Chocolates Imperial nas prateleiras da Walmart Brasil

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2018

A empresa de chocolates que tem marcas como a Regina quer vender no Brasil, México, Chile e China.

A fabricante portuguesa de chocolates Imperial passou a ser um fornecedor principal da Walmart Brasil, o que lhe permitirá abrir as portas do México, Chile e China já no próximo ano. “A Imperial fechou um acordo com a Walmart Brasil e passámos a ser um fornecedor principal da insígnia Sam´s Club, o que abre as portas do México, Chile e China no próximo ano, nomeadamente aos produtos saudáveis”, disse à agência Lusa a presidente executiva da empresa, Manuela Tavares de Sousa.

A empresa aposta no “reforço da sua posição no mercado nacional”, onde está a crescer a 10% em termos de vendas e a ganhar quota de mercado, mas também ao nível internacional, onde aposta na ligação aos grandes retalhistas mundiais. “Concluímos [também] um acordo com a Pik n Pay para fornecimento de pintarolas (drageias de chocolate) e fechámos outro acordo com a [sul-africana] Shoprite”, disse a gestora.

No Brasil, “há boas oportunidades de negócio no setor do chocolate e ao nível das drageias, pois há poucos ‘players’ a nível europeu e há os mercados emergentes, com grande dimensão e potencial de negócio, que têm uma média etária baixa, com uma ampla concentração de crianças e jovens”, disse a gestora.

Além do Brasil, onde a aposta vai também para as marcas ‘premium’, a Imperial está agora voltada e privilegia a África do Sul, a Rússia e o Médio Oriente no processo de expansão internacional, embora exporte para 50 países dispersos por todos os continentes. A Europa continua, no entanto, a representar a maior fatia das vendas nos mercados externos.

A Imperial investe em média 2,5 milhões de euros por ano em inovação, materializada em tecnologia, processo de investigação e desenvolvimento e criatividade.

“É uma das empresas que melhor combina tradição com inovação”, salientou à Lusa Manuela Tavares de Sousa, recordando que a empresa está também a fabricar chocolates saudáveis (vegan), com características particulares, designadamente com alto teor de cacau, sem glúten e ricos em fibras.

Entre 20% a 25% do volume de negócios da Imperial provêm dos novos produtos lançados, o que demonstra a “dinâmica de inovação” da empresa, segundo Manuela Tavares de Sousa.

A faturação da Imperial cresceu 12% no último exercício fiscal concluído em junho de 2018, face ao exercício anterior, para 34 milhões de euros e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos amortizações e depreciações) aumentou 36%, para 4,5 milhões de euros.

Estes dados mostram “a robustez dos resultados económicos” da Imperial, disse a gestora, adiantando esperar que “a trajetória de crescimento se mantenha” no final do exercício em curso, até porque o EBITDA (que a empresa tinha previsto há cinco anos “já foi ultrapassado”.

A dona das marcas Regina, Jubileu Pintarolas, Allegro e Pantagruel tem atualmente três fábricas, incluindo a nova unidade de produção de Vila do Conde, que envolveu um investimento de 6 milhões de euros.

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“Professor”, “enfermeiro” e “toupeira” lideram escolhas para “A palavra do ano”

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2018

Já votaram mais de 140 mil pessoas na iniciativa "A palavra do ano", iniciativa promovida pela Porto Editora.

A iniciativa “A Palavra do Ano” contabilizou, até agora, “mais de 140 mil votos validados”, estando a liderar as preferências as palavras “professor”, “enfermeiro” e “toupeira”, adiantou fonte da Porto Editora. Paulo Rebelo Gonçalves, da Porto Editora (PE), que promove esta iniciativa há dez anos, sublinhou “a grande afluência de votos” e advertiu que a organização “está atenta às tentativas de ataques piratas, que são identificados e repelidos”.

“A Palavra do Ano” de 2018 será conhecida no dia 5 de janeiro, pelas 17h00, numa cerimónia na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, aberta à população, e que contará “com a presença de várias personalidades de diferentes quadrantes da sociedade”. “O uso e o manejo da palavra é algo que diz respeito a todos e vamos tornar esta 10.ª edição, uma festa da palavra e da Língua Portuguesa”, disse.

Até às 24h00 de dia 31, “A Palavra do Ano” pode ser escolhida em www.palavradoano.pt, a partir de uma lista de dez vocábulos constituída por “assédio”, “enfermeiro”, “especulação”, “extremismo”, “paiol”, “populismo”, “privacidade”, “professor”, “sexismo” e “toupeira”.

Se “professor”, “enfermeiro” e “toupeira” lideram as preferências dos cibernautas, entre as menos votadas estão “especulação” e “sexismo”, segundo a mesma fonte.

“Os professores continuam a lutar pela contabilização da totalidade do tempo de serviço prestado durante o congelamento de carreiras”, daí a candidatura à “Palavra do Ano” de “professor”, “enfermeiro” foi um termo escolhido pelos vários movimentos de protesto desta classe, ao longo deste ano; E a outra palavra candidata entre as mais votadas, é “toupeira”, que se relaciona diretamente com o mundo futebolístico. “A suspeita de que um clube de futebol nacional dispunha de uma rede de informadores no interior do sistema de justiça pôs em marcha a chamada ‘Operação e-toupeira’”, afirma a editora, referindo-se às suspeitas que pairam sobre Benfica.

Os vocábulos “lanterna-vermelha” desta votação são “especulação”, que se relaciona com “a especulação imobiliária, que atingiu níveis alarmantes nas grandes cidades e gerou um grande debate, nomeadamente sobre a polémica ‘taxa Robles’”, afirmou a mesma fonte, referindo a proposta do ex-vereador do Bloco de Esquerda em Lisboa, Ricardo Robles, que visava controlar a especulação imobiliária; e “sexismo”, segundo a PE, “esta forma de discriminação de pessoas ou grupos com base no seu sexo tem vindo a ser crescentemente denunciada, com vários casos mediáticos a alimentarem a discussão pública e a condenação social”.

Pelo meio da tabela estão os termos “assédio” justificado pelos “movimentos como ‘Me Too’, que colocaram o tema do assédio sexual na agenda”; “extremismo”, sendo “cada vez mais frequentes as manifestações de intolerância e radicalismo, nomeadamente no espaço europeu, o que justifica uma crescente preocupação” e “paiol”, uma escolha justificada pelo “caso do desaparecimento das armas do paiol de Tancos [no Ribatejo] que conheceu desenvolvimentos surpreendentes ao longo do ano, estando ainda por esclarecer completamente”.

Também a meio da tabela estão “populismo”, termo que faz parte das opções de escolha, pelo facto de “o discurso marcadamente populista ter tomado de assalto o debate público um pouco por todo o mundo, alimentando o surgimento de movimentos e líderes políticos que já conquistaram o poder em vários países”, e “privacidade”, termo que se tornou muito usado com a entrada em vigor, em maio passado, do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).

O responsável garantiu “a fiabilidade de todo o processo à prova de quaisquer tentativas de ciberataques”.

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Função Pública teve 17 dias extra de descanso com Governo de Costa. Mais seis que trabalhadores do privado

Função Pública ganha mais dois dias de tolerância a 24 e 31 de dezembro. Os funcionários públicos somam mais seis dias de descanso extra face aos trabalhadores do setor privado.

Desde que António Costa tomou posse, os funcionários públicos já somaram 17 dias de descanso além das férias a que têm direito por lei. Já os trabalhadores do setor privado contaram com mais 11 dias de repouso adicional. Ou seja, os trabalhadores do setor público ficaram a ganhar em seis dias face aos do privado.

O Governo anunciou que este ano os trabalhadores da Função Pública poderão gozar de tolerância de ponto a 24 e 31 de dezembro por causa do Natal e da passagem para o Novo Ano.

Estes dias extra somam-se a outros que resultaram de tolerâncias de ponto que António Costa concedeu à Função Pública desde que tomou posse em novembro de 2015.

Quando assumiu as funções de primeiro-ministro, o Governo deu tolerância de ponto a 24 e 31 de dezembro desse ano, no Carnaval de 2016 e a 26 de dezembro desse ano, no Carnaval de 2017 (28 de fevereiro), a 12 de maio (pela visita do Papa Francisco por altura do centenário das Aparições de Fátima) e a 26 de dezembro (um dia depois do Natal). Já em 2018, houve de novo tolerância de ponto no Carnaval, a 13 de fevereiro.

A estes oito dias juntam-se agora os dois dias de tolerância de ponto anunciados agora para este Natal e passagem de ano.

As tolerâncias de ponto decretadas pelo Governo são dirigidas à Função Pública. No setor privado, a verificação de uma tolerância de ponto fica ao critério de cada empresa ou dos contratos coletivos de trabalho que se aplicam aos setores de atividade.

Às tolerâncias de ponto no setor público somam-se os feriados repostos a partir de 2016: Corpo de Deus, 5 de Outubro, dia de Todos os Santos e 1.º de Dezembro. Foram quatro dias nesse ano, mais quatro em 2017 e três em 2018 (já que o 1.º de dezembro calhou a um sábado).

Ao todo, na Função Pública são 17 dias a mais de descanso além dos 22 dias de férias. Já no privado, os dias a mais foram 11 (a soma dos feriados repostos), dando assim uma vantagem aos funcionários públicos de seis dias, e também além dos 22 dias de férias.

No Governo de Pedro Passos Coelho, a Função Pública teve seis dias de tolerância de ponto no conjunto da legislatura, com os feriados a serem eliminados, penalizando trabalhadores do público e do privado.

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Maduro ‘fecha’ mais um jornal na Venezuela

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2018

O último jornal impresso crítico de Nicolas Maduro deixou de ir para as bancas. Porquê? Deixou de ter acesso a papel, importação controlada pelo governo.

O jornal venezuelano El Nacional, o último jornal nacional impresso na Venezuela crítico do governo de Nicolás Maduro, saiu pela última vez em formato papel, estando agora disponível apenas em versão online.

Este é um “encerramento que não ocorre isoladamente, é produto e uma asfixia, produto de um desrespeito pelo pensamento crítico e pensamento diferente”, disse o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), Marco Ruiz, durante uma conferência de imprensa em Caracas.

O jornal, que teve a sua primeira publicação há cerca de 75 anos, enfrentou nos últimos anos uma asfixia financeira e perseguição política por parte do governo, de acordo com os donos daquele órgão de comunicação.

O seu editor-chefe, Miguel Henrique Otero, que está exilado em Espanha, disse esta sexta-feira, na última edição impressa do jornal, que a cessação da circulação é “uma consequência de anos de perseguição do Governo”. “O Governo não nos deu acesso a papel para fazermos o jornal”, acusou.

“Este comportamento deixa em evidência a natureza autoritária e ditatorial do governo que não resiste a críticas porque não tem resposta às necessidades dos cidadãos”, denunciou o editor-chefe.

O Governo venezuelano tem controlado o papel importado e entregue aos jornais há cerca de cinco anos, medida que segundo o El Nacional e a Associação Nacional de Jornalistas (CNP) beneficia apenas aqueles que são coniventes com a política do Governo.

Nos últimos tempos, o jornal continuava ‘vivo’ graças a doações dos media locais e de vários países.

Na quinta-feira, o administrador do jornal, Jorge Makiniotis, afirmou que nos últimos 15 anos o jornal eliminou 600 empregos.

De acordo com a União Venezuelana de Imprensa, desde que Maduro chegou ao poder em 2013, mais de 100 publicações tiveram de fechar, incluindo 70 jornais. “Estamos a falar do desaparecimento de cerca de 60% dos media que existiam em 2013”, disse a União Venezuelana de Imprensa.

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Consórcio da EDP Renováveis e Shell ganham novo projeto eólico nos EUA

As duas empresas fizeram uma oferta de 135 milhões de dólares pelos direitos para desenvolver energia eólica comercial.

A Mayflower Wind Energy, uma joint venture integrada pela EDP Renováveis, assegurou os direitos exclusivos para o desenvolvimento de um novo projeto eólico offshore em Massachusetts, nos Estados Unidos. Além da EDPR Offshore North America LLC, o consórcio conta ainda com a Shell New Energies US LLC.

A oferta do grupo foi de 135 milhões de dólares (cerca de 119,4 milhões de euros) pelo direito exclusivo para desenvolver o lease federal de energia eólica comercial, segundo informou a empresa liderada por João Manso Neto, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A vitória neste leilão é mais um reforço do posicionamento da EDP naquilo que tem sido uma nova avenida de crescimento para o grupo: o offshore. Já com projetos em Portugal, França e Reino Unido, a EDPR entra agora no segmento de offshore no principal mercado de crescimento das renováveis, os EUA, onde a empresa é hoje um dos principais players em energia éolica onshore”, afirmou António Mexia, CEO da casa-mãe EDP.

A EDP Renováveis anunciou ainda que começará a desenvolver um plano de avaliação do local e os esforços formais de desenvolvimento do local com o objetivo de iniciar as operações do parque eólico em 2020. Após ser construído, a área de arrendamento poderá acomodar uma capacidade total de geração de 1,6 GW, o suficiente para fornecer energia renovável a 680,000 casas, por ano.

“Este é um projeto com uma dimensão relevante e, em conjunto com o nosso parceiro Shell, ambicionamos continuar a crescer numa área muito promissora”, acrescentou Mexia.

A empresa tem reforçado a presença no país e acrescentou que este negócio aumenta as opções de crescimento na tecnologia eólica offshore no mercado norte-americano, enquanto mantém o perfil de risco.

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A tarde num minuto

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Oferta de ações da Science4you prolongada até 1 de fevereiro. Entrada em bolsa fica adiada para dia 8

A empresa portuguesa especializada em brinquedos didáticos pediu ao regulador para alargar a oferta de ações, que iria terminar esta sexta-feira. Justifica com a contratação de um "market maker".

A Oferta Pública de Venda (OPV) de ações da Science4you será prolongada até dia 1 de fevereiro. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou, no site, a adenda ao prospeto que aprova o pedido de alargamento do prazo feito pela startup portuguesa, cuja operação teve início a 28 de novembro e estava planeada para terminar esta sexta-feira.

A estreia em bolsa da empresa de brinquedos didáticos, que estava prevista para dia 21 de dezembro, ficará também adiada. Após o período de venda, o registo das ações e apuramento dos resultados irá acontecer dia 4 de fevereiro e a liquidação acontece dois dias depois. A admissão à negociação das ações no índice Euronext Growth está prevista para dia 8 de fevereiro.

“A Science4you, S.A. submeteu à aprovação da CMVM um pedido de adenda ao Prospeto, sendo expectável, caso essa adenda seja aprovada pela CMVM, que a oferta venha a ser prorrogada até 1 de fevereiro de 2019”, refere o comunicado. A justificação apresentada pela empresa liderada por Miguel Pina Martins é a contratação de um novo contrato de liquidez com um intermediário financeiro.

“Para tal, recebeu já uma proposta para a celebração do contrato de liquidez, a qual aceitou, pretendendo formalizar a celebração desse contrato nas próximas semanas, tendo em vista garantir que o mesmo estará em vigor por altura da admissão à negociação das ações no sistema de negociação multilateral Euronext Growth“, explica, acrescentando que, até ao dia 11 de janeiro de 2019, a Science4you irá informar o mercado sobre o contrato em questão.

A operação dirige-se a investidores do retalho e inclui a emissão de novas ações da Science4you, mas também títulos dos atuais acionistas. Mais em concreto, uma oferta pública de subscrição de até 3.367.346 novas ações, no âmbito do aumento de capital, e uma oferta pública de venda de 2.755.102 ações já existentes e alienadas pelos atuais acionistas.

Entre os principais acionistas atuais da Science4you estão, atualmente, o Millennium Fundo de Capitalização, a Portugal Ventures e o Banco Europeu de Investimento. Todos os investidores vão manter-se na estrutura acionista e nenhum vai vender mais de metade das participações atuais.

Os títulos estão a ser vendidos a um preço unitário de 2,45 euros, sendo que não existe montante mínimo para a subscrição por investidor. O máximo é de 816.326 ações, correspondente a um investimento de 1.999.998,70 euros (cerca de dois milhões de euros). A subscrição das ações pode ser feita através dos bancos ou intermediários financeiros habilitados para o efeito.

Criada em 2008, a Science4you conta atualmente com uma linha de mais de 500 brinquedos científicos e educativos. No ano passado, atingiu um volume de vendas consolidadas superior a 20 milhões de euros, dos quais 40% referentes às exportações para mais de 60 países. O objetivo da empresa fundada por Miguel Pina Martins é usar o encaixe de 15 milhões de euros previstos com esta OPV para investir no comércio digital.

(Notícia atualizada às 20h10)

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PME com restruturações bem-sucedidas vão poder aceder a linha de crédito de 200 milhões de euros

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2018

O objetivo desta linha de crédito é dar instrumentos às PME que necessitam de fundos para investir em inovação para se tornarem mais competitivas.

As pequenas e médias empresas portuguesas (PME) que foram objeto de um processo de reestruturação bem-sucedido e que são economicamente viáveis têm à disposição a nova linha de crédito “Restart and Modernise” de 200 milhões de euros.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) vão disponibilizar 200 milhões de euros para apoiar a modernização e capitalização das PME e mid-caps (empresas de média capitalização) portuguesas. A assinatura deste novo programa “Restart and Modernize” entre o BEI e a IFD, mais conhecida como banco de fomento, decorreu esta sexta-feira no Clube Universitário do Porto e contou com a presença do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

O objetivo desta linha de crédito é dar instrumentos às PME que necessitam de fundos para investir em inovação para se tornarem mais competitivas, nomeadamente para a compra de novas máquinas e matérias-primas. Este novo instrumento prevê não apenas o apoio direto a investimento em capital fixo associado ao desenvolvimento de projetos que visem a recuperação empresarial, mas também o auxílio a necessidades de fundo de maneio resultantes do desenvolvimento de tais projetos, refere uma nota distribuída aos jornalistas no local.

O banco concederá um empréstimo de 100 milhões de euros à IFD, que assegurará que os intermediários financeiros complementem o empréstimo do BEI com, pelo menos, o mesmo montante em benefício das PME e mid-caps, explica. Esta iniciativa pretende concretizar uma das medidas previstas no programa Capitalizar, operacionalizado pelo Ministério da Economia, que visa proporcionar o acesso ao financiamento a empresas recentemente reestruturadas, ao abrigo do novo quadro do Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas, e que têm maiores dificuldades a aceder ao crédito bancário.

No encerramento da cerimónia de assinatura, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu a necessidade de se apoiar as empresas que passaram pelo difícil processo de reestruturação. “Esta linha de financiamento será um instrumento dirigido às empresas que ultrapassaram essa etapa, canalizando fundos para serem competitivas e, assim, iniciar esta nova fase da sua vida com mais solidez e confiança”, referiu.

Já a vice-presidente do BEI, Ema Navarro, realçou que as PME são “fundamentais” para promover o crescimento económico e a criação de emprego em Portugal. “Através deste financiamento, o BEI está a apoiar empresas que passaram por uma reestruturação de forma bem-sucedida e que agora procuram financiamento para os seus projetos de modernização promovendo ao mesmo tempo a inovação”, vincou.

Já o presidente da Comissão Executiva da IFD, Henrique Cruz, lembrou que sem acesso a novos financiamentos “todos os ativos produtivos” dessas empresas, incluindo os postos de trabalho, correm o risco de ser “desmantelados”, apesar de associados a uma atividade economicamente viável. Vincou ainda que as empresas a que se destinam esta linha de crédito enfrentam “fortes restrições” ao acesso de crédito junto das instituições.

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Governo vai investir 220 milhões na compra de 715 autocarros para todo o país

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2018

Os novos veículos serão distribuídos por todo o país, num investimento total de 220 milhões de euros. "Nenhum destes autocarros é a diesel", disse o ministro do Ambiente e Transição Energética.

O Governo anunciou esta sexta-feira a aquisição de 715 novos autocarros para reforçar as frotas de transportes públicos de todo o país, um investimento que ascenderá a 220 milhões de euros, segundo o ministro do Ambiente e Transição Energética.

Falando na apresentação dos veículos que irão reforçar a frota da empresa rodoviária Carris, que opera na zona de Lisboa, João Matos Fernandes afirmou que “estes 15 autocarros fazem parte dos 715 autocarros que estão a ser comprados no país todo”. “Estamos a falar de um investimento de 220 milhões de euros, naquele que é o maior programa que conhecemos […] que está a ser feito nos países da União Europeia para aumentar e renovar a frota de autocarros, todos eles com elevada performance ambiental”, declarou o governante.

O ministro do Ambiente e Transição Energética destacou que “nenhum destes autocarros é a diesel”. De acordo com Matos Fernandes, “estes 715 autocarros dividem-se em dois blocos dentro do POSEUR [Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos], que é o programa que os financia parcelarmente”.

“No primeiro aviso, há cerca de um ano e meio, 15% dos autocarros eram elétricos. No segundo aviso, que encerrou há menos de um mês, 41% dos autocarros são elétricos”, explicou, referindo que “nenhum é a diesel, os outros são a gás natural”. A par deste investimento, o Governo vai aplicar 137 milhões de euros na “aquisição das novas composições para o metro de Lisboa e para o seu novo sistema de sinalização”.

Segundo o governante, o “concurso foi lançado”, existem “quatro concorrentes e está neste momento a decidir-se quais são os que passam à fase seguinte”. João Pedro Matos Fernandes referiu também que o Metropolitano de Lisboa chegou a ter 30 comboios parados, mas neste momento tem oito, e por isso a capacidade de oferta da empresa “vai ser muito maior”.

Na apresentação, que decorreu na estação da Carris de Miraflores, concelho de Oeiras (distrito de Lisboa), Matos Fernandes firmou o compromisso de que em 2050 “o país será mesmo neutro em emissões carbónicas”. “Vamos mesmo conseguir reduzir de seis para um, que é um desafio enorme, aquilo que são as emissões carbónicas do nosso país”, acrescentou, falando numa meta de diminuição de 98% de emissões por parte do setor dos transportes. Para tal, “em 2050 toda a mobilidade terrestre será elétrica”.

Questionado sobre a redução tarifária que está previsto entrar em vigor em abril do próximo ano, o ministro salientou que é “para todo o país”, e explicou que “as duas áreas metropolitanas e cada uma das comunidades intermunicipais vai receber uma transferência de dinheiro do Orçamento do Estado, do qual 60%, no mínimo, tem de ser dedicado a reduzir o tarifário”.

“Estimo que as duas áreas metropolitanas até venham a utilizar 100% da verba transferida”, continuou, apontando que “nos sítios onde a oferta seja hoje menos robusta, os outros 40% podem ser utilizados no reforço dessa mesma oferta, na qualificação das paragens de autocarro, na sua extensão, no que entenderem”.

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GalpGate. Afinal, ex-secretários de Estado podem ser acusados

Depois de condenados a uma multa, TCIC não suspende o processo e os políticos envolvidos nas viagens ao Euro 2016 a convite da Galp podem agora ser acusados.

O Ministério Público pediu a suspensão provisório do processo dos três ex-secretários de Estado e o ex-assessor de António Costa, envolvidos no caso GalpGate — Rocha Andrade, João Vasconcelos, Jorge Costa Oliveira e Vitor Escária, respetivamente. Contudo, o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) decidiu rejeitar esse pedido, diz o Observador. Deverão ser acusados pelo DIAP de Lisboa.

É algo inédito, uma vez que os arguidos tinham sido já condenados a pagar apenas uma multa no valor de 4.000 euros, segundo avançou o jornal i esta segunda-feira, dia 10. A decisão esteve a cargo da juíza de instrução criminal Cláudia Pina e não é passível de ser recorrida, pelo que os autos devem prosseguir.

Em causa está a investigação do pagamento de viagens a estes políticos para assistir a jogos do Euro 2016, a convite da Galp, que terá investido mais de 150 mil euros nestes convites.

Entre os sete responsáveis da Galp envolvidos no caso está o administrador Carlos Costa Pina e dois presidentes da Câmara: Álvaro Beijinha, de Santiago do Cacém, e Nuno Mascarenhas, de Sines, que deverão ser constituídos arguidos com esta decisão.

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O que a Finlândia tem e nós não? Independência judicial

Os finlandeses somam mais um primeiro lugar no Fórum Económico Mundial, com o sistema judicial mais independente do mundo. Em Portugal ainda existem pressões, sobretudo na política. Juízes queixam-se.

“Quão independente é o sistema judicial de influências do Governo, de pessoas e de empresas no seu país?”. Foi com esta questão que o Fórum Económico Mundial chegou ao país com mais independência judicial do mundo: a Finlândia. O país nórdico soma, assim, mais um primeiro lugar neste ranking, depois de ser o país com mais qualificações e os bancos mais sólidos.

A independência judicial de um país resulta do princípio da proteção jurisdicional efetiva e do direito dos cidadãos a um recurso efetivo perante um tribunal, de forma justa e sem influências indevidas. Ter um sistema judicial independente garante a imparcialidade, a previsibilidade e a estabilidade do sistema legal — elementos importantes para a formação de um ambiente de investimento atraente. Algo que a Finlândia assegura e de forma efetiva.

Confiança é a chave para a oikeudenmukaisuus

A independência dos tribunais finlandeses vem garantida na Constituição, conhecida pela sua rigidez, a confiança na polícia é elevada, as eleições estão entre as mais livres do mundo e os seus cidadãos gozam dos mais altos níveis de liberdade pessoal, escolha e bem-estar.

O próprio ministério da Justiça finlandês tem várias medidas no sentido de promover a independência na magistratura judicial, como a aprovação da formação de juízes por parte de comissões judiciais, o incentivo de formação entre os pares e a oportunidade para os juízes de procurarem formação por conta própria.

Supremo Tribunal finlandês.

Também os cidadãos se sentem incluídos no sistema judicial finlandês, que conta com grandes níveis de confiança por parte da população, já que a tomada de decisões passa pela consulta de todas as partes interessadas. Do lado das empresas, as finlandesas estão entre as mais éticas, e a transparência, o dever cívico e a segurança distinguem os finlandeses lá fora. “Isso alimenta o ambiente de negócios. Aqui as coisas são feitas de forma mais rápida e fiável”, aponta um advogado ao The Guardian, a propósito do ambiente de confiança neste país escandinavo.

Tudo isto num país onde a corrupção e o crime organizado são, praticamente, inexistentes. Assim se faz “oikeudenmukaisuus”, que é como quem diz: justiça em finlandês.

Já Portugal, na independência judicial, mereceu 38.º lugar no Fórum Económico Mundial. Na perceção das empresas sobre a independência judicial (de 1 a 8), Portugal aparece praticamente a meio da tabela da Europa, tendo vindo a registar melhorias desde 2010, embora não consiga chegar aos 5. Quanto a isso tem muito que “beber” do exemplo finlandês, já que o país nórdico regista um primeiro lugar bastante estável desde 2010 (sempre acima do 6).

Segundo a avaliação da justiça na União Europeia de 2018, as razões principais apontadas por cidadãos e empresas inquiridos para a sua perceção de falta de independência judicial é a existência de interferência ou pressão de interesses económicos ou de outros interesses específicos (cerca de 35% pelo público em geral) e de interferência ou pressão do Governo e de políticos (cerca de 25%, segundo as empresas).

Independência judicial em Portugal “consolidada”, diz CSM

Para o Conselho Superior da Magistratura (CSM), Portugal é hoje um país onde “a independência dos tribunais e dos juízes – pedra angular do Estado de Direito – se encontra consolidada” e isso verifica-se pela própria existência deste órgão.

“A independência dos juízes e dos tribunais é assegurada, precisamente, pela existência de um órgão independente dos demais poderes do Estado, com exclusiva competência em matéria como a nomeação, colocação, promoção de magistrados, bem como no exercício da ação disciplinar. A função primária do CSM é, por isso, a de garantir a independência dos juízes e dos tribunais“, refere fonte deste órgão ao ECO.

Embora não considere o modelo de governo dos tribunais atualmente vigente perfeito, a mesma fonte do CSM fala num papel dos juízes equilibrado na liderança organizativa, que “constitui uma base sólida de sustentação e de aperfeiçoamento do sistema judiciário”.

Contudo, ao nível de ação concreta no âmbito da independência judicial, o CSM é vago, mencionando apenas a promoção da qualidade do sistema de justiça e o reforço da confiança dos cidadãos nos tribunais.

Maior controlo político na justiça é “preocupação”

A independência judicial passa, por isso, necessariamente pela independência dos juízes e, nesse sentido, alguns membros da classe têm vindo a demonstrar algumas preocupações.

No domingo passado, dia 9, a propósito do Dia Internacional Contra a Corrupção, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) mostrou-se receosa perante as vontades recentes dos dois maiores partidos em ter um maior controlo político na Justiça, nomeadamente na composição do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). PSD e PS querem aumentar o número de membros nomeados pelo poder político no CSMP.

Na discussão de Estatutos do Ministério Público na Assembleia da República a semana passada, o deputado Carlos Peixoto, do PSD, referiu que uma eventual alteração à composição do CSMP “deve ser ponderada”, defendendo que a existência de uma maioria de procuradores no seu próprio órgão de gestão “fragiliza a auto fiscalização”.

Já o socialista Jorge Lacão falou numa necessidade de se encontrarem “soluções que não são isentas de controvérsia”, referindo-se à nomeação de juízes para este órgão pelo poder político como um garante da investigação judicial.

Ao ECO, o presidente desta associação de sindicatos fala numa clara tentativa de maior controlo político sobre a ação do Ministério Público (MP), que por sua vez condiciona a independência judicial.

“A alteração do CSMP, com menos procuradores e mais membros de nomeação política, aliada, também, a uma maior vinculação do MP às prioridades de política criminal determinadas pelo Governo e Parlamento, só pode ter com objetivo exercer maior controlo político sobre a ação do Ministério Público. Se não é para isso é para quê?“, admite Manuel Ramos Soares.

Recentemente PS e PSD mostraram vontade em alterar a composição do Conselho Superior do Ministério Público para ter mais elementos escolhidos pelo Parlamento. Algo que não agrada à associação sindical de juízes, que fala em “controlo político”.

Atualmente, o CSMP apresenta 18 lugares, dos quais sete membros são eleitos por procurados do Ministério Público, cinco são escolhidos pelo Parlamento, dois são apontados pela tutela e os quatro que sobram ocupados por magistrados de órgãos de relevo no MP. Mas esta composição pode agora mudar por vontade dos partidos.

“É claro que a independência dos tribunais é condicionada se houver maior controlo político sobre a ação do MP. Os tribunais podem ser muito independentes, mas se o Ministério Público não tiver condições para perseguir criminalmente certas pessoas, para o cidadão a independência não serve para nada, porque nunca chegarão a julgamento“, diz o representante da ASJP, referindo-se a investigações criminais que envolvem deputados e outras figuras da política. “O que aconteceu na Hungria e na Polónia? Não foi precisamente começar por dominar primeiro o Ministério Público depois o Conselhos Superior dos juízes?”.

Manuel Soares remete ainda explicações para os próprios partidos, estranhando a convergência nesta matéria dos socialistas e sociais-democratas. “Quem tem o ónus de explicar a razão porque se puseram repentinamente de acordo os dois maiores partidos numa matéria tão crucial, para adotar soluções contrárias ao senso comum e ao que resulta dos princípios europeus, é o PSD e o PS. Eles é que têm de explicar porque o fazem”, remata.

O que eles têm e nós não?

Portugal podia ser um país mais competitivo? Podia. Como? Se imitasse os melhores. Seríamos os primeiros se tivéssemos a percentagem de utilizadores de Internet da Islândia, um serviço de saúde igual a Espanha, uma oferta de comboios idêntica à da Suíça, o sistema judicial da Finlândia ou uma tolerância ao risco das startups semelhante a Israel. E há mais, muito mais.

Para assinalar os dois anos do ECO, olhamos para Portugal no futuro. Estamos a publicar uma série de artigos, durante três semanas, em que procuramos saber o que o país pode fazer, nas mais diversas áreas, para igualar os melhores do mundo.

Segundo o World Economic Forum, Portugal está em 34.º no ranking da competitividade de 2018. Vamos “visitar” os mais competitivos do mundo, nas mais diversas áreas, e tentar perceber “O que eles têm e nós não?”. Clique aqui para ver todos os artigos da série.

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Grupo Louis Vuitton investe na Madeira. Compra Reid’s Palace no Funchal

Líder mundial do segmento de luxo chegou a acordo para comprar a Belmond, empresa que tem hotéis em 24 países. Um deles é o Reid's Palace, a emblemática unidade no Funchal.

Reid’s Palace, no Funchal, faz parte da Belmond, que tem hotéis em 24 países.D.R.

O Reid’s Palace, emblemático hotel madeirense, vai mudar de mãos. Tudo porque o grupo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton, líder mundial do segmento de luxo, acaba de anunciar que chegou a acordo para comprar a Belmond, grupo hoteleiro com unidades em 24 países. Um deles é o Reid’s Palace, histórico hotel do Funchal.

O negócio entre a LVMH e a Belmond ficou fechado com um acordo que prevê o investimento de 25 dólares por ação de Classe A: o valor representa 2,6 mil milhões de dólares no total.

“A Belmond oferece experiências únicas para os viajantes e possui um número de ativos para os destinos mais desejados. A sua herança, os seus serviços inovadores, a sua excelência na execução e o seu empreendedorismo ecoam bem os valores do grupo e a sua complementaridade com a nossa rede e atividades tanto das Cheval Blanc como dos hotéis Bvlgari. A compra vai aumentar a nossa presença na hospitalidade mundial”, refere Bernard Arnault, chairman e CEO da LVMH.

Até setembro deste ano, a Belmond registou lucros de 572 milhões de dólares, avança a empresa em comunicado. O negócio deverá estar concluído na primeira metade de 2019, estando apenas a aguardar a aprovação da empresa e das autoridades da concorrência.

O grupo Belmond nasceu há 40 anos, depois da aquisição do Hotel Cipriani, em Veneza. Após o primeiro passo, a rede foi crescendo contando, atualmente, com um portefólio de 46 unidades em 24 países do mundo. Além do Reid’s, na Madeira, e do Cipriani, em Itália, a rede de hotéis agora comprada pelo grupo Louis Vuitton conta com unidades como o Grand Hotel Europe em S. Petersburgo, Maroma Resort & Spa no México ou o Hotel das Cataratas, no Parque Nacional de Iguaçu, no Brasil.

“Seguindo a estratégia que captou a atenção de várias empresas de real estate, instituições da área da saúde e outros compradores e investidores por todo o mundo, o conselho de administração concluiu que a transação com a LVMH traz mais valor para os nossos shareholders assim como um caminho entusiasmante com um grupo que valoriza os ativos insubstituíveis do Belmond e sua forte equipa administrativa”, refere Roland Hernandez, chairman da Belmond.

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