Porto: Só 10% da oferta de escritórios é de qualidade alta

A procura é dinâmica, a oferta é escassa. Um estudo ao mercado de escritórios do Grande Porto concluiu que há aí uma oportunidade de negócio para os investidores. Rendas mais altas estão na Boavista.

Só 10% da oferta de espaço para escritórios no Grande Porto é considerada “de qualidade alta”. Uma análise ao mercado de escritórios desta região pôs a descoberto que apenas uma curta porção da oferta preenche os requisitos exigidos pela maioria dos ocupantes. A par com o dinamismo na procura e com a escassez da oferta, o Grande Porto é uma oportunidade de negócio para os investidores.

A conclusão consta num estudo exaustivo a este mercado, desenvolvido pela Predibisa e pela Cushman & Wakefield, com o objetivo de “dar a conhecer o setor” e incentivar “o investimento e posterior crescimento”. Segundo o documento, a qualidade da oferta importa na medida em que é um fator que “condiciona o desenvolvimento do mercado” e pode mesmo ser decisivo “na opção de localização por parte de grandes empresas”. Estas, se não virem os requisitos básicos serem preenchidos, podem sempre escolher “diferentes cidades”, explica o estudo “Mercado de Escritórios do Porto”.

Olhando para os números, as consultoras estimam que, “num futuro próximo”, se possa “consolidar a atratividade recente” de que a Área Metropolitana do Porto “tem vindo a gozar no mercado internacional da procura de escritórios” — o “caminho da reabilitação” é “o mais evidente”, indicam. Ainda assim, há registo de um “crescimento da oferta em quantidade e qualidade”. E, além disso, “dentro de alguns anos, o mercado de escritórios do Grande Porto poderá vir a ser mais profissionalizado”, com mais “transparência e liquidez”.

Quanto as dados recolhidos, indicam que a maioria da oferta de escritórios da região se concentra no concelho do Porto. São cerca de 800 mil metros quadrados à disposição em mais de 200 edifícios e que representam 55% da oferta total do Grande Porto. A zona com maior oferta e qualidade é a Boavista. É também a zona com as rendas mais altas, que podem variar entre os 12 e os 14 euros por metro quadrado.

Ainda segundo o estudo, a oferta total de escritórios do Grande Porto, que engloba Porto, Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, situa-se nos 1,5 milhões de metros quadrados distribuídos por cerca de quatro centenas de projetos. O trabalho concluiu também que apenas 13% dessa oferta é propriedade de investidores institucionais, uma “dimensão ainda reduzida” cujas aquisições terão envolvido cerca de 300 milhões de euros, estima-se.

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BCE mantém juros. Atenções viradas para os estímulos

O BCE manteve a taxa em zero. O juro de referência da Zona Euro ficou inalterado, falta saber o que dirá Mario Draghi sobre o programa de estímulos que tem travado as taxas de Portugal.

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) deixou inalterada a taxa de juro diretora na Zona Euro, uma decisão amplamente esperada pelos analistas. Mas as atenções do mercado vão estar sobretudo centradas na habitual conferência de imprensa com Mario Draghi, presidente do BCE. O italiano vai deixar novas indicações sobre o futuro dos estímulos na região, nomeadamente o plano de compra de dívida pública que tem ajudado a conter o risco de Portugal.

Para já, os responsáveis de política monetária mantiveram a taxa de juro nos 0%, quando alguns analistas começam já a antecipar sinais de que o fim da era dos juros zero poderá estar para breve. Dúvidas que Draghi deverá ajudar a dissipar quando falar dentro de momentos com os jornalistas.

Antes de ser confrontado com as questões da imprensa, o presidente da autoridade monetária vai atualizar as projeções económicas da instituição. Em relação à inflação, as previsões para 2018 e 2019 deverão registar poucas alterações face ao que o BCE já anunciou: subirá de 1,5% para 1,6% em 2018; e ficará nos 1,7% no ano seguinte, segundo adiantaram alguns responsáveis à Bloomberg.

Com a inflação a atingir os 2% em fevereiro pela primeira vez em quatro anos, Draghi deverá, ainda assim, ser confrontado com a possibilidade de recuar com o programa de estímulos que tem em prática na região. Ainda antes do resultado da reunião, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças da Alemanha, defendeu o “início atempado de uma saída” do plano de estímulos monetários” do BCE.

Na reunião de dezembro foi anunciado que o plano de compra de dívida dos governos da Zona Euro terminaria no final do ano, prevendo-se uma redução do ritmo de aquisição de obrigações a partir de abril, dos 80 mil milhões de euros mensais para os 60 mil milhões.

Inflação que conta abaixo da meta

Porém, são cada vez mais os sinais de divisão perante a resistência alemã quanto à necessidade de prolongamento dos estímulos quando a economia dá maiores sinais de estabilização. Mas há a consciência entre os governadores dos bancos centrais nacionais de que os preços estão a ser sobretudo impulsionados pela energia — na verdade, a inflação core, que exclui os preços energéticos devido à sua volatilidade, ficou no mês passado nos 0,9%, abaixo da meta de 2% do BCE.

Neste cenário, os analistas não esperam grandes mudanças no discurso de Draghi quanto ao quantitative easing, embora as atas da última reunião tenham indicado que alguns responsáveis estão disponíveis para aliviar algumas das regras do programa para o tornar mais eficaz.

De resto, o facto de as compras de dívida portuguesa terem recuado em fevereiro para o nível mais baixo desde o início do programa sugerem que a bazuca do BCE começa a ficar sem alvos no mercado nacional.

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Sonae acelera 3% com fusão “positiva” da SportZone

Analistas acreditam que negócio de fusão da SportZone com duas lojas de desporto britânicas poderão dar lucros de sete milhões de euros à Sonae. Ações aceleram mais de 3%

Estão a brilhar as ações da Sonae SON 0,00% na sessão desta quinta-feira da bolsa nacional, depois de a retalhista ter anunciado um acordo de fusão da SportZone com duas retalhistas britânica que vai criar o segundo maior player na Península Ibérica. Para os analistas, o negócio é claramente positivo para a Sonae: se a unidade de retalho desportivo dava prejuízos, poderá agora dar lucros até sete milhões de euros.

As ações da Sonae estão em destaque. Avançam mais de 3% para 0,85 euros, num dia sem grandes oscilações no PSI-20. O principal índice português vai ganhando 0,07% para os 4.633,18 pontos, depois de quatro sessões no vermelho.

Ainda antes da abertura da bolsa, a Sonae anunciou um acordo para fundir a SportZone com as lojas de desporto JD Sprinter e JD Sports Group. A nova empresa será detida em 30% pela retalhista liderada por Paulo Azevedo, enquanto a JD Sprinter e JD Group ficarão com participações de 20% e 50%, respetivamente. Deverá apresentar um volume de negócios superior a 450 milhões de euros, com uma rede de 287 lojas, das quais 96 em Portugal.

Sonae dispara 3% com negócio

Segundo uma nota de research do BPI, a “posição na nova companhia deverá representar uma contribuição para o lucro entre os seis e os sete milhões de euros em velocidade de cruzeiro”. “Com este potencial negócio, a empresa resolve um problema pendente na sua estrutura, que era a falta de escala para ser lucrativa no segmento de Desporto”, destacam os analistas do BPI.

"Com este potencial negócio, a empresa resolve um problema pendente na sua estrutura, que era a falta de escala para ser lucrativa no segmento de Desporto.”

BPI Research

Nota de investimento

Além de potenciar os lucros da retalhista, a Sonae troca um negócio com uma avaliação negativa “por 30% numa operação que poderá valer 450 milhões de euros”, diz o Haitong, salientando que o acordo mostra que a administração da cotada portuguesa está “disposta a adotar ações mais decisivas para dar a volta aos resultados do negócio não-alimentar”.

No comunicado enviado à CMVM, a Sonae acredita que o negócio “venha a gerar, progressivamente, economias de escala que permitam alcançar níveis atrativos de rentabilidade”. O novo grupo “irá beneficiar do crescimento e competências dos seus acionistas em cada um dos mercados, assim como do seu know how no setor do desporto”, lê-se também.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Schäuble quer que BCE comece a reduzir estímulos

O ministro das Finanças alemão defende que as medidas implementadas pelo BCE "já chegaram ao seu limite". Por isso, quer o "início atempado" do fim dos estímulos.

Wolfgang Schäuble defende que as medidas de política monetária e orçamental implementadas pelo Banco Central Europeu (BCE) “já chegaram ao seu limite”. Por isso, o ministro das Finanças alemão quer ver o “início atempado da redução dos estímulos”. O responsável alemão, que defende que o banco central liderado por Mario Draghi já quase esgotou a maioria das ferramentas que tem ao seu dispor, diz que quanto mais esta fase de taxas de juro baixas durar, maior será o fardo que o setor financeiro terá de suportar.

"As medidas de política monetária e orçamental [do Banco Central Europe] já chegaram ao seu limite”

Wolfgang Schäuble

Ministro das Finanças da Alemanha

O ministro das Finanças da maior economia europeia diz que os estímulos que o BCE tem injetado para impulsionar a economia da Zona Euro já estão quase esgotados. “As medidas de política monetária e orçamental já chegaram ao seu limite”, diz Wolfgang Schäuble , citado pela Bloomberg. O responsável alemão diz que este é “cada vez mais o consenso a nível mundial”.

“Quanto mais tempo esta fase de taxas de juro baixas durar, maior será o fardo” que o setor financeiro tem de carregar, refere Schäuble, “e é por isso que defendo — com a devida moderação devido à independência dos bancos centrais — um início atempado” do fim dos estímulos. “Será bastante difícil, mas tem de ser feito.”

As declarações do ministro alemão são feitas no dia em que Mario Draghi vai tomar uma decisão sobre as taxas de juro. Mas não são esperadas alterações. O presidente do BCE deve manter os juros no mesmo nível e reafirmar a promessa de continuar a comprar ativos até ao final deste ano. Por isso, os investidores vão estar mais interessados nas projeções para o crescimento e inflação nos próximos três anos. Após um conjunto de dados económicos positivos, o presidente do banco central pode dar pistas sobre quando é que poderá começar a diminuir o apoio que presta à economia da região.

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Cáritas de Lisboa tem almofada de 2,4 milhões

  • ECO
  • 9 Março 2017

A filiação lisboeta da Cáritas Portuguesa mantém 2,4 milhões de euros em contas bancárias há mais de dez anos, "acautelando-se necessidades futuras". O Ministério Público já teria aberto inquérito.

A Cáritas Diocesana de Lisboa conta, há mais de dez anos, com uma almofada financeira de mais 2,4 milhões de euros em depósitos bancários, da qual faz parte 320 mil euros em obrigações do Banco Espírito Santo. Esta é a conclusão de uma investigação levada a cabo pelo jornal Público, que analisou as contas da instituição referentes ao ano de 2014. Esta instituição católica de apoio social , que tem também cerca de 1,4 milhões de euros em bens imobiliários, apresentou lucros de 119 mil euros (valores de 2014).

O jornal viu-se obrigado a entrar pela via judicial para ter acesso às Demonstrações Financeiras completas, visto que as contas apresentadas no site oficial da instituição apenas apresenta o Balanço e a Demonstração dos Resultados por Natureza. Nestes dados pode-se perceber que, nesse ano, foram recebidos 361.557 euros através das doações de benfeitores e destes, apenas 147.439 euros foram canalizados para ajudar os mais pobres.

Ainda assim, nem todos os números coincidem. No relatório de atividades, também disponível no site oficial, totalizam-se 11.374 euros canalizados para o apoio direto dos pobres da diocese e 89.983 em apoio indireto. Somando estes valores, o apoio terá sido de 101.292 euros, que não coincide com os mais de 147 mil que vigoram no documento das Demonstrações Financeiras.

Questionada acerca da questão dos mais de dois milhões em depósitos, a instituição afirmou que estes são uma garantia para o futuro. “A atual direção tem procurado, enquanto fiel depositária destes bens, que se encontram ao serviço da Igreja Diocesana, recorrer à sua utilização sempre que necessário, procurando para os restantes valores, cautelarmente, que não se desatualizem em termos de valor, acautelando-se necessidades futuras“, respondeu a direção da instituição.

Sabe-se ainda que o Ministério Público já teria aberto um inquérito aos dirigentes da instituição por prática de burla qualificada. Isto vem do seguimento de uma denúncia subscrita por dois advogados e um notário reformado, que entregaram em conjunto com isto vários documentos que provam tais acusações.

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Juros nos cartões de crédito limitados a 16,7%

Os juros máximos que os bancos podem cobrar no crédito ao consumo vão baixar no segundo trimestre. Nos cartões de crédito, a taxa vai baixar para um novo mínimo.

O Banco de Portugal reviu em baixa o limite máximo das taxas de juro que os bancos podem cobrar nos cartões de crédito. No segundo trimestre deste ano, no limite, os bancos podem cobrar 16,7% (TAEG) de juros nos cartões de crédito, um valor inferior aos 17% que estavam em vigor no trimestre anterior. Esta é a taxa de juro mais baixa desde que em 2010, o banco de Portugal começou a estabelecer tetos para a taxa de juro máxima a cobrar pelos bancos na concessão de crédito aos consumidores.

As taxas de juro máximas nos cartões de crédito situaram-se pela primeira vez abaixo da fasquia dos 20% no segundo trimestre de 2015 e têm mantido uma rota descendente, acompanhando também o rumo seguido pelos indexantes. Os 16,7% de taxa de juro máxima que poderão ser aplicados nos cartões de crédito no próximo trimestre é quase metade do que se aplicava em 2010, contudo, reflete-se ainda num encargo muito pesado para quem ultrapasse o período máximo de reembolso do crédito concedido sem juros.

No caso da taxa de juro cobrada por ultrapassagem do crédito, a tendência é semelhante, com esta a ficar também definida num máximo de 16,7% no próximo trimestre, acima dos 17% em vigor no trimestre atual. Nas restantes modalidades de crédito aos consumidores, o recuo também foi generalizado nas taxas impostas pela entidade liderada por Carlos Costa.

A única exceção aplica-se a quem contrair créditos pessoais para fazer face a despesas de educação, saúde, energias renováveis ou locação financeira de equipamentos será confrontado com uma TAEG de 5,6% (mais 0,1 pontos percentuais do que no atual trimestre). Já a taxa de juro máxima do crédito pessoal sem finalidade específica baixa dos atuais 14,3%, para 14,1%.

No crédito automóvel, os novos tetos de juros vão variar entre os 5,4%, para os contratos de ALD de carros novos, e os 12,6%, quando em causa estiver o financiamento da aquisição de usados com contratos de reserva de propriedade, abaixo dos limites impostos no trimestre corrente.

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Costa recusa crispação entre órgãos de soberania

  • Lusa
  • 9 Março 2017

O primeiro-ministro felicitou o Presidente da República pelo seu primeiro ano de mandato, sublinhando que este foi “um ano exemplar de cooperação entre os órgãos de soberania".

O primeiro-ministro, António Costa, felicitou hoje desde Bruxelas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo seu primeiro ano de mandato, sublinhando que este foi “um ano exemplar de cooperação entre os órgãos de soberania”.

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas (Bélgica), onde se encontra para participar entre hoje e sexta-feira numa cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, o primeiro-ministro disse querer “felicitar publicamente” o Presidente da República, algo que já teve “oportunidade de fazer por telefone”, e destacou o contributo de Marcelo Rebelo de Sousa para o clima de “paz social” que se vive em Portugal.

Tem sido um ano exemplar de cooperação entre os órgãos de soberania e é com grande apreço que vemos a forma como o professor Marcelo Rebelo de Sousa tem contribuído positivamente para termos um clima de descrispação, de paz social, que tem sido essencial, a par da viragem da página da austeridade, para criar um novo clima de confiança no país, que tem motivado o crescimento do investimento e também o crescimento económico e o crescimento do emprego”, declarou.

António Costa acrescentou que aquilo que deseja a Marcelo Rebelo de Sousa “é os maiores sucessos na continuação deste seu mandato”.

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Exxon junta-se à Galp na produção de gás em Moçambique

A Exxon comprou à Eni uma participação indireta de 25% de um bloco em Moçambique, por 2,6 mil milhões de euros, juntando-se à Galp na exploração e produção de gás natural naquele país.

A norte-americana ExxonMobil vai ser parceira da Galp GALP 0,00% na exploração e produção de gás natural em Moçambique, depois de ter chegado a acordo com a italiana ENI para a compra de uma participação indireta de 25% no bloco Area 4, no offshore daquele país africano, por cerca de 2,8 mil milhões de dólares (2,65 mil milhões de euros).

Com este negócio, a Eni East Africa passará a ser detida pela Eni (35,7%), ExxonMobil (35,7%) e CNPC (28,6%), detendo 70% dos direitos da concessão na Area 4. As restantes participações naquele bloco rico em gás natural estão nas mãos da Galp (10%), Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10%) e Kogas (10%).

A Eni vai continuar a ser a operadora líder no projeto. Já a ExxonMobil ficará responsável pela construção e gestão das infraestruturas de liquefação do gás natural.

O acordo ainda está dependente da aprovação das autoridades moçambicanas e de outras entidades reguladoras.

“Este acordo representa uma prova material da nossa estratégia de exploração baseada na monetização antecipada das nossas descobertas, fazendo parte do nosso modelo de ‘exploração dual'”, referiu o CEO da petrolífera italiana, Claudio Descalzi, num comunicado conjunto das duas empresas. Darren W. Woods, presidente da companhia americana, destaca os “recursos naturais abundantes de Moçambique” que vai criar valor para o país, parceiros do projeto e para os acionistas” da Exxon.

"Vamos ajudar a providenciar energia a preços acessíveis para os consumidores e criar valor económico a longo prazo para a população de Moçambique, para os parceiros do projeto e para os acionistas da ExxonMobil.”

Darren W. Woods

Presidente da ExxonMobil

As estimativas apontam para reservas na ordem dos 85 biliões de pés cúbicos no bloco da Area 4.

As ações da Galp estão a cair quase 2% para os 13,625 euros.

Galp mantém-se em queda

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Montenegro: Marcelo foi “deselegante” com Teodora Cardoso

  • ECO
  • 9 Março 2017

O líder do grupo parlamentar do PSD criticou o Presidente da República e mais ainda António Costa. Para Luís Montenegro, se a atual solução governativa cair não será preciso haver eleições.

Luís Montenegro considerou que Marcelo Rebelo de Sousa foi “deselegante” na sua resposta à economista à frente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso.

O líder parlamentar do PSD criticou o Presidente da República numa entrevista à Antena 1. “Devo dizer que a resposta a essa intervenção, e sobretudo àquilo que era o seu conteúdo (…), foi deselegante e a todos os níveis”, começou, especificando: “Foi deselegante por parte do Governo, foi deselegante por parte dos partidos que apoiam o Governo, e também do senhor Presidente da República”. Teodora Cardoso respondera a uma pergunta sobre se o cumprimento das metas do défice fora um milagre concordando, e explicando porquê, e o Presidente da República reagiu: milagre “só o de Fátima”.

No entanto, para Luís Montenegro o comportamento mais censurável é o do primeiro-ministro António Costa e do Partido Socialista que, afirma, vieram “apoucar e amesquinhar” as declarações de Teodora Cardoso. Distinguindo aquilo que é um momento infeliz do que é “um padrão”, o líder parlamentar do PSD esclareceu que o Governo e os partidos que o apoiam querem “condicionar, quase restringir, quer a atuação da oposição quer a atuação de instituições independentes”. “Isso é intolerável em democracia e eu não calarei a minha voz nunca nesse debate”, terminou.

As declarações de Montenegro surgem um dia depois de ter qualificado no Parlamento o primeiro-ministro de “mal educado”, no meio de um debate quinzenal crispado em que António Costa e Pedro Passos Coelho trocaram acusações: o primeiro acusava o segundo de “desfaçatez”, o segundo dizia que o primeiro tentava “enlamear as pessoas que estiveram no seu lugar”.

Na mesma entrevista, Montenegro considerou ainda que, se a atual solução governativa caísse, não seria necessário realizar eleições antecipadas. Para o social-democrata, o Partido Socialista é que deveria suportar um novo Governo “liderado por quem ganhou as eleições”, ou seja, o PSD e o CDS-PP. “O quadro parlamentar permite outros ajustamentos”, propôs, “desde que haja vontade política dos partidos”.

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Governo tira resolução bancária das mãos do Banco de Portugal

  • ECO
  • 9 Março 2017

A entidade liderada por Carlos Costa deverá deixar de tutelar os bancos alvo de resolução e de decidir sobre a sua venda, no âmbito da reforma do modelo de supervisão financeira do Governo.

A tutela dos bancos alvo de resolução e a competência para a sua venda deverá deixar de estar nas mãos do Banco de Portugal. De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), esta será uma das alterações previstas no quadro da reforma do modelo de supervisão financeira por parte do Governo. As linhas gerais da nova arquitetura da fiscalização à banca serão apresentadas esta quinta-feira à tarde pelo ministro das Finanças no âmbito do debate sobre este tema promovido pelo CDS.

A retirada de poderes ao Banco de Portugal no que respeita à resolução bancária não é uma decisão necessariamente surpreendente já que é defendida há muito tanto pelo Governo como pelo próprio Carlos Costa, que consideram existir riscos de conflito de interesses na acumulação de todas as responsabilidades inerentes à resolução bancária no Banco de Portugal, que contudo manterá a responsabilidade de intervir nas instituições financeiras.

Já em dezembro de 2015, António Costa punha o dedo na ferida ao considerar que essa acumulação “coloca o Banco de Portugal numa posição de dupla função que, de todo em todo, não devia ter. Porque é difícil que, com aquelas funções, possa ter a independência que necessita para cumprir a sua missão principal”, de regulação do sistema financeiro. Mário Centeno também tem defendido a necessidade de retirar a resolução dos bancos da competência da entidade liderada por Carlos Costa. “A autoridade de resolução deverá ser independente das decisões de supervisão”, defendeu o ministro das Finanças numa conferência organizada pela Associação Portuguesa de Bancos (APB) realizada em maio do ano passado.

Há muito que Carlos Costa também defende as virtudes dessa separação, já que considera que ficar com a função de vender bancos alvo de resolução, como o Novo Banco, não é compatível com os poderes de supervisão prudencial do Banco de Portugal. “Deve separar-se o papel de supervisor do papel de acionista de bancos de transição. Devem ser papéis autónomos”, afirmou o governador no Parlamento, em outubro de 2015.

Esta alteração das competências de resolução deverá fazer parte do leque de medidas que o Governo quer aprovar para reformular a forma como os bancos são fiscalizados. As linhas gerais da reforma do modelo de supervisão financeira serão divulgadas esta tarde no Parlamento. Isto depois de o grupo de trabalho liderado por Carlos Tavares ter entregue ao Governo, na semana passada, um relatório sobre a supervisão financeira.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 9 Março 2017

As eleições francesas têm um novo favorito e os republicanos dos EUA dão um passo importante para mudar a sua legislação de saúde. Conheça as seis notícias que marcam a atualidade esta quinta-feira.

A Escócia poderá voltar a votar a independência no final de 2018, o FBI investiga a fuga de documentos da CIA, o líder da Samsung declara-se inocente no julgamento de corrupção, e outras três notícias que marcam a atualidade esta quinta-feira.

Le Figaro

Macron ultrapassa Le Pen numa sondagem e venceria primeira volta

Pela primeira vez, na corrida presidencial em França, Emmanuel Macron passou Marine Le Pen nas sondagens. O jornal francês Le Figaro publica uma sondagem Harris Interactive, realizada para a France Télévision, na qual o ex-ministro da Economia surge com 26% das intenções de voto na primeira volta. Um possível efeito Bayrou, admite o jornal, já que esta é a primeira sondagem realizada depois do afastamento do presidente do MoDem. Até agora a líder da Frente Nacional parecia dominar claramente as sondagens, surgindo sempre à frente com cerca de 25% das intenções de voto. Nesta nova sondagem conhecida esta quinta-feira, Le Pen mantém os 25%, mas Macron passa para a liderança com 26%, uma subida meteórica já que, a semana passada, tinha apenas 5%. Esta sondagem Leia a notícia completa no Le Figaro. (Acesso livre / Conteúdo em francês)

Associated Press

Republicanos dão mais um passo em frente para desmantelar Obamacare

O comité de orçamento do Congresso dos EUA aprovou legislação para eliminar a multa definida no plano de saúde de Barack Obama, a legislação bandeira do ex-Presidente, para quem não tiver seguro de saúde. É um passo em frente importante para a direita norte-americana, que sempre se opôs ao projeto de saúde de Obama e apresenta agora uma alternativa que, em vez de multas para quem não tem seguro, permite às seguradoras cobrarem mais a quem deixar passar demasiado tempo sem ter cobertura. Leia a notícia completa na Associated Press. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Wall Street Journal

FBI examina papel de empresas contratadas na fuga de informação da CIA

O FBI está a investigar a fuga de documentos da CIA, concentrando-se nas empresas subcontratadas pelas secretas, de acordo com fontes que falaram ao Wall Street Journal. Edward Snowden também era subcontratado quando orquestrou a grande fuga de documentos sobre vigilância governamental da NSA, outra agência de serviços secretos norte-americana. Mais de oito mil documentos secretos da CIA foram divulgados pela Wikileaks esta semana mostrando como a agência espia aparelhos eletrónicos. Leia a notícia completa no Wall Street Journal. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

The Guardian

Líder escocesa diz que 2018 pode ser melhor altura para novo referendo

O final de 2018 poderá ser a “altura do senso comum” para agendar um novo referendo à independência escocesa, afirmou a líder do Scottish National Party, Nicola Sturgeon, atual dirigente do país que faz parte do Reino Unido, visto que nessa altura já começará a estar mais claro qual o modelo em que o Reino Unido vai sair da União Europeia. Os eleitores escoceses votaram na sua maioria para pertencer na UE, mas se a Escócia se mantiver no Reino Unido então sairá da União na mesma altura que Londres. No último referendo feito à independência escocesa, porém, o “não” venceu. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The Straits Times

Herdeiro da Samsung declara-se inocente em caso de corrupção

Lee Jae Yong, líder do grupo Samsung, declarou-se inocente esta quinta-feira, no princípio do julgamento de corrupção que envolve também a presidente impugnada sul-coreana Park Geun Hye. Chamado o “julgamento do século” pela procuradoria de Seul, o processo vai servir para averiguar se é possível provar que Lee Jae Yong subornou empresas e organizações ligadas a um amigo da presidente para conseguir construir e fortalecer o seu império da tecnologia. Leia a notícia completa no The Straits Times. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

BBC

Uber vai parar de usar software secreto para fugir às leis

A Uber decidiu interditar a utilização de uma ferramenta chamada Greyball que era usada pela empresa para detetar os reguladores que procuravam apanhar motoristas da plataforma em países onde esta funciona ilegalmente. Depois, impedia-os de utilizar o serviço. A ferramenta, que foi usada para a startup começar a funcionar em cidades onde não estava ainda legalizada, vai agora deixar de ser usada, anunciou o chefe de segurança da Uber. Leia a notícia completa na BBC. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Petróleo abaixo dos 50 dólares pela primeira vez desde dezembro

Preços do petróleo voltam a afundar num dia de fortes oscilações no mercado do ouro negro. Em Nova Iorque, o barril de crude volta a negociar abaixo dos 50 dólares, uma novidade em 2017.

Em poucos minutos, os preços do petróleo inverteram de ganhos acima de 1% para um afundanço de quase 2%, levando o barril de crude a cair para uma cotação abaixo dos 50 dólares pela primeira vez desde dezembro.

Há momentos, o contrato WTI, negociado em Nova Iorque, cedia 1,77% para 49,39 dólares, o valor mais baixo do ano. Também o brent, que serve de referência para as importações nacionais, desvalorizava 1,77% para 52,17 dólares por barril.

A volatilidade nos preços petrolíferos acontece após o “mini-crash” que o mercado do ouro negro observou na quarta-feira. Tanto em Londres como do outro lado do Atlântico, o barril de petróleo afundou mais de 5%, após a Administração de Informação de Energia norte-americana ter revelado que os inventários nos EUA subiram 8,21 milhões de barris para os 5285,4 milhões na última semana, o valor mais elevado desde 1982.

Petróleo abaixo dos 50 dólares é uma novidade em 2017

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

O expressivo aumento das reservas de petróleo apanhou os analistas de surpresa, sinalizando que continua a existir uma elevada oferta da matéria-prima, isto apesar das tentativas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para por fim ao excesso de barris no mercado e dar um impulso às cotações.

Ainda assim, se de um lado, a OPEP encabeça um movimento de travagem da produção de petróleo, nos EUA o movimento é contrário, com os produtores norte-americanos a aproveitarem a recuperação das cotações para acelerar a exploração de petróleo que se tornou agora mais rentável. “É claro que os produtores dos EUA estão a avançar para o espaço deixado pelo corte de produção da OPEP”, disse Michael McCarthy, responsável pela estratégia de mercado da australiana CMC Markets, citado pela Bloomberg. “Caso os preços do petróleo recuem para perto dos 40 dólares, espero que o acordo da OPEP se desfaça”, alerta o mesmo especialista.

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