Trump critica Fed. Wall Street acentua perdas

  • Juliana Nogueira Santos
  • 19 Julho 2018

O presidente dos Estados Unidos veio a público dizer que não estava de acordo com a abordagem seguida por Powell. Os índices bolsistas cairam, castigados pelo setor financeiro.

Jerome Powell disse que, com a economia a mostrar sinais de estabilidade, está na hora de subir a taxa diretora. Mas o presidente dos Estados Unidos não está totalmente de acordo, pelo menos em relação à abordagem da Reserva Federal. A juntar a este desentendimento, o setor financeiro está a apresentar resultados aquém do esperado, pressionando os índices norte-americanos.

Depois do presidente da Reserva Federal ter afirmado que os indicadores económicos atingiram um patamar em que não há mais nada a fazer do que subir a taxa de juro diretora, Donald Trump veio a público dizer que não está satisfeito. O acérrimo crítico das políticas monetárias seguidas durante a crise financeira disse em entrevista que a taxa “vai subir e sempre que sobe querem que suba outra vez. Não estou contente com isso. Mas ao mesmo tempo deixo-os fazer aquilo que eles acham melhor.”

À luz deste desencontro, os índices bolsistas agravaram as perdas do início da sessão. O industrial Dow Jones caiu 0,55% para 25.059,54 pontos, enquanto o S&P 500 deslizou 0,41% para 2.804,14 pontos. O tecnológico Nasdaq perdeu 0,36% para 7.826,18 pontos.

O setor financeiro foi o mais castigado nesta sessão, em que a empresa de cartões de crédito American Express caiu perto de 3% devido ao aumento da despesa. Já as empresas financeira cotadas no S&P 500 caíram, em conjunto, mais de 1% — JP Morgan, Citigroup, Bank of America, Morgan Stanley incluídas.

Nota ainda para o eBay, que registou receitas abaixo do previsto no segundo trimestre do ano, tendo ficado nos 2,6 mil milhões de dólares. As ações perderam mais de 10% nesta sessão, perdendo 1,7 mil milhões de dólares em valor de mercado.

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Trabalhadores da Autoeuropa aprovam caderno reivindicativo

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

O caderno reivindicativo aprovado pela esmagadora maioria dos funcionários da Autoeuropa deverá ser entregue à administração da empresa na próxima ronda negocial.

Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram esta quinta-feira um caderno reivindicativo em que reclamam um aumento salarial de 4% e o pagamento do trabalho ao domingo a 100%, disse à agência Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores.

“Nos três plenários realizados esta quinta-feira houve apenas cinco votos contra e pouco mais de uma dezena de abstenções“, sublinhou Fausto Dionísio, acrescentando que os trabalhadores reclamam também a atribuição de um prémio de 1.000 euros no início de 2019. “Este prémio será uma compensação pelo pagamento do trabalho ao domingo como um dia normal até final deste ano”, justificou o coordenador da Comissão de Trabalhadores.

Fausto Dionísio lembrou que os trabalhadores da Autoeuropa vão ter de trabalhar ao domingo com a implementação dos novos horários de laboração contínua a partir do final de agosto e que a administração da empresa reconheceu não ter possibilidade de proceder a qualquer aumento das remunerações até final do ano em curso.

Os trabalhadores esperam, no entanto, que a administração da fábrica os compense por este período, até final do ano, em que os domingos vão ser remunerados como um dia normal de trabalho, com um prémio de 1.000 euros no início de 2019.

Os trabalhadores da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela consideram que o trabalho aos sábados e aos domingos deve ser remunerado de forma igual, ou seja, defendem que o trabalho ao sábado e ao domingo deve ser pago a dobrar, valor que deverá ser acrescido de mais 25% do prémio trimestral de produtividade, caso sejam cumpridos os objetivos da fábrica.

Além destas reivindicações, os trabalhadores da Autoeuropa defendem ainda a integração no quadro de pessoal, até setembro de 2019, de mais 400 trabalhadores com contrato a termo, a garantia da empresa de que não fará nenhum despedimento coletivo durante a vigência do acordo, bem como a entrega extraordinária da quantia de 100 mil euros para o Fundo de Pensões, a dividir de forma igual por todos os trabalhadores aderentes.

O caderno reivindicativo aprovado pela esmagadora maioria dos funcionários da Autoeuropa deverá ser entregue à administração da empresa na próxima ronda negocial, que, segundo a Comissão de Trabalhadores, poderá ter lugar já na próxima terça-feira

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Descentralização segue para Marcelo com sombra de inconstitucionalidade

Deputado do PS Paulo Trigo Pereira levanta dúvidas sobre a constitucionalidade da lei que concretiza a transferência de competências do Estado para as autarquias.

O Parlamento aprovou na quarta-feira a lei que regula a transferência de competências para as autarquias, uma peça essencial no processo de descentralização. O decreto seguirá nos próximos dias para a mesa de Marcelo Rebelo de Sousa, mas vai ensombrado por dúvidas sobre a sua constitucionalidade.

A questão foi levantada pelo deputado do PS Paulo Trigo Pereira que na sua página de Facebook alertou para o facto. “A pressa com que todo este processo foi feito na Assembleia da República levou mesmo a na lei-quadro da descentralização ter sido colocado à última hora um artigo, manifestamente inconstitucional (44.º).”

Em causa está o último artigo da lei quadro da descentralização sobre a produção de efeitos do mesmo. “A presente lei produz efeitos após a aprovação dos respetivos diplomas de âmbito setorial, consensualizados com a Associação Nacional de Municípios Portugueses.”

Ao ECO, Paulo Trigo Pereira explica que se a ANMP não consensualizar os diplomas setoriais — que servem para concretizar caso a caso a transferência de cada uma das competências –, a lei não produz efeitos.

Para o deputado da bancada socialista esta norma choca com outra da Constituição da República Portuguesa que, no n.º 5 do artigo 112.º, determina que “nenhuma lei pode criar outras categorias de atos legislativos ou conferir a atos de outra natureza o poder de, com eficácia externa, interpretar, integrar, modificar, suspender ou revogar qualquer dos seus preceitos”.

Na leitura feita pelo deputado eleito pelo PS, a lei aprovada “transfere a sua eficácia para fora do Parlamento”, ou seja, está “condicionada” por uma decisão exterior à Assembleia.

No post publicado no seu Facebook o deputado passa agora a bola para Marcelo Rebelo de Sousa. “Felizmente, ainda temos o Presidente da República, que pode intervir neste processo.” O diploma em causa foi aprovado pelo PS e pelo PSD, que em abril fecharam um acordo nesta matéria. Este entendimento teve o aval do chefe de Estado, que se tem mostrado um defensor da descentralização.

Às dúvidas de Trigo Pereira juntam-se as da Frente Comum que defendeu, esta quinta-feira, que a descentralização aprovada no Parlamento não é a que a Constituição prevê.

Paulo Trigo Pereira tem criticado a alteração da lei das finanças locais — tanto pela forma como o processo tem sido conduzido como no que toca a algumas mudanças estruturantes que foram aprovadas.

Desta vez, as críticas dirigiram-se para a lei-quadro da descentralização. Esta quarta-feira durante a última votação desta lei no plenário, o deputado quis mostrar a sua oposição a esta norma em concreto. E pediu para que este artigo fosse votado à parte para que pudesse votar contra, contou ao ECO.

Este artigo foi introduzido na lei durante o debate na especialidade e serviu para permitir que o processo de descentralização não ficasse parado à espera de um entendimento entre o Governo e os autarcas sobre os diplomas setoriais.

O mesmo foi defendido a 7 de julho, quando o ministro da Administração Interna — que tem a tutela das autarquias –, Eduardo Cabrita, esteve na comissão parlamentar de poder local a falar aos deputados sobre esta lei.

Apesar do acordo entre o Governo e ANMP a fase final do processo legislativo foi acompanhada de dúvidas de alguns autarcas sobre a descentralização.

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Portuguesa Kingpin Books finalista dos prémios Eisner de melhor livraria mundial de BD

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

Pelo segundo ano consecutivo, a livraria e editora portuguesa Kingpin Books é finalista do prémio norte-americano Eisner de melhor livraria do mundo especializada em banda desenhada.

Pelo segundo ano consecutivo, a livraria e editora portuguesa Kingpin Books é finalista do prémio norte-americano Eisner de melhor livraria do mundo especializada em banda desenhada, anunciou a organização.

De acordo com a convenção norte-americana Comic Con, que decorre em San Diego, entre as cinco livrarias finalistas ao prémio Will Eisner Spirit of Comics Retailer 2018 está a Kingpin Books, em Lisboa.

Fundada há 19 anos pelo editor Mário Freitas, a Kingpin Books começou por ser uma livraria ‘online’ focada sobretudo na BD dos Estados Unidos. Em 2002 abriu uma loja física e, em 2008, iniciou atividade como editora de banda desenhada portuguesa e mais tarde estrangeira. Atualmente é uma das maiores lojas portuguesas dedicadas à BD e à cultura pop.

Da lista de cinco finalistas faz ainda parte a livraria irlandesa Big Bang Comics, fundada em 2011 em Dublin, e na qual trabalha o português Bruno Batista.

Lisboeta, Bruno Batista contou à agência Lusa que vive na República da Irlanda desde 2006 e que atualmente é coproprietário da livraria, que já esteve anteriormente nomeada para aquele prémio. Antes de emigrar para aquele país, Bruno Batista contou que chegou a trabalhar na Kingpin Books, em Lisboa.

As livrarias Cape and Cowl Comics (Estados Unidos), a Norma Comics (Espanha) e a Traveling Man (Reino Unido) são as restantes finalistas.

A livraria vencedora será conhecida na sexta-feira à noite, no âmbito dos prémios anuais Eisner, da indústria da banda desenhada, durante a Comic Con, a convenção norte-americana dedicada à cultura e entretenimento pop.

Os prémios foram batizados com o nome do autor e editor norte-americano de BD Will Eisner, que morreu em 2005.

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CIP pede a Governo para investir na ferrovia de mercadorias. Espanha já leva “30 anos de avanço”

  • ECO
  • 19 Julho 2018

Para a Confederação Empresarial de Portugal", os planos anunciados para as linhas ferroviárias são "sinal alarmante do autismo do Governo em relação às necessidades futuras do país".

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apela ao Governo para que faça mudanças nas condições das infraestruturas ferroviárias portuguesas, de modo a que possam proporcionar o transporte terrestre competitivo de exportações. Entre críticas às medidas que têm sido anunciadas, os empresários dizem que Portugal está três décadas atrasado em relação a Espanha.

Para os patrões “em relação a Portugal, Espanha tem 30 anos de avanço na construção de rede ferroviária de bitola europeia, com o primeiro troço a ser construído em 1988″. Na vista da Confederação, o Programa Nacional de Investimentos 2030 é a “última oportunidade do país para suprir as enormes fragilidades competitivas da ferrovia nacional”, e urgem que os decisores políticos tenham “seriedade no tratamento de uma questão estrutural para o país”, em comunicado enviado às redações.

“A decisão que for tomada no âmbito do Programa Nacional de Investimentos 2030 irá condicionar a competitividade da economia portuguesa, o emprego e a criação de riqueza, possivelmente em três décadas, ou mais. Trata-se de um investimento estruturante para o país e para as gerações futuras”, alerta Luís Mira Amaral, Presidente do Conselho da Indústria da CIP, citado em comunicado.

No lançamento do concurso da empreitada para requalificação do IP3, António Costa relembrou que os empresários e todos aqueles interessados no desenvolvimento do território são convidados “a terem uma participação ativa no desenho do que devem ser as prioridades para a próxima década“.

Aceitando o convite, a Confederação criticou fortemente os planos do Ferrovia 2020, e o recente anúncio do lançamento de concurso para a modernização da Linha da Beira Alta, entre Cerdeira e a Guarda, com um valor de 11 milhões de euros, que apelidam de um “sinal alarmante do autismo do Governo em relação às necessidades futuras do país”.

A União Europeia fixou, em 2011, os objetivos de ter mais de 50% do tráfego de mercadorias em distâncias superiores a 300 quilómetros transferido da rodovia para os modos marítimo e ferroviário até 2050, meta que os empresários acusam o Governo de ignorar.

A CIP refere comparativamente o caso de Espanha, que “investe milhares de milhões de euros do Orçamento de Estado todos os anos na rede ferroviária de bitola europeia, bem como avultados Fundos da UE e planeia manter o ritmo de investimento”.

As linhas ferroviárias internacionais, que vão servir o transporte de mercadorias de Portugal para a Europa, são do ponto de vista dos patrões, baseadas em “remendos de linhas do século XIX com traçados em grande parte obsoletos, e em via única, ou seja, com capacidade limitada”.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse que os investimentos ferroviários em curso “estão todos encostados à fronteira com Espanha”, e que essa zona está a ser privilegiada.

O Conselho da Indústria da CIP recomenda o desenvolvimento dos projetos das linhas férreas internacionais em bi-bitola, e a adaptação dos respetivos traçados, “desenvolvendo-os o mais possível para maximizar as probabilidades de sucesso a novas candidaturas a Fundos da União Europeia”, aconselham.

A Confederação lembrou ainda que os agentes económicos exportadores nacionais, questionados no último inquérito realizado pela CIP, não mostraram uma opinião positiva. No comunicado citaram a Renova, que afirmou que “as empresas portuguesas que quisessem continuar a exportar inevitavelmente teriam que deslocalizar a sua produção para outros países europeus que dispusessem de alternativas competitivas de transporte terrestre de mercadorias na ligação aos principais mercados europeus”.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Balcões separados por poucos quilómetros, em zonas com menos população ou que não sejam rentáveis. São apenas alguns dos critérios utilizados pelo banco estatal para fechar as agências. O balcão do BPI ganhou “rodas”. O banco liderado por Pablo Forero apresentou uma carrinha que vai prestar apoio às populações onde não há agências, nomeadamente no Alentejo.

Pouco rentável, perto de outras agências, localizados em zonas de menor densidade populacional e com uma distância de até 25 quilómetros entre agências. Estes são alguns dos critérios usados pela CGD para escolher quais os balcões a fechar em todo o país, de acordo com uma resposta das Finanças a uma questão colocada pelo Bloco de Esquerda. São cerca de 70 agências a encerrar até ao final do ano, processo que tem sido alvo de críticas das populações, autarquias mas também dos partidos, da esquerda à direita.

Depois de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ter colocado na estrada carrinhas para responder ao fecho dos balcões em todo o país, agora é a vez de o BPI abrir um “balcão sobre rodas”. O banco liderado por Pablo Forero considera que esta medida vai permitir que a instituição financeira se mantenha próxima dos clientes em localidades onde não existem agências, nomeadamente no Alentejo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o pico da recuperação da Zona Euro já passou e que o bloco da moeda única está perante riscos “particularmente sérios”. A instituição liderada por Christine Lagarde argumenta que, apesar de a expansão da economia da Zona Euro ainda se apresentar com “vigor”, está a perder ritmo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que os custos da energia devem continuar a baixar em Portugal e que não devem ser feitos novos investimentos nas infraestruturas energéticas enquanto o setor tiver uma dívida para pagar. O aviso faz parte de um pacote mais alargado de recomendações a Portugal em áreas-chave.

A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito para investigar os alegados esquemas que terão permitido a alguns proprietários beneficiarem indevidamente de donativos a Pedrógão Grande para obras em casas desabitadas, que não eram de primeira habitação ou que nem sequer foram afetadas pelo incêndio. O caso foi exposto esta quinta-feira pela revista Visão e, em causa, estarão verbas que podem chegar ao meio milhão de euros.

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Banco de Portugal foi mais de mil vezes ao mercado para comprar dívida pública em 2017

Instituição liderada por Carlos Costa comprou 4,8 mil milhões de euros em dívida pública portuguesa em 2017. E o BCE comprou outros 1,7 mil milhões em obrigações nacionais.

O Banco de Portugal foi 1.029 vezes ao mercado em 2017 para adquirir títulos de dívida pública no âmbito do programa de compras de ativos do Banco Central Europeu (BCE). No total, a instituição liderada por Carlos Costa comprou 4,8 mil milhões de euros em dívida pública portuguesa. Mas as compras do banco central português ao longo do ano passado não se ficaram por aqui.

Dados do Relatório de Implementação da Política Monetária mostram que o Banco de Portugal adquiriu ainda 10,1 mil milhões de euros de títulos de dívida emitidos por entidades supranacionais — como é, por exemplo, o Mecanismo Europeu de Estabilidade.

De acordo com as regras, um banco central da Zona Euro pode comprar dívida de entidades supranacionais “caso se antecipe que deixe de existir dívida pública suficiente disponível de algum Estado-membro”. Foi o que aconteceu no ano passado.

Além do Banco de Portugal, também o próprio BCE adquiriu títulos de dívida pública portuguesa em 2017. Foram comprados 1,7 mil milhões de euros em obrigações portuguesas pela instituição de Mario Draghi.

Estas compras foram realizadas no âmbito da política monetária menos convencional que o BCE foi implementando nos últimos anos, com o objetivo de animar a atividade económica na Zona Euro, tendo lançado programas de compras de ativos como o PSPP e o APP.

“O Banco de Portugal executou, desde o início, a compra de dívida do setor público português”, relata a instituição. “No final de 2017, a carteira de títulos adquiridos no âmbito do APP e registados no balanço do Banco de Portugal representava cerca de 44 mil milhões de euros“, adianta ainda.

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Primeiro voo da nova “baleia-branca” da Airbus concluído com sucesso

  • Rita Frade
  • 19 Julho 2018

A nova "baleia branca" da Airbus foi levada para os céus, pela primeira vez, esta quinta-feira. Chama-se BelugaXL e irá substituir, gradualmente, o BelugaST.

O mais recente avião de carga da Airbus fez o seu voo inaugural esta quinta-feira, nos céus de França. Chama-se BelugaXL e irá substituir, gradualmente, o BelugaST.

Depois de concluir com sucesso o seu primeiro voo de quatro horas e onze minutos, o “BelugaXL irá passar cerca de 600 horas em testes de voo, ao longo de 10 meses, para obter a Certificação de Tipo e entrar em serviço no final de 2019“, diz a Airbus.

O presidente da Airbus, Guillaume Faury, agradeceu, nas redes sociais, a todos aqueles que estiveram envolvidos no programa, “tão importante para alcançar o aumento de produção“.

As novas “baleias brancas” são uma versão modificada do A330-200 Freighter e irão “transportar componentes de aeronaves de grande dimensão“.

O programa do BelugaXL “foi lançado em novembro de 2014 para responder às necessidades do aumento de produção e da capacidade de transporte da Airbus, para além de 2019“.

O novo Beluga da Airbus irá entrar em serviço em 2019.Airbus

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Há 100 anos que as portuguesas podem ser advogadas

Atualmente são 17.333 mulheres a exercer advocacia em Portugal e 14.424 homens. A 19 de Julho passou a ser permitido advogar mas o direito ao voto ficou adiado. Regina Quintanilha foi a primeira.

Foi há 100 anos que Portugal passou a permitir que as mulheres licenciadas em direito fossem advogadas. Através do decreto 4676 – promulgado a 19 de julho de 1918 pela Secretaria de Estado, da Justiça e dos Cultos – passou a ser possível “o exercício da profissão de advogado, ajudante de notário e ajudante de conservador.”

Regina Quintanilha foi a primeira mulher licenciada em direito e advogada em Portugal, a primeira procuradora judicial, a primeira notária e ainda a primeira conservadora do registo predial, tendo começado a exercer em 1913, antes de o diploma ser promulgado, que por essa razão necessitou da autorização do Supremo Tribunal de Justiça. Com apenas 17 anos, Regina Quintanilha pede a sua matrícula na Faculdade de Direito de Coimbra, e começa a estudar nesse mesmo ano.

Terminou o curso em três anos e em 1913, com apenas 20 anos, foi convidada para reitora do recém-criado Liceu Feminino de Coimbra. Recusou, por ambicionar uma carreira que o Código Civil Português de 1867 ainda vedava às mulheres.

Mas a 14 de novembro de 1913, Regina Quintanilha recebe a autorização do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça para exercer advocacia, sendo esse o dia em que vestiu a toga dos advogados no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa.

Atualmente, segundo dados fornecidos pela Ordem dos Advogados (OA), o número de mulheres advogadas é superior ao número de homens advogados (respetivamente 17.333 e 14.424). Em 2010 eram 10.111 os advogados e 8.518 mulheres. Foi em 2006 que o panorama mudou: do total de 25.716, 12.720 eram mulheres e 12.996 homens.

O mesmo diploma permitia ainda às mulheres “o acesso a funções de ajudantes dos postos e das repartições do registo civil, amanuenses e oficiais das Secretarias de Estado e mais repartições públicas, ou dos corpos administrativos, podendo também servir como testemunhas nos atos do Estado civil e nos atos notariais, e podendo ser eleitoras as mulheres comerciantes na eleição de jurados comerciais”.

Porém, esta lei excluía ainda de forma expressa o direito de voto às mulheres, afirmando isso “apesar da reconhecimento da competência e da concorrência feminina”, frisando que as mulheres “embora iguais em capacidade de inteligência e de trabalho, há contudo funções de direção e iniciativa que naturalmente estão reservadas para o homem”.

Na história da Ordem dos Advogados, apenas duas mulheres foram eleitas bastonária: Maria de Jesus Serra Lopes, para o triénio de 1990-1992, e Elina Fraga, para nos anos de 2014, 2015 e 2016.

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PS vai ouvir parceiros sociais antes de formalizar propostas sobre leis laborais

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

Carlos César diz que PS vai ouvir parceiros sociais antes de formalizar as suas propostas de alteração à Lei Laboral. Medidas serão debatidas em sede de especialidade, no parlamento, em setembro.

O líder da bancada socialista, Carlos César, afirmou, esta quinta-feira, que o PS vai realizar uma série de audições com os parceiros sociais antes de formalizar as suas propostas de alteração ao diploma do Governo sobre leis laborais.

A proposta do Governo para a revisão das leis laborais, que resultou de um acordo de concertação social celebrado em junho com as confederações patronais e a UGT, foi aprovado na quarta-feira, na generalidade, na Assembleia da República, com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD, CDS-PP e PAN, e a rejeição do Bloco de Esquerda, PCP e PEV.

Este diploma do Governo, bem como projetos do Bloco de Esquerda, PCP e PEV também aprovados na generalidade, serão debatidos em sede de especialidade, no parlamento, em setembro próximo, antes da abertura do processo de discussão do Orçamento do Estado para 2019.

Carlos César adiantou à agência Lusa que essa série de audições do PS com os parceiros sociais vai decorrer entre o final de agosto e o início de setembro, antes do debate na especialidade das leis laborais.

“Trata-se de concretizar o objetivo do PS de promover agora uma concertação parlamentar. Vamos ouvir também quem não subscreveu o acordo de concertação social”, indicou o presidente do Grupo Parlamentar socialista, numa alusão à CGTP-IN.

Carlos César referiu ainda que estas audições, pela parte do PS, destinam-se a auscultar a “sensibilidade” de cada um dos parceiros sociais sobre eventuais alterações ao acordo de concertação social, ou sobre a tradução em lei desse mesmo acordo celebrado pelo Governo.

O primeiro-ministro, António Costa, em sucessivas declarações públicas, tem defendido que o acordo de concertação social representou “um avanço” no combate à precariedade laboral com uma limitação dos contratos a prazo, estímulos à entrada de jovens no mercado de trabalho (uma referência ao novo período experimental), mas também um reforço da negociação coletiva e a eliminação do banco de horas individual.

Bloco de Esquerda, PCP e PEV, no entanto, em relação ao acordo celebrado pelo Governo, insurgem-se sobretudo contra o alargamento do período experimental nas contratações e a manutenção do banco de horas grupal, entre outros aspetos.

Apesar desta contestação por parte do Bloco e PCP, na quarta-feira, ao início da noite, em conferência de imprensa, o presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou que continua empenhado numa convergência à esquerda e que, durante fase de especialidade da revisão do Código de Trabalho, em setembro, não terá o PSD como parceiro preferencial nas negociações.

“O PS não tem uma política de aproximação preferencial ao PSD e à direita”, reagiu Carlos César, depois de confrontado com o facto de a revisão do Código de Trabalho ter sido viabilizada pelos sociais-democratas, CDS-PP e PAN, com a oposição do Bloco de Esquerda, PCP e PEV.

O líder parlamentar do PS deixou então uma mensagem aos parceiros que suportam a atual solução de Governo.

“Sentimo-nos bem com a colaboração que temos vindo a manter com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, desejamos aprofundá-la e entendemos que há inúmeras áreas essenciais à governação que podem ser objeto de aprofundamento das declarações conjuntas subscritas pelo PS” com esses partidos, frisou.

No caso da discussão na especialidade da revisão ao Código de Trabalho, Carlos César disse que, pela parte do PS, “haverá o maior cuidado para, respeitando o espírito do acordo, introduzir melhorias”.

“A propósito da legislação laboral, o PS não vai ter nenhuma negociação preferencial à direita. Vamos apresentar propostas que são resultado da nossa reflexão”, afirmou.

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Há 16 anos que não havia tão poucos desempregados inscritos no IEFP

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

De maio para junho, o desemprego registado pelo IEFP caiu 5,1%, uma diminuição que é a maior deste tipo desde 1989. No total, há 332,4 mil desempregados inscritos nos centros de emprego.

O número de desempregados registados nos centros de emprego baixou em junho 20,5% relativamente ao mesmo mês de 2017, para 332,4 mil pessoas, o número mais baixo dos últimos 16 anos, divulgou hoje o Ministério do Trabalho.

De acordo com um comunicado do Ministério do Trabalho, a diminuição homóloga de 20,5% foi a maior registada desde 1989 e corresponde a um decréscimo de 85,8 mil desempregados. Comparando com o mês de maio, o desemprego desceu 5,1%, o que corresponde a menos 17,8 mil pessoas inscritas nos centros de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

O número de desempregados jovens baixou para 31,5 mil pessoas, com um decréscimo homólogo de 29,0% (menos 12,9 mil pessoas) e uma diminuição em cadeia de 10,1% (menos 3,5 mil pessoas), representando em junho 9,5% do desemprego registado (abaixo dos 10,6% do mesmo mês do ano passado).

O desemprego de longa duração teve uma redução homóloga de 23,6%, baixou para 162,8 mil pessoas, menos 50,2 mil pessoas, e teve um decréscimo de 5,6% face ao mês de maio (menos 9,7 mil pessoas).

Segundo o Ministério do Trabalho, desde o início da legislatura, mais de 222 mil pessoas saíram do desemprego (40%), sendo que mais de 97 mil eram desempregados de longa duração (37%) e quase 38 mil eram jovens desempregados (54%).

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Vem aí roteiro para identificar problemas de habitação em Lisboa

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

O movimento de cidadãos Manifesto 65 é lançado esta quinta-feira e já promete organizar um roteiro pelos diferentes bairros de Lisboa para levantar problemas habitacionais.

O movimento de cidadãos Manifesto 65, que se apresenta publicamente esta quinta-feira, em Lisboa, em defesa do direito à habitação, vai organizar um roteiro pelos diferentes bairros da Área Metropolitana de Lisboa para levantamento dos problemas habitacionais.

Constituído por cerca de 30 cidadãos, desde especialistas em questões da habitação a moradores diretamente afetados pelos despejos, o grupo pretende organizar “ações concretas de expressão do protesto e da indignação das pessoas, um pouco por toda a coroa metropolitana de Lisboa”, avançou à agência Lusa Luís Morais, um dos responsáveis pelo Manifesto 65.

Este movimento de cidadãos pelo artigo 65 da Constituição da República Portuguesa, que determina o direito à habitação e ao urbanismo, vai apresentar-se esta quinta-feira, simbolicamente, no Carnide Clube, uma instituição de Lisboa com quase 98 anos que enfrenta um processo de despejo.

De acordo com Luís Morais, o acesso à habitação “não é um problema só da cidade de Lisboa, é um problema nacional”, pelo que é necessário “alterar, com caráter de urgência, o quadro legislativo em vigor”.

Assim, o movimento Manifesto 65 defende a revogação do atual regime do arrendamento urbano, a proteção dos inquilinos em ameaça de despejo, a regulamentação do alojamento local, a promoção da renda apoiada e o incentivo ao mercado de arrendamento com valores acessíveis e com custos controlados.

Sobre as recentes alterações legislativas, Luís Morais considerou que o regime transitório de proteção dos inquilinos idosos e com deficiência representa “um paliativo” que adia a resolução de “uma situação de grande gravidade social”, já a alteração à regulamentação do alojamento local “chuta o problema para as câmaras municipais”.

“Há um problema bastante grave no acesso à habitação”, reforçou o responsável pelo movimento de cidadãos, explicando que “um fenómeno que começou pela gentrificação, depois pela turistificação do centro da cidade de Lisboa, neste momento está a espalhar-se para toda a Área Metropolitana de Lisboa e com impacto a nível nacional”.

Segundo dados do Manifesto 65, o preço médio por metro quadrado na Área Metropolitana de Lisboa atinge os 1.300 euros e na cidade de Lisboa chega aos 2.200 euros.

Relativamente às rendas, o valor médio na Área Metropolitana de Lisboa é de 700 euros e na cidade de Lisboa é de 1.100 euros, indicou Luís Morais, afirmando que “as famílias portuguesas não têm rendimentos para fazer face aos custos da habitação que hoje se verificam”.

“Desde 2012, milhares de famílias perderam as suas casas. Mais de 8.500 famílias foram despejadas em virtude da aplicação da nova lei das rendas. O fim do período transitório de atualização de rendas em 2020 põe em risco 600 mil famílias”, expôs o grupo de cidadãos.

Neste âmbito, o roteiro da habitação, que está previsto ser realizado entre o final de julho e o final de agosto, pretende fazer o levantamento dos problemas habitacionais nos diferentes bairros da Área Metropolitana de Lisboa, para que o Manifesto 65 possa recolher contributos para apresentar à Assembleia da República.

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