Airbus fecha negócio recorde de 50 mil milhões. Boeing responde à altura

  • Juliana Nogueira Santos
  • 15 Novembro 2017

O fundo de investimento norte-americano Indigo Partners encomendou 430 aviões à Airbus, sendo este um negócio recorde. A concorrente norte-americana não esperou muito tempo para responder.

Várias pessoas esperam pela apresentação do Aiurbus A320neo, em 2014.Airbus

A fabricante de aviões Airbus anunciou o maior negócio da sua história, tendo conseguido 49,5 mil milhões de dólares pela venda de 430 aviões A320neo. A compra foi feita pelo fundo de investimento norte-americano Indigo Partners e vai permitir à Airbus ganhar vantagem sobre as suas concorrentes no Dubai Air Show, uma feira de aviões que está a decorrer no Dubai.

O Indigo Parterns, que detém as transportadoras low cost Frontier Airlines nos EUA, JetSMART no Chile, Volaris no México e Wizz Air na Hungria, duplica assim a sua frota de Airbus, tornando-se ao mesmo tempo um dos maiores clientes da empresa francesa. O negócio inclui 273 mais pequenos e 157 de uma versão maior.

Na conferência de imprensa após o negócio, o presidente do fundo, Bill Franke, afirmou que este compromisso “sublinha a nossa visão otimista do potencial de crescimento da nossa família de companhias low cost, bem como a certeza de que a família A320neo é uma plataforma para esse crescimento”. Para a Airbus, representada na conferência pelo CCO John Leahy, este é um negócio “muito gratificante para nós” e que consolida a Indigo como “um cliente e apoiante extraordinário”.

Este poderá não ser o último negócio da Airbus no Dubai Air Show, visto que esta terça-feira já tinha vendido 25 aviões da mesma família a uma companhia aérea do Médio Oriente. O objetivo da fabricante francesa é aumentar as encomendas nesta feira, na qual tem estado bem atrás das suas principais concorrentes norte-americanas.

A notícia da venda recorde foi bem recebida nos mercados. Na Bolsa de Paris, as ações da empresa AIR 2,46% francesa estão a levantar voo, seguindo a ganhar 4,01% para 86,89 euros.

Conheça melhor o Airbus A320neo

Boeing responde com negócio de 27 mil milhões

Pouco menos de se saber que a Airbus tinha conseguido fechar este negócio recorde, uma das suas maiores concorrentes dá uma resposta à altura. A Boeing anunciou que a flydubai encomendou 225 aviões do modelo 737 MAX, totalizando um negócio de 27 mil milhões de dólares. Esta é, segundo a fabricante norte-americana, a maior encomenda alguma vez feita por uma companhia aérea do Médio Oriente.

Kevin McAllister, presidente executivo da Boeing, afirmou que esta está “honrada porque a flydubai escolheu ser um operador totalmente Boeing por muitos anos.” A Bloomberg avança que, inicialmente, este negócio era para ser dividido entre a Boeing e a Airbus, mas a norte-americana conseguiu levar a melhor.

A companhia aérea estatal do Dubai completa assim 320 encomendas feitas à Boeing, 67 das quais do modelo 737.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h31 a resposta da Boeing)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Indemnizações serão alargadas aos feridos graves dos incêndios

  • ECO e Lusa
  • 15 Novembro 2017

O Governo assume que, no início, deu prioridade às vítimas mortais, mas que o apoio vai ser alargado aos feridos graves. A fatura dos meios aéreos extraordinários poderá ascender aos 5,4 milhões.

O Governo pretende alargar as indemnizações aos feridos graves dos incêndios, como defendeu o Presidente da República, esclareceu o primeiro-ministro, António Costa. Durante uma visita a uma unidade industrial atingida pelos incêndios de 15 de outubro, em Oliveira de Frades, António Costa salientou que, inicialmente, o Governo deu prioridade às vítimas mortais, mas que vai “alargar o apoio às vítimas de ferimentos graves”.

“Já temos um sistema muito célere de apoio às vítimas mortais e a nossa intenção é alargar esse mecanismo aos feridos graves, visto que a comissão que foi constituída está em condições de, nas próximas duas semanas, concluir o relatório, apresentando os critérios das indemnizações das vítimas mortais e de fazer o mesmo em relação aos feridos”, disse o primeiro-ministro.

Segundo o chefe do Governo, “o sistema aprovado pelo Conselho de Ministros é muito mais célere do que a lei que o senhor Presidente da República promulgou e se destina aos danos em geral, desde os danos materiais a danos das mais diversas naturezas”.

“Nessa resolução, o Estado assumiu diretamente o pagamento das indemnizações, sem prejuízo de depois vir a exercer o direito de regresso sobre quem quer que seja, primeiro às vítimas mortais, que era prioritário, e vamos agora alargá-lo também às vítimas de ferimentos graves e, portanto, não implica nenhuma votação na Assembleia da República”, explicou aos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou na segunda-feira o diploma do parlamento que estabelece medidas de apoio às vítimas dos incêndios de junho, mas com ressalvas, convidando à “reapreciação da matéria, em especial na parte respeitante aos feridos graves”.

Após António Costa ter anunciado o alargamento, o Presidente da República mostrou-se satisfeito com a decisão do Governo de apoiar os feridos graves dos incêndios. “Vi com satisfação que o senhor primeiro-ministro acabou de anunciar uma medida que, ao promulgar a lei da Assembleia da República, vai cobrir uma área daqueles que ficaram feridos graves e que ficaram de fora dos diplomas aprovados, mas era justo que fossem cobertos”, adiantou o Presidente da República.

Meios aéreos extraordinários passam fatura de 5,4 milhões

Após o encerramento da fase Charlie e ainda com o país a arder, o Governo foi obrigado a contratar meios aéreos extraordinários para dar resposta às ocorrências. Os contratos, a título extraordinário, foram assinados diretamente com as empresas do setor e têm como data final esta quarta-feira. Dois meses volvidos e 11 contratos depois, a fatura final poderá atingir os 5,4 milhões de euros.

As contas são feitas pelo jornal Público, na edição desta quarta-feira, que junta os contratos feitos pela antiga ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que contratou 12 meios aéreos por 15 dias, um encargo de 1,2 milhões de euros, e os assinados pelo seu substituto, Eduardo Cabrita, que contratou 17 aeronaves por 1,4 milhões de euros, mais 27 aeronaves com o valor de 2,7 milhões de euros.

Ainda assim, este número não será o final, visto que os contratos preveem que sejam pagas apenas as horas voadas, não tendo sido realizada qualquer hora extraordinária, afirma o Ministério da Administração Interna. A partir desta quarta-feira, o Governo passa a ter disponíveis apenas seis meios aéreos próprios, três helibombardeiros Kamov e três helicópteros ligeiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 1.300 trabalhadores saíram dos principais bancos até setembro

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

A maior vaga de saídas aconteceu no Novo Banco, sendo os dados referentes a agosto, seguido do BPI e, em terceiro lugar a Caixa Geral de Depósitos.

Mais de 1.300 trabalhadores saíram entre janeiro e setembro dos cinco principais bancos que operam em Portugal e pelo menos mais 500 ainda sairão até ao início de 2018, segundo contas feitas pela Lusa.

A maior vaga de saídas aconteceu no Novo Banco. Apesar de este ainda não ter apresentado resultados dos primeiros nove meses do ano, a Comissão de Trabalhadores já tinha indicado à Lusa que até agosto saíram 400 trabalhadores do banco, que agora pertence ao fundo norte-americano Lone Star.

do BPI saíram este ano 347 trabalhadores até setembro, a maior parte no âmbito do processo de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, lançado pelo grupo espanhol Caixabank quando passou a controlar o banco.

A terceira maior redução de pessoal aconteceu na Caixa Geral de Depósitos, com menos 298 trabalhadores entre janeiro e setembro no âmbito do programa de saídas acordadas.

Do Santander Totta saíram 269 pessoas nos primeiros nove meses do ano, grande parte também por acordos de rescisão e reformas. E, por fim, no BCP a redução foi de 52 trabalhadores até setembro.

Contudo, este processo de diminuição de pessoal ainda não terminou e centenas trabalhadores bancários ainda vão sair até ao início de 2018.

A CGD já disse que, tendo em conta os acordos já estabelecidos para reformas normais, pré-reformas ou rescisões voluntárias, vai cumprir a meta de redução do quadro de pessoal em 550 pessoas em 2017. Ou seja, sairão ainda este ano pelo menos mais 250 funcionários do banco público.

O BPI também já indicou que mais 250 ainda sairão até inícios de 2018. Isto porque dos mais de 500 funcionários que acordaram sair do banco há cerca de 250 que já assinaram a saída mas cuja efetividade da saída só acontecerá no final deste ano ou mesmo nos primeiros meses de 2018.

Também do Santander Totta ainda sairão mais “algumas dezenas” até dezembro, disse recentemente o presidente do banco, Vieira Monteiro.

No BCP também deverão rescindir mais trabalhadores, mas ao ritmo existente até setembro. Depois das significativas saídas de centenas de trabalhadores nos últimos anos, o presidente do BCP, Nuno amado, já tinha dito, em março, que este ano haveria uma normalização das rescisões, antecipando então que poderão sair cerca de 100 funcionários no total de 2017.

Do Novo Banco, não são conhecidas previsões para final de 2017, mas é provável que a saída de trabalhadores continue nos últimos meses do ano.

Quanto ao número de funcionários que têm os principais bancos, em setembro, o grupo CGD tinha 7.835 trabalhadores em Portugal, segundo contas da Lusa, descontando os 298 trabalhadores que saíram até setembro, face aos 8.133 que tinha em final de dezembro de 2016. Já o BCP tinha, no final de setembro, 7.281 trabalhadores na operação doméstica, o Santander Totta 5.841 funcionários e o BPI tinha 5.178 empregados. Já o quadro de pessoal do Novo Banco era composto por 5.678 pessoas em agosto, últimos dados conhecidos. Quanto à Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), depois de em 2016 terem saído mais de 400 trabalhadores, nos primeiros nove meses deste ano o banco mutualista até aumentou o quadro de pessoal em 22 pessoas, para 3.610. Já no total do grupo CEMG, eram 3.817 os funcionários, mais nove do que em dezembro passado.

Nos últimos anos, os bancos têm vindo a reduzir consideravelmente as suas estruturas, desde logo com cortes de trabalhadores, com o objetivo de reduzir custos e melhorar resultados. Em 2016, cerca de 2.000 trabalhadores saíram dos cinco principais bancos a operar em Portugal (CGD, BCP, Santander Totta, Novo Banco e BPI), quase o dobro dos cortes de postos de trabalho feitos em 2015.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

REN: Aumento de capital torna “dividendo mais interessante”

  • ECO
  • 15 Novembro 2017

Administrador acredita que mais acionistas vão afirmar compromisso na operação que visa financiar a compra da EDP Gás. Até porque o dividendo fica mais interessante com as novas ações mais baratas.

Ao emitir novas ações a um preço mais baixo, a REN considera que o aumento de capital vai tornar o dividendo da empresa “mais interessante”, esperando com isso atrair muitos investidores para conseguir realizar a operação de reforço de capital de 250 milhões de euros.

A REN RENE 2,58% prevê aumentar o capital através da venda de novos títulos com o preço de 1,877 euros, o que representa um desconto de 25% face ao preço teórico sem direitos de subscrição. O resultado deste aumento de capital vai servir para financiar a compra da EDP Gás, num negócio avaliado em 530 milhões de euros.

Para o administrador financeiro da REN, Gonçalo Morais Soares, este desconto representa uma oportunidade para os investidores. “Quando se faz esta operação, em que se emitem ações com um preço mais baixo, dada a nossa intenção de manter o dividendo (17,1 cêntimos), o dividendo ainda se torna mais interessante”, referiu o CFO (chief financial officer) da gestora da rede elétrica nacional em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).

Com cerca de 30% dos principais acionistas a indicarem um compromisso irrevogável de que vão participar na operação, o responsável diz que a empresa continua a “receber algumas intenções de acionistas e, até ao início do aumento de capital, uma percentagem maior de acionistas terá demonstrado o seu interesse em ir”.

Gonçalo Morais Soares revelou ainda que a REN deverá ir ao mercado com uma emissão de obrigações muito brevemente, procurando obter um montante entre 300 e 400 milhões de euros. “O momento do mercado continua a ser bom”, disse.

"Quando se faz esta operação, em que se emitem ações com um preço mais baixo, dada a nossa intenção de manter o dividendo (17,1 cêntimos), o dividendo ainda se torna mais interessante.”

Gonçalo Morais Soares

CFO da REN

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bens apreendidos vão ser vendidos em leilões online

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

Plataforma e-leilões vai vender bens apreendidos, recuperados ou declarados perdidos a favor do Estado, no âmbito de processos nacionais ou de atos de cooperação judiciária internacional.

Os bens apreendidos, recuperados ou declarados perdidos a favor do Estado, em processos-crime ou resultantes de cooperação judiciária internacional, vão passar a ser vendidos na plataforma eletrónica e-leilões, segundo um protocolo que será esta quarta-feira assinado.

Plataforma eletrónica de leilões, e-leilões

Este protocolo, a celebrar entre o Ministério da Justiça, o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) e a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), vai permitir, através da plataforma e-leilões, a venda em leilão eletrónico dos bens apreendidos, recuperados ou declarados perdidos a favor do Estado, no âmbito de processos nacionais ou de atos de cooperação judiciária internacional, cuja administração é assegurada pelo gabinete de administração de bens do IGFEJ.

“Assim, por exemplo, um carro de alta cilindrada que seja apreendido pela Polícia Judiciária no âmbito de um processo-crime por tráfico de droga poderá ser, mediante a celebração deste protocolo, vendido em leilão eletrónico, permitindo assim a sua valorização, a dispensa de custos relacionados com armazenamento e manutenção e o incremento dos níveis de transparência, publicidade e celeridade”, explica a OSAE, em comunicado.

Um carro de alta cilindrada que seja apreendido pela Polícia Judiciária no âmbito de um processo-crime por tráfico de droga poderá ser vendido em leilão eletrónico, permitindo assim a sua valorização, a dispensa de custos relacionados com armazenamento e manutenção e o incremento dos níveis de transparência, publicidade e celeridade.

Comunicado da OSAE

A plataforma e-leilões, desenvolvida e gerida pela Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, está em funcionamento desde maio de 2016 e, desde setembro deste ano, também permite a venda de bens no âmbito dos processos de insolvência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quer investir nas obrigações para o retalho? Subscrições arrancam hoje

Arranca esta quarta-feira o período de subscrição das obrigações do Tesouro direcionadas para os pequenos investidores. Tem duas semanas.

Pretende investir nas Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV)? Já o pode fazer. Arranca esta quarta-feira o período de subscrição destes títulos de dívida direcionados para os pequenos investidores. Basta ir ao banco e fazer a sua aplicação. Mas tenha cuidado para não ser surpreendido com as comissões bancárias. Há muitas que retiram interesse ao investimento.

Durante as próximas duas semanas (até dia 28) vai poder subscrever um dos produtos de poupança do Estado mais populares entre as famílias portuguesas. Estas OTRV têm a maturidade de cinco anos (vencem em dezembro de 2022) e pagam um juro de 1,1%. É baixo? Talvez, mas também não há muitas alternativas no mercado.

Esta nova emissão de OTRV vai decorrer num período em que muitos portugueses recebem o subsídio de Natal. Foi justamente para aproveitar esta folga nas carteiras das famílias que o Governo voltou a procurar financiamento junto do retalho português, aproveitando ainda a maré baixa dos juros nos mercados para baixar o custo de financiamento da sua dívida.

Como nas anteriores operações, é expectável que se assista a uma corrida dos pequenos investidores atrás destes títulos. Se a procura exceder a oferta, haverá lugar a rateio.

Por outro lado, importa também ter em atenção que as OTRV são subscritas nos balcões dos bancos e por isso há encargos indesejados com comissões bancárias que deprimem a rentabilidade que se pode extrair com estes títulos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bankinter passou a ter o spread da casa mais baixo do mercado

O banco espanhol passa a oferecer um spread mínimo de 1,15%, ficando abaixo do BCP, Santander Totta e Popular que cobram a partir de 1,25%.

O Bankinter reviu em baixa o seu leque de spreads no crédito à habitação, passando a oferecer a margem mínima mais baixa do mercado. O banco espanhol passa a exigir um spread mínimo de 1,15% a quem contratar um empréstimo para a compra de casa de taxa variável. Antes, a margem mínima que o Bankinter cobrava era 1,25%. O banco também cortou a margem máxima de spreads que passou dos 3,7% para os 3,2%.

O novo leque de spreads surge no preçário do Bankinter que entra em vigor a partir desta quarta-feira, sendo que o banco já está a publicitar este valor em destaque no seu site. Trata-se da primeira vez no espaço de quatro meses em que há um banco a descer o limite mínimo de spreads. A última vez que aconteceu foi em agosto, quando o Popular desceu a sua margem mínima dos 1,7%, para os 1,25%, igualando assim o valor contido no preçário do Santander Totta que está próximo de concluir a aquisição dos seus ativos em Portugal, faltando apenas o aval dos reguladores.

Ao descer o seu spread mínimo para 1,15%, o Bankinter passa a oferecer a margem mínima mais baixa do mercado, já que deixa de igualar o mínimo que continua em vigor no BCP, Santander Totta e Popular — 1,25% — e que era até agora o valor mais baixo possível de conseguir.

“O facto de termos voltado a lançar a oferta mais competitiva em Crédito Habitação no mercado português mostra o nosso empenho em sermos uma referência em Portugal e que continuamos a apoiar as famílias portuguesas nos seus projetos mais importantes”, refere Alberto Ramos, Country Manager do Bankinter Portugal, num comunicado enviado às redações esta quarta-feira.

A nova margem mínima cobrada pelo Bankinter aplica-se no primeiro patamar da nova grelha de spreads do banco que passa de dois para três níveis, sendo válida apenas para empréstimos acima de 150 mil euros. Para montantes de financiamento entre os 100 mil e os 150 mil euros, passa a vigorar um spread de 1,35%, enquanto para valores abaixo dos 100 mil euros o banco cobra um prémio de 1,50%.

Estes níveis de spreads dependem da subscrição de outros produtos do banco. É necessário que os clientes subscrevam seguros de vida, multirriscos e proteção ao crédito, bem como façam a domiciliação de ordenado no Bankinter, tal como explica o preçário do banco. A última vez que o banco espanhol tinha descido o seu spread mínimo foi em janeiro deste ano.

(Notícia atualizada às 10h00 com mais informação contida em comunicado enviado pelo Bankinter)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Arranca o prazo para subscrição das OTRV. Sonae presta contas aos investidores. Banco de Portugal atualiza números do crédito ao consumo. Conheça os temas que vão marcar o dia desta quarta-feira.

Quer investir em OTRV? Arranca esta quarta-feira o período de duas semanas para que possa subscrever estes títulos com maturidade de cinco anos. É também o dia em que a Sonae presta contas aos investidores. Em Nova Iorque, será leiloado um retrato raro da autoria de Leonardo Da Vinci e que deverá superar os 100 milhões de dólares.

Arranca período para investir nas OTRV

Começa esta quarta-feira o período de subscrição das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), um instrumento financeiro destinado aos pequenos investidores. A subscrição pode ser feita nos balcões dos bancos até ao próximo dia 28 de novembro. A maturidade destes títulos é de cinco anos e pagam um juro de 1,1%, numa altura em que muitos portugueses recebem o subsídio de Natal.

Sonae apresenta contas aos investidores

A Sonae vai apresentar resultados dos primeiros nove meses do ano após o fecho das bolsas esta quarta-feira. Estima-se que a retalhista tenha registado um lucro de 63 milhões de euros no terceiro trimestre, de acordo com a Bloomberg. A confirmar-se, o grupo liderado por Paulo Azevedo fechará os primeiros nove meses de 2017 com ganhos de 135,89 milhões.

Crédito ao consumo em máximos

O Banco de Portugal (BdP) atualiza esta quarta-feira os dados sobre o crédito ao consumo no mês de setembro. Na última divulgação soube-se que os portugueses pediram um total de 4.276 milhões de euros em crédito nos primeiros oito meses do ano, 563,5 milhões só em agosto. O montante representou um recorde no histórico dos registos da entidade liderada por Carlos Costa.

Retrato de Da Vinci poderá bater recorde

Um retrato raro da autoria de Leonardo da Vinci, pintado algures em 1500 e que se pensava estar perdido, vai esta quarta-feira a leilão em Nova Iorque pelas mãos da leiloeira Christie — e poderá bater um recorde. É considerada a última obra de Da Vinci em mãos privadas e a base de licitação encontra-se estimada em 100 milhões de dólares. Segundo a Bloomberg, será ainda leiloado um tributo a Da Vinci da autoria de Andy Warhol, intitulado Sixty Last Suppliers, cujo montante base é estimado em 50 milhões de dólares.

Controlo de Murdoch sobre a Fox está em risco

O controlo de Rupert Murdoch sobre a 21st Century Fox está em risco, refere a Bloomberg. Decorre esta quarta-feira a assembleia-geral de credores da gigante norte-americana dos media mas, desta vez, o magnata não poderá contar com a defesa do príncipe Alwaleed bin Talal, que já vendeu toda a posição que detinha na Fox. A reunião decorrerá em Los Angeles e deverá começar às 18h00 (hora de Lisboa).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Professores em greve. Porque não progridem como os outros?

  • Marta Santos Silva
  • 15 Novembro 2017

Esta quarta-feira os professores ameaçam fechar escolas pelo país fora devido ao modelo de descongelamento de carreiras, que lhes vai deixar nove anos de serviço "perdidos". Qual a diferença em jogo?

É dia de greve nas escolas portuguesas, convocada pelo principal sindicato dos professores, a Fenprof, e motivada principalmente pela proposta do Governo para o descongelamento das progressões nas carreiras da administração pública, que deixa os professores numa situação que consideram ser de desvantagem relativamente aos funcionários públicos do regime geral.

Na carreira docente, os anos de serviço durante o período em que as carreiras estiveram congeladas — cerca de nove anos no total — não vão contar para a progressão agora que vai voltar a ser possível subir de escalão, com o novo Orçamento do Estado. Os representantes dos professores, como a Fenprof, veem com revolta este fator. “Um país que não estima os seus professores, a ponto de pretender desprezar mais de nove anos de serviço cumprido, não pode afirmar – e se afirma, não fala verdade – que tem a Educação como prioridade”, lia-se num comunicado da Fenprof. “Aliás, apagar tempo de serviço que foi cumprido com reconhecido mérito, até no plano internacional, é uma injustiça, um desrespeito e uma tremenda desconsideração dos professores”.

Qual é então a diferença que deixa alguns professores revoltados? Na carreira docente, sem congelamentos, um professor progride habitualmente de escalão a cada quatro anos de serviço, se tiver uma classificação mínima de Bom na sua avaliação e cumprir as horas necessárias de formação profissional.

As carreiras da Função Pública estiveram congeladas entre 2011 e 2017, e ainda durante mais um ano e meio entre 2005 e 2007, e para os professores esse tempo de trabalho não será contabilizado para avançar na carreira. Isso significa que só progredirão já em janeiro os professores que em 2011 tinham reunido condições de avançar, ou seja, cerca de 46 mil pessoas. Os restantes terão de esperar agora para reunirem as condições, partindo do ponto onde estavam em 2011.

no caso dos funcionários públicos no regime geral, existem dois tipos de progressões. A progressão apelidada “automática” acontece quando um funcionário tem dez pontos acumulados na avaliação anual de desempenho. Visto que existem quotas para as notas mais altas, que representam mais pontos, a maioria dos funcionários recebe um ponto por ano — mudando de escalão uma vez a cada década de trabalho. Também existem progressões gestionárias, em que o diretor de um serviço pode decidir a progressão de um trabalhador com notas elevadas na avaliação de desempenho.

A diferença em relação aos professores é que as avaliações e pontos acumulados por estes funcionários do regime geral durante os anos do congelamento vão agora ser recuperados para permitir ao trabalhador que tenha entretanto atingido os dez pontos progredir para o escalão superior. Um professor, por sua vez, que estivesse a dois anos de progredir em 2011 vai agora ter de cumprir esses dois anos de serviço, se nada mudar na proposta atual.

Os professores que hoje fazem greve pretendem, entre outras reivindicações, que o seu tempo de serviço seja contabilizado e que o Governo lhes permita subir de escalão para o nível remuneratório onde estariam atualmente se não tivesse havido congelamento entre 2011 e 2017. No entanto, existe precedente nos Orçamentos do Estado dos anos anteriores para não ter em conta o tempo de serviço prestado durante o congelamento, surgindo escrito que não seria “contado para efeitos de promoção e progressão, em todas as carreiras, cargos e / ou categorias, incluindo as integradas em corpos especiais”.

A acontecer, inédita seria a não consideração do tempo que os professores cumpriram, o que estes, porém, com a sua luta, não deixarão que aconteça

Comunicado da Fenprof

Mas haveria histórico para uma recuperação gradual do tempo de serviço “perdido” após um período de congelamento, lembra a Fenprof num dos seus comunicados: “Os professores não admitem tamanha falta de respeito por anos de esforço, mas meritório exercício profissional, e lembram que a recuperação gradual do tempo de serviço perdido já aconteceu no início dos anos 90, através de um instrumento legal aprovado após negociação com o governo de Cavaco Silva, tendo sido integralmente contado já pelo governo de António Guterres. Portanto, a acontecer, inédita seria a não consideração do tempo que os professores cumpriram, o que estes, porém, com a sua luta, não deixarão que aconteça”.

Costa garante que cronómetro da carreira dos professores vai voltar a contar

O secretário-geral do PS afirmou na noite de terça-feira que o cronómetro da carreira dos professores vai voltar a contar para efeitos de progressão, mas que a reposição imediata e total dos anos de congelamento custaria 650 milhões de euros.

Esta posição foi assumida por António Costa no final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que durou cerca de três horas e em que a questão do descongelamento das carreiras dos professores foi um dos principais temas em análise.

“Os professores não vão ficar de fora do processo de descongelamento das carreiras. Os professores foram objeto de uma medida que compreendo que os revolte e que a considerem injusta quando há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão”, disse. De acordo com o primeiro-ministro, a proposta de Orçamento do Estado para 2018, porém, “vai de novo pôr o cronómetro a funcionar”.

Os professores não vão ficar de fora do processo de descongelamento das carreiras. Os professores foram objeto de uma medida que compreendo que os revolte e que a considerem injusta quando há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão.

António Costa

Primeiro-ministro

“Este Governo não está a congelar, mas a descongelar, não está a cortar, mas a repor aos professores e a todos os trabalhadores da Administração Pública o direito a progredirem na sua carreira”, frisou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street desliza para o negativo na incerteza fiscal

  • Marta Santos Silva
  • 14 Novembro 2017

A incerteza à volta da reforma fiscal nos EUA, que parece nunca mais vir, continua a penalizar as bolsas norte-americanas -- os índices de referência caíram pelo terceiro dia nos últimos quatro.

As bolsas norte-americanas voltaram a cair, pelo terceiro dia nos últimos quatro, após ontem, segunda-feira, terem fechado num verde pouco seguro.

As hesitações dos investidores devem-se à incerteza à volta da reforma fiscal prometida por Donald Trump, que já não deverá vir este ano. Na Europa, a tendência era semelhante: uma maré vermelha à qual só escapou o PSI-20 lisboeta.

O índice de referência da bolsa norte-americana S&P 500 caiu 0,23%, para os 2.578,87 pontos. Com uma queda ligeiramente mais acentuada esteve o tecnológico Nasdaq, que desceu 0,29% para os 6.737,87 pontos, enquanto o Dow Jones, o índice industrial, ficou mais próximo da neutralidade, perdendo apenas 0,13% para se fixar nos 23.409,47 pontos.

Amanhã, quarta-feira, pode ser que novos indicadores ajudem a dar um empurrão às bolsas norte-americanas. Os dados divulgados amanhã incluem a inflação e as vendas a retalho nos EUA, que poderão pintar um retrato mais claro da maior economia mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol rejeita ser devedora do Espírito Santo International

  • Marta Santos Silva
  • 14 Novembro 2017

A casa mãe do Grupo Espírito Santo pede 750 milhões de euros à Pharol, mas a antiga PT vai contestar a existência desta dívida assim que ela seja feita em tribunal.

A Espírito Santo Internacional (ESI), casa mãe do Grupo Espírito Santo (GES), reclama 750 milhões de euros em dívida à Pharol. No entanto, em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol rejeitou ser devedora da ESI, aguardando ser citada em tribunal para poder contestar esta acusação.

“A PharoL, SGPS, S.A não é devedora a qualquer título da Espirito Santo International, S.A. (“Insolvente”) pelo que aguarda a sua citação na anunciada acção judicial para poder contestar e exercer todos os direitos de protecção dos Stakeholders da PHAROL, SGPS, S.A.”, lê-se no documento divulgado pela Pharol.

A ESI colapsou em 2014, juntamente com todas as empresas do GES, e exige agora 750 milhões à Pharol, de acordo com uma nota publicada no site das insolvências de empresas do GES no Luxemburgo. A nota, assinada por Alain Rukavina e Paul Laplume, os curadores que gerem a insolvência da ESI, refere que foi nomeado um terceiro curador apenas para este processo.

Em causa estão três transferências, feitas pela ESI para a Pharol em fevereiro de 2014: a 10 de fevereiro de 2014, no valor de 500 milhões de euros; a 13 de fevereiro de 2014, no valor de 200 milhões de euros; e a 20 de fevereiro de 2014, no valor de 50 milhões de euros. Ao todo, estas transferências ascendem a 750 milhões de euros. As transferências dizem respeito a reembolsos de dívida. Entre outubro e novembro de 2013, a antiga PT, através da PT International Finance BV e da PT SGPS, subscreveu títulos de dívida de curto prazo da ESI, no valor total de 750 milhões de euros. Em fevereiro de 2014 (nas datas acima referidas), a ESI reembolsou este montante à PT, incluindo juros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP quer agravar taxa de solidariedade paga pelos mais ricos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 14 Novembro 2017

Proposta aumenta a taxa adicional de solidariedade que abrange rendimentos coletáveis acima de 80 mil euros. Em causa estão menos de 1% dos agregados familiares, aponta o PCP.

O PCP quer agravar a taxa adicional de solidariedade que abrange rendimentos coletáveis acima de 80 mil euros. Numa proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2018, os comunistas defendem que o número de agregados familiares nesta situação representam menos de 1% do total.

A proposta, que já deu entrada no Parlamento, aumenta a taxa adicional de solidariedade de 2,5% para 3% no caso de rendimentos coletáveis entre 80 mil e 250 mil euros, e de 5% para 6% quando estão em causa rendimentos mais altos.

“Assinala-se que o número de agregados familiares em que o rendimento coletável, por contribuinte, é superior a 80 mil euros representam menos de 1% do número total de agregados familiares“, diz o grupo parlamentar do PCP na nota justificativa que acompanha a proposta.

“Os impostos, além do objetivo central de financiamento das funções do Estado, têm também uma função redistributiva que visa garantir uma repartição mais justa e equitativa da riqueza nacional, a qual passa por um alívio fiscal aos trabalhadores, aos reformados e pensionistas, às famílias e aos micro e pequenos empresários e, simultaneamente, por uma tributação mais adequada dos grupos económicos, das grandes empresas e das grandes fortunas”, adianta ainda a nota, apontando para outras “medidas de desagravamento fiscal, em sede de IRS, para os rendimentos mais baixos e intermédios, para as quais o PCP deu um contributo decisivo”.

Rendimentos de capital e prediais englobados

Ainda no âmbito do IRS, o PCP também quer “que os contribuintes com rendimentos mais elevados — superiores a 100 mil euros anuais — tenham os seus rendimentos de capital e prediais sujeitos obrigatoriamente a englobamento” para efeitos de tributação, conforme explica a nota justificativa de outra proposta.

Os comunistas explicam que os contribuintes com ganhos mais elevados não optam por englobar os rendimentos de capital e prediais porque as taxas liberatórias e as taxas especiais “são significativamente inferiores”. E isto “configura uma iniquidade fiscal, diz o PCP, dando o exemplo: a um trabalhador “que ganhe 2.500 euros mensais é aplicada uma taxa efetiva de IRS de 28%, idêntica à taxa aplicada ao acionista de uma grande empresa que recebe 50 milhões de euros em dividendos!”

Deduzir rendas anteriores a 1990

Numa terceira proposta, o PCP também quer permitir que as rendas anteriores a 1990 possam ser deduzidas à coleta. O Código do IRS permite atualmente a dedução, até 502 euros, de rendas de habitação permanente, mas apenas nos casos de contratos celebrados ao abrigo do Regime do Arrendamento Urbano ou do Novo Regime do Arrendamento Urbano.

“Com a alteração ao Novo Regime do Arrendamento Urbano, levado a cabo pelo anterior Governo PSD/CDS, as rendas anteriores a 1990 (também conhecidas como rendas antigas) sofreram agravamentos significativos”, adianta o PCP, defendendo que “não se justifica” que os contribuintes nesta situação, “maioritariamente idosos”, “continuem privados da possibilidade de deduzirem as rendas à coleta do IRS”. Por isso, propõe uma alteração ao Código, “visando permitir que esses contribuintes possam beneficiar desta dedução”, explica a nota justificativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.