Três milhões de Mercedes chamados à box. A culpa é das emissões

A operação que irá custar 220 milhões de euros à Daimler tem como objetivo apaziguar o sentimento dos proprietários dos carros a diesel da marca relativamente aos problemas das emissões.

A Daimler vai chamar às oficinas mais de três milhões de carros a diesel da Mercedes Benz na Europa. A medida voluntária tem como objetivo dar resposta a preocupações relacionadas com os sistemas de emissões que estão a ser escrutinados pelas autoridades germânicas.

A “chamada à box” — que não terá custos financeiros para os proprietários dos veículos — irá representar uma fatura de cerca de 220 milhões de euros à fabricante automóvel, afirmou a Daimler em comunicado, citado pela Bloomberg.

O plano da Daimler dá seguimento a uma intervenção que se iniciou em março em 274 mil carros compactos, e que incluiu também algumas carrinhas classe V. Contactado pela agencia de notícias, o ministro alemão responsável pela pasta dos transportes recusou comentar a iniciativa da dona da Mercedes.

“O debate público acerca dos motores diesel está a criar incerteza”, afirmou Dieter Zetsche, CEO da Daimler, num comunicado divulgado nesta terça-feira. “Decidimos assim tomar medidas adicionais de modo a apaziguar os condutores de carros a diesel e fortalecer a confiança na tecnologia a diesel“, acrescentou o presidente executivo da Daimler.

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Caso Galp: Ex-secretários de Estado vão ser interrogados no DIAP

  • ECO
  • 18 Julho 2017

Os secretários de Estado que se demitiram na sequência do chamado "caso das viagens da Galp" vão ser interrogados como arguidos pelo Ministério Público esta semana.

Os três secretários de Estado que se demitiram na sequência do chamado “caso das viagens da Galp – GalpGate” vão ser interrogados como arguidos pelo Ministério Público esta semana, avança o Diário de Notícias.

Fernando Rocha Andrade (ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), Jorge Oliveira (Internacionalização) e João Vasconcelos (Indústria) serão ouvidos em dias separados, diz o jornal com base em informações a que teve acesso.

Os três antigos governantes que são suspeitos “de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos”, tal como explicou a Procuradoria-Geral da República em comunicado divulgado a 10 de julho último, serão interrogados como arguidos na 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, avança o Diário de Notícias.

De recordar que os três ex-Secretários de Estado pediram a exoneração dos cargos que ocupavam depois de terem pedido ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro2016.

Além de receberem o pacote de viagem, que teria um custo de três mil euros por pessoa, os três antigos governantes são ainda suspeitos de terem pedido convites elementos de gabinetes governamentais.

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Imposto sobre o açúcar leva a quebra de 6% no consumo de refrigerantes

Os mais afetados foram no volume de vendas foram os sumos sem gás diluídos com uma quebra de 15,7% e as colas com uma diminuição de 13,6%.

A introdução de uma fat tax foi uma das medidas mais emblemáticas do Orçamento do Estado para 2017. O imposto sobre os açúcares foi efetivamente introduzido em fevereiro de 2017 e os resultados foram imediatos: os preços dos refrigerantes subiram e o consumo desceu, revelam os dados da Nielsen divulgados esta terça-feira.

No primeiro semestre de 2017 houve uma quebra homóloga de 6% no volume de vendas de refrigerantes e um aumento de preços de 14% — uma contabilização que não tem em conta as promoções — e, consequentemente, um aumento de 13% no valor das vendas.

Vendas caem 6% no primeiro semestre

Recorde-se que as empresas produtoras de refrigerantes se manifestaram duramente contra esta medida. A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) considerou a medida “discriminatória e populista” e sem “qualquer efeito comprovado ao nível da saúde pública”. A Coca-Cola travou mesmo a expansão da unidade de produção de Azeitão, um projeto avaliado em 40 milhões de euros. A Coca-Cola considerava que este novo imposto sobre os refrigerantes era inconstitucional.

A preocupação da multinacional era justificada. Segundo os dados da Nielsen, o consumo de colas foi dos mais afetados com uma quebra no volume de vendas de 13,6%. Pior só mesmo a quebra homóloga nos seis primeiros meses do ano de 15,7% dos sumos sem gás diluídos. Já em termos de aumento de preços também foram os mais significativos: 21,3% e 31,2%, respetivamente.

Margarida Baptista, client consultant senior na Nielsen, lembra que o efeito mais drástico foi a primeira semana de implementação da medida. Nas quatro semanas a seguir à criação do imposto registou-se um aumento de dez cêntimos no preço médio das soft drinks — refrigerantes (com ou sem gás), néctares e 100%, sumos refrigerados, bebidas energéticas e isotónicas, bebidas mixing e sumos de fruta com leite — e uma quebra em volume de 13,1%.

A clara quebra de volumes, especialmente na primeira semana, comprova que o preço é um fator importante para o consumidor português”, diz Margarida Baptista. “Os segmentos não afetados por este imposto (como os Néctares 100%) apresentam aumentos de preço menos significativos e, consequentemente, crescimentos de volume que contrariam a tendência negativa dos soft drinks“, acrescenta. “De salientar ainda que também a crescente preocupação dos consumidores pela saúde e a procura por produtos saudáveis vêm potenciar os decréscimos registados nos refrigerantes e os crescimentos dos néctares e 100%”, explica a responsável.

"Os segmentos não afetados por este imposto (como os Néctares 100%) apresentam aumentos de preço menos significativos e, consequentemente, crescimentos de volume que contrariam a tendência negativa dos soft drinks.”

Margarida Baptista

Client consultant senior na Nielsen

Segundo um inquérito online da Nielsen, metade dos consumidores portugueses admitem que o tipo de açúcar/adoçante utilizado pode influenciar a sua decisão de compra e que as preocupações começam mesmo antes da compra — 60% dos consumidores admitiram que estão atentos aos valores de açúcar presentes na tabela nutricional deste tipo de produtos e 50% que sabem a quantidade de açúcar ingerido em cada bebida.

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UTAO fez as contas. Governo dá perdão de 630 milhões à banca

  • Margarida Peixoto
  • 18 Julho 2017

O empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução tem um valor atualizado líquido negativo de 630 milhões de euros, estimam os peritos do Parlamento. Nas condições iniciais o valor era quase nulo.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução — que permite, por sua vez, que os bancos paguem ao Fundo o empréstimo para salvar a banca em mais tempo — seja o equivalente a um perdão na ordem dos 630 milhões de euros, quando comparado com as condições iniciais. Os cálculos constam de um relatório distribuído esta terça-feira aos deputados da comissão de Orçamento e Finanças.

O Fundo de Resolução tem um plano financeiro que permite reduzir este custo para pouco mais de metade (347 milhões de euros). Contudo, este plano implica que a contribuição extraordinária da banca passe a definitiva, explicam os peritos, no documento a que o ECO teve acesso. Mas haveria alternativa?

Recuando no tempo. A 21 de março, o Governo anunciou que tinha decidido dar mais tempo aos bancos para pagarem os empréstimos que o Estado concedeu ao Fundo de Resolução, para injetar dinheiro no Banif e no Novo Banco. Esta foi a segunda vez que as condições do empréstimo foram revistas e os deputados da oposição levantaram uma questão: estaria o Governo, na prática, a dar um perdão de juros à banca?

Confrontado com a questão, o Governo foi sempre garantindo que se as condições dos empréstimos se mantivessem inalteradas, a banca não teria como pagar — o prazo terminava em dezembro de 2017. E que, por isso, o custo de manter a operação nos termos iniciais implicaria perder muito mais. Mas os deputados quiseram que a UTAO fizesse as contas e aprovaram um requerimento do PCP.

Ora, de acordo com os cálculos dos peritos do Parlamento, se os bancos tivessem devolvido o valor do empréstimo (3.900 milhões de euros) de acordo com as condições iniciais, o resultado da operação gerava “um valor atualizado líquido positivo, embora pouco expressivo”, lê-se no relatório.

Estas eram as condições iniciais:

  • empréstimo com reembolso previsto para agosto de 2016;
  • pagamento de juros trimestral;
  • juros calculados com base no custo de financiamento do Estado ao abrigo do Programa de Ajustamento, acrescido de uma comissão e de um fator de desincentivo. No primeiro período de duração do empréstimo, o juro era de 2,962%.

Se estes termos tivessem sido cumpridos, e assumindo que os bancos teriam condições para o fazer, esta operação teria um valor atualizado líquido de 19,5 milhões de euros.

Convencido de que a banca não teria forma de fazer face ao reembolso deste empréstimo, o Governo reviu, pela primeira vez, as condições do contrato. A revisão foi feita em julho de 2016, com as seguintes novidades fundamentais:

  • prazo de vencimento do empréstimo adiado para 31 de dezembro de 2017;
  • juros com vencimento a 4 de agosto de 2017 e em 31 de dezembro de 2017;
  • taxa de juro revista para 1,25% para o período em que estes termos vigoraram.

A UTAO fez as contas a estas novas condições e concluiu que o valor atualizado líquido passou de ligeiramente positivo, para ligeiramente negativo: “62 milhões de euros.”

Mas estas condições foram revistas uma segunda vez. Mudou o prazo de vencimento, e a taxa de juro:

  • prazo de vencimento alongado para 31 de dezembro de 2046;
  • taxa de juro fixa nominal anual de 2% entre 5 de novembro de 2016 e 31 de dezembro de 2021;
  • a partir de 2022, a taxa de juro nominal anual será revista de cinco em cinco anos, com o objetivo de refletir os custos médios do financiamento da República, acrescidos de uma comissão de 0,15%

Ora, com estas novas condições, “o contrato apresenta um valor atualizado líquido negativo, de 633,4 milhões de euros,” lê-se no relatório. Aqui assume-se que o empréstimo segue até ao final do contrato e estima-se um fluxo de juros apurados entre 4 de agosto de 2014 e 31 de dezembro de 2046 de 1.771,2 milhões de euros, em termos de valor atualizado. A este valor, soma-se um valor atualizado do capital a 4 de agosto de 1.495,4 milhões de euros, num total de (capital e juros) 3.266,6 milhões de euros. É este valor que compara com os 3.900 milhões de euros que foram emprestados e representa, por isso, um perdão de juros na ordem dos 630 milhões de euros.

O contrato apresenta um valor atualizado líquido negativo, de 633,4 milhões de euros.

UTAO

Análise das Condições do Empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para financiamento da medida de resolução aplicada ao BES

Cálculos até são conservadores, mas há plano para mitigar custos

A UTAO explica que os pressupostos desta análise foram conservadores e que, por isso, o resultado poderá ser ainda mais negativo. A taxa de desconto usada pelos peritos no cenário central foi de 3%, mas a taxa de desconto aplicada, por exemplo, no caso das parcerias público-privadas é de 6,08%.

Ora, na análise de sensibilidade aos cálculos efetuados, os peritos dizem que o valor atualizado do empréstimo nas condições atuais varia entre um ganho de 185 milhões de euros para o Estado (se a taxa de desconto considerada baixar para 2%), e um custo de 2.098 milhões de euros (caso se aplique a taxa de desconto das PPP, de 6,08%).

Quando a análise é feita à sensibilidade da taxa de juro estimada para o período a partir de 2022, os peritos concluem que o custo pode subir para 1.179 milhões de euros caso esta baixe para 1%, ou descer e tornar-se positivo a partir de um juro de 4%. Considerando um juro de 5%, o valor atualizado líquido ganha um valor positivo bastante expressivo, de 1.003 milhões de euros.

Contudo, o Fundo de Resolução adiantou à UTAO que tem um plano financeiro que permite mitigar os custos da operação. Este plano prevê amortizações intercalares e, por isso, muda as contas. Se este plano for concretizado, o valor atualizado líquido do empréstimo baixa para 347 milhões de euros. Mas há uma contrapartida, avisa a UTAO: é preciso que a contribuição extraordinária da banca passe a ser duradoura. “A contribuição sobre o setor bancário assume um papel determinante, com receitas anuais de 210 milhões de euros previstas até 2046,” explicam os peritos. “A contribuição sobre o setor bancário reveste-se de especial importância para o cumprimento do plano de amortização de capital e juros no prazo previsto, pelo que esta contribuição pode deixar de ser entendida como tendo um caráter temporário, tal como a renovação anual na Lei do Orçamento do Estado deixaria antever, para passar a ser encarada como duradoura,” acrescentam.

Havia alternativa?

A UTAO não elabora sobre eventuais alternativas ao desenho atual dos empréstimos, mas avalia o que aconteceria se as condições iniciais do empréstimo tivessem sido mantidas, com o Fundo de Resolução a ter de amortizar o valor em dívida ao Estado, de forma desfasada com os recebimentos por parte dos bancos.

[Uma contribuição especial pedida aos bancos para cumprir as condições iniciais do empréstimo] tenderia a ser dificilmente comportável pelo setor financeiro e poderia colocar em risco a capacidade deste continuar a prestar os serviços essenciais à economia.

UTAO

Análise das Condições do Empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para financiamento da medida de resolução aplicada ao BES

Neste caso, o Fundo teria de assumir uma insuficiência de recursos e pedir uma contribuição especial aos bancos. Ora, o problema é que “dada a sua dimensão, tenderia a ser dificilmente comportável pelo setor financeiro e poderia colocar em risco a capacidade deste continuar a prestar os serviços essenciais à economia, nomeadamente a concessão de financiamento,” explicam os peritos em contas.

E justificam: “O encargo com a eventual contribuição especial implicaria uma redução dos rácios de capital (CET1) entre 1,7 e 2,5 pontos percentuais, para os quatro principais bancos.”

O lado bom: os efeitos no défice serão positivos até 2046

Apesar deste custo calculado para a operação feita entre o Estado, o Fundo de Resolução e a banca, para efeitos de impacto no défice orçamental, as notícias são positivas. Depois de ter prejudicado o défice em 2014, com a inscrição do custo da operação de uma só vez no défice em contas nacionais, prevê-se agora pequenas ajudas ao saldo orçamental até 2046.

“A cumprir-se a previsão a longo prazo apresentada pelo Fundo de Resolução, preveem-se impactos positivos no défice público nos próximos 30 anos, compreendidos no intervalo entre 0,13% do PIB nos primeiros anos e 0,06% em 2046,” lê-se no relatório.

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Infraspeak já geriu mais de dois milhões de tarefas. E agora precisa de mais mãos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Julho 2017

A plataforma de gestão de tarefas de manutenção ultrapassou os dois milhões de tarefas auxiliadas. Agora é tempo de expandir para Espanha e de arranjar mais mãos para ajudar.

A Infraspeak já ajudou os seus clientes a porem as mãos à obra em mais de dois milhões de tarefas. A empresa que propõe a gestão de tarefas de manutenção através da sua plataforma conta já com mais de 60 clientes espalhados por todo o mundo, sendo que a partir do segundo semestre deste ano também vai estar disponível em Espanha.

Segundo o seu fundador, Felipe Ávila da Costa, “foram preciso 20 meses de Infraspeak para atingirmos o primeiro milhão de tarefas” mas, “aumentando a velocidade de crescimento do produto e do negócio, com novos clientes e maior aproveitamento da ferramenta”, a meta dos dois milhões foi ultrapassada.

Entre os seus clientes, que incluem grandes redes hoteleiras e empresas de assistência técnica e gestão de instalações, as tarefas mais comuns são a troca de lâmpadas queimadas e intervenções em equipamentos de aquecimento. A plataforma utiliza tecnologias como NFC , APIs, Apps e sensores para aumentar a eficiência das equipas e reduzir os custos da operação.

A expansão para o mercado espanhol, numa altura em que já está presente em três — Portugal, Brasil e Angola –, tornou-se para a empresa “um caminho natural”, visto que o turismo no país vizinho está em crescimento. O caminho natural é também o do recrutamento: a Infraspeak está a recrutaraqui — nas áreas de venda e desenvolvimento de software.

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EDP Renováveis assegura financiamento de 370 milhões nos EUA

O acordo de tax equity foi feito com o BNY Mellon, em troca de um interesse económico em projetos localizados nos Estados do Indiana, Oklahoma e Wisconsin.

A EDP Renováveis anunciou que conseguiu garantir um financiamento de 370 milhões de dólares para (319,6 milhões de euros) para as suas operações nos EUA, que são asseguradas pela subsidiária EDP Renováveis Renewables North America.

Em comunicado à CMVM, a empresa liderada por Manso Neto informa que estabeleceu um acordo de financiamento com o BNY Mellon, sendo a respetiva contrapartida “um interesse económico nos projetos Meadow Lake V (100 MW), Redbed Plains (99 MW) e Quilt Block (98 MW)”, especificando que “os projetos estão localizados nos Estados do Indiana, Oklahoma e Wisconsin respetivamente, e possuem Contratos de Aquisição de Energia (“CAE”) de longo prazo”.

“A estrutura de parceria institucional estabelecida permite à EDP Renováveis uma utilização eficiente dos benefícios fiscais gerados pelos projetos“, conclui a empresa liderada por Manso Neto.

De salientar que as políticas de energia verde federais nos Estados Unidos fizeram do tax equity uma componente do financiamento privado deste tipo de projetos. Este tipo de financiamento permite a utilização de benefícios fiscais por parte do investidor e tem sido utilizado pela EDP Renováveis para financiar projetos de energia verde.

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Aeroporto de Lisboa pode perder até 2,5 milhões de passageiros este ano

  • Lusa
  • 18 Julho 2017

Presidente executivo da ANA estima que limitações da infraestrutura possam provocar quebra de passageiros. Ocupação está a 10% de esgotar a capacidade de slots.

O presidente executivo da ANA estimou hoje que o aeroporto de Lisboa possa perder este ano até 2,5 milhões de passageiros devido às limitações da infraestrutura, que está a 10% de esgotar a capacidade de uso de ‘slots’.

“No primeiro trimestre do ano as recusas são equivalentes a 400 mil passageiros por ano. Estimamos que até ao final do ano possa acontecer deixarmos de poder contar entre 2 a 2,5 milhões de passageiros por ano”, informou hoje Carlos Lacerda, à margem da conferência sobre o novo aeroporto.

Carlos Lacerda explicou que a atual capacidade de ‘slots’ (faixas horárias para descolar e aterrar), atinge os 90%, o que significa que, por exemplo, uma companhia aérea com um horário para chegar de manhã e um outro ao final do dia para sair “não consegue ter o avião imobilizado, o que dá muito pouca flexibilidade para estar acomodar novas oportunidades”.

Face a este “bom problema”, por “felizmente se estar a crescer muito mais rapidamente do que o esperado”, o presidente da ANA defendeu a necessidade de pragmatismo na forma de investir para “acomodar o crescimento”.

Segundo o responsável, com um “mínimo de esforço e com a maior rapidez possível” deve-se conseguir aumentar a capacidade aeroportuária e “capturar os voos que não se concretizam, porque os ‘slots’ não são suficientemente atrativos”, conseguindo assim “criar condições para que os passageiros fiquem em Portugal”.

Carlos Lacerda reafirmou que a solução da transformação da base militar do Montijo como aeroporto complementar de Lisboa é a mais rápida, por possibilitar o uso de infraestruturas existentes.

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Relatório do inquérito à CGD chumbado. Mas comissão é encerrada na mesma

PS, BE e PCP votaram a favor mas a ausência de dois deputados do PS resultou num empate que ditou o "chumbo" do relatório.

Sete contra sete. Os grupos parlamentares do PS, Bloco de Esquerda e PCP votaram a favor do relatório final da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O PSD votou contra aquele que considera ser um “pseudo-relatório”, já que os deputados não chegaram a ter acesso à documentação pedida ao Banco de Portugal, à CGD e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Também o CDS-PP contesta a condução dos trabalhos desta comissão. Já Bloco de Esquerda e PCP acolheram o facto de o relatório final, redigido pelo deputado socialista Carlos Pereira, incluir várias das propostas de alteração que fizeram à versão preliminar do documento.

Com sete votos a favor e sete contra — a votação foi uninominal e não por grupo parlamentar –, não foi possível aprovar o relatório. “Está chumbado”, declarou o presidente da Comissão, Emídio Guerreiro, sobre o empate na votação do relatório principal.

A segunda votação, ponto a ponto, fez aprovar cinco das sete recomendações do documento. A votação destes sete pontos contou já com a votação dos deputados João Galamba e Susana Amador, ausentes na votação geral.

“Esta é a terceira comissão de que faço parte e nunca pensei que fosse tão difícil gerir esta comissão. O facto de não existir vontade de todos os grupos parlamentares na participação desta comissão cria dificuldades na sua realização. No fim de tudo isto, quem não sai beneficiado é a imagem do Parlamento e dos parlamentares”, disse Emídio Guerreiro.

Releia toda a sessão, que o ECO acompanhou em direto.

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Claudia Goya é a nova presidente da Meo

Altice já tem substituto para a liderança da PT Portugal. Chama-se Claudia Goya, que vem da Microsoft para substituir Paulo Neves. Assume funções no imediato.

Claudia Goya assume funções no imediato.Altice

Está escolhido o novo nome para liderar a PT Portugal. Chama-se Claudia Goya e vem substituir Paulo Neves, que assim que a compra da Media Capital pela Altice estiver finalizada passa a ser chairman da operadora de telecomunicações da Meo e do grupo de media que detém a TVI.

“A Altice informou hoje [esta terça-feira] que Cláudia Goya assume funções como CEO da Portugal Telecom, com efeito imediato, ficando responsável pelos negócios de telecomunicações da Altice em Portugal”, referiu o grupo em comunicado, confirmando que Paulo Neves passa a exercer funções de “chairman do grupo em Portugal e, no seguimento do acordo de aquisição da Media Capital, irá liderar o processo regulatório inerente assumindo, igualmente, a coordenação dos ativos portugueses do Grupo”.

Estas mudanças no modelo de governação dos negócios da Altice em Portugal são anunciadas após a aquisição do grupo de media que detém a TVI por 440 milhões de euros, cujo acordo ficou fechado na sexta-feira.

Para a Altice, “este novo modelo de governance permitirá à Altice reforçar a sua posição de liderança em Portugal“.

Na conferência de imprensa para explicar o negócio de compra da Media Capital, a questão da governação das duas empresas não foi um tema central. Mas foi deixada a intenção de manter Rosa Cullel enquanto presidente executiva da Media Capital. “[Ficar] é a minha intenção. A minha intenção é ficar cá em Lisboa, com a minha equipa. Mas depende do novo acionista”, apontou a gestora, na mesma conferência. E deixou um alerta: “Acho que os media independentes são fundamentais para qualquer país.”

Michel Combes, presidente executivo da Altice, logo foi questionado acerca do assunto. “Estamos extremamente empenhados em trabalhar com a Rosa no conselho de administração.”

“Objetivo de elevar o estatuto da PT a referência mundial”

Tendo já assumido funções na PT, Claudia Goya não esconde a “honra” de “liderar uma empresa com tão forte presença na vida dos portugueses e das empresas do nosso país”. “Assumo este compromisso com elevado sentido de responsabilidade e com o objetivo de elevar o estatuto da Portugal Telecom a referência mundial no setor“, declarou ainda a antiga responsável da Galp e Microsoft.

"Assumo este compromisso com elevado sentido de responsabilidade e com o objetivo de elevar o estatuto da Portugal Telecom a referência mundial no setor.”

Claudia Goya

Presidente executiva da PT Portugal

Já Michel Combes, CEO do Grupo Altice considerou que Goya “é a líder certa para incorporar este novo desafio para a Portugal Telecom“.

“Reforçará o nosso compromisso com a empresa e com Portugal através da inovação, do investimento em infraestruturas e da digitalização, permitindo, desta forma, disponibilizar aos portugueses a melhor experiência de serviço”, afirmou Combes.

(Notícia atualizada às 17h45)

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Lisboa resiste à razia na Europa graças ao BCP

  • Marta Santos Silva
  • 18 Julho 2017

O PSI-20 resistiu às quedas nas praças europeias e tem de agradecer ao BCP, à EDP e à Mota-Engil, que seguraram a bolsa lisboeta acima da linha de água.

A bolsa lisboeta subiu esta terça-feira, segurando-se entre uma maré vermelha que arrasou as praças europeias. A salvação do PSI-20? Principalmente o BCP, com ganhos nada modestos, mas também a EDP e a Mota-Engil.

O PSI-20 subiu 0,30% para os 5308,44 pontos, puxado para cima pela pujança do BCP, que não ficou aquém dos 2,66% de subida, para os 0,25 euros, como pela resiliência da EDP, que subiu 1,12% para os 2,98 euros num dia de grandes perdas na Europa. Também no verde ficou a Mota-Engil, que ganhou mais de 1% para atingir os 2,49 euros, assim como outras cotadas que ficaram pouco acima do negativo: a Galp é uma das empresas que terminou a terça-feira com ganhos de apenas 0,4%, para os 13,56 euros.

Por sua vez, entre as maiores perdedoras estiveram a Sonae, que caiu 1,97% para os 0,99 euros, e a Navigator, que também perdeu mais de 1%, ficando nos 3,74 euros.

Na Europa, o PSI-20 é uma praça verde isolada entre perdas de mais de 1% em muitas das principais praças. O índice de referência Stoxx 600 mostra uma queda de 1,10% para os 382,59 pontos — Madrid, Frankfurt e Paris estão entre as praças que fecharam a perder mais de 1%.

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Marcelo assegura que fatores políticos não vão limitar crescimento da economia

  • Lusa
  • 18 Julho 2017

Haverá algum fator político ou institucional que impeça crescimento? "Quando eu digo não haverá, não haverá", respondeu peremptoriamente o Presidente da República no México.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou a certeza, perante empresários portugueses e mexicanos, de que Portugal vai crescer nos próximos anos e assegurou que nenhum fator político ou institucional impedirá esse crescimento.

Salientando que “todas as análises de crise e todas as decisões sobre a crise passam pelo Presidente da República”, o chefe de Estado assegurou que “não haverá razões institucionais que limitem a capacidade de crescimento“.

“Quando eu digo não haverá, não haverá“, repetiu Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na abertura do seminário económico “México e Portugal – uma viagem em comum”, num hotel capital mexicana.

Sobre a atual situação portuguesa, o Presidente da República afirmou que “Portugal vai crescer no futuro próximo”.

Depois, questionou se “haverá algum fator político ou institucional na vida portuguesa que instabilize a situação económica, impedindo o crescimento”, e referiu que “aí, como compreendem, o Presidente da República tem uma autoridade peculiar”.

“E a posição do Presidente da República é a mesma desde o início do mandato: não há razões políticas, por fortes que sejam, que justifiquem a criação de instabilidade num processo tão sensível como é o financeiro, o bancário, e o do crescimento económico português. E, portanto, não haverá. Quando eu digo não haverá, não haverá“, acrescentou.

"E a posição do Presidente da República é a mesma desde o início do mandato: não há razões políticas, por fortes que sejam, que justifiquem a criação de instabilidade num processo tão sensível como é o financeiro, o bancário, e o do crescimento económico português. E, portanto, não haverá. Quando eu digo não haverá, não haverá.”

Marcelo Rebelo Sousa

Presidente do IGCP

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António Domingues: “Não acho que o Governo tenha feito de mim tolo”

António Domingues desvaloriza a polémica em torno dos SMS trocados com Mário Centeno, através dos quais terá sido assumido o compromisso de isenção da entrega de declarações de rendimentos.

António Domingues está de volta ao Parlamento, esta terça-feira, para ser ouvido, pela segunda vez, na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que procura esclarecer a atuação do Governo na nomeação e demissão do antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Agora administrador no banco angolano BFA, Domingues volta a responder às perguntas que já lhe foram feitas na primeira audição: houve ou não compromisso com o Governo para que o antigo administrador do banco público e a restante equipa fossem dispensados de apresentar a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional (TC)? Domingues repete as respostas e, apesar das acusações do PSD, insiste na defesa do Governo: “Não acho que tenha feito de mim tolo”, diz.

“O Governo deixou-o sozinho e fê-lo passar por tolo, quando não é tolo nenhum, é um dos quadros bancários mais qualificados que o país tem”, acusou Fernando Virgílio Macedo, deputado do PSD, referindo-se ao facto de Mário Centeno negar que havia um compromisso para que a nova administração da CGD não tivesse de entregar as declarações de rendimentos ao TC.

“Tenho uma leitura diferente. Não acho que o Governo tenha feito de mim tolo, não era fácil, não teve essa intenção. O dossiê da Caixa era difícil, tinha múltiplas implicações e deixou de ter condições políticas”, respondeu Domingues.

Sobre as mensagens trocadas com Mário Centeno, António Domingues volta a desvalorizar a polémica em torno dos SMS (onde terá sido o compromisso de isenção da entrega de declarações de rendimentos). “Mantive-me em contacto com os vários interlocutores pelas mais variadas formas. Se há SMS trocados entre mim e o Ministério das Finanças? Há, é uma forma normal e rápida de comunicar. Eu não fiz segredo sobre essas comunicações. Os SMS estão no meu telemóvel e nunca ninguém os viu, a não ser eu e os meus interlocutores. Não tenho mais nada a acrescentar”, salientou Domingues.

"Se há SMS trocados entre mim e o Ministério das Finanças? Há, é uma forma normal e rápida de comunicar.”

António Domingues

Esta é a segunda comissão parlamentar em torno do banco público. A primeira, que arrancou em julho do ano passado e que foi criada para apurar as razões que levaram às necessidades de capitalização da CGD, deverá ficar concluída esta terça-feira, com a votação do relatório final.

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