Wall Street recupera com subida dos juros das obrigações

Os principais índices dos Estados Unidos recuperaram das últimas quedas e seguem em alta. A contribuir para este desempenho está a subida dos juros das Obrigações do Tesouro.

As principais bolsas norte-americanas recuperaram das últimas perdas e abriram a valorizar. A contribuir para este desempenho está a recuperação dos juros das Obrigações do Tesouro, aliviando as preocupações sobre uma possível recessão económica. Além disso, as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo estão a aliviar, depois de Donald Trump ter dito que as negociações estão a correr bem.

O índice de referência S&P 500 está a subir 0,25% para 2.789,82 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que está a somar 0,16% para 25.166,36 pontos. Pelo mesmo caminho está a ir o tecnológico Nasdaq, que valoriza 0,41% para 7.578,87 pontos.

Esta recuperação de Wall Street deve-se à subida de três pontos base dos juros das Obrigações do Tesouro com vencimento a dez anos, depois de terem batido mínimos de setembro de 2017 esta quarta-feira. Este cenário deixou os investidores preocupados com uma desaceleração do crescimento da economia dos Estados Unidos, embora este tenha sido revisto em baixa no primeiro trimestre.

A impulsionar também o desempenho das bolsas norte-americanos estão as tensões comerciais, que começam a reduzir as preocupações dos mercados. Isto depois de Donald Trump ter dito, esta quinta-feira, que as negociações com a China estão a correr bem. “Penso que estamos a ir muito bem com a China”, disse o Presidente norte-americano aos jornalistas, durante um discurso na Academia da Força Aérea dos EUA, no Colorado.

“A China adoraria fazer um acordo connosco. Tínhamos um acordo e eles quebraram-no. Penso que se eles tivessem que fazer um novo acordo, não teriam feito o que fizeram“.

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Presidente do PS afirma que “quem agir à margem da lei deve sofrer as consequências”

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

Confrontado sobre as detenções de autarcas socialistas, Carlos César disse que "quem agir à margem da lei" ou "estiver ligado a situações de abuso de poder" deve acatar as respetivas consequências.

O presidente do PS, Carlos César, afirmou esta quinta-feira que quem agir à margem da lei e quem estiver ligado a situações de abuso de poder ou ao desenvolvimento de atividades ilícitas deve sofrer as respetivas consequências judiciais.

Carlos César assumiu esta posição no final da reunião semanal da bancada socialista, no Parlamento, depois de confrontado pelos jornalistas sobre as detenções de autarcas socialistas, pela Polícia Judiciária (PJ), na quarta-feira, no âmbito da Operação Teia, que envolveu 50 agentes e seis magistrados.

Os presidentes das câmaras municipais de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos, Miguel Costa Gomes, bem como o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto (mulher do autarca de Santo Tirso) foram detidos por suspeita da prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais.

Confrontado com este caso, o presidente do PS disse que, “como cidadão”, entende que “quem agir à margem da lei, quem abusar do poder, quem desenvolver atividades ilícitas ou com efeitos danosos deve sofrer as respetivas consequências”. “Não conheço o processo em particular, as investigações decorrem e a seu tempo elas chegarão provavelmente a uma decisão judicial. Se for condenado, é a justiça que é feita. Se isso não acontecer, também é justiça”, respondeu Carlos César.

Questionado sobre o facto de um dos suspeitos ser presidente do IPO do Porto, que se encontra em gestão corrente, o presidente do PS retirou em absoluto o Governo da esfera deste processo crime. “Não vejo relação porque o Governo não acompanha as diligências de investigação, que não são publicamente conhecidas”, declarou.

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Chineses investiram mais de nove mil milhões de euros em Portugal em 2018

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

Portugal é atualmente o quinto país europeu em volume de investimento chinês. A energia, a eletricidade, as finanças, os seguros e o imobiliário são as áreas de maior investimento.

O investimento chinês em Portugal ultrapassou os nove mil milhões de euros em 2018, de acordo com um relatório divulgado esta quinta-feira pelo Governo de Macau, encomendado à Associação Internacional de Construtores da China.

Portugal é atualmente o quinto país europeu em volume de investimento chinês, pode ler-se no mesmo documento, apresentado na inauguração do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês) que termina sexta-feira em Macau. A energia, a eletricidade, as finanças, os seguros e o imobiliário são as áreas de maior investimento da China em Portugal.

Por outro lado, sublinha-se no mesmo relatório, a China é a mais importante fonte de capital estrangeiro para os países de língua portuguesa, destacando-se os exemplos de Brasil, Portugal e Moçambique.

A edição deste ano do fórum conta com mais de dois mil empresários, académicos e políticos, dos quais mais de 50 governantes oriundos de 40 países e regiões, num evento cujo orçamento está estimado em 39 milhões de patacas (4,3 milhões de euros) e que é promovido sob a orientação do Ministério do Comércio da República Popular da China e do Governo de Macau.

O IIICF inclui 36 fóruns paralelos, exposições, seminários de promoção de projetos e bolsas de contacto, entre outras atividades de negociação comercial, para operacionalizar a cooperação entre os países envolvidos na estratégia adotada pelo Governo chinês denominada de “Uma Faixa, Uma Rota”, que visa o desenvolvimento de infraestruturas e investimentos em países europeus, asiáticos e africanos.

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Queixas contra a Segurança Social sobem 39%. Atrasos nas pensões lideram reclamações

Em 2018, as queixas feitas à Provedora de Justiça sobre a Segurança Social aumentaram, em termos absolutos, em 39%. Os atrasos no processamento e pagamento de pensões foram os principais motivos.

A Segurança Social foi o motivo de 30% das queixas apresentadas no último ano à Provedora de Justiça, mantendo-se a principal razão para este tipo de reclamações. De acordo com o Relatório entregue à Assembleia da República, que foi conhecido esta quinta-feira, os atrasos no processamento e pagamento de pensões despertaram a maior parte dessas queixas, tendo mais do que triplicado na comparação homóloga, tal como já tinha sinalizado a Provedora de Justiça, no final do ano.

“Quanto aos assuntos mais tratados em procedimentos abertos no ano de 2018, predominam as queixas em matéria de Segurança Social, as quais representam 30% do total de matérias tratadas no ano”, lê-se no documento conhecido esta tarde. No total, foram apresentadas 2.854 queixas sobre a Segurança Social, valor que compara com as 2.052 reclamações registadas em 2017. Tal valor representa, assim, um disparo em termos absolutos de 39% e uma subida de três pontos percentuais (p.p) do peso relativo desta matéria no total de queixas em relação a 2017.

As queixas incidem maioritariamente (88%) sobre questões relativas a prestações sociais, sendo que as matérias atinentes a contribuições e a dívidas perfazem cerca de 12%”, detalha o relatório. Sobre os objetos dessas queixas, a Provedora de Justiça adianta ainda que foram as pensões de velhice a motivar mais queixas (495, o que representa uma subida de 17%), seguidas das pensões de sobrevivência e outras pensões por morte (378, o que reflete um aumento de 13%) e das contribuições, quotizações, dívidas, restituição de contribuições e de prestações (354, o que equivale a uma subida de 12%).

“Importa salientar o facto de se ter registado este ano um aumento significativo de queixas sobre os atrasos do Centro Nacional de Pensões na apreciação e decisão dos requerimentos de pensões“, salienta a análise, referindo que foram apresentadas 923 queixas deste tipo, mais do triplo das queixas idênticas recebidas em 2017.

Ainda que este não seja um problema novo, a Provedora de Justiça lamenta o seu agravamento, sendo muito desses atrasos superiores a um ano. “Em causa está o acesso tardio a pensões de velhice e de invalidez, pensões unificadas e prestações por morte (pensões de sobrevivência, subsídio por morte e reembolso das despesas de funeral), tanto por parte de cidadãos residentes em Portugal como por parte de cidadãos emigrantes”, lê-se no relatório. “Nas centenas de queixas dirigidas à Provedora de Justiça os cidadãos manifestam o prejuízo, o desespero e a angústia que estes atrasos comportam para si e para os respetivos agregados familiares, clamando, afinal, pelo legítimo direito à pensão“, nota-se.

A Provedora de Justiça sublinha também a falta de recursos humanos (a justificação que tem sido usada pelo Executivo de António Costa para estes atrasos) não pode “servir de fundamento atendível para justificar durante anos o incumprimento dos deveres do Estado e / ou a violação, por parte deste, de direito fundamentais do cidadão”.

O relatório frisa, além disso, que cresceram consideravelmente também as queixas sobre as condições de atribuição e cálculo das pensões antecipadas de velhice e das prestações no âmbito da proteção na deficiência.

Pensões à parte, a segunda matéria a despertar mais queixas foram as Relações de Emprego Público, seguindo-se a Fiscalidade. Por entidade, “quase metade das entidades visadas nas queixas instruídas em 2018 remeteu para a atuação da Administração Indireta e Autónoma”, destacando-se em particular o Instituto da Segurança Social.

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PSD recusa viabilizar Lei de Bases da Saúde negociada à esquerda

  • ECO
  • 30 Maio 2019

A abstenção não será o caminho escolhido pelos sociais-democratas, cujo voto poderia ser decisivo para a aprovação da Lei de Bases da Saúde. O PS conta com o PCP, mas não recolhe o apoio do Bloco.

O PSD não está disposto a viabilizar, nem que seja pela via da abstenção, uma lei de bases negociada entre os socialistas e os partidos à sua esquerda. Esta manhã, o jornal Expresso avançou que os sociais-democratas vão manter a sua proposta de Lei de Bases da Saúde até à votação final, mas vão continuar a mostrar, da mesma forma, disponibilidade para negociar com o PS. A posição foi confirmada, esta tarde, pelo responsável social-democrata Fernando Negrão, ao Público.

“Vamos manter a proposta que temos, da qual não abdicamos, porque é a proposta mais adequada ao Serviço Nacional de Saúde [SNS] nos moldes em que ele existe. Não fazemos alterações profundas ao espírito do SNS, ao contrário da esquerda”, afirmou o responsável social-democrata Fernando Negrão.

O líder da bancada parlamentar do PSD recordou, ainda, que “o senhor primeiro-ministro disse, num debate quinzenal, que a Lei de Bases da Saúde não será aprovada com a direita, mas com a esquerda fundadora do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”.

Fernando Negrão quer ver o PS cumprir “o que prometeu”, mas lembra que, se não conseguir, há “uma lei de bases em vigor”. “O PS que regresse à sua origem doutrinária e venha falar connosco”, acrescentou, mantendo a disponibilidade para chegar a um entendimento, mas que, segundo o mesmo, os socialistas nunca procuraram.

Assim, a abstenção não deverá ser o caminho escolhido pelo PSD, cujo voto é decisivo para a aprovação da Lei de Bases da Saúde. Também esta quinta-feira, o Público avançou que o Governo está convencido de que o BE não votará a favor da proposta de nova Lei de Bases da Saúde, mas teria esperança numa eventual abstenção do PSD, que viabilizaria a aprovação do diploma.

(Notícia atualizada às 16h58 com declarações de Fernando Negrão ao Público)

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A manhã num minuto

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Audições na comissão da Caixa terminam a 18 de junho com Teixeira dos Santos

Já está fechado o calendário das audições da comissão de inquérito à recapitalização e atos de gestão da Caixa. Teixeira dos Santos é o último a ir ao Parlamento, no dia 18 de junho.

Faria de Oliveira de manhã e Teixeira dos Santos à tarde. As audições da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e aos atos de gestão terminam no dia 18 de junho com o regresso do antigo presidente do banco público ao Parlamento e também com o antigo ministro das Finanças do Governo de José Sócrates.

Terá sido Teixeira dos Santos a escolher Armando Vara para a administração da Caixa Geral de Depósitos, segundo o seu antigo secretário de Estado Tesouro e Finanças (2005-2011). Carlos Costa Pina prestou depoimento na quarta-feira, durante quatro horas, nas instalações do Tribunal Central de Instrução Criminal, no âmbito da Operação Marquês, onde terá garantido que nunca viu nada de estranho nas decisões tomadas pelo antigo ministro das Finanças, avança esta quinta-feira o Diário de Notícias (acesso condicionado). Teixeira dos Santos é ouvido esta quinta-feira no âmbito da mesma operação judicial.

Ora, Armando Vara, que foi administrador da CGD e transitou para o BCP juntamente com Santos Ferreira em 2008, será ouvido no Parlamento a 14 de junho. A comissão de inquérito trouxe informação nova relativamente ao projeto de Vale do Lobo. Alexandre Santos, antigo diretor de empresas sul, revelou foi Armando Vara quem lhe enviou um e-mail com um dossiê preparado sobre aquele empreendimento turístico.

Os deputados da comissão de inquérito fecharam o calendário das últimas audições que visam apurar responsabilidades políticas face ao que aconteceu na CGD entre 2000 e 2015.

No dia 11 de junho deslocam-se ao Parlamento António Vieira Monteiro (atual chairman do Santander Totta) e ainda Filipe Pinhal (que foi administrador do BCP). Vieira Monteiro terá sido chamado por causa do seu envolvimento na contratação das chamadas Caravela Boats em 1999, que provocaram um rombo de 450 milhões de euros. Já Filipe Pinhal deverá ser interpelado por causa da guerra acionista no BCP e onde o banco público também teve participação ao financiar Joe Berardo e Manuel Fino na compra de ações.

A 17 de junho, os deputados vão inquirir José Cabral dos Santos, também antigo administrador do banco público.

A fechar, no dia 18 de junho, Faria de Oliveira regressa à comissão pelas 9h30, isto depois de já lá ter ido no início deste mês. Entretanto, os deputados já questionaram alguns dos grandes devedores, que colocaram em causa a gestão do atual presidente da Associação Portuguesa dos Bancos (APB) à frente da CGD entre 2008 e 2010. Faria de Oliveira já enviou, de resto, uma carta à comissão a explicar as decisões tomadas relativamente ao caso Berardo, que foi um dos devedores que criticou a gestão do banco. No mesmo dia à tarde é a vez de Teixeira dos Santos, antigo ministro do Governo de José Sócrates.

Além das audições parlamentares, há uma mão cheia de personalidades que vão responder por escrito aos deputados: Almerindo Marques, João Salgueiro, José Sócrates, a Comissão de ética do Banco de Portugal e Maldonado Gonelha (ainda a verificar).

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IGCP: Portugal entrou “com sucesso” no mercado de Panda Bonds

A agência que gere a dívida pública foi bem-sucedida na operação de financiamento em moeda chinesa. Diz que a operação foi um sucesso, reflexo da forte procura e da taxa obtida.

A primeira emissão de dívida portuguesa em moeda chinesa foi “uma transação de sucesso”, com a qual o país entrou no terceiro maior mercado de obrigações do mundo, como destacou a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

“Marca-se a primeira emissão de sempre de Panda por um país da Zona Euro e apenas o terceiro país europeu a aceder ao mercado da China continental”, afirmou o IGCP, em comunicado, referindo-se às emissões de Panda Bonds — como são conhecidos os títulos em moeda chinesa colocados por emitentes estrangeiros — da Polónia (em agosto de 2016) e da Hungria (em julho de 2017).

O país fechou esta quinta-feira uma colocação de dois mil milhões de renminbi (equivalente a 260 milhões de euros) em Panda Bonds com uma yield de 4,09%. A operação contou com forte procura, que ficou três vezes acima da oferta. Fazendo a conversão para euros, a yield da emissão de dívida de Panda Bonds é o equivalente a 0,65%, apurou o ECO.

O mercado esperava uma taxa de juro entre 3,9% e 4,5% pelos títulos com prazo em 2022 que serão admitidos à negociação na bolsa de Pequim. Esta operação é mais cara do que seria qualquer emissão de dívida em euros, como admitiu também o ministério das Finanças.

Além do juro, o Tesouro terá de pagar pelo hedging, ou seja, a cobertura cambial da totalidade do montante colocado, para se proteger contra a volatilidade da moeda. No entanto, a abertura a um novo mercado e a diversificação da base de investidores em dívida portuguesa são os principais argumentos para a realização da colocação de Panda Bonds.

“Com esta transação bem-sucedida, Portugal ganhou acesso ao terceiro maior mercado de obrigações do mundo para diversificar a sua base de investidores”, sublinhou o IGCP.

O mercado mostrou forte apetite pela dívida portuguesa com investidores dispostos a alocar seis mil milhões de renminbi. “A forte procura dos investidores refletiu-se na quantidade considerável de ordens colocadas no leilão”, referiu ainda o IGCP, acrescentando que a procura ficou 3,165 vezes acima da oferta, o que permitiu rever em baixa o intervalo de taxa de juro.

Já era esperado que os investidores chineses mostrassem interesse pela dívida portuguesa já que, por um lado, o IGCP tem feito contactos preliminares no país e, por outro, essa tem sido a tendência generalizada em relação os títulos do Tesouro português.

A curto prazo Portugal tem-se financiado com juros cada vez mais negativos e a dez anos têm renovado mínimos históricos. Em mercado secundário, os títulos a três anos (prazo das Panda Bonds) negoceiam em -0,24%.

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Abreu Advogados faturou 25 milhões de euros em 2018

A sociedade cresceu em faturação em 2018. Anuncia ainda a reeleição de Carmo Sousa Machado e de Duarte de Athayde e a promoção de 14 advogados.

A Abreu Advogados cresceu em faturação em 2018, passando dos 24,6 milhões de euros em 2017 para 25 milhões de euros o ano passado. A sociedade anuncia ainda a reeleição, por mais dois anos, de Carmo Sousa Machado e Duarte de Athayde, para as posições de, respetivamente, presidente do Conselho de Administração e de managing partner e ainda a promoção de novos três sócios contratados e de onze advogados principais.

“O ano de 2018 foi um período de grande atividade para as nossas equipas”, afirma Duarte de Athayde, managing partner do escritório, citado em comunicado.

“Não apenas com a consolidação da nossa presença no mercado mas também com a afirmação de novas áreas de atuação e de novas soluções que vêm responder, eficazmente, aos novos desafios do mercado empresarial. Os resultados positivos estão espelhados no crescimento da Abreu Advogados a todos os níveis”, diz.

Os novos sócios contratados da Abreu são Gonçalo Delicado, Madalena Caldeira e Tiago Corrêa do Amaral. Gonçalo Delicado é especialista em contencioso, direito comercial, direito do desporto, e direito do trabalho. Madalena Caldeira é especialista em direito do trabalho e direito fiscal. Já Tiago Corrêa do Amaral conta com experiência na área de direito Público e ambiente.

Os advogados que passaram a advogados principais são Ana Flor, Ana Manuela Barbosa, Ana Simões Ferreira, André Pereira da Fonseca, Eduardo Peixoto Gomes, Hugo Teixeira, Margarida Marques Carvalho, Pedro Alves da Silva, Simão de Sant´Ana, Sofia Silva e Sousa, e Tiago Castanheira Marques.

Com esta alteração, a Abreu Advogados passa a contar com uma equipa com 28 sócios, 11 sócios contratados e 11 advogados principais.

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Livraria Lello compra Teatro Sá da Bandeira por 3,5 milhões de euros

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

A hasta pública tinha como valor base de licitação 2,19 milhões de euros, estando a venda da Livraria Lello sujeita a condições especiais.

A Livraria Lello comprou esta quinta-feira o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, por 3,5 milhões de euros, tendo submetido um requerimento para contestar o eventual direito de preferência dos arrendatários e ameaçado avançar com uma ação judicial.

“A Lello pretende isto [o Teatro Sá da Bandeira] para exercer essa atividade, licitou por causa dessas condições especiais impostas e interporá imediatamente uma ação judicial, no sentido de ser reconhecido esse direito”, afirmou em declarações aos jornalistas, no final da hasta pública do imóvel, o advogado da Lello, Amílcar Fernandes.

Questionado pelos jornalistas, Dino Gomes, da empresa Rocha Brito e Vigoço, responsável pela gestão do Teatro Sá da Bandeira, disse que a empresa vai avaliar se vai exercer o direito de preferência pelo valor de 3,5 milhões euros e acusou a Câmara Municipal do Porto de “funcionar indiretamente como um especulador imobiliário”. Na opinião do representante da Lello, o direito de preferência deve ser exercido no ato da alienação.

A hasta pública tinha como valor base de licitação 2,19 milhões de euros, estando a sua venda sujeita a condições especiais. Segundo a informação pública na página da Internet da autarquia, a 16 de maio, “o prédio urbano sito na Rua Sá da Bandeira, 94-A a 108, designado por Teatro Sá da Bandeira, tem uma área total de 1.960 metros quadrados e uma área bruta privativa de 2.945 metros quadrados”.

Teatro Sá da Bandeira, PortoWikimedia Commons

As condições especiais de venda impõem que o comprador se obriga “a destinar exclusivamente o imóvel” ao Teatro Sá da Bandeira, “não podendo afetá-lo a um uso distinto”, sob pena de reverter para o município. “Se após a adjudicação definitiva do prédio o comprador pretender transmiti-lo a terceiros, antes ou depois da celebração do contrato, o Município do Porto reserva para si o direito de preferência na respetiva alienação”, lê-se nas condições especiais de venda.

A deliberação de abertura de hasta pública do Teatro Sá da Bandeira foi aprovada pela Assembleia Municipal no dia 7 de maio, com a abstenção do BE, do PS, da CDU e do PAN. À data, o BE disse não compreender “a pressa” do município do Porto em vender em hasta pública o Teatro Sá da Bandeira e avisava que, muitas vezes, as salvaguardas se transformam “em letra morta”.

PS, CDU e PAN também se mostraram apreensivos com o modelo que pudesse vir a ser adotado, enquanto o PS preferia que o edifício se mantivesse na posse do município e a CDU questionava se “não seria preferível esperar pela conclusão do processo” de classificação do imóvel, aberto há um ano pela Direção-Geral do Património Cultural.

Na resposta, Rui Moreira reiterou que a utilização do espaço está salvaguardada com a classificação do imóvel e sublinhou que, em caso de incumprimento, a hasta pública é reversível. A autarquia anunciou a 23 de junho de 2017 a intenção de comprar o Teatro Sá da Bandeira por 2,1 milhões de euros e exercendo o direito de preferência para “manter o teatro com a função social e cultural” e não perder esse património.

Esta quinta-feira realizou-se, ainda, a hasta pública para venda de um prédio urbano na Rua do Dr. Alberto de Aguiar, n.º 32, na freguesia de Campanhã, que tem uma área total de 166 metros quadrados, designadamente 60 de área coberta e 106 de área descoberta, que tinha como o valor base de licitação de 40 mil euros e que foi alienado por 55 mil euros.

O município acrescenta, ainda, que “as intervenções a realizar nos referidos imóveis terão de ser efetuadas em conformidade com as normas impostas pelo Plano Diretor Municipal do Porto e demais normas legais e regulamentares aplicáveis”. A hasta pública dos dois imóveis teve lugar esta manhã no quinto piso no edifício dos Paços do Concelho.

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Quer investir nas obrigações da TAP? Conheça as datas da operação

A emissão obrigacionista de 50 milhões de euros destinada a grandes e pequenos investidores arranca a 3 de junho, mas há datas a que não pode passar ao lado se pretender investir na operação.

Pela primeira vez na sua história, a TAP pretende captar financiamento junto dos pequenos investidores através de uma emissão obrigacionista de 50 milhões de euros por um prazo de quatro anos. Esta operação acarreta riscos para os investidores pelo que a companhia aérea está disposta a desembolsar uma taxa de juro de 4,375% para captar as respetivas poupanças. Conheça todas as datas da operação disponível para pequenos e grandes investidores.

Prazo de subscrição arranca a 3 de junho

Os pequenos e grandes investidores que pretendam participar nesta operação têm a partir das 8h30 do próximo dia 3 de junho para proceder à entrega das suas ordens de subscrição das obrigações.

18 de junho fecha o prazo para dar ordens

Alterar ou revogar ordens de subscrição desta oferta obrigacionista só pode ser feito até às 15h00 do dia 18 de junho, último dia da oferta. A partir desse prazo, as ordens de subscrição não poderão ser alteradas e serão consideradas irrevogáveis.

Resultados apurados a 19 de junho

Às 17 horas de 19 de junho serão apurados os resultados da oferta e feita a divulgação dos respetivos resultados. Ou seja, será nessa altura que os investidores ficarão a saber com que fatia da emissão obrigacionista ficaram.

Estreia dos títulos no mercado a 24 de junho

O prospeto aponta o dia 24 de junho como a data prevista para a liquidação física e financeira da oferta, emissão e subscrição das Obrigações TAP 2019-2023, mas também para a admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon.

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Banco Montepio ameaça processar quem violou sigilo bancário

  • ECO
  • 30 Maio 2019

A instituição reagiu às notícias que dão conta de uma transferência de ativos do banco para o BEM. Diz que quer “punir os responsáveis pela violação dos deveres de sigilo bancário e profissional".

O jornal Público escreveu no passado dia 20 de maio que o Banco de Empresas Montepio (BEM) estava a atrair os clientes mais sólidos da caixa económica, sem assumir os ativos tóxicos.

O presidente do banco, Carlos Tavares, já tinha reagido numa carta enviada aos colaboradores onde escrevia que não estava a haver “transferência de carteira de clientes” para esta nova instituição, criada para oferecer um serviço especializado às empresas.

Agora o banco vai um pouco mais longe e ameaça levar a tribunal “os responsáveis pela violação dos deveres de sigilo bancário e profissional, bem como de obter o devido ressarcimento pelos danos reputacionais causados”. A instituição alega que foram publicados em jornais dados de natureza comercial que “só podem ter sido obtidos com violação grosseira do sigilo bancário”.

Segundo o Público, o BEM teria sido criado para tirar do Montepio os melhores clientes do banco, com volume de negócios acima de 20 milhões de euros, sem que houvesse a correspondente passagem de ativos tóxicos e de imparidades. Ao deixar esses ativos no Montepio, o BEM poderia vir a contribuir para desvalorizar o banco, mas Carlos Tavares desmente.

Num comunicado agora enviado às redações, o Montepio associa as notícias à resistência a mudanças: “Como em todos os processos de mudança, é normal que alguns interesses instalados reajam e resistam à mudança, recorrendo à transmissão na comunicação social de informação falsa, distorcida e mesmo em violação da lei. Isso não demoverá naturalmente o Conselho de Administração — e a Comissão Executiva em particular — de continuar a aplicar o referido Plano [de Transformação] com a mesma determinação e solidariedade entre os seus membros”.

(Correção: Na notícia original, o ECO escreveu que o Banco Montepio admitia “avançar com medidas judiciais contra o jornal Público devido a uma notícia sobre o novo Banco de Empresas Montepio”. Não é claro no comunicado se o jornal é o alvo das ameaças do banco, como tal alterámos o título e parte do conteúdo da notícia).

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