Macedo: “Caixa tem as melhores condições da banca”

O presidente do banco público diz que todos os protestos de trabalhadores são legítimos, mas avisa que a primeira missão da Caixa é com os depositantes.

Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, desvalorizou, este sábado, as ações de protesto de cerca de uma centena de trabalhadores, à porta do encontro de quadros do banco público que tem lugar em Santa Maria de Feira, apesar de considerar que todos os protestos são legítimos. Macedo alega que a Caixa tem as melhores condições da banca.

O encontro de quadros, acontece um dia depois da Caixa Geral de Depósitos ter apresentado lucros de 52 milhões de euros.

O presidente diz mesmo que a “Caixa tem as melhores condições da banca e das melhores condições das empresas portuguesas“. E passa a enumerar “tem cerca de 20% da tabela salarial acima de outros bancos, tem o sistema de reformas que não tem igual no público, nem no privado e tem um sistema de pensões que é também mais generoso e ainda um conjunto de benefícios sociais e acordo de empresa muito acima da média”.

Para o presidente do banco público a primeira missão da Caixa é para com os depositantes, a segunda é para com as empresas e famílias e depois com todos os stakeholders, onde se incluem os trabalhadores.

“Os protestos dos trabalhadores são legítimos, mas têm que ser relativamente enquadrados e é preciso ver o que é subjetivo e o que é real, e qual é o pano de fundo. A primeira missão da Caixa é para com os depositantes, a segunda é para com as empresas e famílias e depois com todos os stakeholders onde os trabalhadores são uma peça essencial”, afirmou em declarações transmitidas pela SIC Notícias, o presidente da CGD.

Sobre o que está em cima da mesa em termos de negociações, o banqueiro refere que “pela primeira vez em muitos anos voltamos a negociar a tabela salarial e iremos negociar, à semelhança de outros bancos”.

Ainda sobre as ações de protesto, Macedo recorda que nos doze meses em que está à frente da Caixa, recebeu mais de 12 vezes a comissão de trabalhadores e os sindicatos.

 

(notícia em atualizada às 12:13 com mais informação)

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MP diz que segurança de Centeno justificava bilhetes na Luz

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2018

Despacho de arquivamento dá nota de que Ministério das Finanças não tinha poder para interferir na isenção de IMI para prédio de filhos de Luís Filipe Vieira.

O Ministério Público (MP) considera que os convites do Benfica para o ministro das Finanças, Mário Centeno, valiam mais de 150 eurso, mas a segurança justificava-os. E dá conta de que a isenção do Imposto Municipal de Imóveis (IMI).

Segundo escreve o jornal Público, na edição deste sábado, o MP arquivou o inquérito que envolvia os convites do Benfica para o ministro das Finanças, Mário Centeno, na convicção de que nenhum dos três tipos de crimes que poderiam estar em causa foi cometido. Disso mesmo dá conta o despacho do procurador, que analisou o processo, que além de referir a questão de segurança pessoal do ministro, dá nota de que “não foi recolhida prova alguma que corroborasse a aventada intervenção do ministro no processo” que permitiu à empresa dos filhos do presidente do Benfica obter a isenção do Imposto Municipal de Imóveis (IMI) para um prédio comercializado em Lisboa.

O MP conclui que a isenção do IMI decorria automaticamente da aprovação de uma certificação camarária de que o imóvel em causa foi reabilitado, preenchidos os requisitos legais para obtenção desse benefício fiscal. O despacho diz ainda que a certificação do referido imóvel foi atribuída pela autarquia antes de o gabinete de Mário Centeno ter feito o pedido para os dois bilhetes do clássico Benfica-Porto.

Ainda que os bilhetes, no valor superior a 150 euros, ultrapasse o limite previsto no código de conduta criado pelo atual Governo, o despacho destaca que a aceitação por parte de Centeno é “enquadrável” legalmente e “portanto lícita”.

O caso Mário Centeno foi despoletado depois do ministro das Finanças ter pedido, através de um assessor diplomático, dois convites para o camarote presidencial do estádio da Luz, para assistir ao jogo do Benfica-Porto, realizado a 1 de abril de 2017.

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Na Autoeuropa, há casais que só estão juntos dois fins de semana até julho

  • Marta Santos Silva
  • 3 Fevereiro 2018

Hoje é o primeiro sábado obrigatório com os novos horários. As folgas não consecutivas, o pouco tempo em família e os turnos rotativos causam desânimo entre os trabalhadores da Autoeuropa.

Este sábado, Ana vai terminar o turno na fábrica da Autoeuropa à meia-noite. Segunda-feira, entra ao trabalho às sete da manhã. Para esta trabalhadora, no primeiro dia em que a fábrica de Palmela implementa o trabalho obrigatório aos sábados, a situação é particularmente difícil porque o marido também começou a trabalhar nos novos horários e têm um filho de oito anos.

Os novos turnos impostos unilateralmente pela administração da Autoeuropa perante a impossibilidade de chegar a um acordo começaram esta semana, e alguns trabalhadores sublinham o impacto nas suas vidas pessoais e familiares. Ao ECO, Ana lamenta: “Afeta-me tudo, desde a escola do miúdo, aos ATLs, até à família…”

As escalas já foram distribuídas até julho. Durante seis semanas, os trabalhadores alternam semanalmente entre o turno da manhã, das 7h até às 16h, e o turno da tarde, das 15h às 24h. Seguem-se duas semanas a trabalhar à noite, das 00h até às 7h, e depois o ciclo recomeça. Além disto, o trabalho ao sábado passa a ser obrigatório, com uma folga rotativa a ser atribuída em vez desse dia. Por vezes, essa folga calha no sábado.

No entanto, para Ana, as vezes em que a folga calha no sábado não são suficientes. “Há famílias que vão ter dois fins de semana juntas em seis meses”, explicou ao ECO. É esse o caso de Ana e do marido, que já sabem quais vão ser os dois fins de semana em que, até julho, poderão estar dois dias em família, com o filho que nas folgas à semana está na escola.

Em agosto, quando uma versão muito semelhante dos horários impostos fora rejeitada pelos trabalhadores e a Autoeuropa acabava de ver a primeira greve da sua história, uma trabalhadora estimou, ao telefone com o ECO, que houvesse cerca de 300 famílias com filhos em que o pai e a mãe fossem ambos trabalhadores da Autoeuropa. Perante este facto, a Segurança Social acabou por intervir, com a possibilidade de abertura extraordinária de creches na zona de Setúbal para cuidar das crianças mais novas caso não houvesse possibilidade de ficarem com um dos familiares.

Ana, por exemplo, não vê hipóteses para o filho de oito anos no caso de o marido ser chamado a trabalhar no mesmo sábado que ela. “No dia em que não tiver onde o deixar ao sábado, vou ficar em casa ou chegar mais tarde”, afirmou. “Durante a semana, para as noites, temos os meus sogros, mas ao fim de semana quando eles vão embora…”

Mesmo para trabalhadores com situações familiares menos complexas, “o impacto é o normal de qualquer pessoa que não tenha folgas consecutivas”, refere Carlos, ao ECO. Para o trabalhador, os dias soltos de descanso não permitem repousar e, muitas vezes, vão dificultar a transição entre horários diurnos e noturnos em apenas um dia.

A Comissão de Trabalhadores está desacreditada. Quem lá está agora, antes defendia que não deveríamos ter de trabalhar os sábados obrigatórios.

Ana F.

Trabalhadora da Autoeuropa

Ana referiu também que as folgas rotativas podem tornar o dia de descanso solitário. “Numa folga durante a semana não estou com o meu filho, que está na escola, nem com o meu marido, que está noutro turno”, explicou. Uma outra trabalhadora também chamada Ana, a quem chamaremos Ana F., disse ter o mesmo problema com a filha, que já tem 18 anos. “Hoje estou em casa”, afirmou esta sexta-feira ao ECO, “mas a minha filha está na faculdade”. “Amanhã vou trabalhar, e depois só tenho o domingo de folga. Torna-se complicado o convívio…

E o ambiente na fábrica de Palmela? Para Ana F., está “muito mau”. “As pessoas estão desmotivadas”, explica. “A Comissão de Trabalhadores está desacreditada. Quem lá está agora, antes defendia que não deveríamos ter de trabalhar os sábados obrigatórios”.

Este tipo de horário é normal?

Questionado sobre as queixas apresentadas pelos trabalhadores perante os novos horários, Eduardo Florindo, do sindicato Site-Sul, afeto à CGTP, evita a questão. “Críticas há sempre”, confessa. “O trabalho de segunda a sábado devia ter sido evitado. Mas agora está aprovado, e há que tentar que os trabalhadores tenham melhores compensações”.

Os aumentos salariais estão a ser negociados nesta altura pela Comissão de Trabalhadores liderada por Fernando Gonçalves, que realizou plenários com os trabalhadores esta quinta-feira para lhes dar conta do ponto de situação. A Comissão pede aumentos de 6,5%, num mínimo de 50 euros, em 2018, enquanto a administração tem como contraproposta um aumento de 3% em 2018 e de 2% em 2019. Este aumento salarial, destacou Carlos ao ECO, devia já ter sido acordado em setembro. “Daqui a nada estamos em setembro outra vez”, acrescentou.

No contexto europeu, os novos horários na Autoeuropa não são inéditos. Georg Leutert, sindicalista do IndustriAll, Global Union [sindicato global], explicou que não é um horário “normal”, mas também não é invulgar. “Há muitos casos em que os empregadores tentam utilizar o máximo da força de trabalho, e arranjam modelos de 17 ou 21 turnos”, afirmou o especialista do setor fabril automóvel ao ECO. “As empresas dizem que é a sua única hipótese de permanecerem competitivas”.

Na Volkswagen em Palmela, os novos turnos surgiram devido ao novo modelo, o T-Roc, que lá está a ser construído. A fabricante de automóveis alemã quer que sejam produzidos 240 mil T-Rocs este ano na Autoeuropa, o que levou à aplicação dos novos horários apesar de não haver acordo com a Comissão de Trabalhadores. Para Georg Leutert, isso é “muito invulgar”, já que a Volkswagen costuma procurar o acordo dos seus trabalhadores em mudanças do género.

O horário até agosto é transitório, mantendo-se apenas até à pausa anual da fábrica. De agosto em diante, os pormenores dos horários e dos turnos ainda estão a ser negociados, mas a administração pretende ter um modelo de laboração contínua com trabalho inclusive ao sábado.

“Não vejo nenhumas fábricas, não há uma única fábrica na Europa Ocidental, que lide com um novo volume de produção ou um novo produto sem que os sindicatos ou comissões de trabalhadores tenham de fazer concessões”, concluiu Georg Leutert.

Vem aí greve?

Apesar de os trabalhadores terem aprovado em plenário a realização de uma greve nos dias 2 e 3 de fevereiro, esta acabou por não se concretizar, porque os sindicatos decidiram não entregar pré-aviso. Porquê? Para não prejudicar as negociações que continuam entre a administração e a Comissão de Trabalhadores.

Para Ana F., que seria a favor de uma greve, a leitura foi outra. “Pareceu-nos que os sindicatos estão do lado da administração e não dos trabalhadores. O interesse único da administração é o da laboração contínua, e fazer carros. E pronto”, disse.

Carlos, no entanto, considera que uma greve seria inoportuna. “Fazermos uma greve, neste preciso momento, era mau. Há um acordo para fazer para depois de agosto”, disse. “Agosto está aí à porta”.

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Chumbos nos exames do 9.º ano atingiram 60% das escolas

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2018

67% das escolas públicas não conseguem atingir a positiva nos exames de Português e Matemática do 9.º ano.

Seis em dez escolas tiveram resultados negativos, a maioria concentrada nos 1.003 estabelecimentos de ensino públicos, entre as 1.221 que fizeram exames do 9.º ano no ano passado.

Segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, no portal InfoEscolas, e analisados pela Lusa, 67% das escolas públicas não conseguem atingir a positiva nos exames de Português e Matemática do 9.º ano. Já entre as 218 escolas privadas que fizeram exames do 9.º ano a larga maioria (72%) obteve notas positivas. Ainda assim, os dados gerais, que indicam 60% de negativas, representam uma melhoria em 15 pontos percentuais face ao ano anterior.

Entre as dez escolas com melhor classificação nos exames do 9.º ano do ano passado, todas são privadas, apenas uma tem melhores resultados nas provas do que na classificação interna final, mas a maioria fez menos de cem exames.

O colégio Minerva, no Barreiro, Setúbal, lidera a lista das escolas com melhores resultados nos exames de Português e Matemática do 9.º ano, com 56 provas realizadas e com um resultado de 4,41, acima da nota final interna média de 4,3 dos alunos que foram a exame.

No 9.º ano as notas variam entre os níveis 1 e 5, sendo o nível 3 o primeiro patamar das notas positivas.

Ao colégio Minerva seguem-se na lista o Colégio Horizonte, em Vila Nova de Gaia, e o Colégio Nossa Senhora da Paz, no Porto.

A melhor escola pública aparece já fora do ‘top 30’: a escola secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, ocupa a 31.ª posição, com 148 exames realizados e também com notas em exame mais altas do que a classificação interna final (CIF). A escola de Coimbra regista uma média em exame de 4,01 e uma CIF de 3,89.

A segunda melhor escola pública, a Escola Básica dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos com Pré-escolar do Porto da Cruz, em Machico, Madeira, ocupa a 35.ª posição, seguindo-se, em terceiro lugar, a Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga.

Entre as escolas com os resultados mais baixos nos exames de Português e Matemática do 9.º ano estão a Escola Portuguesa da Beira, Moçambique, com uma média de 1,42, a Escola Básica da Apelação, Loures, Lisboa, com uma média de 1,71, e a escola Secundária Matias Aires, Sintra, Lisboa, com um resultado médio de 1,92. Entre as dez escolas com resultados mais baixos apenas a escola da Beira é privada.

Em termos distritais, Coimbra lidera o ‘ranking’ dos melhores resultados em exames, com uma média de 3,18 e uma CIF média de 3,28, com 6.609 exames realizados. Pelo contrário, a região autónoma dos Açores, é a última classificada, com uma média em exames de 2,64 e uma CIF média de 3,15, em 4.379 provas.

Entre os 18 distritos de Portugal continental, as duas regiões autónomas (Madeira e Açores) e as escolas portuguesas no estrangeiro, apenas estas últimas e seis distritos (Coimbra, Viseu, Braga, Aveiro, Viana do Castelo e Guarda) registaram uma média positiva nos exames, mas todas as regiões conseguiram média positiva na CIF.

A variação média dos resultados médios por distrito nos exames é de 0,5, com a média mais alta (Coimbra) a fixar-se nos 3,18 e a mais baixa (Açores) nos 2,64. Já a variação na CIF média é de cerca de 0,2 com o registo mais alto a pertencer a Vila Real, com 3,29 e o registo mais baixo, o de Beja, a fixar-se nos 3,06. Lisboa é o distrito com mais exames realizados (39.968), seguido pelo Porto (35.233) e Braga (16.399).

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Escolas públicas sobem no ranking mas só aparecem em 28.º lugar

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2018

Colégios privados dominam os 27 primeiros lugares dos exames nacionais do secundário. É no Porto que estão as escolas públicas e privadas com as melhores classificações.

Os primeiros 27 lugares das escolas com melhores médias nos exames nacionais do secundário são ocupados por colégios privados, registando-se uma subida de cinco lugares das escolas públicas no ranking elaborado pela Lusa.

É no Porto que se encontram as escolas pública e privada com melhores resultados nos exames do secundário, segundo um ranking elaborado pela agência Lusa tendo em conta as médias dos alunos internos das escolas onde se realizaram mais de cem provas.

Os alunos do Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, voltaram a destacar-se ao conseguirem a melhor média nacional, com 15,02 valores em 479 exames realizados.

Numa lista de 521 estabelecimentos de ensino, a primeira escola pública surge em 28.º lugar, graças aos estudantes da Secundária Garcia de Orta, também no Porto, que fizeram 796 exames e obtiveram uma média de 12,91 valores.

Comparando com o ano anterior, quando os primeiros 33 lugares da lista foram ocupados por privados, verifica-se uma ligeira subida das escolas públicas.

As dez escolas públicas com melhores resultados encontram-se nos primeiros 50 lugares da lista, sendo que, muitas vezes, as diferenças entre elas só são percetíveis olhando para as centésimas.

Tal como nos outros anos, as escolas com melhores classificações são frequentadas, maioritariamente, por alunos de famílias sem dificuldades financeiras e com pais com formação superior ou, pelo menos, com o 12.º ano.

É na cidade de Lisboa que se encontra metade das escolas do top 10 deste ‘ranking’ de 521 estabelecimentos: os colégios Manuel Bernardes, São João de Brito e Santa Doroteia (em 2.º, 3.º e 4.º lugares, respetivamente) assim como o Salesianos de Lisboa e o Valsassina (em 7.º e 9.º). O Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, é o quinto classificado, seguindo-se o Colégio St. Peter’s School, em Palmela, em oitavo lugar o Colégio Nova Encosta, de Paços de Ferreira, e em décimo os Salesianos do Estoril.

Também entre os estabelecimentos de ensino público, os melhores resultados voltam a destacar as escolas que já se distinguiram noutros anos. Em primeiro e quarto lugar aparecem secundárias do Porto – a Garcia de Orta e a Clara de Resende – que são separadas por duas escolas de Lisboa – a D. Filipa de Lencastre e a do Restelo.

A escola Eça de Queiroz, na Póvoa do Varzim, e a Infanta Dona Maria, em Coimbra, aparecem em quinto e sexto lugar da lista, onde volta a aparecer um estabelecimento de ensino do distrito de Lisboa: a Escola Secundária Sebastião e Silva, em Oeiras.

A Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, e a Secundária da Quinta do Marquês, em Oeiras, e a Carlos Amarante em Braga ainda fazem parte do top 10, onde as médias variam apenas algumas décimas: a média da escola que fica em primeiro lugar é de 12,91 e a média da escola que aparece em décimo é de 12,22 valores.

No fim da lista deste ranking aparecem, invariavelmente, escolas inseridas em bairros mais carenciados e onde a grande maioria dos alunos tem apoio social escolar e os pais têm pouca escolaridade, fatores que condicionam o sucesso académico dos estudantes.

Este ano, os resultados mais fracos voltaram a registar-se em escolas inseridas em realidades distintas, desde o Barreiro, no distrito de Setúbal, as ilhas dos Açores e Madeira e em Timor-Leste, onde se verificaram médias negativas e disparidades significativas entre a média de exame e a média da nota atribuída pela escola aos alunos (CIF).

Os dez melhores colégios privados

Escola Distrito Média CIF Média Exame (Valor) Média Exame (%)

Colégio Nossa Senhora do Rosário Porto 17,38 15,02 150,25

Colégio Manuel Bernardes Lisboa 15,35 14,71 147,11

Colégio São João de Brito Lisboa 14,78 14,67 146,73

Colégio de Santa Doroteia Lisboa 15,00 14,47 144,74

Colégio D. Diogo de Sousa Braga 17,25 14,44 144,41

Salesianos de Lisboa Lisboa 15,35 14,33 143,38

Colégio Nova Encosta Porto 15,78 14,12 141,247

Colégio Valsassina Lisboa 14,81 14,06 140,69

Salesianos do Estoril – Escola Lisboa 14,86 13,92 139,29

…e dez piores classificados

Escola Distrito Média CIF Média Exame (Valor) Média Exame (%)

Escola Secundária Seomara da Costa Primo Lisboa 12,62 8,40 84,02

Escola Portuguesa de São Tomé e Príncipe Estrangeiro 13,8 8,38 83,84

Escola Básica e Secundária de Santa Maria R. A. Açores 13,48 8,31 83,10

Escola Básica e Secundária Prof. Mendes Remédios, Nisa Portalegre 12,54 8,30 83,04

Escola Básica e Secundária da Povoação R. A. Açores 12,42 8,25 82,59

Escola Secundária Matias Aires, Mira-Sintra Lisboa 12,51 8,22 82,27

Escola Secundária D. Manuel Martins Setúbal 12,66 8,10 81,03

Escola Portuguesa Ruy Cinatti, Díli Estrangeiro 12,63 7,60 76,02

Escola Básica e Secundária de Nordeste R. A. Açores 12,96 7,38 73,85

Escola Básica e Secundária de Santo António Setúbal 12,90 7,07 70,78

 

As dez melhores escolas públicas

Escola Distrito Média CIF Média Exame (Valor) Média Exame (%)

Escola Secundária Garcia de Orta Porto 14,69 12,91 129,11

Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre Lisboa 13,88 12,57 125,77

Escola Secundária do Restelo Lisboa 13,82 12,54 125,40

Escola Básica e Secundária Clara de Resende Porto 14,82 12,36 123,60

Escola Secundária Eça de Queirós, Póvoa de Varzim Porto 14,18 12,33 123,32

Escola Secundária Infanta D. Maria, Coimbra Coimbra 14,64 12,266 122,66

Escola Secundária Sebastião e Silva Lisboa 13,44 12,25 122,55

Escola Secundária Alves Martins Viseu 14,58 12,23 122,35

Escola Secundária da Quinta do Marquês Lisboa 14,61 12,23 122,30

Escola Secundária Carlos Amarante Braga 14,48 12,22 122,21

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Wall Street tem pior semana em dois anos. S&P cai 4%

As ações norte-americanas não resistiram a resultados empresariais abaixo do esperado e à subida das yields da dívida soberana.

As ações norte-americanas encerraram em forte queda, nesta sexta-feira, acumulando o pior registo semanal dos últimos dois anos. Os três principais índices bolsistas do EUA tombaram entre 1,5% e 2,5% numa sessão marcada por resultados empresariais abaixo do esperado e pela subida das yields da dívida soberana após dados positivos sobre o emprego. Na semana o balanço é de um deslize de 4% para o S&P 500 e para o Dow Jones. O Nasdaq caiu mais de 3%.

O S&P 500 desvalorizou nesta sexta-feira 2,15%, para os 2.761,43 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq recuaram 2,58% e 1,96%, respetivamente, para os 25.510,01 e 7.241,45 pontos.

Essas perdas acentuadas ditaram perdas semanais próximas de 4% para os três índices bolsistas norte-americanos. Há dois anos que o mercado bolsista dos EUA não tinha um desempenho tão negativo. O S&P 500 e o Dow Jones não caiam tanto desde janeiro de 2016. No caso do Nasdaq, trata-se do pior registo semanal desde fevereiro do mesmo ano.

"Tem tudo a ver com o mercado das obrigações, o mercado das obrigações tem colocado as ações em sintonia e tem sido assim toda a semana. Temos visto uma grande subida das yields e isso tem dado razões para os investidores venderem ações.”

Paul Nolte

Amundi Pioneer

Tem tudo a ver com o mercado das obrigações, o mercado das obrigações tem colocado as ações em sintonia e tem sido assim toda a semana. Temos visto uma grande subida das yields e isso tem dado razões para os investidores venderem ações”, explicou Paul Nolte, gestor de carteiras da Amundi Pioneer, citado pela Reuters.

Os dados acima do esperado relativos ao mês de janeiro divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta sexta-feira alimentaram as perspetivas de mais subidas de juros em 2018 face às três que os analistas previam.

As quedas foram transversais aos principais setores na última sessão da semana, mas as tecnológicas pesaram mais. As ações da Alphabet perderam mais de 5%, depois de apresentar resultados abaixo do esperado. Por sua vez a Apple viu as suas ações desvalorizarem mais de 4% face aos receios relativamente aos cortes de produção do iPhone X.

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CGD vai aumentar salários. Quer dar lucros aos trabalhadores

O banco vai iniciar a negociação da tabela salarial com os seus funcionários, isto ao mesmo tempo que retoma as progressões na carreira. E admite voltar a dar parte dos lucros aos trabalhadores.

No dia em que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou o regresso aos lucros, após seis anos de prejuízos, Paulo Macedo abre a porta ao aumento dos salários dos funcionários do banco estatal. Vai iniciar a revisão das tabelas salariais, mas também retomar as progressões na carreira. Havendo, daqui para a frente, lucros a distribuir, pretende partilhá-los com os seus colaboradores.

“A CGD vai, pela primeira, vez em muitos anos negociar a tabela salarial dos seus trabalhadores”, afirmou fonte oficial do banco estatal ao ECO. Ao mesmo tempo, as “progressões na carreira vão ser retomadas”, acrescentou, no dia em que o banco liderado por Paulo Macedo anunciou lucros de 52 milhões de euros no total de 2017, após os prejuízos recorde do ano anterior. Voltou aos lucros um ano antes do previsto.

A CGD vai, pela primeira, vez em muitos anos negociar a tabela salarial dos seus trabalhadores.

Fonte oficial da CGD

A renegociação da tabela salarial era há muito reivindicada pelos trabalhadores. Os funcionários da CGD, tal como os funcionários públicos, viram o aumento dos seus vencimentos congelado fruto da crise económica vivida no país. Mário Centeno, ministro das Finanças, prometeu que no Orçamento para 2017 estes deixariam de estar sujeitos aos limites salariais e de progressão na carreira.

No entanto, essa promessa de Centeno, apesar de cumprida no Orçamento, não foi aplicada pela CGD. Foram dois os motivos que inviabilizaram o cumprimento: o primeiro foram os prejuízos de quase 1,9 mil milhões de euros registados pela CGD em 2016, o outro foi a mudança na administração com a saída de António Domingues e a entrada, a 1 de fevereiro, de Paulo Macedo.

Agora, Macedo vai desbloquear os rendimentos do trabalhadores do banco. E admite mesmo que não será apenas o Estado a beneficiar da recuperação dos resultados da CGD. Também os trabalhadores vão voltar a receber parte dos lucros que a instituição vier a obter. “A Caixa distribuirá dividendos pelos seus trabalhadores quando estiver em condições de o poder voltar a fazer”, diz fonte oficial.

(Notícia atualizada às 20h55 com mais informação)

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Professores dispostos a fazer greve em março

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2018

A falta de propostas do Governo em relação a matérias como reposicionamento de carreiras, recuperação do tempo de serviço congelado, horário de trabalho e aposentação estão na base das reivindicações.

Os professores ameaçam com uma greve na semana de 12 a 16 de março se o Governo não apresentar soluções às suas reivindicações, segundo uma resolução esta sexta-feira aprovada num plenário em Lisboa.

De acordo com a resolução, entregue no Ministério da Educação por uma delegação liderada pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, a paralisação, a realizar-se, será no país todo.

Em causa, está, segundo Mário Nogueira, a falta de apresentação de propostas, por parte do Governo, em relação a matérias como reposicionamento de carreiras, recuperação do tempo de serviço congelado, horários de trabalho e aposentação.

A proposta de convocação da greve, será apresentada pela Fenprof às outras organizações sindicais de professores numa reunião a 9 de fevereiro.

À porta do ministério estiveram concentrados cerca de 300 professores e educadores que estiveram, horas antes, reunidos em plenário.

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Efacec coloca “fichas” no negócio da mobilidade elétrica

A Efacec, presidida por Mário Silva, vai inaugurar uma fábrica na Arroteia. É a aposta na mobilidade elétrica.

Quando na próxima segunda-feira Isabel dos Santos inaugurar a nova fábrica de mobilidade elétrica da Efacec, empresa de que é acionista maioritária, a Efacec estará a dar mais um passo em direção ao futuro. Aliás, a presença da empresária angolana, naquela que será a sua primeira inauguração em Portugal é, de resto, demonstrativa da importância desta área de negócio para a empresa.

O setor da mobilidade elétrica está em crescimento não só dentro do grupo, — onde já pesa 6% do volume de negócios ou cerca de 26 milhões de euros, e tem a ambição de atingir os 15% num futuro próximo, — mas também a nível mundial onde todos os dias surgem novos modelos de negócio associados a esta área. O objetivo é que dentro de três anos a Efacec possa atingir os 100 milhões de euros.

Pedro Silva, diretor da Efacec Mobilidade Elétrica, destaca em declarações ao ECO que os “novos modelos de negócio já estão a surgir associados a serviços de mobilidade e esperam-se grandes mudanças em setores como o das reparações automóveis e seguros, por exemplo”.

Presente na área da mobilidade elétrica desde 2008, antes do lançamento de veículos elétricos no mercado nacional, o que só aconteceu em 2010, a Efacec assume-se como um dos principais fabricantes mundiais de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos, com presença em mais de 40 países, repartidos por cinco continentes.

A gestão executiva da empresa, liderada por Ângelo Ramalho, voltou aos lucros em 2016 (4,3 milhões de euros, face a prejuízos 20,5 milhões no ano anterior), defende que “a mobilidade elétrica começa com motivações ambientais”.

Para o diretor da mobilidade elétrica da Efacec não há dúvidas “dos benefícios a esse nível em termos de emissões locais e ruído, bem como da eficiência energética”.

O quadro da Efacec frisa que “também ao nível das emissões associadas à geração de energia elétrica, o ganho ambiental é evidente para qualquer mix de fontes de geração, inclusive fósseis, mas é tanto mais efetiva quando a geração de energia elétrica se fizer mais com recursos a fontes renováveis”.

Mas que impacto terá a mobilidade elétrica na mobilidade individual?

O diretor da mobilidade elétrica da Efacec diz que “muda a forma como encaramos a mobilidade individual, não só no uso diário e na forma como abastecemos o veículo de energia. A eletrificação dos veículos potencia que estes acelerem as tendências recentes de maior integração de funções automáticas, inteligência e conectividade nos mesmos”.

Presente nesta área desde 2008, a Efacec, — que é atualmente líder mundial em vários segmentos, com destaque para a carga rápida e ultra-rápida (15 minutos para 300 km) — considera ainda que esta área “potencia a condução autónoma, o design interior — as partes mecânicas ocupam muito menos espaço, — e o uso partilhado”.

O futuro da mobilidade elétrica

Para além da inauguração da nova unidade industrial, o dia de segunda-feira ficará também marcado pela conferência Plug in Talks intitulado “O futuro da mobilidade elétrica”, que será encerrada por Mário Leite da Silva, presidente do conselho de administração da Efacec.

Mário Leite da Silva, presidente do conselho de administração da Efacec.Estela Silva / LUSA

Terá como oradores Helena Braga, investigadora da nova geração de baterias sólidas, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos; Pedro Silva, diretor geral da mobilidade elétrica da Efacec; Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto; e Ricardo Oliveira, fundador do WorldShopper e autor do estudo “2025 Automative 360º Vision”.

Este último, em declarações escritas aos ECO, explica que “a eletrificação dos veículos surge da necessidade de combater o aquecimento global e a poluição local nas zonas urbanas”.

O especialista refere que “a eletrificação compreende diferentes níveis: o Mild Hybrid de 48V, os Full-Hybrid, os Plug-in Hybrid, os BEV (Battery Electric Vehicles, 100% elétricos) e os Fuel-Cell. Estes últimos são veículos elétricos, cuja eletricidade é produzida a bordo numa pilha de combustível alimentada a hidrogénio”.

Ricardo Oliveira destaca que no estudo “2025 Automotive 360º Vision” prevê-se que “o sistema Mild Hybrid 48V venha a ser responsável pela difusão em larga escala da hibridização, por proporcionar 70% dos benefícios de um Full-Hybrid a 30% do custo. A solução Plug-in Hybrid será utilizada em veículos de maiores dimensões e vocacionados para percursos longos”.

Já “a gama de modelos BEV contará com muito mais opções de escolha a partir de 2019. Os veículos Fuel-Cell terão um desenvolvimento mais lento devido à necessidade da construção de uma infraestrutura para abastecimento de hidrogénio”, detalha Oliveira.

Os veículos elétricos são, de resto, já excelentes alternativas para as zonas urbanas e sub-urbanas. Ricardo Oliveira diz mesmo que “já é possível viajar em longas distâncias pela Europa, embora ainda existam limitações ao nível da capilaridade de pontos de carregamento rápido. Atualmente estão em construção três novos corredores transeuropeus de pontos de carregamento ultra-rápido (350 kWh) que irão facilitar este tipo de deslocação”.

Os carros elétricos têm, no entanto, vários desafios pela frente, como sejam a competitividade do preço dos veículos, o tempo de carregamento e o reduzido número de opções de escolha ao nível dos diferentes segmentos do mercado automóvel, recorda o especialista.

“A reduzida autonomia ainda é um problema para as primeiras gerações de BEV, mas os novos modelos do segmento C, com 400 km de autonomia em ciclo NEDC, satisfazem a maior parte das necessidades de mobilidade. A capilaridade das redes de carregamento está em progressão, com cada vez mais hotéis, restaurantes, supermercados, oficinas a disponibilizarem pontos de carregamento. No futuro teremos que garantir que a rede de carregamento vá progredindo à mesma velocidade que aumentam as vendas de veículos elétricos. Em Portugal, os desafios mais próximos prendem-se com o início do pagamento da eletricidade fornecida pelos postos públicos, que deverá ocorrer este ano, e com a recuperação da total operacionalidade da rede de postos da MOBI.E”.

Impacto na vida das pessoas

Para Ricardo Oliveira, a maior parte dos utilizadores irá passar a encarar o “abastecimento” do automóvel, como o carregamento de um telemóvel ou um computador. O especialista diz ainda que “será uma operação que decorrerá, tipicamente, à noite, aproveitando as melhores tarifas da eletricidade. Com sistemas V2G (Vehicle to Grid) implementados, os utilizadores poderão carregar totalmente os seus veículos depois das 22:00, por exemplo. No dia seguinte poderão utilizar parte dessa energia nos seus trajetos e a restante poderá ser devolvida à rede nos momentos de maior consumo, por exemplo, das 19:00 às 22:00. Desta forma, o BEV poderá contribuir para uma gestão otimizada dos custos totais de eletricidade. No futuro, as baterias de estado sólido e os carregadores ultra-rápidos irão permitir reduzir os tempos de carregamento dos atuais 90 minutos para cerca de 15 minutos, facilitando as longas viagens”.

Já sobre o impacto que terá nas cidades, Ricardo Oliveira não tem dúvidas que este será sobretudo notado ao nível da poluição localizada.

“Aqui não é tanto o aquecimento global que está em questão, mas sim a poluição atmosférica nas zonas onde se concentram um elevado número de veículos. Com mais veículos elétricos a circularem nas cidades teremos menos emissões de dióxido de carbono e de óxido de azoto. O trânsito será substancialmente mais silencioso e os veículos terão um tipo de condução perfeitamente adaptado às condições urbanas, com boas acelerações, aproveitamento dos abrandamentos para regeneração da energia e sem necessidade de manipular os comandos da transmissão”, refere.

Ricardo Oliveira salienta ainda que “no limite, cada posto de iluminação numa cidade é um potencial ponto de carregamento, o que dá uma ideia das possibilidades de desenvolvimento das redes nas zonas urbanas”.

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Arquivamento do caso Centeno “é tramitação habitual”, diz PGR

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2018

Joana Marques Vidal, disse que o arquivamento do caso que envolvia o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o Benfica seguiu "a tramitação habitual dos casos".

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, disse esta sexta-feira que o arquivamento do caso que envolvia o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o Benfica seguiu “a tramitação habitual dos casos“.

“Os inquéritos são abertos porque se consideram que há noticia de crimes, faz-se a investigação que se considera adequada, há uns que pela natureza da própria matéria em causa são mais curtos e há outros mais longos”, justificou.

À margem do XI Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Joana Marques Vidal, assegurou, contudo, que “o que é certo é que são feitas diligências que levam a que o magistrado que tem o processo considere que o final é aquele”.

“É a tramitação habitual dos casos”, salientando que o despacho “é consultável“.

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Operação Lex: Rui Rangel e Fátima Galante suspensos preventivamente

  • ECO e Lusa
  • 2 Fevereiro 2018

Conselho Superior de Magistratura suspendeu preventivamente os juízes desembargadores.

O Conselho Superior de Magistratura suspendeu preventivamente os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante na sequência da operação Lex, avançam a Sic e a RTP.

Os dois juízes continuavam a exercer funções mesmo depois de terem sido constituídos arguidos no âmbito de um processo judicial que já conta com 12. Na quinta-feira Rui Rangel deveria ter decidido sobre quatro processos, mas acabou por faltar à sessão de trabalho, no Tribunal da Relação de Lisboa, alegando “razões pessoais”.

A ‘Operação Lex’, que nasceu de uma investigação anterior, denominada Rota do Atlântico, centra-se nas suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.

Segundo uma nota do CSM, após a audição dos membros do conselho, foi determinado “por despacho de hoje do vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura, suspender preventivamente os mencionados juízes desembargadores arguidos, com execução imediata, por imperativo de relevante interesse público”. Este despacho, refere a nota, será submetido ao Plenário na próxima terça-feira para ratificação.

Na operação, desencadeada na terça-feira, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente às casas dos juízes Rui Rangel e Fátima Galante e aos gabinetes do Tribunal de Relação, ao Sport Lisboa e Benfica, à casa de Luís Filipe Vieira e a três escritórios de advogados.

Os interrogatórios judiciais dos cinco detidos começaram na quarta-feira ao início da noite no Supremo Tribunal de Justiça, onde o processo corre termos, dado que envolve dois juízes desembargadores, e é dirigido pelo juiz conselheiro Pires da Graça.

Ministério Público abre inquérito a violação do segredo de Justiça

Por outro lado, o Ministério Público abriu um inquérito relativo à violação de Justiça no âmbito da Operação Lex, revelou esta sexta-feira a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

Em causa está o facto de jornalistas terem chegado primeiro do que as entidades judiciais ao local das buscas realizadas na terça-feira, designadamente à casa do juiz desembargador Rui Rangel, arguido no processo. À margem do XI Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que se iniciou hoje no Funchal, a procuradora-geral da República lamentou a violação do segredo de Justiça no caso do juiz Rui Rangel, adiantando que “já foi aberto um inquérito”.

(Notícia atualizada às 19h30 com mais informação)

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Governo dá tolerância de ponto à Função Pública na terça-feira de Carnaval

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2018

O Governo concedeu tolerância de ponto no dia de Carnaval. "Existe em Portugal uma tradição consolidada de organização de festas neste período", diz o Executivo.

O primeiro-ministro, António Costa, assinou esta sexta-feira um despacho em que o Governo concede aos trabalhadores que exercem funções públicas tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, no próximo dia 13.

No despacho refere-se que, tal como no ano anterior, “é concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e nos institutos públicos no próximo dia 13″.

No mesmo diploma especifica-se, ainda, que, “embora a terça-feira de Carnaval não conste da lista de feriados obrigatórios estipulados por lei”, o Governo entende que “existe em Portugal uma tradição consolidada de organização de festas neste período”.

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