OE2018: Marcelo quis sublinhar limite de endividamento porque essa “é uma prioridade”

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

A redução da dívida pública "é uma prioridade", afirmou esta sexta-feira o Presidente da República, justificando assim o reparo que deixou na nota sobre a promulgação do Orçamento do Estado.

O Presidente da República afirmou hoje que quis sublinhar que a execução orçamental não pode ultrapassar o limite de endividamento público inscrito no Orçamento do Estado porque a redução da dívida pública “é uma prioridade”.

“Eu senti necessidade [de sublinhar esse limite] por uma razão muito simples, porque esse é um ponto que é uma prioridade”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à entrada do Mercado da Ribeira, em Lisboa, questionado sobre a nota que hoje divulgou sobre a promulgação do Orçamento do Estado para 2018.

Nessa nota, o chefe de Estado sublinha que “o limite de endividamento público previsto no artigo 141.º não pode ser ultrapassado pela execução orçamental, a menos que a Assembleia da República venha a alterá-lo, de acordo com a Constituição da República Portuguesa e com a lei”.

O artigo 141.º do Orçamento do Estado do Estado para 2018 autoriza o Governo a “aumentar o endividamento líquido global direto” até ao montante máximo de 10,2 mil milhões de euros, “para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes da execução do Orçamento do Estado, incluindo os serviços e fundos dotados de autonomia administrativa e financeira”.

Segundo o mesmo artigo, a este limite “pode acrescer a antecipação de financiamento admitida na lei”.

Em resposta aos jornalistas, o Presidente da República disse que quis referir esta norma para “tornar claro que há um preceito, um artigo do Orçamento que diz: há um limite máximo de endividamento”.

“Para respeitar aquele limite, isso significa que a execução orçamental não o pode ultrapassar. Como sabemos, para o ultrapassar quer dizer que tem de haver uma alteração ao endividamento nos termos da Constituição e da lei”, reiterou.

O valor máximo endividamento líquido global direto inscrito no Orçamento do Estado para 2018 está acima do montante de 9,35 mil milhões euros que ficou definido para o ano de 2017 e que também subiu 440 milhões de euros em relação ao de 2016.

Todos os anos, o Orçamento do Estado inclui um artigo relativo ao financiamento do Estado e à gestão da dívida pública e, desde 2012, o valor máximo de endividamento tinha vindo a diminuir.

O anterior Governo conseguiu autorização para se endividar até um máximo de 13.890 milhões de euros em 2012, até 12,35 mil milhões em 2013, 11,7 mil milhões de euros em 2014 e até 8,6 mil milhões de euros em 2015.

Marcelo espera que o crescimento possa ir mais além

Também esta sexta-feira, o Presidente da República considerou “uma boa notícia” o défice deste ano ficar abaixo de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e afirmou que ainda espera que o crescimento possa “ir um bocadinho além” do previsto.

“Eu devo dizer que a minha convicção era já – mas eu corro sempre o risco, nesse particular, de ter falado com otimismo – de que o crescimento pudesse ir um bocadinho além e que ainda possa ir além do que se falou, 2,5 %, agora 2,6%. Veremos se pode ir ou não além”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à entrada do Mercado da Ribeira, em Lisboa, a propósito dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados, segundo os quais o défice até setembro se fixou em 0,3% do PIB, e do anúncio feito na quinta-feira pelo primeiro-ministro de que o défice no final do ano será inferior a 1,3%.

Quanto ao valor do défice no final do ano, o Presidente da República considerou que “é uma boa notícia ficar aquém de 1,4% e ficar em 1,3% ou, como diz o senhor primeiro-ministro, ligeiramente abaixo de 1,3%, à volta de 1,3%”.

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Galamba sobre Centeno no Eurogrupo: “Mostrámos que é possível implementar uma alternativa política”

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

O deputado socialista admite que tem ambições políticas, nomeadamente participando no Governo como secretário de Estado ou ministro. "Mas tenho muito tempo para isso", avança.

O deputado socialista João Galamba mostra-se satisfeito com a eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo e entende que ficou demonstrado que “é possível implementar uma alternativa política”.

Galamba admite que sentiu um gozo especial com a eleição de Centeno, “mas é um gozo com substância: porque mostrámos que é possível implementar uma alternativa política”. Acrescenta ainda que “Mário Centeno será presidente em determinadas circunstâncias e não outras”. “Se me perguntassem se gostava de ver o ministro das Finanças de um governo de esquerda apoiado pelo BE e pelo PCP como presidente do Eurogrupo com os debates que ocorriam na zona euro em 2010, 2011 ou 2012, diria não. Seria claramente incompatível com a política protagonizada por este governo e defendida por esta maioria. Mas o contexto é outro, os debates são outros e o consenso europeu é outro”, avança o socialista em entrevista ao semanário Expresso, que será publicada sábado na íntegra.

O socialista recusa o rótulo de trauliteiro e admite que já se arrependeu de algumas coisas que disse em debates mais acesos. Na primeira versão desta entrevista, publicada esta sexta-feira [acesso pago], Galamba recorda o momento em que pediu desculpas ao então ministro das Finanças Vítor Gaspar no início da audição seguinte. Assume ainda que tem “vindo a moderar-se mais ultimamente”.

O deputado socialista admite ainda que tem ambições políticas, nomeadamente participando no Governo como secretário de Estado ou ministro. “Neste momento tenho ambições de fazer bem o meu trabalho, que é muito importante, enquanto deputado. Sobretudo numa legislatura como esta, com a importância que o Parlamento tem na negociação à esquerda. Dou muito valor à função que desempenho hoje. Mas obviamente que tenho pretensões a um dia participar num Governo, como secretário de Estado ou ministro. Mas tenho muito tempo para isso. Agora estou concentrado nas minhas funções”, diz.

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Trabalhadores dos CTT terminam greve de dois dias com adesão de 70%, diz sindicato

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

Greve de dois dias terminou esta sexta-feira. Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações aponta para adesão de 70%.

Os trabalhadores dos CTT terminaram hoje uma greve de dois dias com uma adesão média de cerca de 70%, segundo o sindicato, que a empresa diz não ter causado transtornos no serviço prestado à população porque apenas encerrou uma loja.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Vítor Narciso, disse à agência Lusa que a paralisação teve uma adesão média que rondou os 70%.

Nos serviços centrais e de apoio a adesão foi inferior, mas “no tratamento e distribuição de correspondência foi muito boa”, disse o sindicalista.

“Tivemos uma adesão muito boa, mas o principal objetivo da paralisação já foi conseguido pois o futuro do serviço prestado pelos correios tem sido discutido nos últimos dias e já fomos ouvidos na Assembleia da República”, salientou.

Vítor Narciso prevê que a greve de dois dias agrave o atraso já existente na distribuição de correio devido à falta de pessoal, mas sem que a população se aperceba.

“Já ninguém nota os efeitos de dois dias de greve pois o atraso na distribuição de correspondência é permanente, devido à degradação do serviço causada pela falta de pessoal”, disse o líder do SNTCT, filiado na CGTP.

De acordo com a empresa, a paralisação quase não afetou o funcionamento dos correios, porque registou apenas uma adesão de 17%, que levou apenas ao encerramento de duas das 608 lojas CTT na quinta-feira e de uma loja hoje.

A greve de dois dias, por melhores condições de trabalho e pela salvaguarda dos postos de trabalho e da qualidade do serviço prestado à população, foi também convocada pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), filiado na UGT.

Na terça-feira, os CTT, que empregam 12 mil trabalhadores, dos quais cerca de sete mil são da área operacional (rede de transportes, distribuição e carteiros), divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio.

De acordo com o SNTCT, a Comissão Executiva dos CTT informou os representantes dos trabalhadores de que pretende reduzir o número de trabalhadores, entre 600 e 700, durante os próximos três anos, com especial incidência em 2019 e 2020.

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Governo do Brasil não considera transferir controlo da Embraer para outra empresa

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

O Chefe de Estado brasileiro fez questão de dizer que a injeção de capital estrangeiro é bem-vinda na Embraer, mas o Brasil pode barrar uma eventual mudança na estrutura acionista com a golden share.

O Presidente do Brasil, Michel Temer, frisou esta sexta-feira, durante um encontro com jornalistas, que não considera transferir o controlo da empresa brasileira fabricante de aeronaves Embraer para a norte-americana Boeing.

“Não há menor cogitação de transferir o controlo [da Embraer] para outra empresa”, disse o Presidente brasileiro.

Não há menor cogitação de transferir o controlo [da Embraer] para outra empresa.

Michel Temer

Presidente do Brasil

A declaração acontece depois das duas empresas terem confirmado que estavam a negociar uma fusão, depois do jornal norte-americano Wall Street Journal ter noticiado que a Boeing estava a negociar a compra da Embraer.

O Chefe de Estado brasileiro, porém, fez questão de dizer que a injeção de capital estrangeiro é bem-vinda na Embraer, embora tenha declarado que o Governo brasileiro não foi contactado oficialmente pelas empresas relativamente a este assunto. O Brasil pode barrar uma eventual mudança na estrutura acionista na Embraer já que detém direitos especiais, a chamada golden share, que lhe garante poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

Esta ação foi criada em 1994, quando a Embraer deixou de ser estatal e abriu o capital a investidores no mercado. A fabricante aérea brasileira Embraer tem um valor de mercado de cerca de 3,7 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) e atua nos segmentos de aviação comercial, aviação executiva, defesa e segurança e aviação agrícola.

A empresa mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilómetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, arredores de Lisboa.

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OE promulgado. Saiba quais as principais alterações

Escalões, derrama, défice, tributação dos recibos recibos... Saiba quais as principais alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2018.

Reestruturação dos escalões de IRS, com devolução de 400 milhões de rendimento aos contribuintes portugueses; potencial agravamento da tributação dos prestadores de serviços no regime simplificado com rendimentos superiores a 27.360 euros; aumento para 9% da derrama estadual sobre lucro tributável acima de 35 milhões de euros…

Estas são algumas das principais alterações introduzidas no Orçamento do Estado para 2018 que foi promulgado esta sexta-feira pelo Presidente da República. Um Orçamento que prevê um défice de 1% e a redução da dívida pública para 123,6% do PIB.

Veja o vídeo com as principais alterações, elencadas pela consultora EY para o ECO.

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A tarde num minuto

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Esta tarde, o Presidente da República promulgou o Orçamento do Estado para 2018, mas deixou avisos. Em Espanha, Rajoy recusa reunir-se com Carles Puigdemont e nos EUA, Donald Trump assinou a reforma fiscal. O “massivo corte de impostos” chega a tempo do Natal.

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A febre passou. Bitcoin à beira da maior queda semanal desde 2013

  • João Patrício
  • 22 Dezembro 2017

A criptomoeda já chegou a desvalorizar quase 30% esta sexta-feira.

A desvalorização da bitcoin prossegue esta sexta-feira. A criptomoeda já se encontra abaixo da linha dos 13.000 dólares, tendo já desvalorizado cerca de um terço em cinco dias. Poderá ser a maior queda semanal da bitcoin desde 2013, após uma valorização que chegou a tocar nos 19.500 dólares na passada segunda-feira. A notícia é avançada pela Reuters (conteúdo em inglês).

A bitcoin está a desvalorizar 17,48% para os 12.681 dólares, tendo já caído quase 30% para os 10.776 dólares.

Fonte: Bloomberg

“Uma reviravolta ascendente seguida pelas restantes criptomoedas vai ser seguida de um declínio à medida que o sentimento está a mudar”, descreve Charles Hayter, fundador e chefe executivo do website Cryptocompare em Londres, citado pela mesma fonte. “Com o final do ano à vista, muitos investidores receberão os seus lucros, dirão ‘muito obrigado’ e vão fechar os seus livros para as festas”, acrescenta.

A Bitcoin segue a tendência do mercado das criptomoedas, com as divisas digitais mais importantes a registar quedas significativas. De acordo com o coinmarketcap.com, o Ethereum está a cair 19,13% para os 63.830 dólares e o Bitcoin Cash está a desvalorizar 26,91% para os 40.647 dólares. Já o Litecoin, cujo criador vendeu esta semana todas as suas moedas, segue a desvalorizar 18,62% para os 13.780 dólares.

Um novo “caso Joe Kennedy”?

Na rede social Twitter, o economista norte-americano Paul Krugman alerta que não vê um bom futuro para a bitcoin. No tweet, Krugman diz o seguinte: “O meu barbeiro disse que o seu cunhado estava a investir tudo em bitcoin, e perguntou se deveria fazer o mesmo. Isto não vai acabar bem”. A breve mensagem surge num retweet a Kevin Clark, da NFL, que diz que os jogadores têm vindo a falar de investimentos na criptomoeda. A situação relembra o caso de Joe Kennedy.

A história de Joe Kennedy, pai do antigo presidente norte-americano John F. Kennedy, remonta à década de 20 do ano passado. Joe conseguiu uma fortuna em Wall Street e conseguiu evitar o crash bolsista de 1929, vendendo todos os seus títulos antes da terça-feira negra. O antigo investidor tomou a decisão após, um dia, ter recebido dicas sobre de mercado de um engraxador de sapatos.

"Quando os engraxadores de sapatos dão dicas, o mercado de ações é demasiado popular para o seu próprio bem.”

Joe Kennedy

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Seguranças privados dos aeroportos fazem greve no Natal

Os procedimentos de controlo poderão sofrer atrasos, avisa a ANA, que recomenda que os passageiros com voos a 24 e 25 de dezembro cheguem com mais antecedência e despachem as malas para o porão.

Os trabalhadores de segurança privada dos aeroportos nacionais vão fazer greve nos dias 24 e 25 de dezembro, anunciou, esta tarde, a ANA – Aeroportos de Portugal. A empresa que faz a gestão dos aeroportos nacionais diz que os procedimentos de controlo poderão sofrer atrasos e recomenda, por isso, que os passageiros com voos nestes dias cheguem com mais antecedência.

“É previsível que os procedimentos de controlo de segurança nos aeroportos nacionais sejam mais demorados durante os próximos dias 24 e 25 de dezembro”, pode ler-se no comunicado enviado pela ANA às redações.

Assim, a empresa “recomenda aos passageiros que, durante os dias abrangidos pelos pré-avisos de greve, se apresentem no aeroporto respetivo com maior antecedência e sigam as instruções transmitidas pela sua companhia aérea, operador turístico ou agência de viagens”. Além disso, os passageiros deverão despachar as malas para o porão, para “reduzir o número de peças a rastrear no controlo de bagagem de mão”.

A ANA adianta ainda que irá “desenvolver todos os esforços no sentido de minimizar os impactos que a greve possa causar”.

A concretizar-se, esta será a segunda greve do ano feita pelos trabalhadores da Prosegur e da Securitas que garantem a segurança dos aeroportos. Já em junho, os seguranças privados fizeram uma greve de 48 horas, exigindo melhores condições laborais e alterações na contratação coletiva.

Notícia atualizada às 17h53 com mais informação.

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Não houve prenda para os investidores. Bolsas no vermelho antes do Natal

PSI-20 cai há três sessões consecutivas. Dia negativo na Europa antes do Natal depois das eleições na Catalunha. Bolsas só voltam a abrir na próxima quarta-feira.

Terceira sessão de quedas em Lisboa, que não escapou à pressão vendedora que castigou os mercados europeus esta sexta-feira. Catalunha ditou o rumo dos acontecimentos na última sessão antes do Natal. Na segunda e terça-feira, as bolsas vão estar encerradas. Ações voltam à praça só na quarta-feira.

O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,24% para 5.383,33 pontos. Entre os piores desempenhos no índice de referência nacional estiveram os CTT (-1,69%), a Mota-Engil (-1,82%), a Pharol (-1,87%) e a Sonae (-2,23%). Entre os pesos pesados, destaques negativos para o BCP e para a EDP Renováveis. O banco liderado por Nuno Amado viu as ações caírem 0,18% para 0,27 euros. A empresa de energias limpas cedeu 0,3% para 6,7 euros.

Mas foi sobretudo a conjuntura internacional a pesar em Lisboa. Na Catalunha, as eleições regionais deram a vitória aos independentistas. O Cidadãos foi o partido vencedores, mas os partidos a favor da independência catalã tiveram a maioria dos assentos no parlamento.

Com estes resultados, aumentou a instabilidade na Catalunha e em Espanha. A bolsa de Madrid foi o reflexo do maior stress entre os investidores. O Ibex-35 caiu mais de 1%. As outras praças europeias foram atrás, embora as quedas em Frankfurt, Milão e Paris não tenham ido além de 0,5%.

No mercado de dívida, os juros espanhóis agravaram-se. E arrastaram os juros portugueses. A taxa associada às obrigações do Tesouro a dez anos de Portugal estiveram a subir dez pontos base durante a manhã. Estão agora nos 1,838%.

(Notícia atualizada às 17h02)

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Trump já assinou. O que muda com a reforma fiscal nos EUA?

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Dezembro 2017

Trump queria dar como prenda de Natal aos norte-americanos um "massivo corte de impostos". Dias antes das festas, chega o presente, mas pode vir envenenado.

Há mais de um ano que o mundo ouve a mesma expressão. “Vou implementar o maior corte de impostos que os EUA já viram”, repete, vezes a fio, o Presidente Donald Trump. Após entraves à esquerda e à direita, alertas para o aumento da despesa pública e para o impacto nos cidadãos mais pobres, o presidente — ou melhor dizendo, os republicanos — conseguiram ver a sua reforma a avançar. Até agora, só faltava uma assinatura para que se tornasse oficial.

Esta é uma das primeiras vitórias de Donald Trump conseguiu atingir desde que pisou pela primeira vez a Sala Oval como Presidente da maior potência mundial, visto que os seus planos para afastar e substituir o plano de saúde implementado por Barack Obama não têm tido sucesso e o muro a constituir na fronteira com o México está longe de dividir concretamente os dois países — ainda que este assunto já divida os seus pontos de vista.

Assim, após propostas, rascunhos, o novo plano fiscal de Donald Trump que têm como principal objetivo pôr a economia a avançar e cortar com as injustiças e erros que, segundo o mesmo, têm sido cometidas pelos seus antecessores prevê que:

Muitas destas medidas têm uma data de reversão prevista — 2025 –, ou seja, bem após Trump sair da Casa Branca, mesmo que cumpra um segundo mandato. A Administração justifica isto com razões orçamentais. Será então o próximo Presidente que terá de se preocupar com um novo plano fiscal.

Prevê-se que, com estas medidas, os americanos sejam aliviados de 1,5 biliões de dólares em impostos. A dúvida de muitos está na forma como estes alívios vão ser aplicados. É o caso do Congressional Budget Office que aponta para que cerca de metade da população vai pagar menos, mas os mais ricos sairão beneficiados.

A análise deste organismo independente revela que 44% dos contribuintes terão uma redução na carga fiscal. No entanto, os milionários, ou aqueles que ganham entre 100 e 500 mil dólares por ano, serão os maiores beneficiários da reforma fiscal de Trump.

Em 2019, os americanos que ganhem menos de 30 mil dólares vão ficar pior com a reforma fiscal agora aprovada pelo Senado. Em 2021, os que ganhem 40 mil, ou menos, vão perder com esta revisão da fiscalidade, enquanto, em 2027, a maioria dos que auferem até 75 mil dólares ao ano será penalizada. E o défice dos EUA vai crescer 1,4 biliões de dólares durante a próxima década.

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Eleitoralismo, “sensatez orçamental” e outros dois avisos de Marcelo ao promulgar o OE2018

  • Cristina Oliveira da Silva e Margarida Peixoto
  • 22 Dezembro 2017

O Presidente da República invoca quatro "razões jurídicas e políticas" para fundamentar a promulgação do Orçamento do Estado para 2018. Mas também deixa "quatro chamadas de atenção".

O Presidente da República promulgou esta sexta-feira o Orçamento do Estado para 2018 mas deixou “quatro chamadas de atenção” para o próximo ano.

Desde logo, avisa que a evolução da economia europeia e mundial pode não ser tão favorável como em 2017. Depois, aponta para a existência de duas eleições em 2019, que “não deve significar cedência a eleitoralismos”, e para o debate sobre as despesas do Estado, que “não pode deixar de atender à igualdade de situações, sensatez orçamental e liberdade de escolha nas eleições parlamentares que definirão o Governo na próxima legislatura”. E por fim, aponta para o “papel crucial do investimento interno e externo”.

Estas são as “quatro chamadas de atenção” do Presidente da República “para o ano de 2018”:

  1. “Apesar do panorama positivo na economia europeia e mundial, a sua evolução em 2018 pode não ser tão favorável como em 2017“, avisa o Presidente. Segundo as projeções de outubro do FMI, este ano a economia mundial deverá crescer 3,6% — mais do que os 3,2% registados em 2016. Para 2018, a projeção é de um crescimento do PIB de 3,7%. Contudo, para a Zona Euro, a estimativa para a atividade económica é de um aumento de 2,1% este ano, seguido de um abrandamento para 1,9% no próximo.
  2. “A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos, que, além do mais, acabem por alimentar surtos sociais inorgânicos, depois difíceis de enquadrar e satisfazer”, continua Marcelo Rebelo de Sousa. O próximo ano será marcado pelas eleições legislativas, esperadas para outubro, e europeias.
  3. “O debate em torno das despesas de funcionamento do Estado não pode deixar de atender à igualdade de situações, sensatez orçamental e liberdade de escolha nas eleições parlamentares que definirão o Governo na próxima legislatura, em domínio em que não é aconselhável haver mudanças todos os quatro anos”, indica o terceiro aviso do chefe de Estado.
  4. “A necessidade de garantir duradouramente crescimento e emprego, e redução das desigualdades sociais, deve apontar para o papel crucial do investimento interno e externo, que o mesmo é dizer para o incentivo ao determinante tecido empresarial, em particular, às micro, pequenas e médias empresas, assim como para a prudência do sistema financeiro, nomeadamente quanto ao crédito imobiliário e ao consumo“, conclui Marcelo. Em 2017, o crédito malparado das famílias e das empresas tem vindo a baixar. Em janeiro era de 8,2% do total de crédito concedido e em outubro estava em 7,8%. Da mesma forma, o stock de crédito às empresas e particulares continua a cair.

Mas antes de deixar os quatro avisos, a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa publicada no site da Presidência também avança quatro “razões jurídicas e políticas” para fundamentar a promulgação do Orçamento:

  1. Não suscita questões de constitucionalidade que determinem a sua fiscalização preventiva.
  2. Traduz um compromisso, exprimindo uma clara maioria parlamentar.
  3. Insere-se numa linha correta de redução do défice orçamental e, por conseguinte, da dívida pública, linha essa a que – embora com ajuda do ambiente externo – tem correspondido crescimento, emprego, reposição de rendimentos e crescente credibilização na União Europeia e nas mais diversas instâncias financeiras internacionais.
  4. Representa um sinal mais no domínio da estabilidade política e institucional.

O Presidente lembra ainda, na mesma mensagem, que o limite de endividamento público “não pode ser ultrapassado pela execução orçamental, a menos que a Assembleia da República venha a alterá-lo, de acordo com a Constituição da República Portuguesa e com a lei”.

Além de promulgar o Orçamento, Marcelo deu também luz verde às Grandes Opções do Plano.

(Notícia atualizada às 16:42, com mais informação)

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Filiais de Londres e Nova Iorque rendem 25 milhões ao Haitong

Haitong Bank espera receber cerca de 25 milhões de euros com a alienação das filiais em Londres e Nova Iorque a outra sociedade do grupo chinês.

O Haitong Bank (antigo BESI) espera receber aproximadamente 25 milhões de euros pela venda das suas filiais em Londres e Nova Iorque ao Haitong International Limited, que tem sede em Hong Kong.

O banco de investimento vai alienar a totalidade do capital social do Haitong Securities USA LLC, da Haitong (UK) Limited e da Haitong Securities (UK) Limited, cujas operações vão deixar de contar para os resultados do Haitong em Portugal e passam a ser contabilizadas pela Haitong International Limited, entidade integralmente detida pela sociedade Haitong International Securities Group.

Em comunicado enviado ao mercado, o Haitong Bank informa que a filial norte-americana tem como valor indicativo de alienação nos 14,235 milhões de euros, “o qual está sujeito a potenciais ajustamentos de acordo com o MIPA (membership interests purchase agreement) da Haitong USA, que podem impactar negativamente no valor da venda”.

Em relação à filial londrina, o banco de investimento conta arrecadar 10,6 milhões de euros.

Ainda assim, ressalva que “os valores de venda estão sujeitos a ajustamento no âmbito dos processos de Due Diligence e nos termos do Haitong USA MIPA e do Haitong UK SPA”.

Esta operação ocorre numa altura em que está em curso um plano de reestruturação do Haitong Bank, que implicou a descontinuação de algumas operações e ainda a saída de trabalhadores do banco. Isto depois de os resultados se terem agravado de forma séria na primeira metade do ano, refletindo a dificuldade do antigo BESI em encontrar um modelo de negócio para gerar receitas.

Entre janeiro e junho, o Haitong Bank registou prejuízos de quase 80 milhões de euros, depois de o produto bancário ter afundando 45% e os custos operacionais terem aumentado em função do plano de reestruturação.

Aquando do regaste do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014, o BESI foi integrado no Novo Banco, tendo sido depois vendido em setembro de 2015 ao grupo chinês Haitong por 379 milhões de euros e denominado Haitong Bank.

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