Comissão dos Enfermeiros abandona negociações com o Governo

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

"O Governo não decide sobre progressões e atribuição do suplemento a todos os especialistas e inviabiliza a comparência da CNESE na reunião negocial", disse a Comissão Negociadora Sindical.

A Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros (CNESE) não vai comparecer na reunião desta terça-feira com a tutela por falta de propostas sobre progressões e o pagamento do suplemento aos especialistas, imprescindíveis para a continuidade das negociações.

“O Governo não decide sobre progressões e atribuição do suplemento a todos os especialistas e inviabiliza a comparência da CNESE na reunião negocial de hoje”, afirma em comunicado a comissão composta pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM).

Na reunião negocial, de 5 de dezembro, a Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros afirmou “ser imprescindível para a continuidade do processo negocial” que o Governo emitisse orientações sobre a “justa contagem dos pontos a todos os enfermeiros para efeitos do descongelamento das progressões” e ao pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas.

“Esta condição imprescindível ao desenvolvimento do processo negocial foi reafirmada a 11 de dezembro, em carta remetida ao Ministério da Saúde”, sublinham os sindicatos no comunicado. De acordo com os sindicatos, o Ministério da Saúde não remeteu à CNESE “nenhuma informação sobre as medidas conducentes ao pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas”.

Também não apresentou qualquer orientação relativa à “justa contagem dos pontos para efeitos do descongelamento das progressões”, no sentido de “contabilizar 1,5 pontos até 31 de dezembro de 2014, de não relevar o reposicionamento nos 1.201 euros para efeitos de contabilização dos pontos, e “aplicar os mesmos critérios aos enfermeiros com contrato individual de trabalho”.

Para a CNESE, a decisão e resolução sobre estas matérias é de “fundamental importância” já que tem implicações nas “transições de carreira”, e, por isso, “imprescindível para o desenvolvimento do processo negocial”.

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Morais Leitão lança guia global sobre compliance

Em parceria com a Lex Mundi, rede mundial de sociedades de advogados, a Morais Leitão participou no lançamento de um guia dedicado ao compliance em formato digital.

A Morais Leitão contribuiu, recentemente, para um guia interativo digital dedicado ao compliance, no âmbito da rede mundial de sociedades de advogados Lex Mundi.

Os advogados da sociedade Rui Patrício, Tiago Félix da Costa e Duarte Santana Lopes são responsáveis pelo capítulo dedicado a Portugal, num guia que inclui informação especializada sobre legislação anticorrupção em mais de 75 jurisdições em todo o mundo.

O formato digital permite descarregar informação sobre uma jurisdição ou a preparação de relatórios interativos com comparação de múltiplas jurisdições.

Com as medidas de anticorrupção e de branqueamento de capitais a sofrerem alterações profundas ao nível do enquadramento legal nos últimos anos, empresas e instituições têm-se visto obrigadas a ter cuidados redobrados na decisão do investimento ou na preparação de programas de compliance, com forte variação local.

Este guia oferece um primeiro olhar sobre a legislação nestas áreas, com capítulos preparados por equipas de referência na área, permitindo ainda a adequação dos conteúdos à necessidade do utilizador.

Desde 2001 que a Morais Leitão é o membro exclusivo em Portugal da rede Lex Mundi, presente em mais de 100 países e com mais de 21.000 advogados associados, participando frequentemente nas suas iniciativas.

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Netflix faz frente a Hollywood. Quer uma centena de filmes no próximo ano e… talvez um Óscar

A gigante de streaming tem uma meta ambiciosa: 90 filmes por ano. O número deixa alguns estúdios de Hollywood "corados". A Universal Pictures, por exemplo, prevê produzir apenas 30 filmes em 2019.

Já não é novidade que a Netflix está empenhada na criação de conteúdos próprios, enfrentando assim os estúdios de Hollywood. Aliás, a tecnológica já anunciou até a compra do primeiro complexo de estúdios de produção nos Estados Unidos da América (EUA). Agora, em entrevista ao The New York Times (acesso livre, conteúdo em inglês), Scott Stuber, responsável pelos filmes originais da gigante de streaming, vem confirmá-lo.

Scott Stuber avançou que, em 2019, a Netflix deverá realizar 90 novas produções próprias. Os custos com a realização de cada um destes filmes oscilam entre os 20 e os 200 milhões de dólares.

São números que refletem o poder da Netflix no atual panorama cinematográfico. Alguns estúdios de Hollywood não têm a mesma capacidade de criação. A Universal Pictures, por exemplo, que é uma das empresas mais importantes nesta indústria, prevê realizar apenas 30 filmes no próximo ano.

De olhos postos no Óscar?

A empresa norte-americana pode estar mesmo a fazer alvo à estatueta dourada. Basta olhar para a sua última produção, “Roma”, realizada por Alfonso Cuarón, para a qual foram destinados 15 milhões de dólares. O filme, que pode ser visto na plataforma de streaming e, também, em alguns cinemas, está a colecionar muito boas críticas por parte dos especialistas. Muitos dizem, até, que será com este filme que a Netflix levará para casa o tão ansiado Óscar.

A estratégia tem também em conta a contratação de “pesos pesados” nesta indústria. O cineasta mexicano Alfonso Cuarón é um exemplo disso mesmo, conhecido por filmes como o “Gravity”, com o qual, aliás, ganhou o Óscar de Melhor Realizador.

Mas os contratos não ficam por aqui. Martin Scorsese, Steven Soderbergh, Guillermo del Toro, Michael Bay, Meryl Streep, Ben Affleck, Eddie Murphy, Sandra Bullock e La Roca são outros nomes da indústria do cinematográfica que vão surgindo na Netflix. “Se quiseres criar um bom filme, tens de contar com os melhores”, considera Stuber.

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Já há acordo político na UE sobre medidas para prevenir crédito malparado

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

As medidas agora acordadas obrigarão os bancos à criação de reservas de fundos para cobrir os riscos associados aos empréstimos que possam vir a ter mau desempenho.

O Parlamento Europeu e o Conselho alcançaram esta terça-feira um acordo político em torno da proposta da Comissão Europeia para reduzir o crédito malparado na União Europeia (UE), que obriga os bancos a disporem de reservas de fundos.

Esta medida faz parte de um conjunto de ações apresentadas pela Comissão em março para resolver o problema do crédito malparado na UE e tem por base os esforços desenvolvidos pelos Estados-membros, as autoridades de supervisão e as instituições de crédito para diminuir de forma regular o número dos chamados “empréstimos de mau desempenho” em toda a União.

As medidas agora acordadas obrigarão os bancos à criação de reservas de fundos para cobrir os riscos associados aos empréstimos que possam vir a ter mau desempenho, evitando-se deste modo a acumulação de exposições de mau desempenho nos balanços dos bancos.

Além da medida anunciada esta terça-feira, o pacote apresentado pela Comissão em março contém propostas que visam desenvolver os mercados secundários de empréstimos de mau desempenho e permitir a rápida execução extrajudicial de empréstimos cobertos por garantias, bem como um plano técnico de criação de sociedades nacionais de gestão de ativos.

“O acordo de hoje garante que os bancos tenham menos crédito malparado nos seus balanços, tornando-os mais sólidos e permitindo que financiem as nossas empresas. Conto com o Parlamento Europeu e o Conselho para que cheguem rapidamente a acordo sobre as propostas que estão em cima da mesa, que visam desenvolver os mercados secundários de empréstimos de mau desempenho e facilitar a cobrança de dívidas”, disse o vice-presidente da Comissão responsável pelos Serviços Financeiros e União dos Mercados de Capitais, Valdis Dombrovskis.

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Estas são as dez casas de luxo mais visitadas do ano. Estão à venda por milhões de euros

Nenhuma delas vale menos de um milhão de euros. E, apesar do interesse que suscitaram, continuam disponíveis no mercado imobiliário.

Foram as casas mais visitadas deste ano. Em comum têm vários pontos: são todas casas de luxo e construídas em terras nacionais. Mas, tenhamos os pés bem assentes na terra: não são para todos os bolsos. Nenhuma delas vale menos de um milhão de euros. E, apesar do interesse que suscitaram, continuam disponíveis no mercado imobiliário.

Visitar casas de sonhos, autênticas mansões e palacetes é o passatempo preferido de alguns portugueses. Quem o diz é o Idealista, que escreve em comunicado que “os utilizadores dedicam parte do seu tempo livre a ver casas de luxo na internet”.

Foi precisamente o que o ECO foi fazer. De Lisboa ao Gerês, um desvio para ir a Albufeira, conheça as dez casas de luxo mais visitadas de 2018:

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Revista de imprensa internacional

  • Guilherme Monteiro
  • 18 Dezembro 2018

Roma e Bruxelas continuam a negociar orçamento italiano e Salvini já veio pedir "bom senso". Na Alemanhã, Berlim vai tomar medidas para afastar a China de setores tecnológicos estratégicos.

A Câmara dos Comuns, em Londres, continua a ferro e fogo. O líder do partido trabalhista, Jeremy Corbyn, vai avançar com uma moção de censura a Theresa May, por ter adiado em praticamente um mês a votação do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. Mais a sul, em Itália, o Governo continua empenhado em conseguir um acordo com Bruxelas para fechar o Orçamento.

BBC News

Corbyn apresenta moção de censura contra May

O líder do partido trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, vai avançar com uma moção de censura a nível individual contra a primeira-ministra britânica. Em causa o atraso da votação do acordo para a saída do país da União Europeia, que foi adiada para 14 de janeiro. Uma eventual derrota vai aumentar a pressão sobre Theresa May. No entanto, esta moção de censura não é movida contra o Governo mas apenas contra May, pelo que não tem poder para derrubar o Executivo e forçar eleições antecipadas. Leia a notícia completa na BBC News (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Alemanha toma medidas para afastar a China de tecnologia estratégica

A Alemanha prepara-se para endurecer as regras de entrada de empresas não europeias em áreas que considera críticas para a segurança nacional. Qualquer empresa fora da Europa que pretenda comprar 10% de alguma empresa alemã terá que submeter a operação às autoridades germânicas. E embora Berlim não queira apontar diretamente a China para o motivo destas alterações, certo é que o país só o ano passado rejeitou dois grandes investimentos de empresas do gigante asiático. Leia a notícia completa em The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

Duros protestos contra o presidente húngaro

As manifestações contra o Governo conservador nacionalista de Viktor Orbán duram há seis dias consecutivos. A sede da televisão pública húngara, em Budapeste, é o novo epicentro dos protestos. Dois deputados independentes do país foram violentamente expulsos do edifício da televisão pública no decorrer de uma ação de protesto. A comunicação social húngaro não tem dado voz aos intensos protestos contra a lei laboral que os opositores chamam de “lei da escravatura”. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso pago, conteúdo em inglês).

Corriere Della Sera

Itália luta pela aprovação do Orçamento

O Governo italiano está ainda em negociações com Bruxelas para evitar sanções em relação ao orçamento para 2019. Apesar da cedência, Roma ainda tem de cortar três mil milhões de euros para atingir a redução do défice estrutural. O vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, já veio apelar ao “bom-senso” da União Europeia. Leia a notícia completa no Corriera Della Sera (acesso livre, conteúdo em italiano).

Expansión

Os bancos espanhóis Unicaja e Liberbank estão a considerar vender as suas participações na seguradora Caser. Fontes financeiras próximas do processo dizem que o objetivo é evitar ou minimizar um possível aumento de capital. Ambas podiam vir encaixar 250 milhões de euros pelos 22% que detêm da seguradora. Leia a notícia completa em Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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José Mourinho despedido do Manchester United. Zidane a caminho

  • Guilherme Monteiro
  • 18 Dezembro 2018

Tensão entre a administração e o clube inglês levaram à saída do treinador.

O treinador português, José Mourinho, foi demitido do Manchester United depois dos maus resultados obtidos no último jogo com o Liverpool. O clube está agora no sexto lugar da competição inglesa a 19 pontos da liderança. O anúncio partiu do clube, que anunciou a decisão em comunicado.

“O Manchester United anuncia que o treinador José Mourinho vai abandonar o clube com efeitos imediato”, pode ler-se no comunicado. Zinedine Zidane, que deixou o Real Madrid após conquistar três ligas dos Campeões em anos Consecutivos, vai passar a ser o técnico dos Red Devils.

José Mourinho foi contratado pelo clube britânico em 2016 com a opção de permanência até 2020. Na primeira temporada à frente do clube inglês conquistou a Taça Inglesa e a Supertaça. Durante as três temporadas ao serviço dos ingleses, o técnico português conquistou ainda uma Taça da Liga, uma Taça de Inglaterra e uma Liga Europa.

José Mourinho começou a carreira no Sporting, mas foi ao serviço do FC Porto que se consagrou como uma das grandes referências do futebol internacional. Ao serviço dos dragões conquistou dois títulos europeus (Taça UEFA e Liga dos Campeões) em dois anos seguidos. Rumou depois para o Chelsea, mais tarde para o Inter de Milão e Real Madrid. Ao todo ostenta no currículo oito títulos de campeão em quatro países diferentes – Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha.

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Petróleo derrapa 5% até mínimos de setembro de 2017. Excesso de oferta pressiona

As cotações do "ouro negro" estão sobre forte pressão nos mercados, recuando até mínimos de setembro de 2017. Perspetivas de recordes de produção nos EUA e Rússia pressionam.

O “ouro negro” está sobre forte pressão nos mercados internacionais. O preço do barril de petróleo derrapa 5%, até mínimos de setembro do ano passado, cedendo aos sinais que apontam para um excesso de produção da matéria-prima nos EUA e na Rússia, mas também pelo sell-off nos mercados acionistas.

O preço do barril de brent — referência para as importações nacionais — segue a perder 3,79%, para os 57,35 dólares, no mercado londrino, tendo já estado a deslizar perto de 4% até aos 57,20 dólares, mínimos de outubro do ano passado. Já o crude negociado em Nova Iorque está a desvalorizar 5,01%, para os 47,38 dólares por barril, a cotação mais baixa desde setembro de 2017, depois de já ter chegado a negociar nos 47,84 dólares.

Trata-se do terceiro dia consecutivo de perdas para o petróleo, que são agudizadas nesta terça-feira, com a matéria-prima a acumular um recuo de mais de 30% desde as primeiras sessões de outubro devido à aceleração dos stocks a nível global.

Cotação do brent derrapa

Fonte: Reuters

A pressão negativa sobre o preço do petróleo é agudizada nesta sessão pelo sell-off dos mercados acionistas. “Grande parte do movimento [queda] deve-se a um sell-off alargado dos mercados, com os mercados dos EUA e da Ásia a estarem sobre pressão”, disse à Reuters Warren Petterson, estratega de commodities do banco holandês ING.

Sell-off que também se estende hoje aos mercados europeus depois de, na sessão de segunda-feira, o norte-americano S&P 500 ter terminado em mínimos de 14 meses, face aos receios em torno do crescimento económico global que também contribui para o desequilíbrio entre a procura e a oferta de petróleo.

O mesmo especialista diz ainda que, no que respeita ao mercado petrolífero, “não há ainda sinais claros relativamente a uma contração do mercado“.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros produtores, entre os quais a Rússia, acordaram neste mês em reduzir a produção de “ouro negro” em 1,2 milhões de barris diários com vista a colocar um travão no desequilíbrio entre a procura e a oferta e suportar os preços.

Mas os cortes não vão acontecer até ao próximo mês, sendo que entretanto a produção está próxima de níveis recorde nos EUA, Rússia e Arábia Saudita. O output de petróleo na Rússia atingiu este mês um recorde de 11,42 milhões de barris diários, adiantou uma fonte próxima à Reuters.

Já a agência de informação sobre energia dos EUA disse na segunda-feira esperar que a produção de petróleo com origem nos oito maiores produtores de petróleo de xisto deverá crescer mais de oito milhões de barris/dia pela primeira vez.

(Notícia atualizada às 17h36)

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França não vai ser punida por ultrapassar défice de 3% em 2019

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

O comissário europeu para os Assuntos Económicos disse que a França não será sancionada se o défice público ultrapassar os 3% do PIB em 2019, mas pediu que o Governo “seja sério no futuro".

O comissário europeu para os Assuntos Económicos disse esta terça-feira que França não será sancionada se o défice público ultrapassar os 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, mas pediu que o Governo “seja sério no futuro”.

Numa entrevista à emissora de rádio RTL, o francês Pierre Moscovici insistiu que as regras europeias estabelecem que o limite de 3% pode ser excedido, mas sem chegar a 3,5% e também “com a condição de que seja de forma limitada, temporária e excecional”.

Isto significa, em particular, que não exceda a 3% em dois anos consecutivos para evitar o procedimento por défice excessivo.

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, reconheceu que as medidas a favor do poder de compra anunciadas pelo Presidente, Emmanuel Macron, para tentar encerrar os protestos dos “coletes amarelos”, vão fazer aumentar o défice orçamental em 2019 de 2,8% do PIB inicialmente previsto para 3,2%.

Com estes números, “a França será o único país” da zona euro que superará os 3%, disse Moscovici, que também observou que a dívida pública é de quase 100% do PIB, fazendo com que as projeções atuais para o próximo ano cresçam.

Por isso, insistiu que a partir de 2020 convém reduzir o défice para 3%.

“Não haverá, em absoluto, sanções, mas pedimos a França que seja séria para o futuro”, disse Moscovici.

Quanto às queixas do vice-presidente do Governo italiano, Matteo Salvini, que diz que o seu país não é tratado como a França nesta questão, o Comissário Europeu negou tal afirmação.

“Não há alguma indulgência com Paris, nem injustiça com Roma”, disse Moscovici, depois de ser dito que a situação em Itália é diferente porque o seu Governo está a lançar uma política de relançamento do gasto que vai durar três anos e, acima de tudo, porque a sua dívida pública já gira em torno de 130% do PIB.

De qualquer maneira, Moscovici enfatizou que está “a trabalhar arduamente (…) de modo que a Itália não seja punida”, para tanto, está em contacto permanente com o seu ministro das Finanças o e seu primeiro-ministro.

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UTAO antecipa défice melhor do que o previsto pelo Governo

Técnicos do Parlamento esperam um saldo no conjunto dos quatro trimestres "melhor do que o projetado pelo Ministério das Finanças", apesar das pressões negativas no quarto trimestre.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) espera que o défice orçamental em 2018 seja inferior aos 0,7% previsto pelo Governo. No mais recente relatório sobre a evolução orçamental de janeiro a outubro, as contas dos técnicos do Parlamento apontam para um excedente de 0,8% em contabilidade nacional — a que interessa a Bruxelas — que se degradará no ultimo trimestre do ano, mas não o suficiente para que a meta do Executivo não seja superada positivamente.

“Para o quarto trimestre, são esperadas pressões descendentes sobre o saldo orçamental que não deverão, contudo, colocar em causa a obtenção de um saldo no conjunto dos quatro trimestres melhor do que o projetado pelo Ministério das Finanças”, escreve a UTAO no relatório.

Para o quarto trimestre, são esperadas pressões descendentes sobre o saldo orçamental que não deverão, contudo, colocar em causa a obtenção de um saldo no conjunto dos quatro trimestres melhor do que o projetado pelo Ministério das Finanças.

Relatório da UTAO

As pressões a que a UTAO se refere são o pagamento integral em novembro dos subsídios de Natal aos funcionários públicos e pensionistas — que segundo as contas do próprio executivo vão degradar o saldo em 2.9810 milhões de euros –, mas também a segunda fase de pagamento das progressões na Função Pública. A pesar negativamente nas contas está também “a despesa de 913 milhões de euros, considerada para o défice orçamental em contas nacionais, mas não em contabilidade pública, referente à injeção de 792 milhões de euros no capital do Novo Banco e o pagamento de 121 milhões de euros aos lesados do BES”, referiu o próprio Ministério das Finanças, quando divulgou a execução orçamental até setembro.

A UTAO justifica o seu otimismo com a “redução do impacto penalizador sobre o saldo orçamental associado às medidas de natureza temporária e/ou não recorrente”, “com destaque para a operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, do que nos três primeiros trimestres de 2018, período em que se destaca o acionamento do mecanismo de recapitalização contingente do Novo Banco“.

As contas dos técnicos do Parlamento colocam o saldo das administrações públicas, em contabilidade nacional, até setembro num intervalo entre 0,5% e 1,1% do PIB, “evidenciando uma melhoria face ao período homólogo”. “O valor central da estimativa realizada terá representado +0,8% do PIB no período de janeiro a setembro” o que significa que um aumento de quatro pontos percentuais do PIB face ao período homólogo.

“A confirmar-se a estimativa realizada pela UTAO até ao final do terceiro trimestre de 2018, o saldo orçamental das administrações deverá ter-se situado 1,5 p.p. do PIB acima do da estimativa do Ministério das Finanças para o conjunto do ano“, lê-se no documento que recorda que inicialmente o Executivo apontava para um défice 1,1% do PIB, para este ano, um valor que acabou por ser revisto para 0,7% no Programa de Estabilidade e confirmado na Proposta de Orçamento do Estado para 2019.

Este otimismo da UTAO vem confirmar as previsões do Conselho das Finanças públicas que também antecipa que o défice para este ano será de 0,5% e não de 0,7% como insiste o ministro das Finanças, Mário Centeno. Um mês antes da entrega do Orçamento do Estado, o organismo liderado por Teodora Cardoso projetava um défice de 0,5%, sobretudo devido a uma nova composição do PIB, mais assente no consumo privado beneficia mais a evolução orçamental.

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Movimentação de carga nos portos cai 4,3% até outubro para 77,8 milhões de toneladas

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

Os portos do continente movimentaram 77,8 milhões de toneladas de carga até outubro, menos 4,3% do que no período homólogo do ano passado, revelou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

Os portos do continente movimentaram 77,8 milhões de toneladas de carga até outubro, menos 4,3% do que no período homólogo do ano passado, revelou esta terça-feira a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. Porém, no período de referência, o volume de contentores registou um crescimento de 0,4% em número de unidades.

“Aveiro, Figueira da Foz e Faro são os únicos portos a registar um aumento do volume de carga movimentada em outubro, com acréscimo de 335,5 mil toneladas no seu conjunto”, lê-se no documento da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. Entre estes, o destaque vai para Aveiro, que registou uma subida de 6%, alcançando “o valor mais elevado de sempre nos períodos homólogos”.

Por sua vez, Faro registou uma subida de 73% que poderá ser justificada “pela retoma da sua atividade, na sequência da recente aquisição da Cimpor” à brasileira Intercement pelo grupo turco OYAK.

Até outubro, o volume total de quebras registadas no volume da carga contentorizada foi de 3,85 milhões de toneladas, sendo o Porto de Sines o maior responsável por este valor, uma vez que perdeu 2,43 milhões de toneladas, devido à redução da importação de recursos energéticos.

Lisboa registou um volume de carga perdida de 671 milhões de toneladas, caindo 6,5%, à semelhança de Leixões e Setúbal.

“Entre janeiro e outubro, mais de metade dos mercados existentes registaram quebras no seu volume, num total que excede 5,6 milhões de toneladas. Entre estes destacam-se o mercado do Carvão, Produtos Petrolíferos e Petróleo Bruto no Porto de Sines”, indicou a autoridade.

No segmento dos contentores, o sistema portuário do Continente movimentou cerca de 1,57 milhões de unidades, mais 0,4% do que em igual período de 2017, e 2,51 milhões de TEU (medida padrão para calcular o volume dos contentores), menos 0,5% face ao período homólogo.

No que diz respeito à carga contentorizada, no volume TEU, apenas Sines e Leixões registaram variações homólogas positivas de, respetivamente, 2,2% e 3,7%.

A este comportamento não é alheio o clima de instabilidade laboral verificada principalmente no porto de Lisboa, mas também em Setúbal e Figueira da Foz, que tem determinado a transferência de tráfego entre os dois referidos grupos de portos. Ainda neste segmento, o Porto de Sines mantém a liderança com uma quota de 58,1%, superior em 1,5 pontos percentuais à máxima homóloga, registada em 2017”, notou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

Já nos portos comerciais registou-se um total de 8.732 escalas de navios de diversas tipologias entre janeiro e outubro, o correspondente a um volume global de arqueação bruta de 166,7 milhões.

Nos primeiros dez meses do ano, o fluxo de embarque registou quebras em Sines, protagonizadas pelo mercado de produtos petrolíferos, que regista menos 784,4 milhões de toneladas, ou seja, 31,5% do total da carga embarcada perdida.

No sentido inverso, as operações de embarque registaram variações positivas na carga contentorizada em Sines.

Nas operações de desembarque, registaram-se variações mais expressivas no segmento da carga contentorizada em Leixões, que movimentou mais 241,4 milhões de toneladas do que no período homólogo de 2017.

“Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada […]. Acresce sublinhar que, no seu conjunto, estes portos detêm uma quota de carga embarcada que se situa na casa dos 14,4%, descendo para 9,8% se considerarmos o total da carga movimentada”, concluiu a entidade.

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Banco de Portugal está mais pessimista e corta previsões. Economia cresce 2,1% este ano e 1,8% no próximo

Instituição liderada por Carlos Costa revê em baixa as previsões de crescimento para a economia portuguesa. Investimento empresarial recupera para níveis pré-crise.

O Banco de Portugal (BdP) reviu em baixa a previsão de crescimento da economia portuguesa para 2018, em duas décimas, para 2,1%. O banco central tornou-se na instituição mais pessimista na projeção para este ano, em resultado de uma previsão pior para as exportações. O impacto das greves na Autoeuropa e nas refinarias da Galp ainda não está aqui incluído.

O novo quadro previsional consta do Boletim Económico de dezembro, divulgado esta terça-feira pela instituição liderada por Carlos Costa.

As projeções atualizadas do Banco de Portugal apontam para um crescimento económico de 2,1% este ano, depois de 2,8% em 2017. Para 2019, o banco também revê uma nova desaceleração. A nova previsão de crescimento do PIB aponta para 1,8%, menos uma décima do que o banco central esperava em junho. A nova previsão coloca o Banco de Portugal alinhado com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Nos dois anos, Carlos Costa afasta-se assim das contas de Mário Centeno, que em outubro se comprometeu com um crescimento económico de 2,3% em 2018 e 2,2% em 2019.

Este crescimento “ligeiramente inferior do PIB em 2018 e 2019” face às previsões de junho e outubro do banco resulta essencialmente de “uma revisão em baixa do crescimento das exportações, que reflete a revisão das hipóteses relativas à evolução da procura externa e a incorporação da informação mais recente”, até à data de 21 de novembro.

Apesar de não existir uma medida que consiga antecipar o impacto de uma greve, a data até à qual foi usada informação revela que o possível impacto das greves neste final de ano não está ainda incorporado nos cálculos do banco.

Foi só na sexta-feira passada que o Governo chegou a acordo com os estivadores, permitindo que apenas este fim de semana, a Autoeuropa começasse a escoar os carros parados em Setúbal. A paralisação dos trabalhadores eventuais tinha começado a 5 de novembro (a greve às horas extraordinárias já se arrastava desde agosto), mas os seus impactos só ficaram mais evidentes agora.

Esta segunda-feira foi a vez dos trabalhadores da Galp iniciarem uma greve de uma semana, reduzindo a quantidade de refinarias a trabalhar em Sines e Matosinhos, revelaram líderes sindicais citados pela Reuters.

Apesar da revisão das previsões, o perfil de crescimento da economia mantém-se com a procura interna a afirmar-se como o principal motor da economia, com a taxa de desemprego a continuar a baixar. “Em 2019-21, o progressivo abrandamento do emprego deverá ser em larga medida compensado por uma aceleração das remunerações por trabalhador, resultando numa desaceleração muito ligeira da massa salarial”, diz o Banco de Portugal no boletim. O banco acredita que as projeções de inflação se manterão relativamente inalteradas face às anteriores, “traduzindo um quadro de algumas pressões inflacionistas internas originadas pelos custos salariais”. Porém, o banco não se revela preocupado com esta pressão.

Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é revista em alta para 2019, de uma projeção de crescimento de 5,5% para 5,9%. No boletim, o banco destaca a evolução da FBCF empresarial ao longo da crise. “Durante o período de recuperação iniciado em 2013, observou-se uma recuperação da FBCF empresarial mais significativa do que as restantes componentes do investimento e um aumento do peso das exportações, com destaque para o aumento da relevância do turismo”. O perfil projetado para o investimento empresarial, “ao contrário dos restantes setores institucionais, deverá ultrapassar no final do horizonte de projeção o nível registado no início da crise financeira de 2008”.

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