Preocupações com guerra comercial fazem tremer Wall Street

À medida que a tensão entre a China e os Estados Unidos aumenta, os receios dos investidores crescem também e pressionam os mercados.

A guerra comercial continua a preocupar os mercados. Apesar de os Estados Unidos terem adiado temporariamente as sanções à Huawei, notícias de que já há mais uma empresa chinesa na mira fazem aumentar a incerteza dos investidores, preocupados com as retaliações. Wall Street fecha em baixo, penalizado pelo setor tecnológico e pelo retalho.

Depois da Huawei, o alvo de restrições comerciais por parte dos Estados Unidos deverá ser uma fabricante chinesa de equipamentos de videovigilância, Hikvision. Numa altura de elevada tensão entre as duas potências mundiais, em que os aumentos nas tarifas sobre os produtos importados se começam a sentir, os receios crescem.

Perante esta incerteza, os índices fecharam em terreno vermelho. O industrial Dow Jones caiu 0,39% para os 25.775,73 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 0,45% para os 7.750,58 pontos. Já o alargado S&P 500 desceu 0,28% para os 2.856,25 pontos.

A Qualcomm foi das mais penalizadas, após ser conhecida a decisão do juiz num processo sobre práticas anticoncorrenciais da empresa. A conclusão foi que a Qualcomm cobrou a outras empresas preços demasiado altos pelas licenças para usar a sua tecnologia. Os títulos da empresa caíram 10,86% para os 69,31 dólares.

Outra das tecnológicas sob pressão é a Apple, que recuou 2,05% para os 182,78 dólares. Por outro lado, a travar maiores perdas, a Netflix avançou mais de 1%, e o Facebook subiu 0,27%. As restantes “gigantes” tecnológicas da bolsa, a Alphabet, dona da Google, e a Amazon registaram ganhos ligeiros de 0,12%.

No retalho, a Target brilhou depois da apresentação de resultados. Avançou 7,71% para os 77,56 dólares. Mas as quedas da Nordstrom, de 9,25%, da Lowe’s, de 11,85%, pesaram mais na balança do setor.

As minutas da reunião da Fed, que normalmente fazer movimentar os mercados, foram divulgadas nesta tarde, mas não tiveram grande impacto em Wall Street. A autoridade monetária norte-americana sinalizou que deveria manter a posição “paciente” face futuros ajustes da taxa diretora. É de ressalvar, no entanto, que a reunião tomou lugar antes do agudizar das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos.

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Ministra britânica demite-se. Aumenta pressão sobre Theresa May

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

A primeira-ministra britânica irá apresentar um novo acordo para o Brexit, mas ainda não reuniu consenso. A ministra dos Assuntos Parlamentares demitiu-se do Governo por discordar com a proposta.

A ministra dos Assuntos Parlamentares britânica, Andrea Leadsom, anunciou esta quarta-feira a demissão do governo em desacordo com o plano da primeira-ministra, Theresa May, para tentar aplicar o Brexit.

“Não acreditamos que sejamos um Reino Unido verdadeiramente soberano através do acordo que é agora proposto”, alegou, numa carta enviada à chefe de governo. Leadsom, eurocética e pró-Brexit, foi a finalista vencida das eleições para a liderança do partido Conservador, em 2016, acabando por retirar-se a favor de Theresa May.

A primeira-ministra está sob intensa pressão dos seus próprios deputados para se demitir devido à dificuldade em apresentar um plano satisfatório para fazer o Reino Unido sair da União Europeia (UE). Anunciou esta quarta-feira no Parlamento que pretende publicar na sexta-feira a nova proposta de lei para o Brexit para que os deputados tenham tempo de a analisar antes de a votarem, no início de junho.

As novidades incluem garantias sobre a aplicação da cláusula de salvaguarda na Irlanda (conhecida como backstop), reforço de proteções na área laboral e garantias de que a legislação ambiental será preservada.

Contudo, a nova proposta já foi rejeitada pelo Partido Trabalhista, na oposição, com o líder, Jeremy Corbyn, a dizer que se trata de uma versão remodelada das mesmas ideias de anteriores soluções.

Também vários deputados Conservadores se mostraram desagradados com o facto de Theresa May ter incluído a possibilidade de um segundo referendo sobre o Brexit, considerando que essa estratégia os poderá levar a votar contra a nova proposta de acordo para a saída da União Europeia.

As três anteriores propostas de Brexit negociadas pela primeira-ministra britânica com Bruxelas foram rejeitadas por maiorias parlamentares, conduzindo a um impasse que obrigou Londres a prolongar o prazo de saída da União Europeia até 31 de outubro.

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Feira do Livro de Lisboa maior do que nunca, mais sustentável e mais inclusiva

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Este ano a Feira do Livro da capital vai ter um número recorde de pavilhões, mais de 320. A feira cresceu também fisicamente, ao aumentar a área em dois mil metros quadrados.

A 89.ª Feira do Livro de Lisboa, que decorre de 29 de maio a 16 de junho, no Parque Eduardo VII, atinge este ano o número recorde de 328 pavilhões, numa edição que se apresenta mais sustentável e inclusiva.

Este ano, a Feira do Livro de Lisboa (FLL) ganha 25 novos participantes, para um total de 138, 32 novos pavilhões, num total de 328 e mais 10 marcas editoriais, perfazendo 636 editoras e chancelas, anunciou esta quarta-feira o secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Bruno Pacheco, na apresentação do evento.

“São quatro os adjetivos que qualificam esta Feira do Livro: mais, melhor, mais verde e mais familiar”, disse Bruno Pacheco, sublinhando que o número de pavilhões teve um crescimento superior a 11% e que o número de participantes aumentou cerca de 20%.

Ao todo, a FLL aumentou em dois mil metros quadrados, essencialmente nos espaços verdes, tendo crescido para o lado esquerdo da Alameda – de quem sobe o Parque Eduardo VII -, num espaço que será dedicado aos novos participantes. Alguns dos exemplos de participações nesta zona são a Ler Devagar, a Fundação EDP, o Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia (MAAT), a Fundação Serralves e o Museu Coleção Berardo.

Outra novidade é o aumento das “praças editoriais”, ou seja, praças com pavilhões do mesmo grupo editorial, à semelhança do que já acontece com a Presença e a 2020, a Leya e a Porto Editora, e que este ano passam a ser também usadas pela Relógio d’Água e pela Almedina.

Pegando na questão dos espaços verdes, Bruno Pacheco frisou que esta vai ser uma feira “mais verde”, porque o mote deste ano é a sustentabilidade ambiental. “Estamos a ocupar espaços verdes e não só a zona de calçada portuguesa, e acreditamos que é para onde a feira se poderá direcionar no futuro”, afirmou.

Exemplo disso é a expansão, para além do espaço dedicado aos novos participantes, para a zona do relvado central, de onde foi removido o gradeamento e onde vão ser criadas “zonas ‘lounge’” com espreguiçadeiras.

Esta iniciativa pretende responder “ao desafio lançado no ano passado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, no sentido de a Feira do Livro de Lisboa explorar o parque na sua plenitude”, disse. Entre as novidades sustentáveis para o planeta está também a disponibilização de sacos de papel reutilizáveis, numa parceria com a The Navigator Company, que vai distribuir 60 mil sacos de papel.

Na restauração, os utensílios descartáveis vão ser biodegradáveis, e em todo o percurso entre os corredores, os mil metros quadrados de alcatifa que era colocada no chão, nas anteriores edições, foram substituídos por piso reciclável, a ser usado nas próximas edições – como o que existe nos parques infantis -, feito a partir de 1.800 pneus reciclados.

Bruno Pacheco adiantou ainda que foi estabelecida uma parceria com a Universidade Nova de Lisboa que irá fazer uma avaliação das medidas ambientais a serem replicadas no futuro.

Numa edição que foi pensada também para pessoas com mobilidade reduzida, serão disponibilizadas cadeiras de rodas e andarilhos, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que estarão ao dispor, no pavilhão de informações da APEL. Ainda com o objetivo de tornar a feira mais acessível, vai ser criado um espaço para parqueamento e manutenção de bicicletas.

As famílias e as crianças voltam a ser um dos principais focos da feira, tendo sido criado uma zona onde podem “ter experiências sensoriais que se têm ao ler um bom livro”, afirmou Bruno Pacheco, adiantando que se trata de um percurso de entrada gratuita e com a duração de dez minutos. No que respeita à restauração, a oferta será mais diversificada, com oito novas opções numa total de 42 disponíveis.

Outra novidade é a existência de pontos para carregamento de telemóvel, afirmou o responsável da APEL, acrescentando que mais uma vez estará disponível a aplicação móvel gratuita “Feira do Livro de Lisboa”, para Android e iOS, através da qual o utilizador pode aceder ao mapa e pesquisar a programação e os livros, assim como haverá WI-FI gratuito nas principais praças do recinto.

A programação cultural foi reforçada, destacou Bruno Pacheco, apontando que, no ano passado, por esta altura (cerca de uma semana antes do início da feira), havia 400 marcações, tendo a FLL terminado com um total de 1.600 atividades culturais realizadas. “Hoje estamos com 800 marcações, o que leva a crer que o evento vai ter um aumento substancial de atividades”, disse.

Este ano mantêm-se as parcerias com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, que se apresenta com uma programação reforçada, com o regresso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que terá programas de debate e sessões e música e dança, e com a rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa (BLX), com uma programação muito direcionada para crianças, com um espaço renovado e melhorado.

De acordo com Isabel Monteiro, responsável da BLX, esta edição terá atividades em língua gestual e dirigida a invisuais, atividades feitas pela ILGA Portugal, clubes de leitura, dança, música e apresentação de livros. À semelhança dos anos anteriores, mantém-se a iniciativa para as crianças “Acampar com Histórias”, com pernoita na Estufa Fria de Lisboa e atividades que se prolongam pela feira.

Mantêm-se este ano vários espaços criados com sucesso nas edições anteriores, com o Espaço Bebé, o RefresCão, assim como a iniciativa Hora H, que continua com os descontos mínimos de 50%, em livros lançados há mais de 18 meses. A Hora H funciona de segunda a quinta-feira, na última hora da feira, ou seja, entre as 21:00 e as 22:00, mantendo-se, assim, a antecipação da hora de fecho, das 23:00 para as 22:00, decidida na edição anterior.

De regresso estará igualmente a iniciativa “Doe os seus livros”, em que os visitantes podem doar livros novos ou usados, que serão entregues a crianças e jovens de várias instituições de solidariedade social, disse Bruno Pacheco, revelando que no ano passado foram distribuídos 30 mil livros.

Ainda sobre os parceiros institucionais, o responsável assinalou a Embaixada da Rússia e representantes do Instituto do Livro de Espanha, e acrescentou ter sido surpreendido com um pedido da Bielorrússia, também para visitar a FLL.

Relativamente à programação, o secretário-geral da APEL destacou que no dia 01 de junho, Dia da Criança, haverá uma maratona de leitura de contos infantis, e um ‘show cooking’ para os mais novos, que consistirá num ‘workshop’ para mini ‘chefs’. No dia 07 de junho serão anunciados os vencedores da votação na “Livraria Preferida 2019″, uma iniciativa da APEL, coorganizadora da FLL, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa. Em 2018, a Feira do Livro de Lisboa registou um total de 492 mil visitantes.

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Mexer nos juros? Fed vai ser “paciente” nos próximos tempos

A Fed vê a "atenuação de alguns indicadores económicos desde o final do ano passado pode ser sinal de um abrandamento significativo do crescimento da economia".

A Reserva Federal norte-americana (Fed) já não mexe na taxa de juro há algum tempo, e deverá continuar sem o fazer nos próximos meses. Nas minutas da última reunião a autoridade monetária volta a afirmar que vai ser “paciente” perante novos ajustes à taxa, isto numa altura em que vê sinais de abrandamento da economia. E, também, teme o impacto da guerra comercial com a China.

Os membros concordaram que “uma abordagem paciente para determinar ajustes futuros no intervalo de taxa [de referência] provavelmente continuará a ser apropriada durante algum tempo, especialmente num ambiente de crescimento económico moderado e pressões moderadas de inflação, mesmo se as condições económicas e financeiras globais continuassem a melhorar”, pode ler-se nas minutas da reunião divulgadas pela Fed.

Apesar de as condições no mercado laboral continuam fortes e o PIB estarem a avançar a um ritmo “sólido”, “a atenuação de alguns indicadores económicos desde o final do ano passado pode ser sinal de um abrandamento significativo do crescimento da economia“, alerta a Fed, liderada por Jerome Powell.

Para além disso, “políticas de comerciais e desenvolvimentos económicos internacionais podem avançar em direções que têm efeitos negativos significativos sobre o crescimento económico dos EUA”, remata a autoridade monetária norte-americana.

É de salientar que esta reunião aconteceu antes de o agudizar das tensões comerciais com a China. Entretanto, já foram feitos novos anúncios de aumento de tarifas do lado de ambos os países e Trump colocou a Huawei na “lista negra” das exportações, o que foi recebido com receio principalmente no setor tecnológico.

No meio desta guerra comercial, Donald Trump veio criticar a decisão da China de injetar dinheiro no seu sistema financeira e, provavelmente cortar os juros, para compensar os negócios que “estão e que vão continuar a perder” por causa do confronto com os EUA. E rematou: “Se a Reserva Federal alguma vez coincidisse na resposta, seria ‘game over’, nós ganhávamos!”, disse o presidente dos EUA, no Twitter.

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DefinedCrowd lança app que permite a utilizadores construir “futuro da inteligência artificial”

DefinedCrowd criou app para iOS e Android que permite aos utilizadores verificar e classificar conteúdos sendo pagos por cada tarefa completa. Input humano vai chegar a clientes como a BMW ou a EDP.

A DefinedCrowd lançou, esta terça-feira, em Toronto, uma aplicação mobile construída para que todos façam parte do futuro da inteligência artificial. A Neevo foi apresentada na Collision Conf, na capital do estado do Ontário, e permite aos membros da comunidade contribuir para o desenvolvimento e melhoria de sistemas de inteligência artificial.

“Com a procura por dados de treino de alta qualidade a aumentar, é crucial garantirmos que a nossa comunidade human-in-the-loop tem acesso eficiente e rápido às tarefas essenciais para a IA”, refere Sara Oliveira, diretora de produto. “Por isso, o lançamento da aplicação Neevo é um marco muito importante para nós, uma vez que providencia uma experiência mobile dedicada para potenciar a inteligência humana nos nossos datasets,” acrescenta.

Disponível para iOS e Android, a app oferece aos membros a possibilidade de realizar ações de escrita, anotação, recolha e classificação de conteúdos, sendo estes pagos por cada tarefa concluída. A opção de verificar os sistemas de inteligência artificial com um input humano permite à DefinedCrowd “oferecer dados de treino de qualidade rapidamente aos seus clientes, que incluem nomes como BMW, Mastercard, Accenture, EDP e José de Mello Saúde”, entre outras empresas.

À medida que a indústria se vai apercebendo do impacto da qualidade dos dados de treino, nós continuamos a trabalhar para melhorar não só a experiência dos nossos clientes, mas também a experiência da nossa incrível comunidade human-in-the-loop”, afirma a fundadora e CEO da DefinedCrowd, Daniela Braga.

Fundada em 2015, a DefinedCrowd foi considerada recentemente uma das 100 melhores startups na área da Inteligência Artificial pela consultora CB Insights. Com uma equipa de mais de 110 pessoas nos escritórios de Seattle, Lisboa, Tóquio e Porto, a empresa fundada pela portuguesa Daniela Braga continua a contratar para os escritórios portugueses. A comunidade NeevobyDefinedCrowd é constituída, a nível global, por mais de 130.000 membros espalhados por mais de 50 países.

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TAP alerta que será um “verão difícil” no aeroporto de Lisboa

“O verão vai ser difícil para todas as companhias aéreas que operem no aeroporto de Lisboa”, avisa Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração da TAP.

“O verão vai ser difícil”. Miguel Frasquilho não tem dúvidas que será um verão complicado para todas as companhias aéreas que operam no aeroporto de Lisboa. Ainda assim, o presidente do conselho de administração da TAP, acredita que a empresa será capaz de superar as adversidades, antecipando resultados que serão, este ano, “desejavelmente positivos”.

O aeroporto Humberto Delgado “está bastante congestionado”, diz Frasquilho, reiterando as críticas que tem vindo, de tempos a tempos, a fazer à infraestrutura da capital portuguesa. Uma crítica comum a várias outras companhias aéreas que utilizam o aeroporto de Lisboa.

“As obras que vão permitir melhorar a eficiência do aeroporto só terão lugar a partir de outubro”, alerta o presidente do conselho de administração da TAP.

Congestionamentos à parte, Miguel Frasquilho prevê um ano bastante melhor para a TAP em comparação a 2018, em que registou prejuízos que ultrapassam os 100 milhões de euros. O chairman da transportadora aérea admite que o ano passado foi um ano particularmente difícil evidenciando que “todas as companhias áreas tem vindo a avisar que a atividade está bastante complicada e a TAP não foge à regra”.

Consciente que o primeiro trimestre do ano foi difícil, o presidente do conselho de administração antecipa que as “perspetivas para o conjunto do ano são positivas”. “Esperamos fechar 2019 bastante melhor que em 2018, com um resultado desejavelmente positivo”, frisa Miguel Frasquilho.

Quando questionado sobre o custo dos combustíveis o chairman da companhia aérea evidencia que este ano a TAP está bastante mais precavida devido à nova política hedging estabelecida em 2018. Miguel Frasquilho acredita que com este acordo “a TAP não irá certamente ter os sobressaltos que teve em 2018″.

Mais rotas para os EUA

Miguel Frasquilho, à margem do debate “O turismo como fator de desenvolvimento económico – O contributo da TAP”, que ocorreu esta quarta-feira, na AEP (Associação Empresarial do Porto), aproveitou para sublinhar o entusiasmo da companhia aérea em aumentar as rotas para o mercado norte-americano.

“Estamos muito animados com o mercado americano que tem vindo a contrabalançar alguma fraqueza sentida no mercado brasileiro. Mas, mesmo neste mercado perspetivamos que a trajetória de subida possa ser sentida”, diz.

A rota para Chicago arranca já no dia 1 de junho. Passados nove dias será São Francisco o próximo destino da TAP e no dia 16 junho a companhia aérea começa a sobrevoar os céus de Washington DC. Miguel Frasquilho conta estar presente em todos os voos inaugurais.

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Fidelidade compra 3 milhões de obrigações BCP

  • ECO Seguros
  • 22 Maio 2019

A seguradora Fidelidade, detida pela chinesa Fosum, principal acionista do BCP, comprou mais obrigações do banco no valor de 3 milhões de euros.

A Fidelidade passou a deter 5 milhões de euros em obrigações BCP 2072 AT2 emitidas pelo BCP. A companhia de seguros já detinha 2 milhões destes títulos. A seguradora atuou também em representação dos seus administradores Jorge Manuel Magalhães Correia e Lingjiang Xu, os quais são igualmente administradores do Banco Comercial Português S.A.
Jorge Manuel Magalhães Correia já detinha, antes da transação referida, em nome próprio, 88 500 ações e 200 mil euros de obrigações BCP. Já Lingjiang Xu não detinha quaisquer ações ou obrigação emitida pelo BCP. Após a transação mantiveram as mesmas posições.
As Obrigações AT2, adquiridas por 3 milhões de euros a 15 de maio, segundo informação da seguradora, têm uma taxa de 4,5% e vencimento em maio de 2017.
A Fidelidade é detida pela chinesa Fosum, que é também o principal acionista do BCP.
Além destas obrigações, a Fidelidade detém posições, direta e indiretamente, noutros instrumentos de dívida do BCP, bem como 88.500 ações do banco.

Na próxima assembleia geral dos acionistas do BCP serão apreciadas e votadas várias propostas, quer do conselho de administração do banco, quer dos acionistas. Serão ainda discutidas propostas relativas à alteração do contrato de sociedade.

No final do último exercício o Grupo Fosum detinha, entre as participações qualificadas, 27,06% do capital da instituição, a petrolífera estatal angolana 19,49%, a BlacRock 2,83% e o Grupo EDP (que também tem controlo de capitais chineses) 2,21%.

O grupo desenvolve um conjunto de atividades financeiras e serviços bancários em Portugal e no estrangeiro, onde está presente em diversos mercados: Polónia, Suíça, Moçambique, Angola (através da associada BMA) e China. Todas as suas operações bancárias desenvolvem a sua atividade sob a marca Millennium. O Grupo está ainda presente no Oriente desde 1993, mas apenas em 2010 foi realizado o alargamento da atividade da sucursal existente em Macau, através da atribuição da licença plena (onshore), visando o estabelecimento de uma plataforma internacional para a exploração do negócio entre a Europa, China e África lusófona.

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Cardigos reforça equipa de direito público e concorrência

O escritório acaba de integrar os advogados João Paulo Teixeira de Matos e Pedro Santos Azevedo.

A Cardigos acaba de reforçar a sua área de direito público, regulatório e de concorrência (PR&C) com a contratação de João Paulo Teixeira de Matos e Pedro Santos Azevedo.

O advogado João Paulo Teixeira de Matos, of counsel, é atualmente consultor na Iuris Advocates/Iuris Malta. Foi sócio fundador de vários escritórios, entre eles a Landwell (legal network associado à PwC) e a Leónidas, Matos & Associados (atualmente Garrigues Portugal), na qual foi managing partner e responsável pelos departamentos de direito europeu e concorrência e de contencioso e arbitragem.

É membro fundador do Círculo de Advogados Portugueses de Direito da Concorrência, do qual foi secretário-geral, foi membro da Direção da APDE (Associação Portuguesa de Direito Europeu) e do Comité Directeur da FIDE (Federação Internacional de Direito Europeu), membro da direção da ASAP.

Pedro Santos Azevedo, of counsel, tem experiência profissional como advogado e jurisconsulto e exerceu funções de consultor jurídico junto da Autoridade Nacional de Comunicações. É orador regular em cursos, conferências e pós-graduações em contratação pública e conta com várias publicações sobre este e outros temas de Direito Público.

É árbitro do Centro de Arbitragem Administrativa e membro do Grupo de Contratação Pública do Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Universidade de Coimbra.

A Cardigos fortalece assim as áreas de contratação pública e regulação e concorrência, co-coordenadas pelos sócios Pedro Moniz Lopes (Professor de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) e Porfírio Moreira (LLM em Direito Europeu pelo Colégio da Europa).

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Parceria entre a EDP e Engie vai dar dimensão e mais alcance às duas empresas, diz a Moody’s

A agência de rating considera que o negócio é positivo para as duas empresas, salientando que a joint-venture pode dar maior dimensão e alcance num mercado sustentável e que está a crescer rápido.

A Moody’s considera que a criação de uma joint-venture entre a EDP Renováveis e a francesa Engie para a energia eólica offshore, anunciada esta terça-feira, vai permitir às duas empresas ter maior dimensão e alcance num mercado que está a crescer rapidamente.

As duas empresas fecharam um acordo para que ambas tenham o controlo partilhado da nova joint-venture, com Spyridon Martinis da EDP a assumir a presidência executiva desta nova empresa e Paulo Almirante, da francesa Engie, como novo chairman. A joint-venture vai ter sede em Madrid e a liderança será escolhida de forma rotativa por períodos de três anos.

Segundo a agência de rating, este negócio será positivo para as duas empresas porque permite-lhes combinar os seus projetos de pipeline e as estruturas de energia eólica offshore.

“Ao combinar os seus ativos e o seu conhecimento, os grupos podem alcançar maior dimensão e alcance no mercado em forte crescimento da energia eólica offshore, disse o vice-presidente sénior da Moody’s Niel Bisset.

O memorando que cria a nova empresa foi assinado em Londres pelo CEO da EDP, António Mexia, e pela CEO da ENGIE, Isabelle Kocher, que explicou que o objetivo da joint-venture “é criar um líder mundial no mercado eólico offshore”.

As duas empresas, que deterão partes iguais desta joint-venture, querem têm como alvo prioritário mercados na Europa, nos Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, nomeadamente em países como o Japão e a Coreia do Sul.

Será “autofinanciada e os projetos que desenvolver irão respeitar os critérios de investimento de ambas as empresas”, revelou ainda a empresa liderada por António Mexia, que detém 82,5% da subsidiária EDP Renováveis.

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Lisboa quer duplicar radares de velocidade. Vai ter 41

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

A Câmara de Lisboa vai investir 3,2 milhões de euros para expandir a rede de radares e substituir os atuais. Terá, no total, 41 radares na cidade.

A Câmara de Lisboa vai discutir na quinta-feira uma proposta para expandir a rede de radares existente na cidade para 41, através da aquisição de 20 novos dispositivos, e substituir os atuais, num investimento de 3,2 milhões de euros. O documento, assinado pelo vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar (PS), vai ser apreciado em reunião privada do executivo liderado pelo socialista Fernando Medina.

De acordo com a proposta, à qual a agência Lusa teve acesso, o município lisboeta conta atualmente com “um sistema de segurança rodoviária que integra 21 dispositivos de controlo de tráfego/velocidade (…), o qual, através da presente proposta de aquisição se pretende renovar e alargar, substituindo-se os (…) existentes por novos equipamentos, com um sistema de tecnologia mais eficiente, com vista a corrigir falhas operacionais e adquirindo-se e instalando-se 20 novos dispositivos”.

O preço base do concurso público é de cerca de 1,3 milhões de euros para a aquisição de novos radares e de 1,3 milhões euros para a substituição dos existentes, valor ao qual acresce o IVA, perfazendo um investimento total de cerca de 3,2 milhões.

O documento visa submeter à apreciação da Assembleia Municipal de Lisboa uma repartição de encargos em três anos, sendo que a autarquia deverá investir cerca de 2,5 milhões no próximo ano, 363 mil euros em 2021 e 333 mil em 2022.

“O contrato a celebrar terá um período de vigência inicial de doze meses” para os novos radares, renovável por dois períodos de um ano e “um período inicial de vigência de oito meses” para a substituição de dispositivos, renovável também por dois períodos de um ano, refere a proposta.

“A velocidade excessiva é uma variável explicativa de determinado tipo de sinistralidade, reconhecendo-se quão decisivo é o seu combate para obtenção de baixos níveis de risco, nomeadamente nas áreas urbanas onde estão presentes utentes particularmente vulneráveis”, defende o documento, acrescentando que o “uso de radares” tem “sido reconhecido como um meio muito eficaz de combate à sinistralidade” em Lisboa.

Na reunião de quinta-feira, o executivo municipal vai também deliberar sobre a implementação de nove Zonas de Estacionamento de Duração Limitada (ZEDL) na freguesia de Benfica.

A EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa e a autarquia, “em sintonia com a junta”, elaboraram um projeto de divisão da freguesia em 10 zonas, sendo que, após o processo de consulta pública, que contou com 132 participações, e um parecer da junta, a proposta de zonamento foi alterada.

Em março, a presidente da Junta de Benfica, Inês Drummond (PS), declarou à Lusa que “há zonas onde não faz sentido a EMEL entrar” e comprometeu-se a promover mais consultas de bairro caso ache necessário, à semelhança do que aconteceu em janeiro na zona do Fonte Nova.

Na mesma altura, a autarca disse ainda que estimava que a empresa de estacionamento começasse a operar na zona do centro comercial Fonte Nova, em Benfica, algo que ainda não aconteceu.

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À espera do novo iPhone? O XR2 pode ser assim

As câmaras do iPhone XR2 poderão passar a ter uma moldura quadrada, design que está a gerar controvérsia. E a paleta de cores deverá crescer, passando a incluir verde, amarelo e vermelho.

O design dos novos iPhones está a deixar os consumidores reticentes, e pode continuar a gerar controvérsia. Se a aparência do iPhone XR já fez surgir algumas opiniões mais pejorativas, sobretudo quanto à saliência da câmara traseira, o iPhone XR2 poderá seguir a tendência.

De acordo com a Forbes (acesso livre, conteúdo em inglês), a Apple poderá proceder a algumas mudanças controversas naquele que é o seu modelo mais vendido.

O maior ponto de controvérsia deverá ser a moldura quadrada que envolve a câmara traseira do iPhone XR2. Embora as especificações das câmaras sejam promissoras, o design da mesma pode suscitar algumas dúvidas entre os consumidores.

De acordo com as imagens 3D trabalhadas pelo YouTuber Filip Koroy, do canal Everything Apple Pro e que tem dado provas de ir ao encontro dos designs finais apresentados pela marca, as câmaras e o flash serão envolvidos por uma espécie de moldura. Contudo, desta vez, essa moldura deverá assumir um formato quadrado.

Além disso, também as cores escolhidas pela Apple para o novo iPhone são uma novidade. Verde néon, amarelo e vermelho poderão ser algumas das novas possibilidades. Resta saber se este é, de facto, o design final do iPhone ou se a marca ainda vai proceder a algumas alterações.

De qualquer modo, se a tradição se mantiver, os novos dispositivos da Apple apenas serão apresentados em meados de setembro.

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Presidente chinês alerta para dificuldades criadas pela guerra comercial com EUA

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Numa altura de tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, o presidente Xi Jinping avisa os cidadãos para estarem preparados para enfrentar "riscos e desafios".

O Presidente da China, Xi Jinping, alertou esta quarta-feira o povo chinês para os “riscos e desafios” da “situação difícil” criada pela guerra comercial com os EUA, de acordo com declarações divulgadas pela agência estatal Xinhua.

“O nosso país encontra-se numa fase de procurar oportunidades estratégicas para o desenvolvimento, mas a situação internacional está cada vez mais difícil”, disse o Presidente chinês, durante uma visita à província de Jiangxi, no sul do país.

Xi dirigiu-se aos cidadãos para os alertar para o contexto “complexo e desfavorável” que enfrenta a economia do país, incentivando-os a estar preparados para “superar riscos e desafios”.

As declarações de Xi ocorrem no momento em que a guerra comercial entre a China e os EUA continua numa escalada, sobretudo depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter declarado sanções à empresa de tecnologia chinesa Huawei, considerando que a sua tecnologia de comunicações 5G coloca riscos de espionagem.

Empresas como a Google anunciaram esta semana que vão deixar de facilitar e permitir que a Huawei use o seu sistema operativo, Android, com o qual operam os telemóveis da empresa chinesa. A Huawei terá agora três meses para a fase de transição facilitada pelo governo norte-americano, antes de ficar exposta às sanções anunciadas por Donald Trump.

Outras empresas norte-americanas de processadores informáticos como a Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom, a empresa alemã Infineon Technologies e fabricantes de ‘chips’ como a US Micron Technology e Western Digital vão também deixar de fornecer a Huawei, cumprindo as instruções de Trump, o que pode atrasar os planos de adoção da rede 5G em todo o mundo.

A diretora financeira e filha do fundador da Huawei, Meng Wanzhou, também se encontra em liberdade condicional sob fiança no Canadá, após ter sido detida naquele país a pedido dos EUA, que acusou a empresa chinesa de violar as sanções impostas ao Irão. O fundador e CEO da Huawei, Ren Zhengfei, tentou minimizar as sanções dos Estados Unidos, dizendo que a sua empresa está vários anos à frente dos seus concorrentes, na tecnologia 5G.

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