algumas relacionadas com a pandemia.

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Luís Guimarães premiado nos “PCIAW Awards 2021” pela liderança sustentável

O CEO do grupo Polopique foi premiado no âmbito dos "Industry Recognition Awards", na categoria de "Lifetime Achievement".

Fábrica 2030 - Portugal e a Reindustrialização Europeia - 24NOV20
Luís Guimarães, CEO do grupo PolopiqueHugo Amaral/ECO

O CEO do grupo Polopique, Luís Guimarães, foi distinguido nos “PCIAW Awards 2021” no âmbito dos “Industry Recognition Awards”, na categoria de “Lifetime Achievement”. A cerimónia decorreu no Hilton London Metrope, onde se aplaudiram as pessoas e empresas que estão a inovar através do vestuário profissional.

O gestor português foi “premiado pela sua liderança sustentável do Grupo Polopiqué”, justifica a Professional Clothing Industry Association Worldwide (PCIAW), no site dos prémios.

Na mesma categoria, foi distinguido Phil Newman, CEO da Cobmex, Karen Burrows, managing director da Madeira UK, e também David Toon, managing director da Alsico Laucuba.

Já nos prémios atribuídos às empresas, na categoria de “Best PPE Innovation in Clothing”, a vencedora foi a Milliken & Company. A Highly Commended: Hunter Apparel Solutions venceu o prémio “Services to the Pandemic” e a Highly Commended: Carrington Textiles foi distinguida com o prémio “Best Fabric & Fibre Innovation”

Clique aqui para conhecer os vencedores de todas as categorias dos “PCIAW Awards 2021”.

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Concorrência defende “particular vigilância” aos “cartéis de crise” que tentam manter preços altos

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A Autoridade da Concorrência defende "manter uma particular vigilância" relativamente aos “cartéis de crise” que " concordam em reduzir a capacidade e mantêm os preços elevados”.

A presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) alertou esta quarta-feira para a necessidade de uma “particular vigilância” em relação aos “cartéis de crise”, em que as empresas afetadas por uma retração económica se articulam para manter os preços altos.

“No contexto atual, a aplicação da lei da concorrência na luta contra os cartéis é mais importante do que nunca”, afirmou Margarida Matos Rosa, explicando que o reforço global da despesa pública em curso para fomentar a recuperação económica, a adaptação a novos padrões digitais e ambientais e a revisão dos modelos de negócio pelas empresas podem potenciar “comportamentos de colusão”.

“Todos estes fatores contribuem para que estejamos atualmente num contexto que pode induzir comportamentos de colusão. Por isso, temos de manter uma particular vigilância em relação aos chamados cartéis de crise, que são aqueles em que as empresas afetadas por uma crise concordam em reduzir a capacidade e mantêm os preços elevados”, acrescentou.

Margarida Matos Rosa falava na abertura do Cartel Workshop da ICN (International Competition Network, Rede Internacional de Concorrência), um fórum de discussão entre autoridades da concorrência e peritos não-governamentais que, este ano, é organizado em Lisboa pela AdC e reúne (num modelo misto, presencial e ‘online’), mais de 500 especialistas no combate a cartéis de mais de 50 jurisdições, incluindo EUA, Alemanha e França.

Salientando que “tudo isto ocorre num momento em que muitas famílias e empresas se encontram numa situação de vulnerabilidade financeira”, a presidente da AdC destacou que os organismos competentes têm de “estar empenhados em que os esforços dos contribuintes, famílias e empresas não sejam apropriados de forma indevida pelos membros de um cartel”.

“Como o fazemos? Temos de nos manter focados e atualizados sobre todas as dimensões da aplicação da lei sobre cartéis: prevenção, deteção, investigação e sanções dissuasoras”, sustentou.

De acordo com a líder do regulador, “a luta contra os cartéis está no cerne da aplicação da lei da concorrência”, e por isso a AdC tem mantido “o combate aos cartéis” como a sua “principal prioridade”.

Daqui resultaram, nos últimos cinco anos, sanções a “dezenas de empresas e associações de empresas”, “num total de mais de 900 milhões de euros de coimas aplicadas”, das quais “mais de 80% respeitaram a práticas horizontais ilegais”.

“A concorrência é um catalisador para uma recuperação económica com maior inovação, mais inclusiva e mais resiliente. Por isso, precisamos de mais, não menos, concorrência nas nossas economias”, realçou.

Reiterando que “a aplicação da lei da concorrência e o combate aos cartéis permitem uma recuperação económica mais forte”, Margarida Matos Rosa disse serem muitas as “dimensões em que a recuperação económica e o combate aos cartéis se cruzam”, sendo os cartéis de crise um desses casos.

Outro dos exemplos avançados pela presidente da AdC foram os “cartéis nos mercados de trabalho”, em que “as empresas podem conluiar-se para coordenar as suas estratégias nos mercados de trabalho, nomeadamente ao envolverem-se em acordos de não angariação de trabalhadores e de fixação de salários, ou mesmo coordenar estratégias de despedimento de trabalhadores”.

“Os empregadores devem adotar uma conduta independente e concorrencial. Ao fazê-lo, estarão a contribuir para níveis mais elevados de eficiência e inovação, que são ainda mais essenciais num contexto de recuperação económica”, defendeu.

Outro aspeto que, segundo Margarida Matos Rosa, contribui para uma recuperação económica mais resiliente é o “combate à colusão entre concorrentes na contratação pública”.

“Com os níveis de investimento público a elevarem-se, é fundamental evitar o desperdício de fundos devido à falta de concorrência nos procedimentos de contratação pública. É assim crucial assegurar que os concursos públicos sejam concebidos de forma eficiente, de modo a que promovam a participação do maior número possível de empresas e a concorrência”, disse, acrescentando: “Isto também reduz o risco de se formarem cartéis para o concurso”.

Neste sentido, a AdC disse ter em curso uma campanha de combate aos cartéis nos concursos públicos que “teve já vários resultados positivos, desde um aumento na quantidade e qualidade das informações reportadas até mais procedimentos de contratação pública com desenho mais eficiente”, tendo levado “à abertura de importantes investigações em setores como a manutenção ferroviária, e, mais recentemente, em serviços de segurança e vigilância e dois no setor da saúde”.

Finalmente, a líder da Autoridade da Concorrência apontou como “a investigação e sanção de cartéis em setores com impacto direto nas famílias é particularmente relevante em tempos de crise económica”.

“Na AdC temos sancionado acordos de hub-and-spoke no setor da grande distribuição”, referiu, recordando que o organismo “emitiu quatro decisões sancionatórias sobre este tipo de práticas nos últimos 11 meses” e salientando que “estes esquemas privam os consumidores de mais escolha e melhores preços em muitos bens essenciais”.

Em cima da mesa de debate no Cartel Workshop da ICN, que decorre desta quarta-feira até sexta-feira, estará também a eficácia dos meios de investigação das autoridades de concorrência na sua missão de prevenir e combater os acordos anticoncorrenciais, num contexto em que a tecnologia digital “mudou os modelos de negócio e a forma como as empresas e as autoridades de concorrência trabalham”.

Outro dos temas em discussão será o dos “desafios futuros na aplicação da Lei da Concorrência, com enfoque na era digital”, em que “é importante compreender a utilização de algoritmos e de inteligência artificial, incluindo no combate aos cartéis”.

Margarida Matos Rosa terminou a sua intervenção reconhecendo o “compromisso contínuo” das várias autoridades presentes “na aplicação da lei da concorrência durante a pandemia, incluindo a realização de diligências de busca e apreensão”.

“Demonstraram que as autoridades da concorrência são instituições determinadas, dissuasoras e transparentes. Juntos, garantimos um combate aos cartéis robusto durante este período. Mantivemos a perceção dos riscos decorrentes de comportamentos ilegais mais elevada do que as potenciais recompensas”, rematou.

Segundo dados da AdC, em 2021 o regulador aplicou coimas superiores a 120 milhões de euros em oito decisões condenatórias e quatro notas de ilicitude relativas a ‘hub-and-spoke’, cartéis e ‘gun-jumping’ em setores como a saúde e contratos públicos.

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Fintech mais valiosa da Europa chega a Portugal para pagar compras em três prestações

Através da aplicação do banco sueco, os portugueses podem fazer compras online e pagar em três prestações sem juros e taxas de adesão. Só por dia, a Klarna transaciona mais de dois milhões de compras.

A Klarna, que é a fintech mais valiosa da Europa avaliada em 45,6 mil milhões de dólares, acaba de entrar em Portugal e quer revolucionar o pagamento das compras online. Através da aplicação do banco sueco, os utilizadores portugueses podem fazer compras online e pagar em três prestações, sem juros ou taxas. De 35 aos mil euros, os portugueses podem comprar artigos de moda, eletrónica, viagens, desporto, acessórios, jóias, jogos, reservas de hotéis, bilhetes para espetáculos culturais, entre muitos outros.

O head of business development da Klarna em Portugal, Alexandre Fernandes Ribeiro, conta ao ECO que vão lançar em Portugal o produto da Klarna “com mais sucesso – o pague em três”. “Os consumidores portugueses podem comprar online através da aplicação e dividir a compra em três pagamentos iguais, sem juros e sem qualquer taxa de utilização da Klarna”, adianta.

O banco sueco conta com mais de 90 milhões de consumidores, sendo que 18 milhões de pessoas utilizam a aplicação Klarna mensalmente em todo o mundo. A fintech trabalha com mais de 250 mil marcas, incluindo H&M, IKEA, Samsung, Nike, AliExpress, Amazon, Ryanair, EasiJet, Fnac, Media Market, Worten, El Corte Inglês, entre muitas outras. Só por dia transaciona mais de dois milhões de compras.

Os portugueses podem utilizar a app da Klarna para fazer compras em qualquer loja online, independentemente de serem parceiros da Klarna. “Temos uma função na app que se chama shopanywhere. O cliente pode comprar em qualquer marca e fazer a compra através da aplicação”, sublinha Alexandre Fernandes Ribeiro.

“As pessoas merecem uma maneira muito melhor de comprar, pagar e fazer operações bancárias. É uma forma de as pessoas terem mais controlo, mais opções e mais flexibilidade. O nosso objetivo é dar os consumidores portugueses uma forma mais sustentável e mais responsável de fazer compras e pagamentos. De uma maneira fácil, intuitiva e clara”, explica Alexandre Fernandes Ribeiro.

Os consumidores podem pagar com a Klarna Portugal artigos entre os 35 e os 1.000 euros, mas o valor pode ser ligeiramente superior dependendo se o retalhista vende bens de maior valor, como por exemplo móveis ou computadores.

“A Klarna é para qualquer pessoa que queira maior flexibilidade no momento de gerir as suas finanças. O consumo médio, por compra, com a Klarna no sul da Europa é de 65 euros”, realça o head of business development da Klarna em Portugal.

Como funciona o pagamento?

Através da app Klarna, o consumidor escolhe o que quer comprar e no momento de pagar seleciona o botão rosa “pagar com a Klarna”. A Klarna vai perguntar qual o valor da compra – e vai ler o mesmo diretamente do website onde o consumidor está a comprar. O utilizador confirma o valor e a Klarna vai gerar um cartão de crédito de um só uso e pagar o valor na totalidade à marca.

Alexandre Fernandes Ribeiro conta que dentro de aplicação, o consumidor pode gerir o plano de pagamento. “O consumidor pode pagar antes do tempo ou pode adiar o pagamento da prestação por dez dias, sem qualquer taxa“.

Os portugueses podem ainda comprar com a Klarna através dos websites dos parceiros que trabalham diretamente com o banco sueco. O consumidor adiciona o produto ao carrinho e no momento de pagar só tem que carregar no botão “pagar com a Klarna”.

Aplicação KlarnaKlarna

O gestor conta que o banco sueco vai atuar em duas vertentes em Portugal: trazer para Portugal os players globais que já trabalham com a Klarna no estrangeiro, como a Adidas, H&M, Michael Kors, entre outros. E estabelecer parcerias com marcas portuguesas que já trabalham com a Klarna em outros mercados como a Salsa, Parfois, etc. “Estamos também a discutir com outras grandes marcas de consumo para integrar a Klarna”, afirma.

Como é que consumidor sabe se é elegível ou não? O head of business development da Klarna em Portugal conta que a Klarna, através de um algoritmo, consegue perceber em micro segundos, se pode ou não emprestar o dinheiro a determinada pessoa. “Temos muita informação a nível de consumo, de comportamentos do consumidor e através do algoritmo conseguimos identificar se um cliente é elegível ou não para trabalhar com a Klarna”, pormenoriza.

Klarna tem planos ambiciosos para Portugal

Alexandre Fernandes Ribeiro conta que a empresa tem planos ambiciosos para Portugal. Para a fintech mais valiosa da Europa, “Portugal é um mercado chave na Europa”.

“A ideia é começar com um escritório em Lisboa, mas podemos abrir um segundo escritório em outra cidade. Vamos começar com uma equipa pequena de cerca de dez pessoas. No entanto, o objetivo é alargar a equipa nos próximos meses, quer através de contratações locais, quer através de transferências internas”.

O head of business development da Klarna em Portugal realça que a empresa quer apostar em Portugal e no talento português. “A Klarna tem o tamanho e a tecnologia suficiente para criar um campus tecnológico em Portugal. Os planos são muito ambiciosos para Portugal”, levanta a ponta do véu.

Portugal é um país com penetração de cartão de crédito muito baixa (30%, enquanto na Alemanha, por exemplo, a taxa de penetração de cartão de crédito é de 51%). “Isso é um bom dado porque sabemos que os portugueses não gostam de cartões de crédito. Em Portugal, a utilização de cartões de débito está a subir com emissões de 5,6%, enquanto os cartões de crédito estão a baixar com uma tendência inversa de 1,6%, de acordo com um estudo de sistemas e meio de pagamento de 2019 do Banco de Portugal.

“Estes dados mostram-nos que o português está à procura de formas diferentes de comprar. Quer ter acesso a soluções mais inovadoras, mais fáceis, mais digitais. E para isso que chegamos aos portugueses”, realça o head of business development da Klarna em Portugal,

Para o lançamento da Klarna ser possível, trabalharam no projeto cerca de 350 pessoas. Alexandre Fernandes Ribeiro conta que muitos desses colaboradores são portugueses e estão a trabalhar nos escritórios de Estocolmo e Berlim. “Faz parte da nossa vontade trazer os portugueses que estão a trabalhar na Klarna de volta ao seu país”.

Alexandre Fernandes Ribeiro começou a trabalhar em Portugal, em métodos de pagamento na TAP e na Amadeus. Nos últimos anos, passou pela Iberia. Vive em Madrid há seis anos e assume-se como apaixonado por e-commerce, métodos de pagamento e tendências de consumo. Nas experiências anteriores desenvolvia projetos de integração de métodos de pagamento para companhias áreas e agências de viagens.

Head of business development da Klarna em Portugal, Alexandre Fernandes Ribeiro

Quando percebeu que a Klarna tinha planos de expansão para Portugal, decidiu que era o “momento perfeito para juntar-se à empresa a ajudá-la a fazer crescer”. Está na equipa da Klarna há dois meses e em breve vai mudar-se para Portugal para trabalhar diretamente com os parceiros no país. “Estou super feliz por regressar a Portugal”, conclui.

A Klarna foi fundada em Estocolmo, Suécia, em 2005, com o objetivo de tornar mais fácil para as pessoas fazerem compras online. Passados 16 anos é líder global de prestação de pagamentos, serviços bancários e compras.

O banco sueco está presente em 18 mercados, conta com uma equipa com mais de quatro mil funcionários de 100 nacionalidades, e tem como clientes algumas das marcas líderes mundiais, como a H&M, ASOS, IKEA, Adidas, Samsung e Lufthansa.

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DBRS alerta que malparado vai aumentar com retirada de medidas de apoio

Não é certo o impacto da retirada das medidas avançadas devido à pandemia, mas deve levar a um aumento do malparado. A deterioração vai depender da recuperação económica dos países, diz a DBRS.

Os bancos portugueses conseguirar reduzir o crédito não produtivo (em inglês, non-performing loan ou NPL) durante a pandemia, sendo que isto, em conjunto com as provisões feitas, melhorou o rácio de cobertura dos bancos, sinaliza a agência de notação financeira DBRS. Ainda assim, é necessário esperar para ver os efeitos da reversão das medidas de apoio. Além disso, a DBRS nota também que Portugal tem ainda várias moratórias pendentes e é ainda incerto o efeito no crédito.

Os NPL brutos dos bancos portugueses da EBA “diminuíram significativamente entre o quarto trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2021 (-42%), também levando a uma melhoria no rácio de NPL para 4,2% no final do segundo trimestre de 2021 de 6,5% no final do quarto trimestre de 2019″, sinaliza a DBRS, num comentário onde analisou a situação de Itália, Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda e Chipre.

Além disso, os bancos portugueses também aumentaram as provisões desde o final do quarto trimestre de 2019, o que, juntamente com a redução do crédito malparado, “resultou na melhoria do rácio de cobertura dos bancos para 58,4% no final do segundo trimestre de 2021, de 50,1% no final do quarto trimestre de 2019”, acrescentam.

A agência de rating nota ainda que, enquanto Espanha, Irlanda, Grécia e Chipre “distribuíram uniformemente os NPLs entre famílias e empresas não financeiras”, nos NPL restantes na Itália e em Portugal as empresas não financeiras têm mais peso. Isto sugere um pipeline inclinado para as pequenas e médias empresas e empréstimos empresariais, em vez dos mutuários individuais, em Itália e Portugal.

Já olhando para as moratórias concedidas, os bancos abrangidos pela EBA em Portugal tinham 73% ainda pendentes no final do segundo trimestre de 2021, seguidos pelos bancos EBA na Itália (23% do total da moratória concedida) e em Espanha (13% do total da moratória concedida) no final do segundo trimestre de 2021.

Para fazer esta análise, a DBRS olhou também para a evolução de métricas chave, prevendo que o desemprego em Portugal tenha uma queda ligeira em 2022. O crescimento da economia portuguesa também será mais elevado no próximo ano, ao contrário dos restantes países analisados. Já nos preços dos imóveis, Portugal encontra-se bastante acima dos restantes países, tendo apresentado uma tendência crescente muito acentuada.

A DBRS conclui assim que a “resposta abrangente dos governos europeus e da CE tem sido até agora eficaz em impedir um aumento nos NPL” nestas jurisdições, no curto prazo. O desemprego e o imobiliário residencial “tiveram um desempenho melhor do que o esperado nestas jurisdições, com aumentos de preços imobiliários portugueses superiores a outras jurisdições”, sublinham.

A agência sublinha ainda que os efeitos da reversão das medidas de alívio ainda terão de ser avaliadas, sendo a expectativa que os NPL aumentem, mas “a deterioração dependerá de vários fatores, incluindo a plena recuperação económica do país”.

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Inflação passa barreira dos 4% na Zona Euro e na UE em outubro

Os preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação tendo contribuído com 2,21 pontos percentuais. Portugal tem a segunda taxa de inflação mais baixa da UE.

A inflação na Zona Euro está a acelerar à boleia da subida dos preços da energia, mas Portugal ainda tem a segunda taxa mais baixa (1,8%). A taxa de inflação na área do euro foi de 4,1% em Outubro, mais 0,7 pontos percentuais face ao mês anterior, mas mais 4,4 pontos em termos homólogos, de acordo com os dados do Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, entre os 27 Estados-membros, as taxas de inflação anuais mais baixam foram registadas, em outubro, em Malta (1,4%), Portugal (1,8%), Finlândia e Grécia (2,8% cada). E as mais altas na Lituânia (8,2%), Estónia (6,8%) e Hungria (6,6%). No conjunto da União a taxa de inflação atingiu os 4,4% em Outubro, um valor que compara com os 0,3% registados há um ano. Na Zona Euro, em outuro de 2020 a inflação estava em terreno negativo (-0,3%).

Os preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação, tendo contribuído com 2,21 pontos percentuais. Em segundo lugar surgem os serviços com um contributo de apenas 0,86 pontos percentuais. Já a alimentação, álcool e tabaco surgem em último com um contributo de 0,43 pontos.

Caso se excluíssem os preços da energia então a inflação é de 2%, ou seja, dentro do limiar definido pelo Banco Central Europeu. Mas são admitidos desvios temporários e moderados, por isso, Christine Largade já disse ser “muito improvável” o BCE subir juros no próximo ano. “Apesar da atual subida da inflação, as perspetivas para a inflação no médio prazo permanecem moderadas”, disse há duas semanas, tranquilizando os investidores que apostavam numa subida das taxas de referência do BCE para fazer face à escalada da inflação pressionando as yields da dívida da periferia, incluindo Portugal.

Um aperto indevido das condições de financiamento não é desejável numa altura em que o poder de compra já está a ser comprimido por maiores contas na energia e nos combustíveis, e representaria um vento contrário sem garantia para a recuperação”, justificou Christine Lagarde.

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Nação unicórnio, nómadas digitais e modelos híbridos. Nova Pessoas chega às bancas

  • Trabalho
  • 17 Novembro 2021

De país startup a nação unicórnio, nómadas digitais, modelos híbridos e semana de trabalho de quatro dias são alguns dos temas da nova edição da Pessoas.

As startups nacionais já levantaram mais de mil milhões de dólares, tanto quanto vale um unicórnio. E já são cinco em Portugal: Farfetch, Outsystems, Feedzai, Talkdesk e, mais recentemente, a Remote. Estará Portugal a cumprir a promessa de se transformar num país hub tech? O que falta para, do país startup, passarmos para a nação unicórnio? Na edição da revista Pessoas de novembro/dezembro, que fizemos a par e passo da Web Summit, fomos tentar descobrir estas respostas, junto de alguns dos fundadores dos unicórnios de ADN português, empreendedores e gestores.

Marcelo Lebre, cofundador, COO e CTO da Remote, conta os planos da empresa que pretende mudar o mundo do trabalho. Até ao final do ano quer estar em 80 países, no próximo ano dar emprego direto a mais de 1.500 pessoas e assegurar cobertura global com os seus serviços. Um longo caminho para o jovem de Anadia que estudou em Aveiro e teve de vir para Lisboa para ter mais oportunidades de trabalho.

“Senti muitas vezes que estava em Londres ou Barcelona. Sentir-me estrangeiro no meu próprio país, de ter forçosamente de ir para uma cidade que me era muito alienígena, não deveria ser obrigatório. É uma coisa que me motiva na Remote, é que eu não tive oportunidade de trabalhar onde queria”, diz.

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Quem tem oportunidade de trabalhar a partir de onde deseja são os nómadas digitais, para quem a casa ou o escritório pode ser qualquer lugar onde esteja o computador portátil e haja uma boa ligação à internet. Estes profissionais viajam enquanto trabalham, não estão presos a um lugar, horário ou, muitas vezes, empregador. Falámos Tadeu Marques, Gergana Yordanova e Raquel Silvestre sobre as suas experiências enquanto nómadas digitais, das oportunidades aos desafios.

Numa altura em que Governos e empresas em todo o mundo estão a testar uma redução na semana de trabalho, fomos ainda tentar perceber, junto de quem já experimentou (ou está nesse processo) em Portugal, quais os resultados dos pilotos. Quais as dificuldades, receios e vantagens que os empregadores veem na semana de trabalho de quatro dias? E como pode ser implementada na prática?

Como as empresas se estão a organizar nos modelos híbridos, retiros ecológicos que são uma atividade de team building, o potencial do talento com dislexia ou as tecnologias que estão a revolucionar o mercado de trabalho são outros dos temas que podem ser encontrados na edição de novembro/dezembro da Pessoas já nas bancas.

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PSD quer Comissão Permanente a reunir uma vez por semana após dissolução

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Após a dissolução do Parlamento, o líder parlamentar do PDS quer a Comissão Permanente a reunir uma vez por semana.

O líder parlamentar social-democrata defende o funcionamento da Comissão Permanente do Parlamento, a partir da dissolução da Asembleia da República. Adão Silva argumenta que o Governo não está demitido, vai estar em plenitude de funções e não pode deixar de ser fiscalizado pelos deputados, em declarações à Rádio Renascença (acesso livre).

Adão Silva realça que a Comissão Permanente tem diversos poderes atribuídos pela Constituição e que em tempos de pandemia pode ver a sua importância acrescida. Por exemplo, cabe à Comissão Permanente dar seguimento se o Presidente da República eventualmente decretar um novo estado de emergência.

A Comissão Permanente da Assembleia da República, órgão com menos deputados que o plenário e poderes limitados, entrará em funções quando o Chefe de Estado dissolver oficialmente o Parlamento, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022.

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