CPAS. Advogados em manifestação hoje

Em causa as regras da Caixa de Previdência que obriga advogados e solicitadores a pagar por mês 240 euros no mínimo para uma reforma no futuro. Encontro está marcado às 14.00 na Ordem dos Advogados.

Um grupo de advogados manifesta-se esta sexta-feira, em frente à Ordem dos Advogados, às 14.00. Em causa as alterações às regras da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) que obrigam os advogados e solicitadores a pagar, no mínimo, 243 euros por mês para terem direito a uma reforma no futuro. O movimento foi criado pela advogada Cristina Vilar Santos e já conta com quase 800 profissionais confirmados.

A manifestação silenciosa de Advogados, Solicitadores e Agentes de Execução com início pelas 14 horas no Largo de São Domingos, em Lisboa, junto à sede da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, seguirá depois em marcha até junto do Ministério da Justiça”, explica o comunicado do grupo.

Advogados, solicitadores e agentes de execução saem à rua, numa atitude incomum nestas classes profissionais, para “reclamar um sistema contributivo mais justo e protestar contra o silêncio de todos os intervenientes. Se é certo que os órgãos da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores já prepararam algumas medidas tendentes a atenuar os efeitos do atual Regulamento, não é menos certo que tais medidas estão muito aquém do desejado”, diz o comunicado.

E faz a crítica direta também ao Ministério da Justiça: “este ainda não deu seguimento às mesmas, o que teve como consequência a manutenção dos aumentos da taxa contributiva. Uma das questões que leva a esta contestação prende-se, precisamente, com a manutenção dos aumentos previstos no atual regulamento, os quais acrescem aos aumentos normais decorrentes da indexação ao salário mínimo nacional, e que tornam a prestação contributiva ainda mais incomportável para muitos destes profissionais”.

O presidente da CPAS, António Faustino, já garantiu em dezembro que enviou ao Ministério da Justiça um conjunto de alterações mas a verdade é que, para já, está tudo ainda na gaveta. Contactado pelo ECO, fonte do gabinete de Francisca Van Dunem garantiu, no início do mês, que essas propostas e o resultado de um grupo de trabalho constituído há um ano, em que estão ainda presentes membros do gabinete de Vieira da Silva, estão ainda a ser estudadas.

Atualmente, os 243,60 euros são a contribuição mínima exigida a quem tem mais de quatro anos de profissão. Ao contrário dos restantes cidadãos, os advogados não recebem subsídio se estiverem de baixa. Não recebem subsídio parental, se tiverem filhos.

“Daqui resulta que estes profissionais estão a pagar uma prestação muito superior à que pagariam, se contribuíssem de acordo com o rendimento efetivamente auferido, e que pagariam se estivessem no regime dos trabalhadores independentes”, diz o comunicado.

O ECO sabe que o bastonário da Ordem dos Advogados já confirmou que iria receber o grupo que se reúne amanhã em frente ao Largo de São Domingos. Grupo esse que levará um manifesto que será entregue ao bastonário dos advogados, dos Solicitadores e posteriormente ao Ministério da Justiça.

Na semana passada, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados emitiu comunicado oficial onde refere assistir com atenção e preocupação aos recentes aumentos das contribuições, bem como à “compreensível reação de colegas”. Porém, remete para o Ministério da Justiça a responsabilidade quanto à demora nas alterações propostas ao Regulamento afirmando expressamente que “o atraso no processo legislativo necessário à implementação daquelas medidas (a que a Ordem dos Advogados e a CPAS são completamente alheias), entregues à senhora Ministra da Justiça já no início do passado mês de dezembro, tem impedido que essas alterações entrem em vigor, com prejuízo para todos nós, advogados.”

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ACO Shoes cresce à boleia da Europa de Leste

Exportações para a Europa de Leste impulsionam crescimento da empresa em 8%, para os 35 milhões de euros. ACO Shoes dá emprego a 400 pessoas.

A ACO Shoes, empresa de calçado de conforto, está em expansão acelerada para a Europa do Leste. A empresa, liderada pelo ex-presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, diz mesmo que as exportações para aqueles países são responsáveis por um crescimento das receitas de 8%, em 2017. A ACO Shoes fechou o exercício do ano passado com um volume de negócios de 35 milhões de euros.

Armindo Costa, presidente do conselho de administração da empresa, revela em comunicado que, “cinco anos depois de termos entrado nos mercados do leste da Europa atingimos a consolidação, sendo de salientar as exportações para a Rússia e diversos países da antiga URSS”.

O ex-presidente da Câmara de Famalicão justifica a expansão para o Leste com a crise nos mercados internacionais. “Numa época que foi de crise nos mercados tradicionais, o investimento feito pela ACO nos mercados no leste da Europa foi uma aposta ganha. Conseguimos manter as exportações para os mercados tradicionais e conseguimos subir as nossas vendas na Europa de leste”, esclarece.

Fundado em 1975 pelo atual presidente, na freguesia de Mogege (Famalicão), a ACO Shoes emprega 400 pessoas, tendo duas unidades de apoio à produção suas participadas: a ECCO Conforto, situada em Ponte de Lima, e a ICCO, na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde. As duas unidades são responsáveis por empregar 150 e 260 trabalhadores, respetivamente.

Especializada em calçado de conforto, a ACO produz 1,5 milhões de pares de sapatos, cerca de cinco mil pares por cada dia útil da semana. A empresa exporta para mais de 35 países, repartidos por cinco continentes.

Para 2018, a empresa está a apostar em produtos de alto valor acrescentado, através da criação de um calçado mais técnico, e que se insere numa estratégia virada para o mercado português.

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Forbes considera Portugal “o novo destino para investir”

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Revista considera o país um "reservatório de talentos", referindo-se à população jovem, especializada e grandemente desempregada. Infraestrutura de apoio ao empreendedorismo é também elogiada.

Portugal está a tornar-se num destino europeu privilegiado para o investimento e para os negócios. A opinião é de Hugues Franc. O colunista da Forbes francesa destaca, como fatores positivos da nação lusitana, a população “jovem e especializada”, o setor imobiliário “acessível”, a rede aérea desenvolvida e a robusta infraestrutura de apoio às startups.

“Portugal tem uma população jovem e especializada, particularmente nos setores de engenharia, negócios e design”, começa Franc, referindo, no entanto, que 33% desses cidadãos estão desempregados. O colunista considera, por isso, que Portugal é um “reservatório de talentos à espera de se expressarem”.

Além disso, o setor imobiliário, isto é, a sua acessibilidade e o interesse que tem gerado junto de várias celebridades, é também realçado como fator para a afirmação de Portugal como novo destino de investimento. Em terceiro lugar, a revista elogia a rede aérea de que Portugal dispõe, considerando-a “desenvolvida”.

Portugal, o país das aceleradoras

De acordo com a Forbes, Portugal conta, neste momento, com mais de duas mil empresas emergentes (das quais, 34% são estrangeiras) e 121 incubadoras, que, a juntar aos programas de aceleração e apoio institucional, formam, segundo a publicação, uma infraestrutura robusta de suporte ao empreendedorismo.

Muitos encontros e conferências são realizadas regularmente, permitindo que as comunidades de tecnologia e startups floresçam”, assinala ainda Hugues Franc. Destaque também para a “facilidade de acesso ao investimento”, já que, segundo o colunista, o capital de risco anda de olho no ecossistema português.

Além dos apoios ao empreendedorismo, a publicação realça a capacidade dos portugueses trabalharem bem em “equipas multiculturais”, justificando essa característica com a história lusitana. Os últimos elogios vão para o “rico património cultural“, para o “clima bonito”, para as “belas paisagens” e para o “estilo de vida único“.

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Portugal é o país com mais investimento do Plano Juncker

Até dezembro do ano passado foram aprovadas 28 operações, com um total de dois mil milhões de euros de financiamento aprovado, no âmbito do Plano Juncker. Mas há mais projetos em análise.

Portugal é o país que tem mais financiamento aprovado no âmbito do Plano Juncker em percentagem do PIB. Até dezembro do ano passado foram aprovadas 28 operações, com um total de dois mil milhões de euros de financiamento aprovado, o que representa uma mobilização prevista de investimento de 5,5 mil milhões de euros.

Os dados foram avançados esta quinta-feira pelo vice-presidente do BEI, Román Escolano, na apresentação de resultados esta quinta-feira, em Lisboa. O responsável garante que as coisas não vão focar por aqui já que, no pipeline existem muitas outras oportunidades, nomeadamente ao nível da “aeronáutica, eficiência de transportes, turismo e habitação social e agroindústria”. O responsável lembra o banco não comenta as operações até estas estarem assinadas, mas assegura que “o pipeline é muito interessante” e recorda alguns investimentos como o dos laboratórios Basi, em Viseu, o da Science4you ou ainda do campus da Universidade Nova em Carcavelos, “investimentos de média dimensão que o banco conseguiu fazer apesar do ceticismo em contrário”.

“Em termos relativos estes valores significam que Portugal é um dos países com mais financiamento aprovado e é o quarto país em termos de efeito catalisador, ou seja mobilização prevista de investimento em percentagem do PIB”, acrescentou o responsável, garantindo que a atividade do banco em Portugal não vai ser afetada pela saída do Reino Unido da União Europeia, já que este é um dos principais acionistas do banco.

A nível europeu o Plano de investimento para a Europa está a cumprir os seus objetivos, garante o responsável, frisando que 82% do objetivo já foi alcançado. Razão pela qual também foi decidido prolongar o Plano por mais dois anos. Até ao final de 2017 foram aprovadas 717 operações ao abrigo do Plano Juncker, em toda a Europa, num montante total superior a 51,2 mil milhões de euros.

Investimentos em inovação aumentam 81%

Por outro lado, o Grupo Europeu de Investimento apoiou 25 operações em Portugal, em 2017, com 1,9 mil milhões de euros. Portugal é assim o décimo Estado-membro da UE que mais apoio recebeu desta instituição financeira. O aumento mais significativo foi no apoio a investimentos na área da inovação (81%).

“Foi uma grande injeção em excelentes condições de financiamento de triplo A”, diz o vice-presidente do BEI, Román Escolano, na apresentação de resultados esta quinta-feira, em Lisboa.

Contudo, se a análise for feita em termos de peso no PIB, o apoio financeiro do grupo BEI ascende a 1% do PIB português, o que torna o país no sexto maior beneficiário em percentagem do PIB. “É um grande impacto do ponto de vista macro económico”, acrescenta o responsável. “Isto não só significa que Portugal está a ter um bom desempenho como está a recuperar de anos difíceis”, diz ainda.

O vice-presidente do BEI sublinha ainda que ao nível do BEI, e não do grupo, há um aumento dos empréstimos do BEI pelo quinto ano consecutivo.
Em toda a Europa, o grupo BEI financiou 78,2 mil milhões de euros, sendo a maior fatia para as PME 29,6 mil milhões de euros, “uma inovação para o BEI, uma reação contracíclica à crise”, diz Román Escolano. Depois das PME surgem as infraestruturas (18 mil milhões). Mas para compensar as falhas de mercado há uma aposta na inovação e no clima.

Esta alteração no tipo de financiamento do BEI é sentida também em Portugal. As PME absorveram 53,6% do total do financiamento do grupo BEI, embora tenha havido uma quebra. O financiamento do BEI concedido às PME caiu de 1,19 mil milhões de euros passou para 1,02 mil milhões, “o que traduz a melhoria das condições de financiamento da banca”, explicou o vice-presidente da instituição. Ainda assim, o BEI apoiou mais de 6.600 empresas portuguesas, um número que é para “aumentar” — “queremos ter maior capilaridade na economia portuguesa” –, e, consequentemente mais de 260 mil postos de trabalho.

Em contrapartida, o financiamento concedido a projetos na área da inovação aumentou substancialmente de 163 milhões de euros, em 2016, para 295 milhões, em 2017. “Um aumento de 81%”, frisa Román Escolano, um desempenho pelo qual tem “grande orgulho” e que tem “muito trabalho subjacente, muita interação com os clientes”. E acrescenta que a estratégia do banco é agora “apostar mais em setores que apoiam mais o crescimento estrutural de longo prazo”. “É o caso das infraestruturas que absorveram 12% do financiamento dado a Portugal (228 milhões de euros), mas também ao nível da inovação que 15,5% (295 milhões).

Novidades sobre os fogos nos próximos dias

Román Escolano revelou ainda que nos próximos dias haverá novidades relativamente aos apoios que o BEI vai conceder no âmbito da reconstrução e reflorestação após os incêndios. Na sequência dos fogos deste verão, que mataram mais de cem pessoas, o BEI começou a trabalhar com o Governo português para a reflorestação das áreas ardidas.

O vice-presidente do BEI disse que se reuniu logo em setembro, com o ministro do Planeamento, Pedro Marques, para analisar projetos que mitigassem os impactos climáticos. Escolano garante que a “cooperação está a correr bem” e revela que também está “a trabalhar com o setor privado para mobilizar fundos para financiar a reconstrução”, após os incêndios. “Vamos canalizar os nossos fundos para empresas privadas” revela. “Haverá resultados concretos talvez já hoje, ou nos próximos dias”, assegura.

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Francesa Orange: “Comprar PT Portugal não está na nossa agenda”

Franceses estariam interessados na compra da PT Portugal caso de Drahi estivesse disponível para vender a operadora portuguesa, diz o Le Monde. Mas informação já foi desmentida pela própria Orange.

A operadora francesa Orange poderá estar interessada em comprar a PT Portugal à Altice, avançou esta quinta-feira o Le Monde, sem especificar como obteve a informação. De acordo com o jornal, a empresa poderá avançar com uma proposta de compra se o grupo de Patrick Drahi colocar a operadora portuguesa à venda. O interesse já foi, entretanto, desmentido pela Orange.

A Altice encontra-se pressionada a baixar drasticamente a sua dívida e, após a tormenta que enfrentou nos mercados nos últimos meses, avançou com um processo de alienação de alguns dos seus ativos. É aqui que entraria o interesse da Orange e do seu presidente Stéphane Richard: caso Drahi queira vender as suas operações em Portugal, há interessados.

Conta o Le Monde (acesso livre/conteúdo em francês) que a PT Portugal — que detém a Meo — está avaliada em sete mil milhões de euros, o equivalente àquilo que a Altice pagou em 2014 e a eventual aquisição permitiria à Orange reforçar a sua posição na Península Ibérica. Em Espanha, a Orange adquiriu a Jazztel por 3,5 mil milhões de euros há pouco mais de três anos.

Mas a Altice parece pouco disposta a desfazer-se da PT Portugal. Várias fontes adiantaram ao jornal que a cúpula da Altice por várias vezes repetiu que Portugal é um ativo essencial na estratégia do grupo francês que já admitiu, ainda assim, a venda das torres de telecomunicações no país. Por outro lado, continua em cima da mesa o negócio da compra da Media Capital, dona da TVI, que permitiria à Altice convergir os serviços de telecomunicações com conteúdos de media em Portugal.

A Orange já veio desmentir oficialmente este interesse: “Não há nenhum plano relacionado com a Portugal Telecom. Não está na nossa agenda”, referiu fonte oficial da operadora francesa à agência Dow Jones.

"Não há nenhum plano relacionado com a Portugal Telecom. Não está na nossa agenda.”

Fonte oficial da Orange

Agência Dow Jones

(Notícia atualizada às 11h53)

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Avaliação das casas subiu 5% em 2017

O valor médio de avaliação bancária fixou-se no final do ano passado nos 1.150 euros/m2. Trata-se de um novo máximo de 2011.

O valor que os bancos atribuem às casas para efeitos de concessão de crédito não para de aumentar em Portugal. Em dezembro, o valor médio do metro quadrado no país fixou-se nos 1.150 euros. Trata-se de um novo máximo de maio de 2011, e que coloca em 5% a subida da avaliação bancária das casas registada no ano passado.

De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, os preços das casas aumentaram em 2017, em média, 50 euros por metro quadrado, em Portugal. A subida deste indicador foi transversal aos apartamentos e às moradias.

Avaliação em máximos de 2011

Fonte: INE

Em 2017, as avaliações bancárias de apartamentos e de moradias aumentaram 5,0% e 4,0%, respetivamente. O preço do metro quadrado nos apartamentos situou-se no final de dezembro nos 1.200 euros, mais 57 euros face ao mesmo mês do ano anterior. Já nas moradias o valor fixou-se nos 1.067 euros por metro quadrado, 41 euros acima do valor que se registava no final de 2016.

A subida da avaliação dos imóveis por parte dos bancos acontece num contexto de maior abertura para concederem crédito para a compra de casa. Mas também ocorre num período em que os preços de venda também registaram uma forte aceleração.

De acordo com o Índice de Preços da Habitação, só no terceiro trimestre do ano passado, os preços das casas subiram, em média, 10,4% face a igual período do ano passado. Ou seja, a maior taxa de crescimento de preços do histórico do gabinete de estatísticas público, que remonta ao início de 2009.

Algarve e Centro com maiores subidas

Desagregado por regiões, o Algarve foi onde os preços mais aumentaram no ano passado. O valor do metro quadrado aumentou 9% naquela zona do país, para os 1.451 euros, com a região a manter-se com o nível de avaliação mais elevado do país. Tal resulta da forte pressão exercida pelos investidores e estrangeiros que apostam na aquisição de imóveis naquela região. Em termos absolutos o preço do metro quadrado aumentou 117 euros no Algarve, em 2017.

A região centro registou a segunda maior subida deste indicador no ano passado. A avaliação bancária aumentou 7%, para os 958 euros. Seguiram-se a Região Autónoma da Madeira e a zona norte, com subidas de 6%, para os 1.304 e 1.027 euros por metro quadrado, respetivamente.

Seguem-se as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, com acréscimos de preços de 5%. No primeiro caso, o valor dos imóveis atingiu máximos de abril de 2011 no final de 2017, ao ascenderem aos 1.392 euros. No segundo caso fixaram-se no mesmo período nos 1.113 euros por metro quadrado, em média.

(Notícia atualizada às 11h50 com mais informação.)

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Bankinter: “Portugal é um exemplo para outros países. Está na moda”

A CEO do Bankinter, Maria Dolores Dancausa, elogia todos os esforços feitos por Portugal para superar uma crise "difícil de superar", considerando o país "como um exemplo" para todos os outros.

“Portugal está na moda”, afirma Maria Dolores Dancausa durante a apresentação dos resultados do Bankinter para o total do ano de 2017. A presidente executiva do banco espanhol não poupa elogios aos esforços de Portugal para colocar a economia novamente no caminho do crescimento, considerando o país um “exemplo para muitos países europeus”.

“O ano de 2017 foi absolutamente excelente para o Bankinter Portugal”, nota Maria Dolores Dancausa. A CEO do Bankinter refere que foram feitos “progressos importantes no processo de integração” em Portugal — depois de ter finalizado a compra dos negócios do Barclays –, mas também a nível da melhoria dos resultados.

De acordo com os resultados da instituição financeira, a operação portuguesa contribuiu positivamente com um lucro antes de impostos de 31,4 milhões de euros, o que representa um aumento em comparação com 7,7 milhões nos primeiros nove meses do ano anterior.

"O ano de 2017 foi absolutamente excelente para o Bankinter Portugal.”

Maria Dolores Dancausa

CEO do Bankinter

Esta melhoria acompanha a recuperação da economia portuguesa. “A economia, em geral, comportou-se muito bem. Teve um grande ano”, salienta a presidente executiva do banco espanhol. E faz vários elogios aos esforços feitos no país. “Em Portugal, foram capazes de superar uma crise económica difícil de superar e é um exemplo para muitos países”, relembrando que o ministro das Finanças, Mário Centeno, é agora presidente do Eurogrupo.

O Bankinter registou lucros recorde em 2017. Superou as estimativas dos analistas com um resultado líquido de 495 milhões de euros, 1% superior ao do ano anterior, de 490 milhões. O saldo do ano só não foi ainda mais positivo por causa do aumento dos custos em Portugal, tendo em conta que o banco liderado por Maria Dolores Dancausa só finalizou a compra da atividade do Barclays em território nacional em abril de 2016.

A jornalista viajou para Madrid a convite do Bankinter.

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Rumo a novos máximos de 2015, Sonae soma 4% em bolsa

As ações da Sonae lideram os ganhos em Lisboa, numa sessão em que o título capitaliza os bons resultados preliminares das vendas do retalho apresentados nesta quarta-feira.

A Sonae é a rainha dos ganhos na praça bolsista lisboeta nesta sessão, depois de ter surpreendido pela positiva na divulgação dos resultados preliminares das vendas do retalho relativos ao ano passado. As vendas cresceram perto de 7% naquele período. O resultado é um avanço de 4% das ações rumo a máximos de 2015.

As ações da holding co-liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério valorizam 3,91%, para os 1,275 euros, a cotação mais elevada desde o início de agosto de 2015. Trata-se ainda da subida diária mais acentuada desde a verificada em meados de junho de 2017.

A aceleração das ações da Sonae acontece depois de, nesta quarta-feira, a empresa ter divulgado os resultados das vendas do seu negócio para a área do retalho. Apesar de ainda serem números preliminares, estes revelam a saúde da atividade do grupo.

As vendas das áreas de retalho da Sonae aumentaram 6,9% em 2017, superando os 5,5 mil milhões de euros, de acordo com informação revelada esta quarta-feira pelo grupo, à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários na quarta-feira. O alimentar continua a ter um elevado peso, mas a Worten brilhou.

A subida das vendas preliminares da Sonae, em 2017, evidenciam o sucesso da sua estratégia comercial, consideram os analistas do Caixa Banco de Investimento numa nota divulgada na manhã desta quinta-feira.

“A unidade de retalho alimentar apresentou valores positivos de vendas ‘like-for-like’, o que evidencia o sucesso da sua estratégia comercial. Salienta-se, igualmente as contribuições positivas da Worten e da Sonae S&F“, disseram ainda os analistas do Caixa BI.

A abertura de 19 novas lojas Continente Bom Dia e de um novo Continente Modelo durante 2017, é visto ainda como outro “driver da evolução positiva das vendas”, segundo os analistas.

O registo bolsista que se regista nesta sessão colocam a Sonae com o quarto melhor desempenho acumulado e 2018 do PSI-20. Desde o início do ano as ações da Sonae valorizam 9%.

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Gas Natural “oferece” presidência à EDP para tentar facilitar fusão, escreve o El Confidencial

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Isidro Fainé, presidente da Gas Natural está disposto a ceder a presidência à EDP, tendo mesmo reunido com António Costa a quem terá transmitido a informação. Objetivo facilitar a fusão entre as duas.

Isidro Fainé, atual presidente da Gas Natural Fenosa está disposto a “oferecer” a presidência à EDP com o intuito de facilitar a fusão entre as duas empresas. Esta informação, segundo avança o espanhol El Confidencial — que cita fontes próximas às conversações –, terá mesmo sido transmitida ao primeiro-ministro, António Costa, numa reunião tida recentemente.

O objetivo da reunião com Costa terá sido o de convencer o Governo das ‘boas intenções’ da fusão entre ambas as empresas, num momento em que as principais elétricas europeias estão a analisar movimentos de concentração de grande porte. Mas o Governo não se terá mostrado muito recetivo à operação, evocando a perda de identidade nacional, escreve aquela publicação.

Disto mesmo já tinha dado conta o ECO, quando em setembro escreveu que a empresa espanhola já tinha abordado António Costa, sobre fusão com a EDP. Nessa altura, o líder da empresa espanhola, que é controlada pelo grupo La Caixa (dono do BPI) viajou até Lisboa com uma proposta para responder aos previsíveis entraves políticos à operação, na prática uma absorção da EDP. Nesse encontro, Fainé propôs que a sede da EDP Renováveis, agora em Madrid, passasse para Lisboa, enquanto que a sede da nova empresa resultante da fusão ficaria em Barcelona, e com um presidente executivo português no primeiro mandato.

Agora escreve o El Confidencial, para derrubar os obstáculos à operação, o presidente de La Caixa ofereceu a Portugal e à Three Gorges Corporation (CGT), o maior acionista da EDP, a presidência da futura integração entre a Gas Natural e a elétrica nacional, demonstrando que o objetivo da espanhola não é o conquistar a empresa nacional, mas sim o de criar um gigante ibérico, capaz de fazer frente às grandes empresas alemãs, francesas e italianas.

Fainé que, escreve o El Confidencial, tem uma boa relação com Costa desde a compra do BPI, está disposto a facilitar a operação, ainda que a Gas Natural valha em bolsa, perto de 20.000 milhões, praticamente o dobro da EDP.

O interesse da Gas Natural na EDP já tinha sido noticiado no verão passado, sendo a EDP a mais forte possibilidade para o crescimento da empresa espanhola.

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Descarrilamento de comboios em Itália faz três mortos e dez feridos graves

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

Causas do descarrilamento que aconteceu esta manhã ainda não são conhecidas. Os feridos estão a ser assistidos num campo a dez metros do local do acidente . Há também três helicópteros no local.

Na manhã desta quinta-feira, o descarrilamento de um comboio regional em Milão causou três mortos e dez feridos graves, segundo um novo balanço dos serviços de emergência e autoridades locais.

O descarrilamento, cujas causas ainda não são conhecidas, ocorreu cerca das 07:00 (06:00 de Lisboa) nos arredores de Milão e provocou cerca de cem feridos ligeiros, segundo Cristina Corbetta, porta-voz dos serviços de emergência.

As equipas de socorro continuam no interior das carruagens para encontrar mais passageiros. Um dos vagões está deitado na linha.

Os feridos estão a ser assistidos num campo a dez metros do local do acidente, encontrando-se também três helicópteros para evacuar as vítimas.

De acordo com depoimentos recolhidos pelos meios de comunicação italianos, o comboio “começou a tremer fortemente, como se passasse por cima de pedras, depois houve uma travagem forte e o comboio descarrilou”.

O Ministério Público de Milão abriu um inquérito e, segundo relatos os média, os investigadores já estou a interrogar o maquinista do comboio.

O acidente ocorreu perto de Segrate, nos subúrbios a nordeste de Milão, uma das últimas paragens antes da chegada a Milão. Este comboio regional saiu de Cremona às 05:32 da manhã (04:32 em Lisboa) e a chegada estava prevista para as 07:24 (06:24 em Lisboa).

A maioria dos passageiros seguia para o trabalho, havendo também estudantes a bordo do comboio.

O comboio, composto por seis ou oito vagões, de acordo com a comunicação social, pertence à empresa regional Lombardia Trenord, de propriedade do grupo público Trenitalia e Ferrovie Nord Milano FNM, uma empresa ferroviária que opera principalmente no norte da península.

Por volta das 08:00 (07:00 em Lisboa), a Trenord informou os passageiros da interrupção do serviço devido a um “problema técnico num comboio”.

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Draghi pronto a desligar a impressora. Que impacto terá nas famílias, empresas e no Estado?

Mario Draghi deverá anunciar que se prepara para desligar as impressoras. Está à vista o fim do dinheiro barato na Zona Euro que vai significar um aperto no orçamento dos portugueses.

Não se esperam grandes decisões da primeira reunião do ano do Banco Central Europeu (BCE), mas isso não retira o protagonismo que Mario Draghi vai passar a assumir a partir desta quinta-feira em diante. Tudo indica que o italiano vai aproveitar a conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Governadores para deixar no mercado a imagem de que se prepara para desligar a impressora das notas que tem animado a economia da Zona Euro. É o fim do dinheiro barato à vista e isso vai ter implicações sérias na vida das famílias, empresas e Estado em Portugal.

Não é que o dinheiro vá ficar mais caro já a partir de hoje. Na verdade, os economistas esperam que o fim do programa de compras de dívida pública só ocorra no final do ano e uma subida da taxa de juro — atualmente em mínimos históricos nos 0% — apenas em 2019, isto quando a economia estiver suficientemente robusta para absorver o impacto de uma política monetária mais contracionista.

Porém, a partir do momento em que Draghi sinalizar o fim de uma era de estímulos sem precedentes, o aperto do cinto em Frankfurt vai chegar rapidamente ao bolso dos portugueses, com o mercado antecipar-se a um novo enquadramento monetário na região. Quando?

Em relação às famílias, o mais provável é que se venha a assistir a uma subida das taxas Euribor — que estão associadas a grande parte dos empréstimos dos bancos — já na segunda metade deste ano, antecipam Rui Serra e Filipe Garcia, economistas do Montepio e da IMF – Informação de Mercados Financeiros.

“Quando as Euribor começarem a subir, vai sentir-se o impacto nas prestações dos créditos indexados a taxas variáveis. Não esperamos nem subidas rápidas nem muito pronunciadas, mas será sempre um desafio crescente para as famílias porque irá afetar uma parte do rendimento familiar“, explica Filipe Garcia. Isto ajuda a explicar porque razão o Banco de Portugal e o próprio Presidente da República têm vindo alertar para um novo aumento do crédito às famílias: daqui para a frente as condições vão agravar-se e as prestações ao banco vão aumentar a expensas de um orçamento familiar mais reduzido. Déjà vu?

Rui Serra concorda com a análise de Filipe Garcia, mas dá o outro lado da moeda: “Se a subida das taxas é negativa para as famílias endividadas, ela também é positiva para as famílias com depósitos e outras aplicações com rendimento indexado às taxas de juro, dado passarem a ter maiores rendimentos de capitais (algo que também irá beneficiar o Estado em termos de impostos arrecadados).”

Quando as Euribor começarem a subir, vai-se sentir o impacto nas prestações dos créditos indexados. Não esperamos nem subidas rápidas nem muito pronunciadas, mas será sempre um desafio crescente para as famílias porque irá afetar uma parte do rendimento familiar.

Filipe Garcia

Economista da IMF

“Para as empresas, o fenómeno é semelhante, mas só em parte”, prossegue Filipe Garcia. “Isto porque as empresas têm muito mais oscilações de spread do que as famílias, não podendo ter beneficiado na totalidade da queda das Euribor. Por outro lado, grande parte dos financiamentos indexados tem um floor na Euribor nos 0%. Ora isso significa que as empresas não irão sentir no imediato as subidas das Euribor, mas apenas quando se tornarem positivas, o que pode nem acontecer este ano”, explica.

No caso dos bancos, as perspetivas são mais otimistas. O economista do Montepio salienta que “uma parte das fontes de financiamento dos bancos (os depósitos à ordem, que para a maioria dos clientes não é remunerado ou é remunerado a taxas muito perto de zero) não deverá acompanhar, pelo menos na mesma magnitude, as subidas das taxas de juro do mercado monetário”. Pelo que uma subida das taxas de juro acaba por constituir “uma boa notícia para a rendibilidade dos bancos, para a sua sustentabilidade e, em última análise, para a economia no seu todo” com bancos mais sólidos, conclui Rui Serra.

Para os cofres dos Estado (e dos contribuintes), se o impacto nas taxas de juro das obrigações a longo prazo será reduzido, o efeito de um aperto das condições monetárias do BCE será sentido sobretudo nas emissões de dívida de curto prazo.

“O facto de a taxa de desconto se situar hoje nos -0,4% tem permitido ao Tesouro financiar-se a taxas negativas através dos bilhetes do Tesouro”, diz Filipe Garcia, notando que não é certo que isso aconteça este ano.

Já em relação às emissões de longo prazo, há vários fatores que ajudam a absorver o impacto do BCE. Rui Serra enumera: “A subida das taxas das obrigações deverá ser inferior à que se estima para a Alemanha (onde as taxas estão excessivamente baixas), dado que o spread da dívida portuguesa poderá continuar a cair (refletindo a redução do risco da economia portuguesa, patente na melhoria do rating por parte das diversas agências de notação financeira), bem como pelo facto de o BCE ter comprado montantes de dívida portuguesa inferiores à quota prevista no programa para Portugal”.

Uma parte das fontes de financiamento dos bancos (os depósitos à ordem, que para a maioria dos clientes não é remunerado ou é remunerado a taxas muito perto de zero) não deverá acompanhar, pelo menos na mesma magnitude, as subidas das taxas de juro do mercado monetário, pelo que uma subida das taxas de juro constitui uma boa notícia para a rendibilidade dos bancos, para a sua sustentabilidade e, em última análise, para a economia no seu todo.

Rui Serra

Economista do Montepio

Portugal saiu da categoria de “lixo” para a S&P em setembro. Em dezembro, Costa recebeu mais uma boa notícia, com a Fitch a decidir fazer o mesmo, colocando Portugal no radar dos grandes fundos de investimento em dívida soberana. A diminuição do risco percecionado pelos investidores levou os juros da dívida a tocarem mínimo de 2015, com a taxa a dez anos a rondar os 1,68% — o spread igualou o de Itália. A coincidência da subida do rating com o início do fim dos estímulos poderá permitir ao país garantir financiamento a custos reduzidos daqui em diante, especialmente se se mantiver a trajetória positiva da economia que permite défices cada vez menores. Em 2018 deverá ser de 1,1%.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Trump vai a Davos, espalhar a doutrina "América Primeiro". Suíça quer ser a "nação-cripto" e 50 Cent descobriu-se milionário à custa das criptomoedas. Sky quer concorrer com a Netflix. Lula corre.

Em terra de criptomoedas, quem tem visão (isto é, é visionário) é rei (isto é, milionário). O rapper 50 Cent acaba de descobrir que o investimento que fez, em 2014, nestas moedas digitais deu frutos… e enquanto uns dizem ‘olá’ à fortuna, outros dizem ‘adeus’. O império do antigo homem mais rico da China está a ceder. No mesmo estado, estão as esperanças de Lula da Silva vir a participar na corrida à presidência brasileira, dizem os seus adversários. Já o seu partido insiste: “É Lula de qualquer jeito”.

Por falar em inevitabilidades, o domínio da Netflix pode não ser tão certo quanto isso. Ou pelo menos é essa a vontade da Sky. Recorde-se que a britânica é, em parte detida pela FOX, que, por sua vez, é em parte detida pela Disney, que por sua vez quer lançar um serviço de streaming rival. Por último, Donald Trump chega, esta quinta-feira, a Davos, levando na bagagem uma vontade: fazer com que os líderes usem o chapéu “América Primeiro”, convencidos de que o lema é bom para todos. À espera de o nova-iorquino não está, contudo, o abraço mais carinhoso mais mundo.

Folha de São Paulo

Lula foi condenado, mas mantém candidatura presidencial

Um trio de juízes desembargadores confirmou, esta quarta-feira, a condenação do antigo Presidente do Brasil, no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda assim, o Partido dos Trabalhadores insiste em escolher Lula da Silva como seu candidato, na corrida à presidência brasileira. “Não tem clima para discutir outra alternativa. A militância não aceita. É Lula de qualquer jeito”, sublinhou um representante do partido. As eleições acontecem este ano.

Leia a notícia completa na Folha de São Paulo (acesso livre / conteúdo em português).

Bloomberg e Quartz

“América Primeiro”? Beneficia todos, diz Trump, mas líderes deixam-no a falar sozinho

Esta quinta-feira, Donald Trump junta-se aos líderes mundiais reunidos em Davos, levando debaixo do braço uma meta: convencer essa audiência de que o seu plano estratégico baseado no lema “América Primeiro” pode não só coexistir, como também beneficiar a globalização. O nova-iorquino não deve, no entanto, receber uma resposta calorosa, já que alguns participantes estão mesmo a planear sair a meio do seu discurso (agendado para sexta-feira) em forma de protesto contra as críticas que o presidente norte-americano fez aos países africanos, no início do mês.

Leia as notícias completas na Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês) e na Quartz (acesso livre / conteúdo em inglês).

CNN Money

Homem mais rico da China diz ‘adeus’ ao seu império

A sorte de Wang Jianlin anda pelas ruas da amargura. O antigo homem mais rico da China está a desfazer-se do seu império. O empresário está a focar-se no investimento doméstico e a vender as suas propriedades internacionais para saldar as dívidas que acumulou durante os anos em que expandiu os seus negócios para o estrangeiro. O Governo chinês pressionou Jianlin a tomar esta decisão, uma vez que estava preocupado com o efeito desestabilizador do fluxo de saída de dinheiro, no sistema financeiro.

Leia a notícia completa na CNN Money (acesso livre / conteúdo em inglês).

The Guardian

Netflix e Amazon enfrentam novo concorrente: Sky baixa preços

Ainda que a Netflix esteja a dar passos confiantes em direção ao domínio mundial da indústria da televisão, há quem esteja disposto a enfrentar a sua posição. A Sky acaba, por isso, de lançar um comando inteligente de baixo custo que se conecta com seu serviço de streaming e disponibiliza filmes, séries televisivas e eventos desportivos a um preço reduzido. Com este serviço mais barato e flexível, a Sky (que é, em parte, detida pela FOX, que é, por sua vez, detida pela Disney — que pretende lançar, em breve, o seu próprio serviço de streaming rival da Netflix) pretende, assim, fazer frente ao crescimento franco das plataformas americanas deste tipo.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times e TechCrunch

Criptomoedas? Suíça quer ser a nação delas, 50 Cent ficou milionário com elas

Enquanto alguns países receiam a chegada das criptomoedas, a Suíça prepara-se para as acolher de braços abertos. O ministro da Economia alpino garantiu que o Governo está a estudar que regulação e legislação devem ser aplicadas para que a Suíça ser transforme na “nação-cripto”. De braços abertos a esta nova moeda, esteve já, em 2014, 50 Cent. Quase quatro anos depois, o músico acaba de descobrir que acumulou uma fortuna através desse investimento.

Leia as notícias completas no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês) e no TechCrunch (acesso livre / conteúdo em inglês).

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