Visita de Merkel marca “novo ciclo económico” Portugal-Alemanha

António Costa aponta consenso e constância entre Alemanha e Portugal e congratula Merkel por visitar o país "num momento diferente da nossa vida".

Angela Merkel com António Costa, durante a vista da chanceler alemã a Portugal.Paula Nunes/ECO

António Costa diz que a visita de Angela Merkel a Portugal marca um “novo ciclo económico” entre os dois países. Em Lisboa, de visita, a chanceler alemã reuniu-se esta manhã com Marcelo Rebelo de Sousa e com o primeiro ministro António Costa.

No final do encontro, Costa disse que Portugal e a Alemanha nem sempre partilharam “os mesmos pontos de vista mas, Portugal e a Alemanha têm sido dos países mais constantes”.

“Há vontade comum de aproximar pontos de vista e decisões que, sendo difíceis exigem sentido de compromisso. É importante que os líderes europeus intensifiquem os contactos e que responsam positivamente aos cidadãos para que entendam que não nos limitamos a propor soluções”, acrescentou o primeiro ministro.

António Costa disse ainda que Angela Merkel está neste altura a visitar o país “num momento diferente da nossa via”, sublinhando a importância de a economia ter virado “a página do défice”, a saída do PDE e os dados de desemprego e crescimento económico divulgados recentemente. “Agora com o maior crescimento económico desde a adesão ao euro”. A última vez que a chanceler Angela Merkel esteve em Portugal foi há seis anos, altura em que Portugal vivia uma época de programa de ajustamento.

Por seu turno, Merkel sublinhou o “trabalho estruturado na política de defesa e externa” e a importância de os países europeus reagirem de forma conjunta a casos como os da Síria e da Ucrânia, por exemplo.

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Zinedine Zidane anuncia saída do Real Madrid

  • Lusa
  • 31 Maio 2018

O francês Zinedine Zidane renunciou ao cargo de treinador do Real Madrid, poucos dias depois de ter levado os ‘merengues’ ao terceiro título consecutivo na Liga dos Campeões de futebol.

O francês Zinedine Zidane renunciou esta quinta-feira ao cargo de treinador do Real Madrid, poucos dias depois de ter levado os ‘merengues’ ao terceiro título consecutivo na Liga dos Campeões de futebol.

“Tomei a decisão de não continuar como treinador do Real Madrid. (…) Penso que esta equipa necessita de continuar a ganhar, precisa de uma mudança, de outro discurso, e outra metodologia de trabalho“, disse Zidane, em conferência de imprensa.

Zidane, de 45 anos, tinha chegado aos ‘merengues’ em janeiro de 2016, na sua primeira experiência numa equipa principal, para substituir o espanhol Rafa Benítez, e foi o primeiro técnico a conquistar de forma consecutiva três ‘Champions’.

Pelo Real Madrid, equipa do internacional português Cristiano Ronaldo, conquistou ainda dois Mundiais de clubes, duas supertaças europeias, uma Liga espanhola e supertaça de Espanha.

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Rio sensibiliza Merkel para corte nos fundos de coesão proposto para Portugal

  • Lusa
  • 31 Maio 2018

Presidente do PSD sensibilizou a chanceler alemã, Angela Merkel, para a necessidade de Portugal recuperar a perda prevista nos fundos de coesão, considerando que este encontro foi muito positivo.

Angela Merkel durante o encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.EPA/JOSE SENA GOULAO

O presidente do PSD, Rui Rio, sensibilizou esta quinta-feira a chanceler alemã, Angela Merkel, para a necessidade de Portugal recuperar a perda prevista nos fundos de coesão, considerando que este encontro foi muito positivo para o país.

Angela Merkel prossegue hoje uma visita a Portugal, dia que passará em Lisboa e que começou com uma reunião privada com Rui Rio num hotel da capital, que precedeu o encontro da chanceler alemã com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a reunião com o primeiro-ministro, António Costa.

Em declarações aos jornalistas no final, o presidente do PSD adiantou que o orçamento plurianual da Comissão Europeia para 2021-2027 foi um dos temas sobre os quais falou com Angela Merkel, uma vez que se trata de “interesse nacional” já que “Portugal perde 7%”, segundo a proposta de Bruxelas.

“Eu procurei sensibilizá-la para este facto e com isto dar também uma ajuda nas negociações que agora o Governo vai ter de conduzir, ainda que não se consiga recuperar tudo. Se não otimizarmos o montante de fundos comunitários, o investimento público em Portugal irá ressentir-se um pouco mais”, avisou.

Questionado sobre a sensibilidade manifestada por Merkel, Rui Rio disse apenas: “Ouviu, percebeu a minha argumentação, agora teremos de ver o efeito que isso pode produzir nas negociações”.

“Também é verdade que não disse que ia ser uma defensora desta nossa pretensão nacional, mas ficou sensibilizada para esse aspeto”, revelou.

Para Rui Rio, “o relacionamento pessoal e a empatia pessoal é importante” nestas questões políticas internacionais. “Este relacionamento pessoal é importante. Esta empatia que se consegue gerar é importante para depois haver uma predisposição favorável à ajuda de Portugal. O encontro é positivo, quer para o PSD, quer, muito principalmente, para Portugal”, considerou.

Na opinião do presidente do PSD, esta empatia com Angela Merkel estende-se “ao primeiro-ministro e particularmente com o Presidente da República, pela forma de ser” de Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado sobre outros temas que tenham estado em cima da mesa do encontro, o líder do PSD adiantou que foi passada “em revista a situação portuguesa, seja do ponto de vista político seja do ponto de vista económico, e um pouco a situação europeia”, designadamente os problemas em Espanha e particularmente em Itália.

“Portugal tem um endividamento público muito alto. Obviamente que se houver problemas em Itália e em Espanha e as taxas de juro dispararem na Europa, Portugal tem aqui um problema”, adiantou.

Na opinião de Rio, “no prazo mais alargado, que é o prazo que este Governo tem que vem desde 2015, aquilo que poderia ter sido feito era um esforço orçamental maior no sentido da indicação que damos ao mercado”.

“Nós não podíamos, em dois, três anos baixar a dívida de uma forma brutal, eu não sou demagogo. Agora poderíamos ter feito de uma forma mais incisiva e um pouco mais rápida, embora o valor da dívida fosse menor, mas não muito menor, os sinais que nós dávamos aos mercados, ao mundo, à Europa eram sinais mais sólidos”, criticou.

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Constâncio abandona BCE com a “casa a arder”… outra vez

Espanhol Luis de Guindos assume vice-presidência do BCE a partir desta sexta-feira, ocupando o cargo que foi do português nos últimos oito anos. Tal como em 2010, Zona Euro está na berlinda.

Vítor Constâncio e Mario Draghi: uma dupla que se separa depois de anos de convivência no BCE.Flickr Banco Central Europeu

Vítor Constâncio deixa esta quinta-feira o cargo de vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE). E a história parece-se repetir-se como há exatamente oito anos… a Zona Euro está novamente em chamas, com Espanha, mas principalmente Itália que com o clima de tensão política está a reacender os receios de colapso da moeda única.

Ao contrário de maio de 2010, quando assumiu o cargo no BCE, desta vez não é nem a Grécia nem Portugal que estão sob os indesejados holofotes dos mercados e que conduziram os dois países a duros resgates durante vários anos. Os investidores continuam a apontar agulhas para a periferia da região, mas fazem agora mira a Espanha e Itália, onde parecem residir os maiores problemas para a moeda única.

Em Madrid, o Governo de Mariano Rajoy faz prova de vida esta sexta-feira perante a moção de censura do PSOE. Em Roma, há quem já tenha passado a certidão de óbito ao Executivo que ainda está para nascer sob liderança do tecnocrata Sergio Cottarelli, perspetivando-se eleições antecipadas com novo domínio dos movimentos mais populistas.

Há um denominador comum entre 2010 e 2018: a incerteza política volta a minar a confiança em relação à integridade moeda única. E tranquilizar os investidores vai ser a primeira tarefa do ex-ministro espanhol Luis de Guindos assim que se sentar no escritório que foi de Constâncio nos últimos oito anos.

Na despedida, o português desdramatizou a sua saída. “Sou membro do Conselho há 18 anos, oito enquanto vice-presidente do BCE. E trabalhei em bancos centrais durante 33 anos da minha vida. É uma mudança que estou a contemplar com equanimidade, sem drama”, disse Vítor Constâncio. “Farei outras coisas”, rematou.

"O BCE ajudar a Itália? Diria apenas que eles conhecem as regras. Talvez devessem voltar a lê-las.”

Vítor Constâncio

Vice-presidente do BCE em fim de mandato

Pelas palavras de Constâncio, nem parece que foi durante o seu mandato que a Zona Euro atravessou pela mais grave crise na sua história de duas décadas, quando três dos seus membros tiveram de pedir resgates bilionários para sobreviver à fúria dos mercados. Pelo meio, o BCE, que tem a missão de proteger a região, empreendeu uma inédita e agressiva política de compra de dívida pública de muitos biliões de euros para conter o risco e assegurar a promessa de que o euro é mesmo “irreversível”.

Sobre o trabalho daquele foi o seu braço-direito, o presidente do BCE, Mario Draghi, foi elogioso: “Ele tem sido uma presença fundamental no Conselho e no quadro. Tem sido fundamental na tomada de decisões chave nos últimos seis anos. E é com a memória dos seus conselhos e da paixão que pôs em levar a cabo os seus argumentos e convicções que vou sempre recordá-lo. Obrigado, Vítor”.

Constâncio manteve sempre um low profile, na sombra do italiano. Não foi pela falta de palco que não deixou de lançar avisos à navegação nos últimos anos, nomeadamente quanto à necessidade de reformas estruturais e ao controlo da dívida pública. Mesmo na última entrevista, a dois dias de abandonar o banco central, o português não teve meias palavras em relação a Itália, a terra de Draghi. “O BCE ajudar a Itália? Diria apenas que eles conhecem as regras. Talvez devessem voltar a lê-las”, numa alusão à necessidade de se cumprirem as regras para obter o apoio do banco central.

De Frankfurt, com amor

De Lisboa a Frankfurt são mais de 2.000 quilómetros de distância. Mas nem o facto de estar longe da capital portuguesa deixou que o seu nome fosse esquecido por cá. Pelo contrário. Foram várias as vezes que o Parlamento português chamou por Constâncio para que viesse cá dar explicações sobre a sua atuação enquanto governador do Banco de Portugal na supervisão do sistema financeiro, quando três bancos já tinham passado uma pesada fatura aos contribuintes portugueses: BPN, BES e Banif.

Ainda veio a Lisboa em 2012 para esclarecer que não falhou no caso BPN, argumentando que “supervisão não é um ato policial”. Mas depois percebeu que não tinha de se deslocar a Portugal e submeter-se às desgastantes comissões de inquérito no Parlamento. Quando os escândalos do BES (2014) e Banif (2015) rebentaram e os deputados quiseram ouvir de novo o antigo governador, Vítor Constâncio bem disse que não ia comprar bilhete para Lisboa. Respondeu por carta nas duas vezes que foi solicitado. E nas duas ocasiões afastou responsabilidades.

No primeiro caso, nas respostas enviadas aos deputados, Constâncio disse que apenas soube dos problemas no BES e Grupo Espírito Santo em 2014, quando eles já faziam manchetes nos jornais quase todos os dias.

Quanto ao Banif, e perante as dúvidas quanto ao seu papel na decisão de liquidar o banco — a resolução viria a ser aplicada poucos dias depois –, garantiu que era “impossível influenciar o andamento do processo”, descartando qualquer intervenção na posterior venda da instituição ao Santander.

Férias e estudar a economia portuguesa

Depois de tanto cá e lá, e lá e cá, qual é o próximo destino? Umas “merecidas” férias, disse Vítor Constâncio aos deputados do grupo de trabalho parlamentar sobre a dívida pública que o convidaram para fazer ele próprio uma avaliação do tema no Parlamento. Mas, uma vez mais, o Parlamento foi rejeitado.

Constâncio alegou que não tem conhecimento suficiente sobre a dívida pública portuguesa. “Não li os Relatórios Orçamentais nem os Relatórios do Banco de Portugal dos últimos oito anos. (…) Não sei qual é a estrutura de maturidades da dívida portuguesa“, explicou o antigo ministro das Finanças e antigo governador do Banco de Portugal numa (nova) carta ao Parlamento revelada pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

Aliás, Constâncio assegurou que não vai “fazer nos anos mais próximos qualquer afirmação pública sobre questões relacionadas com a economia portuguesa”. “Precisarei pelo menos de dois anos, nos intervalos dos compromissos no estrangeiro que já assumi, para me pôr a par da evolução da economia portuguesa”. Aguardemos.

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Nova direção da Portugal Ventures quer aproximar-se do ecossistema

Rita Marques, Rui Ferreira e Pedro Mello Breyner são o novo trio à frente da gestora de capital de risco pública. Um mês depois da tomada de posse traçam os objetivos fundamentais para o futuro.

A Portugal Ventures quer aproximar-se do ecossistema empreendedor mas, ao mesmo tempo, ser mais global e mais aberta ao mundo. As linhas gerais do plano traçado pela nova equipa, liderada por Rita Marques, foi comunicado esta quarta-feira através de uma newsletter enviada pela maior gestora de capital de risco nacional.

“Estamos cientes de que temos um enorme desafio pela frente, e estamos muito empenhados em abraçá-lo com a ambição e a determinação que o mesmo exige, sempre com o objetivo de reforçar o papel da Portugal Ventures no mercado global do capital de risco“, afirma a nova equipa no documento.

Pedro Mello Breyner, Rita Marques e Rui Ferreira, na direção da Portugal Ventures desde abril de 2018.Portugal Ventures

O novo conselho de administração da Portugal Ventures, constituído por Rita Marques (CEO), Rui Ferreira (vice-presidente executivo) e Pedro Mello Breyner (board member) tomou posse há um mês, na sequência da não renovação do mandato da anterior equipa diretiva, liderada por Celso Guedes de Carvalho, que o ECO avançou no final de fevereiro.

Investimento em novas participadas entre 2013 e 2017.Ana Raquel Moreira

Na newsletter, a Portugal Ventures divide os próximos objetivos em três linhas essenciais:

  1. Contribuir para a agilização de uma política de investimentos de capital risco público em Portugal, sustentada nos fundos sob gestão atual e novos fundos a constituir pela Portugal Ventures, de forma muito alinhada e construtiva com os interesses dos atuais e futuros participantes, apostando na simplificação e transparência do processo de decisão e na dinamização da rede de parceiros para potenciar deal-flow;
  2. Criar valor na política de acompanhamento de investimentos, por via da dinamização do negócio em conjunto com os promotores, e outros parceiros nacionais e internacionais, garantindo uma gestão objetiva de milestones de negócio e consequente gestão de rondas adicionais de financiamento e procura pró-ativa e continua de soluções de desinvestimento interessantes;
  3. Criar condições interessantes de desinvestimento nas empresas do portefólio onde a Portugal Ventures tem um envolvimento material relevante, por forma a gerar rentabilidade atrativa para os fundos atualmente sob gestão e criar condições para uma liquidação dos fundos em final de vida adequadas para os seus diversos participantes, em função das suas especificidades e natureza.

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Aeroporto de Lisboa já tem filas (também) à saída

  • ECO
  • 31 Maio 2018

Depois de problemas na zona do controlo dos passaportes, aeroporto de Lisboa tem também filas à saída da zona de recolha de bagagem.

O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que tem registado problemas de demora no controlo de passageiros — o que já levou o SEF a reforçar o número de trabalhadores no local durante o verão — tem registado também atrasos na saída dos utilizadores da zona da recolha de bagagens, escreve esta quinta-feira o Diário de Notícias [acesso gratuito].

De acordo com o jornal, “já não é só no controlo de passaportes que os turistas têm de aguentar em longas filas, à chegada a Lisboa”. Com o verão à porta e o previsto aumento do número de passageiros a aterrar no aeroporto de Lisboa, a ANA-Aeroportos de Portugal diz estar “disponível para realizar investimentos que permitam aumentar a capacidade devido a restrições de espaço”.

No entanto, alerta a concessionada dos franceses da Vinci, o ambiente descrito e documentado através de imagens do passado domingo, recolhidas no aeroporto de Lisboa, trata-se de uma “situação pontual”.

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BCP dispara 5% e dá gás à bolsa. Milão avança 1% à espera de solução política

Movimento 5 Estrelas fez uma nova tentativa para formar um governo de coligação em Itália, animando bolsas. Em Lisboa, é o BCP quem volta a dar um ar de sua graça.

Pela segunda sessão consecutiva, são as ações do BCP quem está a dar gás à bolsa portuguesa, enquanto em Milão os investidores voltam a ter apetite pelo risco à espera de uma solução para o impasse no Governo italiano.

O PSI-20, o principal índice português, está a ganhar 1,06% para 5.501,30 pontos. Na passada terça-feira, a praça portuguesa registou a pior sessão do ano por causa dos momentos de tensão em Itália. Mas há duas sessões que observa ganhos, à boleia do banco liderado por Miguel Maya. O títulos do BCP avançam 4,87% para 0,2585 euros, mantendo a tendência de recuperação após perdas de 15% na última semana.

Esta quarta-feira os acionistas deram início a um novo ciclo na instituição financeira. “Temos de revitalizar o banco. É isso que temos de fazer. Mas quero discutir com os colegas e depois em conselho de administração. Aí sim apresentaremos ao mercado o plano estratégico”, disse Maya depois de ver o seu nome aprovado para CEO. Só falta a luz verde do Banco Central Europeu para ver o seu nome confirmado.

Apenas três cotadas estão a abaixo da linha de água e travam uma maior ambição em Lisboa. A EDP perde 0,41%, a EDP Renováveis cede 0,19% e a Corticeira Amorim recua 0,17%.

Entre as grandes cotadas, destaque para a Galp e a Jerónimo Martins, que valorizam 0,79% e 0,11%, respetivamente.

Lá por fora, sinais de algum apaziguamento em Itália — e que de resto já se fez sentir ontem em Wall Street — vêm do FTSE-Mib de Milão. O benchmark italiano ganha 0,60%. Isto acontece depois de o Movimento 5 Estrelas ter feito um novo esforço para formar um governo de coligação com a Liga italiana, tendo pedido ao eurocético Paolo Savona para desistir da sua corrida ao cargo de ministro da Economia. Foi por causa de Savona que o Presidente italiano retirou o tapete aos dois partidos, que tinha acordado no nome do primeiro-ministro.

“Parece que pelo menos o Movimento 5 Estrelas está a fazer um esforço para formar um governo. Aparentemente, têm um dia para o fazer”, comentou o estratego do banco ING, Martin van Vliet, à agência Reuters. “O mercado está a acelerar na esperança de que novas eleições sejam evitadas”, acrescentou.

Em Frankfurt, o DAX-30 perde 0,49%. Mas o sentimento geral no Velho Continente é marginalmente positivo, com o Stoxx 600 a somar 0,09%.

(Notícia atualizada às 12h23 com novas cotações)

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Economia espanhola cresceu 0,7% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 31 Maio 2018

Graças ao dinamismo do consumo e à recuperação do investimento na construção que compensou a queda do investimento empresarial, a economia espanhola continua a crescer.

A economia espanhola cresceu 0,7% no primeiro trimestre, mantendo assim o ritmo dos dois trimestres precedentes, graças ao dinamismo do consumo e à recuperação do investimento na construção que compensou a queda do investimento empresarial, foi anunciado esta quinta-feira.

O Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE) reviu em alta para 3% o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2017, mais uma décima do que inicialmente estimado.

Esta revisão em alta do crescimento económico no primeiro trimestre em termos homólogos supõe um decréscimo de uma décima face aos três trimestres precedentes e resultou da contenção do investimento e face à melhoria do consumo.

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Portugal com 3.º maior recuo homólogo do desemprego em abril

  • Lusa
  • 31 Maio 2018

De acordo com o Eurostat, Portugal teve o terceiro maior recuo homólogo no desemprego (de 9,5% para 7,4%), depois de Chipre (de 11,7% para 8,6%) e da Croácia (de 11,5% para 9,1%).

Portugal registou, em abril, o terceiro maior recuo homólogo na taxa de desemprego da União Europeia (UE), tendo o indicador baixado na Zona Euro para um novo mínimo desde dezembro de 2018 (8,5%), segundo o Eurostat.

A taxa de desemprego recuou, na Zona Euro, para os 8,5% em abril, valor que se compara aos 9,2% homólogos e aos 8,6% de março e é o mais baixo registado desde dezembro de 2018.

Já na UE, o desemprego foi de 7,1%, abaixo dos 7,8% homólogos, mas estável face a março.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, Portugal teve o terceiro maior recuo homólogo no desemprego (de 9,5% para 7,4%), depois de Chipre (de 11,7% para 8,6%) e da Croácia (de 11,5% para 9,1%).

As menores taxas de desemprego, em abril, registaram-se na República Checa (2,2%), em Malta (3,0%) e na Alemanha (3,4%).

As mais elevadas observaram-se na Grécia (20,8% em fevereiro) e Espanha (15,9%).

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Um país, quatro gráficos. Como está a economia portuguesa?

Governo, Banco de Portugal e instituições internacionais atualizaram as suas projeções para a economia portuguesa. A fotografia que cada um tirou é diferente, mas as tendências são as mesmas.

Menos crescimento, mas menos desemprego. Menos défice e menos dívida. Cinco instituições tiraram uma fotografia recente ao estado da economia portuguesa e as imagens que saíram da máquina mostram um país a corrigir desequilíbrios, mas também a perder gás no crescimento. Tanto este ano como no próximo.

Para este ano, é quase a unânime a ideia de que o PIB vai crescer 2,3% — depois dos 2,7% em 2017. Só a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) põe Portugal a crescer menos, ainda que pouco menos. Para 2019, praticamente todos veem a economia a perder gás, com exceção para o Governo que vê a economia nacional a repetir o crescimento do ano anterior.

A OCDE é neste momento a organização menos otimista quanto à previsão para o crescimento económico deste ano. Para 2019, a maioria das instituições aponta para uma desaceleração, com exceção do Governo e da OCDE.

 

Apesar do abrandamento económico esperado para 2019, o mercado de trabalho vai continuar a melhorar. Este ano, o número de pessoas sem trabalho ainda vai representar mais de 7% da população ativa. Para 2019, a maior parte das instituições acredita que a taxa de desemprego vai passar para a casa dos 6%. Neste campo, o pessimista de serviço é o ministro das Finanças que ainda vê a taxa de desemprego nos 7,2% no próximo ano. Por outro lado, o lugar do mais otimista é ocupado pelo Banco de Portugal.

O mercado e trabalho vai continuar a progredir, mas este ano mais de 7% da população ativa ainda não tem trabalho. Para 2019, o Governo é o mais pessimista embora acredite numa melhoria face a 2018.

 

O atual momento do ciclo económico e no mercado laboral permitem às instituições antecipar progressos na frente orçamental. Todos veem o défice e a dívida a baixar. No saldo orçamental, Bruxelas parece um pouco mais cautelosa na avaliação dos progressos.

A previsão de um défice de 0,7% este ano é praticamente unânime entre as organizações que fazem previsões para o saldo orçamental. Só Bruxelas espera um resultado pior. Para 2019, todos esperam que o défice continue a baixar.
Apesar de todas as organizações esperarem uma redução da dívida em percentagem do PIB, ela vai continuar a rondar a barreira dos 120% este ano e no próximo.

 

 

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Afinal, a Cipan vai sair de bolsa. Mas vai custar mais

A Lusosuan só queria dar 28,14 cêntimos. O auditor apontou para uma contrapartida de 32,9 cêntimos, mas mesmo assim os espanhóis avançam com a compra das restantes ações da farmacêutica portuguesa.

A Lusosuan queria tirar a Cipan de bolsa, mas não estava disposta a pagar mais do que 28,14 cêntimos por ação no processo de perda de qualidade da farmacêutica portuguesa. O auditor independente nomeado pela CMVM acabou por dar um valor superior aos títulos, preço esse que, afinal, a empresa espanhola aceita. Os investidores têm três meses para venderem os seus títulos.

Em comunicado enviado à CMVM, a Lusosuan refere que “assumiu a obrigação de proceder, durante o prazo de três meses contados a partir da data de publicação da declaração pela CMVM do deferimento da perda da qualidade de sociedade aberta, à aquisição das ações representativas do capital social da Cipan pertencentes aos acionistas que não tenham votado favoravelmente a referida deliberação“.

Há 8,22% do capital social da farmacêutica que não aceitou alienar os títulos aos 28,14 cêntimos que tinham sido propostos e que, afirmava a empresa, eram o valor que estava disponível pagar. Um preço superior resultante de uma avaliação por um auditor independente comprometeria a operação, mas afinal não aconteceu.

“Tendo em conta as análises efetuadas, somos de opinião que a oferta de aquisição se deverá realizar ao preço de 0,329 euros” disse o auditor no relatório requerido pelo regulador do mercado de capitais”, disse o auditor nomeado pela CMVM. E é agora esse o valor que a empresa espanhola propõe para ficar com as restantes ações.

A Lusosuan revela que já fez o “depósito em numerário” do montante necessário para a compra dos títulos que ainda não detém junto do Haitong Bank. E “transmitiu uma ordem permanente de compra ao Haitong Bank para a aquisição, ao preço unitário de 0,329 euros, das 2.010.278 ações que podem ser objeto de aceitação da referida oferta”.

A proposta dos espanhóis é “válida pelo período de três meses após publicação da declaração pela CMVM da perda da qualidade de sociedade aberta da Cipan”. Ou seja, os intermediários financeiros poderão receber ordens de venda de valores mobiliários até às 15h00 do dia 1 de setembro de 2018″.

Terminado o prazo de aceitação, “irá ser requerida a exclusão da negociação no sistema de negociação multilateral Euronext Access Lisbon das ações representativas do capital da Cipan”, conclui a Lusosuan.

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Lei laboral: Vieira da Silva acredita em “amplo suporte” no Parlamento

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Maio 2018

Ministro já tem o aval dos parceiros sociais, ainda que não tenha conseguido o apoio da CGTP. Mas as mudanças ainda têm de passar pela Assembleia da República.

O Governo conseguiu o acordo da UGT e dos patrões no âmbito das alterações à lei laboral mas as mudanças ainda têm de passar pelo Parlamento. Conseguirá esse apoio?

No final da reunião de concertação social, o ministro lembrou que “uma boa parte” das medidas consensualizadas agora entre parceiros resulta “de um trabalho conjunto” com Bloco de Esquerda, PCP e PS. Mas “obviamente que num processo negocial” é necessário “fazer compromissos”, adiantou. “Estou muito convicto de que a discussão que vai existir, o debate que vai ser feito, vai permitir encontrar um amplo suporte para estas mudanças” porque são “ao serviço dos portugueses”, notou ainda Vieira da Silva. O Bloco de Esquerda já mostrou oposição ao alargamento do período experimental para grupos específicos.

Os jornalistas quiseram saber se o amplo suporte parlamentar referido pelo governante incluía também os partidos da direita. “Ter parceiros do lado sindical e do lado empregador a subscreverem um documento que tem como objetivo combater o excesso de precariedade significa que há, do ponto de vista nacional, uma vontade — obviamente com divergências — de dar um passo em frente na solução de um dos problemas mais sérios da sociedade portuguesa. Eu espero que os deputados possam acompanhar esse esforço e contribuir com a sua palavra e a sua decisão que é, aliás, a definitiva”, disse então Vieira da Silva.

A CIP já tinha dito que esperava que o Governo não repetisse o mesmo erro duas vezes, numa referência ao travão que o Parlamento colocou a uma das medidas acordadas antes em concertação social, que previa a redução da TSU para empresas com salário mínimo. Vieira da Silva não quis falar em garantias de aprovação: “Estou convicto que ele [o acordo] será capaz de recolher o apoio da maioria dos deputados”, disse apenas. Já o presidente da CIP afirmou não crer que os partidos da direita “tenham qualquer questão contraditória”, tendo em conta o acordo de concertação social alcançado.

A CGTP foi o único parceiro a recusar um compromisso. Arménio Carlos apontou o dedo a várias medidas, entre as quais a possibilidade de criar bancos de horas por acordo de grupo, que, para Arménio Carlos, implica mais horas de trabalho sem direito a pagamento extraordinário.

A Intersindical deixou, aliás, um apelo aos deputados e salientou que “para haver uma política de esquerda” não é possível apoiar algumas das propostas apresentadas. Arménio Carlos também apelou à participação dos trabalhadores na manifestação de 9 de junho.

A UGT foi assim o único parceiro sindical a dar aval ao acordo. Carlos Silva entende que não houve agora grandes alterações face ao documento anterior e por isso “a UGT não via razões para não dar também o seu acordo de princípio”. O líder da UGT entende que este é um “bom documento” e notou que “nem sempre um recuo é uma cedência”.

Pelo patronato, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) frisou que o Executivo reconheceu a especificidade do setor, com “muito trabalho sazonal”, e destacou o aumento do período máximo dos contratos de muito curta duração e o alargamento do período experimental para grupos específicos. Além disso, o setor vai “ficar salvaguardado” da nova taxa para empresas com maior nível de contratos a prazo, disse Eduardo Oliveira e Sousa.

João Vieira Lopes também apontou para “alguns ajustamentos positivos” nesta negociação. E considera “razoável” a redução do período máximo dos contratos a prazo de três para dois anos, embora deixando outras críticas. “Tendo em conta a conjuntura política atual, algum esforço que o Governo fez para não nos apresentar propostas excessivamente radicais, achamos que acabou por ser razoável assinar este acordo”, disse o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Também o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal notou que o Governo está pressionado pela esquerda parlamentar mas, mesmo assim, limitou-se às mudanças agora apresentadas — “e por isso as aceitamos”, afirmou.

António Saraiva entende que entre a posição inicial do Governo e a atual houve melhorias e, relativamente aos impactos, afirmou “que não existirão grandes alterações até porque as empresas acabarão por absorver aquilo que já hoje existe”. A CIP aponta aqui para mudanças entretanto introduzidas na proposta final, como o banco de horas por acordo de grupo. “Não trouxe assim nada de diferente”, vincou Saraiva, acrescentando que “não serão estas alterações que vão prejudicar desta ou daquela forma”.

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