5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que é aprovada a lista final de candidatos a deputados do PS, acontecem as eleições dos órgãos associativos do Montepio Geral - Associação Mutualista.

No dia em que é aprovada a lista final de candidatos a deputados do PS, acontecem as eleições dos órgãos associativos do Montepio Geral – Associação Mutualista. Esta segunda-feira, destaque ainda para a publicação dos índices de produção, emprego e remunerações na construção e para as primeiras estimativas das contas da agricultura em 2021.

Comissão Nacional do PS aprova listas de candidatos a deputados

A Comissão Nacional do PS vai reunir-se esta segunda-feira para discutir e aprovar a lista final de candidatos a deputados que irão ser apresentados nas eleições legislativas de 30 de janeiro. De acordo com os estatutos dos socialistas, cabe às comissões políticas federativas de cada distrito aprovar cerca de dois terços dos candidatos a deputados. O restante terço é da responsabilidade direta do secretário-geral, António Costa.

Arrancam eleições no Montepio

Arrancam esta segunda-feira as eleições dos órgãos associativos do Montepio Geral – Associação Mutualista. As eleições decorrem até 17 de dezembro e acontecem por voto eletrónico ou voto presencial, deixando o local de voto de ser apenas a sede da Associação Mutualista, passando a existir três mesas centrais — duas em Lisboa e uma no Porto. Na corrida há quatro listas: Virgílio Lima (lista A), Pedro Corte Real (lista B), Eugénio Rosa (lista C) e Pedro Alves (lista D). Estas serão as primeiras eleições feitas sob a supervisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

INE publica índices de produção, emprego e remunerações na construção

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar esta segunda-feira os índices de produção, emprego e remunerações na construção em outubro, numa altura em que o setor tem alertado para os aumentos acentuados dos preços das matérias-primas e para a falta de mão-de-obra. Os dados mais recentes, referentes a setembro, indicam que os índices de emprego e de remunerações no setor registaram aumentos de 1,8% e 5,7% face ao ano passado, respetivamente.

Como evoluíram as contas da agricultura em 2021?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar esta segunda-feira as primeiras previsões para a evolução das contas económicas da agricultura em 2021. Os dados referentes a 2020 indicam que o rendimento da atividade agrícola caiu mais de 3%, naquele que foi o primeiro recuo desde 2011. Entre janeiro e outubro do ano passado, as exportações de produtos agrícolas aumentaram 6,2%, enquanto o total de exportações de bens decresceu 11,5%.

Sorteio dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões

Acontece esta segunda-feira o sorteio dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, que contará com as 16 equipas que passaram a fase de grupos da UEFA Champions League. O sorteio realiza-se na sede da UEFA, em Nyon, na Suíça, e tem início às 11h00 (hora de Lisboa). O Benfica e o Sporting estão confirmados como segundos classificados (não cabeças-de-série), tendo o FC Porto ficado de fora. A primeira mão disputa-se de 15 a 23 de fevereiro e a segunda mão de 8 a 16 de março, sempre às 20h.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centros tecnológicos do têxtil integram 25% dos projetos das agendas mobilizadoras

Dos 64 consórcios que passaram a primeira fase de seleção das Agendas Mobilizadoras, os centros tecnológicos do têxtil, o Citeve e Centi integram praticamente um quarto dos projetos.

O Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário (Citeve) e o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (Centi) integram um quarto dos projetos pré-candidatos aos apoios das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O diretor geral do Citeve diz que a taxa de pré-aprovações só demonstra que “a têxtil portuguesa é inovadora”.

“O Citeve e o Centi estão envolvidos em 25% das agendas mobilizadoras” pré-aprovadas. Em termos de orçamento, o Citeve teve 84% das propostas pré-selecionadas. “À exceção de dois projetos, todos envolvem têxteis”, adianta ao ECO Braz Costa, diretor geral do Citeve.

Projeto de gestão inteligente integrada da água dentro da indústria de têxtil e vestuário portuguesa, digitalização do setor, inovação verde para os automóveis, parque de inovação para a bio economia azul (produção têxtil através de matérias-primas do mar, como algas), projetos na área da embalagem e plásticos sustentáveis são algum dos exemplos pré-selecionados e que vão ter agora de passar à fase final. Isto porque os 64 consórcios pré-selecionados entre os 144 que se candidataram, representam um investimento de 9,7 mil milhões de euros, mas no PRR apenas estão reservados 930 milhões. Ainda que o Governo já tenha admitido recorrer à componente de 2,7 mil milhões de euros em empréstimos que está reservada em Bruxelas, caso a procura das empresas o justificasse. Mas a decisão caberá ao próximo Executivo.

Em termos acumulados, de janeiro a outubro do presente ano, as exportações de têxteis e vestuário ascenderam a 4.477 milhões de euros, tendo evoluído 1,5% face ao mesmo período de 2019, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).

Os investimentos das agendas mobilizadoras arrancam no verão de 2022. Pedro Siza Vieira já anunciou que “estes projetos têm de ser concretizados num horizonte relativamente curto, por isso é importante andarmos de forma tão célere quanto possível”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eleições no Montepio já arrancaram. O que está em causa?

Preparámos um guia com as datas, os candidatos, as propostas e a situação da maior mutualista do país.

O futuro da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) começou a ser decidido esta segunda-feira. Cerca de 480 mil associados já poderão votar a partir da aplicação de telemóvel M24 ou do site MyMontepio, ou então numa das três mesas centrais localizada em Lisboa (duas) e no Porto. Mais três dezenas mesas adicionais estarão abertas na quinta e sexta-feira nas capitais de distrito e nas cidades com mais associados. As urnas fecham na sexta-feira ao final da tarde, entre as 17h00 e 18h00. O vencedor será conhecido poucas horas depois.

São quatro os candidatos que vão a jogo: da atual administração candidata-se Virgílio Lima (Lista A), com o objetivo de “sedimentar a estabilidade do Montepio”. Estabilidade que os outros candidatos contestam e que pode levar a um apoio público.

Pedro Gouveia Alves lidera a Lista D ou a “Lista dos Quadros” e é o principal concorrente a Virgílio Lima. Apresenta-se nesta corrida com a missão de valorizar o grupo que se encontra numa situação “muito desafiante”.

Da Lista B, o cabeça-de-lista é Pedro Corte Real, que integra um grupo que chegou a negociar concorrer numa lista única com o grupo de Eugénio Rosa (Lista C), isto é, a ala mais à esquerda dentro do Montepio. Mas vão a jogo em listas separadas.

O que defendem Virgílio Lima (Lista A), Pedro Corte Real (Lista B), Eugénio Rosa (Lista C) e Pedro Alves (Lista D) para a maior mutualista do país? Montepio vai a eleições na próxima semana.

Veja aqui as entrevistas realizadas pelo ECO aos quatro candidatos:

Virgílio Lima (Lista A)

Pedro Corte Real (Lista B)

Eugénio Rosa (Lista C)

Pedro Gouveia Alves (Lista D)

O que está em causa?

Os associados vão eleger o próximo conselho de administração, mas também o conselho fiscal, a mesa da assembleia geral e também a nova assembleia de representantes, que tem poderes reforçados (poderá chumbar planos e orçamentos e contas) e, dependendo do jogo de forças que sair das eleições, poderá vir a ter um papel relevante na vida da instituição. Está em cima da mesa um mandato que vai até 2025.

A AMMG é a maior mutualista do país, com 600 mil associados e poupanças de 3.000 milhões de euros. Encontra-se numa “situação dramática” – nas palavras de Pedro Corte Real — ou “desafiante” – nas palavras de Pedro Alves.

A desvalorização do banco (o principal ativo da AMMG que regista imparidades de 1.000 milhões) e os ativos por impostos diferidos de 800 milhões de euros são os principais pontos de preocupação para os candidatos da concorrência e auditor, enquanto Virgílio Lima põe ênfase na necessidade de continuar o caminho de recuperação dos últimos dois anos.

De resto, a AMMG tem registado prejuízos nos últimos anos. Acumula prejuízos de 400 milhões de euros nos últimos três. Em 2017 obteve um resultado positivo de 587 milhões devido à constituição dos DTA de 800 milhões, considerada uma “engenharia criativa” de contabilidade para evitar a situação de capitais próprios negativos.

Sede da Associação Mutualista Montepio.Hugo Amaral / ECO 07 dezembro, 2018

Onde e quando votar?

Podem votar quem tem 18 anos ou mais e tem mais de dois anos de associado. Pela primeira vez é possível o voto eletrónico. Se pretender fazê-lo pelo site Montepio.org, terá de pedir um código numa máquina Chave 24. Também pode votar a partir do site MyMontepio ou da app M24. O voto eletrónico arranca já esta segunda-feira.

Também poderá votar por correspondência, mas já tinha de ter comunicado essa intenção para receber em casa o chamado kit para o exercício do voto.

Em relação ao voto presencial, a instituição vai disponibilizar a partir desta segunda-feira três mesas: duas em Lisboa (Espaço Atmosfera M na Rua Castilho e Espaço Mutualista – Rua do Carmo) e uma no Porto (Espaço Atmosfera M, Rua Júlio Dinis), que funcionarão entre as 9h00 e as 20h00 até quinta, fechando às 17h00 na sexta.

Depois, nos dias 16 e 17, serão abertas cerca de 30 mesas adicionais nas capitais de distrito e cidades com mais associados (pode conferir a lista aqui). Estas mesas funcionarão entre as 9h00 e as 22h00 na quinta e entre as 9h00 e as 17h00 na sexta.

Já no dia 17, a sede da AMMG também abre outra mesa a partir das 9h00, fechando às 18h00.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novobanco já é acionista das empresas de Vieira após conversão de dívida de 160 milhões

VMOC no valor de 160 milhões já foram convertidos em capital da Promovalor e Inland, transformando o Novobanco em acionista das duas empresas, enquanto o ex-presidente do Benfica limpa a dívida.

Ao contrário do que o Novobanco e o Fundo de Resolução pretendiam, os 160 milhões de euros em Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) do grupo económico de Luís Filipe Vieira já foram convertidos em capital da Promovalor e da Inland, as duas sociedades do antigo presidente do Benfica que deviam aquele dinheiro ao banco.

Esta operação de conversão de dívida em ações teve lugar no início deste mês e significa duas coisas:

Em relação à Promovalor, foram convertidos VMOC no valor de 90 milhões de euros, o que implicou um aumento de capital desta sociedade para os 180 milhões de euros através da emissão de 35 milhões de novas ações. A operação foi registada no dia 2 de dezembro, data a partir da qual o Novobanco passou a ter direito a uma posição de 67%.

Nesse mesmo dia também se converteram 70 milhões de euros de VMOC da Inland, que viu o seu capital aumentar para 135 milhões. Após esta operação, o Novobanco terá ficado com uma posição maioritária desta promotora imobiliária.

Contactado pelo ECO sobre se já recebeu as ações, o Novobanco não quis prestar comentários, dizendo apenas que ainda está em negociações com o devedor Luís Filipe Vieira, razão pela qual se mantém sigiloso em relação a este tema.

Ainda assim, este era o cenário que o banco e também o Fundo de Resolução menos queriam. Isto porque o Novobanco passa a ser acionista de duas empresas que têm capitais próprios negativos de 200 milhões de euros, conforme já havia sinalizado o Fundo de Resolução quando no final de agosto autorizou a administração de António Ramalho a negociar com o grupo de Vieira um prolongamento da maturidade dos VMOC.

Neste sentido, como alertou o fundo de Máximo de Santos na altura, entrando para a estrutura acionista da Promovalor e da Inland, isso “implicará a consolidação dessas entidades no balanço do Novobanco, o que provoca um impacto negativo na posição de capital” da instituição financeira.

Ao todo, o grupo económico de Luís Filipe Vieira devia mais de 400 milhões ao Novobanco, dívidas que vêm do tempo do BES.

Uma parte foi reestruturada e transferida para um fundo especializado gerido pela C2 Capital Partners (ex-Capital Criativo), de Nuno Gaioso Ribeiro, numa operação no valor de cerca de 220 milhões de euros e que envolveu a entrega de ativos imobiliários em Portugal, Espanha, Brasil e Moçambique por parte de Vieira.

Havia ainda uma dívida da Imosteps, no valor de 54 milhões de euros, e em relação à qual Vieira mostrou arrependimento em tê-la assumido a pedido de Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, conforme confessou na comissão de inquérito ao Novobanco. Esta dívida foi vendida pelo banco numa carteira de malparado ao fundo norte-americano Davidson Kempner por cinco milhões, que meses mais tarde revendeu o crédito ao amigo e sócio de Vieira, José António dos Santos, também conhecido como o Rei dos Frangos por oito milhões.

Além destas dívidas, havia ainda 160 milhões de euros relativos aos VMOC da Promovalor e da Inland, dívida para a qual o Novobanco tentou encontrar uma solução nos últimos meses, nomeadamente tentando negociar com Luís Filipe Vieira o prolongamento da maturidade dos VMOC para 2023, no sentido de evitar entrar no capital das duas empresas.

Como já referido, no final de agosto, o banco recebeu a autorização do Fundo de Resolução para avançar com as negociações com o ex-presidente do Benfica, com o fundo a destacar a necessidade de serem obtidas garantias reais de Vieira para estas VMOC.

Há duas semanas, o Correio da Manhã (acesso pago) contou que as condições impostas por Luís Filipe Vieira dificultaram um entendimento entre as partes. E que o antigo dirigente encarnado já estava a preparar-se para entregar as ações da Promovalor e da Inland ao banco, cumprindo, de resto, aquilo que tinha admitido ao jornal em setembro, quando disse que não tinha dinheiro para reembolsar os VMOC.

Na semana passada, o Novobanco avançou na Justiça com uma ação de execução de 7,6 milhões de euros contra Luís Filipe Vieira, fazendo mira às ações que detém na SAD do Benfica e uma casa da família Vieira na margem sul do Tejo.

Em maio, Vieira defendeu na comissão de inquérito ao Novobanco que nunca teve um perdão de dívida. “Muitos empresários tiveram perdões de capital e de juros. Não foi o meu caso. É do conhecimento público que muitos viram perdoadas dívidas muito superiores àquelas que foram contraídas pela Promovalor. Não aconteceu isso comigo”, afirmou o ex-presidente encarnado no Parlamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Insurance Europe quer ramo Vida excluído do pacote UE contra branqueamento e terrorismo

  • ECO Seguros
  • 12 Dezembro 2021

A federação europeia de associações de seguros avisa que a legislação em preparação na UE sobre branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo pode criar obstáculos no ramo seguros de Vida.

Uma proposta normativa da Comissão Europeia que circulou e foi debatida em duas comissões do Parlamento Europeu (Assuntos Económicos e Monetários e a de Liberdades, Justiça e Assuntos Internos) justificou a publicação de um position paper’ da Insurance Europe, federação europeia de associações de seguros.

O grupo europeu de interesse do setor segurador acolhe o esforço da Comissão Europeia de endurecer o quadro contra branqueamento de capitais (AML na sigla em inglês) e contra o financiamento do terrorismo (CFT), mas salienta que na ótica do risco, a legislação deve evitar acrescentar carga regulamentar desnecessária no setor dos seguros de Vida “como um todo e o risco quase inexistente para os produtos de seguros de Vida ‘puro risco’”.

A proposta legislativa de Bruxelas inclui a criação de um organismo europeu (AMLA – Anti-Money Laundering Authority ) encarregado da regulamentação europeia contra o branqueamento e que irá coordenar e apoiar as autoridades nacionais de supervisão na aplicação efetiva dessas regras ao setor privado.

Neste âmbito, a IE observa também que o seguro de não-Vida deve permanecer fora do âmbito da legislação da UE.

Como observação geral, a federação europeia de seguradores refere-se à existência de demasiadas questões de importância fundamental que são deixadas à Comissão Europeia decidir (em sede de ato delegado) ou mesmo à própria AMLA, através de normas técnicas também de caráter regulamentar (RTS), em particular no que respeita à observância e cumprimento de condições à escala dos grupos empresariais.

Dado a importância e significado da proposta legislativa, a Insurance Europe sugere o pacote legislativo da UE carece de mais pormenor (de nível 1, ou seja do próprio Regulamento em si).

Aceda na íntegra ao documento da tomada de posição da setorial europeia de seguros (conteúdo em inglês).

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo favorável a referendo à regionalização em 2024

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

O Presidente da República desafiou os partidos a apresentarem propostas sobre a regionalização na campanha para as legislativas de 30 de janeiro.

O Presidente da República é favorável à realização do referendo à regionalização em 2024 e exortou os partidos políticos a colocarem as suas ideias sobre o processo à discussão nas próximas eleições legislativas. “É o momento natural para os partidos políticos submeterem à apreciação dos portugueses as suas convicções e as suas ideias sobre a regionalização: processo e calendário”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo o chefe de Estado, que falava na sessão de encerramento do XXV Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Aveiro, não o fazer “seria deitar fora o instante adequado para apresentar e defender a sua visão sobre a organização administrativa do continente e o futuro da descentralização”, ou seja, para conseguir “a concretização da promessa constitucional de 1976 chamada regionalização”.

“Seria difícil de entender que deixassem passar essa oportunidade, para depois a Assembleia da República se debruçar sobre a matéria de 2022 em diante”, sustentou.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que 2022 e 2023 não seriam “bons anos” para arrancar com o processo, quando o país ainda está a ultrapassar a pandemia da covid-19 e a arrancar com a concretização do Plano de Recuperação e Resiliência, que “não haverá forma de vingar se o poder local não estiver metido no processo até ao fim”.

No seu discurso perante cerca de um milhar de congressistas, o Presidente da República avisou que a regionalização deve servir “para reduzir desigualdades, combater injustiças e superar discriminações intoleráveis”, e não para outros fins.

No essencial, o chefe de Estado entende que o processo deve servir para “reforçar a coesão territorial”, e “não é para os autarcas ou para algumas forças políticas criarem lugares após o termo dos mandatos ou para partilhar o poder entre os partidos mais fortes nos municípios ou freguesias”.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou ainda que uma proposta de regionalização “mal concebida, mal explicada, mal concretizada, sem sensatez e consenso nacional poderá matar a ideia de regionalizar”, pelo que os partidos devem ser “muito claros” sobre a regionalização que pretendem ver implementada.

Se isto não acontecer, referiu, estar-se-á a “dar força ao centralismo e aos populismos, aos temores e às oposições e adversários da regionalização, e, nesse sentido, não servirá Portugal”.

O XXV Congresso da ANMP realizou-se no Parque de Exposições e Feiras de Aveiro, com a participação de cerca de um milhar de congressistas, em representação de praticamente todos os 308 municípios portugueses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FACM com fórum sobre reforma e desafios do envelhecimento

  • ECO Seguros
  • 12 Dezembro 2021

Desafios da longevidade e da transição para a reforma vão a debate na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, num fórum que contará com participação de José Galamba de Oliveira, presidente da APS.

Maria Amélia Cupertino de Miranda, Presidente do Conselho de Administração da FACM: “Refletir sobre a importância da formação financeira ao longo da vida, em particular, na transição da vida ativa para a fase da reforma”.

Como está Portugal a envelhecer e que políticas públicas devem ser criadas para assegurar às pessoas mais velhas melhor qualidade de vida e um papel mais ativo na sociedade é a proposta de um encontro na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (FACM), reunindo personalidades da academia, empresários e representantes de áreas transversais. O fórum apresenta-se como encontro entre Academia, empresários e diversas organizações para debater o papel dos seniores na sociedade e a importância da literacia financeira nesta faixa etária.

“O objetivo deste Fórum é refletir sobre a importância da formação financeira ao longo da vida, em particular, na transição da vida ativa para a fase da reforma, e desafiar empresários, autarquias, instituições e decisores políticos a repensar o papel das pessoas mais velhas na sociedade, sensibilizando todos para a importância de se impulsionarem estratégias e políticas que fomentem a participação ativa dos mais velhos numa sociedade mais inclusiva”, explica Maria Amélia Cupertino de Miranda.

“Portugal está a envelhecer” é o mote para o primeiro painel da tarde, que contará com as intervenções da Presidente da Associação Age Friendly Portugal, Ana Sepúlveda, do Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba, e ainda do Diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, José Manuel Varejão.

O evento “Transição para a Reforma: Desafios às Organizações e às Pessoas” decorrerá a 14 de dezembro, com início agendado para as 14 horas, na FACM (Porto), sendo também transmitido online.

Júlio Machado Vaz, Psiquiatra e Professor Universitário, conduzirá a conversa que irá partir de um diagnóstico ao envelhecimento no nosso país para a discussão de estratégias para a economia da longevidade e para a análise da relevância da capacitação financeira e digital. Machado Vaz será ainda o moderador de um segundo painel (“Desafios na transição para a reforma”) focando a visão das empresas sobre a fase final da carreira e a saúde na longevidade. Nesta parte do fórum estarão em destaque nas intervenções do Territory Senior Partner da PwC, António Brochado Correia, do Presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Manuel Sobrinho Simões, e do Presidente dos Conselhos de Administração da Efanor e da Sonae, Paulo Azevedo.

O fórum organizado pela FACM surge no âmbito do programa “Eu e a Minha Reforma”, dedicado à promoção da literacia financeira e digital das pessoas com mais de 55 anos. No primeiro ano de atividade, as sessões de capacitação deste projeto contaram com mais de 700 participantes de seis concelhos: Porto, Maia, Matosinhos, Santo Tirso, Valongo e Vila Nova de Gaia. O projeto “Eu e a Minha Reforma” é apoiado pela Portugal Inovação Social, através do Fundo Social Europeu.

As inscrições no Fórum “Transição para a Reforma” são gratuitas e estão disponíveis online. O programa completo pode ser consultado aqui.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Candidatos ao Montepio querem abrir capital do banco e divergem no apoio público

O que defendem Virgílio Lima (Lista A), Pedro Corte Real (Lista B), Eugénio Rosa (Lista C) e Pedro Alves (Lista D) para a maior mutualista do país? Montepio vai a eleições na próxima semana.

O futuro do Banco Montepio deverá passar pela abertura do seu capital a outros investidores. Pelo menos é essa a posição defendida pelos quatro candidatos à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), a dona do banco e que vai a eleições na próxima semana. Se neste tema há consenso, já a eventual necessidade de o grupo precisar de apoio do Estado divide opiniões.

As eleições para os órgãos sociais da maior mutualista do país para o mandato 2022-2025 arrancam esta segunda-feira com o voto eletrónico na aplicação M24 ou site MyMontepio ou Montepio.org (tem de pedir código numa máquina Chave 24) e também com a abertura de três mesas de voto em Lisboa (no Espaço Atmosfera M, na Rua Castilho; e no Espaço Mutualista – Rua do Carmo) e no Porto (Espaço Atmosfera M, na Rua Júlio Dinis) e também na sede. As urnas fecham na sexta.

Nas últimas semanas, o ECO entrevistou os cabeças-de-lista ao conselho de administração: Virgílio Alves (Lista A), Pedro Corte Real (Lista B), Eugénio Rosa (Lista C) e Pedro Gouveia Alves (Lista D).

O que defendem Virgílio Lima (Lista A), Pedro Corte Real (Lista B), Eugénio Rosa (Lista C) e Pedro Alves (Lista D) para a maior mutualista do país? Montepio vai a eleições na próxima semana.

Banco à espera de investidores

Em relação à abertura da estrutura de capital do Banco Montepio a outros investidores, os quatro candidatos admitem essa possibilidade, mas alertam para a atual desvalorização do banco, que pode acarretar perdas para os associados em caso de uma venda parcial de ações a um parceiro.

“Se entrasse um parceiro agora, iria apropriar-se-ia na proporção da sua entrada [de capital] da recuperação das imparidades”, avisou Virgílio Lima, atual presidente da AMMG e líder da Lista A, uma posição com a qual os outros candidatos concordam. Lima admite, ainda assim, a entrada de um acionista, mas vê isso a acontecer apenas a médio prazo.

Pedro Corte Real (Lista B) foi no mesmo sentido e traçou o perfil do parceiro ideal para o banco: “Que queira sentar-se connosco à mesa e ajudar a gerir o banco num cenário de longo prazo, a 40 anos, 50 anos ou 60 anos”.

Já Eugénio Rosa (Lista C) defendeu que deve ser um parceiro da área social e não um qualquer investidor. “Terá de ser da área mútua e cooperativas. Na Europa, nomeadamente na Bélgica e França, há mútuas muito poderosas”, apontou.

Pedro Alves (Lista D) considerou que a venda de parte do banco só será possível “a partir do momento em que haja uma proposta de valor e em que se possa apresentar o Banco Montepio com uma estratégia sólida, consolidada e com um horizonte de rendibilidade que permita atrair esses investidores”.

Grupo Montepio vai precisar de apoio público?

Apenas Virgílio Lima afastou o cenário de ajuda pública ao grupo Montepio, sendo que os outros candidatos deixaram a sua visão sobre os moldes como um apoio do Estado poderia ajudar.

A AMMG gere poupanças de cerca de 3.000 milhões de euros de 600 mil associados, mas o balanço mostra um cenário desafiante ao nível da valorização do banco (o principal ativo) e dos ativos por impostos diferidos, na ordem dos 800 milhões, e que estão a mascarar uma situação líquida deficitária.

Eugénio Rosa, por exemplo, defendeu que o Estado devia dar apoio não em dinheiro, mas em garantia. “Foi aquilo que o ministro Mário Centeno disse uma vez na Assembleia da República que o Governo não deixaria cair o Montepio”.

Por seu turno, Pedro Corte Real disse que tem “o formato dessa ajuda em aberto, se é capital ou garantias. “Temos primeiro de compreender integralmente o que os auditores nos dizem” sobre a situação financeira do grupo.

Sobre este tema, Pedro Alves defendeu uma garantia pública para os ativos tóxicos do Banco Montepio: “Pode ser por via do Estado diretamente ou através de um veículo do Estado, seja o Banco de Fomento ou outra entidade que possa ajudar nesse sentido. Estamos a falar de poucas centenas de milhões de euros, não é nada de extraordinário em relação a outras coisas que já vimos no mercado com outros bancos”.

Cortar salários da administração da mutualista?

De acordo com Eugénio Rosa, o presidente da AMMG ganha 31 mil euros por mês e os restantes administradores cerca de 26 mil euros mensais – mais algumas regalias. O candidato da Lista C defende que é preciso moralizar a instituição e dar o exemplo de cima: “Da outra vez, quando me candidatei, disse que se fossemos eleitos que iria reduzir as remunerações do conselho de administração para metade”. Propõe o mesmo agora.

Pedro Alves e Pedro Corte Real defendem também uma redução dos salários. “Iremos rever em baixa os salários atualmente auferidos pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização, e também regulamentar sobre eventuais acumulações de salários auferidos com outras fontes de rendimento dentro do grupo”, disse Pedro Alves.

“Não vou exigir nada aos trabalhadores que não imporei ao conselho de administração. Há aqui uma questão de moralização”, observou Pedro Corte Real. “Se chegarmos lá, entendemos que os salários, quer dos órgãos da Associação Mutualista, mas também de algumas das suas participadas, sendo situações que não se justificam, isso será corrigido de imediato”.

Já atual presidente da AMMG defendeu que a política salarial no grupo tem em conta a “concorrência do mercado”. “Também ao nível das competências de gestão temos de ter essa qualidade. O preço dessa qualidade é o preço do mercado. Naturalmente que isso tem de ser observado. Esses são os critérios”.

Fim à vista para o Banco Empresas Montepio?

Para Pedro Alves, que lidera uma participada do banco, a Montepio Crédito, “vale a pena repensar” o Banco Empresas Montepio (BEM). “Há necessidade de termos um banco específico para empresas ou um serviço robusto, específico e autónomo dentro da própria estrutura do banco”, questionou.

Já o candidato da Lista B, Pedro Corte Real, defendeu que “se o BEM acrescenta valor (…), claro que é para continuar”. O banco lançado por Carlos Tavares não “justificará a sua continuidade” se se conseguir “atingir os mesmos ou melhores resultados com o negócio do BEM integrado do Banco Montepio”, acrescentou.

Sobre este ponto, Virgílio Lima considerou que “sem prejuízo de se manter sempre o know how de todas as áreas, o grupo pode encarar soluções de simplificação”. “Mas só o banco dirá”, disse.

Eugénio Rosa, por seu turno, quer passar a carteira de ativos tóxicos na ordem dos 1,2 mil milhões do Banco Montepio para o BEM para depois vendê-lo. “Não se justifica uma Associação Mutualista ter dois bancos, um concorrente do outro”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eleições influenciaram detenção de Rendeiro? “É não ter a noção” do que é uma investigação criminal, responde Marcelo

Presidente da República recusou a ideia sugerida por Rui Rio, de que as eleições influenciaram a detenção de Rendeiro. Quem diz isso "não tem a noção" do que é uma investigação criminal, diz Marcelo.

Marcelo Rebelo de Sousa recusa que a proximidade de eleições tenha influenciado a detenção de João Rendeiro, como sugeriu o presidente do PSD. “É não conhecer o que é uma investigação criminal, as dificuldades que implica quando atravessa a fronteira de vários países. É não ter a noção de como isso implica tantas diligências, tantos processos complicados”, respondeu o Presidente da República.

É uma investigação que “envolve países que são soberanos, com as suas autoridades judiciárias e, portanto, não se faz de um momento para o outro, nem é possível prever quando se faz. Faz-se quando é possível fazer, desde que se persista, persista, persista e se ultrapassa os obstáculos existentes”, acrescentou Marcelo à saída do encontro o encontro da Associação Nacional de Municípios Portugueses, em Aveiro, em declarações transmitidas pela CNN Portugal.

O Presidente da República respondia assim à sugestão do presidente do PSD, que disse esta manhã que “o azar de João Rendeiro foi haver eleições em janeiro”, com críticas às múltiplas entrevistas televisivas que o diretor nacional da PJ, Luís Neves, concedeu este sábado, depois de conhecida a detenção do ex-banqueiro na África do Sul.

Marcelo considera a captura do fundador ex-presidente do BPP como um “momento importante para a justiça portuguesa”. “Mostrou que não há ninguém acima da lei e quando há uma decisão do tribunal que deve ser executada, cabe à máquina executiva fazer tudo para executá-la”, mesmo que surjam dificuldades, apontou o Presidente aos jornalistas.

"É não conhecer o que é uma investigação criminal, as dificuldades que implica quando atravessa a fronteira de vários países. É não ter a noção de que como isso implica tantas diligências, tantos processos complicados.”

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

“Pode haver dificuldades neste mundo global em que se circula, momentos de atraso e obstáculos. Mas é função da Justiça não desistir e a PJ não desistiu”, disse.

Recusou comentar o processo de extradição que arrancará agora nos tribunais sul-africanos, mas disse que a confiança dos portugueses na Justiça não sairá beliscada com o tempo que o processo demorar.

Marcelo deu exemplos de como a Justiça está a ser reforçada e a funcionar, como a notícia de que o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, vai ser executado em 3,7 milhões de euros para pagar uma coima do Banco de Portugal, uma ação que vai abranger a sua pensão de reforma, contas bancárias, moradias e quadros do antigo banqueiro.

João Rendeiro está detido na esquadra de polícia de North Durban, a cinco quilómetros do hotel onde foi intercetado no sábado. Vai ali passar a próxima noite até ser ouvido por um juiz na segunda-feira de manhã num tribunal na cidade costeira, o Verulam Magistrates Court, previsivelmente entre as 9h00 e as 16h00 (hora local, menos duas horas em Lisboa).

(Notícia atualizada às 18h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rendeiro detido numa esquadra a 5 km do hotel onde foi apanhado

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

Ex-presidente do BPP vai passar a noite na esquadra de polícia de até ser ouvido por um juiz na segunda de manhã no Verulam Magistrates Court, previsivelmente entre as 9h00 e as 16h00 (hora local).

O ex-banqueiro João Rendeiro está detido na esquadra de polícia de North Durban, a cinco quilómetros do hotel onde foi intercetado no sábado, disse hoje à agência Lusa fonte das autoridades sul-africanas.

O ex-presidente do extinto BPP vai ali passar a próxima noite até ser ouvido por um juiz na segunda-feira de manhã num tribunal na cidade costeira, o Verulam Magistrates Court, previsivelmente entre as 9h00 e as 16h00 (hora local, mais duas horas do que em Lisboa).

As autoridades sul-africanas corrigiram a informação anteriormente avançada de que João Rendeiro seria ouvido no Magistrates Court, no centro da cidade de Durban.

Na esquadra de North Durban, com dois agentes à porta de entrada, a polícia remete qualquer informação sobre o banqueiro português para os serviços provinciais daquela força de segurança a partir de segunda-feira de manhã.

A esquadra, localizada no meio de um bairro residencial com várias mansões, começa a centrar atenções de jornalistas, mas a polícia tem pedido que não haja filmagens nas proximidades.

No sábado, em conferência de imprensa, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, revelou que João Rendeiro foi detido às 07h00 locais (05h00 em Lisboa) na República da África do Sul, onde chegou no dia 18 de setembro, adiantando que o ex-banqueiro reagiu com surpresa à detenção “porque não estava à espera”.

O objetivo agora é “decretar o cumprimento da prisão” do ex-banqueiro, disse então Luís Neves, adiantando que o ex-banqueiro seria presente a tribunal nas próximas 48 horas.

Questionado sobre quando deverá entrar em Portugal, o diretor nacional da PJ afirmou que “esse é um assunto que agora compete às autoridades judiciais da República da África do Sul”.

João Rendeiro, que em 28 de setembro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva, num processo por crimes de burla qualificada, estava no estrangeiro e em parte incerta, fugido à justiça.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Promotores imobiliários admitem criar rendas acessíveis, mas IVA a 6% não chega

Governo desceu de 23% para 6% o IVA na construção de rendas acessíveis, o que anima os promotores imobiliários. Mas empresas pedem mais incentivos.

O Governo cedeu e baixou o IVA da construção para 6%, mas apenas para a habitação acessível. Esta medida era pedida há muito pelo setor imobiliário, que se queixa das reduzidas margens de lucro que impedem a prática de rendas mais baixas. Agora, com este alívio no imposto, os principais promotores imobiliários do país admitem entrar no mercado de arrendamento acessível, mas alertam que é preciso mais incentivos, nomeadamente em termos de estabilidade fiscal e legislativa.

Para José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, a descida do IVA de 23% para 6% na construção de rendas acessíveis é uma “boa notícia”, mas é preciso mais. Em declarações ao ECO, o responsável admite: “Temos experiência e interesse” neste tipo de construção, até porque “mais de 90% do portefólio de arrendamento habitacional do acionista da Vanguard na Suíça é destinado ao segmento médio”.

Da parte da VIC Properties, responsável pelo Prata Riverside Village, em Braço de Prata, Luís Gamboa também admite a possibilidade de a empresa apostar no mercado de rendas acessíveis, embora não haja nada previsto para Portugal por enquanto. “Não é um mercado para o qual não possamos olhar, até porque o Grupo VIC Properties, noutras geografias, tem presença nessa área”, diz o COO da promotora imobiliária.

Miguel Cabrita Matias, administrador da Mexto, congratula-se pela medida do Governo e afirma que o arrendamento acessível é um “negócio que pode ser interessante e analisado” pela própria promotora imobiliária. Mas, alerta: a redução do IVA “só não chega”.

Custo da construção continua a ser um entrave

Sobre as rendas a praticar — que têm de estar de acordo com os limites previstos no Programa de Arrendamento Acessível (PAA) –, José Cardoso Botelho mostra-se cético. “No imediato é difícil desenvolver este tipo de projetos devido ao facto de os preços das matérias-primas permanecerem instáveis, o que acaba por “dificultar a necessária planificação e estudos de viabilidade”, explica.

Miguel Matias Cabrita, da Mexto, fala no mesmo sentido. “Os incentivos são sempre necessários, porque hoje em dia o custo da construção está elevadíssimo e isso inviabiliza qualquer projeto com custos controlados, de forma a entrar no PAA”.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos de construção de habitação nova dispararam 7,4% em outubro face ao ano passado, naquela que representa a maior subida desde agosto de 2008. O preço dos materiais e o custo da mão-de-obra apresentaram aumentos de 8,8% e de 5,4%, respetivamente. No caso da mão-de-obra, é o maior avanço dos últimos 13 anos.

Pedro Silveira, CEO do Grupo SIL, nota ao ECO que a redução do IVA, “obviamente ajuda bastante, porque são 17% do custo da construção que se poupa”, mas ressalva: “Se chega ou não, isso vai depender do preço dos terrenos e da evolução do preço da construção”. O responsável dá um exemplo de um projeto da SILCOGE (empresa promotora do Grupo SIL), cujo preço de construção disparou 13,6% desde fevereiro.

No que toca ao elevado custo das matérias-primas, o Governo também atuou, mexendo no cálculo do custo de promoção, que passa a ter em conta as “rápidas variações dos preços dos materiais de construção”, lê-se na portaria publicada em Diário da República. “Importa (…) assegurar que o cálculo do custo de promoção da habitação de custos controlados é suficientemente flexível para absorver esse tipo de alterações”.

Empresas pedem estabilidade fiscal e mais incentivos

Apesar da descida do IVA e da mexida que o Governo fez no cálculo do custo de promoção, os promotores imobiliários dizem que é preciso mais para, efetivamente, apostarem no mercado de renda acessível. “Naturalmente é um incentivo, mas isso não quer dizer que não se possa fazer mais ao nível do licenciamento e da construção”, diz Luís Gamboa, da VIC Properties.

O responsável nota que “há todo um custo indireto associado”, como o tempo de licenciamento dos projetos, que “agrava muito o preço final” de qualquer imóvel. “O próximo passo é resolver o problema dos prazos de licenciamento”, diz o COO, sublinhando que “há um longo percurso a fazer por parte dos municípios”. Miguel Cabrita Matias, da Mexto, defende o mesmo, ao afirmar que “os prazos de licenciamento são incomportáveis”.

O administrador da Mexto afirma que, embora a redução do IVA “ajude muito”, “isso só não chega”. Aqui, o responsável aponta, por exemplo, benefícios fiscais em termos de IRC. “A construção está caríssima e a matéria-prima muito cara, o que torna difícil para os investidores, com base no custo dos projetos, terem rentabilidades garantidas”, explica.

Pedro Silveira, do Grupo SIL, alerta para a elevada carga fiscal. “Para que se invista dinheiro em casas para arrendar mais barato, é preciso que o investimento seja tão atrativo como outras alternativas. Para a renda ser mais barata a única maneira é baixar custos. Como? Nos impostos“, afirma. E, aqui, fala, por exemplo, na isenção de mais-valias na compra e venda de terrenos.

Por fim, um problema há muito reclamado pelo setor: a instabilidade fiscal e legislativa. “É preciso, adicionalmente, assegurar a estabilidade legislativa e fiscal a médio e longo prazo para que se consiga envolver investidores de longo-prazo, como fundos de pensões, já que a banca nacional, normalmente, não financia este tipo de operações”, nota o CEO da Vanguard Properties, José Cardoso Botelho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Verstappen sagra-se campeão de F1 pela primeira vez. Veja a última volta

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

Piloto neerlandês da Red Bull bateu o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) na última volta da última corrida da temporada, permitindo assegurar o título de campeão da Fórmula 1 pela primeira vez.

O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) sagrou-se campeão mundial de pilotos de Fórmula 1, ao bater o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) na última volta da última corrida da temporada, em Abu Dhabi, que deu o título de construtores à Mercedes.

Verstappen, que perdeu a liderança da corrida logo no arranque, recuperou o primeiro lugar na última volta depois da intervenção do safety car, devido ao despiste do canadiano Nicholas Latiffi (Williams).

Max Verstappen é, assim, campeão pela primeira vez, o 34.º diferente da história da Fórmula 1, com oito pontos de vantagem sobre Hamilton, enquanto a Mercedes venceu o Mundial de Construtores pela oitava vez consecutiva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.