Antigo presidente do Popular Portugal vai liderar BNU Macau

Carlos Álvares vai liderar o banco da Caixa Geral de Depósitos em Macau, mas ainda aguarda aprovação das autoridades, sabe o ECO.

Carlos Álvares saiu do Popular Portugal após a falência da casa-mãe em Espanha. Tiago Petinga/Lusa

Depois de sair do Popular Portugal com a integração da casa-mãe em Espanha no Santander, Carlos Álvares está a caminho da presidência do Banco Nacional Ultramarino Macau, pertencente ao grupo Caixa Geral de Depósitos, apurou o ECO.

Neste momento, está a decorrer o processo de indigitação para a assembleia geral e os contactos com as autoridades macaenses, razão pela qual o nome de Carlos Álvares não foi ainda formalizado para o cargo. Contactado, nem o banco público nem o próprio Carlos Álvares comentam a notícia.

Álvares foi presidente do Popular Portugal até novembro do ano passado, tendo abandonado essas funções depois de o Popular em Espanha ter sido alvo de uma medida de resolução e vendido ao Santander pelo preço de um euro. Prepara-se agora substituir Pedro Cardoso, que lidera o BNU Macau desde 2011.

Depois dos Correios e Telecomunicações de Portugal, onde iniciou carreira profissional em 1981, Carlos Álvares passou para o Banco Português do Atlântico, onde trabalhou como auditor interno. Foi ainda diretor no Banco Comercial Português.

O BNU Macau fechou 2017 com um lucro de 706 milhões de patacas (cerca de 70 milhões de euros), representando um aumento de 26% face ao resultado atingido um ano antes. Conta atualmente com 20 agências, incluindo uma na Ilha da Montanha, em Zhuhai, cidade chinesa adjacente ao território.

A instituição mantém o seu estatuto como um dos banco emissores de moeda para o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), juntamente com o Banco da China.

O Banco Nacional Ultramarino foi constituído em 1864, em Lisboa, com o objetivo de ser o banco emissor para os territórios ultramarinos portugueses. Chegou a Macau em 1902 depois de se ter expandido para outros territórios, como Angola, Cabo Verde, S. Tomé e Moçambique.

Em 1988, a Caixa Geral de Depósitos adquiriu a maioria do capital do BNU. Anos mais tarde, em julho de 2011, deu-se a fusão do BNU com o banco público, transformando a sucursal macaense numa entidade subsidiária de direito local e detida integralmente pela Caixa Geral de Depósitos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cortar dividendos na EDP? Não, Mexia até admite aumentá-los

António Mexia descartou a possibilidade de a elétrica cortar no futuro o dividendo a distribuir pelos acionistas. Este foi mantido nos 19 cêntimos, com o CEO da EDP a prever mesmo subi-lo.

A EDP vai distribuir um dividendo de 19 cêntimos por ação aos seus acionistas relativamente aos resultados do ano passado. O valor já era conhecido mas, nesta sexta-feira, António Mexia veio afirmar em conversa telefónica com analistas que não está nos objetivos da elétrica uma eventual futura revisão da remuneração a distribuir abaixo desse valor. O presidente da elétrica contrariou assim a expectativa dos analistas que, nos últimos dias, anteviam um possível corte do dividendo, prevendo sim a possibilidade de a remuneração a distribuir pelos acionistas poder aumentar.

A única coisa que não vamos ver é uma redução de [dividendos a] 19 cêntimos. Este é um compromisso base muito forte”, começou por dizer o líder da EDP. “Estamos muito confiantes de que no futuro vamos manter a política de dividendos com uma base de 19 cêntimos, isto não é para ser questionado. E vamos aumentá-lo assim que tal fizer sentido“, acrescentou António Mexia.

O esclarecimento de António Mexia acontece depois de nos últimos dias os analistas terem antecipado que perante a queda dos lucros recorrentes em 8%, para 845 milhões de euros, a elétrica pudesse rever em baixa o compromisso de manter no médio prazo o dividendo em 19 cêntimos.

No que respeita ao que esperar para este ano, António Mexia disse estar confortável com as estimativas do consenso do mercado. “Claramente, estamos confortáveis com os consensos, com base na informação de 19 analistas. Estamos confortáveis com o EBITDA e com o resultado líquido”, disse o CEO da EDP.

O consenso do mercado aponta para um resultado líquido recorrente de 903 milhões em 2018, acima dos 845 milhões registados em 2017. Já o EBITDA ajustado deverá ascender a 3.600 milhões de euros, também acima dos 3.523 milhões verificados em 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Financiamento partidário: Houve “boas notícias” hoje, diz Marcelo

  • Lusa
  • 2 Março 2018

O Presidente da República frisou a ideia de que o país teve hoje "boas notícias" porque, disse, a "sociedade portuguesa queria uma explicação e houve essa explicação".

O Presidente da República considerou esta sexta-feira que as alterações introduzidas pelo parlamento à lei do financiamento dos partidos foram além do que ele próprio tinha proposto quando vetou o diploma.

“Verifico que, para além de terem feito o que eu tinha pretendido, ainda foram mais longe um bocadinho – como tem acontecido em todos os vetos – porque fizeram um esforço para ir ao encontro de algumas preocupações que eu também tinha”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa, no Porto, numa declaração à margem do programa oficial da visita de Estado do homólogo alemão. Para o chefe de Estado, “os partidos fizeram um esforço para ir ao encontro daquilo que eram modificações positivas“.

“[As alterações são] positivas não para o presidente, mas para os portugueses. O simples facto de ter existido uma discussão alargada e uma explicação satisfaz-me muito. A minha recomendação era muito simples: têm de discutir e explicar aos portugueses aquilo que querem aprovar. Fizeram isso. Até fizeram mais do que eu tinha proposto. Porque eu tinha colocado como hipótese apenas um debate amplo. Não confirmaram só, alteraram”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa manifestou também o agrado pelo facto de os deputados terem aprofundado a discussão sobre a matéria. “Sinto-me muito feliz porque foi feito aquilo que é fundamental e que eu queria com o veto, que é uma nova discussão [com] razões aprofundadas, e isso só por si bastaria para corresponder à minha intenção”, disse.

O parlamento aprovou esta sexta-feira, em votação final global, o diploma que altera a lei do financiamento dos partidos políticos com maioria absoluta de 192 deputados mantendo a isenção do IVA limitada à divulgação da mensagem política. As alterações foram introduzidas depois de, em janeiro, o Presidente da República ter vetado o diploma que agora regressa a Belém para promulgação com uma única alteração aprovada, do CDS-PP: a manutenção do regime de reembolso do IVA por despesas com a atividade partidária tal como está na lei em vigor.

Questionado sobre este desfecho, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que foram “repensados pontos fundamentais”, o que no seu entender “quer dizer que os partidos fizeram um esforço para ir ao encontro daquilo que eram modificações positivas”.

“O Presidente da República quando veta não está a vetar por posição pessoal. Quando veta é por razões objetivas. Eu não quero impor a minha posição pessoal. Quero olhar para a sociedade portuguesa e ver qual é o estado de espírito da sociedade portuguesa”, concluiu.

O chefe de Estado disse que agora esperará para ver o texto final da lei, algo que tem expectativa de que demorará “sempre umas semanas”, mas frisou a ideia de que o país teve hoje “boas notícias” porque, disse, a “sociedade portuguesa queria uma explicação e houve essa explicação”.

O chefe de Estado, que falava aos jornalistas no Porto à margem do programa oficial da visita do Presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, procurou salientar que não vetou em janeiro o diploma por “razões pessoais”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP dispara. Resgata Lisboa das fortes quedas da Europa

Ações do banco tiveram dia feliz após terem sido incluídas no Stoxx 600, o principal índice europeu. Bolsa de Lisboa encerrou com perdas ligeiras face ao cenário europeu.

Depois de ter sido incluído no principal índice acionista europeu, o BCP subiu e subiu na sessão desta sexta-feira em Lisboa. Ainda assim, o ganho superior a 4% do banco liderado por Nuno Amado não impediu que o PSI-20 encerrasse o dia abaixo da linha de água. Na Europa, as quedas foram superiores a 2% com a anunciada guerra comercial de Donald Trump.

O principal índice português perdeu 0,17% para 5.367,16 pontos. No total, foram 14 as cotadas a fechar com sinal menos com Sonae, Nos e Mota-Engil a assumirem protagonismo negativo: todas fecharam a perder mais de 3%.

A amparar a queda lisboeta esteve, porém, um trio de pesos pesados nacionais: o BCP, a EDP e a Galp. Em relação ao banco, o disparo de 4,49% para 0,3121 euros surge um dia depois de ter reintegrado no índice de referência europeu, o Stoxx 600, reentrando no radar de muitos investidores internacionais. Para a EDP, depois de António Mexia ter assumido que o dividendo de 0,19 euros pode aumentar, os investidores acorreram ao título e fizeram-no impulsionar 2,57% para 3,789 euros. Já o ganho da Galp foi mais tímido: as ações da petrolífera subiram 0,69% para 14,665 euros.

Lisboa caiu mas não foi a única. E, na verdade, a pressão vendedora foi muito mais sentida lá fora, depois de Donald Trump ter anunciado um agravamento das taxas alfandegárias sobre o aço e alumínio. Perspetiva-se uma guerra comercial entre os EUA e o mundo e as consequências desse braço-de-ferro deverão ter impacto negativo nos resultados das empresas.

“A bolsa portuguesa terminou em baixa, apesar das valorizações protagonizadas pelo BCP, pela EDP e pela Galp que conseguiram travar perdas superiores por parte do PSI20, colocando o índice com uma overperformance face aos pares europeus”, dizem os analistas do BPI no comentário de fecho.

Neste cenário, o Stoxx 600 caiu 2%. Piores desempenhos registaram as bolsas de Paris, Madrid e Milão. Do outro lado do Atlântico, também Wall Street cede: o índice que reúne as principais empresas do setor industrial, o Dow Jones, recua 0,7%.

Explicam os analistas do BPI que “esta última sessão da semana foi de fortes perdas para as bolsas europeias, em resposta à decisão da Administração Trump em introduzir barreiras alfandegárias ao aço e ao alumínio”. “As ações fabricantes destes metais e os fabricantes de automóveis, utilizadores intensos dessas matérias-primas nos seus processos produtivos, figuraram entre os mais penalizados, com o setor relacionado com recursos naturais a acumular perdas superiores a 3%”, precisam.

(Notícia atualizada às 17h06)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PR alemão elogia Portugal pela “recuperação económica de verdadeiro sucesso”

  • Lusa
  • 2 Março 2018

Num segundo dia de visita a Portugal, o Presidente da República da Alemanha elogiou "o caminho de recuperação económica de verdadeiro sucesso" alcançado por Portugal.

O Presidente da República alemão, Frank-Walter Steinmeier, elogiou esta sexta-feira “o caminho de recuperação económica de verdadeiro sucesso” alcançado por Portugal, destacando o crescimento da confiança e do otimismo no país.

“Fico feliz por ter visto, durante estes dois dias de visita a Portugal, que o país está no caminho de uma recuperação económica de verdadeiro sucesso, após anos de dificuldades económicas e financeiras”, afirmou Frank-Walter Steinmeier aos jornalistas no Porto, enquanto assinalava o fim do segundo dia de visita a Portugal com um passeio a pé na Ribeira, na companhia do seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Frank-Walter Steinmeier manifestou-se ainda “feliz” por ter verificado um aumento da “autoconfiança e do otimismo” de Portugal. Esta sexta-feira, o chefe de Estado alemão já tinha elogiado a abordagem da Universidade do Porto em combinar a investigação dos estudantes e empresas privadas, “acelerando o caminho entre as ideias e o mercado internacional”.

Frank-Walter Steinmeier falava no Palácio da Bolsa, num brinde “à hospitalidade do Porto” e à “amizade entre os dois povos”, antes do almoço oferecido pelo presidente da Câmara do Porto, no âmbito deste segundo dia de visita oficial a Portugal, feita a convite do Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa. No brinde, o chefe de Estado agradeceu a “hospitalidade no Porto” e manifestou-se “satisfeito por ter tido grande oportunidade” de não ter limitado a visita à capital portuguesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IRS, IRC, IMI e IUC. Vai poder pagar estes impostos por débito direto

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 2 Março 2018

Medida abrange ainda planos de pagamento em prestações. Contribuintes também já têm disponível uma aplicação móvel que facilita o pagamento de impostos.

Os contribuintes que queiram pagar IRS, IRC, IMI ou IUC por débito direto já o podem fazer. Também os planos de pagamento em prestações podem ser feitos por esta via.

A opção está disponível no Portal das Finanças. Os contribuintes podem escolher o tipo de pagamento — se é recorrente ou pontual — e os impostos em causa. É ainda dada a opção de limitar o montante máximo de débito e a data em que o movimento é feito. Além disso, o contribuinte tem a possibilidade de, posteriormente, modificar ou inativar a sua opção, explicou a subdiretora-geral da área de cobrança, Olga Pereira, na apresentação desta nova modalidade.

“O débito direto permitirá que os contribuintes, todos nós, evitem coimas e as custas associadas a processos de execução fiscal por falta de pagamento de imposto nos prazos legais”, afirmou o ministro das Finanças. E Isto é particularmente relevante no caso do Imposto Único de Circulação (IUC), salientou Mário Centeno na sessão de lançamento desta modalidade de pagamento e ainda da nova aplicação móvel para pagamentos e consulta da situação fiscal.

De acordo com o governante, só o IUC gerou coimas por atraso de pagamento, em 2017, de 54 milhões de euros. “Este é um custo que os portugueses podem, agora, estamos em crer, deixar de suportar”, disse.

Até aqui, os contribuintes tinham um “conjunto variado de opções” de pagamento, mas “estas modalidades exigem do contribuinte um grande controlo das datas limite de pagamento”, notou ainda o ministro, rematando: “E eu sou testemunho disso”.

Também há poupanças em termos de custos administrativos. De acordo com a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, calcula-se que este sistema “permita uma poupança só em custos administrativos de 2,9 milhões de euros e 7.145 horas para a administração”. Este é o número de horas com “instauração de processos contraordenacionais e processos executivos para a administração”, vincou depois Centeno. E se cada operação de débito direto pode custar 20 cêntimos, os documentos únicos de cobrança tem um valor médio de 86 cêntimos, comparou ainda o ministro.

Nova aplicação permite pagar impostos

Os contribuintes também já têm disponível uma aplicação móvel que permite consultar a situação fiscal e que facilita o pagamento de impostos. Esta aplicação permite receber informação sobre processamento de reembolsos e avisos de pagamento.

Os pagamentos estão divididos em duas opções: “a decorrer e em falta”, explicou o subdiretor-geral dos sistemas de informação, Mário Campos. Nos pagamentos a decorrer, o contribuinte pode ter acesso à referência para pagamento via multibanco ou por acesso ao MB WAY, disse ainda.

(Notícia atualizada às 17h28 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FC Porto mais perto do título? Apostas dão vitória aos dragões contra o Sporting

FC Porto e Sporting defrontam-se esta sexta-feira à noite, no Dragão. Casas de apostas dão favoritismo aos portistas, que têm boa oportunidade par aumentar vantagem para os rivais na luta pelo título.

Se o clássico de mais logo à noite for decisivo para as contas do campeonato, então as casas de apostas colocam o FC Porto na rota do título nacional. É que os dragões lideram a liga com mais cinco pontos do que o Sporting e terão logo à noite uma oportunidade soberana para se afastar ainda mais dos rivais com o maior favoritismo dos apostadores a recair para o lado dos azuis e brancos.

Um euro apostado numa vitória do FC Porto rende entre 1,65 euros e 1,68 euros na Betclic, Placard, bet.pt e ESC online. Apostar a mesma quantia mas com o Sporting a ganhar poderá trazer um retorno superior, entre 5,4 euros e seis euros, nas mesmas casas, refletindo a menor probabilidade da equipa lisboeta triunfar no Estádio do Dragão.

Por quantos ganha o FC Porto? Para os apostadores, 1-0 é o resultado final mais provável, apresentando uma odd de 4,9 euros a seis euros na Bet.pt e ESC Online. Isto quer dizer que apostar um euro neste resultado ao fim dos 90 minutos de jogo (mais tempo suplementar) oferece um retorno de 4,9 euros a seis euros. Outros resultados prováveis: 2-0 a favor dos portistas rende entre 6,85 euros e 8,5 euros por cada euro apostado; o FC Porto a ganhar 2-1 dá entre 6,85 euros e 8,5 euros por cada euro apostado; um empate a uma bola poderá ter como rendimento entre 6,7 euros e nove euros por euro apostado.

Em relação aos homens do jogo, apesar de haver muitas dúvidas em relação a quem vai jogar lá na frente, há um nome que reúne maior consenso entre os apostadores: o portista Vincent Aboubakar. Apostar um euro num golo do ponta-de-lança camaronês poderá render-lhe entre 1,95 euros e 2,1 euros. Marega e Soares estão estão bem cotados.

Do lado do Sporting, a grande ausência é Bas Dost. Ainda assim, para suprir a ausência do holandês, Jorge Jesus conta com Doumbia e Montero. Um golo de qualquer um destes avançados vale entre 3,5 euros e quatro euros por euro apostado.

A partida entre FC Porto e Sporting começa às 20h30 (Sport TV1) na abertura da 25.ª jornada da Liga Nos. Os dragões são atualmente líderes do campeonato, com 64 pontos. Já os leões assumem a terceira posição em igualdade pontual com o Benfica: 59 pontos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Afinal, a Meo não vai acabar. Altice também mantém Moche e PT Empresas

A última fase da reorganização das marcas da Altice Portugal vai ser concluída este mês. Empresa vai manter as marcas Meo, Moche e PT Empresas. A Fundação PT passa a Fundação Altice.

Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice PortugalPaula Nunes / ECO

É neste mês de março que a Altice ATC 0,00% vai pôr em marcha a última fase do plano de reorganização de nomes e marcas no mercado português. No entanto, ao contrário do que estava previsto, a marca Meo não vai desaparecer, nem as iniciais “PT” vão passar completamente à história. Debaixo da Altice Portugal permanecerão as marcas Meo, Moche e PT Empresas, enquanto a Fundação PT passará a chamar-se Fundação Altice, apurou o ECO junto de fonte familiarizada com o assunto.

Assim, a empresa liderada por Alexandre Fonseca deixará oficialmente os antigos nomes “PT Portugal” ou “PT/Altice” para passar a adotar sempre, de forma institucional, a marca Altice Portugal. Numa vertente mais comercial e de retalho, manter-se-á a marca Meo. Numa ótica mais voltada para os consumidores mais jovens, a Altice manterá também a marca Moche. Também a PT Empresas vai manter a mesma designação, voltada para os 2.000 a 3.000 clientes empresariais de topo da companhia. A Fundação PT passa a Fundação Altice.

O ECO sabe que a decisão assentou em estudos de mercado que mostraram a notoriedade das marcas e, particularmente da Meo, enquanto a marca Altice esteve nos últimos meses associada a problemas de imagem, como o dos trabalhadores.

Contactada, fonte oficial da empresa refere: “A Altice Portugal, detentora das marcas Meo, PT Empresas, Sapo, Moche e Uzo, continuará o seu caminho de enraizamento na sociedade portuguesa, onde está presente desde 2012, vincando os seus valores e missão, continuando a liderar o setor das comunicações em Portugal, nos segmentos fixo e móvel, bem como nas soluções convergentes.”

Além disso, a empresa liderada por Alexandre Fonseca reforça que “a clarificação do posicionamento de marca seguirá um plano de atividades objetivo e bem definido, que terá momentos próprios no decorrer do ano e acompanhará um conjunto de iniciativas” para “destacar a Altice Portugal como marca de elevado reconhecimento por parte de todos os portugueses”. “Queremos respeitar o passado prestigioso da marca Portugal Telecom e juntar as características positivas da marca Altice”, conclui.

Importa recordar ainda que o grupo Altice levou a cabo um spin off da unidade norte-americana no início deste ano, formando duas novas empresas: a Altice Europe e a Altice USA, ambas com Patrick Drahi como principal acionista. Deste lado do Atlântico, a Altice Europe passou a dividir-se em três empresas: Altice France, Altice International e Altice Pay TV. A unidade portuguesa passa, assim, a responder diretamente à Altice International, antiga Altice NV, que se encontra cotada na bolsa de Amesterdão.

Este é mais um capítulo na estratégia de Patrick Drahi de juntar, debaixo da mesma marca, a generalidade dos ativos que veio a adquirir ao longo de vários anos. Concretamente, a PT Portugal foi comprada em 2015 aos brasileiros da Oi, por quase cinco mil milhões de euros. Até aqui, acreditava-se que só os órgãos de comunicação social detidos pela companhia iriam escapar ao rebranding, como é o caso da BFMTV ou do jornal Liberatión em França. A Altice é um grupo internacional de telecomunicações, media e publicidade e lançou uma proposta de 440 milhões de euros pela Media Capital em Portugal, a dona da TVI. O negócio aguarda parecer do regulador da concorrência.

Foi em maio do ano passado que a Altice anunciou oficialmente as intenções de se reorganizar internamente. “O que nos faltava até agora era ter uma marca global única, que refletisse a natureza internacional e digital do nosso grupo, que reforça a força das nossas marcas e que vai reinventar o futuro”, afirmou o antigo presidente executivo do grupo Altice a nível internacional, Michel Combes, num encontro com jornalistas em Nova Iorque. O gestor abandonou a empresa no final do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Theresa May: Menor acesso aos mercados será inevitável

  • Lusa
  • 2 Março 2018

Theresa May afirmou que, com o Brexit, o Reino Unido e a UE vão ter menos acesso aos mercados recíprocos e que a vida do país "vai ser diferente".

A primeira-ministra britânica, Theresa May, advertiu esta sexta-feira que o Brexit vai implicar inevitavelmente que o Reino Unido e a União Europeia tenham menos acesso aos mercados recíprocos, num discurso em que enunciou os “factos concretos” da saída.

Vamos sair do mercado único, a vida vai ser diferente”, disse num discurso em Londres. A primeira-ministra conservadora, que apontou 29 de março de 2019 como data para a saída da UE, afirmou que as negociações se aproximam de um momento decisivo e “não há como escapar à complexidade da tarefa” que ambas as partes têm pela frente.

Theresa May afirmou que o seu Governo não quer o “modelo canadiano” ou o “modelo norueguês” de relação com a UE, mas antes “o acordo mais abrangente possível” que permita “abarcar mais setores e com mais cooperação do que qualquer outro acordo de comércio livre existente no mundo”.

A governante assegurou que nem Londres nem Bruxelas vão “obter tudo o que querem”, mas rejeitou categoricamente que o Reino Unido queira beneficiar das vantagens de pertencer à União sem as desvantagens, um acordo “à la carte”, associado em inglês à expressão “cherry picking” (literalmente apanhar cerejas e, num sentido figurado, escolher seletivamente). “A verdade é que todos os acordos de comércio têm acesso variável ao mercado dependendo dos interesses dos países envolvidos. Se isso é ‘à la carte’, então todos os acordos de comércio são ‘à la carte’”, disse.

May disse, por outro lado, que o Reino Unido está disposto a manter normas de regulamentação semelhantes às da UE, para que os produtos possam circular sem taxas ou outros obstáculos. A primeira-ministra disse também que pretende continuar a integrar determinadas agências europeias, como as que regulam os medicamentos ou a segurança aérea, e que o país está disposto a pagar para continuar como membro.

O governo britânico disse que tem reservas quanto ao projeto de acordo elaborado pela UE, mas está confiante de que pode ser alcançado um acordo mais satisfatório. Entre essas reservas, referiu novamente a recusa em aceitar a proposta europeia de manter o território britânico da Irlanda do Norte no mercado único por considerar que isso viola “o mercado comum britânico”, mas insistiu que não quer uma fronteira rígida entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fizz. Advogado próximo de José Eduardo dos Santos vem a Portugal falar

Noronha Tiny é advogado e presidente do Banco Postal de Angola. Faz questão de testemunhar presencialmente em Portugal no caso que envolve Manuel Vicente. Sessão está marcada para dia 20 de março.

Mas afinal quem é N’ Gunu Olívio Noronha Tiny? O homem que, a 20 de março, irá testemunhar perante o coletivo de juízes que julga a chamada Operação Fizz. Advogado e presidente do Banco Postal de Angola, Noronha Tiny faz questão de vir a Portugal, de forma a testemunhar presencialmente em audiência. Chamado pela acusação (Ministério Público), o que será dito pelo advogado – muito próximo de José Eduardo dos Santos e que em tempos foi considerado o testa de ferro de Carlos Silva – é ainda uma incógnita.

Questionado pelo ECO, o advogado de Tiny, Rui Costa Pereira, da PLMJ, fechou-se em copas mas garantiu que a sessão terá lugar no dia 20 de março, podendo essa mesma sessão estender- se até à tarde.

Ao contrário do banqueiro Carlos Silva, Noronha Tiny quer depôr presencialmente. Em causa alguns negócios que terão sido acompanhados pelo advogado da empresa que terá contratado o ex- magistrado do Ministério Público, Orlando Figueira.

Em causa o processo da Operação Fizz, cujo julgamento começou há um mês, mas que não tem contado com a presença do arguido Manuel Vicente, já que a parte relativa ao ex-presidente da Sonangol foi separada do processo principal. Orlando Figueira — à data dos factos procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) — é acusado de corrupção passiva, branqueamento de capitais (em coautoria com os outros três arguidos), violação de segredo de justiça e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos). Em concreto, Orlando Figueira é acusado de receber 763 mil euros para arquivar os inquéritos por corrupção que corriam contra o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente.

O ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, é acusado de corrupção ativa (em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Armindo Pires), de branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos) e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos).

Entre os acusados estão ainda o advogado Paulo Blanco, que responde por corrupção ativa (em coautoria com os arguidos Manuel Vicente e Armindo Perpétuo Pires), branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos), violação de segredo de justiça e falsificação de documento (também em coautoria com os restantes arguidos).

Armindo Pires, representante em Portugal de Manuel Vicente, é acusado de corrupção ativa (em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Manuel Vicente), branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos) e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos).

A disponibilidade de Noronha Tiny de se deslocar a Portugal para testemunhar surge no seguimento de uma carta rogatória enviada pelas autoridades portuguesas para as angolanas que incluía a notificação a Carlos Silva, presidente do Banco Atlântico Europa (com sede em Lisboa), do próprio Tiny e de mais dois cidadãos angolanos.

Já em sede de inquérito, em novembro de 2016, Tiny tinha prestado declarações. Foi questionado sobre a sua intervenção no negócio de compra da sociedade COBA (empresa de engenharia) por um consórcio angolano liderado pela Primagest em 2011 e sobre as ligações entre aquela empresa e a Sonangol. O advogado invocou por várias vezes o sigilo profissional de advogado para não responder a perguntas sobre a identidade dos representantes das sociedades Primagest e Berkeley e assumiu que o seu cliente era o Banco Privado Atlântico (atual Banco Atlântico Europa). Alegadamente, o banco liderado por Carlos Silva também terá participado no consórcio angolano que comprou a COBA. Quando foi questionado sobre a identidade dos seus interlocutores na administração do Banco Privado Atlântico, Tiny invocou igualmente o sigilo profissional de advogado para não responder.

Segundo o Observador, o advogado confirmou que teve a Sonangol como seu cliente entre 2005 e 2015 e que chegou a ter algumas reuniões com Manuel Vicente. Noronha Tiny foi confrontado com um conjunto de emails trocados entre diversos representantes do consórcio angolano (como o próprio Tiny) em que se lia que a COBA iria anunciar à comunicação social que a Primagest pertencia ao Grupo Sonangol mas o advogado limitou-se a confirmar que a existência das referidas comunicações eletrónicas sem adiantar mais nada.

E se Carlos Silva apenas se mostrou disponível para prestar esclarecimentos via Skype, o advogado de São Tomé fez questão de vir a Portugal para falar in loco com os juízes portugueses. Um testemunho que é esperado com alguma expectativa, já que a tese das defesas dos vários arguidos (referidos em cima) direcionam agora a responsabilidade para Carlos Silva, ao apontar o empresário como o responsável pela contratação de Orlando Figueira, de forma a afastar da mira da Justiça o ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente.

Próximo de José Eduardo dos Santos, Noronha Tiny licenciou-se em Lisboa pela Universidade Nova, doutorado pela London School of Economics e pela Harvard Law School. Foi ainda consultor do banco de investimento Goldman Sachs e do Carlyle Group.

Atualmente, e segundo o Observador, Noronha Tiny acumula a liderança do Grupo Emerald com o cargo de presidente do conselho de administração do Banco Postal: uma instituição financeira semelhante ao Banco CTT que foi lançada em março de 2017 em Luanda com um investimento inicial de 147,5 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guerra comercial de Trump trama bolsas. Wall Street cai 1%

O presidente norte-americano decidiu impor taxas pesadas sobre os produtos importados. Os parceiros comerciais dos EUA já começam a reagir. Os investidores estão em alerta.

As bolsas norte-americanas arrancaram a última sessão da semana com quedas superiores a 1%, a acompanhar a tendência negativa que se faz sentir pelos mercados acionistas de todo o mundo. A assustar os investidores está a “guerra comercial” lançada por Donald Trump sobre produtos importados.

O índice de referência S&P 500 abriu a recuar 0,6%, para os 2.663,30 pontos. Já o industrial Dow Jones perde 1,04%, para os 24.377,36 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq cai 0,7%, para os 7.127,33 pontos.

Em sentido descendente está também o dólar, que desvaloriza perto de 0,3% contra o euro. A moeda europeia está assim a negociar nos 1,23 dólares. Do lado das matérias-primas, a tendência é a mesma. O barril de West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a recuar 0,3%, para os 60,81 dólares.

Estes movimentos verificam-se depois de o presidente norte-americano ter anunciado que os Estados Unidos vão impor taxas de 25% sobre o aço importado e de 10% sobre sobre o alumínio. Os investidores estão preocupados com as possíveis retaliações que surgirão da parte de grandes parceiros comerciais, como a China, a Europa ou mesmo o Canadá.

Do lado europeu, a Comissão Europeia já se pronunciou: “As medidas que estamos prontos para implementar vão provar que, com base nas nossas regras, não hesitaremos em proteger a nossa indústria”.

Entretanto, Trump vai alimentando esta guerra. Esta manhã, escreveu na sua conta oficial de Twitter que “guerras comerciais são boas e fáceis de vencer”.

Já os investidores estão em alerta. “O mundo está à beira de uma guerra comercial. Esqueçam a curva dos juros da dívida — é assim que começam recessões económicas“, comenta Robert Carnell, analista da consultora ING, citado pela Reuters.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS quer menos restrições nas contas ‘low cost’. Vai aprovar duas propostas do PCP

O PS quer tornar as contas de Serviços Mínimos Bancários mais atrativas. Vai apresentar propostas para flexibilizar o acesso e a utilização dessas contas e também validar duas propostas do PCP.

As contas de Serviços Mínimos Bancários (SMB) já existem há 18 anos, mas não têm ainda muita adesão. Apenas 44 mil portugueses já dispõem deste tipo de contas caracterizadas pelos baixos custos de acesso, sendo que o PS quer agora torná-las mais atrativas. O partido liderado por António Costa vai apresentar propostas para flexibilizar o acesso e a utilização das contas de SMB e vai também validar duas propostas do PCP.

“O PS decidiu apresentar duas propostas de alterações a uma proposta do PCP que visa alargar e melhorar as contas mínimas de serviços bancários”, afirmou João Galamba, deputado do PS, em declarações aos jornalistas esta sexta-feira.

Qualquer pessoa tem acesso às contas de SMB, desde que essa seja a única de que é titular. O acesso a essas contas popularmente designadas de low cost também é possível a quem seja cotitular com uma pessoa com mais de 65 anos ou mais de 60% de incapacidade. Uma pessoa que não tenha 65 anos, nem mais de 60% de incapacidade se for contitular perde o direito a ter uma conta de Serviços Mínimos Bancários. Uma das alterações pretendidas pelo PS é retirar essa restrição. Ou seja, permitir que o contitular que não tenha 65 anos, nem uma incapacidade superior a 60% possa também ter uma conta de SMB só sua.

“Queremos proteger a cotitularidade numa conta com alguém com mais de 65 anos e que isso não prejudique a titularidade numa conta de serviços mínimos bancários. Antes, alguém com 65 anos podia acumular as duas, mas uma pessoa com menos de 65 anos não”, especifica João Galamba.

Outra das alterações propostas pelo partido é duplicar o número de transferências bancárias possíveis do atual regime de SMB, com estas a passarem de 12 para 24 por ano. “O PS entendeu que este limite de 12 transferências interbancárias era demasiado reduzido. Alguém que tivesse de pagar uma renda ou uma pensão de alimentos ultrapassaria automaticamente esta restrição. O PS propõe duplicar o número de transferências interbancárias que esta conta agora permite”, esclareceu o deputado socialista.

Para além dessas duas propostas, o PS também decidiu que vai validar duas propostas do PCP sobre o mesmo regime de contas. Uma delas relaciona-se com o facto de atualmente a legislação prever o cancelamento automático de uma conta bancária se ao fim de 24 meses não fosse utilizada para fazer pagamentos. A proposta do PCP que o PS pretende validar vai no sentido de esse cancelamento só se efetuar caso também não hajam levantamentos ou transferências.

A outra proposta prende-se com a possibilidade de os detentores de contas low cost poderem fazer pagamentos de pequeno valor — por exemplo, portagens ou cabines telefónicas — com os cartões de débito, bem como o alargamento da utilização destes cartões a todo o espaço da União Europeia. Algo que já está previsto de acordo com legislação europeia entretanto transposta pelo Governo.

Lúcia Leitão, responsável pelo Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, numa audição com os deputados dos diferentes grupos parlamentares disse que o entendimento da entidade liderada por Carlos Costa é que isso já era uma realidade, não colocando contudo qualquer objeção à possibilidade de isso ser especificado na lei. A proposta do PCP que o PS pretende validar é precisamente a criação de uma norma para colocar isso na lei.

“Entendemos que com estas alterações e com a do Governo que entrou em vigor a 1 de janeiro deste ano, os clientes bancários têm uma conta com uma gama de serviços suficientemente alargada e um conjunto de restrições menores do que eram no passado e, portanto, têm ao seu dispor, caso assim desejem, a possibilidade de terem uma conta com custos muitos reduzidos”, concluiu João Galamba.

As recentes propostas que têm sido apresentadas pelos partidos no Parlamento acontecem num período que tem sido marcado pela subida das comissões bancárias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.