Uma a uma, em quanto é que cada operador vai baixar os preços da eletricidade?

Depois de a ERSE anunciar a descida das tarifas no mercado regulado, várias operadoras do mercado liberalizado revelaram que vão seguir o exemplo. Algumas até baixam mais que os 3,5%.

Se muitos produtos e serviços ficam mais caros a 1 de janeiro, o preço da eletricidade segue o rumo inverso. Depois de a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciar a redução das tarifas no mercado regulado, as operadoras do mercado liberalizado decidiram seguir o exemplo, anunciando descidas que chegam, no limite, a 6,3%.

A ERSE definiu uma descida do preço de 3,5%, redução que foi rapidamente acompanhada pelo maior operador do mercado livre, a EDP Comercial, que tem uma quota de 81%. E todas as outras operadoras com peso neste mercado acabaram por alinhar na descida dos preços, cada uma com a sua redução.

As descidas anunciadas por cada uma das operadoras são médias, já que cada família tem o seu perfil de consumo de eletricidade, havendo também clientes quepodem ter tarifas duais, em conjunto com gás natural. No terceiro trimestre do ano, a Goldenergy e a Galp eram as operadoras que tinham as ofertas mais em conta, de acordo com as comparações da ERSE.

O mercado livre já tem mais de 5 milhões de clientes. Se é um deles, conheça as descidas anunciadas para cada um dos principais operadores para o novo ano.

Endesa baixa preços 6,3%, em média

A empresa que, em Portugal, é liderada por Nuno Ribeiro da Silva diz que “apesar da constante subida do custo da eletricidade nos últimos anos, a Endesa não irá refletir essa subida nas faturas dos seus clientes”. O CEO em Portugal aponta que “a descida da tarifa de acesso em 11% não compensou o aumento dos custos energéticos”, mas mesmo assim os preços vão baixar.

A operadora opta assim por descer os preços, acompanhando a tendência definida pela ERSE para o mercado regulado. Mas enquanto estes clientes contam com uma descida de 3,5%, a Endesa aponta para uma redução no valor médio de 6,3%.

Tarifas da Goldenergy descem 4%

O investimento na transformação digital e o aumento da eficiência da Goldenergy são os fatores que permitem uma redução nos preços praticados pela empresa, indica fonte oficial ao ECO. Neste sentido, a operadora, que tem uma quota de mercado de 1,7%, de acordo com os últimos dados disponíveis na ERSE, vai reduzir as tarifas em 4%.

Na campanha dual, um dos tarifários mais básicos, o preço por quilowatt da energia fica a 0,1584 euros, e o preço da potência a 0,1461 euros, de acordo com a informação enviada ao ECO.

EDP Comercial segue ERSE com redução de 3,5%

“A EDP irá reduzir preços de eletricidade para as famílias em 2019, registando uma descida média de 3,5% para 90% destes clientes”, disse fonte oficial da empresa ao ECO.

Os restantes clientes domésticos, que representam 10% do total, “também beneficiarão de uma redução, com ligeiras diferenças por escalão”, explica a empresa liderada por António Mexia.

Galp Energia desce, mas não diz quanto

A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva não revelou ao ECO uma percentagem para a descida dos preços, mais admite que vai reduzi-los. “Tal como na tarifa regulada, as tabelas de preços de eletricidade da Galp vão descer já no dia 1 de janeiro de 2019“, refere fonte oficial da empresa.

No entanto, de acordo com o Dinheiro Vivo (acesso livre), a empresa está a enviar emails aos seus clientes com os novos tarifários, onde se pode verificar uma descida, em média, de 2,6%.

Iberdrola “acompanha evolução dos preços”

A empresa espanhola Iberdrola refere que “ainda não dispõe de informação” sobre a atualização das tarifas no mercado nacional. Contudo, “de certo que iremos acompanhar a evolução dos preços”, assegura.

A operadora espanhola tem uma quota de 5,4% no segmento dos particulares em regime livre, sendo líder em Portugal no segmento de grandes consumidores, de acordo com a ERSE.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Guilherme Monteiro
  • 28 Dezembro 2018

Nesta sexta-feira vão ser conhecidos os dados da execução orçamental relativamente a novembro. O INE vai divulgar a avaliação que os bancos fazem das casas.

Esta sexta-feira vão chegar ao fim as greves dos registos e notariados e dos trabalhadores do SEF. O INE vai divulgar os dados do inquérito à avaliação bancária na habitação relativa ao mês de novembro. Já a Direção-Geral do Orçamento (DGO) vai revelar a execução orçamental relativa ao mesmo mês.

Execução orçamental ainda com excedente?

Será conhecida a síntese de execução orçamental relativa ao mês de novembro deste ano, divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO). O documento compila os principais indicadores de finanças públicas em Portugal. O Governo quer reduzir o défice para 0,7% do PIB em contabilidade nacional em 2018, sendo que Mário Centeno já veio admitir que poderá rever em baixa essa meta.

Avaliação das casas toca novo máximo?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar o inquérito à avaliação bancária na habitação relativa ao mês de novembro. Os últimos dados de outubro apontaram para uma subida de 70 euros preço do m2, no último ano. O valor médio de avaliação bancária era de 1.212 euros, em outubro.

Última sessão completa nas bolsas europeias

A última sessão do ano é só na segunda-feira, mas essa será mais reduzida. Esta sexta-feira é o último dia completo de negociação nas praças europeias, isto numa altura marcada por forte turbulência. As bolsas do Velho Continente estão em mínimos de dois anos, enquanto a praça portuguesa entrou, à semelhança do que acontece em muitos índices mundiais, em bear market. Acumula uma queda de mais de 20% desde os máximos alcançados em maio.

Duas greves chegam ao fim

Terminam esta sexta-feira a greve dos trabalhares dos registos e notariados, que durou três dias, contra os atrasos na abertura de concursos de admissão de novos funcionários. Acaba ainda a greve dos funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que protestavam desde quarta-feira pela ausência de resposta à falta de pessoal habilitado para o serviço documental.

Depois do Natal, arranca a Operação “Ano Novo”

Numa altura em que começam as deslocações para a passagem de ano, a Guarda Nacional Republicana (GNR) vai dar início à operação “Ano Novo”. As autoridades vão intensificar o patrulhamento rodoviário nas vias de maior tráfego com vista à prevenção da sinistralidade rodoviária e à fluidez do trânsito. A GNR vai estar especialmente atenta às deslocações para os locais de diversão habituais nesta altura do ano.

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Alta volatilidade nas bolsas. Depois de afundar, Wall Street fecha com ganhos

Depois da forte subida na primeira sessão após o Natal, o vermelho voltou a tomar conta dos mercados norte-americanos. Mas nos últimos minutos de negociação, as bolsas voltaram aos ganhos.

Depois da euforia, o choque da realidade. Com novos indicadores preocupantes para a maior economia do mundo, as praças norte-americanas afundaram. Chegaram a perder 3%, mas nos últimos minutos de negociação, as bolsas acabaram por encerrar em terreno positivo.

A subida recorde na sessão anterior transformou-se num dia negro nas bolsas dos EUA. Depois de as praças europeias afundarem, com Lisboa a acabar por entrar em bear market, o S&P 500 chegou a cair 3%. Mas estas últimas sessões do ano estão a ser marcadas por elevada volatilidade, sendo a recuperação no fecho da sessão exemplo disso mesmo.

O S&P 500 acabou por encerrar a subir 0,84%, enquanto o Dow Jones somou 1,12%. O Nasdaq, que se tinha destacado na última sessão, ainda recuperou. Fechou a subir 0,34%.

“Ainda há grande ceticismo relativamente à forte subida após o Natal. Para os investidores foi apenas uma correção técnica”, diz David Joy, analista da Ameriprise Financial, citado pela Reuters. “Não há convicção no mercado de que já se alcançou o fundo”, acrescentou.

Se uns não acreditam, e veem nos indicadores económicos que vão sendo divulgados nos EUA — como a forte quebra na confiança dos consumidores — argumentos para venderem, outros consideram que as quedas foram longe de mais. E é esse “jogo” que está a fazer disparar a volatilidade nos mercados.

Enquanto as empresas de bens de consumo foram castigadas pelos investidores perante receios quanto ao crescimento da economia americana, numa altura em que os EUA estão em “shutdown”, as empresas do setor da saúde, mas também as tecnológicas, acabaram por conseguir anular o desempenho negativo, ditando ganhos em Wall Street.

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Já são conhecidos os vencedores. Fatura da Sorte sai em Castelo Branco, Braga e Porto

A Fatura da Sorte andou à roda e, desta vez, saiu mais "robusta" a três contribuintes de Castelo Branco, Barcelos e Vila Nova de Famalicão. Em Vila Nova de Gaia saíram os habituais 35 mil euros.

A prenda de Natal da Autoridade Tributária (AT) chegou um pouco atrasada, mas valeu 35 mil euros a um contribuinte e 50 mil a outros três, graças ao sorteio extraordinário da Fatura da Sorte, que se realiza apenas duas vezes por ano. As faturas com número de identificação fiscal (NIF) andaram esta quinta-feira às voltas na tômbola e contemplaram os distritos de Castelo Branco, Porto e Braga.

Os prémios mais “robustos”, de 50 mil euros em Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), saíram em Castelo Branco, no concelho de Barcelos (distrito de Braga) e no concelho de Vila Nova de Famalicão (também no distrito de Braga). Os contemplados são os cupões número 1 797 755 800, 470 971 348 e 1 515 767 069, respetivamente.

Já o sorteio regular, de 35 mil euros, também em CTPC, contemplou o contribuinte com o cupão número 2 166 532 318, residente em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

O sorteio para apurar os cupões vencedores foi emitido na RTP 1 durante esta tarde, mas pode também consultar os números dos cupões através do Portal das Finanças. Já os contemplados serão notificados por carta registada, remetida para o domicílio fiscal, ou por email.

Apenas quem pede fatura com NIF, ajudando no combate à fuga ao fisco, fica habilitado a ganhar. E tudo conta. Basta que no momento da compra, nem que seja de um simples café, solicite a fatura do mesmo com o seu número de contribuinte. A Autoridade Tributária atribui um cupão “Fatura da Sorte” por cada 10 euros. Ou seja, o número de cupões que cada contribuinte recebe depende do valor total das faturas, incluindo impostos, que tenham o seu número de identificação fiscal.

Por exemplo, a um conjunto de faturas que somem um valor total de 90,40 euros correspondem dez cupões, posteriormente sorteados nestes concursos. Caso o montante não atinja os dez euros, é emitido um único cupão.

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Portugal na mira das agências de rating em 8 dos 12 meses que aí vêm. Veja o calendário

As quatro maiores agências de notação financeira já publicaram as datas em que vão avaliar a dívida portuguesa. O próximo ano deverá, no entanto, ser de menor intensidade que o que termina.

Serão oito avaliações em oito meses do ano. Como é costume, Portugal vai voltar ao exame das agências de rating em 2019, após ter saído do “lixo” no ano que termina. Ultrapassada essa barreira, o ano deverá ser mais tranquilo no campo destas avaliações à dívida portuguesa. Com o malparado como calcanhar de Aquiles, a grande diferença para Portugal é o reembolso de toda a dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

As avaliações ao rating da dívida portuguesa começam no dia 15 de fevereiro, pela agência Moody’s. A seguinte é a Standard and Poor’s, a 15 de março, e a canadiana DBRS a 5 de abril. A Fitch é a última a realizar a primeira avaliação (de duas por cada instituição), no dia 24 de maio.

Entre as quatro principais agências — consideradas pelo Banco Central Europeu (BCE) para o programa de compra de ativos –, a DBRS foi a única que manteve o rating de Portugal em nível de investimento ao longo da crise, o que permitiu a Portugal integrar os estímulos monetários e, consequentemente, reduzir os custos de financiamento. As restantes três pares norte-americanas atiraram Portugal para grau especulativo.

Ao longo deste ano, houve, no entanto, uma mudança nesse campo, proporcionada pela redução no défice e saída do Procedimento por Défices Excessivos (PDE) da Comissão Europeia. Sete anos, três meses e dois dias depois, o país voltou em outubro de 2018 a contar com rating de investimento junto de todas estas agências.

Atualmente, a Fitch e a DBRS são as duas agências com melhor avaliação a Portugal, ambas no nível BBB com perspetiva estável, ou seja, dois degraus acima do ‘lixo’. Já a Moody’s — que avalia em Baa3 com outlook estável — e a Standard & Poor’s — que coloca em BBB- com outlook positivo — mantêm as duas Portugal apenas um nível acima desse limiar.

O facto de Portugal já ter recebido esse selo de qualidade, não significa que não possa haver alterações. Pela positiva, a República contará com a redução dos encargos com juros após o reembolso ao FMI, bem como com as quebras esperadas tanto no peso do défice como da dívida na economia.

Por outro lado, as quatro agências têm alertado para o elevado fardo do crédito malparado no sistema financeiro e para a necessidade de maiores reformas estruturais que reforcem a resiliência da economia numa altura de desaceleração da economia. No meio da segunda volta de avaliações, haverá ainda outro evento a marcar: as eleições legislativas que vão escolher o novo Governo.

Nesta fase, a ordem será a mesma. A Moody’s agendou para dia 9 de agosto, a Standard and Poor’s para 13 de setembro, a DBRS para dia 4 de outubro e a Fitch fecha o ciclo a 22 de novembro. Dos 12 meses do ano, apenas em quatro não estão agendadas avaliações de rating. Apesar de serem obrigadas pela regulação a apresentar um calendário, as agências não têm, no entanto, de divulgar relatórios pelo que as datas são apenas indicativas.

Avaliações ao rating de Portugal em 2019

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AdC pede ao Governo medidas para aumentar a concorrência nos portos portugueses

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2018

Para a Autoridade da Concorrência é urgente a adoção destas recomendações para “promover a eficiência e a concorrência das concessões nos terminais portuários através de procedimentos concursais”.

A Autoridade da Concorrência recomendou ao Governo e às administrações portuárias a adoção de medidas de promoção da concorrência nas concessões de terminais portuários, a liberalização do acesso aos mercados e a redefinição do modelo de governação portuário.

Segundo a Autoridade da Concorrência (AdC), é urgente a adoção destas recomendações para “promover a eficiência e a concorrência das concessões nos terminais portuários através de procedimentos concursais”, tendo em conta que 15 dos 27 contratos de concessão analisados vão expirar até 2025 e dois, nos terminais de contentores de Alcântara e de Sines, se encontram em processo de renegociação.

“A AdC recomenda ao Governo e às administrações portuárias a adoção de medidas de promoção das condições de concorrência pelo mercado nas concessões de terminais portuários, a liberalização do acesso aos mercados de serviços de reboque portuário e de pilotagem e a redefinição do modelo de governação dos portos”, disse, em comunicado, aquela entidade.

“Por outro lado, a implementação do plano de investimentos para o sistema portuário, no valor de cerca de 1,8 mil milhões de euros até 2026, apresenta-se como uma oportunidade para desenvolvimento do setor portuário português”, acrescentou.

A Concorrência defendeu ainda que num cenário de escolha entre uma renegociação e um novo procedimento, “se privilegie um novo procedimento concursal que permite sujeitar à concorrência, com maior frequência, os termos da concessão”.

"É urgente a adoção destas recomendações para “promover a eficiência e a concorrência das concessões nos terminais portuários através de procedimentos concursais.”

Autoridade da Concorrência

Para a AdC associados às renegociações estão ainda o risco de encerramento do mercado a outros operadores, “benefícios injustificados” para o concessionário e impactos adversos nas estratégias de licitação dos participantes em novos procedimentos.

No que se refere à liberalização do acesso aos serviços de reboque portuário e pilotagem, a entidade considerou que o licenciamento, em comparação com a atuação da administração portuária e a concessão, “tende a gerar mais benefícios para os consumidores e para a economia”, associados à maior pressão concorrencial.

“O licenciamento permite a atividade simultânea de diversos prestadores de serviços concorrentes e a variabilidade do número desses prestadores ao longo do tempo”, indicou.

Quando à última recomendação, que se refere à redefinição do modelo de governação dos portos, a Adc afirmou que é “fundamental uma separação clara das atividades das administrações portuárias de regulação, administração e prestação de serviços e exploração de terminais portuários” para eliminar os conflitos de interesse que o atual modelo pode gerar.

“As administrações portuárias devem ter, como linha orientadora de atuação, a promoção da utilização eficiente das infraestruturas, do bom desempenho dos serviços portuários e do valor gerado para os utilizadores dos portos, tomando em consideração a promoção da concorrência”, frisou.

Adicionalmente, deve assegurar-se que “as receitas das administrações portuárias não ultrapassam o estritamente necessário para garantir a sua sustentabilidade económico-financeira e a sua capacidade para financiar os investimentos da sua responsabilidade”.

A entidade notou ainda que as administrações devem estar obrigadas a publicar um conjunto de indicadores de eficiência e produtividade dos portos, que permitam comparar o desempenho dos vários portos.

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Presidente da República promulga lei que reforça exigências na venda de seguros

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2018

As novas regras do setor segurador têm como objetivo melhorar a proteção aos consumidores, através de medidas como o reforço dos requisitos de exercício de atividade.

O Presidente da República promulgou esta quinta-feira as novas regras do setor segurador, que reforça as exigências na venda de seguros com o objetivo de melhorar a proteção aos consumidores, segundo a nota publicada na página da Presidência.

O novo regime jurídico de distribuição de seguros e resseguros transpõe a diretiva europeia e reforça os requisitos de exercício de atividade, com formação obrigatória dos trabalhadores, e as exigências na comercialização dos seguros (seja feita por pessoas singulares ou empresas), desde logo com maiores deveres de informação.

A venda de seguros enquanto produto de investimento passa ainda a obrigar a um teste de adequação ao perfil do cliente. O diploma promulgado inclui ainda o regime processual aplicável às contraordenações e os crimes especiais do setor segurador e de fundos de pensões, cujo processamento competirá à autoridade de supervisão.

A transposição em Portugal da diretiva de distribuição de seguros está atrasada, face às datas inicialmente previstas a nível europeu.

Aquando da aprovação no parlamento, em setembro, tanto o CDS-PP como Bloco de Esquerda manifestaram preocupação de que o novo regime possa estimular “um processo de concentração” do setor segurador na União Europeia, o que, em última instância, poderá representar uma desproteção dos consumidores.

Pela parte do PS, o vice-presidente da bancada João Paulo Correia defendeu que o novo regime “uniformiza” as regras de supervisão no setor, aumentando a confiança dos clientes. Em Portugal existem cerca de 25 mil mediadores/corretores de seguros autorizados pelo regulador do setor.

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O banco liderado por António Ramalho celebrou com a KKR e a Lx Investment Partners a venda de uma carteira de malparado avaliada em 2.150 milhões. O processo deve estar concluído no 1.º semestre.

A praça lisboeta acompanhou o cenário atribulado que se vive nas restantes praças europeias. Lisboa registou perdas superiores a 1%, enquanto o alemão DAX recuou mais de 2,30%.

O Parlamento obrigou o Governo a negociar com os professores mas não o tempo integral de serviço? Afinal em que ficamos?

Telheiras, na freguesia do Lumiar, será o novo bairro de Lisboa a fazer parte da lista dos parques de estacionamento da EMEL. Toda esta zona terá tarifário de Zona Verde, o mais barato da EMEL.

Vários utilizadores viram o feed do Instagram ficar disposto na horizontal esta quinta-feira. Trata-se de uma mudança profunda no funcionamento da rede social das fotografias.

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Estado adianta pagamento de indemnizações às famílias das vítimas do acidente em Borba

  • Lusa e ECO
  • 27 Dezembro 2018

O Governo decidiu atribuir indemnizações às famílias das vítimas de Borba. Não assume responsabilidade pelo acidente, mas também não está provado que não possa tê-la.

Depois de o relatório preliminar sobre o acidente na pedreira de Borba, conhecido esta semana, não ter excluído — ainda que indiretamente — a responsabilidade do Estado, o Governo decidiu adiantar o pagamento das indemnizações às famílias das vítimas da tragédia. O montante avançado agora pelo Estado pode, no entanto, vir a ser reavido, na sequência de uma decisão final sobre o caso. Marcelo Rebelo Sousa já saudou a iniciativa.

Perante a ausência “de qualquer ação por parte de entidades publicas ou privadas, em face do acidente do passado mês de novembro, para acautelar o ressarcimento dos danos sofridos”, o Governo estabeleceu um “procedimento extrajudicial”, que passa pela Provedoria de Justiça, para o pagamento de indemnizações da morte das vítimas, pode ler-se no comunicado desta quinta-feira do Conselho de Ministros.

O Presidente da República reagiu a esta decisão. “Saúda a iniciativa do Governo (…) de proceder à indemnização das famílias das vítimas da tragédia de Borba, através de avaliação a ser estabelecida pela Senhora Provedora de Justiça” pode ler-se no site da Presidência da República Portuguesa.

A decisão saiu do Conselho de Ministros desta quinta-feira. Contudo, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, deixou claro que o Estado “não assume qualquer responsabilidade pelo acidente” que ocorreu em Borba e ditou a morte de cinco pessoas. Assume apenas “a responsabilidade pela indemnização das famílias das vítimas”.

Contudo, de acordo com o comunicado, os prazos e procedimentos necessários para requerer a indemnização serão fixados pela Provedora de Justiça, bem como “o montante da indemnização a pagar em cada caso concreto”.

O relatório preliminar, segundo o ministro, deixa claro que “a estrada é municipal há mais de 13 anos, e que foi provado que desde 2014 a Câmara de Borba sabia do risco e nada foi feito”.

E convém perceber que a câmara é quem assume a responsabilidade sobre a autoridade de proteção civil à escala local, e que já em 2008 tinha sido aprovado também pela câmara um plano de pormenor, com regras que eram impossíveis de cumprir”, disse o ministro.

Ainda assim, o mesmo documento, notou João Pedro Matos Fernandes, também reconhece que a direção-geral de Energia e Geologia (DGEG) “não foi solícita nas suas funções de fiscalização”.

O ministro acrescentou que “por isso não se pode excluir liminarmente uma responsabilidade indiciária e indireta por parte do Estado”, sendo que também “resulta claro do relatório preliminar que não há qualquer relação entre estas omissões de fiscalização e o trágico acidente de dia 19 de novembro”.

O relatório final da IGAMAOT estará pronto no final do mês de janeiro. A indemnização agora adiantada pelo Estado pode ainda ser reavida, na sequência de uma decisão final sobre o caso. Isto porque a decisão, de acordo com Pedro Matos Fernandes, se deveu apenas à ausência de ação quer do dono/explorador da pedreira, quer da Câmara de Borba.

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Análise do OE 2019

  • ECO + CMS
  • 27 Dezembro 2018

Patrick Dewerbe, sócio de Direito Fiscal da CMS Rui Pena & Arnaut faz a análise do Orçamento de Estado para 2019.

O OE 2019 melhora a competitividade das empresas?

Este Orçamento ficou bastante aquém daquilo que se estava à espera e, sobretudo, do que seria importante para a economia portuguesa no que respeita às matérias fiscais e, por essa via, à competitividade do país. Tem duas medidas emblemáticas: a eliminação do Pagamento Especial por Conta e a tributação autónoma dos veículos automóveis nas empresas. As restantes medidas são, essencialmente, de caráter mais técnico e há também alguns benefícios para o interior mas que também são manifestamente insuficientes. Se pensarmos no conjunto destas medidas, não chegam para relançar a competitividade da economia. É essencial atrairmos investimento estrangeiro e não há nada no Orçamento do próximo ano que atenda a isso. Por outro lado, mantém as contribuições extraordinárias que têm vindo a ser aprovadas nos últimos anos, estende a contribuição extraordinária Às empresas de energia eólica. Desse ponto de vista, complexifica um pouco o IRC. É pena que não se tenha retomado a redução das taxas de IRC que estava prevista aquando da reforma do IRC ainda no anterior Governo, aproveitando este ciclo económico para dar um sinal aos investidores estrangeiros.

O OE 2019 melhora a vida das pessoas?

Este Orçamento, tal como os anteriores, continua a deixar de fora um número muito importante de portugueses: a classe média. Em Portugal, a classe média é muito tributada, rapidamente se atingem os escalões mais elevados e é preciso que a fiscalidade volte a contemplar este grupo de pessoas. Cada vez mais, a classe média desenvolve atividade por conta própria, é cada vez mais empreendedora, corre o risco do seu negócio e há anos que é esquecida pelo legislador fiscal.

O legislador fiscal tem-se preocupado sobretudo com as pessoas que ganham menos – e isso é importante e saudamos medidas que possam acorrer a quem tem menos – mas não podemos esquecer a classe média porque são estas pessoas que pagam impostos, é quem tem vindo a criar riqueza e valor. O que acontece hoje em dia quando olhamos para o IRS – e isto tem vindo a acontecer ao longo dos últimos anos – é que, de um lado, temos quem ganha muito pouco e, para esses, têm sido criadas medidas. Do outro lado da equação, tratamos todos como se fossem milionários e vivessem exclusivamente do património. Há aqui uma injustiça que tem de ser corrigida e que este Orçamento continua a não corrigir.

Globalmente, e do ponto de vista fiscal, como será 2019?

Penso que o OE devia e podia ter ido mais além, quer em termos de competitividade para as empresas, quer em termos de uma maior justiça no IRS, designadamente começando a considerar a classe média.

Se associarmos a isto o facto de a Autoridade Tributária hoje em dia se ter tornado muito agressiva em relação às empresas e aos contribuintes particulares, temos uma relação extremamente desequilibrada em que a Autoridade Tributária opera como um rolo compressor. Este é um dos maiores entraves ao desenvolvimento das empresas e era importante que, desse ponto de vista, houvesse outro tipo de sinal, não sei se no OE – considero que não é o mecanismo certo para promover alterações estruturais – mas não podemos continuar a ignorar esta relação desequilibrada que existe entre as duas partes.

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Se reabilitou para arrendar, IRS mais baixo não tem prazo limite

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2018

A Autoridade Tributária e Aduaneira considera que não existe limite temporal para se beneficiar da taxa reduzida de 5% de IRS sobre os rendimentos de rendas de casas objeto de reabilitação urbana.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) considera que não existe limite temporal para se beneficiar da taxa reduzida de 5% de IRS sobre os rendimentos de rendas de casas objeto de reabilitação urbana. Este entendimento consta de uma informação vinculativa, agora publicada, em que a AT refere que aquele benefício fiscal é atribuído enquanto a casa estiver arrendada.

A possibilidade de se pagar uma taxa reduzida de IRS de 5% é um entre os vários incentivos fiscais que a lei atribui aos proprietários que façam obras a imóveis localizados em Área de Reabilitação Urbana (ARU).

Para se ter acesso a este benefício é necessário que os trabalhos de reabilitação ocorram entre os dias 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2020 e que se trate de um imóvel arrendado, passível de atualização faseada de rendas, de acordo com o Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU).

Cumpridas estas condições, o valor das rendas recebidas pelo proprietário paga uma taxa de 5% de IRS (sem que tal impeça a opção pelo englobamento) em vez da taxa autónoma de 28%, que vigora atualmente para a generalidade dos rendimentos prediais.

Para a AT, sendo o Código dos Estatuto dos Benefícios Fiscais omisso em relação ao prazo durante o qual vigora esta taxa reduzida, a mesma “vigorará enquanto o imóvel se encontrar arrendado”.

A resposta do fisco surgiu na sequência de uma dúvida de um contribuinte sobre o âmbito temporal deste benefício fiscal.

A par desta taxa de 5%, as casas reabilitadas que se situem em Área de Reabilitação Urbana (que no caso de Lisboa, por exemplo, coincide atualmente com praticamente toda a cidade) permitem ainda ao seu proprietário beneficiar de isenção de IMI e de IMT ou abater ao IRS 30% dos custos com as obras, até ao limite de 500 euros.

As mais-valias resultantes da alienação de imóveis reabilitados e localizados em ARU são também tributadas em IRS à taxa autónoma de 5%.

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PLMJ assessora Welink Energy na venda da central solar fotovoltaica Solara4

  • ADVOCATUS
  • 27 Dezembro 2018

A sociedade de Advogados PLMJ foi responsável pela assessoria jurídica à Welink Energy na venda, à Allianz Renewable Energy Partners.

A sociedade de Advogados PLMJ foi responsável pela assessoria jurídica à Welink Energy na venda, à Allianz Renewable Energy Partners, da central solar fotovoltaica Solara4, localizada em Alcoutim, no Algarve. Em Outubro passado, a PLMJ prestou também assessoria jurídica global à Welink Energy na venda da primeira central solar fotovoltaica de Ourika!, já em funcionamento e em regime de mercado.

A central Solara4 deverá ser concluída em 2019 e é, até ao presente, o maior projeto solar sem tarifas subsidiadas em Portugal, com capacidade para fornecer energia elétrica a uma média de cerca de 23.000 consumidores domésticos da região.

A equipa PLMJ que trabalhou na operação foi liderada por Diogo Perestrelo, Sócio de PLMJ Corporate e M&A, e Guilherme Seabra Galante, Associado Sénior desta área de prática e contou com a participação e gestão da assessoria de projeto e regulatória pela equipa PLMJ Energy, especializada em energia e recursos naturais coordenada por Ana Oliveira Rocha, Associada Coordenadora.

“Esta trata-se de mais uma transação que enche PLMJ de orgulho. Quando concluída, a central solar fotovoltaica Solara4 não necessitará de ser subsidiada pelos consumidores, permitindo o aproveitamento de um dos nossos maiores assets energéticos, o sol. Este projeto reforça assim a posição de Portugal no radar dos investidores internacionais que pretendam alavancar projetos na área das energias renováveis, bem como a vasta experiência e consolidação no mercado de PLMJ Energy”, afirma Diogo Perestrelo.

Este projeto inclui a assinatura de um contrato de compra de energia de preço fixo, com a duração de 20 anos sendo os valores envolvidos confidenciais.

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