Dos 897 milhões em dívida da Rioforte, Pharol espera recuperar 10%

Os prejuízos da Pharol melhoraram até setembro, mas a empresa já só espera recuperar 85,8 milhões de euros dos 897 milhões de euros investidos pela ex-PT SGPS em dívida da Rioforte.

A Pharol PHR 0,00% apresentou esta segunda-feira um resultado líquido negativo de 56,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, contra os 137 milhões de euros de perdas registadas em igual período do ano passado.

Além disso, a empresa de Luís Palha da Silva reviu em baixa o valor que espera reaver do investimento da ex-PT SGPS em dívida da Rioforte, sociedade do Grupo Espírito Santo: dos 897 milhões de euros injetados, a Pharol, a empresa que ficou com esse passivo e com uma participação de cerca de 23% na operadora brasileira Oi, já só espera recuperar 9,56% — ou seja, 85,8 milhões de euros.

Recorde-se que, anteriormente, a Pharol esperava recuperar 15% desse investimento. A revisão em baixa teve, assim, um impacto negativo de 48,7 milhões de euros nas contas da empresa, lê-se no relatório submetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na origem dessa revisão, as “declarações dos administradores judiciais, que referiram que não se pode excluir que o arresto de bens requerido pelo Ministério Público impeça, de forma prolongada ou mesmo definitivamente, a sua recuperação e distribuição pelos credores”.

A Pharol continua fortemente empenhada em reduzir os risco de variação de valor dos seus ativos e em controlar muito estritamente os seus custos operacionais.

Luís Palha da Silva

Presidente executivo da Pharol

A Pharol justifica ainda parte das perdas com custos operacionais de seis milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016, bem como uma desvalorização da opção de compra sobre ações da Oi no valor de 5,1 milhões de euros. A empresa garante ter reduzido os custos operacionais em 64%, para seis milhões de euros, contra os 16,9 milhões de euros no período homólogo.

O resultado dos primeiros nove meses deste ano foi ainda influenciado pelo “ganho líquido de 4,9 milhões de euros decorrente da reversão da imparidade registada sobre o investimento da Oi, no montante de 225,6 milhões de euros, que mais compensou a apropriação dos prejuízos acumulados da Oi” até setembro no montante de 220 milhões de euros.

Em igual período, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi negativo em seis milhões de euros, uma melhoria face aos 16,9 milhões de euros negativos um ano antes. “Esta redução é explicada por elevada redução de serviços de terceiros relacionados com consultoria e assessoria legal” e “menores custos com pessoal e menores impostos indiretos”. Os custos com pessoal atingiram os 1,6 milhões de euros, uma redução face aos 2,7 milhões de euros registados entre janeiro e setembro de 2015.

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Próximo iPhone poderá ser mais caro. Mas com ecrã curvo

A Apple poderá lançar um iPhone com ecrã curvo e tecnologia OLED no próximo ano, mas mais caro do que o habitual. Produção poderá ser um problema, mas a marca está a testar dez protótipos diferentes.

O iPhone 8, que deverá ser lançado no outono do próximo ano, poderá custar mais do que o habitual. Segundo avançou o The Wall Street Journal esta segunda-feira, a Apple estará a testar mais de dez protótipos do telemóvel — e com um ecrã curvo.

Para tal, a marca já terá pedido aos fornecedores para aumentarem a produção de ecrãs OLED, uma tecnologia que, caso chegue ao iPhone, permitirá ecrãs com cores mais naturais e profundas, assim como maiores resoluções do que as dos atuais telemóveis da Samsung, escreve o jornal. É, no entanto, mais cara do que a atual.

A tecnologia já foi adotada por fabricantes como LG, Google, Xiamoi e a própria Samsung, uma das fornecedoras da marca liderada por Tim Cook. Recorde-se que em meados de novembro, a Bloomberg avançou que os atuais produtores da tecnologia poderão não conseguir corresponder à procura, o que poderá levar a Apple a lançar só uma versão do iPhone com ecrã OLED ou, em último caso, a desistir, por agora, da tecnologia.

Isso explica-se ainda pelo facto de a Apple e a Samsung concorrerem diretamente no mercado dos smartphones, o que tem levado Tim Cook a diversificar a lista de fornecedores. A LG, a Japan Display e a Sharp compõem a lista, mas, frisa o The Wall Street Journal, têm capacidades de produção bastante inferiores à Samsung.

No entanto, é provável que a Apple avance para integração dos ecrãs OLED nos iPhones, que são melhores do que a tecnologia LCD atualmente usada. A marca está sob pressão para desenvolver um telemóvel que realmente convença os fãs no ano que vem: o iPhone assinala dez anos em 2018 e o iPhone 7, lançado este ano, não trouxe grandes novidades ao nível do design e das funcionalidades.

De acordo com o The Wall Street Journal, os contratos assinados neste campo entre a Apple e os fornecedores de ecrãs OLED poderá, a longo prazo, dar um novo e forte impulso ao segmento. Atualmente, segundo o jornal, algumas empresas deste setor não têm tido boas performances ao nível das contas.

O mercado de ecrãs OLED deverá superar o dos ecrãs LCD em receitas já no próximo ano, valendo 18,6 mil milhões e dólares. Em 2015, o mercado LCD gerou 20,8 mil milhões de dólares, contra os 10,6 mil milhões gerados pelos ecrãs OLED, segundo dados da IHS Markit, citados pelo jornal.

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Amazon e a luta contra a contrafação

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Novembro 2016

A plataforma de vendas online promete dificultar a vida àqueles que vendem produtos falsos com validações de autenticidade e instauração de processos.

A Amazon quer começar esta quadra festiva da melhor maneira — tanto para si como para os seus clientes — e anunciou uma guerra aberta contra os produtos contrafeitos. A venda destes tem ocorrido na Amazon Marketplace, uma versão da plataforma online que permite a terceiros ter os seus produtos junto àqueles que são comercializados oficialmente.

Este problema não é novo, mas a empresa americana nunca foi capaz de lidar diretamente com o assunto. O aumento da ocorrência destes casos, bem como da sua dimensão mediática — com a Apple a afirmar que 90% dos carregadores “originais” vendidos no site são tudo menos originais — levou a uma tomada de posição. “A Amazon tem tolerância zero em relação à venda de produtos contrafeitos no seu site”, declarou a empresa.

Entre as medidas a tomar estará a criação de uma base de dados na qual as marcas oficiais terão de se registar e, sempre que surgir um novo produto à venda que diga ser dessa marca, esse tem de ser aprovado pela marca para validar a sua autenticidade. O ataque direto aos copiadores também será mais forte: a empresa não se coibirá de processar alegados copiadores, uma determinação provada pelo avanço de três processos só este mês.

A origem desta súbita consciência do problema será a dificuldade que a empresa estará a ter em assinar contratos com novas marcas por esta não ser capaz de controlar as vendas de material não original — a lista incluí nomes como a NFL, a liga de futebol americano, e a MLB, a liga americana de basebol. A Birkenstock, fabricante das famosas sandálias ortopédicas, abandonou mesmo a plataforma em janeiro devido às contrafações.

Birkenstock junta-se à lista de produtos que saíram da Amazon
Birkenstock junta-se à lista de produtos que saíram da Amazon.Pixabay

As queixas também têm vindo dos vendedores mais pequenos que sentem que, assim que o seu produto se torna minimamente popular, são atacados por “copycats” que utilizam produtos de pouca qualidade para roubar mercado e manchar a imagem destes negócios de menor dimensão.

Existem já pessoas que se dedicam à compra destes produtos apenas para poderem posteriormente fazer uma avaliação negativa e reportar à Amazon. Este processo de reporte funciona rapidamente, mas tem-se assistido a um ciclo vicioso difícil de romper: comprar, reportar, suspensão de conta e criação de nova conta — sim, porque assim que são alvo de banimento, os criminosos fazem logo uma nova conta e continuam o negócio como se nada fosse.

Outras plataformas como a eBay e a Alibaba também têm apertado o cerco aos produtos falsos, numa altura em que dados mostram que a importação de contrafeitos perfaz já 2,5% da importação global.

Editado por Mónica Silvares

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Corticeira Amorim aprova dividendo extraordinário bruto de oito cêntimos

  • Lusa
  • 28 Novembro 2016

Acionistas da Corticeira Amorim, reunidos em assembleia extraordinária, aprovaram a distribuição parcial de reservas no valor de 10,6 milhões de euros.

São oito cêntimos por ação que os acionistas da Corticeira Amorim vão receber de dividendo bruto. Esta foi a decisão tomada esta segunda-feira de distribuir parcialmente 10,6 milhões de euros de reservas da empresa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Corticeira Amorim adianta que foi aprovado, “por unanimidade, a proposta de distribuição parcial de reservas distribuíveis no montante de 10.640.000 euros (…), equivalente ao valor bruto de 0,08 euros por ação”, a distribuir a partir de 16 de dezembro.

“O pagamento dos dividendos processar-se-á através da Central de Valores Mobiliários, sendo agente pagador o Banco BPI, S.A”, refere a empresa, noutro comunicado.

Ainda durante a assembleia-geral extraordinária foi aprovado por unanimidade o balanço intercalar individual da sociedade, reportado a 30 de setembro.

Recorde-se que no passado dia 4 de novembro a Amorim International Participations e a Investmark, sociedades detidas por António Ferreira Amorim e por Américo Ferreira Amorim, venderam de 10% do capital da Corticeira Amorim, que corresponde a um encaixe de 105,07 milhões de euros.

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Aprovação de projetos agrícolas demora mais

  • ECO e Lusa
  • 28 Novembro 2016

O ritmo de aprovações de projetos de investimento agrícola diminuiu no último ano, segundo o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal.

O ritmo de aprovações de projetos de investimento agrícola diminuiu no último ano, denuncia o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Um ano após a transição do Governo de Pedro Passos Coelho para o Executivo liderado por António Costa, e do anterior quadro comunitário de apoios PRODER para o atual Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), João Machado, em declarações à Lusa, considera que “as coisas não têm corrido tão bem como anteriormente”.

O presidente da CAP afirmou que “o ritmo que vinha do PRODER em termos de aprovação e pagamentos [de projetos]” não está a ser acompanhado pelo atual PDR, apesar de não faltarem projetos e intenções de investimento.

O investimento não parou. Há pessoas a quererem investir, mas os programas têm estado fechados e por isso não há candidaturas”, destacou.

A lentidão é justificada pelo Governo, segundo João Machado, com “as condições complicadas” em que encontravam os projetos que tinham sido candidatados aos fundos comunitários e se acumularam.

O dirigente da CAP salientou que os promotores têm sentido “mais dificuldade em receber os pagamentos” e esperam mais tempo.

Em meados deste mês, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse na Golegã que a taxa de execução do PDR 2020 rondava os 24% e mostrou-se empenhado em recuperar o atraso que disse ter encontrado quando entrou em funções há um ano, acrescentando que os cerca de 30.000 projetos que foram entrando nos sucessivos avisos de abertura dos concursos devem estar regularizados “até ao final do primeiro trimestre” de 2017.

Agricultores recebem mais de 6,7 milhões

Os agricultores portugueses elegíveis irão receber 6,73 milhões de euros, num total de 435 milhões a distribuir pelos Estados-membros provenientes de um fundo de reserva de crise, que não foi utilizado na totalidade.

As verbas começaram a ser pagas a partir de 1 de dezembro, aos agricultores portugueses elegíveis para pagamentos diretos.

França é o país que maior verba vai receber (mais de 90,7 milhões de euros), seguindo-se a Alemanha (60 milhões), a Espanha (quase 55,9 milhões), a Itália (39 milhões) e o Reino Unido (38,8 milhões de euros).

A Política Agrícola Comum determina a dedução de uma parte dos pagamentos diretos para criar uma reserva de crise para o ano agrícola, montante que é devolvido aos agricultores se não for utilizado.

 

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OE2017: Atribuição de benefícios fiscais a PME que se instalem no interior aprovada por unanimidade

  • Lusa
  • 28 Novembro 2016

A proposta que prevê a atribuição de benefícios fiscais em sede de IRC para as PME que se instalem em territórios do interior foi hoje aprovada por unanimidade, e entrará em vigor no próximo ano.

A proposta que prevê a atribuição de benefícios fiscais em sede de IRC para as pequenas e médias empresas (PME) que se instalem em territórios do interior foi hoje aprovada por unanimidade, e entrará em vigor no próximo ano.

Os deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) cumprem hoje o terceiro dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) e aprovaram, por unanimidade, a proposta de alteração submetida pelo PS.

De acordo com a proposta de alteração hoje aprovada, e que entrará em vigor com o orçamento para o próximo ano, “às empresas que exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial ou de prestação de serviços em territórios do interior, que sejam qualificadas como micro, pequena ou média empresa (…) é aplicável a taxa de IRC de 12,5% aos primeiros 15 mil euros de matéria coletável”.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), o Governo estabelecia que para usufruir destes benefícios fiscais, as empresas não podiam ter salários em atraso.

Além disso, devem exercer atividade e ter direção efetiva nas áreas beneficiárias, não resultarem de cisão efetuada nos dois anos anteriores à usufruição dos benefícios e a determinação do lucro tributável ser efetuada com recurso a métodos diretos de avaliação ou no âmbito do regime simplificado de determinação da matéria coletável, acrescenta o documento.

Este benefício fiscal “não é cumulativo com outros benefícios de idêntica natureza, não prejudicando a opção por outro mais favorável”, refere a proposta de OE2017.

A delimitação das áreas territoriais beneficiárias é estabelecida por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, das autarquias locais e do planeamento e das infraestruturas e obedece a critérios como a emigração e envelhecimento, a atividade económica e o emprego, o empreendedorismo e a infraestruturação do território, prossegue o documento.

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Teixeira Duarte passa de lucros a prejuízos

Grupo Teixeira Duarte registou até setembro prejuízos de 26,3 milhões de euros. A empresa imputa este valor às variações cambiais e ao aumento das imparidade com a participação no BCP.

A Teixeira Duarte fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízos de 26, 3 milhões de euros o que compara com o lucro de 17 milhões registado no período homólogo do ano anterior, anunciou a empresa esta segunda-feira em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa justifica estes prejuízos com a variação das diferenças cambiais e a variação da perda por imparidade na participação do BCP que em setembro foi de 16,2 milhões de euros, enquanto nos primeiros nove meses de 2015 tinha sido de 10,7 milhões de euros.

A Teixeira Duarte reconhece que registou prejuízos nos primeiros nove meses do ano, apesar do melhor desempenho operacional das empresas do grupo face ao terceiro trimestre do ano anterior. No terceiro trimestre do ano, o grupo registou mesmo um resultado positivo de 9,5 milhões de euros que, compara com os prejuízos registado no período homólogo de 2015, de 7,2 milhões de euros.

Já o volume de negócios do grupo atingiu os 828 milhões de euros, uma diminuição de 17,6% face aos primeiros nove meses de 2015. Por seu turno os mercados externos, que representavam 84,1% no final de setembro de 2015, caíram 17,9% passando a representar 83,8% do total do volume de negócios do grupo Teixeira Duarte. A Venezuela foi o mercado que mais caiu (44,2%), logo seguida por Angola (31,7%) e Espanha (26,8) e Brasil (2,8). O peso dos mercados externos só aumentou na Argélia (19,9%) e em Moçambique (12,2%).

Os proveitos operacionais caíram 16,9% para os 863 milhões de euros e os custos operacionais diminuíram 21,9% para os 713,4 milhões de euros negativos.

O EBITDA cresceu 19,6% para os 149,9 milhões de euros para o período em análise. Já os resultados financeiros agravaram-se 47,8% para os 97 milhões de euros negativos.

O endividamento líquido do grupo aumentou 1,6% em relação ao fim do ano passado, sendo a 30 de setembro de 1.166 milhões de euros. Com a autonomia financeira do grupo a passar dos 18,1% no final de 2015 para os 15,8% no final de setembro.

O número médio de trabalhadores no final dos primeiros nove meses do ano era de 11.534, cerca de 13,7% mais baixo do que o registado em dezembro de 2015. A empresa imputa esta descida à diminuição da atividade.

Estes dados são conhecidos depois deste fim de semana se ter ficado a saber que a empresa pediu o estatuto de empresa em reestruturação para poder despedir cerca de 300 trabalhadores no espaço de três anos. A empresa justificou o pedido com a necessidade de alargar a quota de trabalhadores possivelmente abrangidos pelo mencionado Regime Jurídico da Proteção ao Desemprego.

Neste período a Teixeira Duarte investiu 41,9 milhões de euros.

A carteira de encomendas era no final de setembro de 2.109 milhões de euros, o que representa um queda de 5,5% face ao final de 2015.

A Teixeira Duarte adianta em comunicado que para 2016 “prevê atingir proveitos operacionais não superiores a 1.200 milhões de euros, refletindo uma diminuição da atividade provocada pelas dificuldades de acesso a dívidas em mercados externos”. Esta realidade, acrescenta o grupo “tem implicado uma adequada redução das estruturas, o que, associado à dificuldade de ampliação de financiamentos em Portugal, tem conduzido ao ajustamento da capacidade produtiva do grupo”.

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EDP Renováveis assina contrato de 20 anos nos EUA

  • Rita Atalaia
  • 28 Novembro 2016

A subsidiária da EDP continua a reforçar a sua presença nos EUA, apesar dos receios provocados pela eleição de Trump. A EDP Renováveis assinou um contrato de venda de energia que vai durar 20 anos.

A EDP Renováveis está a reforçar a presença nos EUA. A subsidiária da EDP assinou um contrato de venda de energia para 75 megawatts nos EUA. Um acordo que foi assinado com a Wabash Valley Power Association e que vai durar duas décadas.

“A EDP Renováveis, S.A. (“EDPR”), através da sua subsidiária EDP Renewables North America LLC, estabeleceu um contrato (“CAE”) de 20 anos, com a Wabash Valley Power Association, para a venda de energia produzida por 75 MW”, lê-se no comunicado enviado ao regulador do mercado, sem revelar mais detalhes financeiros.

O sucesso da EDPR em assegurar novos CAEs [contratos] reforça o seu perfil de baixo risco e a sua estratégia de crescimento baseada no desenvolvimento de projetos competitivos com visibilidade de longo-prazo.

EDP Renováveis

Com este novo contrato, a empresa de energia renovável já assegurou 1,1 gigawatts de contratos nos EUA para projetos a serem instalados entre 2016 e 2020 e reforçou “o seu perfil de baixo risco e a sua estratégia de crescimento baseada no desenvolvimento de projetos competitivos com visibilidade de longo prazo”. No mesmo comunicado, a empresa adianta ainda que o parque eólico MeadowLake VI está localizado no Estado do Indiana e que as operações devem arrancar em 2018.

Esta aposta é feita apesar dos receios em torno das energias renováveis nos EUA. No programa de Governo, Donald Trump prometeu libertar 50 biliões de dólares de reservas de gás natural, petróleo e xisto. E ainda centenas de reservas de carvão, ignorando as energias “verdes”. Para além disso, quer ajudar os EUA a tornarem-se, e manterem-se, totalmente independentes da importação de energia da OPEP ou de quaisquer países “hostis aos nossos interesses”.

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PS, BE e PCP aprovam novo adicional ao IMI

  • Lusa
  • 28 Novembro 2016

Os partidos que suportam o Governo no Parlamento aprovaram hoje o novo adicional ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), que entrará em vigor com o orçamento do próximo ano.

Os partidos que suportam o Governo no parlamento – PS, Bloco de Esquerda e PCP – aprovaram hoje o novo adicional ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), que entrará em vigor com o orçamento do próximo ano.

Os deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) cumprem hoje o terceiro dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) e aprovaram a proposta de alteração submetida pelo PS sobre o adicional ao IMI, uma medida que contou com os votos contra do PSD e do CDS.

Também o PCP e o CDS tinham apresentado propostas de alteração – o primeiro defendia um desenho diferente da medida e o segundo queria a sua eliminação – mas ambas foram chumbadas.

Atualmente, os proprietários de imóveis com valor patrimonial tributário (VPT) superior a um milhão de euros são tributados em sede de Imposto do Selo (IS) sobre a totalidade daquele valor a uma taxa de 1%.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), o Governo introduziu a substituição desta forma de tributação imobiliária pela criação do adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), com a qual pretendia aplicar uma taxa de 0,3% aos contribuintes que detivessem património imobiliário (excluindo imóveis industriais e afetos ao turismo) avaliados em mais de 600.000 euros.

No entanto, durante a especialidade, o grupo parlamentar do PS apresentou uma proposta de substituição a este artigo do OE2017, excluindo os imóveis afetos ao comércio e serviços e introduzindo taxas diferentes consoante se trate de um contribuinte particular ou de uma empresa e em função do VPT global em causa.

De acordo com esta proposta de alteração, agora aprovada na especialidade, os contribuintes singulares (particulares) vão ficar a pagar uma taxa de 0,7% sobre o VPT global dos imóveis detidos entre os 600 mil e um milhão de euros e de 1% para o valor que exceda um milhão de euros.

Já os contribuintes coletivos (empresas) vão pagar uma taxa de 0,4% sobre a totalidade do VPT dos imóveis detidos.

Os prédios que pertençam a entidades sujeitas a um regime fiscal mais favorável, os chamados paraísos fiscais, ficam sujeitos a uma taxa de 7,5%.

Ainda no âmbito das alterações ao IMI, o CDS apresentou uma proposta de alteração para que os partidos políticos passem a pagar IMI, sendo que atualmente estão isentos relativamente aos imóveis que funcionem como sedes partidárias.

A proposta, que contou com os votos favoráveis do BE e do CDS, foi rejeitada com os votos contra do PS e do PCP e com a abstenção do PSD.

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Tensão em Itália arrasta PSI-20

  • Rita Atalaia
  • 28 Novembro 2016

Os receios sobre a sobrevivência da banca italiana estão a pressionar as principais praças europeias. E o PSI-20 não escapou a esta incerteza, pressionada pela banca e pela energia.

A tensão em Itália está a contagiar os mercados. Os bancos italianos correm o risco de falir caso o Governo de Renzi caia num referendo que acontece a 4 de dezembro. Um risco que penalizou os mercados acionistas e a que o PSI-20 não ficou imune. Se, por um lado, o BCP desceu quase 2%, por outro, a Galp Energia não reagiu à recuperação dos preços do petróleo.

 

 

 

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Pode um youtuber ajudar a CNN?

  • Leonor Rodrigues
  • 28 Novembro 2016

O canal de televisão norte-americano aposta em Casey Neistat para atrair público mais jovem. O youtuber será responsável por criar uma nova startup dentro da CNN.

Casey Neistat é a nova aposta da CNN. O canal televisivo norte-americano quer atrair público mais jovem e, para o conseguir, vai contar com a ajuda da estrela do Youtube, que soma mais de 5,8 milhões de seguidores.

Esta segunda-feira a CNN anunciou a compra da aplicação móvel desenvolvida por Neistat, Beme, no entanto, sem revelar por quanto. O que se sabe é que a ideia é desativar essa mesma app e que Casey Neistat crie um novo projeto noticioso, mas dentro da própria CNN.

De acordo com a perceção que tem através do seu público, o youtuber afirmou ao The New York Times que os jovens não confiam nas notícias e nos próprios meios de comunicação e é precisamente para alterar essa tendência que a CNN quer ter uma figura próxima e de confiança da audiência mais jovem do seu lado. A nova empresa de Neistat vai difundir notícias, recorrendo, como seria de esperar, ao vídeo e a outras tecnologias.

casey-neistat
Casey Neistat vai criar o seu próprio projeto noticioso dentro da CNN.

“Não será o que a maioria das pessoas pensa como ‘notícias’ mas vai ser relevante para as conversas diárias que nominam as nossas vidas”, afirma a CNN em comunicado.

A nova startup de Neistat deverá ser lançada já no verão do próximo ano e a CNN garante que o produtor terá “total controlo criativo” no projeto que se pretende totalmente novo.

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Portabilidades: Nos condenada a pagar 5,3 milhões euros à Meo

A operadora foi condenada em setembro a ressarcir a Meo em 5,3 milhões de euros por atrasos no envio de documentação relativa a portabilidades. Caso remonta a 2011 e a operadora vai recorrer.

A operadora Nos NOS 0,00% foi condenada pelo Tribunal Judicial de Lisboa a pagar “aproximadamente 5,3 milhões de euros” à Meo no âmbito de um processo por “alegadas portabilidades indevidas” que remonta a 2011, antes mesmo da fusão Zon/Optimus e do rebranding que, da Tmn, fez nascer a Meo. A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada pelo ECO.

Segundo consta no Relatório e Contas relativo ao terceiro trimestre (página 98), o processo diz respeito ao período entre março de 2009 e julho de 2011. A Meo terá pedido uma indemnização no valor de 10,3 milhões de euros à operadora de Miguel Almeida, “a título de compensação” por essas portabilidades, lê-se no relatório. Nessa altura, a Nos contestou.

O tribunal terá, depois, julgado “sem efeito” esse mesmo pedido. No entanto, em setembro deste ano, a operadora acabou por ser condenada ao pagamento de 5,3 milhões de euros, não pela “existência de portabilidades indevidas”, mas pelo “mero atraso no envio de documentação”. A empresa informa ainda que vai recorrer da decisão.

E vice-versa

A questão das portabilidades entre as operadoras não é nova e a guerra judicial vai muito além da sentença proferida em setembro contra a Nos. É que, também em 2011, a Nos interpôs um processo contra a Meo, reclamando uma indemnização de 22,4 milhões de euros por alegadas violações do Regulamento da Portabilidade pela Meo.

Segundo a Nos, em causa está o “avultado número de recusas injustificadas de pedidos de portabilidade por aquela operadora” entre fevereiro de 2008 e fevereiro de 2011. O processo ainda está em curso, pelo que se desconhece o seu desfecho. A empresa garante existirem, “em termos substantivos, boas probabilidades de a Nos poder obter vencimento na ação”, apontando que a concorrente já foi “condenada” pela Anacom “pelos mesmos ilícitos”.

No entanto, se a operadora perder o processo, admite que terá à sua responsabilidade “custas processuais” que poderão ascender a um milhão de euros.

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