BE e PCP lembram que solução para os professores está no cumprimento do OE2018

As reivindicações dos professores são um tema do OE passado e o Governo deve manter-se fiel ao compromisso, consideram o Bloco e PCP. Mas agora é tempo de falar do OE2019. E o BE já tem prioridades.

Bloco de Esquerda e PCP insistem que o descongelamento das carreiras dos professores diz respeito ao Orçamento do Estado (OE) de 2018 e que o impasse tem de ser ultrapasso com o cumprimento do que foi decidido na altura.

A líder bloquista foi esta segunda-feira confrontada com a entrevista de Mário Centeno ao Público. Nela, o ministro das Finanças disse que o OE “é para todos os portugueses” e não apenas para uma classe profissional, como os professores. Em declarações transmitidas pela RTP3, Catarina Martins garantiu estar de acordo com o ministro: “Devo dizer que estou absolutamente de acordo com Mário Centeno quando diz que o orçamento é para todos”, afirmou a líder do BE.

No entanto, Catarina Martins considerou que o descongelamento das carreiras dos professores e contagem integral dos anos de carreira para efeitos de progressão salarial é um assunto do OE passado. “Os problemas do anterior Orçamento devem ser resolvidos o quanto antes. [Não podemos é continuar a falar] sempre do orçamento passado e não debatermos o orçamento que vem”, afirmou a líder do BE.

Os problemas do anterior orçamento devem ser resolvidos o quanto antes. (…) Acho que este é o momento de Mário Centeno começar a discutir o OE para o próximo ano.

Catarina Martins

Líder do Bloco de Esquerda

O impasse tem de ser ultrapassado com o cumprimento do que foi decidido no OE de 2018, corroborou João Oliveira. Numa reação à entrevista de Mário Centeno, na Assembleia da República, o deputado do PCP disse que o “impasse tem de ser ultrapassado com o que foi decidido no Orçamento de 2018 e com a negociação sindical que é preciso fazer, para decidir o modo e o prazo como é feito esse pagamento”. “Já não há decisão nenhuma a tomar relativamente à contagem do tempo ou à sua expressão do ponto de vista da progressão na carreira”, acrescentou João Oliveira, em declarações transmitidas pela Sic Notícias. “O que há a negociar é o modo e o prazo do pagamento”, frisou, uma negociação que vai ser “retomada relativamente aos professores”, mas que o comunista espera que o seja também “relativamente às outras carreiras”.

O impasse tem de ser ultrapassado com o que foi decidido no Orçamento de 2018 e com a negociação sindical que é preciso fazer, para decidir o modo e o prazo como é feito esse pagamento.

João Oliveira

Deputado do PCP

Para Catarina Martins agora, é tempo de discutir o próximo orçamento. A posição da coordenadora do Bloco de Esquerda é a de que o acolhimento das reivindicações dos docentes já foi previsto este ano e que, por isso, o Governo deve manter-se fiel ao compromisso e resolvê-lo “o quanto antes”. Para já, coloca dois novos temas na agenda política: o fim do fator de sustentabilidade nas pensões e a redução do IVA na fatura da luz.

“Acho que este é o momento de Mário Centeno começar a discutir o OE para o próximo ano e lembro que das tantas áreas que é preciso acorrer, há duas fundamentais”, disse. Essas áreas prioritárias para o BE são o “fim do fator de sustentabilidade que pesa sobre os ombros dos pensionistas”, assim como a redução do IVA da eletricidade, “que pesa sobre os ombros de todos os portugueses”.

“Uma [das prioridades] é o problema das pensões antecipadas e dos cortes pelo fator de sustentabilidade. Foi feita uma promessa de respeitar estas pensões e respeitar as longas carreiras contributivas, respeitar quem trabalhou toda uma vida”, alertou Catarina Martins. Depois, outra prioridade é “o problema do IVA da eletricidade”. “Ninguém compreende como é que a eletricidade continua a pagar a taxa máxima de IVA quando é um bem essencial”, apontou.

No primeiro tema, a coordenadora do BE lembrou que “o ministro Vieira da Silva prometeu há anos uma solução faseada para quem tem longas carreiras contributivas” e que “foi dado o primeiro passo, mas outros passos foram paralisados”. Quanto ao segundo tema, “é o momento para se falar do IVA da eletricidade”, garantiu Catarina Martins. Até porque há “compromissos que o Governo já assumiu” — “não só com o Bloco mas com o país”, concluiu.

Apesar da posição do Bloco e dos alertas do Governo, os professores prometem não baixar os braços. Durante a manhã desta segunda-feira, em declarações à TSF, José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), disse que o último OE da legislatura não pode ignorar as reivindicações dos professores. “Estamos de acordo que não se pode pôr e risco o que foi conseguido, mas é preciso ter presente que os trabalhadores da Administração Pública, em matéria de despesas com o pessoal, estamos em valores de 1989”, referiu.

(Notícia atualizada às 14h21 com a reação do PCP)

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Portugal ousou desafiar as regras e valeu a pena, garante o The New York Times

  • Rita Frade
  • 23 Julho 2018

Em entrevista ao The New York Times, a propósito da situação económica que o país atravessou, o primeiro-ministro defende que "demasiada austeridade aumenta a recessão e cria um ciclo vicioso".

A austeridade nem sempre é o caminho a seguir para dar resposta à crise económica e financeira de um país. Esta foi uma das principais conclusões a que o The New York Times chegou.

Numa reportagem, publicada este domingo, o jornal recorda a época de crise que Portugal atravessou, desde o aumento do desemprego ao corte nos salários, até ao momento em que António Costa tomou posse como primeiro-ministro e decidiu pôr de lado as medidas de austeridade, que tinham sido impostas pelos credores internacionais.

Em entrevista ao The New York Times, António Costa disse que “o que aconteceu em Portugal mostra que demasiada austeridade aumenta a recessão e cria um ciclo vicioso“. Em vez disso, explicou, “criámos um plano alternativo à austeridade, focando-nos num maior crescimento e em mais e melhores empregos“, acrescentou o primeiro-ministro.

Liz Alderman, autora da reportagem, diz que o país “assumiu uma posição ousada“, “desencadeando um ciclo virtuoso que colocou a economia de volta no caminho do crescimento“, dando o caso de Portugal como exemplo de sucesso, ao contrário da Grécia e da Irlanda que optaram por seguir as regras.

Aliás, segundo o próprio jornal, “as autoridades europeias admitem agora que Portugal pode ter encontrado uma resposta melhor à crise“.

Bosch, Google e Mercedes-Benz são alguns dos exemplos, dados pelo The New York Times, de melhoria da situação económica de Portugal, já que, apesar de tudo, decidiram instalar os seus escritórios e centros de pesquisa digital no país.

Há, contudo, “muito a fazer”, diz António Costa. “Não passámos do lado escuro para o lado luminoso da lua“. “Quando começámos este processo, muitas pessoas disseram que aquilo que queríamos atingir era impossível. Mostrámos que há alternativa“, admitiu, ainda o primeiro-ministro.

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“I never dreamed”. Primeira gravação de Bowie é revelada passados 55 anos

  • ECO
  • 23 Julho 2018

"I never dreamed" é o nome da primeira música de David Bowie, que foi rejeitada em 1963 e encontrada há cerca de 30 anos numa cesta de pão. A cassete vai agora ser leiloada.

“I never dreamed”. Assim se chama a primeira música de David Bowie, que foi rejeitada pela gravadora Decca e encontrada há cerca de 30 anos numa cesta de pão. A cassete vai agora ser vendida em leilão, esperando atingir cerca de 11.000 euros.

A canção remonta à adolescência de Bowie, quando o artista tinha apenas 16 anos e ainda era conhecido como David Jones, o seu nome de nascimento. “I never dreamed” foi gravada em 1963 com a sua primeira banda, os The Konrads, mas nunca chegou a lançada, por ter levado o ‘não’ da Decca.

Meses mais tarde Bowie lançou-se a solo, mas foi só quando lançou o famoso Space Oddity que o seu sucesso descolou.

Segundo o The Independent, a descoberta foi feita por David Hadfield, ex-baterista desta banda, quando, na década de 90, se preparava para mudar de casa e deu com a cassete numa cesta de pão que pertencia ao avô, no sótão da sua garagem.

Nessa altura, Bowie era o saxofonista da banda, mas foi-lhe pedido que fosse ele a cantar. “Naquela altura, ele ainda estava focado em tornar-se um saxofonista de classe mundial, mas o nosso agente Eric Easton, que também gerenciou os Rolling Stones, pediu-nos para fazer uma demonstração com Bowie a cantar”, contou Hadfield. Foi assim que num pequeno estúdio em Morden a demo foi gravada. “O David e o Neville Wills (guitarrista) escreverem duas ou três músicas, mas esta foi a que eu escolhi por ser a mais forte”, conta o ex-baterista, quando a banda se decidiu a compor originais. Foi assim que “I never dreamed” se tornou a primeira canção de David Bowie, gravada há 55 anos.

Esta gravação faz parte do espólio de memórias de Hadfield e vai agora ser vendida num leilão, onde se espera que chegue aos 11.000 euros (10.000 libras).

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Lucros da Ryanair aterram. Greves passam fatura

  • Lusa
  • 23 Julho 2018

Aumento dos combustíveis, subida dos custos com pessoal e recuo dos preços das tarifas. São esses os três fatores apontados pela Ryanair para o emagrecimento de 20% dos seus lucros.

A companhia área de voos económicos Ryanair anunciou, esta segunda-feira, lucros brutos de 319 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal (até 30 de junho), 20% menos do que em igual período do ano passado.

A empresa relaciona a descida com a baixa do preço da tarifa média, em 4%, situando-a nos 38,68 euros, ao aumento dos combustíveis e aos custos com trabalhadores.

A Ryanair refere também que uma parte das férias da Páscoa “ficaram fora do primeiro trimestre” e que as greves dos controladores aéreos e a falta de pessoal em vários países europeus provocaram o cancelamento de 2.500 voos entre os meses de abril e junho.

Mesmo assim, refere a companhia aérea, verificou-se um aumento de 7% no tráfego de passageiros, no primeiro trimestre de 2017, e que aumentou 9% as vendas, correspondendo a um valor de 2.079 milhões de euros.

Em comunicado, o presidente do conselho de administração, Michael O’Leary, destacou que apesar dos cancelamentos, o “fator de carga” – que regista a percentagem de lugares ocupados em cada avião – situou-se nos 96%, uma “cifra líder” no setor.

As vendas auxiliares, que incluem as vendas a bordo, pagamentos adicionais por bagagem ou tarifas de embarque com prioridade, aumentaram 25%.

O’Leary indicou que os custos com trabalhadores aumentaram 34% depois de um “aumento de 20% dos salários dos pilotos e de 3% nos restantes funcionários”.

O tempo de horas de voo aumentou 9%, no mesmo período, acrescentou.

A companhia aérea assinala que foram firmados “acordos laborais com sindicatos de pilotos e de tripulações de cabine” depois de ter reconhecido no passado mês de dezembro – pela primeira vez – os sindicatos independentes.

Mesmo assim, a falta de consensos levou uma centena de pilotos na Irlanda – 25% do total no país – a convocarem três greves em julho enquanto que os sindicatos em Portugal, Espanha e Bélgica decretaram paralisações nos próximos dias 25 e 26 o que vai obrigar à suspensão de 600 voos da Ryanair durante esses dois dias.

“Minimizamos o impacto destas greves junto dos nossos clientes suspendendo uma pequena parte do programa de voos com bastante tempo de antecipação em relação aos dias em causa para permitir aos passageiros que mudem de ligação ou recebam a devolução do valor que tinham despendido”, disse hoje a companhia aérea.

A Ryanair disse que vai continuar a negociar “ativamente” com os sindicatos “em toda a Europa” e que “apesar de prever mais movimentações durante o verão” a companhia refere que não está disposta a ceder a “tantas exigências pouco razoáveis” que “podem pôr em causa o modelo altamente eficaz de tarifas baixas”.

Para a companhia, o impacto dos protestos pode provocar o aumento do preço médio do bilhete.

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Martifer dispara 15% depois do batismo do primeiro navio encomendado pelo Estado

Depois do batismo do primeiro de dois navios encomendados pelo Estado à West Sea, os títulos da Martifer -- grupo que detém esse estaleiro -- estão a subir quase 15%.

Depois do batismo do primeiro de dois navios patrulha encomendados pelo Estado à West Sea ter animado as redes sociais, o grupo que detém este estaleiro naval volta a ser notícia por outra razão: os títulos estão a disparar. Esta segunda-feira, as ações da Martifer estão a valorizar 14,5% para 0,41 euros. O grupo está a negociar cerca de 222 mil títulos, que correspondem a 86 mil euros.

Foi na sexta-feira que o primeiro-ministro presidiu à cerimónia de batismo do Oceânica, o primeiro de dois navios em construção pela participada do grupo industrial Martifer. Durante a cerimónia, António Costa deu os parabéns à “indústria portuguesa de construção e reparação naval”, considerando a construção dos navios referidos “um exemplo muito feliz” do que se pretende fazer “para reforçar as Forças Armadas”.

Segundo o Diário de Notícias, o presidente do grupo Martifer revelou ainda que a West Sea está a construir seis navios e emprega atualmente mais de mil trabalhadores. Carlos Martins adiantou também que, desde 2014, ano em que o grupo Martifer assumiu os estaleiros navais em causa, “foram investidos oito milhões de euros”.

Além disso, o responsável anunciou a construção de “uma nova doca de 200 metros de comprimento, num investimento de 11 milhões de euros”, o que também terá animado os investidores, esta segunda-feira.

De fora da lista dos convidados, ficou o antigo ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco, responsável por essa encomenda e pela subconcessão a privados da atividade dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

A ausência não caiu bem ao político, que usou o Facebook para mostrar o seu desagrado. “Hoje, do socialista autarca de Viana do Castelo ao primeiro-ministro e a sua mulher, passando pelo neossocialista ministro da Defesa, vão estar todos a aplaudir o que tanto criticaram, nos últimos anos“, escreveu Aguiar-Branco, na rede social.

No mesmo post, o político acrescentou: “Por Portugal, valeu a pena, ‘contra tudo e contra todos estes’ lutar pela solução que acreditei ser a melhor para o país e para a região”. Recorde-se que a decisão de subconcessionar a atividade em causa foi, na altura, abertamente criticada pelos socialistas.

Evolução das ações da Martifer

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Centeno diz que “OE é para todos”. Professores já responderam

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Ministro diz que sustentabilidade do OE2019 não pode ser posta em causa. Professores dizem que Centeno não pode ignorar as reivindicações.

Mário Centeno deixa, esta segunda-feira, um aviso aos partidos de esquerda que apoiam o Governo no Parlamento no que diz respeito à contabilização do tempo de serviço dos professores ou a aumentos salariais na Função Pública. O ministro das Finanças recorda que essas medidas não constam no programa de Governo e que o “OE é para todos os portugueses”.

Em entrevista ao Público (acesso condicionado), Mário Centeno diz que o “OE é um exercício complexo e para todos os portugueses”, ou seja, não apenas para uma classe profissional — a dos professores. “Temos, em nome de todos os portugueses, de propor um Orçamento que seja sustentável, que olhe para o futuro e mostre a continuação do caminho que temos vindo a seguir até aqui. Ninguém iria entender que não fizéssemos exatamente isto e, portanto, não gostaria de singularizar num só tópico. Temos um orçamento, repito, que é para todos os portugueses e que tem de ser sustentável”.

Os professores não gostaram do que ouviram e já responderam. Em declarações à TSF, os professores dizem que este é o ultimo Orçamento de Estado do Governo e que este não pode ignorar as reivindicações dos professores. E lembram que o ministro não pode dar mais atenção aos números do que às pessoas. “Estamos de acordo que não se pode pôr e risco o que foi conseguido, mas é preciso ter presente que os trabalhadores da Administração Pública, em matéria de despesas com o pessoal, estamos em valores de 1989”, disse José Abraão, dirigente da FESAP – Federação de Sindicatos da Administração Pública, aos microfones da TSF.

À RTP 3, José Abraão foi ainda mais longe. “O senhor ministro das Finanças há-de refletir sobre a questão”, afirmou, reclamando uma aposta mais robusta na “garantia da qualidade dos serviços públicos” que, disse, “é fundamental”. “Não há necessidade de assustar as pessoas a dizer que vem aí o papão. Não há papão nenhum”, atirou, garantindo haver capacidade para ir mais longe e para reforçar a “negociação coletiva”.

Já Ana Avoila exige que o ministro dê resposta às reivindicações dos sindicatos no próximo Orçamento do Estado. “Este Governo não pode ir por uma linha política em que ano após ando anda com o argumento de que ‘não se pode’. Não se pode, mas pode-se para muitos”, disse a dirigente da Frente Comum, também em declarações à TSF.

Também a Federação Nacional dos Professores (FNE) já reagiu e diz que os professores estão prontos para negociar, mas não prescindem dos direitos. João Dias da Silva, secretário geral da FNE adianta em declarações à Rádio Renascença que “todos temos consciência de que não é possível que essa recuperação seja feita de uma só vez em 2019”. Para o dirigente esta recuperação deve ser “feita de um modo faseado” e garante: As organizações sindicais manifestam essa disponibilidade, para que a recuperação possa ser feita durante um tempo longo que, da parte da FNE, foi já estabelecido que poderia mesmo ultrapassar a próxima legislatura”. Dias da Silva diz ainda que a recuperação total dos anos de serviço deve ser estendida a todas as profissões.

Ainda na entrevista do Público, Centeno socorre-se das sondagens que têm sido feitas para mostrar a importância que os portugueses dão à questão da sustentabilidade orçamental. “As sondagens que têm sido feitas sobre estas matérias mostram a importância que os portugueses dão à questão da sustentabilidade e esse é para mim um ativo insubstituível e que temos de saber traduzir nas decisões que tomamos. Não é possível pôr em causa a sustentabilidade de algo que afeta todos, só por causa de um assunto específico“, afirma o ministro.

Ainda sobre a polémica à volta dos professores, Centeno lembra que “este Governo tomou muitas decisões com incidência sobre a carreira dos professores e a primeira foi assumir a contagem do tempo com o descongelamento.”

“A dinâmica da carreira dos professores e das regras estabelecidas significa que, ao longo deste ano, 46 mil professores vão progredir e embora esse impacto financeiro seja desfasado este ano é de 37 milhões de euros. O OE para 2019 terá uma verba adicional de 107 milhões de euros para fazer face às progressões. Esta aceleração não tem paralelo nas outras carreiras da Administração Pública”, afirma.

Para Centeno é preciso não esquecer que “este Governo é o primeiro, em muitos anos, que respeita na íntegra o estatuto da carreira docente e que tem feito um esforço enorme no aumento do número de docentes”.

De resto, esta segunda-feira, também o Correio da Manhã, dá conta da vontade de Centeno em travar as carreiras na Função Pública. Além da falta de dinheiro, o Governo receia que a cedência aos professores e, posteriormente, às outras 16 carreiras, prejudique os funcionários públicos das carreiras gerais.

BE e PCP pressionam Governo

As declarações do ministro das Finanças parecem uma resposta aos partidos de esquerda que ainda este fim de semana apertaram o cerco ao Executivo de António Costa. O pontapé de saída foi dado por Catarina Martins, em Amarante. A líder bloquista chegou mesmo a pedir a intervenção direta do primeiro-ministro e exigiu ao Governo que cumpra a lei. Catarina Martins recordou ainda que o Orçamento do Estado aprovado pelos bloquistas dizia que as carreiras iam ser descongeladas para todas as profissões. O BE “aprovou um OE que dizia que as carreiras iam ser descongeladas para todas as profissões, incluindo para os professores, contando o tempo de serviço e que, depois, seriam negociados os prazos de como eram descongeladas, por causa do impacto orçamental”.

Já no domingo, fonte oficial do PCP disse à Lusa que “o que esta situação revela é, sobretudo, resultado do protelamento pelo Governo da resposta devida aos professores quanto à contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira”. E tal como o Bloco, também o PCP adianta: “o que se exige é que o Governo cumpra o que a Lei do Orçamento de Estado para 2018 dispõe sobre a matéria”.

(Notícia atualizada às 13h16 com declarações de José Abraão à RTP 3)

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Idade média da reforma no privado sobe para 64 anos

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Os portugueses que trabalham no privado estão cada vez a reformar-se mais tarde. No último ano, a idade média subiu para 64,2 anos, o valor mais alto dos últimos 17 anos.

Os trabalhadores portugueses estão a reformar-se cada vez mais tarde. No último ano, a idade da reforma no privado subiu para 64,2 anos, tocando o valor mais alto dos últimos 17 anos, avança o Jornal de Negócios.

De acordo com os dados do Ministério da Segurança Social (recentemente atualizados pela Pordata), não é só a idade da reforma que tem subido, as penalizações seguem o mesmo caminho, com o fator de sustentabilidade (que se soma a outros cortes) a atingir os 13,88%.

As boas notícias são que, já no final do ano passado, foram dados os primeiros passos no sentido do estabelecimento de regras mais favoráveis para quem tem carreiras realmente longas (de 48 anos ou de 46 anos, se tiver começado a trabalhar aos 14 anos).

A entrada em vigor destas novas regras e a atribuição das pensões acabaram, contudo, por demorar mais do que o previsto. A Provedora de Justiça acabou, por isso, por receber cerca de 200 queixas, que em alguns casos denunciavam “atrasos significativos”.

Pior caminho conheceu a segunda fase do processo de redução das penalizações das reformas antecipadas. Em março, a proposta para acabar com a aplicação do fator de sustentabilidade aos trabalhadores que se reformem aos 63 anos (e que tenham 40 anos de carreira) foi chumbada, mantendo-se os cortes por antecipação da idade (0,5% por cada mês em falta até à idade da reforma).

Questionado pelo mesmo jornal, o Ministério da Segurança Social não adiantou o que está a ser preparado para esta segunda fase.

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Os seis recados de Mário Centeno sobre o OE2019

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Dos professores aos pensionistas, Mário Centeno considera que, acima de tudo, o próximo Orçamento do Estado deve ser sustentável, não colocando em causa o caminho que já foi feito.

Sustentabilidade. É essa palavra que o ministro das Finanças escolhe como chave para os destinos do país. Em fase de negociações para o Orçamento do Estado para 2019, Mário Centeno deixa um aviso aos parceiros que apoiam o Governo no Parlamento: não se pode pôr em risco o caminho que o país já percorreu com “medidas específicas”.

Nesse sentido, em entrevista ao Público (acesso condicionado), o governante não cede em relação à contabilização do tempo de serviço dos professores nem aos aumentos da Função Pública, referindo que tais medidas estão fora do programa do Governo. Mais, o político não se compromete quanto a um aumento extraordinário das pensões e deixa claro que é contra a possibilidade de se cortar o ISP, face ao aumento do preço do petróleo.

No que diz respeito à Saúde, Centeno adianta pouco: diz que, em três anos, reforçou o orçamento desse setor em 700 milhões, o que considera “muito dinheiro”, e que, portanto, a sua melhoria está bem encaminhada.

Já quanto ao investimento, a expectativa, diz o ministro das Finanças, é que continue a crescer acima do PIB, em 2019. Recorde-se que esta é uma das matérias em que o Governo tem sido mais criticado: o Executivo foi mesmo acusado diversas vezes de comprometer esta rubrica do Orçamento em prol da concretização das metas do défice. E nesse capítulo, no próximo ano, o Governo continuará a confiar nas cativações para controlar a despesa pública.

  • Professores? “OE é para todos os portugueses”

Mário Centeno é claro: “O Orçamento de Estado é um exercício complexo e para todos os portugueses”. Daí que, questionado sobre a contabilização do tempo de serviço dos professores e sobre as progressões destes profissionais, o governante sublinhe que “não é possível pôr em causa a sustentabilidade de algo que afeta todos, só por causa de um assunto específico”.

Ainda assim, o ministro salienta que, ao longo deste ano, 46 mil professores vão progredir, o que terá um impacto financeiro de 37 milhões de euros. De acordo com Centeno, já no próximo ano, a verba dedicada a esta matéria será de 107 milhões de euros.

Quanto à contabilização do tempo de serviço, o político lembra que, pelo menos, uma parte do período do congelamento será tido em conta, mas reforça que essa contagem será feita “num contexto negocial, tendo em conta a compatibilização com os recursos disponíveis”.

  • Aumentos na Função Pública? Sustentabilidade acima de tudo

Sobre os aumentos salariais na Função Pública, Mário Centeno recusa assumir compromissos e realça que tal medida não está no programa do Governo. Ainda que admita que o OE19 não está fechado, o ministro realça que, acima de tudo, é preciso elaborar uma estratégia que permita manter a sustentabilidade do país.

Nesse sentido, Centeno limita-se a notar que espera que, este ano, as despesas com pessoal nesse setor fiquem “em linha com o que estava projetado”. No próximo ano, o “custo do descongelamento só por si duplica o seu valor, passa de 200 para muito próximo de 400 milhões de euros”, acrescenta Centeno.

  • Não há compromisso para aumento extraordinário dos pensionistas

António Costa assumiu que, no próximo ano, 95% dos pensionistas terão aumentos. Trata-se do efeito da atualização ou de um aumento extra? “Não há compromisso com a existência desse aumento extraordinário”, responde Centeno, considerando a alteração da fórmula da atualização em causa — sito é, de modo a “abranger uma fatia significativa dos pensionistas” — a “grande conquista” desta legislatura.

  • Novidades no IRS

Na área dos impostos, a novidade será a entrada em vigor da segunda fase da alteração dos escalões do IRS, adianta Centeno. De acordo com o ministro, essa medida terá um custo de 155 milhões de euros. Recorde-se que este ano, o número de escalões de IRS aumentou de cinco para sete, uma medida que beneficiou 1,6 milhões de agregados familiares, segundo as contas do Executivo. O segundo e o terceiro escalões foram desdobrados, reduzindo-se a taxa a aplicar nos limiares inferiores.

  • ISP não mexe

No Parlamento, o PCP juntou-se ao BE e ao PS para chumbar o corte do adicional ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Pode essa eliminação ser feita agora no Orçamento do Estado? “Não concordo com esta ideia de que, porque o preço do petróleo está mais alto, devemos cortar a taxa”, garante Mário Centeno. O ministro sublinha que “não é assim que se faz política orçamental”.

  • Um recado à geringonça

Depois de ter deixado o recado de que não irá por em causa a consolidação orçamental em prol de “medidas avulsas”, Mário Centeno volta o aviso aos parceiros que apoiam o Governo no Parlamento: “Há sempre muita ambição e quando a ambição vai além das nossas capacidades, muitas vezes falhamos”. O ministro das Finanças considera que “cada Orçamento tem o seu significado” e reforça que, neste caso, é a sustentabilidade o ativo mais importante. “Temos em nome de todos os portugueses de propor um orçamento que seja sustentável, que olhe para o futuro e mostre a continuação do caminho que temos vindo a seguir até aqui”.

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Semapa vai acelerar startups com a internacional Techstars

A Semapa junta-se à rede internacional Techstars para lançar um programa de aceleração de startups. Quer investir um milhão por ano em ideias com "ambição global".

A Semapa anunciou esta segunda-feira, em Lisboa, que vai lançar um programa de aceleração anual com a duração de, pelo menos, três anos, e em parceria com a internacional Techstars através da sua participada Semapa Next, o braço de investimento do grupo. A ideia é, dentro do programa, acelerar empresas em três áreas: indústria e ambiente, transportes e logística e viagens e lazer.

“Queremos continuar a crescer e a desenvolver e concluímos que não podíamos ficar de fora da área das startups. E um dos eixos definidos foi nesta área de venture capital”, explica João Castelo Branco, CEO do grupo Semapa, aos jornalistas.

Com uma “importância contida” — de três milhões de investimento para três anos de programa — num grupo que gere ativos de dois mil milhões de euros, João Castelo Branco adianta que quer envolver o máximo de pessoas da empresa no projeto da Semana Next e da aceleradora agora anunciada. “Não temos a expectativa de encontrar uma aposta que mude o grupo dentro de cinco ou dez anos mas, quem sabe, daqui a 20”, diz ainda.

“Acreditamos que, com esta parceria, vamos dar um contributo para a posição de Lisboa nesta dinâmica das startups. E proporcionar às startups uma experiência inspiradora, facilitando o acesso a talento global”, acrescenta o CEO da Semapa.

Com o programa, que tem inscrições abertas a partir desta segunda-feira, arranca em Lisboa em março de 2019 e durará três meses, a empresa quer investir um milhão de euros por ano nas dez startups participantes. Para angariar candidaturas, a Semana e a Techstars farão um roadshow nos próximos meses para recrutar startups que queiram participar no programa.

Acreditamos que, com esta parceria, vamos dar um contributo para a posição de Lisboa nesta dinâmica das startups.

João Castelo Branco

CEO da Semapa

“Como rede global que ajuda empreendedores a ter sucesso, a Techstars já investiu em 1.300 startups desde 2006. A chave do programa é a velocidade: dá acesso e promove relações entre empreendedores e mentores. O bootcamp de três meses é comparável a dois anos de trabalho”, explica Hugo Augusto, empreendedor português e responsável pelo programa.

A Semapa está também a associar-se à Singularity University no programa em Portugal, uma parceria entre a câmara de Cascais e a Beta-i.

Acelerar, também num fundo

Ainda esta manhã, a Semapa anunciou que tem 30 milhões de euros para investir em startups através da Semapa Next, para financiar sobretudo empresas em “seed e early stage“, adianta Ricardo Pires, CEO da SemapaNext.

“Não queremos ser um investidor de forma horizontal mas investir em áreas de negócio para além da nossa”, explica o responsável.

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Portugal entre os que mais empregam em plataformas como Uber e Airbnb

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Em Portugal, 10,6% da população adulta empregada está em negócios assentes em plataformas digitais. Ranking é liderado pelo Reino Unido.

Portugal está entre os países que mais empregam em plataformas como Uber, Airbnb ou Fork. A notícia é avançada na edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, e cita um estudo pioneiro do Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia, que dá conta de que, em Portugal, o peso do emprego gerado direta e indiretamente por negócios de plataformas digitais deverá ser já um dos mais elevados num conjunto de 14 países, ao totalizar 11% do total.

Segundo este estudo, 10,6% da população adulta em Portugal poderá ter uma dependência financeira relevante deste tipo de atividades. É que para além de plataformas como a Uber, Glovo, Cabify, Booking, Airbnb, o estudo envolve também centros de contacto e retalhistas comerciais com presença virtual. A estatística, para além de contar com quem emprega diretamente os seus trabalhadores conta ainda com quem usa a plataforma e ganha dinheiro com isso, como é o caso dos proprietários de alojamentos locais.

Ainda segundo o documento, o ranking é liderado pelo Reino Unido com 12%. Outros países com valores relativamente elevados são a Alemanha, Países Baixos, Espanha, Portugal e Itália.

Quanto ao perfil dos trabalhadores, os investigadores consideram “trabalhadores principais das plataformas aqueles que ganham 50% ou mais do seu rendimento através das plataformas e/ou trabalho prestado via plataformas e durante mais de 20 horas semanais”.

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Nos dispara mais de 5% em bolsa com bons resultados trimestrais e puxa por Lisboa

Os bons resultados da Nos estão a dar confiança aos investidores. Os títulos da gigante das telecomunicações já estão a valorizar mais de 5%, puxando Lisboa para terreno positivo.

Os bons resultados registados pela Nos, no segundo trimestre do semestre, estão a animar os investidores. Na primeira sessão da semana, a praça bolsista nacional abriu em terreno positivo, puxada sobretudo pela gigante das telecomunicações. Lisboa está assim pintada de verde, apesar de nove das cotadas estarem a desvalorizar.

Na abertura da sessão desta segunda-feira, o índice de referência nacional, o PSI-20, está a subir 0,27% para 5620,580 pontos. Diferente tendência vivem os demais mercados europeus, com o Stoxx 600 a desvalorizar 0,02%. O alemão Dax também está a recuar 0,45% e o francês CAC-40 abriu a cair 0,30%.

Por cá, a estrela desta manhã é a NOS, cujos títulos estão a valorizar 5,67% para 5,03 euros. A gigante liderada por Miguel Santos Almeida viu o seu número de clientes aumentar e, consequentemente, as suas receitas crescer e seus lucros acelerar, no segundo trimestre do ano, o que está a dar confiança aos investidores. Poucos minutos após a abertura as ações já valorizavam 5,99% para 5,04 euros.

Em terreno positivo, estão também as energéticas EDP e EDP Renováveis, cujas ações sobem respetivamente 0,29% para 3,44 euros e 0,39% para 8,93 euros. Isto depois de a CMVM ter vindo esclarecer que uma eventual oferta concorrente à da China Three Gorges pode ser registada antes da proposta dos chineses.

A pesar sobre Lisboa, estão os títulos do BCP, que estão a recuar 0,04% para 0,26 euros e os das energéticas REN e Galp Energia, que estão a desvalorizar respetivamente 0,32% para 2,47 euros e 0,21% para 16,92 euros.

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Hoje nas notícias: Centeno e idade da reforma

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ministro das Finanças deixa um aviso aos partidos que apoiam o Governo no Parlamento e que defendem a contabilização do tempo de serviço dos professores e aumentos salariais na Função Pública. “Essas medidas não constam no programa de Governo”, diz Centeno e recorda que o “OE é para todos os portugueses e tem de ser sustentável”. Enquanto se negoceia o OE2019, a idade da reforma continua a subir e já vai nos 64,2 anos, a que se soma também uma subidas nas penalizações. Em termos de apoios comunitários, no top 30 dos projetos financiados pelo Portugal 2020, 26 são… do Estado e, apenas quatro de empresas privadas. E Portugal lidera, em termos de emprego, em plataformas como a Uber, Airbnb.

Mário Centeno: “OE é para todos os portugueses e tem de ser sustentável”

Em fase de negociação do Orçamento de Estado para 2019, o ministro das Finanças avisa que o Orçamento do Estado tem de ser sustentável. Sobre a polémica à volta do tempo de serviço dos professores, Mário Centeno diz que “não é possível pôr em causa a sustentabilidade de algo que afeta todos, só por causa de um assunto específico. Até porque, recorda Centeno, o tempo de serviço dos professores e os aumentos da Função Pública não estão no programa de Governo. Centeno responde também às críticas de deterioração do SNS e lembra que em três anos houve um reforço de 700 milhões de euros. Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado)

Portugal entre os que mais empregam em plataformas como Uber, Fork ou Airbnb

O peso dos emprego gerado direta e indiretamente por negócios de plataformas digitais, em Portugal é de quase 11% do total, um dos mais elevados num conjunto de 14 países europeus. Estes dados constam de um estudo do Joint Research Centre (JRC), da Comissão Europeia. As responsáveis por estes dados são negócios como a Uber, UberEats, Glovo, Cabify, Taxify, Booking, Airbnb, mas também centros de contacto e retalhistas comerciais com presença virtual. Segundo o estudo cerca de 10,6% da população adulta em Portugal poderá estar envolvida de forma mais profunda e ter uma dependência financeira relevante deste tipo de atividades, um dado que inclui também os proprietários de alojamento local. Leia a notícia completa no Diário de Notícias.

Idade média de reforma no privado sobe para 64 anos

Em Portugal as pessoas estão a reformar-se cada vez mais tarde. Segundo dados do Ministério da Segurança Social, recentemente atualizados pela Pordata, em 2017, a idade da reforma subiu para os 64,2 anos. É o valor mais alto dos últimos 17 anos. Mas não é só a idade da reforma que sobe, as penalizações seguem o mesmo caminho, com o fator de sustentabilidade (que se soma a outros cortes) a atingir os 13,88%. As regras mais favoráveis para quem tem carreiras realmente longas arrancaram no final do ano passado. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Portugal 2020. Dos 30 maiores financiamentos só quatro chegaram às empresas

Dos 30 maiores projetos financiados por fundos comunitários do programa Portugal 2020, 26 foram diretamente para o Estado e só quatro foram para empresas. Este top 30 dos projetos com maior dotação, representam 10% do total, ou seja, dois dos quase 20 mil milhões de euros. O maior projeto privado pertence à Navigator. Segue-se a Celtejo, Embraer Portugal e Continental Mabor. Entre os organismos ligados ao Estado o dinheiro foi canalizado para programas e bolsas de estudo; programas de eficiência energética; modernização de ferrovia e até o Banco de Fomento foi contemplado. Leia a notícia completa no Observador (acesso condicionado).

Teresa Leal Coelho propõe usar Tancos para descongestionar a Portela

A vereadora do PSD propõe que se use a base de Tancos para ajudar a descongestionar o aeroporto de Lisboa. Leal Coelho diz que “o Governo devia estar neste momento a estudar a solução Porto+ Tancos. Teria uma solução imediata”. Mas esta não é a única proposta da vereadora laranja. Teresa Leal Coelho quer discutir o transporte fluvial, um tipo de transporte que também podia ajudar a descongestionar o aeroporto da capital, usando Tancos e barco a ligar Santarém e Lisboa. A vereadora quer táxis fluviais, e diz que a Carris está numa situação dramática e ilegal. Leia a entrevista completa na Rádio Renascença.

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