Ordem dos Advogados reage a polémica da CPAS

Comunicado do Conselho Geral dos Advogados, liderado pelo bastonário, defende advogados ao dizer que "é compreensível a reacção dos colegas".

“Temos assistido com atenção e preocupação aos recentes aumentos das contribuições para Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), bem como à compreensível reação de colegas”.Assim começa o comunicado da Ordem dos Advogados (OA), liderado pelo bastonário Guilherme de Figueiredo, que até agora tinha-se mantido em silêncio nesta questão.

Em causa o aumento das contribuições à Caixa de Previdência de cerca de 35 mil beneficiários (advogados e solicitadores) que obriga a que um advogado pague, no mínimo, 243 euros por mês para garantir uma reforma no futuro. Na quarta-feira, um grupo de 600 advogados enviou uma carta a Marcelo Rebelo de Sousa, pedindo uma atuação urgente sobre esta matéria. O dossier das prováveis alterações a estas regras -em vigor desde 2015 – está ‘na gaveta’ do Ministério da Justiça e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Temos a clara perceção das dificuldades dos colegas e não somos insensíveis às consequências muito negativas que resultam do efeito conjugado do aumento do Salário Mínimo Nacional e do aumento da taxa contributiva, com repercussões significativas nos montantes das contribuições a pagamento”, diz o mesmo comunicado.

Conscientes desta realidade, o Conselho geral terá dado parecer favorável às alterações ao Regulamento da CPAS, que entrariam em vigor no início deste ano, e que, entre outros efeitos, reduziam a taxa contributiva a vigorar nos próximos anos, permitindo um alívio no aumento das contribuições que se tem verificado desde 2016.

O Conselho Geral atribui assim o atraso no processo legislativo necessário à implementação das medidas ao Governo. “O atraso, a que a Ordem dos Advogados e a CPAS são completamente alheias, das medidas entregues à senhora Ministra da Justiça já no início do passado mês de dezembro, tem impedido que essas alterações entrem em vigor, com prejuízo para todos nós, advogados”, sublinham. Mas não deixa de lançar a farpa ao dizer que “se, por um lado, tudo faremos para que se alcance o desejável compromisso entre a sustentabilidade da CPAS e a sustentabilidade dos advogados, sem a qual aquela não faz sentido, importa, por outro lado, saber o que pensam efetivamente os advogados”. Em causa as declarações do presidente da CPAS ao ECO que admite que as queixas dos advogados se baseiam em argumentos “falaciosos”, explicou António Faustino.

Mas esclarece: “qualquer alteração ao Regulamento da CPAS não compete à Ordem dos Advogados e à Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução. É sim da competência da Governo, que na posse de uma proposta para esse efeito nada fez”.

“De todo o modo, e sem prejuízo das medidas já aprovadas e remetidas ao Governo para publicação, entendemos ainda que, face à trajetória que tem conhecido o SMN nos últimos anos, com aumentos muito superiores às taxas de inflação registadas, se impõe encontrar uma solução que permita diminuir o valor obrigatório mínimo, seja através da desindexação das contribuições ao SMN – , posição que, de resto, assumimos na última reunião do CG da CPAS realizada a 27 de Novembro, pese embora tal entendimento não tenha merecido uma adesão maioritária na dita reunião – seja através da alteração da presunção de rendimento mínimo a dois salários mínimos, seja através de uma outra solução que se venha a encontrar”, adianta o Conselho Geral.

A OA entende que a CPAS é uma conquista dos advogados e solicitadores que deve ser preservada, “pelo que o caminho de insustentabilidade, e da inevitável insolvência que resultaria da manutenção do anterior regime não pode contar com o nosso apoio. Porém, também não colherá o nosso apoio um caminho que pura e simplesmente asfixie os Advogados, impedindo-lhes uma existência condigna e justa”. Uma reação à corrente de alguns advogados que defendem que as classe deveria passar a ser integrada no regime geral da Segurança Social.

“Faremos o que estiver ao nosso alcance para que se promovam as alterações necessárias a conferir um maior equilíbrio ao novo Regulamento do CPAS e, para isso, continuaremos a solicitar à Senhora Ministra da Justiça a aprovação célere das alterações propostas, para que estas entrem brevemente em vigor, em benefício de todos”, conclui o documento.

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Reforma fiscal anima Wall Street. Bolsas fecham no verde

Reforma fiscal nos Estados Unidos instalou um clima positivo nas bolsas, que voltaram esta quarta-feira aos ganhos. Dow Jones fecha pela primeira vez acima dos 26.000 pontos.

As bolsas norte-americanas fecharam em terreno positivo com o otimismo dos investidores de que as empresas vão apresentar bons resultados relativos ao exercício do ano passado. O sentimento foi transversal aos diversos setores, num dia em que o Dow Jones fechou pela primeira vez acima dos 26.000 pontos.

Neste contexto, o S&P 500 avançou 0,95% para 2.802,70 pontos. O tecnológico Nasdaq valorizou 1,03% para 7.298,28 pontos. Já o Dow Jones fechou em máximos históricos, tendo avançado 1,25% para 26.115,65 pontos, recuperando das perdas registadas na sessão anterior.

A sessão beneficiou de um sentimento económico positivo, sobretudo em relação aos resultados das empresas num contexto de corte nos impostos provocado pela reforma fiscal de Donald Trump. Medidas que já vieram incentivar empresas a acelerar a política de investimentos. Uma delas foi a Apple, que anunciou esta quarta-feira planos para empregar mais 20.000 pessoas e construir um novo campus. A notícia parece ter sido bem recebida pelo mercado, com as ações da fabricante do iPhone a valorizarem 1,6% para mais de 179 dólares.

O dia ficou ainda marcado por demonstrações financeiras no setor da banca, mas que não representaram boas notícias para os acionistas. Segundo a Reuters, o Goldman Sachs mostrou uma quebra nas receitas provenientes da atividade corretora, informação que resultou numa queda de 2,12% nas ações da companhia, que valem agora 252,98 dólares. Já o Bank of America viu os lucros no último trimestre do ano passado quase caírem para metade, o que resultou numa queda de 0,35% nos títulos da instituição financeira, para 31,12 dólares por ação.

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Manuel Caldeira Cabral vai estar em Davos com… will.i.am

O ministro da Economia português vai estar num painel com o cantor e empreendedor norte-americano, will.i.am. Já o primeiro-ministro vai partilhar o palco com líderes europeus sobre o futuro da UE.

William James Adams Junior — ou will.i.am — é um rapper norte-americano mais conhecido por ter integrado a banda Black Eyed Peas. Mais recentemente, o artista tem sido notícia no mundo do empreendedorismo por fundar uma startup tecnológica. Na próxima terça-feira, will.i.am vai partilhar o palco com Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia português, numa sessão sobre educação em Davos, um encontro promovido pelo Fórum Económico Mundial.

As tendências do mercado apontam para um previsão: no futuro, o talento relacionado com ciência, tecnologia, engenharia e matemática irá ditar a criação de emprego no futuro. Segundo a descrição da sessão, até 2020 deverão ser criados dois milhões de postos de trabalho nessas áreas. O que pode ser feito para que a procura por pessoas qualificadas nestes ramos tenha a oferta correspondente?

É a esta resposta que Manuel Caldeira Cabral, will.i.am, Suzanne Fortier (diretora da Universidade de McGill, Canadá), Steve Rusckowski (CEO da Quest Diagnostics) e Robert Zimmer (presidente da Universidade de Chicago) vão responder no dia 23 de janeiro na Suiça no encontro de Davos. A sessão, que é promovida pelo CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), conta com a diretor geral da estrutura, Fabiola Gianoti. A moderação caberá a Lynda Gratton, professor de gestão na London Bussiness School.

Primeiro-ministro debate a Europa com outros líderes europeus

O destaque em português não vai só para Manuel Caldeira Cabral. António Costa estará ao lado de Cecilia Malmström, comissária europeia do comércio, e Leo Varadkar, primeiro-ministro irlandês, para discutir o futuro do projeto europeu. A sessão será moderada por Peter Limbourg, o diretor-geral da Deutsche Welle, e acontece a 25 de janeiro.

Além do primeiro-ministro, vão estar em Davos vários nomes nacionais como é o exemplo de Carlos Moedas, o comissário europeu para a inovação, que vai intervir em três painéis na Suíça ao longo dos três dias deste encontro mundial. O português vai falar sobre a internet of things, o investimento europeu na inovação e no empreendedorismo tecnológico e sobre a investigação científica.

Além de Moedas, também António Guterres, atual secretário-geral das Nações Unidas, vai fazer um discurso em Davos. Segundo a lista de convidados, Mário Centeno também estará presente já enquanto presidente do Eurogrupo.

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Comissões que avaliam pedidos de precários “sem capacidade de reposta”, alerta a Frente Comum

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

O processo, tal como está, “cria dificuldades enormes”, mantendo os trabalhadores numa “incerteza sobre se têm ou não o seu futuro assegurado”, disse Ana Avoila.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública voltou a criticar esta quarta-feira a complexidade do processo de regularização de precários no Estado, afirmando que as comissões que avaliam os requerimentos dos trabalhadores “não têm capacidade de resposta”.

Em conferência de imprensa, a dirigente da Frente Comum, Ana Avoila, considerou que o programa de regularização extraordinária dos vínculos precários (PREVPAP) é “mais complexo que um processo de atribuição de subsídio de desemprego”. Segundo a dirigente sindical, as Comissões de Avaliação Bipartida (CAB) que apreciam os pedidos dos trabalhadores com vista à regularização “não têm capacidade de resposta”, sobretudo as maiores, como é o caso da CAB da Saúde ou da Ciência e Ensino Superior.

É um trabalho que nunca mais acaba.

Ana Avoila

Dirigente da Frente Comum

“Há CABs que se reúnem todos os dias e outras, como a da Saúde que se reúne desde as nove horas da manhã às nove horas da noite”, contou Ana Avoila, acrescentado que “é um trabalho que nunca mais acaba”. A dirigente da Frente Comum voltou a defender que os vários ministérios deveriam publicar as listas de todos os trabalhadores que concorreram ao PREVPAP para que todos pudessem ir a concurso e serem avaliados por um júri “que tem condições para ver quem pode ou não entrar”.

Segundo a lei do PREVPAP, assim que recebe o requerimento do trabalhador, o presidente de cada CAB pede ao dirigente máximo do serviço que informe se o trabalhador em causa assegura uma necessidade permanente. O dirigente deve responder nos 10 dias úteis seguintes. Em seguida, a CAB emite um parecer que, por sua vez, carece de homologação pelo Governo a que os trabalhadores podem opor-se.

O número de requerimentos apresentados para regularização de precários na administração pública ascendeu a 31.583. A CAB da Saúde é a que regista maior número de requerimentos (8.516), seguida pela da Educação (6.895), da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (5.981), do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (3.177) e da Administração Interna (1.624).

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Alberto Castro reconhece que Banco de Fomento foi demasiado ambicioso

O chairman do Banco de Fomento, no fim de três anos de mandato, elencou os problemas com que a instituição se depara. E adiantou: "Com o que já foi listado era difícil que funcionasse à primeira".

Alberto Castro, chairman da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), vulgo Banco de Fomento reconhece que a instituição ficou aquém dos objetivos traçados. “Ficámos aquém do que queríamos. Queríamos certamente mais. Fomos demasiados ambiciosos”, referiu o gestor.

O presidente do IFD que falava no Palácio do Freixo, na conferência sobre capitalização de empresas organizado pela instituição adiantou que não estava ali para fazer um balanço da instituição, acabado que está o mandato, mas em jeito de reflexão pessoal sempre foi dizendo o que no seu entendimento não funcionou e o que terá causado problemas ao arranque da instituição, que tem sede no Porto. Entre as dificuldades, Alberto Castro aponta o dedo “às múltiplas entidades que a IFD tem de reportar ou de atender, desde o incontornável Banco de Portugal até ao Tribunal de Cotas, cujas boas intenções têm implicações práticas difíceis de explicar ao mercado obrigando a tutela a diligências e esforços, com custos de oportunidade não negligenciáveis”.

Alberto Castro referiu mesmo que “com o que já foi listado era difícil que funcionasse à primeira“. Para o chairman do Banco de Fomento o que se tem assistido é uma prova de vida da própria instituição. “Perante este conjunto de circunstâncias, fomos demasiado ambiciosos. Mais a mais porque éramos – e ainda somos poucos”. E para provar o que dizia acabou mesmo por enumerar todos os elementos da equipa, um a um.

Neste seu “balanço pessoal”, Alberto Castro não esqueceu a tutela. “São conhecidas as dificuldades que a gestão das empresas públicas não raras vezes encontra. O caminho percorrido, as dificuldades experimentadas, os erros cometidos, a aprendizagem que foi sendo feita — inclusive pela própria tutela — merecem uma análise cuidada para que se retirem as lições adequadas”.

Alberto Castro frisou ainda que: “Não será por acaso que os únicos sobreviventes da Administração Central são quatro não executivos“. Apesar de dizer que talvez não seja matéria para fazer um caso de estudo, a verdade é que “há muito a contar aos vindouros e não só”.

O Banco de Fomento foi criado pelo Executivo de Pedro Passos Coelho com o objetivo de colmatar as insuficiências de mercado em especial no financiamento da pequenas e médias empresas e mid caps (empresas de média capitalização).

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Fundos ajudam a dar nova vida ao lixo com 205 milhões de euros

Até agora já foram aprovados 64 projetos tratamento de resíduos sólidos, que se vão traduzir-se, até 2020, num investimento total de 257 milhões de euros.

Criar uma unidade de Tratamento Mecânico e Biológico de resíduos urbanos em Paradela, no concelho de Barcelos, é um dos objetivos estratégicos da Resulima, a empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos do Vale do Lima e Baixo Cávado, desde 2015. O projeto estava previsto para 2017, mas é agora, em 2018, que se está a candidatar a 19,55 milhões de euros de fundos europeus.

O investimento de 24,33 milhões de euros é um dos mais avultados que já foi aprovado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) no âmbito da valorização de resíduos urbanos. O concurso para projetos que visem a promoção de sistemas inovadores que aumentem a recolha seletiva de resíduos urbanos valorizáveis está aberto até 29 de janeiro de 2018, mas até agora já foram aprovados 64 projetos — 58 em Portugal Continental e seis nas regiões autónomas –, “que se traduzem, até 2020, num investimento total de 257 milhões de euros”, que conta com um apoio de 205 milhões de euros dos fundos comunitários.

O balanço foi feito pelo ministro do Ambiente na passada sexta-feira, em Tondela, na cerimónia de apresentação destes investimentos que visam reduzir a produção e deposição em aterro de resíduos urbanos e aumentar a recolha seletiva e a reciclagem. “São 257 milhões de euros que irão ser aplicados apenas nos resíduos sólidos urbanos financiados através do POSEUR, dos quais aproximadamente 160 milhões de euros são no continente”, disse João Matos Fernandes citado pela Lusa. Em causa estão também campanhas de sensibilização, mais exatamente cinco, no valor de 6,2 milhões de euros e que contam com um apoio de 2,8 milhões do POSEUR.

São 257 milhões de euros que irão ser aplicados apenas nos resíduos sólidos urbanos financiados através do POSEUR, dos quais aproximadamente 160 milhões de euros são no continente.

João Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

Estes 257 milhões de euros representam um aumento de 63% (100 milhões de euros) face ao primeiro balanço feito pelo POSEUR em meados de novembro.

Matos Fernandes admite que Portugal vai violar meta de Bruxelas

Matos Fernandes está preocupado com a possibilidade de Portugal não conseguir cumprir as exigências impostas pela União Europeia relativamente à recolha seletiva obrigatória de biorresíduos. “O pior que podemos ter é uma exigência que sabemos à partida que não vamos conseguir atingir. É mesmo muito desmotivador quando assim se começa”, afirmou, citado pela Lusa.

A intenção da União Europeia é ter “a recolha seletiva à porta de todas as casas até ao ano de 2023”, o que “Portugal vai ter muita dificuldade em poder cumprir”, admitiu o ministro. “Pensando nos investimentos que foram feitos recentemente, muito boa parte deles até financiados por fundos comunitários, sentimos que a data que Portugal está mesmo em condições de cumprir, e mesmo assim fazendo um esforço de grande ambição, é 2025”, afirmou. No entanto, garantiu que Portugal assumirá “a responsabilidade daquilo que vier a ser a decisão da União Europeia”.

João Matos Fernandes admitiu que, “nas áreas metropolitanas, a data de 2023 até pode ser antecipada”, mas, para os municípios do interior do país, essa data “é uma violência”. “Temos alguns concelhos no país que têm um/dois camiões do lixo. É impensável, sem um investimento brutal, conseguirmos cumprir 2023”, frisou. Por isso, Portugal está a tentar, junto de Bruxelas, defender a data de 2025. “Com a consciência clara de que, se não for 2025 e for 2023, tem de haver um investimento maior do que aquele que estimamos e para o qual Bruxelas tem que nos ajudar com os fundos respetivos”, concluiu.

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Serviço de carros elétricos vai representar Portugal na “Eurovisão das Startups”

  • ECO
  • 17 Janeiro 2018

Live Eletric Tours permite aos turistas conhecer Lisboa em viaturas elétricas equipadas com câmaras que transmitem o passeio em direto para as redes sociais. Startup tem acumulado prémios.

Empresa é recente, mas já tem arrecadado alguns prémios.Live Eletric Tours

Chama-se Live Eletric Tours, oferece um serviço único de carros elétricos equipados com câmaras que transmitem em direto para as redes sociais e vai representar Portugal no Startup Europe Awards.

Mais de uma dezena de pequenas empresas competiram entre si para levar o nome nacional a Bruxelas, onde decorrerá o concurso considerado a “Eurovisão das Startups”, mas no final foi a Live Eletric Tours a conseguir a oportunidade. A empresa portuguesa está agora na corrida ao título de melhor startup europeia e, se o conquistar, terá acesso a uma série de apoios empresariais, nomeadamente no que diz respeito à sua internacionalização.

O projeto apoiado pelo programa de aceleração do Vodafone PowerLab é recente, mas já são alguns os prémios que traz na bagagem. A startup ficou com o 1º Prémio em Lisboa do programa Tourism Explores e com a 3ª posição do FABTUR. Além disso, foi também escolhida pelo Turismo de Portugal para estar no World Travel Market em Londres, no ano passado.

O crescimento da Live Eletric Tours tem sido tão significativo que, nos seus poucos meses de existência, já foi sentida a necessidade de adquirir mais viaturas para responder à grande procura turística. Trazer uma solução “sustentável e inovadora para o mercado do turismo” é o objetivo desta pequena companhia.

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CTT avançam com 14 postos de acesso onde fecham balcões

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

Os Correios vão avançar com a criação de 14 postos de acesso em localidades onde querem fechar as estações do correio. Postos estão a ser negociados com autarcas.

Os CTT CTT 0,00% pretendem avançar com 14 novos pontos de acesso em localidades onde irão encerrar instalações, cuja abertura ainda está a ser negociada com autarquias e entidades comerciais, informou a empresa esta quarta-feira.

O anúncio surge numa altura em que os CTT anunciaram o encerramento de 22 lojas, com impacto em 53 postos de trabalho, no âmbito do plano de reestruturação, o que tem motivado os protestos das comunidades e dos trabalhadores, que entregaram no Parlamento uma petição contra o fecho dessas instalações. Com a abertura de novos 14 postos de acesso, os CTT “garantem que em todas as localizações” das 22 lojas que serão encerradas “a população mantém acesso ao atendimento dos CTT a um quilómetro ou menos da anterior localização”.

Depois da conclusão desta operação, os CTT afirmam que haverá “uma redução máxima de oito pontos de acesso, resultado do encerramento/transformação de 22 lojas próprias e da abertura de 14 novos postos de correio”. Nos 14 novos pontos de acesso — que estão já acordados ou em negociação final com autarquias e entidades comerciais locais — vão manter-se “disponíveis ao público a totalidade dos serviços postais, incluindo o pagamento de vales de prestações sociais e o envio e levantamento de encomendas”.

A localização destes 14 novos pontos de acesso — dos quais já se conhece, por exemplo, os de Termas de São Vicente (Penafiel), Arco da Calheta (Madeira) e Lavradio (Barreiro) — serão dados a conhecer à medida que os passos necessários para a sua abertura estejam concluídos. “Este ajustamento da rede de Pontos de Acesso dos CTT em nada afeta a distribuição postal, realizada pelos carteiros dos CTT, que são uma rede totalmente autónoma da rede de atendimento”, sublinha a empresa.

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Santander não tem base legal para travar compra de criptomoedas, diz Deco

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) considera que não há uma justificação legal que permita ao Santander travar a compra de criptomoedas.

Desde o final do ano passado que o Santander Totta tem vindo a impedir a compra e venda da moeda digital na Coinbase por se tratar de uma entidade que transaciona produtos não regulados. A Deco diz que este travão do banco espanhol não tem fundamento legal. Num artigo publicado no seu site, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor considera que “a postura da instituição não se encontra sustentada em nenhuma base legal conhecida”.

“Os entraves do Santander às transferências interbancárias internacionais para contas bancárias associadas a sites de criptomoedas não se encontram sustentados em nenhuma base legal conhecida”, lê-se na publicação feita no site da Deco, onde a associação expõe a atuação do banco, tal como o ECO tinha avançado na semana passada. Existe mesmo uma diretiva interna para bloquear transferências com o IBAN da Coinbase, ao que foi possível apurar.

Esta quarta-feira o Santander enviou uma resposta às redações sobre esta situação: “O Banco Santander Totta não adotou quaisquer medidas contrárias às criptomoedas ou a quem com elas opera”. O banco assinala que, “não podendo naturalmente comentar a atividade dos seus clientes, o Banco Santander Totta reafirma que acompanha todas as operações feitas no seu âmbito, cumprindo sempre os normativos de supervisão e legais aplicáveis a cada caso”.

A questão do fundamental legal ganha outra dimensão quando se verifica, através do site do Banco de Portugal, que a Coinbase é uma das instituições de moeda eletrónica com sede na União Europeia que o regulador autoriza. A Coinbase está sediada em Londres e tem 15 de maio de 2017 como a data de início de atividade e está ativa. Na mesma página do site do BdP é possível verificar que, até ao momento, não existe nenhuma decisão pública relacionada com esta plataforma.

A Deco Proteste cita um esclarecimento do Banco de Portugal onde o regulador explica que “enquanto não existir enquadramento regulatório estabelecido em Portugal” que incida sobre as criptomoedas o BdP não as incluirá na sua atividade supervisora. A instituição liderada por Carlos Costa diz ainda “que não houve qualquer alerta específico em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo”.

"Tendo em conta o que sabemos até ao momento – o banco colocou entraves às transferências interbancárias internacionais para contas bancárias associadas a sites de criptomoedas – consideramos que a postura da instituição não se encontra sustentada em nenhuma base legal conhecida.”

Deco Proteste

Isto quer dizer que não existem orientações explícitas para os bancos nacionais sobre esta matéria. Mas o Banco de Portugal já tinha feito vários alertas sobre os perigos relacionados com as criptomoedas, como é o caso da famosa bictcoin. Mais recentemente, a CMVM também deixou alertas. A própria Deco deixa o mesmo alerta: “O risco é muito elevado e nós também não recomendamos o investimento em bitcoins ou outras criptomoedas“, lê-se na mesmo texto publicado esta quarta-feira no seu site.

Contudo, é preciso ressalvar que este travão do Santander não parece ser total. Vários clientes disseram ao ECO que conseguem fazer transações para outras plataformas, como é exemplo a Kraken — uma plataforma que transaciona moedas digitais como a bitcoin e etherum. E há ainda relatos de clientes que conseguem enviar dinheiro para a Coinbase se omitirem o nome do destinatário nos dados da transferências. Além disso, o Santander permite transações de Ripple, uma moeda digital usada por vários bancos a nível internacional, incluindo o banco espanhol.

(Notícia atualizada às 20h02 com a resposta do Santander)

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Plano fiscal de Trump agradou à Apple. Quer empregar mais 20 mil pessoas até 2023

  • Juliana Nogueira Santos
  • 17 Janeiro 2018

O plano de investimento foi anunciado esta quarta-feira pela empresa, que espera contribuir com 350 mil milhões de dólares para a economia norte-americana. Ações da empresa renovam máximos históricos.

O plano fiscal de Trump agradou a Tim Cook, que vai abrir os cordões à bolsa nos próximos cinco anos. A Apple AAPL 0,00% anunciou um pacote de investimentos em território norte-americano que passam pela construção de um novo campus, pela repatriação de lucros e pagamento dos respetivos impostos e pela contratação de 20 mil trabalhadores.

Em comunicado, a empresa garante que este pacote de medidas se deve, em parte, ao alívio fiscal provocado pelo novo plano da administração norte-americana e que se vai traduzir num impacto para a economia de 350 mil milhões de dólares, nos próximos cinco anos.

“A Apple é uma história de sucesso que só poderia ter acontecido na América e estamos tão orgulhosos por construir a nossa longa história de apoio à economia norte-americana”, apontou Tim Cook em comunicado. “Acreditamos profundamente no poder da ingenuidade americana e estamos a focar os nossos investimentos em áreas onde possamos ter um impacto direto na criação de emprego. Temos um sentido de responsabilidade profundo de devolver ao nosso país e às pessoas que ajudaram a tornar o nosso sucesso possível.”

Assim, os novos empregos irão ser criados não só nos campus já existentes, como neste novo, cuja localização vai ser anunciada durante este ano. Inicialmente, esta nova casa da marca da maçã vai albergar o serviços de suporte técnico.

Tim Cook prevê ainda o investimento de 10 mil milhões de dólares nos data centres já existentes e a repatriação de lucros que resultará no pagamento de impostos, one-off, de 38 mil milhões de dólares.

“A Apple, que é já o maior contribuinte dos Estados Unidos, antecipa o pagamento de impostos sobre a repatriação de aproximadamente 38 mil milhões de dólares em lucros, tal como requerido pelas recentes mudanças nas leis fiscais”, diz a empresa. “Um pagamento desta dimensão será, provavelmente, o maior deste tipo alguma vez feito.”

A Apple tem sido alvo de críticas, tanto nos EUA como na Europa, por não ter pago dos impostos relativos aos lucros que mantém em vários países. A comissária europeia responsável pela concorrência, Margrethe Vestager, já tem deixado claro que “A Apple deve pagar os seus impostos”.

No índice tecnológico Nasdaq, as ações da empresa liderada seguem a renovar máximos, avançando cerca de 1% para os 177,46 dólares.

Ações da Apple renovam máximos

(Notícia atualizada às 19h04 com mais informação)

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Círculo dos Advogados Portugueses organiza conferência de Concorrência

Auditório Morais Leitão, na MLGTS recebe, no dia 25 e 26, conferência organizada pela DLA Piper ABBC, Linklaters e MLGTS. MInistra da Justiça vai estar presente.

O Círculo dos Advogados Portugueses do Direito da Concorrência (CAPDC) promove e é anfitrião da IV Conferência Luso-Espanhola de Direito da Concorrência que se realiza nos dias 25 e 26 de janeiro, no Auditório João Morais Leitão, em Lisboa.

Ao longo de dois dias vão ser debatidos os principais temas relacionados com o Direito da Concorrência e discutido o impacto das principais decisões jurisprudenciais e de autoridades da concorrência de Portugal, Espanha, França e Itália.

As quatro jurisdições estão representadas no painel de oradores, que conta também com a presença da ministra da Justiça Francisca Van Dunem, (que fará a abertura do segundo dia do encontro), da presidente da Autoridade da Concorrência Margarida Matos Rosa, do presidente da Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia, José Maria Marin Quemada, bem como com os representantes das congéneres do CAPDC em Espanha, Rafael Allendesalazar, em França, Pierre Zelenko e em Itália, Alberto Pera.

Destaca-se ainda a participação dos juízes portugueses do Tribunal de Justiça e do Tribunal Geral da União Europeia, José Luís da Cruz Vilaça e Maria José Costeira, e dos juízes do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão. A Comissão Europeia estará representada pelo Diretor-Adjunto das Concentrações da Direção-geral de Concorrência, Carles Esteva Mosso.

A atual direção da CAPDC, eleita em abril de 2017, é composta por advogados que também integram o painel de oradores – Carlos Pinto Correia (presidente), da Linklaters, Margarida Rosado da Fonseca, da DLA Piper ABBC e Gonçalo Machado Borges, da MLGTS.

Estarão em debate não apenas questões que se suscitam no dia-a-dia das empresas, de que é exemplo o e-commerce e as restrições verticais (na cadeia de valor), como temas mais transversais, como por exemplo o controlo das operações de concentração, o impacto da diretiva sobre danos por infrações de concorrência, os direitos de defesa e do acesso à prova em sede de investigação, entre outros.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 17 Janeiro 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O ministro alemão das Finanças, Peter Altmaier, disse esta quarta-feira, em Berlim, confiar na presidência portuguesa do Eurogrupo, garantindo o apoio da Alemanha a Mário Centeno. Por cá, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, garantiu que não há pressão para a Santa Casa entrar no capital do Montepio.

Na sua primeira visita oficial enquanto presidente do Eurogrupo, Mário Centeno deslocou-se a Berlim para discutir o futuro da Zona Euro com o ministro alemão das Finanças, Peter Altmaier, que deixou palavras de apoio ao ministro português: “A presidência de Centeno no Eurogrupo produzirá efeitos positivos”.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, garantiu esta quarta-feira que o Governo não fez qualquer pressão sobre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para esta investir no capital do banco Montepio: “O objetivo não é fazer um casamento forçado entre a Misericórdia e o Montepio”.

O PCP teme que o novo regime contributivo dos trabalhadores independentes acabe por causar prejuízo a alguns recibos verdes, mas o Governo garante que vai estar atento às “alternativas” que possam vir a ser encontradas pelos empregadores.

O presidente da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, António Faustino, explica-se ao ECO, depois das críticas de que foi alvo por mais de 600 advogados na carta aberta enviada a Marcelo Rebelo de Sousa. Anuncia, ainda, que advogados e solicitadores terão um seguro de saúde a partir do segundo trimestre deste ano.

A SIBS está a desenvolver uma plataforma que irá permitir aos bancos nacionais disponibilizar ao seus clientes a possibilidade de estes realizarem pagamentos e transferências instantâneas.

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