BCP: Acionistas aprovam novos administradores da Fosun

  • Rita Atalaia
  • 10 Maio 2017

Os acionistas do BCP aprovaram as contas do banco, mas também a nomeação de dois novos administradores indicados pela Fosun. Isto numa assembleia-geral que contou com uma representação de 54,1%.

Os acionistas do BCP aprovaram em assembleia-geral a nomeação de dois novos administradores que foram indicados pela Fosun. Para além disso, deram luz verde às contas do banco e à política de remuneração. Isto num encontro que contou com uma representação de 54,14% dos acionistas da instituição financeira liderada por Nuno Amado.

“Foi aprovada a designação de dois novos administradores: Lingiang Xu como vogal não executivo do conselho de administração do BCP e João Nuno de Oliveira Palma [antigo administrador financeiro da Caixa Geral de Depósitos, na equipa de José de Matos] como vogal executivo do conselho de administração do BCP“, lê-se no comunicado que o banco enviou à CMVM. Estes dois novos administradores foram indicados pela Fosun.

Estas nomeações acontecem depois de os chineses terem reforçado a sua posição no aumento de capital do BCP. A Fosun passou a controlar 23,9% da instituição liderada por Nuno Amado, ficando com autorização para chegar ao patamar dos 30%.

Para além de darem luz verde à entrada dos novos administradores, foi ainda aprovada a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização. Mas também o relatório de gestão, o balanço e as contas individuais e consolidadas, relativos ao exercício de 2016. No ano passado, o banco conseguiu resultados líquidos positivos. O banco liderado por Nuno Amado fechou 2016 com lucros de 23,9 milhões de euros.

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BCP dispara 5%. Analistas notam melhoria da qualidade dos ativos

Banco liderado por Nuno Amado registou lucros acima do esperado no primeiro trimestre, mas analistas destacam evolução positiva da carteira de ativos. Ações disparam mais de 5%.

Para os analistas, apesar de o lucro ter ficado acima do esperado, o que mais salta à vista nos resultados do BCP é a evolução positiva na qualidade dos ativos do banco liderado por Nuno Amado. Em bolsa, a comportamento é bastante positivo: as ações disparam mais de 5% para máximos de seis meses.

“Testemunhámos uma evolução positiva na carteira de NPE (non performing exposure) e NPA (non performing assets), enquanto os lucros superaram o consenso com provisões aquém do esperado”, sublinham os analistas do BPI Research, que têm o título do BCP sob revisão. Também André Rodrigues, do CaixaBI, sublinhou a “evolução positiva da qualidade de ativos do banco (…), da carteira de crédito produtiva (+0,8% YoY) e dos rácios de capital”.

“A confirmação da redução gradual do custo do risco de crédito será um indicador chave para o BCP nos próximos trimestres. Não tendo existido desvios recorrentes significativos face às nossas estimativas, mantemos uma visão positiva para o investment case“, diz André Rodrigues, que atribui uma recomendação de “compra” para o BCP com um preço alvo de 0,25 euros.

As ações do BCP disparam esta terça-feira 5,34% para 0,2366, naquela que é a cotação intradiária mais elevada desde dezembro do ano passado. O PSI-20, o principal índice português, ganha 0,81% para 5.274,79 pontos.

BCP destaca-se em Lisboa

O banco continua a sua recuperação em bolsa, depois do aumento de capital de mais de 1.300 milhões de euros realizado em fevereiro ter afundado o valor das ações.

Esta segunda-feira, a instituição liderada por Nuno Amado apresentou lucros de 50 milhões de euros no exercício do primeiro trimestre, um crescimento do resultado que surpreendeu os analistas. Justificação: menos provisões. A margem financeira ascendeu a 332,3 milhões de euros, aumentando 13,7% face ao período homólogo de 2016.

"A confirmação da redução gradual do custo do risco de crédito será um indicador chave para o BCP nos próximos trimestres. Não tendo existido desvios recorrentes significativos face às nossas estimativas, mantemos uma visão positiva para o investment case.”

André Rodrigues

Analista do CaixaBI

Mas é a limpeza do balanço do banco que os analistas mais destacam nas análises às contas do BCP. De acordo com as contas do BPI Research, que notam uma “evolução positiva nas métricas de qualidade dos ativos”, os NPE caíram 2% face ao trimestre anterior para 9,2 mil milhões de euros. No geral, os NPAs (que incluem os NPE e outros ativos) caíram dos 11,2 mil milhões de euros em dezembro para 10,9 mil milhões em março.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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BCP dá gás a Lisboa, Europa também avança

Ações do banco liderado por Nuno Amado avançam 3% depois de ter apresentado resultados acima do esperado. Lisboa e os seus pares regressam esta terça-feira aos ganhos.

A bolsa portuguesa regressa aos ganhos depois de ter fechado na segunda-feira em queda. O despertar positivo em Lisboa surge muito por culpa do BCP. O banco apresentou resultados acima do esperado e esta manhã prossegue o bom momento. Também grandes cotadas como a Galp e Jerónimo Martins estão em terreno positivo e sustentam o índice nacional.

O PSI-20 abriu com um ganho tímido. Avança 0,33% para 5.249,61 pontos, mantendo-se em terreno bull market. É a quinta sessão de ganhos em Lisboa nas últimas seis sessões. De forma algo inesperada, os índices europeus fecharam ontem em perda, apesar da vitória de Macron nas eleições francesas. Mas regressam aos ganhos esta terça-feira, com o CAC-40 a somar 0,49%.

Por cá, destaque para as ações do BCP. O banco liderado por Nuno Amado aumentou os lucros no primeiro trimestre do ano, para 50 milhões de euros, contra as expectativas dos analistas. As ações estão em alta de 3,29% para 0,23 euros.

“O banco, que na semana passada apresentou uma valorização das suas ações superior a 12%, informou que nos primeiros três meses do ano o resultado líquido atingiu os 50 milhões de euros (vs 42 milhões estimados pelo consenso dos analistas) e que a margem financeira aumentou 3% face ao trimestre anterior para 332 milhões”, comentam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

BCP destaca-se em Lisboa

Em relação ao desempenho europeu, destacam que “depois das eleições presidenciais em França, os investidores voltam agora a recentrar as suas atenções na Época de Resultados, numa altura em que o preço do petróleo não deixa de ser monitorizado”.

Há mais notas positivas no principal índice português. São 12 as cotadas que seguem com sinal mais. A Pharol, por exemplo, ganha quase 3% para 0,28 euros. Galp e Jerónimo Martins, dois dos pesos pesados em Lisboa, estão em alta ligeira de 0,07% e 0,29%, performances que ofuscam as quedas (também ligeiras) da EDP e EDP Renováveis.

Acompanhando Lisboa nos ganhos estão, além da praça de Paris, o Ibex-35 de Madrid (+0,15%) e o índice de referência europeu Stoxx 600 (0,21%).

No mercado petrolífero, o barril de Brent valoriza 0,45% para 49,59 dólares, depois de a Arábia Saudita ter admitido prolongar a redução da produção para lá de 2017, num esforço da OPEP para reduzir o excesso de oferta de ouro negro que tem condicionado a cotação.

(Notícia atualizada às 8h20)

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Nuno Amado: “Não temos previsto” um aumento das comissões

  • Rita Atalaia
  • 8 Maio 2017

O presidente do BCP garantiu que o banco não prevê aumentar as comissões. Uma garantia que é deixada apesar de esta rubrica ter registado uma quebra de quase 2% no primeiro trimestre do ano.

Nuno Amado garantiu que o BCP não pondera aumentar as comissões bancárias. O presidente do banco português afirmou que este aumento, noticiado nos jornais, não é “correto” e “não se reflete” nas receitas dos bancos. Declarações feitas no dia em que o BCP revelou lucros de mais de 50 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.

“A evolução das comissões líquidas no primeiro trimestre de 2017 foi influenciada pela diminuição das comissões bancárias em 3,0%, refletindo sobretudo o registo pontual de um valor mais elevado em outras comissões bancárias no primeiro trimestre de 2016 na atividade em Portugal”, lê-se no comunicado dos resultados referentes ao primeiro trimestre do ano. Apesar desta quebra, Nuno Amado esclarece que o BCP não tem “nenhuma intenção de fazer uma revisão de preçário”.

Olhando para o relatório, divulgado esta segunda-feira, as comissões líquidas recuaram 1,9% para 160,8 milhões de euros. Mas não é suficiente para levar o banco a avançar com um aumento. “Escreve-se nos jornais que as comissões estão a aumentar”, refere o presidente do BCP, mas “não parece que seja correto” e que “isso se reflita nas receitas dos bancos”.

Nos últimos meses, vários bancos reviram em alta as suas comissões. O exemplo mais recente é o do BPI. O banco agora liderado por Pablo Forero publicou no seu site um documento com as alterações do respetivo preçário para vigorarem a partir do início de agosto, onde está prevista a subida de diversas comissões, sobretudo relacionadas com cartões de crédito e débito, bem como com cheques.

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“Espero que venda do Novo Banco não tenha efeitos no BCP”

  • Rita Atalaia
  • 8 Maio 2017

Nuno Amado defende que os incentivos à venda do Novo Banco ao Lone Star devem ser os "certos" e "equilibrados". O presidente do BCP espera que esta operação não tenha impacto no banco.

Nuno Amado espera que a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star não tenha “efeitos” no BCP. O presidente do banco refere que os incentivos à venda devem ser os “certos” e os “equilibrados” para a instituição, mas também para o setor. As declarações são feitas no mesmo dia em que o banco apresentou lucros de mais de 50 milhões de euros.

“A informação que temos é que há um conjunto de instrumentos contratuais que, na minha opinião, devem ser muito bem ponderados“, defende Nuno Amado, referindo-se à venda do banco de transição ao fundo norte-americano. Uma operação que, segundo apurou o ECO, é do “interesse público”, como foi defendido pelo governador do Banco de Portugal.

O acordo deve deixar as responsabilidades “bem delimitadas”, defende. Os incentivos devem ser feitos “para haver uma concorrência entre os bancos”, refere o presidente do BCP. Devem, por isso, ser os “certos” e “equilibrados”, tanto para o banco como para o sistema.

As declarações são feitas depois de o banco liderado por Nuno Amado ter apresentado lucros de 50,1 milhões de euros no primeiro trimestre. Conseguiu apresentar um crescimento nos resultados líquidos, contrariando a expectativa dos analistas, que antecipavam uma quebra. Para este crescimento contribuiu, diz o banco, o bom desempenho da atividade em Portugal.

“O resultado líquido no primeiro trimestre de 2017 fixou-se nos 50,1 milhões de euros, que compara com 46,7 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo de 2016, evidenciando um aumento de 7,4% suportado no desempenho da atividade em Portugal”, referiu a instituição liderada por Nuno Amado. O CaixaBI antecipava uma quebra para 40,3 milhões de euros.

 

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BCP vai avaliar “possibilidade de aderir a veículo para malparado”

  • Rita Atalaia
  • 8 Maio 2017

Nuno Amado deixou claro que o BCP está disposto a aderir a um veículo para limpar o malparado do sistema. O presidente do banco afirma que analisará de "boa-fé" assim que haja novos detalhes.

O BCP está disposto a analisar uma possível solução do Governo para limpar o crédito malparado dos balanços dos bancos. Esta posição ficou clara na apresentação dos resultados do banco para o primeiro trimestre de 2017. Nuno Amado afirma que, quando houver mais detalhes, analisará a possibilidade de aderir a um veículo ou a outra solução que possa vir a ser apresentada.

“Não temos informação adicional. Quando tivermos informação detalhada adicional analisaremos de boa-fé”, afirma Nuno Amado. “Veremos a possibilidade de aderir a um veículo – ou a uma solução que pode não ser um veículo – para esse fim”, acrescenta o presidente do BCP.

O gestor deixa claro que “qualquer solução não deve ser destrutiva do capital, porque é o bem mais caro que temos“. É por isso que Nuno Amado defende que qualquer saída sugerida pelo Executivo de António Costa deve trazer um conjunto de regras que permita fazer com que os processos de recuperação “sejam mais rápidos e eficientes”. O presidente do banco português explica que isto é necessário para que seja possível para o BCP concorrer na Europa com regras semelhantes.

As declarações são feitas depois de o banco liderado por Nuno Amado ter apresentado lucros de 50,1 milhões de euros no primeiro trimestre. Conseguiu apresentar um crescimento nos resultados líquidos, contrariando a expectativa dos analistas, que antecipavam uma quebra. Para este crescimento contribuiu, diz o banco, o bom desempenho da atividade em Portugal.

“O resultado líquido no primeiro trimestre de 2017 fixou-se nos 50,1 milhões de euros, que compara com 46,7 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo de 2016, evidenciando um aumento de 7,4% suportado no desempenho da atividade em Portugal”, referiu a instituição liderada por Nuno Amado. O CaixaBI antecipava uma quebra para 40,3 milhões de euros.

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Bolsa está em bull market. Olé!

PSI-20 já avança mais de 20% face ao mínimo de novembro, entrando em bull market. O ataque do touro na bolsa portuguesa está para ficar? Analistas acreditam que sim. Olé, touro lindo!

Touro chegou à bolsa portuguesa.Fotomontagem: Raquel Sá Martins

O touro está de volta à arena da bolsa nacional. O PSI-20 já avança mais de 20% desde que tocou mínimos de seis meses em novembro do ano passado, correspondendo à definição clássica do bull market. Há vários fatores que têm alimentado o movimento ascendente do mercado — o mesmo movimento com que aquele animal ataca através dos seus cornos. A vitória de Macron neste domingo reforçou o ambiente de otimismo nas bolsas. Lisboa será capaz de aguentar o ataque do touro? Os analistas acreditam que sim.

Desde o dia 14 de novembro, em que atingiu o nível mais baixo do último semestre, o benchmark nacional protagoniza uma rally imparável superior a 20%. Isto compara com o avanço de 16,6% do índice de referência europeu Stoxx 600 e de 10% do índice que funciona como um farol para investidores em todo o mundo, o S&P 500. Melhor só mesmo a bolsa de nuestros hermanos: o Ibex-35 ganha mais de 28% no mesmo período.

O facto de o PSI-20 partir de um nível mais baixo que os pares ajuda a explicar o bom momento da praça lisboeta. Mas há mais motivos. A começar pelo desempenho da economia e por fatores específicos das cotadas portuguesas, até ao maior otimismo no cenário internacional, criando o habitat perfeito para a convivência com o touro.

Madrid alcança melhor desempenho desde novembro

Fonte: Bloomberg (valores em %)

“O desempenho positivo do PSI-20 decorre do desempenho positivo do mercado europeu, com o ‘ponto de partida’ mais deprimido do PSI-20 face às congéneres a justificar a outperformance recente face a este, da resolução de algumas ‘histórias’ que estavam a pressionar o índice, de um período de M&A mais ativo no mercado português (conclusão da OPA sobre o BPI, lançamento da OPA da EDP sobre a EDP Renováveis), e da conjuntura económica ‘mais forte’ em Portugal, que consequentemente reflete-se num melhor desempenho operacional pelas cotadas com maior exposição à economia nacional”, diz a equipa de research do Banco BiG.

É um facto. Portugal apresenta níveis de confiança reforçados. As últimas notícias em relação ao défice, ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao desemprego são positivas. A perceção de risco do país junto dos investidores internacionais está em queda livre — razão pela qual o IGCP já arrisca a ir ao mercado com leilões de dívida a dez anos. Da Europa sopram também ventos favoráveis e que saíram reforçados com a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas deste fim de semana, afastando Marine Le Pen do poder.

“Há um sentimento geral dos investidores, sobretudo ativos de risco como as ações, de diminuição da aversão ao risco e aumento da complacência perante a incerteza. Este fenómeno ficou mais visível desde o resultado da primeira volta das eleições francesas, com as sondagens a afastarem Marine Le Pen do Eliseu”, comenta João Queiroz, diretor de banca online do Banco Carregosa.

“A perceção do risco soberano dos países da periferia também melhorou. Mas não foi só isso: o calendário de apresentação de resultados nos EUA, em média, surpreendeu pela positiva com estimativas de crescimento de dois dígitos nos lucros”, reforça Queiroz.

"Há um sentimento geral dos investidores, sobretudo ativos de risco como as ações, de diminuição da aversão ao risco e aumento da complacência perante a incerteza. A perceção do risco soberano dos países da periferia também melhorou. Mas não foi só isso: o calendário de apresentação de resultados nos EUA, em média, surpreendeu pela positiva.”

João Queiroz

Banco Carregosa

Winners e laggers

No plano empresarial, também há motivos para pegar o touro pelos cornos. Algum do otimismo dos investidores em relação às cotadas está de regresso. Ou, pelo menos, a reputação do mercado nacional parece ter superado o trauma que foram as falências em catadupa do império Espírito Santo e Banif e ainda o caso da Portugal Telecom.

O próprio índice registou alguns ajustamentos nos últimos meses. Saiu o BPI depois da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank, entraram dois novos sócios para o PSI-20: Novabase e Ibersol.

Albino Oliveira, gestor de ativos da Patris Investimentos, nota que há um “regresso da confiança por parte dos investidores a algumas cotadas do PSI-20”. De facto, empresas como Mota-Engil, Navigator, Corticeira Amorim e Pharol têm estado em plena evidência na principal montra do mercado português: desde meados de novembro as ações acumulam ganhos entre 40% e 50%. Em relação à Novabase, a tecnológica liderada por Luís Paulo Salvado só chegou ao PSI-20 em março e o primeiro mês foi pautado por alguma ausência do mercado.

Winners da bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Em sentido contrário, Nos Montepio e CTT não conseguiram aproveitar o sentimento mais favorável que o mercado português tem evidenciado desde novembro e são as exceções na bolsa nacional, enquanto REN e BCP têm estado aquém do desempenho do PSI-20, ainda assim mantendo-se em terreno positivo.

Importa salientar, porém, que o banco liderado por Nuno Amado valoriza aproximadamente 25% desde o início do ano. “Está a beneficiar do comportamento do setor na Europa, mas o desempenho traduz também uma maior confiança dos investidores relativamente ao balanço da instituição após a realização do aumento de capital”, argumenta Albino Oliveira. O BCP apresenta contas trimestrais esta segunda-feira após o fecho da bolsa.

Laggers da bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Os riscos

O apetite no mercado nacional existe e pode durar, admitem os especialistas consultados pelo ECO. Mas este sentimento pode mudar de forma brusca a qualquer momento. E o touro vai embora.

“Por exemplo, uma deterioração no enquadramento económico, tendo em conta as atuais elevadas expectativas. Os indicadores de sentimento e atividade registaram nos últimos meses uma forte subida. Por outro lado, o movimento nas yields portuguesas foi também já bastante significativo…”, lembra Albino Oliveira. “Uma inversão no movimento (mesmo que temporária) em ambos os casos poderia ter um impacto negativo”, frisa o responsável.

"Uma inversão no movimento (mesmo que temporária) económico ou dos juros poderia ter um impacto negativo na bolsa portuguesa.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Para João Queiroz, as maiores preocupações que enfrenta a bolsa nacional neste momento são sobretudo exportadas. “No fundo, temos sempre receio de uma crise sistémica do setor bancário, de um resultado inesperado de processos eleitorais (dentro de um mês haverá três processos eleitorais), de um cisne negro ou de uma das dez bolhas dos EUA suscitar preocupações relevantes”, elenca o gestor do Banco Carregosa.

Seja como for, o touro chegou à bolsa portuguesa e parece estar bem alimentado. Olé, touro lindo!

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PSI-20 fecha a ganhar à boleia do BCP

O grande destaque do dia vai para o Millennium bcp que fechou a ganhar 4,19%, com as ações a cotarem nos 0,21 euros. A bolsa portuguesa está em máximos desde maio de 2016.

A bolsa portuguesa fechou como abriu — no verde. Mas conseguiu cimentar os ganhos, já que encerrou a sessão com uma progressão de 0,97%, naquela que foi a melhor sessão desde maio do ano passado, em termos de volume de transações registadas.

O grande destaque do dia vai para o Millennium bcp que fechou a ganhar 4,19%, com as ações a cotarem nos 0,21 euros. É necessário recuar a 12 de dezembro de 2016 para ter as ações do banco liderado por Nuno Amado a valer tanto. E porquê? O banco beneficiou na sessão de hoje dos bons resultados do Bank Millennium, a unidade polaca detida em 50,1% pelo banco português.

O lucro de 32,6 milhões de euros no primeiro trimestre, uma subida homóloga de 2,4%, levaram as ações do BCP a valorizar mais de 5%. O resultado líquido do banco polaco nos primeiros três meses deste ano mostraram uma subida de 6,9% em relação ao trimestre anterior. As ações do próprio Bank Millennium fecharam com uma valorização superior a 7% e a cotar nos 6,95 zlotys (1,63 euros). Mas as ações chegaram a ser transacionadas a 7,13 zlotys (1,67 euros) esta manhã.

Com apenas cinco cotadas a fechar no vermelho, de destacar que o PSI20 se mantém acima dos cinco mil pontos (5.046,16 pontos), uma fasquia que conseguiu ultrapassar na segunda-feira à boleia dos resultados da primeira volta das eleições presidenciais em França, que determinaram a passagem de Emmanuel Macron e Marine Le Pen para o escrutínio já agendado para 7 de maio.

O destaque negativo da sessão vai para a Pharol que fechou a perder 5,02%. Mota Engil (-0,82%), Semapa (-0,55%), Ren (-0,01%) e Altri (-0,001%) foram os outros títulos que também fecharam no vermelho, mas muito próximo da linha de água.

Em termos europeus, o cenário foi igualmente positivo com o Stoxx 600 a fechar com ganhos de 0,21%. Mas todas as outras praças europeias também fecharam no verde — com destaque para a valorização de 2,05% da bolsa de Atenas –com exceção da praça irlandesa (ISEQ) que fechou a cair 0,48%.

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BCP avança 6,24%. Banca europeia ganha com Emmanuel Macron

Emmanuel Macron ganhou a primeira volta em França e, além das obrigações da dívida, está a impulsionar o setor da banca na Europa. É o setor que mais ganha na bolsa. Só o BCP avança 6,24%.

A vitória de Emmanuel Macron na primeira volta das eleições francesas está a aliviar a tensão nos mercados que, esta segunda-feira, estão a avançar a todo o gás. No entanto, são os investidores da banca os que têm mais razões para celebrar. Em Portugal, as ações do BCP disparam 6,24% para 0,20 cêntimos cada título, sendo ainda as que, a esta hora, têm maior liquidez na bolsa.

Para o banco português, este é um máximo de todo o ano e uma das maiores valorizações intradiárias desde janeiro. Esta escalada sucede outra forte valorização na semana passada, em que as ações do BCP somaram 5,83% na última quarta-feira. Comparam só mesmo com a sessão de 31 de janeiro, o dia a seguir ao fecho da negociação dos direitos ao aumento de capital do banco liderado por Nuno Amado: nessa altura, os títulos do BCP avançaram 6,98%.

A generalidade dos setores está a assistir a ganhos esta segunda-feira, mas é o da banca o que está a gerar maiores ganhos nas bolsas europeias. Um índice que reúne as ações dos bancos da zona euro está a disparar 6,3%, segundo a Bloomberg. É a maior escalada do ano para o setor. “Podemos esperar um desempenho superior do setor financeiro em França e na Europa nos próximos dias à medida que o risco político diminui, algo que beneficiará todos os mercados de ações europeus”, confirmou Vincent Durel, da Fidelity International.

Os mercados têm assistido a uma reação positiva dos investidores aos resultados da primeira volta das eleições em França, com os índices a registarem fortes valorizações, sobretudo o francês CAC-40. Também o índice nacional, o PSI-20, está a assistir a ganhos esta segunda-feira. No mercado das obrigações, os juros da dívida portuguesa e francesa são dos que mais aliviam esta manhã.

Recorde-se que Emmanuel Macron e Marine Le Pen foram os candidatos que passaram à segunda volta, e que as sondagens antes das eleições dão como pouco provável que a candidata da Frente Nacional consiga bater Macron nessa segunda volta, a disputar a 7 de maio. Marine Le Pen era (e ainda é) uma nuvem a pairar sobre os mercados, sobretudo devido ao plano de retirar a França do euro.

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Nuno Amado: Entidades ligadas ao BES devem assumir custos do Novo Banco

  • Lusa
  • 19 Abril 2017

O presidente do BCP defende que devem ser as entidades ligadas ao BES a assumirem os custos da venda do Novo Banco (NB). Gestor assume ainda risco no nível de crédito do BCP.

O presidente do BCP considera que não faz sentido que acionistas de outros bancos suportem custos do Novo Banco, sem que entidades ligadas ao BES o façam, quando questionado sobre a atual negociação com os obrigacionistas do banco. “Não tenho informação sobre o processo do Novo Banco, mas não faz sentido os acionistas dos outros bancos suportarem custos sem que as entidades que estavam à volta do BES tenham também algum suporte”, disse Nuno Amado.

Nuno Amado disse ainda que “cada instituição é uma instituição” e que “não há um sistema financeiro, há diversos bancos com diversas realidades”. “E a do Novo Banco é uma realidade muito particular, muito especial, que não se pode expandir para o resto do setor”, frisou, sustentando ainda que nos últimos meses a situação teve uma evolução positiva, dando como exemplos a recapitalização do próprio BCP, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e a evolução do BPI.

O negócio de venda do Novo Banco à Lone Star prevê a alienação de 75% do banco ao fundo norte-americano, ficando o Fundo de Resolução com 25% (posição que poderá alienar a qualquer momento a um privado). Contudo, a concretização do negócio ainda está a sujeita a três condições. Uma delas passa por uma troca de obrigações com vista a melhorar o capital do Novo Banco em 500 milhões de euros, o que implicará penalizações para os seus detentores.

É esperado que seja brevemente apresentada a oferta de troca de obrigações aos seus detentores – sejam clientes institucionais ou de retalho -, desconhecendo-se ainda pormenores da operação. Por exemplo, poderá ser proposto um corte de juros ou aumento de maturidades dos títulos ou até uma solução que implique as duas modalidades. Também poderá ser proposto uma alteração no preço da obrigação.

Os obrigacionistas serão confrontados com o dilema de, caso não aceitem a solução proposta, o Novo Banco poder ser liquidado, com implicações também para os seus investimentos. Para já, com o contrato de promessa de compra e venda que foi assinado foi conseguido que desaparecesse o prazo de 02 de agosto de 2017 para o banco ser vendido ou liquidado, existindo o prazo indicativo da venda ser concretizada até ao final do ano, que pode ser dilatado.

BCP com nível de crédito em risco “muito elevado”

O presidente executivo do BCP reconheceu também que o banco ainda tem um nível de crédito em risco “demasiado elevado”, mas destacou que a instituição vai continuar a melhorar os rácios de cobertura na atual velocidade que considera ser a adequada. “Temos ainda um nível de crédito em risco ainda demasiado elevado, mas a diminuição que temos feito ano após ano, a melhoria dos rácios de cobertura que temos feito ano após ano tem sido muito relevante”, disse Nuno Amado, à margem da Conferência de Lançamento ‘Prémios Millennium Horizontes, em Lisboa.

O presidente executivo do BCP afirmou que esta tendência é para continuar este ano, sublinhando que o banco está a reduzir o nível de crédito em risco e a aumentar o rácio de cobertura na “velocidade certa”. “Não é saudável haver um aumento da velocidade para lá daquela que já existe e que é grande – mais de um bilião de euros por ano – porque isso colocaria o risco de haver alguma destruição de capital e capital é algo essencial”, frisou o gestor.

Nuno Amado justificou que “não há um efeito claro de haver mais crédito em risco nas dificuldades de financiamento”, até porque, na sua opinião, “não há dificuldades de financiamento à economia neste momento”. “Hoje em dia não há um problema de financiamento ao crescimento, o que havia até agora era a falta de confiança dos empresários e de falta de procura”, disse.

 

Rating do risco soberano português tem de melhorar

Nuno Amado, sublinhou ainda que “é essencial” que o risco soberano português “mostre sinais claros” de melhoria do rating, porque isso representa melhores condições de financiamento e de acesso aos mercados. “Em dezembro, quando me perguntavam qual o desejo empresarial para 2017, a única resposta que podia dar era que era bom que o risco soberano português mostrasse sinais claros de melhoria do rating [avaliação financeira]”, disse.

O presidente executivo do BCP sublinhou que essa melhoria do rating “é essencial para o país, mas também para os bancos e agentes económicos, porque permite condições de financiamento melhores e uma sustentabilidade e acesso aos mercados diferente”. “Esse é um desejo que faço e que deve estar na agenda de todos os intervenientes, seja políticos, seja empresariais”, reforçou.

Já na terça-feira, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou que “já está, pelo menos, na altura” de as perspetivas das agências internacionais de ‘rating’ sobre Portugal “começarem a ser um pouco mais positivos”. “Já está, pelo menos, na altura de os outlooks [perspetivas] começarem a ser um pouco mais positivos”, disse o governante no ECO Talks, em Lisboa, acrescentando que a revisão positiva dos outlooks, o que já começa a ser sinalizado por alguns analistas”, sublinhou.

O ministro afirmou que a economia está melhor, que as contas públicas estão controladas e que o sistema financeiro está “muito mais estabilizado”. Na sexta-feira, a agência de notação financeira DBRS publica relatório sobre o rating de Portugal.

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Ativos tóxicos da banca mais do que duplicam num ano

  • Rita Atalaia
  • 13 Abril 2017

Os ativos tóxicos levaram os bancos portugueses a pagar uma fatura de 6 mil milhões no ano passado, ou seja, 16 milhões por dia. Um montante que pesou nos resultados, mas não nos rácios de capital.

Muitos têm sido os alertas feitos pelas autoridades europeias para que os bancos reduzam o “peso” do malparado nos balanços. E não é por acaso. Apenas num ano, os ativos tóxicos mais do que duplicaram entre as maiores instituições financeiras portuguesas. BCP, BPI, Santander Totta, Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Novo Banco pagaram uma fatura de 16 milhões de euros por dia em empréstimos em incumprimento. Um montante que se refletiu nos resultados. Mas não nos rácios de capital, já que alguns bancos aumentaram o capital para absorver esse impacto.

Seis mil milhões. É este montante que os bancos tiveram de registar em imparidades no ano passado. Ou seja, mais do dobro em relação ao ano anterior. Este é um problema que assola o setor há alguns anos, especialmente desde a crise financeira. São perdas resultantes, essencialmente, de empréstimos que ficaram por pagar, que o setor tem procurado limpar do balanço, mas pagando uma fatura avultada.

Imparidades superam os seis mil milhões

Fonte: Bancos | Valores em milhões de euros | Rácios da CGD contam já com o plano de recapitalização e os do BCP com o aumento de capital de 1.330 milhões de euros.

Este montante pesou inevitavelmente nos resultados do setor. Se o Santander Totta e o BPI conseguiram resistir, o BCP viu os lucros recuarem. Já o Novo Banco continuou no vermelho e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) rebentou a escala…dos prejuízos. Foram as imparidades de mais de três mil milhões de euros que atiraram o banco estatal para o pior resultado de sempre. Já sem o peso destes ativos tóxicos, os resultados não foram assim tão negativos.

Vamos olhar para alguns exemplos. No caso do Novo Banco, apesar do resultado negativo em termos líquidos, em termos operacionais houve uma clara melhoria. O resultado operacional cresceu 209%, animado pela melhoria do produto bancário e pela redução dos custos operativos. E a CGD? O mesmo. O prejuízo recorde do banco liderado por Paulo Macedo reflete as elevadas imparidades reconhecidas pelo banco no ano passado, algo que já estava previsto no âmbito do programa de recapitalização. Mas sem este efeito, os resultados até subiram. No BCP, o lucro pode ter diminuído, mas o resultado operacional aumentou quase 130 milhões.

E os rácios? Mais fortes, mas só com aumentos de capital

Se há um indicador que tem vindo a dar sinais de melhoria são os rácios de capital dos bancos nacionais. No último retrato feito ao sistema bancário europeu, os bancos portugueses apresentaram maiores fragilidades do que a média dos pares europeus: enquanto a média nacional apontava para um rácio Common Equity Tier 1 (CET 1) de 11,18%, na Europa essa média era mais robusta, de 13,64%.

Mas o que é que isto significa na prática? São estes os rácios que as autoridades analisam para aferir a robustez de uma instituição num cenário de adversidade económica. Quanto mais baixo estiver o rácio, mais desprotegido está o banco.

Olhando para os bancos nacionais, há agora uma situação completamente diferente… para melhor. O Santander Totta destaca-se ao apresentar um rácio CET1 (faseado) de 15,7% e um rácio CET1 (totalmente implementado) de 14,9%, o mais elevado do sistema.

No BCP e na CGD também há melhorias…mas apenas graças aos aumentos de capital que foram feitos no âmbito dos planos de reestruturação. No banco liderado por Nuno Amado houve um aumento de capital de 1.330 milhões de euros para reforçar os rácios. E o resultado está vista. O banco apresenta um rácio CET1 (faseado) de 12,4% e um rácio CET1 (totalmente implementado) de 9,6%. O mesmo acontece na CGD, mas aqui o apoio do Estado é essencial para a manutenção de níveis acima dos 13%. Uma ajuda de quatro mil milhões de euros.

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Pharol dá um Oi ao PSI-20

Depois de uma segunda-feira negativa, o PSI-20 ficou hoje na linha de água. A subida de 10% da Pharol levou a praça lisboeta a registar uma ligeira subida de apenas 0,06%.

Contrariando os índices europeus que desceram praticamente todos, a praça lisboeta salvou-se, mas por pouco. Além da Pharol, a Mota Engil também contribuiu para o PSI-20 subir. A construtora nacional abriu em queda, mas deu a volta e fechou a valorizar mais de 3%. As ações do BCP e dos CTT também ajudaram.

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