5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O INE confirma esta quarta-feira se Portugal registou o crescimento do século. Há inflação para Mario Draghi ver. E Livro Bege da Fed.

Dia em cheio no que toca a indicadores económicos. Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulga as Contas Nacionais, que vai permitir perceber o que ajudou o país a registar o maior crescimento do século. Na Zona Euro, há taxa de desemprego e inflação. Nos EUA, a Reserva Federal norte-americana abre o Livro Bege.

Portugal com o crescimento do século?

O INE publica as Contas Nacionais Trimestrais, depois de ter anunciado em meados deste mês que a economia portuguesa acelerou 2,8% no primeiro trimestre do ano, naquela que foi a maior aceleração deste século. Desta vez, a publicação da autoridade estatística vai permitir perceber com maior detalhe que componentes do PIB mais contribuíram para a criação de riqueza do país.

Ibersol apresenta contas

A Ibersol reporta as contas relativas ao primeiro trimestre do ano. A cotada terminou 2016 com um lucro superior a 23 milhões de euros. Para 2017, os analistas esperam uma redução do resultado líquido para 19 milhões de euros. As ações valorizam mais de 15% desde o início do ano.

Preços para Draghi ver

Dois indicadores importantes são divulgados pelo Eurostat: o desemprego na Zona Euro relativamente a abril e a estimativa rápida da inflação relativa a maio. No caso da evolução dos preços, os dados assumem particular importância naquilo que é a estratégia do BCE quanto à manutenção dos estímulos e dos juros em mínimos de sempre. A instituição liderada por Mario Draghi trabalha com vista a uma taxa de inflação perto mas abaixo dos 2%.

O que conta o livro Bege da Fed?

A Fed apresenta o Livro Bege, um relatório que reporta a situação económica dos EUA numa altura em que a entidade liderada por Janet Yellen pretende subir mais duas vezes os juros. É elaborado com base em informações recolhidas junto de economistas, analistas financeiros, académicos e homens de negócios. Cada banco central do sistema da Fed dá o seu contributo regional.

Ponto de situação no petróleo

A Agência Internacional de Energia publica o relatório mensal onde dá conta da evolução da oferta de petróleo em março. Ao mesmo tempo, o American Petroleum Institute atualiza os dados semanais acerca dos inventários de crude na última semana. São dois barómetros importantes sobre o mercado petrolífero, depois de a OPEP ter chegado a acordo na semana passada para prolongar os cortes na produção até 2018.

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Prazo para entregar IRS termina hoje. Se falhar a coima pode ir até 3.750 euros

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 31 Maio 2017

Não se esqueça que tem de tem de entregar a declaração de IRS até dia 31 de maio. Os atrasos podem custar dinheiro. As coimas variam entre entre 150 e 3.750 euros.

Termina na quarta-feira o prazo para entregar a declaração de IRS. A partir deste ano, ao contrário do que era habitual, o período de preenchimento ocorre entre 1 de abril e 31 de maio para todos os tipos de rendimentos. E o Ministério das Finanças já avisou que não está a ponderar alterar a data de entrega. Quem não cumprir, sai a perder.

Os atrasos são punidos com coimas que vão entre 150 e 3.750 euros. Porém, o Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT) admite a redução do montante se a regularização for voluntária, “em função do prazo do atraso e do grau de culpa (se for meramente negligente)”, explica a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) ao ECO.

Em causa está o artigo 29.º do RGIT:

  • Se a entrega ocorrer nos 30 dias posteriores, a coima pode ser reduzida para 25 euros;
  • Se ocorrer mais tarde, a coima pode ser reduzida para 37,5 euros.

“Nos processos de contraordenação pode haver também aplicação de custas do processo”, adianta ainda a OCC.

A correção de dados fora do prazo estabelecido também está sujeita a coimas, que podem até ser mais elevadas, sobretudo se implicarem mais imposto a pagar ou menos reembolso a receber, explica a Ordem.

Mesmo que a declaração seja aceite, podem vir a ser detetados erros posteriormente, na validação central. Neste caso, se o contribuinte fizer a correção no prazo dado — 30 dias –, “não é aplicada qualquer coima”, explica a OCC. Mas se optar por “preencher outra declaração igual já sem os erros” ou usar a declaração gravada no computador “entregando uma declaração de substituição”, nesse caso “pode gerar um processo de contraordenação fiscal”, refere.

IRS Automático para alguns

Nem todos os contribuintes têm de entregar a declaração de IRS. Tal como o ECO já noticiou, há quem fique excluído desta obrigação. Além disso, a partir deste ano, cerca de 1,8 milhões de contribuintes — de acordo com as contas do Governo — poderão ser abrangidos por uma declaração totalmente preenchida, pronta a verificar e entregar. Em causa está o IRS automático, que será alargado a um universo maior nos próximos anos.

No caso do IRS automático, a declaração é considerada entregue mesmo que o contribuinte não faça nada até dia 31 de maio. Quer isto dizer que é preciso esta atento a eventuais erros que surjam na declaração pré-preenchida e que também podem resultar em contraordenação. Neste caso, o contribuinte tem 30 dias para entregar uma declaração de substituição sem penalização.

Os contribuintes casados ou unidos de facto que se atrasaram, no ano passado, a entregar a declaração de IRS não puderam optar pela tributação conjunta. Mas a questão ficou resolvida no início do ano, quando foi publicado em Diário da República um regime transitório, que permite a entrega, até maio de 2018, de uma declaração de substituição sem penalização para os rendimentos de 2015. O problema já não se coloca este ano.

Dados divulgados por Mário Centeno no Parlamento indicam que, até 15 de maio, os reembolsos de IRS já tinham atingido 1,2 mil milhões de euros. De acordo com o ministro das Finanças, este valor é o dobro do que tinha sido registado no ano passado pela mesma altura.

No final de março, o ministério de Centeno já tinha indicado que os contribuintes deveriam receber os reembolsos de IRS mais cedo este ano.

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Goldman Sachs compra dívida da Petróleos Venezuela e motiva críticas da oposição

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

O banco Goldman Sachs anunciou a compra de obrigações ao Banco Central da Venezuela depois das críticas dos oposicionistas venezuelanos.

“Investimos em obrigações da Petróleos da Venezuela (PDVSA) porque, como muitos outros neste setor, acreditamos que a situação nesse país tem de melhorar com o tempo”, segundo um comunicado da instituição financeira norte-americana, dirigido à Efe.

O The Wall Street Journal noticiou este fim de semana que o departamento de gestão de ativos do Goldman Sachs pagou 31 cêntimos de dólar, num total de 865 milhões de dólares, pelas obrigações emitidas pela PDVSA em 2014, que vencem em 2022.

Um porta-voz do Goldman Sachs afirmou à Efe que estas obrigações foram adquiridas através de um intermediário de mercado (‘broker’), em operação em que não houve qualquer intervenção direta do governo venezuelano.

“Reconhecemos que a situação é complexa e instável e que a Venezuela está em crise. Acreditamos que vida [nesse país] tem de melhorar e, em parte, fizemos este investimento porque acreditamos que assim será”, ainda segundo a fonte do banco.

O investimento foi feito em plena onda de manifestações na Venezuela, favoráveis e contrárias ao governo de Nicolás Maduro, que por várias vezes terminaram em violência, tendo já causado 59 mortos e mil feridos nos últimos dois meses, segundo números da Procuradoria.

Justamente hoje, dezenas de pessoas protestaram frente à sede central do Goldman Sachs, em Nova Iorque, convocadas pela plataforma ‘SOS Venezuela NY’, que considera a transação do banco “imoral” e uma forma de apoio à “ditadura” de Nicolás Maduro.

O deputado da oposição Ángel Alvarado, membro da comissão de Finanças do Congresso venezuelano, considerou que o banco se colocou “do lado errado da história” ao fazer esta operação.

Na semana passada, depois de feita esta operação do Goldman Sachs, as reservas internacionais do Banco Central da Venezuela passaram de 442 milhões de dólares para 10,8 mil milhões, segundo estatísticas oficiais.

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Wall Street alivia de máximos históricos. Energéticas pesam

As ações norte-americanas terminaram um ciclo que já ia em sete sessões de ganhos, aliviando do recorde da sessão anterior. O dia foi marcado por dados económicos e pela queda das energéticas.

Tudo o que sobe cai. O comportamento de Wall Street na sessão bolsista desta terça-feira é ilustrativo disso mesmo. As ações norte-americanas encerraram no vermelho, a aliviarem de máximos históricos. A queda deveu-se sobretudo ao deslize dos títulos do setor energético, num dia marcado pela queda das cotações do petróleo.

O S&P 500 aliviou face aos máximos históricos traçados na de sexta-feira passada, tendo interrompido ainda um ciclo de ganhos que já ia em sete sessões consecutivas. O índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos EUA recuou 0,12%, para terminar nos 2.412,91 pontos. No mesmo sentido, encerrou também o industrial Dow Jones, que sofreu uma quebra de 0,24%, para os 21.029,47 pontos. Já o Nasdaq também aliviou face ao recorde da sessão anterior, tendo deslizado 0,11%, para os 6.203,19 pontos.

A queda dos principais índices norte-americanos aconteceu o mesmo dia em que foi conhecido que os gastos com consumo registaram a maior subida dos últimos quatro meses, em abril, e em que a inflação também recuperou. Tratam-se de sinais que apontam para uma forte procura interna que poderá permitir à Reserva Federal dos EUA subir os juros no próximo mês.

“Não existiu nada de tão significativo nos dados macroeconómicos de hoje que poderia provocar qualquer reação, pelo que estamos apenas a removendo”,afirmou Ken Polcari, responsável de mercados da O’Neil Securities, citado pela Reuters, referindo-se a propósito do rumo das ações. “E está tudo bem até que se tenha algum tipo de catalisador, negativo ou positivo, que faça com que todos corram para a porta ao mesmo tempo, tentando entrar ou sair”, acrescentou o mesmo especialista.

Grande parte da responsabilidade pelo deslize das ações norte-americanas acabou por ser do setor energético, o que mais recuou no índice S&P 500. Esta quebra aconteceu no mesmo dia em que as cotações do petróleo registaram quebras. O barril de brent transacionado em Londres estava a ser o mais pressionado: deslizava 1,09%, para os 51,72 dólares. Já o crude perdia 0,56%, para os 49,52 dólares. Desvalorizações que acontecem numa altura em que se avolumem os receios de que a redução do output da matéria-prima não será suficiente para travar o excesso de petróleo no mercado global.

Em termos de títulos individuais, destaque para a Amazon. A gigante do comércio eletrónico fez história depois de as suas ações terem superado a fasquia dos 1.000 dólares, apesar de ter acabado por encerrar abaixo desse marco, mas ainda assim com ganhos.

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Catarina Martins diz que país “não deve viver pendurado” nas agências de ‘rating’

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

Coordenadora do Bloco de Esquerda sublinha que é o crescimento que mede a sustentabilidade de um país.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu hoje que Portugal “não deve viver pendurado” nas agências de ‘rating’, sublinhando que é o crescimento económico que mede a sustentabilidade de um país.

Falando em Barcelos, à margem da visita a uma área fustigada pelos incêndios em 2016, Catarina Martins disse ainda que não foi a fazer o que as agências de ‘rating’ exigiam que a economia portuguesa começou a melhorar e que o emprego aumentou.

“Não acho que o nosso país deva viver pendurado nas agências de ‘rating’, embora compreendamos as consequências que têm e os problemas para a dívida pública portuguesa. Mas o que mede a sustentabilidade de um país é o crescimento da sua economia e, como nós sabemos, o crescimento da economia portuguesa tem provado que está no avesso das agências de ‘rating’ ou daquilo que a Comissão Europeia recomendam para o nosso país”, referiu.

Catarina Martins reagia, assim, às palavras do comissário europeu dos Assuntos Económicos, que considerou hoje que o desempenho económico de Portugal, que já resultou na saída do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), merece também uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira.

“Quando o desempenho macroeconómico melhora, e é esse o caso, e quando as finanças públicas estão mais em ordem, mesmo que subsistam problemas de dívida que não podem ser subestimados, então não será ilógico que aqueles que avaliam a economia portuguesa se deem conta de que os riscos não podem ser olhados hoje com os óculos de ontem, e que há boas razões de confiar mais em Portugal hoje, o que não era o caso no passado”, declarou Pierre Moscovici, perante a comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Para a líder do Bloco, mais importante que a melhoria da notação financeira da dívida pública é que o governo português “continue a conduzir” a ação do país para proteger a economia, os salários, as pensões e o emprego.

“Isso é o essencial, o resto logo se verá”, enfatizou.

Lembrou mesmo que foi a fazer o contrário do exigido pelas agências de ‘rating’, não tendo medo de proteger os rendimentos do trabalho ou de ter uma política para uma economia produtiva e capaz de criar emprego, que Portugal começou a crescer.

“Se agora vierem melhorar o ‘rating’, muito bem. O que eu digo é que ação do nosso país tem de ser feita a pensar na economia real, no emprego, nas condições de vida de quem trabalha e de quem aqui trabalhou toda uma vida”, concluiu.

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Inspeção do trabalho voltou à PT Portugal

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) realizou esta terça-feira uma inspeção em instalações da PT Portugal, incluindo Lisboa. Em causa estarão as queixas de assédio moral e pressão.

A PT Portugal foi, esta terça-feira, alvo de inspeção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), avançou o Expresso [acesso condicionado]. O jornal indica que dez inspetores estiveram nas instalações da empresa em Lisboa, mas a operação estendeu-se também a outras localizações. As instalações do Porto não terão sido abrangidas pela inspeção, apurou o ECO.

Em causa, refere o jornal, estarão as queixas de que, alegadamente, centenas de trabalhadores estarão sem funções atribuídas e no quadro de mobilidade, muitos deles na calha para sair da empresa. Há ainda queixas por alegado assédio moral e mobbing, isto é, pressão psicológica e social no trabalho. A PT Portugal confirmou ao ECO a presença da ACT mas escusou-se a fazer quaisquer comentários sobre o assunto.

Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), confirmou estas informações ao ECO, avançando que o raide terá decorrido também em Braga, Beja e Caldas da Rainha, entre outras localizações. O sindicato já tinha concluído haverem “indícios” que apontavam para a veracidade das queixas, referiu.

Já em fevereiro, o Expresso adiantou que desde que a PT Portugal foi comprada pela Altice, mais de 1.000 pessoas já mudaram de funções ou de local de trabalho.

Esta não foi a primeira vez que a ACT visitou a PT Portugal, na sequência das queixas dos trabalhadores — mas, desta vez, pelo menos os sedeados em Lisboa terão sido ouvidos de forma individual. A empresa já terá sido alvo de coimas por parte daquele organismo.

(Notícia atualizada às 19h48 com reação da PT Portugal.)

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“Novo Banco já é um caso de sucesso pela resistência”

António Ramalho diz que Novo Banco é um caso de sucesso pela resistência e pela gestão dos sucessivos desafios. Fundo de Resolução aprovou contas sem reservas dos auditores.

Para António Ramalho, o “Novo Banco é já um caso de sucesso pela resistência e pela gestão de sucessivos desafios“. Na mensagem incluída no relatório e contas de 2016 aprovado esta terça-feira pela assembleia geral, o presidente executivo diz que “tudo indica que após este período transitório poderá finalmente retomar o seu lugar cimeiro no apoio às empresas e aos particulares que apostam no serviço de qualidade, que, aliás, nunca perdeu”.

Ramalho reforça a ideia de sucesso na administração de um banco num contexto em que a venda da maioria do capital foi feita após o encerramento de exercício. Este facto “torna o ano de 2016 ainda mais bem-sucedido na gestão da transição, das oportunidades e dos desafios“, declarou o CEO da instituição.

Destacou o crescimento dos depósitos de particulares, que aumentaram 832 milhões de euros, e ainda produção de crédito habitação, que cresceu 110%, num ano em que o banco aproveitou para reduzir os seus custos operativos em 21,7%, em 164 milhões de euros.

“Naturalmente estes contributos para a normalização não nos fazem esquecer o longo trabalho de reabilitação do Novo Banco com que nos comprometemos”, sublinhou Ramalho, agradecendo a “lealdade exigente dos clientes” e a qualidade dos colaboradores do banco.

O banco fechou 2016 com prejuízos de mais de 788 milhões de euros, traduzindo-se numa redução de 15% das perdas face ao ano anterior. Em março deste ano, o Fundo de Resolução decidiu a venda de 75% do capital do Novo Banco ao Lone Star, uma operação que está ainda dependente do cumprimento de algumas condições, entre as quais a conclusão da oferta de troca de obrigações.

Contas sem reservas

As contas da instituição foram aprovadas pelo Fundo de Resolução, o acionista do banco desde 2014, na assembleia geral que ocorreu esta terça-feira. E desta vez as contas “passaram” sem que o auditor, a PwC, manifestasse qualquer reserva em relação os números apresentados.

“Somos de parecer que o relatório de gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, a informação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras auditadas e, tendo em conta o conhecimento e apreciação sobre o banco, não identificamos incorreções materiais”, lê-se na certificação emitida pelo auditor.

Na contas relativas a 2015, a PwC levantou uma reserva por limitação a propósito da exposição do Novo Banco ao angolano Banco Económico. Indicava que não tinha acesso a informação financeira auditada para os exercícios de 2014 e 2015 e ainda que não estava disponível um plano de negócios que permitisse avaliar as condições do banco.

Agora o auditor indica que durante 2016 manteve diversas interações com o conselho de administração para debater “as ações desenvolvidas por este para mensurar a imparidade associada à exposição ao Banco Económico” e que já obteve e analisou as demonstrações financeiras do banco angolano, assim como o plano de negócios “abarcando as atividades até 2019”.

(Notícia atualizada às 19h26)

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Benfica negoceia Ederson com o Manchester City

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

A SAD do Benfica confirmou esta terça-feira que está a negociar o guarda-redes brasileiro Ederson Moraes com o Manchester City.

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informou esta terça-feira que decorrem negociações para a transferência do guarda-redes brasileiro Ederson Moraes para o Manchester City, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No comunicado, a SAD ‘encarnada’ dá conta de que se encontrar a negociar o seu guarda-redes com a equipa inglesa, mas que as negociações para a mesma “ainda não foram concluídas”.

A equipa treinada pelo espanhol Pep Guardiola já tinha anunciado a contratação do médio português Bernardo Silva ao Mónaco, jogador que saiu da formação do Benfica, devendo ainda assinar em breve com Ederson.

O guarda-redes brasileiro disse no domingo — durante os festejos da conquista da Taça de Portugal, após a vitória por 2-1 sobre o Vitória de Guimarães — que poderia estar de saída do clube ‘encarnado’ e foi fotografado hoje no centro de treinos do Manchester City. “Ainda não sei, provavelmente foi o meu último jogo”, declarou o brasileiro no domingo, no final do jogo.

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Montepio é a estrela da sessão. Ilumina PSI-20

  • Rita Atalaia
  • 30 Maio 2017

A sessão foi muito atípica para o Montepio. O banco liderado por Félix Morgado subiu mais de 40%, num movimento que a instituição financeira diz ser "o mercado a funcionar".

A subida dos CTT e do BCP deram força ao PSI-20, num dia de perdas na Europa. Mas a grande estrela da sessão foi o Montepio. O banco liderado por Félix Morgado disparou 46%, num movimento que, segundo a instituição financeira, “foi o mercado a funcionar”.

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Estádio da Luz em 360º aos olhos da Vitória… a águia

  • ECO
  • 30 Maio 2017

Os atletas do SL Benfica entraram de férias esta segunda-feira e o clube decidiu presentear os adeptos com imagens em 360º do voo icónico da águia Vitória. Foi a primeira vez, mas haverá mais.

As férias da equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica (SL Benfica) começaram esta segunda-feira, após uma época em que os benfiquistas venceram o 36.º Campeonato e a 26.ª Taça de Portugal da sua história, e com uma novidade para os adeptos.

A partir da próxima temporada, os fãs do SL Benfica vão assistir ao voo da águia Vitória no Facebook com imagens em 360º. O clube encarnado pretende assim dar uma nova perspetiva do momento icónico que ocorre antes de todos os jogos da equipa no próprio estádio, mostrando o ambiente aéreo do recinto desportivo e o próprio voo do símbolo do clube.

Na publicação original, o SL Benfica afirma que as imagens irão repetir-se durante a próxima época. Veja o vídeo:

Caso tenha problemas em visualizar o vídeo, veja-o aqui (Página de Facebook do Sport Lisboa e Benfica).

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Rating de Portugal sobe em setembro? É quase impossível

Responsáveis políticos têm insistido numa melhoria da perspetiva de Portugal em breve, possivelmente em setembro. Uma melhoria pode acontecer, mas a saída do "lixo" é que será impossível.

Mário Centeno, António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa e até Pierre Moscovici. Não há responsável político que neste momento não fale numa melhoria do rating da República portuguesa “em breve”, muito possivelmente já em setembro, que é quando a agência Moody’s volta a avaliar Portugal. Apesar do otimismo, e até dessa melhoria, é pouco provável que se assista a uma subida da classificação da dívida portuguesa este ano. Como é que sabemos?

Atualmente, as três principais agências mundiais — Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s — colocam Portugal num nível considerado investimento especulativo, o chamado nível “lixo”. E é por isso que é tão importante que pelo menos uma delas suba a notação da dívida. Com uma decisão favorável, Portugal subiria para um patamar que lhe confere “grau investimento”, entraria no radar de muitos fundos de investimento que apenas compram dívida segura. E, no final do dia, a fatura com juros de Portugal desceria.

O que dizem os políticos

Munindo-se dos recentes desenvolvimentos económicos de Portugal, tanto o primeiro-ministro, como os outros ministros (Finanças e Economia) e até o Presidente da República têm manifestado confiança e otimismo em relação a uma melhoria do rating da dívida que o IGCP emite. Para Marcelo Rebelo de Sousa, até já há uma data: setembro.

Se a evolução [da economia] continuar a que tem sido, até setembro, parece justo haver aquilo que vai reforçar a confiança dos investidores na economia portuguesa”, declarou o Presidente esta terça-feira.

Momentos antes, foi António Costa quem se dirigia às agências: “Não há dado económico que não diga o óbvio: que o rating deve ser revisto. Quando for revisto, não será necessariamente uma surpresa. É manifesto que a avaliação de hoje de Portugal é muito diferente da situação que era em 2011“.

“O facto de a Comissão Europeia ter proposto que Portugal saia do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) só reforça esta ideia. É a própria Comissão europeia que reconhece que há confiança no futuro da economia portuguesa para de um modo duradouro e sustentável termos um défice que cumpra as regras europeias e que mantenhamos uma trajetória sustentada da redução da nossa dívida“, argumentou.

O que dizem as agências

Do lado das agências, o tom do discurso em relação a Portugal tem evoluído de forma positiva, acompanhando a melhoria do ambiente económico do país. Ainda assim, os responsáveis destas entidades que determinam a qualidade de um ativo financeiro (neste caso, dívida portuguesa) têm insistido sobretudo na sustentabilidade da dívida pública, acima de 130% do Produto Interno Bruto (PIB), e na capacidade do Governo de manter o défice sob controlo como fatores de longo prazo que estão a prender o rating ao lixo.

A melhoria orçamental nos próximos dois anos depende fortemente em receitas de one-offs [não recorrentes] e no congelamento dos gastos em bens e serviços, o que provavelmente será difícil de sustentar a longo prazo”, considerou a Moody’s na reação à saída de Portugal do PDE.

Fonte: IGCP

É justamente a Moody’s quem avalia Portugal em setembro. Mas se Marcelo Rebelo de Sousa acredita que Portugal receberá boas notícias logo no primeiro dia daquele mês, aquilo que a agência tem sinalizado em relação ao país é que não vai mexer no rating de Ba1. Porquê?

Juntamente com o rating, a agência atribui um outlook à dívida do país como forma de dizer ao mercado e aos investidores quais são as suas perspetivas de evolução da notação nos meses seguintes. No caso de Portugal, o outlook é estável, o que “indica uma baixa probabilidade de uma mudança de rating no médio prazo”, conforme se pode ler no manual da Moody’s acerca de ratings e definições.

Mas a Moody’s não é a única que atribui às obrigações portuguesas perspetivas estáveis. A Standard & Poor’s e a Fitch (esta última volta a testar Portugal dentro de duas semanas) também não preveem fazer qualquer alteração ao rating da República.

Lixo até 2018

Ou seja, independentemente dos discursos políticos, Portugal deverá continuar no “lixo” até ao próximo ano, tal como a presidente do IGCP, Cristina Casalinho, já avisou… em fevereiro.

“A maneira como as decisões das agências são tomadas é que, primeiro, há um outlook positivo e depois só na avaliação seguinte é que pode haver uma melhoria do rating. Não me parece que nesta ronda tenhamos uma melhoria do outlook. Já tivemos este ano informação da Moody’s e da Fitch sem subidas”, declarou Casalinho em entrevista ao Público. A S&P também não o fez. E numa segunda ronda, a Moody’s nem se pronunciou.

Deste modo, a melhoria no rating a que Portugal pode aspirar passa apenas por uma melhoria do outlook de estável para positivo. Só a partir desse momento é que o país pode sonhar libertar-se das amarras da má fama da sua dívida. A subida efetiva da notação para um patamar de investimento de qualidade só está ao alcance já em 2018.

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Stiglitz: Eleição de Trump deve impulsionar reformas no euro

  • Marta Santos Silva
  • 30 Maio 2017

O antagonismo do atual presidente dos Estados Unidos deverá empurrar os países europeus a trabalharem juntos com maior proximidade e, para isso, "tem de haver reformas no euro", diz o economista.

O euro tem falhas profundas que precisam de ser reconhecidas e corrigidas com reformas de fundo, afirma o prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz. O norte-americano acredita que a eleição de Donald Trump, com todos os seus aspetos negativos, poderá ter como aspeto positivo uma Europa mais unida e, para isso, “terá de haver uma reforma no euro”.

Joseph Stiglitz, economista norte-americano, critica a forma como se processou a recuperação europeia após a crise de 2008.Paula Nunes/ECO

Premiado esta terça-feira nas Conferências do Estoril pelo seu livro O Euro e a sua ameaça ao Futuro da Europa, Joseph Stiglitz acredita que “a coisa mais sensata a fazer seria reconhecer os problemas na criação do euro e tentar persuadir a Alemanha, em particular, a aceitar essas reformas”. O economista sublinhou que, com Trump nos Estados Unidos, a Europa vai ter de trabalhar mais proximamente. “Ontem, Merkel tornou isso muito claro“, acrescentou.

Questionado pelo ECO sobre se as reformas da moeda única seriam mais apropriadas numa altura de recuperação económica como esta ou numa altura em que as suas falhas estejam mais evidenciadas, Joseph Stiglitz afirmou que “talvez fosse mais fácil para a Alemanha aceitar as reformas agora, quando não parece tanto um bailout aos outros países”.

“A realidade de Trump e a necessidade de a Europa trabalhar junta poderá solidificar algum tipo de compromisso europeu, e se a Europa vai colaborar, o euro tem de ser reformado”, reconheceu.

Moeda única dificultou recuperação dos países em crise

Para Joseph Stiglitz, a moeda única teve um papel importante na difícil recuperação dos países mais desfavorecidos do euro após a crise de 2008, em parte devido às limitações exageradas e centralizadas que foram impostas, e em parte porque o esforço foi desproporcionalmente sobre os países mais fracos enquanto os mais fortes acabaram por sair favorecidos.

“O euro criou uma rigidez na taxa de câmbio, e em qualquer sistema em que haja um choque é preciso que aconteça um ajuste da taxa de câmbio real”, explicou o economista. “Se não for possível alterar a nominal, o que não se pode fazer numa zona de moeda única, é preciso uma alteração da taxa real. E há duas formas de o fazer: ou os países mais fracos se desvalorizam internamente, ou os países ricos aumentam os seus níveis de preços”. O processo escolhido foi o da desvalorização interna.

“Agora que o ajustamento está feito, é possível regressar à prosperidade”, afirmou, sobre os recentes sucessos financeiros portugueses. “Mas claro que haverá choques no futuro. Os problemas fundamentais da zona euro ainda vão estar lá mesmo que Portugal recupere, mesmo que a Irlanda recupere”.

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