“Angola está a criar condições para o desenvolvimento económico”

Manuel Mota, José Carlos Burity, Luís Marques, Paulo Trindade Costa e Rui Amendoeira debatem o novo ciclo de investimento no mercado angolano. Acompanhe o debate em tempo real.

A nação angolana está em transformação: com o novo ciclo político surge também um novo ciclo de investimento em Angola. Numa conferência em Lisboa, o ECO juntou no mesmo painel nomes como o de Manuel Mota (CEO da Mota-Engil África), José Carlos Burity (administrador do Banco Atlântico Europa), Luís Marques (tax leader da EY), Paulo Trindade Costa (partner da Vieira de Almeida & Associados) e Rui Amendoeira (advogado e delegado da AIA).

Da estratégia no investimento à visão da proposta de valor, passando pelo programa de privatizações e pelo novo regime jurídico do investimento privado, recorde as principais ideias partilhadas no debate, que foram publicadas em tempo real.

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Portugal emite Panda Bonds com cupão de 4,09%. Procura triplicou oferta

Esta foi a primeira emissão de dívida pública em moeda chinesa de um país da Zona Euro. A operação está concluída e, em euros, conseguiu um cupão abaixo de 0,65%.

Portugal emitiu dívida em moeda chinesa com um cupão de 4,09%. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP realizou uma colocação de dois mil milhões de renminbi (equivalente a 260 milhões de euros) em Panda Bonds. A operação contou com forte procura, que ficou três vezes acima da oferta.

Fazendo a conversão para euros, o cupão da emissão de dívida de panda bonds é o equivalente a 0,65%, apurou o ECO. Este não é, ainda assim, o preço final já que além do cupão ainda não foi possível apurar a que taxa de juro foram vendidos os títulos com prazo em 2022 que serão admitidos à negociação na bolsa de Pequim.

O mercado esperava uma taxa de juro entre 3,9% e 4,5%. Esta operação é mais cara do que seria qualquer emissão de dívida em euros, como admitiu o ministério das Finanças.

No entanto, a abertura a um novo mercado e a diversificação da base de investidores em dívida portuguesa são os principais argumentos para a realização da colocação de Panda Bonds, como são conhecidos os títulos em moeda chinesa colocados por emitentes estrangeiros.

Ainda pouco conhecido, a volatilidade da moeda é maior risco deste mercado. Para se proteger, o IGCP recorreu ao hedging, ou seja, a cobertura cambial da totalidade do montante, o que irá a curto prazo encarecer a operação.

Esta é a primeira emissão de Panda Bonds de um país da Zona Euro e estava a ser preparado pelo Governo português desde o final de 2017. Mais de um ano e meio depois, Portugal fechou a operação e o mercado mostrou forte apetite pela dívida portuguesa com investidores dispostos a alocar seis mil milhões de renminbi.

Já era esperado que os investidores chineses mostrassem interesse pela dívida portuguesa já que, por um lado, o IGCP tem feito contactos preliminares no país e, por outro, essa tem sido a tendência generalizada em relação os títulos do Tesouro português. A curto prazo Portugal tem-se financiado com juros cada vez mais negativos e a dez anos têm renovado mínimos históricos. Em mercado secundário, os títulos a três anos (prazo das Panda Bonds) negoceiam em -0,24%.

(Notícia atualizada às 12h20)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 30 Maio 2019

Espanha vai mudar a legislação para facilitar a emissão de dívida por parte das empresas, a recessão poderá ter regressado à economia brasileira e Israel vai voltar às urnas.

Espanha está a mudar a legislação para garantir que as empresas se conseguem financiar mas facilmente através da emissão de dívida. E no Brasil as notícias económicas não parem muito positivas já que, os dados do primeiro trimestre deverão confirmar esta quinta-feira um abrandamento da economia e até talvez mesmo uma recessão. Por outro lado, pela primeira vez em Israel, um primeiro-ministro designado não consegue formar Governo. Benjamin Netanyahu atira o país para um novo processo eleitoral. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Cinco Días

Espanha muda legislação para incentivar emissão de dívida das empresas

O Ministério da Economia da Espanha está a trabalhar numa nova legislação para evitar a deslocação de empresas que queiram emitir dívida para outros países. A mudança à Lei das Sociedades de Capital Aberto inclui regras menos apertadas para os emitentes, que deixam de ter de preparar um relatório anual de governança. Este é um dos obstáculos que incentiva os emissores a procurarem outros países, como Irlanda ou Luxemburgo. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/ conteúdo em espanhol).

AFP

PIB trimestral deve confirmar desaceleração económica do Brasil

A desaceleração da economia brasileira deve ser confirmada esta quinta-feira pelos dados do primeiro trimestre, que poderão mesmo revelar uma contração, a primeira desde o fim de 2016. Caso esta previsão se venha a confirmar caem por terra as expectativas de descolagem rápida criadas com a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência e com o seu programa pró-mercados. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu este mês uma “probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”. Nesse caso, o Brasil ficaria à beira de uma nova recessão (definida por dois trimestres consecutivos de contração do PIB), depois da de 2015-2016. A maior economia latino-americana, com mais de 13 milhões de desempregados, ainda se ressente das consequências desta crise, já que registou dois anos consecutivos de crescimento fraco (1,1% em 2017 e em 2018). Leia a notícia completa na AFP (acesso livre/ conteúdo em português)

Financial Times

Malásia rejeita bloqueio dos EUA à Huawei

A Malásia quer continuar a usar a tecnologia da Huawei, apesar de os EUA terem colocado a produtora chinesa na lista negra de exportações e terem incentivado os aliados a não fazerem negócio com a empresa. A garantia foi dada pelo primeiro-ministro do país, Mahathir Mohamad, citado pelo Financial Times. Numa conferência da Nikkei em Tóquio, o governante disse que a Malásia “está a tentar usar o máximo de tecnologia possível” porque a capacidade de investigação da Huawei é “muito superior” à das tecnológicas malaias. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/ conteúdo em inglês).

BBC

Netanyahu falhou coligação. Israel avança para novas eleições

Após uma corrida contra o tempo, o primeiro-ministro e líder do partido Likud, Benjamin Netanyahu, falhou na formação de um Governo de coligação em Israel. Foi decidida assim a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições que deverão acontecer a 17 de setembro. Trata-se da primeira vez na história de Israel que um primeiro-ministro designado falha em conseguir alcançar uma coligação. Leia a notícia completa na BBC (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Reuters

Disney diz que vai ser “difícil” filmar na Geórgia se lei do aborto entrar em vigor

O presidente-executivo da Walt Disney, Bob Iger, disse à Reuters que seria “muito difícil” para a empresa continuar a filmar na Geórgia caso uma nova lei de aborto entre em vigor, já que muitas pessoas se recusariam em trabalhar no estado norte-americano. Em causa está uma lei assinada pelo governador daquele Estado que proíbe o aborto após a identificação do batimento cardíaco do feto (seis semanas do início da gravidez). De salientar que a Disney filmou na Geórgia sucessos de bilheteira, como “Pantera Negra” e “Vingadores: Endgame”. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês).

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Líder da greve dos combustíveis contactado por outros dez sindicatos

  • ECO
  • 30 Maio 2019

"São mais de uma dezena de sindicatos que nos pediram ajuda e com quem muito possivelmente vamos iniciar um trabalho de apoio", confirmou Pedro Pardal Henriques à TSF.

Pedro Pardal Henriques, advogado e vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), foi o rosto da luta dos motoristas de matérias perigosas na greve que levou ao colapso do fornecimento de combustíveis por todo o país. Desde então, já foi contactado por mais de uma dezena de outros sindicatos, segundo noticia a TSF (acesso livre).

“São mais de uma dezena de sindicatos que nos pediram ajuda e com quem muito possivelmente vamos iniciar um trabalho de apoio”, confirmou Pardal Henriques à TSF, referindo-se ao seu escritório de advogados.

Preferiu não avançar todos os nomes dos sindicatos que o contactaram, mas explicou que se trata de novos sindicatos, prestes a serem formados com trabalhadores descontentes com a representação que têm atualmente. Neste grupo inclui-se o Sindicato de Segurança e Vigilantes de Portugal (SSVP). Entre os interessados, há também sindicatos independentes já formados.

“Há uma mudança no paradigma do sindicalismo tradicional que tem gerado muitos sindicatos independentes que não se reveem nas formas de luta tradicionais”, referiu o advogado à rádio, sublinhando que em setores como a segurança privada as cargas horárias são “muito elevadas” e existem “esquemas de pagamentos que violam o Código do Trabalho”, tal como o que acontece com os motoristas.

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Paulo Núncio e Tiago Silveira promovidos a sócios na Morais Leitão

Numa estratégia de renovação geracional, a sociedade acaba de anunciar a promoção de novos sócios, advogados seniores e associados principais. O managing partner fala em "sinal de confiança".

A Morais Leitão acaba de anunciar a promoção de novos sócios, advogados seniores e associados principais. Ao todo, são 20 os advogados promovidos, entre eles Paulo Núncio e João Tiago Silveira. “Este é um momento de particular felicidade no nosso ano”, diz Nuno Galvão Teles, managing partner da sociedade. “O anúncio das promoções a novas categorias confirma que a Morais Leitão se renova, que o futuro está assegurado por uma equipa coesa e com excelentes resultados apresentados”, acrescenta, citado em comunicado.

Para o gestor do escritório, esta promoção representa “um sinal de confiança”. “Não apenas no modo como olhamos para dentro de casa, mas especialmente na estabilidade com que damos cada passo num crescimento à vista de todos e construído com todos”.

João Tiago Silveira e João Torroaes Valente foram admitidos a sócios de indústria, nas áreas de direito público e de imobiliário, respetivamente. Os dois advogados já coordenavam as equipas destas áreas.

Paulo Núncio, Cátia Fernandes, Gonçalo Machado Borges e João Matos Viana foram confirmados como sócios contratados. Estes novos sócios trabalham nas áreas de fiscal, europeu e concorrência e contencioso.

A Morais Leitão promoveu ainda a advogados seniores Duarte Santana Lopes, Fábio Castro Russo, João Lima Cluny, Luís Roquette Geraldes, Margarida Torres Gama, Mariana Soares David, Nuno Gundar da Cruz, Pedro Cruz Gonçalves, Pedro Soares da Silva, Sara Taipa Teixeira e Vasco Stilwell d’Andrade. As advogadas Leonor Martins Machado, Maria Almeida e Silva e Rita Ferreira Lopes passaram a associadas principais.

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TAP quer financiar-se junto dos pequenos investidores. Emissão de dívida de 50 milhões oferece taxa de 4,375%

A companhia aérea portuguesa vai arrancar, a 3 de junho, com uma emissão de dívida de 50 milhões de euros. Quer financiar-se junto de grandes, mas também de pequenos investidores.

A TAP mantém os planos de ir para a bolsa. Mas antes de reforçar capital, precisa de se financiar. Desta vez, vai tentar fazê-lo com uma emissão de obrigações que estará disponível também para pequenos investidores. Pretende captar 50 milhões de euros, sendo que para atingir essa meta conta com uma taxa de juro elevada. Vai pagar 4,375%.

A dívida da empresa está contraída junto da banca, tendo sido alvo de renegociações que lhe permitirão reduzir os custos de financiamento nos últimos anos. Parte desse endividamento está a atingir o prazo, pelo que a TAP procura, agora, obter fundos através dos mercados para saldar esses compromissos. É neste contexto que avança com a emissão de obrigações.

Estes 50 mil títulos que pretende emitir, a 1.000 euros cada um, com maturidade em 2023, visam gerar “fundos para consolidar o seu passivo num prazo mais alargado, através do refinanciamento de dívidas que se vencerão num futuro próximo, bem como para financiar a sua atividade corrente”, refere a TAP no prospeto que já foi validado pela CMVM. O montante poderá ser revisto até dia 14 de junho.

A maior parte dos 50 milhões de euros que espera captar com a operação virão de investidores institucionais, mas a TAP conta com o apoio dos pequenos investidores portugueses que têm visto nestas obrigações de retalho uma alternativa atrativa para rentabilizarem as suas poupanças. Ainda recentemente o Benfica voltou ao mercado para colocar 40 milhões de euros, mas as ordens chegaram a 118 milhões.

"Fundos servem para consolidar o seu passivo num prazo mais alargado, através do refinanciamento de dívidas que se vencerão num futuro próximo, bem como para financiar a sua atividade corrente.”

TAP

Um fator que pesará na decisão dos investidores será a taxa de juro. Tendo em conta o risco associado a estes títulos — um detentor de obrigações é um credor da empresa, correndo o risco de perda de capital em caso de incumprimento –, bem como ao perfil da empresa, a TAP apresenta uma taxa de 4,375%. A título de exemplo, a SAD do Benfica colocou as obrigações com um juro de 3,75%.

Estas obrigações vão poder começar a ser subscritas a 3 de junho, terminando o prazo para colocar a ordem junto dos intermediários financeiros a 18 de junho. Qualquer investidor que coloque uma ordem mas queira revogá-la poderá fazê-lo até ao último dia da operação, sendo os resultados apurados a dia 19. Está prevista a admissão à negociação na Euronext Lisbon a 24 de junho.

O investimento em obrigações é completamente diferente da colocação das poupanças em depósitos, tanto em risco como em custos para quem o faz. E a TAP nota isso mesmo no prospeto. “À subscrição das Obrigações TAP 2019-2023 estarão associadas outras despesas e comissões”, refere.

Assim, “o subscritor poderá, em qualquer momento prévio à subscrição, solicitar ao intermediário financeiro a simulação dos custos do investimento que pretende efetuar, por forma a obter a taxa interna de rendibilidade do mesmo”. Pode fazê-lo junto do banco, mas também do site do regulador do mercado, a CMVM.

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Prémio João Vasconcelos dá dez mil euros a empreendedor do ano. Candidaturas abrem a 1 de junho

Anunciado dias depois da morte do primeiro diretor da Startup Lisboa, candidaturas ao prémio "empreendedor do ano" decorrem até 31 de agosto.

Estão abertas a partir de 1 de junho, sábado, as candidaturas ao “prémio empreendedor do ano João Vasconcelos”, anunciado pela Startup Lisboa a 28 de março. “Como racional, este prémio é uma homenagem ao João Vasconcelos, primeiro diretor executivo da Startup Lisboa. Essa é a primeira razão da sua existência”, explica Miguel Fontes ao ECO. “Depois, servirá para premiar empreendedores em termos de performance, que poderá ser individual ou de equipa. Pode vencer o prémio uma startup e não apenas uma pessoa“, detalha o responsável pela incubadora.

A ideia é que o “prémio empreendedor do ano” seja atribuído anualmente. Elegíveis para a distinção estão founders na Startup Lisboa ou pessoas e projetos sediados em Lisboa.

Anunciado pela Startup Lisboa nos dias seguintes à morte de João Vasconcelos, o prémio conta ainda com o apoio do Iapmei, da Câmara de Lisboa e do Montepio, parceiros da incubadora. As candidaturas podem ser feitas através do preenchimento de um formulário online, e até 31 de agosto.

Entre os critérios de escolha para o “prémio empreendedor do ano João Vasconcelos” estão a visão e a estratégia, a resiliência, a equipa, o crescimento e a penetração internacional do projeto. A entrega do prémio no valor de dez mil euros deverá acontecer na segunda quinzena de setembro, perto do dia de aniversário de João Vasconcelos. O vencedor será escolhido por uma pool que inclui alguns dos primeiros founders de startups que passaram pela Startup Lisboa, criada em 2012.

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Fórum EuroBic: Viseu pede política fiscal amiga do investimento

Viseu reclama uma política fiscal que incentive os empresários, mas também melhores acessos, com uma requalificação do IP3 e aposta na ferrovia. É das cidades que tem melhor qualidade de vida.

Viseu é considerada uma das cidades com melhor qualidade de vida em Portugal. Pouco trânsito, segurança, baixo custo de vida quando comparado com as grandes cidades do Litoral são algumas das maiores vantagens em viver na região Beirã. Todavia, a desertificação, a falta de aposta na indústria, a falta de incentivos, pouco emprego e população envelhecida são alguns dos maiores desafios que a região enfrenta.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu pede uma política fiscal que incentive os empresários e destaca a importância da indústria para o desenvolvimento da região. “Os nossos empresários são uns heróis, existe um ADN empreendedor e isso é de saudar”, evidencia Almeida Henriques, lamentando a desigualdade entre o litoral e o interior.

Estes territórios ou têm uma descriminação fortemente positiva ou então muitos destes empresários não estão numa posição de igualdade e competitividade com outros que estão no litoral.

António Almeida Henriques

Presidente da Câmara Municipal de Viseu

António Almeida Henriques apela também para a necessidade de apostar em mais acessos para o sul do país, que na sua ótica são “maus”. “Há sítios que têm três autoestradas e nós só temos uma”, constata Almeida Henriques na terceira edição do Fórum Desafios e Oportunidades que teve como mote principal o “Desenvolvimento Económico da Região”.

João Cotta, presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) concorda com o edil na questão da acessibilidade e frisa que “é necessário apostar na requalificação do IP3 e na ferrovia”, até porque a região de Viseu tem uma “baixa produtividade” e é importante “apostar na captação de investimento”, refere.

Fórum Eurobic em Viseu - 29MAI19

O distrito de Viseu é responsável por 50% da produção nacional de maçã, mas não é só através da agricultura que se deve o sucesso industrial de Viseu. As 4.553 empresas da região dedicam-se sobretudo ao cluster automóvel e aos setores farmacêutico, têxtil e metalúrgico.

A Visabeira, a empresa com maior peso na cidade de Viseu, espelha bem o exemplo que no interior do país também existem boas oportunidades, apesar dos desafios inerentes. Nuno Marques, CEO do Grupo Visabeira, frisa que é com “orgulho” que a sede da Visabeira está localizada em Viseu e confessa que mudá-la para outra cidade está fora de questão. Um dos objetivos do grupo passar por “dinamizar o desenvolvimento da região” e, por isso, pretende “manter e reforçar em Viseu aquele que é o centro de comando”, refere. A Visabeira tem um volume de negócios de 745 milhões de euros e emprega, só na sede de Viseu, mais de 800 pessoas.

A verdade é que a cidade, o concelho e toda a região de Viseu desenvolveu-se porque os empresários apostaram aqui. Não há nenhuma região que se desenvolva se não existir fixação de riqueza.

António Almeida Henriques

Presidente da Câmara Municipal de Viseu

Gilberto Coimbra, presidente do conselho de administração da Gialmar e presidente do Clube Desportivo de Tondela, corrobora que existem desafios, mas também oportunidades no interior e defende que a cidade de Viseu é fortemente atrativa.

O autarca de Viseu está consciente que existem “fatores de atratividade que podem ser ainda incrementados”, mas não deixa de fazer o reparo que ainda existe muito a fazer e interroga: “Como é que alguém se fixa num território que não tem acesso à internet ou que não tem banda largar?“. Questões pertinentes que na opinião do presidente da Câmara Municipal de Viseu são “políticas públicas nacionais que valem a pena ser desenvolvidas”, dificultando assim a captação de pessoas ao interior.

Ainda assim, Almeida Henriques desta a qualidade de vida na região de Viseu e destaca a resiliência do território: “Viver hoje na região já não é um constrangimento, mas sim um privilégio”, conclui.

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Lítio pode ser o petróleo de Portugal, diz investigadora

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

No âmbito da Battery Summit 2030, Marina Brito salientou que Portugal é "dos únicos" países que tem condições para "cobrir todo o ciclo das baterias, desde da mineração à reciclagem" dos equipamentos.

Uma investigadora do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, considerou esta quinta-feira que o lítio pode ser o petróleo de Portugal, podendo o país “assumir um lugar cimeiro” na produção de baterias.

No âmbito da Battery Summit 2030, encontro internacional que se vai realizar na sexta-feira no INL, em cooperação com a Agência Nacional de Inovação, Marina Brito salientou que Portugal é “dos únicos” países que tem condições para “cobrir todo o ciclo das baterias, desde da mineração (lítio) à reciclagem” dos equipamentos, apontando que “há toda a economia circular” com base nas baterias.

Segundo referiu, um dos motivos da conferência é conseguir que “seja um passo” para Portugal aderir ao ‘Fet Baterry 2030 Manifesto’, sendo que a comunidade científica “está focada” em quatro áreas de investigação: aceleração da descoberta de novos materiais e interfaces, sensorização inteligente e capacidade de autorregeneração, capacidade de fabrico e capacidade de reciclagem.

Portugal tem o potencial para percorrer o ciclo todo, porque é o único país que tem minas de lítio”, destacou. Para Marina Brito, “se olharmos para os países da Arábia Saudita e dessa zona, vemos que o petróleo não é uma coisa má”. “Tem é que ser muito bem pensada a forma como vai ser gerido esse mineral, porque o lítio é o futuro”, sublinhou.

A investigadora quer “chamar ao INL à discussão e mostrar” que o instituto pode também estar na vanguarda da questão. “Aqui no INL temos um ‘cluster’ de energia que está interessado não só na captação da energia solar, mas também em novas formas de armazenamento de energia. Já temos a decorrer investigação solar há algum tempo e tendo em conta que o mundo inteiro está agora a focar nestas novas diretrizes para captação e armazenamento de bateria, achamos que há compatibilidade com as nossas diretrizes”, explicou a responsável.

Marina Brito admitiu que “o INL gostava era encontrar novas baterias que não passem só pelo lítio ou chumbo ácido”. Segundo salientou, “há baterias em quase tudo o que se faz hoje em dia, desde o carro, ao telemóvel, ao portátil, ao ‘tablet’, tudo tem uma bateria. O problema é que essas baterias não são eternas e a energia acaba”.

Pegando na questão da mobilidade, “talvez aquela em que mais se discute o uso das baterias e as suas vantagens e desvantagens”, Marina Brito explicou que o grande problema é “precisamente a pouca autonomia, o baixo nível de armazenamento de energia das baterias” dos automóveis.

“As baterias são de duração limitada, ainda não temos a capacidade de controlar bem a ‘saúde’ da bateria. É preciso criar as ‘smart batteries’ que digam o estado da bateria”, disse, referindo-se a uma das diretivas da Europa que prevê a regeneração destes produtos.

Marina Brito explicou que as baterias “podem ser recicladas, mas é limitada a forma como o são até porque há vários tipos de baterias”. “O que se faz hoje em dia é a chamada segunda vida das baterias. Portanto, as baterias que não servem para mobilidade podem ser utilizadas para outras coisas. Há uma economia circular que está a ser desenvolvida e que pode ser otimizada”, explicou.

O evento, que decorrerá durante todo o dia e que deverá ter a participação do secretário de Estado João Galamba, do Ministro Manuel Heitor e da nova presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Helena Pereira.

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Juros da dívida a dez anos em novo mínimo histórico. Toca os 0,838%

No dia em que Portugal está no mercado para emitir pela primeira vez títulos em moeda chinesa, a yield cai em mercado secundário. A dois, cinco e dez anos está nos valores mais baixos de sempre.

Os juros da dívida pública a dez anos renovam novos mínimos. No dia em que Portugal está no mercado para emitir pela primeira vez obrigações do Tesouro em moeda chinesa, os investidores mostram forte interesse pelos títulos portugueses e pedem menos para os trocar entre si no mercado secundário.

A yield das obrigações portuguesas a dez anos caem no início da sessão para 0,838%, no valor mais baixo de sempre, que compara com os 0,846% em que fecharam na quarta-feira. Além do reforço da confiança dos investidores de que Portugal tem sido alvo nos últimos meses, o país acompanha também a tendência europeia de diminuição nas yields.

O juro das Bunds alemãs com a mesma maturidade negoceiam em terreno negativo, em -0,161%. Os juros de Espanha e da Grécia também caem, para 0,739% e 3,109%, respetivamente. Em Itália, o juro sobe ligeiramente para 2,652%.

Também em outras maturidades, Portugal atinge os juros mais baixos de sempre. É o caso da dívida a cinco anos, cuja yield negoceia -0,043%, um mínimo de sempre após ter entrado em terreno negativo a 28 de maio. A dois anos desce para -0,412%, no valor mais baixo de sempre.

Portugal realiza esta quinta-feira a primeira emissão de um país da Zona Euro de Panda Bonds, títulos em moeda chinesa colocados por estrangeiros. A colocação, que está a ser preparado pelo Governo português desde o final de 2017, será de dois mil milhões de renminbi, o equivalente a 260 milhões de euros.

A emissão terá a maturidade de três anos e terá um custo superior ao equivalente em euros, sendo que a yield da dívida portuguesa com este prazo em euros negoceia em mercado secundário em terreno negativa, em -0,225%. O intervalo de preço apontado pelo regulador chinês, a que a agência Bloomberg teve acesso, situa-se entre 3,9% e 4,5%, sendo que estas taxas são em renminbi e o equivalente em euros poderá ser mais baixo.

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Accenture Interactive considerada a maior agência digital do mundo 

  • Ricardo Vieira
  • 30 Maio 2019

A receita da maior agência digital do mundo? Aquisição de dez agências, 8,5 mil milhões de dólares em faturação, parceria com StudioLab da Disney e aquisição de novas contas como BMW e Shell.

A revista Ad Age, que avalia mais de 500 agências, redes e empresas, voltou a considerar, pelo quarto ano consecutivo, a Accenture Interactive a maior agência digital do mundo. No ano fiscal de 2018, a agência faturou 8,5 mil milhões de dólares (a maior receita mundial), o que significa um crescimento de 30% face ao ano anterior. Isto no ano de crescimento mais fraco no setor nos EUA desde a recessão.

“Este reconhecimento reflete também as recentes aquisições da Accenture Interactive: a Droga5, uma das principais agências independentes de publicidade a nível mundial, e a Shackleton, uma premiada agência espanhola com quinze anos de mercado, que contribuirá para expandir as capacidades de construção de experiências de marca integradas para clientes na Península Ibérica e América latina”, refere a agência em comunicado. Também em 2018, a empresa adquiriu nove agências premiadas de marketing digital: Adaptly, Altima, Kolle Rebbe, Kaplan, HO Communications, MXM, Mackevision, New Content e Rothco (vencedor do “Agency of the Year” no Eurobest 2018).

No ranking da Ad Age, que é publicado desde 1945, a agência foi distinguida entre as “15 maiores redes digitais mundiais”, as “25 maiores redes consolidadas mundiais” e as “25 maiores agências mundiais”.

“Estamos muito honrados com este prémio da Ad Age, mas sabemos que ainda existe um caminho a percorrer em conjunto com os nossos clientes para sermos ainda mais bem sucedidos no futuro”, referiu Brian Whipple, responsável mundial da Accenture Interactive, explicando “que atualmente, as marcas são essencialmente construídas através de experiências interativas, e nós estamos focados em proporcionar experiências significativas a cidadãos, colaboradores, pacientes e clientes em todo o mundo. A tecnologia é usada em prol do bem humano, na interseção entre propósito e inovação”.

“Este reconhecimento reflete um ano de sucesso para a Accenture Interactive e uma forte procura pela sua proposta enquanto nova geração de agência, combinando, de igual modo, consultoria de gestão, agência criativa e centro tecnológico para ajudar os clientes a concretizarem os seus objetivos na transformação das experiências”, acrescentam.

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Angola já pagou metade dos 500 milhões dólares em dívida a empresas portuguesas

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

O secretário de Estado da Economia de Angola, Sérgio dos Santos, afirmou, em entrevista à Lusa, que 50% do valor em dívida a empresas portuguesas já está regularizado.

O Governo de Angola vai pagar a totalidade da dívida às empresas portuguesas até final deste ano, tendo já desembolsado 250 milhões de dólares de um total de cerca de 500 milhões (447 milhões de euros) em dívidas certificadas.

“Apurámos um valor de cerca de 500 milhões de dólares, do qual 50% já está pago, e em breve será feito um pagamento de 40 milhões e, mais importante, o Governo de Angola assumiu com o Fundo Monetário Internacional que este ano vai pagar todas as dívidas que estão formalmente registas nas contas públicas“, disse à Lusa o secretário de Estado da Economia.

Apurámos um valor de cerca de 500 milhões de dólares, do qual 50% já está pago, e em breve será feito um pagamento de 40 milhões e, mais importante, o Governo de Angola assumiu com o FMI que este ano vai pagar todas as dívidas que estão formalmente registas nas contas públicas.

Sérgio dos Santos

Secretário de Estado da Economia

Em entrevista à Lusa no dia em que participa no Fórum Portugal-SADC, em Carcavelos, Sérgio dos Santos disse que “até ao próximo ano há um calendário de pagamento para as dívidas reconhecidas fora dos procedimentos normais de execução do Orçamento do Estado, e provavelmente essas empresas já vão celebrar um clima de negócios diferente no final do ano”.

O governante vincou ainda: “É importante que a dívida não cresça e daí a atitude do Governo de não deixar acumular compromissos de pagamento nos contratos novos que estão a ser feitos” no país.

No terça-feira, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, disse na Assembleia Nacional que a dívida pública subiu para 66,7 mil milhões de dólares (59,9 mil milhões de euros), o equivalente a 85% do Produto Interno Bruto, justificando a subida com os preços do petróleo.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o ministro atribuiu esta subida da dívida pública nos últimos três anos à descida das receitas fiscais decorrentes da queda do preço do petróleo, o que causou um “brutal desequilíbrio fiscal”.

Segundo Archer Mangueira, a dívida das empresas públicas, nomeadamente a Sonangol e a Linhas Aéreas de Angola, representam 5% do PIB, enquanto que a dívida emitida pelo Estado vale 80% da riqueza produzida no país.

Em março, o FMI tinha estimado que a dívida de Angola poderia chegar aos 90% do PIB no final deste ano, defendendo cautela na contração dos financiamentos, antes de aprovar um programa de apoio financeiro no valor de 3,7 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros).

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