Pharol afunda 9% e soma perdas com novo plano de reestruturação da Oi

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Dezembro 2017

Os investidores continuam a não ver com bons olhos o novo plano de reestruturação da Oi. Desde que este foi comunicado aos mercados, os títulos da Pharol já desvalorizaram 16%.

O novo plano de reestruturação da Oi continua a castigar as ações da Pharol. Esta quarta-feira, a brasileira apresentou as medidas de reestruturação, 18 meses depois de ter entrado num processo de recuperação judicial devido à elevada dívida. Os investidores continuam a não ver com bons olhos a proposta, que inclui a conversão de dívida em ações, e a Pharol — uma das acionistas — continua a somar quedas.

Como comunicado pelo novo presidente da Oi, Eurico Teles, o plano vai permitir uma conversão da dívida até 75% do capital da telecom brasileira. Isto quer dizer que, assim que o plano de recuperação da Oi estiver concluído, serão os credores a ficarem com o controlo da operadora, com os atuais acionistas a verem as suas participações reduzidas.

Com a Pharol a deter 27% da Oi e a prever uma redução acionista, os títulos da portuguesa já desvalorizaram 16% desde que o plano foi comunicado aos mercados. Esta quinta-feira, as ações da telecom já estiveram a perder 8,71%, seguindo agora a perder 7,67% para 26,5 cêntimos.

Pharol afunda 9%

Para além desta operação, o novo plano da Oi prevê um aumento de capital de quatro mil milhões de reais, um montante abaixo do que estava estabelecido na versão anterior do plano. Esta foi a quinta alteração ao plano e tudo aponta para que seja finalmente aprovado, dado que foi negociado previamente com a maioria dos credores e inclui este aumento de capital.

(Notícia atualizada às 8h48 com mais informação.)

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Governo quer todos os postos de combustível a vender botijas de gás

  • ECO
  • 14 Dezembro 2017

Governo quer que postos de combustível passem a vender botijas de gás. Projeto de decreto-lei inclui também a vontade de fazer empresas aceitarem todas as garrafas vazias.

Para promover a redução do preço do gás engarrafado, em Portugal, o Governo quer tornar obrigatória a venda de botijas na generalidade dos postos de combustível. A proposta faz parte de um projeto de decreto-lei atualmente em consulta pública, que refere também a vontade de forçar as empresas a aceitarem todas as garrafas vazias, mesmo as dos seus concorrentes, sem custos adicionais para os consumidores que as entregarem. As medidas deverão ser, em breve, discutidas, em Conselho de Ministros, avança o Público.

Neste momento, existem em Portugal 50 mil postos de venda de botijas de gás, um número que irá crescer com a entrada em vigor deste novo regime. Excluídos da alteração ficam apenas: os postos de combustível nas autoestradas, em aglomerados urbanos com gás canalizado ou sem dimensão necessária para que sejam cumpridos os requisitos técnicos e de segurança. Todos os outros terão de criar uma área destinada ao armazenamento das garrafas, de modo a “constituir reservas para fins comerciais”. Estas adaptações deverão estar concluídas até seis meses após a entrada em vigor da linha legislativa em causa, ou os postos arriscam coimas que variam entre os 500 e os 44.890 euros.

Além do alargamento dos postos de venda das botijas, o documento prevê igualmente a criação de tabelas de equivalência (com cinco tipologias de acordo com o peso e tara) para facilitar a troca direta de garrafas e de regras sobre a retenção das mesmas. A troca direta acontecerá “no ato de aquisição de uma garrafa equivalente” e não estará sujeita ao pagamento de qualquer caução pelo consumidor. A entrega posterior aos operadores deverá realizar-se através de “mecanismos de armazenagem e transporte que assegurem o tratamento não discriminatório”.

O gás engarrafado constitui 3% da matriz energética portuguesa, com 2,6 milhões de famílias a depender destas botijas para cozinhar e aquecer água. O funcionamento e financiamento destas alterações legislativas ficarão a cargo das empresas e a sua fiscalização será da responsabilidade da Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis — pelo menos até à criação de uma entidade fiscalizadora especializada para o setor energético. A regulação ficará nas mãos da Entidade Reguladora para os Serviços Energéticos.

Esta não é a primeira vez que um regime com estas características está em cima da mesa. No ano passado, as empresas travaram em tribunal um diploma semelhante. Nessa ocasião, a taxa que teriam de pagar para reaver as suas próprias garrafas foi uma das principais objeções. Este ano, já esteve em consulta pública uma segunda versão da proposta, sem a taxa e com normas agora refletidas no projeto de decreto-lei em estudo.

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Lisboa espera por Draghi em território negativo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Dezembro 2017

A espera pelas últimas declarações do ano do BCE está a deixar as praças europeias à espera em terreno vermelho. Pesos pesados e energia pressionam Lisboa.

As últimas declarações do ano por parte do Banco Central Europeu (BCE) estão a deixar as bolsas europeias à espera em terreno negativo. Lisboa não é exceção, com o principal índice nacional a perder 0,20%.

Após a Reserva Federal dos Estados Unidos ter subido a taxa de juro diretora pela terceira vez este ano, as atenções viram-se para a Europa, com a última reunião do BCE. Nesta, e como indicam os analistas do BPI no Diário de Bolsa, “a hipótese mais provável é que o BCE reveja em alta as suas previsões para o crescimento do PIB para 2018”.

Ainda assim, os pesos pesados do índice nacional e o setor energético seguem a pressionar, com todas as cotadas a negociar em terreno negativo. O BCP perde 0,42% para 25,92 cêntimos, enquanto a Jerónimo Martins desliza 0,15% para 16,15 euros. Na energia, a EDP desliza 0,17% para 0,93 euros, a EDP Renováveis perde 0,18% para 6,61 euros e a Galp cai 0,51% para 15,65 euros.

Em queda continuam as ações da Pharol que, desde que foi anunciado o novo plano de reestruturação da Oi, já desvalorizaram quase 15%. Na sessão anterior, as ações da telecom chegaram a desvalorizar 9%, tendo fechado a sessão a cair 8%. Esta quinta-feira, as ações seguem a desvalorizar 5,92% para 27 cêntimos, tendo expandido perdas para 7,67% nos primeiros minutos de negociação.

A destacar-se do resto das cotadas está a Sonae, que esta manhã de quinta-feira avança 1,49 para 1,15 euros.

Na Europa, o dia também é de perdas, com as principais praças europeias a perderem entre 0,10% e 0,29%. Enquanto o francês CAC-40 desliza 0,10%, o espanhol IBEX-35 cai 0,18%, o alemão DAX desvaloriza 0,19 e o agregador Stoxx 600 perde 0,29%.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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Centeno: Está na hora de “recolher os benefícios” dos esforços passados

  • Margarida Peixoto e Juliana Nogueira Santos
  • 14 Dezembro 2017

Em entrevista à CNBC, Mário Centeno, recém-eleito presidente do Eurogrupo, defende que não se trata de ser contra a austeridade, mas de recolher os louros dos esforços passados.

Mário Centeno, ministro das Finanças português e recém-eleito presidente do Eurogrupo, defende que está na hora de a Europa “recolher os benefícios” dos esforços passados. Em entrevista à CNBC, Centeno frisa que há pontos em comum entre os países do euro sobre a união bancária e que é preciso avançar.

“Não é bem uma questão de ser a favor ou contra a austeridade”, disse o ministro português, que tomará posse como presidente do Eurogrupo a 13 de janeiro. “É compreender que a reação que obtivemos do lado da oferta, através das reformas, precisa agora de ser respondida com alguma reação do lado da procura”, explicou o responsável. “E a Europa está em muito boa posição para fazê-lo”, garantiu.

A cadeia de televisão adianta ainda que Centeno quer deixar claro para os cidadãos europeus que os esforços que fizeram valeram a pena e que agora está na hora de “recolher os benefícios”.

Sobre as reformas que estão em curso para a união económica e monetária, Centeno reconheceu que será preciso “tempo e paciência”, mas frisou que “é preciso completar a união bancária”. E neste sentido, apesar de isto “significar coisas diferentes para cada membro do Eurogrupo”, é possível encontrar pontos em comum. “Temos de nos concentrar nos pontos em comum que certamente temos, e nós temo-los, eles existem”, assegurou.

“Temos de fazer progresso, e se este progresso tem de ser à medida, de acordo com a vontade dos países de avançar mais depressa em áreas específicas, penso que isso não será um problema”, somou ainda Mário Centeno.

“Brexit será certamente um choque negativo para todas as economias”

Mário Centeno sublinhou ainda a importância do desafio colocado pela saída do Reino Unido da União Europeia, assumindo que “é um desafio que é certamente um choque negativo para todas as economias“. Por isso, o próximo presidente do Eurogrupo defende que os governos devem dar tempo às economias para se adaptarem a esta “reforma estrutural”.

Ainda assim a Europa deve continuar o seu caminho: “De um choque negativo podemos e devemos construir soluções positivas”, defendeu.

Já quanto às dificuldades que a chanceler alemã, Angela Merkel, tem encontrado para formar governo, Centeno desvalorizou. “Se olhar para trás e vir os resultados da eleição holandesa, depois os da eleição francesa, e até certo ponto as eleições alemãs, temos sido capazes na Europa de encontrar soluções que estão basicamente no centro do desenvolvimento da Europa”, argumentou. “Eu não estaria tão preocupado com isso”, disse.

Perdão da dívida grega? Só depois de completar o resgate

Em cima da mesa esteve também a possibilidade de perdão de dívida à Grécia, a pouco mais de meio ano antes de o pais concluir o seu terceiro resgate financeiro. Mário Centeno considerou que, ainda que as autoridades gregas estejam a fazer “um excelente trabalho”, o programa tem de ser completado para depois se pensar em perdão.

“Estamos convencidos que vai ser completado a meio de 2018, agosto de 2018. Esperamos que as autoridades gregas continuem o excelente trabalho que têm feito nos últimos anos para atingir todas as medidas e metas que temos no programa”, afirmou o ministro das Finanças português. “E aí, voltando à ideia de reforma e de ter paciência, o que as instituições precisam é de apoiar a Grécia depois das reformas”, concluiu, sobre este assunto.

Na entrevista à CNBC, houve ainda tempo para adereçar o novo plano fiscal de Donald Trump. Para Centeno, este não pode prejudicar os parceiros comerciais do país e, para isso não acontecer, tem de haver cooperação.

“A forma como o processo globalização ajudou as nossas economias a avançar e a ir mais à frente não pode ser agora posto em causa por política que, ainda que sejam compreensíveis numa ótica nacional, têm de ser coordenadas com os parceiros comerciais“, alertou Centeno. “É nossa obrigação trabalhar com as autoridades os Estados Unidos para prevenir a evasão fiscal e a competição desleal entre países”.

(Notícia atualizada às 11h14 com as declarações sobre a Grécia e os Estados Unidos)

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Atual Governo manteve nível de financiamento à Raríssimas

  • ECO
  • 14 Dezembro 2017

Em 2014, o Governo de Passos Coelho concedeu à Raríssimas 1,2 milhões, de apoio público por 39 camas. O montante manteve-se com o atual Governo.

A IPSS Raríssimas recebeu o mesmo nível de apoios do Instituto da Segurança Social e da Administração Regional com o atual Governo que tinha recebido durante o Executivo de Pedro Passos Coelho. Esta informação é uma correção face à avançada esta quinta-feira pelo Diário de Notícias e que o ECO citou.

Em 2014, o valor orçamentado de apoios públicos à Raríssimas era de 1,2 milhões, por 39 camas e esse montante mantém-se, retifica o Observador.

De acordo com um despacho publicado em maio de 2017 com efeitos a 1 de janeiro e citado pelo jornal, o Governo financiou a Raríssimas através dos ministérios da Saúde e da Segurança Social com 1,211 milhões. Este montante deve ser comparado com o valor previsto, em 2015 para 2016, de 1,215 milhões e não com os 287,6 mil milhões de 2014 já que, em 2015, houve um aumento do número de camas — passou de 30 para 39.

Protocolo fundação fantasma

O jornal i noticia esta quinta-feira que Paula Brito e Costa assinou um protocolo de cooperação com uma fundação sueca da mesma área, a Ågrenska, apontando a Raríssimas como fundação. O protocolo foi assinado na presença do ministro Vieira da Silva, mas o diário não conseguiu determinar se ele próprio terá inscrito o seu nome do documento.

No entanto, a Raríssimas não é uma fundação, mas apenas uma associação. Paula Brito e Costa já tinha apresentado o pedido para que essa passagem fosse feita, sendo que a Direção Geral da Segurança Social, que está sob a tutela do ministro do Trabalho e da Segurança Social, emitiu um parecer negativo para que não acontecesse.

O diário aponta assim que Vieira da Silva soubesse, aquando da assinatura do protocolo entre a Foundation Raríssimas and Casa dos Marcos e a Ågrenska Foundation que a primeira não era, de verdade, uma fundação.

(Notícia corrigida: o título original dava conta de uma quadruplicação do valor dos apoios da Raríssimas, quando na verdade se manteve)

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Raríssimas “não será caso único”, admite Carlos César

  • ECO
  • 14 Dezembro 2017

Carlos César assume que o caso da Raríssimas não será único na solidariedade social, e aponta a área inspetiva e fiscalizadora como uma das "deficiências" do Estado.

No seguimento do caso Raríssimas, Carlos César admite que, ainda que existam no país “milhares de IPSS e misericórdias que tornam Portugal um bom exemplo na assistência social e integração”, este “não será um caso raro”, apontando a “área inspetiva e fiscalizadora” como uma das “deficiências” do país.

Numa entrevista dada ao jornal Público e Rádio Renascença, o presidente do Partido Socialista afirma: “Uma das deficiências do Estado é na área inspetiva e fiscalizadora — e não só no que toca à rede de solidariedade social“, sublinhando que o que aconteceu na Raríssimas “não será caso único” e “terá outros contornos noutras instituições“.

Quando questionado sobre se este caso pode afetar a imagem do ministro Vieira da Silva, o socialista nega tal possibilidade, garantindo que “temos em Portugal milhares de IPSS, misericórdias, etc., que tornam Portugal um bom exemplo na assistência social e integração”.

"Se encontrou razões para se demitir 24 horas depois, certamente teriam sido as mesmas razões que teria encontrado 24 horas antes.”

Carlos César

Sobre o ex-secretário de Estado da Saúde

Em relação à demissão do secretário de Estado da Saúde e às sucessivas remodelações que têm sido feitas no Executivo de António Costa, César considera que, se Manuel Delgado “encontrou razões para se demitir 24 horas depois, certamente teriam sido as mesmas razões que teria encontrado 24 horas antes“. Ainda assim, o presidente do PS garante que este não é o tempo — ou melhor, a estação — para remodelações, visto que estas não “têm uma época do ano”, “muito menos no inverno”.

“Se há uma época do ano para uma renovação, pelo seu simbolismo, é a primavera, época da luz e de esperança”, conclui.

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Amancio Ortega abandona administração de 53 filiais da Inditex

  • ECO
  • 14 Dezembro 2017

Aos 81 anos, o fundador do grupo Inditex abandona os últimos cargos que ocupava na empresa. Processo de sucessão começou em 2011, com a escolha de Pablo Isla para as funções executivas.

Amancio Ortega abandonou todas as funções de administração que ainda ocupava no grupo que fundou, a Inditex. O espanhol deixou de ser administrador de 53 filiais do grupo, todas em La Coruña, avançou o jornal espanhol Expansión, citando um comunicado divulgado pelo Registro Mercantil em La Coruña, no mesmo dia em que a Inditex apresentou resultados.

Aos 81 anos, Amancio Ortega deixa assim todos os cargos que ainda mantinha no grupo têxtil espanhol, dando seguimento ao processo de sucessão iniciado em 2011, com a escolha de Pablo Isla para a direção da empresa.

O grupo, que apresentou uma subida de faturação de 9,5% para os 17.963 milhões de euros, anunciou ainda esta semana que se prepara para vender 16 lojas da marca Zara na Península Ibérica, duas das quais em Lisboa.

A fortuna de Amancio Ortega, uma das pessoas mais ricas do mundo segundo a Forbes, está avaliada em quase 80.000 milhões de dólares.

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Lesados do Banif têm até hoje para colocar ações em tribunal

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2017

As ações judiciais podem ser colocadas até dia 19 de dezembro. Via correio, o limite é esta quinta-feira, para que haja tempo de entrar no tribunal até à data-limite.

Os lesados pelo Banif têm até esta quinta-feira para colocarem, via correio, ações em tribunal contra aqueles que consideram responsáveis pelas perdas que sofreram pelo investimento em produtos do banco, disse o presidente da associação de lesados à Lusa.

A associação de lesados do Banif Alboa tem vindo a advertir os investidores que têm até 19 de dezembro para colocarem ações judiciais (podem ser notificações judiciais avulsas) contra entidades que considerem responsáveis pela venda de ações e obrigações do Banif, que com a resolução do banco acabaram por levar à perda dos investimentos.

Contudo, o presidente da Alboa, Jacinto Silva, avisou que para as ações judiciais enviadas por correio o prazo termina esta quinta-feira, uma vez que a correspondência tem de ser enviada até pelo menos cinco dias antes para que haja tempo de entrar no tribunal até à data-limite.

Também é possível entregar estes processos através da Internet, usando a plataforma Citius, mas neste caso é preciso ter atenção que o sistema pode apresentar problemas na submissão das ações, pelo que Jacinto Silva pede que os clientes garantam a entrega atempada com o seu advogado.

Entre as entidades contra as quais os lesados do Banif podem mover ações judiciais estão o próprio banco, administradores da instituição e as suas seguradoras, entre outras entidades ou pessoas que considerem responsáveis pela venda de produtos financeiros que lhes acarretaram perdas.

Questionado sobre se há muitos lesados que ainda não moveram ações em tribunal, o presidente da Alboa disse que “é muita gente”, mas sem conseguir precisar quantos são exatamente, e admitiu que é possível que lesados que não apresentem ações em tribunal possam ser deixados de fora de futuras soluções.

“Depende de como decorram as negociações. Tenho receio de que as pessoas que não exerçam os seus direitos possam não vir a integrar um fundo de recuperação de créditos”, afirmou.

Em dezembro de 2014, o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal. Desde então, investidores do banco têm andado em ‘luta’ por uma solução que os compense pelas perdas, desde acionistas a obrigacionistas subordinados.

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5 coisas que vão marcar o dia

Inflação e taxas de juro marcam o dia. Em Portugal sabe-se a evolução dos preços, em Frankfurt, Mario Draghi anuncia as decisões da reunião de política monetária.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) desvenda a taxa de inflação relativa a novembro, isto ao mesmo tempo que analisa o poder de compra dos portugueses face aos restantes europeus. Lá fora, o Banco Central Europeu anuncia a decisão sobre a taxa de juro, isto depois de a Fed ter realizado a terceira subida de 2017.

Portugueses têm mais poder de compra?

O INE vai revelar as Paridades de Poder de Compra, relativo a 2016. Olhando para o Produto Interno Bruto (PIB) per capita expresso em paridades de poder de compra, poderá comparar-se Portugal em relação a outros países europeus, sendo certo que o país continuará abaixo da média. Em Portugal, este indicador situava-se em 76,8% da média da UE em 2015, o mesmo nível registado um ano antes. Tinha caído em 2010, 2011 e 2012, anos da crise.

A economia acelera. E a inflação?

O INE revela o Índice de Preços no Consumidor relativo a novembro de 2017. Em outubro a taxa de inflação foi de 1,39% comparativamente ao ano anterior. A restauração e a hotelaria são o que mais tem puxado pelos preços a nível nacional, com uma inflação de 6,01% no setor no mês de outubro. É esperado que 2018 traga novos preços em vários bens e serviços, mais elevados.

Depois da Fed, olhos postos no BCE…

É dia de decisão sobre a política monetária do Banco Central Europeu. É esperado que o banco liderado por Mario Draghi mantenha o nível das taxas de juro, isto já depois de ter anunciado que o programa de compras de dívida vai encolher para metade no arranque do ano. O BCE revela ainda as projeções económicas revistas, e a primeira perspetiva que sobre 2020. A reunião começa ao 12h45, em Frankfurt, e segue-se uma conferência às 13h30 em que Draghi centrará atenções depois do foco dos investidores na nova subida de juros da Fed.

… E no Banco de Inglaterra, em tempo de Brexit

O Banco Central Europeu não é o único a decidir sobre a política monetária. O Banco de Inglaterra também se pronuncia sobre eventuais alterações na taxa de juro de referência, isto numa altura em que está em marcha o divórcio do Reino Unido com a União Europeia. Tendo em conta que o banco central britânico subiu a taxa diretora em novembro, o mercado não antecipa qualquer mexida nesta reunião de dezembro. No entanto, os investidores estarão atentos a quaisquer pistas para o futuro.

Defesa e migração na agenda de Bruxelas

Os líderes Europeus reúnem-se em Bruxelas, em hora ainda a determinar. O debate, que se prolongará durante dois dias, começa quinta-feira e começa por se debruçar sobre a defesa, migração e outras temáticas sociais. A cooperação com entre a União Europeia e a NATO também estará em cima da mesa.

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Simulação: Veja como o novo regime dos recibos verdes altera os descontos

  • ECO
  • 14 Dezembro 2017

Os efeitos das novas regras chegam ao terreno em 2019. Taxa contributiva baixa para trabalhadores independentes, mas sobe para entidades contratantes.

O novo regime contributivo dos trabalhadores independentes promete baixar a taxa a cargo dos recibos verdes e aumentar a das entidades contratantes. Ao mesmo tempo, também há ajustamentos na base sobre a qual incidem os descontos dos trabalhadores. As novas regras terão efeitos práticos a partir de 2019 e vão obrigar a refazer contas.

Com o novo modelo, a lógica de escalões contributivos vai desaparecer. O rendimento relevante — em regra, 70% do valor total da prestação de serviços e 20% de rendimentos de produção e venda de bens — deixa de ser aferido por referência ao ano anterior para passar a olhar para o último trimestre. É sobre essa média trimestral que recai depois a taxa contributiva, e não sobre um escalão que se mantinha durante um ano.

As taxas também mudam: os trabalhadores independentes passam a descontar 21,41% em vez de 29,6%. Já no caso de empresários em nome individual e titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada, a taxa recua de 34,75% para 25,17%.

Por outro lado, as entidades contratantes passam a contribuir mais. E este conceito passará a abranger mais empresas. Até aqui, entidades contratantes eram as pessoas coletivas e as pessoas singulares com atividade empresarial responsáveis por, pelo menos, 80% dos rendimentos anuais do trabalhador independente — no futuro, a percentagem baixa para 50%.

A atual taxa a cargo destas entidades aumenta de 5% para 10%, nos casos em que a dependência económica é superior a 80%, e para 7%, nas restantes situações.

Atualmente, os trabalhadores podem pedir para subir ou descer até dois escalões, ajustando assim as contribuições. No futuro, podem ajustar, para cima ou para baixo, o rendimento relevante em 25%, mas sempre com uma contribuição mínima de 20 euros. Esta contribuição mínima também deve existir em períodos sem rendimentos.

Assumindo que não opta por estes ajustamentos, um trabalhador independente com um rendimento anual de 60.000 euros, é atualmente colocado no 9º escalão, que corresponde agora a uma base de incidência de 40.446,72 euros, indica uma simulação da EY. Com uma taxa de 29,6%, descontaria quase 12 mil euros por ano. No futuro, assumindo que o rendimento se mantém no ano — ainda que os descontos passem a ser aferidos trimestralmente — esta pessoa conta com um desconto anual de quase nove mil euros.

E se 50% a 80% do rendimento deste trabalhador tiver origem na mesma empresa, esta terá de descontar 4.200 euros quando atualmente não tinha de contribuir. Acima de 80%, o desconto da entidade contratante sobe de 3.000 para 6.000 euros.

 

Fonte: EY 1 – A presente simulação foi efetuada com base nas regras fiscais em vigor à data de preparação dos cálculos, nomeadamente a taxa contributiva a cargo dos trabalhadores independentes (29,6%) e das entidades contratantes quando aplicável (5%) e a consideração da alteração destas taxas para 21,41% e 7%/10%, respetivamente, bem como a eliminação do conceito de escalões, conforme noticiado para 2019. 2 – O cálculo das contribuições para a Segurança Social foi efetuado considerando que não estamos perante produtores agrícolas cujos rendimentos provenham única e exclusivamente do exercício da atividade agrícola, que não estamos perante empresários em nome individual ou titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada, bem como trabalhadores independentes que prestem serviços no âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas e que o tenham declarado fiscalmente como tal. 3 – Para efeitos da presente simulação, tivemos como base o valor atualmente em vigor do IAS, i.e. 421,32 euros.

(notícia atualizada às 16h06)

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Recibos verdes com rendimentos muito reduzidos também são chamados a descontar

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 14 Dezembro 2017

Agora, o primeiro enquadramento no regime só produz efeitos quando o rendimento anual excede 6 IAS e passados 12 meses do início da atividade. A primeira referência cai. Trabalhadores ganham proteção.

Os recibos verdes com rendimentos muito reduzidos, que atualmente podem ficar ficar excluídos do enquadramento no regime dos trabalhadores independentes, também vão ser chamados a descontar para a Segurança Social quando as novas regras entrarem em vigor. Ao ECO, o deputado bloquista José Soeiro diz que estão em causa cerca de 5.000 os trabalhadores, que não descontam mas que também não têm qualquer proteção social.

De acordo com as regras em vigor, o primeiro enquadramento no regime dos trabalhadores independentes só produz efeitos quando o rendimento relevante anual ultrapassa seis Indexantes dos Apoios Sociais (pouco mais de 2.500 euros) e após o decurso de, pelo menos, 12 meses do início da atividade. Por rendimento relevante entende-se, em regra, 70% do valor das prestações de serviço e 20% de vendas de bens no ano anterior — quando o novo regime entrar em vigor, a referência deixará de ser o ano anterior mas sim os últimos três meses. Mas esta não é a única alteração na mesa.

No futuro, o primeiro enquadramento no regime produzirá efeitos no 12º mês posterior ao início da atividade e deixa de existir qualquer referência aos seis IAS, de acordo com a proposta enviada aos parceiros sociais, a que o ECO teve acesso. Portanto, se a redação se mantiver tal como consta desta versão, os trabalhadores que iniciem atividade pela primeira vez vão ser chamados a descontar ao fim de 12 meses, mesmo que recebam muito pouco.

Ao ECO, o deputado bloquista José Soeiro diz que são 5.000 os trabalhadores nestas circunstâncias, que “hoje não têm nenhum direito contributivo”. “Essas pessoas hoje, como não descontam, estão completamente excluídas, o que para nós é uma situação social gravíssima”, salienta, apontando para “cidadãos sem qualquer tipo de direitos ou de proteção”. Em causa não estão trabalhadores isentos de contribuições, mas sim “excluídos” do regime e de “qualquer proteção social”, conclui.

Ao serem enquadradas no regime contributivo dos trabalhadores independentes, estas pessoas serão chamadas a descontar pelo menos 20 euros, já que este é o valor mínimo da contribuição desenhado no novo regime, avançou o deputado.

No regime que hoje vigora, os trabalhadores que iniciam atividade podem ser enquadrados no sistema ao fim de 12 meses, mas este enquadramento também pode ocorrer mais tarde — no primeiro dia de novembro para quem começou atividade até setembro do ano anterior. Com as novas regras, esta segunda possibilidade deixará de existir. Porém, os trabalhadores continuam a ter a opção de requerer que o enquadramento ocorra mais cedo.

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Bitcoin não é legal. Mas há corretoras portuguesas a “vender” moeda digital

Vazio legal sobre moedas digitais impede CMVM de regular bitcoin. Mas o polícia dos mercados vai impor regras de publicidade restritivas às corretoras nacionais que já "vendem" bitcoin.

Corretoras já oferecem produtos para quem quer investir na popular moeda digital.Max Pixel

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não vê com bons olhos a comercialização de produtos financeiros complexos associados à bitcoin e, além da fiscalização apertada junto dos intermediários financeiros, vai restringir a publicidade destes produtos junto dos investidores particulares, sabe o ECO. Em Portugal, são vários os bancos e corretoras que permitem a qualquer um expor-se à euforia em torno das criptomoedas.

Comprar e vender bitcoin está ao alcance de qualquer investidor em plataformas online como a Bitstamp ou a Coinbase, mercados que não são regulados pelas autoridades oficiais, como os bancos centrais. Aliás, é o fator desregulação que tem atraído muitos entusiastas da bitcoin em todo o mundo, inflacionando o seu preço para sucessivos recordes acima dos 17 mil dólares. Mas esta situação também coloca os investidores numa situação de menor proteção face aos elevados riscos que as moedas digitais apresentam.

Não sendo considerada um ativo financeiro — ainda não há um enquadramento legal para as moedas digitais –, a bitcoin escapa ao raio de ação dos reguladores em todo o mundo, incluindo a portuguesa CMVM.

Ainda assim, o regulador do mercado português liderado por Gabriela Figueiredo Dias está particularmente atento ao fenómeno e, embora não possa intervir diretamente, vai restringir ações comerciais e publicitárias relativamente à negociação da bitcoin junto dos pequenos investidores, aqueles que possuem menores conhecimentos de mercados financeiros, sabe o ECO.

Isso não quer dizer que os investidores nacionais não possam aproveitar a euforia dos mercados para se exporem às moedas digitais através dos intermediários financeiros nacionais. Na verdade, desde pelo menos 2015 que é possível comprar produtos financeiros mais complexos e que investem em bitcoin.

É o caso do Banco Carregosa. Este banco online já permite a negociação indireta de bitcoin desde maio de 2015, “quando foi admitido à cotação um tracker da bitcoin, que replica o ativo subjacente que está cotado na bolsa de Estocolmo com a mnemónica da Bloomberg COINXBE SS”, conforme explicou ao ECO o trader Paulo Rosa.

O que o Banco Carregosa vende não é propriamente bitcoin, mas antes um produto financeiro chamado ETN (Exchange Traded Notes), um tipo de instrumento financeiro mais complexo em que a entidade financeira responsável (neste caso, um fundo sueco) promete ao comprador pagar em função da variação de um índice (neste caso da bitcoin).

Este ETN chama-se Bitcoin Tracker One Eur, encontra-se admitido à cotação na principal bolsa de Estocolmo e a sua variação replica os movimentos protagonizados pela bitcoin. Este produto cotava há um ano nos 33,56 euros, de acordo com a Bloomberg. Hoje em dia já transaciona nos 717,9 euros, ou seja, trouxe ganhos aos investidores na ordem dos 2000%.

ETN Bitcoin Tracker One Eur dispara 2000% no último ano

Fonte: Bloomberg

No Banco Carregosa é possível ainda comprar CFD (os chamados contratos de diferenças), outro produto financeiro complexo e cujo ativo subjacente são estes ETN suecos que, por sua vez, replicam o preço da bitcoin, explicou o banco.

Ao nível de custos de investimento, Paulo Rosa adiantou que “as comissões são idênticas à compra de outro título, ação, cotado na principal bolsa da Suécia. Não há distinção”.

Também a corretora Orey passou a incluir no seu cardápio de produtos de investimento estes ETN de bitcoin desde setembro passado. Fonte oficial disse ao ECO que “o sentimento de interesse e procura tem aumentado relativamente ao instrumento disponível para transação na plataforma Orey itrade, embora em menor proporção ao interesse e desenvolvimento sentido a nível internacional”.

Precisou ainda que o “preçário de comissões a considerar para transacionar este instrumento será o mesmo aplicável a qualquer outro instrumento ETN e semelhantes e disponível para informação relevante ao cliente em www.oreyitrade.com”.

Orey iTrade disponibiliza ETN de Bitcoin desde setembro.Orey

BiG na expectativa, XTB à espera da CMVM

No BiG, os responsáveis encontram-se a avaliar a negociação de contratos futuros da bitcoin que foram admitidos na bolsa de futuros americana, a CBOE, no passado domingo. Steven Santos, operador da plataforma do BiG, referiu que o banco está neste momento “a monitorizar a volatilidade e os requisitos de margem exigidos pela bolsa”.

“Numa primeira abordagem, o requisito inicial de 35% definido pela CBOE parece ser relativamente baixo face à volatilidade histórica da bitcoin. A questão da volatilidade é relevante, se tivermos que em conta que a Bitcoin negoceia de forma contínua ao longo do fim de semana, quando as bolsas de futuros estão encerradas”, explicou Steven Santos.

Ainda assim, o BiG permite entrar de forma indireta no mundo das moedas digitais, mais concretamente através de posições no ETF ARK Web x.0 (ARKW) ou nas empresas Overstock.com, Seven Stars Cloud Group e Riot Blockchain.

Na Dif Broker, Pedro Lino referiu que não irá oferecer por agora futuros da bitcoin, “mas já oferece a possibilidade de negociar um ETF [Exchange Traded Fund) que tem como ativo subjacente a bitcoin”. Disponibiliza outro que tem como subjacente outra moeda virtual, a Ethereum.

Quanto à XTB Portugal, a casa de investimento está a ultimar a sua oferta de produtos ligados à moeda digital. A corretora já tem tudo pronto para começar a negociação de CFD de bitcoin, encontrando-se o dossiê em avaliação da parte da CMVM.

“Na XTB estamos prontos para disponibilizar o CFD de bitcoin com as melhores condições do mercado e a mais moderna tecnologia, estamos a aguardar a qualquer momento a aprovação do regulador para podermos disponibilizar o ativo aos nossos clientes”, disse Tiago Costa Cardoso, gestor da XTB Portugal. “Abrir uma conta na XTB é simples e permitirá a negociação de várias criptomoedas muito em breve, como já acontece nos outros países onde o grupo está presente”, frisou ainda.

Enquanto espera pela luz verde do regulador, a XTB Portugal tem registado forte procura da parte dos investidores particulares, atraídos pela mediatização da criptomoeda nas últimas semanas, disse a mesma fonte.

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