Comprador da CGD em Espanha tem de pagar logo 25 milhões

Quem ficar com o espanhol Banco Caixa Geral terá de pagar uma prestação inicial de 25 milhões de euros. Já o comprador do sul-africano Mercantile Bank paga cerca de 6,35 milhões logo à partida.

O comprador do Banco Caixa Geral terá de pagar à cabeça uma prestação inicial de 25 milhões de euros, o que irá corresponder a cerca de 10% do valor que os interessados estão dispostos a desembolsar para ficar com o banco espanhol da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Já para ficar com o banco sul-africano Mercantile Bank, também da CGD, a primeira prestação rondará os 6,35 milhões de euros.

Os valores das prestações iniciais a pagar pelos dois bancos que a CGD está a vender em Espanha e África do Sul foram revelados em despachos publicados esta terça-feira em Diário da República, onde se informa ainda que os candidatos terão de apresentar garantias bancárias ou outro instrumento equivalente e que financeiramente correspondam à diferença entre a prestação inicial e o valor da proposta que oferecem.

Quanto ao Banco Caixa Geral, a imprensa espanhola fala em três candidatos, os bancos espanhóis Abanca e Cajamar e o fundo americano Cerberus. Todas as ofertas apresentadas rondam os 250 milhões de euros. Ou seja, a prestação inicial a pagar equivale a cerca de 10%.

Segundo o Vozpópuli, a entidade mais bem posicionada na corrida ao Banco Caixa Geral é mesmo o Abanca, que terá apresentado a oferta que mais agrada ao Governo português, isto apesar de, em termos exclusivamente financeiros, a melhor proposta ser do Cerberus.

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Para o banco sul-africano da CGD, o Mercantile Bank, a prestação inicial fixada é de 111 milhões de rands, o que corresponde a cerca de 6,36 milhões de euros ao câmbio atual. São quatros os candidatos: o consórcio composto pela Arise e Grindod, outro consórcio chamado Riqueza e formado pela Public Investment e pela Bayport Financial, o Capitec Bank e ainda o Nedbank Group.

Relativamente à garantia, ela pode ser substituída por “um depósito bancário em garantia a favor da CGD ou por qualquer outro instrumento considerado adequado a servir a mesma finalidade”, segundo se lê nos despachos assinados pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.

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Bruxelas investiga suspeita de cartel na BMW, Daimler e Volkswagen

A Comissão Europeia lançou uma investigação à BMW, Daimler e Volkswagen. Quer apurar se as fabricantes constituíram um cartel para impedir redução das emissões poluentes.

A Comissão Europeia lançou uma investigação formal para apurar se a BMW, a Daimler e a Volkswagen estabeleceram um cartel com o objetivo de limitar a implementação de tecnologias para reduzir as emissões poluentes dos automóveis. A notícia foi avançada pelo Financial Times (acesso condicionado).

Margrethe Vestager, que tutela a pasta da concorrência na União Europeia, é quem dá a cara por este dossiê. Segundo a comissária, estão em causa suspeitas de que estas fabricantes automóveis estabeleceram um acordo para não concorrerem umas contra as outras no desenvolvimento e implementação de sistemas que reduzam as emissões poluentes dos carros com motores de combustão.

“A Comissão [Europeia] está a investigar se a BMW, Daimler e Volkswagen concordaram em não competir umas contra as outras no desenvolvimento e implementação de importantes sistemas para reduzir as emissões prejudiciais dos automóveis de passageiros a gasolina e gasóleo. Estas tecnologias têm como objetivo tornar os veículos menos exigentes para o meio ambiente. Se for provado, este conluio poderá ter recusado aos consumidores a oportunidade de comprarem carros menos poluentes, apesar de as tecnologias já estarem ao alcance das fabricantes”, disse Margrethe Vestager, citada pelo jornal britânico.

A comissária sublinhou ainda não ter “qualquer indicação” de que este caso tenha ligação ao escândalo das emissões poluentes, em que a Volkswagen foi acusada, em 2015, de manipular os testes às emissões de gases prejudiciais ao ambiente em automóveis a diesel.

Segundo o Financial Times, os casos que envolvem suspeitas de cartel costumam demorar vários anos até serem dados como fechados. Em causa poderão estar coimas avultadas que dependem das receitas obtidas com os produtos, refletindo ainda a duração e a gravidade dos atos irregulares cometidos. As multas podem ser reduzidas até zero ao abrigo do programa de clemência.

Em linhas gerais, empresas prevaricadoras podem denunciar um cartel às autoridades e beneficiar de uma pena reduzida, caso seja a primeira a fornecer provas concretas dos atos cometidos. Neste caso, a Daimler reconheceu em outubro do ano passado ter tomado a iniciativa de reportar o cartel a Bruxelas, segundo o jornal britânico.

(Notícia atualizada às 10h58 com mais informações)

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Gulbenkian já está outra vez a negociar a venda da Partex

Em abril a Fundação Gulbenkian pôs um ponto final nas negociações com os chineses da CEFC para vender a Partex. Cinco meses depois, admite que já está novamente a negociar, mas não diz com quem.

A Fundação Calouste Gulbenkian já voltou a negociar a venda da Partex, depois de ter decidido por termo ao processo que vinha a desenvolver com os chineses da CEFC, em abril.

“As negociações continuam, mas para já não há nada para dizer”, confirmou ao ECO fonte oficial da Fundação que, nos últimos quatro meses, questionada sobre se havia desenvolvimentos na tentativa de encontrar novos interessados na Partex, ou em eventuais negociações, sublinhou sempre que não havia nada de novo. Apesar das insistências, a mesma fonte oficial não deu detalhes sobre com quem a Fundação está agora sentada à mesa das negociações.

As negociações continuam, mas para já não há nada para dizer.

Fonte oficial da Fundação Gulbenkian

O ECO também contactou o presidente da Partex, mas António Costa e Silva remeteu quaisquer esclarecimentos para a Fundação, a entidade que está a levar a cabo as negociações.

A opção de venda da Partex é “estratégica” dada a “nova matriz energética” da Fundação e uma questão de “coerência” com as convicções da instituição. Numa entrevista ao Expresso (acesso pago), em fevereiro, Isabel Mota explicou que a sustentabilidade que a Fundação defende “implicaria, mais cedo ou mais tarde, sair dos combustíveis fósseis”. “E corresponde a um movimento geral nas grandes fundações internacionais e não só: ter uma preocupação ética em relação ao bem comum e direcionar os investimentos em relação à filantropia”, acrescentou a presidente da Fundação.

A tentativa de venda não é de agora. Foi em junho do ano passado que a Gulbenkian avançou que estava a avaliar a entrada de grupos internacionais, com interesses no Médio Oriente, na petrolífera detida a 100% pela Fundação. Mas foi com os chineses da CEFC que as negociações chegaram mais longe. Contudo, as informações que começaram a ser veiculadas em março de que o presidente da CEFC China Energy, Ye Jianming, teria sido detido — houve mesmo uma delegação oficial da República Checa viajou à China em março para saber do seu paradeiro, levou a Fundação a por termo às negociações. Uma decisão que foi depois seguida pelo Montepio que estava a negociar com os mesmo chineses o negócio dos seguros, depois de o regulador ter chumbado o negócio.

Com a venda da Partex — uma operação que para avançar terá sempre de ter luz verde do Governoa Fundação esperava encaixar cerca de 500 milhões de euros.

A petrolífera representou, em 2017, cerca de 18% dos ativos da Fundação, e a sua alienação é criticada por muitos. O especialista em geopolítica do petróleo, José Caleia Rodrigues, em declarações à Lusa, na altura, lembrava que “a missão da fundação não é explorar petróleo, o petróleo é uma fonte de rendimento e hoje o setor da produção de petróleo é para gigantes”, e a Partex “pode ser um jogador menor”. “Vender a sua posição [na Partex] pode não ser asneira, mas para Portugal era interessante tê-la. E até porque as coisas podem mudar”, acrescentou.

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Revista de imprensa internacional

Donald Trump acaba de impor novas tarifas às importações da China. França cria novas ferramentas de deteção e combate à evasão fiscal. Google fecha parceria de peso no setor automóvel.

O novo pacote de tarifas sobre as importações chinesas nos Estados Unidos é a notícia que está a marcar a atualidade internacional, mas existem outros temas em destaque na imprensa. Em França, o governo procura reforçar as ferramentas de combate à evasão fiscal. E, em Wall Street, já se ganha mais do que se ganhava antes da crise financeira de 2008. Estas e outras notícias estão em manchete lá fora.

Reuters

Donald Trump impõe novas tarifas sobre produtos importados da China

O Presidente dos EUA, Donald Trump, tornou efetiva a proposta de uma tarifa de 10% sobre uma série de produtos importados da China, avaliados em 200 mil milhões de dólares. Pequim já prometeu retaliar e poderá avançar, em breve, com um pacote de tarifas sobre as importações de produtos com origem nos EUA, no valor de 267 mil milhões de dólares. A escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo tem sido apontada com uma das principais ameaças ao crescimento económico mundial. Leia a notícia completa na Reuters (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

BFM Business

França tenciona reforçar o combate à evasão fiscal

O governo francês quer criar novas formas de combate à evasão fiscal, depois de ter assistido a um declínio de vários milhares de milhões de euros nos ajustes fiscais reportados em 2017 e no montante efetivamente regularizado, quando comparados com o ano anterior. Desta forma, França vai apostar no reforço das autoridades de combate às fraudes fiscais, vai denunciar publicamente a identidade dos prevaricadores e recorrer a análises automáticas de quantidades massivas de dados, à procura de padrões que possam indiciar comportamentos deste género. O combate a este tipo de crime é visto como uma “matéria prioritária” no país. Leia a notícia completa na BFM Business (acesso gratuito/conteúdo em francês).

Business Insider

Já se ganha mais em Wall Street do que antes da crise financeira

O vencimento médio anual no setor financeiro em Nova Iorque, líquido dos bónus, atingiu os 422,5 mil euros em 2017, um valor que já é superior a qualquer outro em qualquer momento antes da crise financeira de 2008. No ano passado, o salário médio dos banqueiros norte-americanos aumentou 13%, reflexo da melhoria dos lucros das empresas do setor. Leia a notícia completa na Business Insider (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

Financial Times

Google vai instalar tecnologia em veículos da Renault, Nissan e Mitsubishi

A Google assinou uma parceria tecnológica com a aliança Renault, Nissan e Mitsubishi. A multinacional vai instalar tecnologia em veículos das três marcas já a partir de 2021 para que os clientes permaneçam online mesmo enquanto estão a conduzir. A ideia passa por implementar serviços como o Google Maps e os comandos de voz nos automóveis, numa altura em que os compradores começam a interessar-se mais por estes detalhes tecnológicos em detrimento de outros fatores, como o desempenho das viaturas. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Netflix, o grande vencedor da noite dos Emmy

O Netflix, que também produz conteúdo, foi o grande vencedor da gala dos Emmy. A plataforma de streaming, que tem vindo a investir milhares de milhões de dólares na produção do seu próprio conteúdo, viu os seus programas serem galardoados com sete prémios Emmy, um valor recorde para a empresa. Os principais destaques vão para The Crown e Godless. No entanto, viu as rivais HBO, FX e Amazon vencerem os prémios nas três categorias mais prestigiantes. Os prémios Emmy destacam anualmente programas televisivos e profissionais do pequeno ecrã. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Donald Tusk diz ser possível que não haja acordo sobre o ‘Brexit’ até março de 2019

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

O presidente do Conselho Europeu considerou possível que não haja acordo sobre o ‘Brexit’ entre a União Europeia e o Reino Unido até março de 2019 e admite a necessidade de uma cimeira extraordinária.

O presidente do Conselho Europeu considerou esta terça-feira possível que não haja acordo sobre o ‘Brexit’ entre a União Europeia e o Reino Unido até março de 2019 e admite a necessidade de uma cimeira extraordinária sobre o assunto, em novembro.

Infelizmente, um cenário de não acordo ainda é bem possível, mas se todos agirmos com responsabilidade, podemos evitar a catástrofe”, escreveu Donald Tusk na carta enviada aos chefes de Estado e Governo dos 28 para a reunião informal que decorre quarta e quinta-feira em Salzburgo (Áustria).

Uma cimeira extraordinária da UE sobre o ‘Brexit’ pode ser necessária em novembro para chegar a um acordo, acrescenta o presidente do Conselho Europeu na uma carta, divulgada hoje.

Os 28 chefes de Estado e de Governo da UE reúnem-se a partir de quarta-feira em Salzburgo para discutir a fase final das negociações da saída do Reino Unido, incluindo a “possibilidade de convocar outro Conselho Europeu em novembro”, escreve Donald Tusk, lembrando que esta saída deve ser finalizada a tempo para o Reino Unido deixar a UE, como planeado, em março de 2019.

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Trump impõe nova ronda de tarifas. China vai retaliar

China diz não ter "outra opção" senão retaliar as novas tarifas impostas pelo presidente norte-americano.

A batalha comercial continua. O presidente norte-americano anunciou, esta segunda-feira, as novas taxas aduaneiras às importações chinesas, tal como já tinha ameaçado impor. Donald Trump alertou, ainda, que caso a China adote medidas de retaliação contra os agricultores ou as indústrias americanas, os Estados Unidos da América (EUA) avançarão para a terceira ronda — 267 mil milhões de dólares de importações adicionais –, avança a agência Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Para já, fica-se pela segunda ronda: imposição de uma tarifa alfandegária de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de produtos chineses importados. Esta cobrança terá início no próximo 24 de setembro, mas a taxa deverá aumentar no final do ano para 25%, dando assim algum tempo às empresas americanas para procurarem países alternativos nas suas cadeias de fornecimento.

Pequim, como tem sido hábito, não se intimidou com a ameaça de Trump e já disse que vai retaliar na mesma proporção. De acordo com o jornal South China Morning Post, citando uma fonte do Governo em Pequim, a China está agora a rever os planos para enviar uma delegação a Washington para novas conversações, aumentando o risco de uma prolongada batalha comercial.

Segundo a Bloomberg, o vice-primeiro-ministro Liu He estará esta manhã numa reunião em Pequim, onde vai discutir a reposta do governo chinês. A China já prometeu retaliar as novas taxas dos EUA com um “contra-ataque” agressivo.

Uma importante autoridade do mercado de valores mobiliários disse à Reuters que as ações comerciais dos EUA contra a China não vão funcionar, uma vez que a China dispõe de várias ferramentas de política fiscal e monetária para lidar com o impacto das taxas alfandegárias. Fang Xinghai, vice-presidente da China Securities Regulatory Commission, partilha da mesma opinião. “Acho que esse tipo de tática não vai funcionar com a China”, disse durante uma conferência na cidade portuária de Tianjin.

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Fatura da eletricidade já pesa para as empresas portuguesas. Clientes domésticos podem ser os próximos

  • ECO
  • 18 Setembro 2018

As empresas portuguesas já começaram a sentir os elevados preços a pagar pela energia, numa altura em que o custa da eletricidade no mercado ibérico tem atingido valores recorde.

As empresas portuguesas já começaram a sentir os elevados preços a pagar pela energia, numa altura em que o custa da eletricidade no mercado ibérico (Mibel) tem atingido valores recorde. O preço dos contratos futuros para a entrega de eletricidade já subiu 60% desde o início do ano, com especial incidência a partir do mês de maio, escreve esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

A manter-se, é cada vez mais provável que, não só os empresários, mas também as famílias portuguesas, comecem a sentir os preços altos da eletricidade. Caso a pressão sobre os custos da energia não se altere, a transferência para os clientes domésticos “será inevitável e deverá ocorrer no próximo ano, nomeadamente para os consumidores do mercado regulado”, explicou João Peças Lopes, especialista na área da energia.

Entre as razões da subida estão as condições climáticas (menos chuva e vento), a subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais e o custo cada vez mais elevado do dióxido de carbono.

Face à tendência de subida, em maio, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) “abriu uma investigação formal aos preços formados no mercado grossista de eletricidade”, afirmou uma fonte oficial da entidade, e os governos de Portugal e Espanha criaram um grupo de trabalho para analisar os preços “anormalmente altos”, como referiram em agosto.

O presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, considera a situação “preocupante”. E, apesar de achar que é cedo para definir prazos para eventuais aumentos de preços, relembra que esta forte subida, atípica para esta época do ano, não é “indiferente” para os comercializadores. Os preços dos contratos que “comprámos estão à volta de 50% acima” dos valores normais, afirmou.

Tal como a Endesa, a Goldenergy garante que ainda não repercutiu este aumento nos clientes. Isto porque as compras que faz são anuais, explicou ao Negócios Nuno Afonso Moreira, presidente da empresa.

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Ganhos da família EDP compensam pressão da Galp em Lisboa

A Galp está a cair 1,3% em Lisboa, no dia em que se dá o destaque do dividendo intercalar que a petrolífera vai pagar na quinta-feira. Mas a queda está a ser compensada por ganhos na EDP e EDPR.

A bolsa de Lisboa abriu com ganhos ligeiros. A valorização do índice português está suportada nos ganhos das empresas da família EDP, enquanto a Galp Energia pressiona o índice de forma significativa, no dia em que se dá o destaque do dividendo intercalar de 27,5 cêntimos que será pago aos acionistas a 20 de setembro.

As ações estão a cotar nos 16,235 euros, o que representa uma desvalorização de 1,3% face à sessão anterior. Contudo, tendo em conta o valor teórico de ajuste da cotação, de 16,175 euros (assumindo a cotação de 16,45 euros a que os títulos encerraram a última sessão antes do destaque do dividendo), os títulos apresentam uma valorização de 0,37%. A partir desta terça-feira, os títulos deixam de conferir direito à remuneração.

Neste contexto, a bolsa nacional avança 0,05%, para 5.331,59 pontos, ainda que só quatro das 18 cotadas estejam a cotar no vermelho. Os ganhos da EDP e da EDP Renováveis estão a conseguir compensar a pressão da Galp Energia em ex-dividendo, com a empresa liderada por António Mexia a somar 0,64%, para 3,285 euros por ação, enquanto a companhia presidida por João Manso Neto sobe 0,47%, para 8,47 euros cada título.

A bolsa de Lisboa contraria, desta forma, a tendência negativa que está a afetar a generalidade das praças europeias. Num dia em que o Stoxx 600 cai 0,1%, a bolsa alemã recua 0,16% e a bolsa britânica cai 0,25%. Em causa, a escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Durante a madrugada, o presidente Donald Trump decidiu tornar efetiva a proposta de novas tarifas sobre as importações de produtos chineses, no valor de 200 mil milhões de dólares, confirmando o principal receio dos investidores nas últimas semanas. Pequim deverá agora retaliar com novas tarifas contra os Estados Unidos. A guerra comercial é já vista como uma das maiores ameaças ao crescimento económico mundial.

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Milhares de funcionários públicos continuam sem receber descongelamento

  • ECO
  • 18 Setembro 2018

A segunda fase do descongelamento salarial começa a ser paga nesta semana, contudo há muitos trabalhadores que, nove meses depois, ainda aguardam pelos efeitos do descongelamento.

Este mês começa a ser paga a segunda fase do descongelamento das progressões na administração pública, mas, para milhares de trabalhadores, o valor que a partir de quinta-feira lhes cairá na conta bancária vai continuar semelhante ao que recebiam no início do ano. Segundo os sindicatos, isto porque ainda há milhares de funcionários que não estão a receber o acréscimo salarial a que têm direito pelo descongelamento, escreve esta terça-feira o Diário de Notícias (acesso pago).

Guadalupe Simões, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), contabiliza perto de 30 mil profissionais, só entre os enfermeiros que trabalham em centros de saúde e em hospitais, que continuam sem sentir os efeitos do processo de descongelamento das progressões e promoções, que arrancou no início deste ano.

Os sindicatos da função pública acrescentam outras tantas situações de que vão tendo conhecimento e que são transversais a vários serviços da administração pública. José Abraão, secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), conta casos semelhantes na administração local e na Região Autónoma dos Açores.

“Há centenas de trabalhadores na Região Autónoma dos Açores que ainda não foram notificados dos pontos [relativos à sua avaliação] e também há funcionários de serviços em várias áreas da administração central na mesma situação”, referiu o dirigente sindical.

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Milionário japonês vai ser o primeiro turista a viajar até à Lua

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

Yusaku Maezawa, um empresário milionário japonês, vai ser o primeiro turista espacial da SpaceX, do magnata Elon Musk, anunciou na segunda-feira a empresa.

Yusaku Maezawa, um empresário milionário japonês, vai ser o primeiro turista espacial da SpaceX, do magnata Elon Musk, anunciou na segunda-feira a empresa.

O empresário e colecionador de arte nipónico, de 42 anos, recebeu a notícia com entusiasmo, num evento realizado na noite de segunda-feira na sede da empresa espacial, perto de Los Angeles.

“Sempre adorei a Lua, desde criança. Está sempre lá e continua a inspirar a humanidade”, disse Maezawa, o 14.º empresário mais rico do Japão, fundador das lojas online Start Today e Zozotown.

Sempre adorei a Lua, desde criança. Está sempre lá e continua a inspirar a humanidade.

Yusaku Maezawa

Primeiro turista na lua

Para o acompanhar e “inspirar nesta viagem de sonho”, o empresário japonês anunciou que vai convidar entre seis a oito artistas, arquitetos e outros criativos.

De acordo com o fundador da SpaceX, Elen Musk, a viagem irá realizar-se em 2013, a bordo de um novo foguete – o BFR – que ainda está em fase de desenvolvimento.

Da terra à Lua é preciso percorrer cerca de 383.500 quilómetros. A sexta e última missão tripulada à Lua, Apollo 17, realizou-se há quase meio século, em 1942.

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Hoje nas notícias: energia, precários, descongelamentos

  • ECO
  • 18 Setembro 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A subida do preço da eletricidade, os atrasos na integração de precários no Estado e no descongelamento de carreiras e a venda de quase metade do capital da SIBS são alguns dos temas que fazem manchetes na imprensa nacional esta terça-feira. Conheça os temas que estão a marcar a atualidade.

Alta do preço da energia com impacto na conta da luz

As empresas portuguesas já começam a sentir os preços altos da energia, numa altura em que o custo da eletricidade no mercado ibérico tem atingido valores recorde. Desde janeiro, o preço dos contratos futuros para entrega de eletricidade no ano que vem aumentou 60%, uma subida que teve especial incidência a partir de maio. A subida tem vindo a ser incorporada pelos clientes empresariais, mas é cada vez mais provável que chegue à fatura da luz dos clientes domésticos já em 2019, se a tendência se mantiver. Entre as razões da subida estão as condições climáticas (menos chuva e vento), a subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais e o custo cada vez mais elevado do dióxido de carbono.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Integração de precários no Estado derrapa para 2019

O programa que visa a integração de trabalhadores precários no Estado só deverá ser concluído no próximo ano. O documento das Grandes Opções do Plano (GOP), o Governo reconhece atrasos no chamado Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP), pelo que o processo continuará “em execução em 2019”. Vieira da Silva, ministro do Trabalho, tinha sido um dos ministros a assumir o “compromisso” de concluir as integrações até ao final de 2018. As GOP foram enviadas esta sexta-feira ao Conselho Económico e Social.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Milhares de funcionários públicos ainda não vão receber descongelamento

É este mês que começa a segunda fase do descongelamento das carreiras no setor público, mas milhares de trabalhadores do Estado ainda vão receber o mesmo que recebiam no início do ano. Segundo fontes sindicais, estes trabalhadores ainda não estão a receber o acréscimo salarial a que têm direito com o descongelamento e, só entre os enfermeiros, contam-se cerca de 30 mil profissionais nesta situação, segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Os funcionários públicos que ainda não viram refletido no salário os efeitos desta medida deverão receber os aumentos com retroativos.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

SIBS avança com venda de até 49% do capital

A SIBS tenciona alienar quase metade do capital e continua à procura de um parceiro institucional estratégico que assuma uma posição minoritária de 49% na gestora da rede Multibanco. Deverão surgir novidades sobre o processo ainda no decorrer deste ano, num negócio que está a ser assessorado pelo Deutsche Bank. Atualmente, está em curso uma consulta ao mercado. A empresa tem vindo a implementar uma estratégia de crescimento internacional, enquanto lança novas infraestruturas de pagamento e caixas ATM no país, como resposta ao aumento do turismo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo quer ter dentistas em todos os concelhos até 2020

O Governo lança esta terça-feira um novo programa público de saúde oral em Portugal. Entre outras coisas, a medida prevê que todos os concelhos tenham dentistas até 2020. Apesar de excluir as próteses e os implantes dentários, este é um tipo de programa raro no Serviço Nacional de Saúde português.

Leia a notícia completa no Público (versão impressa, link indisponível).

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António Costa fala em construção de uma relação de “grande confiança” com João Lourenço

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, com quem afirma estar a construir uma relação de grande confiança política.

O primeiro-ministro português, António Costa, durante a visita a Luanda, Angola, com o ministro dos Negócios Estrangeiros angolano, Manuel Augusto. EPA/AMPE ROGERIO

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta terça-feira, no segundo e último dia da sua visita oficial a Angola, com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, com quem afirma estar a construir uma relação de grande confiança política.

António Costa inicia o dia com uma visita ao Memorial de Agostinho Neto, onde deporá uma coroa de flores, faz uma intervenção num fórum empresarial luso-angolano e, depois, pelas 11:00, é recebido por João Lourenço com honras militares no Palácio Presidencial.

Aguardo esse encontro com uma grande expectativa. Conheci João Lourenço antes de ele ser Presidente da República de Angola, ainda na qualidade de candidato. Neste ano em que assumiu a Presidência da República de Angola, tive a oportunidade de estar três vezes com ele. Ao longo deste ano, penso que construímos uma relação de grande confiança”, declarou o primeiro-ministro aos jornalistas.

António Costa considerou já “completamente ultrapassado” o único obstáculo que existia nas relações entre Portugal e Angola e que se relacionava com o ‘irritante’, ou seja, com o processo judicial contra o antigo vice-presidente angolano Manuel Vicente.

A propósito deste caso com Manuel Vicente, que surgiu na sequência da decisão da justiça portuguesa de constituir como arguido o ex-vice-presidente de Angola, António Costa citou a tese do ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Domingos.

“Disse-me que há males que vêm por bem e que as dificuldades que passámos este ano ajudaram muito a reforçamos a confiança mútua. Agora que o ‘irritante’ desapareceu, penso que Portugal e Angola têm todas as condições para que a cooperação avance de uma forma que corresponda à responsabilidade que a nossa geração tem de se centrar no futuro”, sustentou.

Em relação ao programa do dia de hoje, o primeiro-ministro salientou que serão assinados vários acordos bilaterais que representam “um novo impulso nas relações entre os dois países“.

“Vamos assinar o Acordo Estratégico de Cooperação (2018/2022) e um conjunto de documentos importantes do ponto de vista económico para reforçar a confiança aos investidores angolanos em Portugal e aos portugueses em Angola. Vamos também fechar uma convenção para acabar com a dupla tributação, um acordo para o alargamento de mil para 1.500 milhões de euros da linha de crédito às exportações e um novo acordo aéreo para aumentar as ligações aéreas entre os dois países”, destacou ainda o líder do executivo português.

Antes de regressar a Lisboa, o primeiro-ministro desloca-se à Assembleia Nacional de Angola, visita a empresa Angonabeiro (do Grupo Delta) e a obra do Instituto Hematológico Pediátrico, construção que está a cargo da Mota-Engil e que envolve cerca de 38 milhões de dólares norte-americanos.

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