Costa escolhe “políticas de rendimento” para primeiro tema do debate quinzenal da legislatura

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Para o próximo debate quinzenal, que será o primeiro desta legislatura, o primeiro-ministro propôs como tema "políticas de rendimento".

O primeiro-ministro propôs as “políticas de rendimento” para tema do primeiro debate quinzenal da presente legislatura, na quarta-feira, na Assembleia da República, disse à agência Lusa fonte da Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

António Costa tem definido a política de rendimentos como uma das “prioridades centrais” do seu Governo na presente legislatura, e o executivo já avançou com uma proposta em sede de concertação social para aumentar gradualmente o salário mínimo até atingir 750 euros mensais em 2023.

Além da questão do salário mínimo nacional, o primeiro-ministro defende um acordo de política de rendimentos para fazer subir os salários dos jovens mais qualificados e para um aumento global do nível salarial em Portugal.

Numas das suas mais recentes intervenções públicas, na sexta-feira à noite, perante militantes socialistas da Federação da Aérea Urbana de Lisboa (FAUL), António Costa afirmou que tem de existir no país uma maior justiça na repartição dos ganhos do crescimento entre empresas e trabalhadores e que o nível do salário médio deve atingir o nível registado antes da crise de 2010.

Tem de haver um aumento geral do conjunto dos salários. O peso dos salários, no conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), deve aproximar-se daquele que existia antes da crise, ou seja, tem de haver um maior equilíbrio na riqueza produzida entre aquilo que são os ganhos das empresas e aquilo que é o rendimento do trabalho que permite às empresas ganhar aquilo que estão a ganhar”, sustentou o líder socialista.

Além de o Governo se preparar para fixar o salário mínimo nacional para 2020, tendo em vista iniciar a trajetória até aos 750 euros em 2023, o executivo socialista quer também acordar com os parceiros sociais o calendário para um acordo sobre política geral de rendimento e de crescimento da economia.

“É verdade que o salário mínimo nacional subiu 20% na última legislatura e que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o conjunto dos salários médios subiu 11,3%. Mas a verdade é que o rendimento médio ainda está abaixo do valor anterior à crise [de 2010]“, observou António Costa.

Em matéria de política de rendimentos, António Costa disse que os objetivos passam por aumentar o salário mínimo nacional para 750 euros em 2023, assinar um contrato em sede de concertação social que sirva de referencial para a negociação coletiva em matéria de valorização dos vencimentos dos jovens qualificados (licenciados ou com cursos de profissionalização) e “promover um esforço geral de revalorização dos salários”.

“É evidente que, para esta trajetória ser possível, é fundamental que haja bom diálogo social nas empresas, que haja dinamização da negociação coletiva em cada um dos setores e que exista um esforço de concertação social, sendo os parceiros sociais parte integrante desse processo”, disse.

Neste ponto, António Costa deixou no entanto um aviso às forças à esquerda do PS: “Nós não podemos ter aumentos com pés de barro, temos de ter aumentos sustentados no crescimento e que sejam eles próprios motores de mais crescimento económico”.

“Sabemos bem que a competência para aumentar o salário mínimo nacional é do Governo e que não precisamos de acordo nenhum. Mas, numa sociedade democrática avançada, um Governo deve promover o diálogo e deve saber ouvir antes de decidir. Devemos ouvir os parceiros sociais, não apenas as confederações patronais, mas também os sindicatos”, declarou.

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Crédito para a casa pelo terceiro mês perto dos mil milhões

Até setembro, os bancos concederam um 7,8 mil mihões de euros em empréstimos para compra de casa. Trata-se de um novo máximo desde 2010.

Apesar de uma ligeira travagem em setembro, o total do crédito para a compra de casa disponibilizado pelos bancos renovou máximos no acumulado do ano, estando há três meses seguidos perto da fasquia dos mil milhões.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal nesta terça-feira, indicam que em setembro, a banca nacional concedeu 915 milhões de euros. Trata-se de uma quebra face aos 975 milhões de euros que tinham sido disponibilizados em agosto e que correspondia a um máximo desde a entrada em vigor do travão do Banco de Portugal, no início de julho do ano passado.

O montante de setembro eleva para 7.788 milhões de euros, o total dos novos empréstimos para a compra de casa disponibilizados no acumulado do ano. Ou seja, um aumento de 6,8% face ao mesmo período do ano passado e para o valor mais elevado desde o mesmo período de 2010.

Também nos empréstimos para consumo se assistiu a um incremento das quantias que os portugueses foram buscar à banca. Os 462 milhões de euros concedidos em setembro, comparam com os 466 milhões registados em agosto, e permitem elevar até máximos de 15 anos o valor acumulado no ano.

Entre o início de janeiro e o final de setembro, os bancos nacionais concederam 3.752 milhões de euros em empréstimos para consumo. Ou seja, mais 7,7% face ao mesmo período do ano passado, e a quantia mais alta desde o mesmo período de 2004.

Já no que respeita ao empréstimos com outros fins, em setembro a concessão foi de 284 milhões de euros, acima dos 186 milhões verificados em agosto. Este montante leva que no acumulado do ano as quantias disponibilizadas pelos bancos com este fim tenha totalizado 1.652 milhões, o valor mais elevado desde o mesmo período de 2014.

Juntando as diferentes finalidades de crédito às famílias, o valor acumulado no ano já ultrapassa os 13 mil milhões de euros. Entre o início de janeiro e o final de setembro, a quantia disponibilizada pelos bancos foi de 13.192 milhões de euros, a mais elevada desde 2010, no início da crise financeira em Portugal.

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Abreu Advogados e Future Law firmam parceria

A Abreu Advogados apostou numa parceira com uma organização brasileira. "É um importante marco na liderança da Abreu Advogados nos temas da inovação e da tecnologia", nota Luís Barreto Xavier.

O Instituto do Conhecimento da Abreu Advogados estabeleceu uma parceria com a organização brasileira, Future Law, que vai permitir às duas entidades promover o conhecimento sobre o “cruzamento entre o direito e a tecnologia”.

O primeiro curso, a começar em janeiro de 2020, será dedicado à ciência de dados e inteligência artificial aplicadas ao direito, iniciando-se em breve as inscrições.

A Future Law é uma organização brasileira que se tem destacado nas áreas de Legal Tech, com uma reconhecida aposta no ensino, na formação e no desenvolvimento da inovação. No Brasil, a organização tem estado ligada à investigação e conta com um relevante percurso junto do setor jurídico e do universo das startup tecnológicas.

“A parceria com a Future Law é um importante marco na liderança da Abreu Advogados nos temas da inovação e da tecnologia. As duas entidades partilham o foco na inovação e na promoção de conhecimento sobre as novas ferramentas tecnológicas ao serviço do direito, que sabemos contribuírem para a adaptação das organizações e dos seus clientes a um futuro que já está em prática”, nota Luís Barreto Xavier, consultor para a inovação e responsável pelo Instituto do Conhecimento da Abreu Advogados.

O curso é a primeira iniciativa que advêm desta parceria e terá como principal docente Alexandre Zavaglia, advogado, cofundador e presidente da Future Law, especialista em direito e tecnologia e com um percurso ligado a diversos projetos de ensino e formação.

“Este curso vai dotar os juristas de conhecimento prático para a realidade da aplicação da tecnologia ao setor da advocacia“, nota a sociedade em comunicado.

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Miranda reforça área de comercial e societário

A advogada Catarina Santinha é o novo reforço da Miranda & Associados. "Esta recente contratação insere-se na estratégia de crescimento da Miranda", nota a sociedade.

A sociedade de advogados Miranda & Associados reforçou a sua equipa de comercial e societário com a integração de Catarina Santinha, como associada. A advogada transita da PLMJ.

A advogada centra a sua prática nas áreas de fusões & aquisições e de direito comercial e societário e conta com cerca de cinco anos de experiência.

“Esta recente contratação insere-se na estratégia de crescimento da Miranda, em Portugal e a nível internacional, e visa atender às crescentes solicitações do mercado neste setor”, nota a sociedade em comunicado.

A Miranda & Associados recentemente reforçou ainda as áreas de imobiliário e turismo e ainda a sua presença em Cabo Verde. No território africano serão integrados um grupo de advogados, liderados por Luís Borges Rodrigues, sócio da sociedade, que irá assumir a coordenação do grupo de jurisdição de Cabo Verde e da área de prática de imobiliário.

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Governo recorre da decisão do Tribunal de Contas e aguarda resultado “com algum otimismo”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

O TC tinha chumbado a prorrogação do contrato com a Meo para a prestação do serviço universal de postos públicos. O Governo já confirmou que vai recorrer da decisão e que o processo foi encaminhado.

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações disse à Lusa que Governo recorreu da decisão do Tribunal de Contas, que chumbou a prorrogação do contrato sobre postos públicos com a Meo, e que aguarda o resultado “com algum otimismo”.

O Tribunal de Contas chumbou a prorrogação do contrato com a Meo (Altice Portugal) para a prestação do serviço universal de postos públicos, de acordo com o acórdão disponibilizado no ‘site’ da entidade.

“Recorremos da decisão do Tribunal de Contas. O processo foi logo encaminhado para a JurisApp, que tem essas competências, e a informação que tenho é de que já entrou o recurso”, afirmou à Lusa o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, numa reação ao chumbo.

Vamos aguardar serenamente e com algum otimismo. Vamos ter de avaliar qual será o passo seguinte e a melhor solução caso venha de novo recusado. Aguardamos com otimismo”, salientou o governante, num resposta escrita.

O gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações tinha submetido a fiscalização prévia do Tribunal de Contas da “adenda ao contrato para a prestação do serviço universal de oferta de postos públicos”, celebrada em 31 de julho de 2019, entre o Estado português e a Meo – Serviços de Comunicações e Multimédia.

Nesta adenda ao contrato ficou acordado “prorrogar pelo período de um ano o prazo de vigência inicial do contrato celebrado em 20 de fevereiro de 2014 entre o Estado português e a PT Comunicações (atual Meo), pelo valor global respeitante ao período da prorrogação de 2.466.600,00 euros”, lê-se no documento.

A decisão do Tribunal de Contas foi de “recusar o visto à adenda submetida a fiscalização prévia“, segundo o documento.

O órgão salienta que não foi “prevista no caderno de encargo, nem no contrato, a possibilidade de prorrogação”.

Além disso, com “a fixação do prazo de cinco anos pretendeu-se assegurar a estabilidade na oferta do serviço universal e, em simultâneo, a concorrência no acesso à designação do prestador ou prestadores deste serviço”, refere o acórdão, que adianta que o contrato, com a duração de cinco anos, terminou em 9 de abril deste ano.

O Tribunal de Contas afirma ainda que “não se verifica qualquer das situações em que a prorrogação do prazo de vigência do contrato é excecionalmente admitida”, bem como a acordada extensão do prazo de vigência do contrato “não tem apoio legal” nas normas do CCP – Código dos Contratos Públicos.

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Perceba a polémica do lítio em Portugal em 23 pontos

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

O interesse pelo lítio português, impulsionado pelo aumento da procura global devido à utilização nas baterias do automóvel elétrico, está a causar desentendimentos entre governo e população.

O interesse pelo lítio português despertou em 2016, ano em que deram entrada 30 novos pedidos de prospeção e pesquisa deste metal, impulsionado pelo aumento da procura global devido à utilização nas baterias do automóvel elétrico.

Desde então, várias associações ambientalistas, câmaras municipais e população já se pronunciaram contra a prospeção e exploração de lítio, com o Governo a defender, por outro lado, que aquele recurso é essencial para a transição energética.

O contrato de concessão de exploração de lítio no concelho de Montalegre, assinado entre o Governo e a empresa Lusorecursos, tem estado envolto em polémica, levando vários grupos parlamentares a pedir uma audição urgente do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, na Assembleia da República.

O armazenamento de eletricidade em baterias de lítio é uma das soluções que fazem parte do plano para a transição energética.

Em Portugal, as seis principais ocorrências de lítio localizam-se em Serra de Arga (dividida pelos concelhos de Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo), Covas do Barroso (Boticas), Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), Guarda, Mangualde e Segura (Idanha-a-Nova).

Pontos essenciais sobre a prospeção e exploração de lítio em Portugal:

  1. O secretário de Estado da Energia, na altura Jorge Seguro Sanches, aprova a criação de um grupo de trabalho, em dezembro de 2016, cujo objetivo é “identificar e caracterizar as ocorrências do depósito mineral de lítio em Portugal” e as atividades económicas associadas, bem como “avaliar a possibilidade de produção de lítio metal”.
  2. Começam a ouvir-se protestos em relação ao projeto do lítio, com algumas dezenas de populares a concentraram-se na localidade do Barco, concelho da Covilhã, manifestando-se contra a eventual concessão mineira para a Serra da Argemela, depois da publicação do pedido de atribuição da concessão a uma empresa privada.
  3. O grupo de trabalho do lítio propõe ao Governo um programa de fomento mineiro que teste tecnologia e demonstre o potencial industrial deste metal, financiado por programas financeiros. Além da avaliação dos recursos minerais litiníferos do país, aquele grupo defende a implementação de uma unidade experimental minero-metalúrgica com o objetivo de desenvolver conhecimento e testar tecnologias para toda a cadeia de valorização destes recursos, que deverão ter um aumento “exponencial” com o crescimento da mobilidade elétrica.
  4. Por outro lado, a associação ambientalista Quercus manifesta-se contra a eventual exploração mineira na Serra da Argemela, que abrangeria freguesias dos concelhos da Covilhã e Fundão, no distrito de Castelo Branco, por considerar que o projeto coloca em causa o desenvolvimento sustentado daquela região, o ambiente e a saúde das populações. O presidente da associação, Paulo do Carmo, chega a acusar o Governo de estar “a cometer um erro grave e crasso” ao “leiloar um território de milhares de hectares” a pretexto da exploração de lítio.
  5. O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, revela que a empresa Dakota Minerals prevê um investimento de cerca de 370 milhões de euros no concelho na exploração de lítio, na zona de Carvalhais, e também na construção de uma fábrica para o processamento dos compostos de lítio, o que para o autarca configura “uma oportunidade única de combate ao despovoamento” da região.
  6. Esta corrida ao lítio leva o ministro da Economia, à data Manuel Caldeira Cabral, a avançar com uma alteração das regras para as concessões, que passa pela abertura de concurso público, dado terem surgido vários pedidos para as mesmas áreas de concessão.
  7. A estratégia para a valorização do potencial de minerais de lítio em Portugal é aprovada em Conselho de Ministros, com os critérios de atribuição destas áreas a privilegiarem também o cumprimento das obrigações de caráter ambiental.
  8. A empresa Lusorecursos diz que a prospeção em Sepeda, Montalegre, revelou um depósito de 30 milhões de toneladas de lítio e que o projeto de exploração prevê um investimento de 400 milhões de euros e a criação de 250 empregos, depois de anos de prospeção e de uma contenda judicial com a empresa australiana Novo Lítio.
  9. A população de Boticas revela-se preocupada com a futura exploração de lítio em Covas do Barroso, queixando-se de falta de informação sobre o processo. Está prevista para este território, classificado como Património Agrícola Mundial, uma mina de lítio a céu aberto, estando a ser feitas no terreno prospeções por parte da Slipstream Resources, sediada em Braga e subsidiária da empresa mineira Savannah Resources. O investimento previsto para a exploração do minério neste local é de 500 milhões de euros, esperando-se que o recurso potencial conhecido dê para produzir baterias para 250 a 500 mil carros/ano.
  10. A associação ambientalista ZERO critica a falta de avaliação dos impactos ambientais do alargamento da exploração de lítio em Portugal, considerando que se trata de “um desrespeito pelas populações”.
  11. Em abril deste ano, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anuncia o lançamento, até ao final do ano, de oito novos concursos para exploração de lítio em Portugal e garante que tais operações não põem em causa a saúde das populações daquelas zonas ou o meio ambiente.
  12. O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) criticam, num debate quinzenal na Assembleia da República, os projetos para eventual exploração de lítio, com o primeiro-ministro, António Costa, a garantir que haverá respeito pelas avaliações de impacto ambiental.
  13. O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, afirma que três das 12 áreas identificadas com elevado potencial de lítio foram eliminadas do concurso a prospeção, ainda a ser lançado, por ficarem em “áreas ambientalmente sensíveis”, sendo a Serra d’Arga uma dessas zonas. Mais tarde, Matos Fernandes garante também, no parlamento, que a exploração de minas de lítio em Portugal não vai avançar sem um estudo de impacte ambiental positivo.
  14. A Quercus apresenta uma denúncia à UNESCO de “ameaça severa à integridade do sistema agro-silvo-pastoril da região do Barroso”, devido à instalação de minas de lítio a céu aberto na região. Em resposta, o ministro do Ambiente e da Transição Energética reitera que a exploração de minas de lítio em Portugal vai ser feita “com todo o rigor ambiental”, acrescentando que a ideia é desenvolver um projeto de ‘green mining’, com uma “enorme eficiência material, aproveitando ao máximo todos os resíduos, com enorme eficiência hídrica, isto é, garantindo que a água que circula pode ter mesmo mais do que uma utilização, e um rigoroso cumprimento de todas as regras ambientais”.
  15. O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, apela à mobilização de autarcas, população e movimentos cívicos do Alto Minho para a “luta” que a região tem pela frente de contestação à prospeção e exploração de lítio.
  16. Também a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) manifesta a sua oposição às explorações de lítio na região que possam originar “malefícios” para o território.
  17. Um estudo da associação ambientalista QUERCUS revela que, se o Governo avançar com a campanha de exploração de lítio, Portugal “não vai conseguir cumprir a neutralidade carbónica”.
  18. A empresa Lusorecursos SGPS, S.A. interpõe uma ação no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa contra o Ministério do Ambiente e da Transição Energética e a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) com vista à anulação do contrato de concessão de exploração de lítio, na freguesia de Morgade, no concelho de Montalegre, celebrado em 28 de março entre o Estado Português e a Lusorecursos Portugal Lithium, S.A., decisão depois contestada pelo Ministério do Ambiente e da Transição Energética.
  19. PSD, BE e PEV criticam processo de concessão da exploração de lítio, mas ministro do Ambiente contrapõe que esse recurso é essencial para a transição energética. O PSD chega a afirmar que o negócio do contrato de exploração de lítio em Montalegre “cheira a esturro”.Em causa está o contrato de concessão de exploração de lítio no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, aprovado por João Galamba, em 26 de março, à empresa Lusorecursos Portugal Lithium. “Esta empresa, que dispõe de um capital social de 50 mil euros, foi constituída três dias antes da assinatura de um contrato de exploração que vincula o Estado por 20 anos (35 com a renovação) e envolve um negócio potencial de cerca de 380 milhões de Euros”, alerta o grupo parlamentar do PSD.
  20. Face a um pedido de uma empresa para prospeção e pesquisa de lítio na zona do Alto Douro Vinhateiro, publicitado no Diário da República, o Ministério do Ambiente vem garantir que “não vai haver qualquer prospeção e pesquisa [mineiras]” naquele território, bem como em “tudo o que seja Património Mundial”.
  21. O PAN pede a presença urgente do ministro do Ambiente e da Ação Climática na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a exploração de lítio em Montalegre. Também o grupo parlamentar do PSD solicita uma “audição urgente” do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, pelo que considera ser a “falta de transparência” no processo de conceção da exploração de lítio em Montalegre.
  22. Na segunda-feira, João Galamba é recebido em Boticas por populares em protesto contra a exploração do lítio, antes de uma visita ao Centro de Informação de Covas do Barroso. Na mesma ocasião, o governante garante que se o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) for negativo ou se as medidas compensatórias não puderem ser aplicadas pela empresa não haverá mina de lítio em Boticas.
  23. O secretário de Estado João Galamba afirma, no programa Prós e Contras da RTP, que o Governo foi obrigado a dar a concessão da exploração de lítio em Montalegre à Lusorecursos, acrescentando que aquela empresa tinha assinado um contrato, em 2012, com o Governo então liderado por Passos Coelho, que previa que, após o período de prospeção e pesquisa, pudesse requerer a concessão.

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PS quer dar um minuto a cada deputado único no debate com o primeiro-ministro

Depois da polémica sobre os tempos de intervenção dos deputados do Chega, Iniciativa Liberal e Livre, os socialistas entregaram uma proposta para mudar o regimento do Parlamento.

O PS quer dar um minuto a cada deputado único para intervir no debate quinzenal com o primeiro-ministro. A proposta faz parte de um projeto de regimento que os socialistas entregaram no Parlamento. Já o Chega quer que neste debate, os deputados únicos tenham dois minutos para intervir.

As propostas de alteração surgem depois de o Parlamento ter decidido aplicar a grelha de tempos prevista para os debates quinzenais no debate que acontece esta quarta-feira. Nesta grelha, que tem em conta as regras do regimento atual, os deputados únicos não têm direito a intervir neste debate.

Na semana passada, o PS, BE, PCP e Verdes decidiram que se aplicaria ao debate quinzenal desta semana a grelha de tempos prevista no regimento do Parlamento. Este facto causou indignação junto dos deputados únicos representantes até porque na legislatura passada foi aberta uma exceção, permitindo ao PAN – que na altura não era um grupo parlamentar, mas sim um deputado único – que interviesse nos debates quinzenais.

O PS argumenta que já no passado referira “que o caminho mais adequado deveria sempre passar pela expressa revisão do regimento com vista a criar normas estáveis, que evitassem fazer os deputados depender das decisões casuísticas de cada momento”.

O projeto de André Ventura defende porém que sejam dois minutos o tempo para falar.

Esta tarde a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais vai reunir-se para discutir o primeiro projeto sobre regimento do Parlamento a dar entrada na Assembleia, da autoria do Iniciativa Liberal.

 

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Ecologia dá pontos às empresas na hora de recrutar e reter talento

A procura de políticas ecológicas está a começar a tornar-se obrigatória no discurso de recrutamento de uma organização, assim como na retenção do talento.

A proteção ambiental e políticas ligadas à ecologia são já uma prioridade na hora de escolher a empresa a quem enviar o CV. Saber quão sustentável e amiga do ambiente uma empresa pode ser está atualmente nas prioridades e interesses dos potenciais trabalhadores na hora de se candidatarem a lugares disponíveis numa organização.

De acordo com a Hays, grupo líder mundial especializado em recrutamento, a atração de talentos e os benefícios de retenção devem ser concretizados e, para isso, os empregadores precisam de garantir que os seus esforços de sustentabilidade sejam autênticos.

“Em todos os setores, as organizações estão a responder ao transformar os locais de trabalho em ambientes mais ecológicos. Enquanto muitos estão a fazê-lo por razões morais, há outros que o fazem por vantagens comerciais”, refere Joana Santos, People & Culture manager da Hays Portugal, citada em comunicado.

Assim, além das abordagens mais comuns como reciclagem e gestão de água e resíduos, a Hays destaca três outras vantagens que os empregadores e profissionais de recursos humanos devem considerar:

  1. Bem-estar e produtividade dos trabalhadores: um local de trabalho sustentável pode melhorar o desempenho dos profissionais. Por exemplo, está provado que o design biofílico — implementar mais plantas no local de trabalho para ajudar as pessoas a sentirem-se mais conectadas com a naturezamelhora o bem-estar e a produtividade dos empregados. Um estudo da Universidade de Cornell revelou que a luz natural no escritório, em vez da dependência excessiva de iluminação artificial leva a uma queda de 84% de sintomas de fadiga ocular, dores de cabeça e visão turva. Segundo o autor do relatório, Alan Hedge, tal, além de melhorar a saúde e o bem-estar, faz com que exista um aumento de produtividade por parte dos profissionais.
  2. Atração dos trabalhadores: de acordo com o “Deloitte Millennial Survey 2019″, que questionou a geração millennial em todo o mundo, as mudanças climáticas e a proteção do meio ambiente são as principais preocupações da nova vaga de trabalhadores. Assim, a procura de políticas ecológicas está a começar a tornar-se obrigatória no discurso de recrutamento de uma organização.
  3. Retenção de profissionais: os trabalhadores mais jovens estão a procurar mais do que apenas um bom salário e “mostram uma lealdade mais profunda aos empregadores que abordam questões como proteção do meio ambiente”, explica a Deloitte segundo os resultados obtidos no mesmo estudo.

Joana Santos, People & Culture manager da Hays Portugal, afirma ainda que, caso a organização não vá ao encontro desta consciencialização e se molde às necessidades atuais dos trabalhadores, isso pode causar perdas de “recrutamento de talentos de topo”.

“A chave é ser autêntico. Qualquer organização que sobrevaloriza as suas credenciais ecológicas deixa-se vulnerável a acusações de greenwashing, tendo um enorme impacto sobre o seu employer brand e também na capacidade de atrair os melhores talentos”, refere a People & Culture manager. De acordo com Joana Santos, desligar as luzes e os computadores no final do dia e fazer reciclagem são algumas das pequenas ações em que os trabalhadores também podem ajudar a um funcionamento e a uma cultura mais sustentáveis da empresa.

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Acordo sobre União Bancária deve evitar nova crise na UE

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

"Temos de garantir que não temos uma nova crise e que a política monetária se torna mais atrativa para o investimento internacional", afirmou o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade defendeu esta terça-feira que um acordo para a conclusão da União Bancária, que possibilitará a total integração financeira europeia, deve acautelar uma nova crise, esperando um consenso entre os Estados-membros em dezembro.

“Temos de garantir que não temos uma nova crise e que a política monetária se torna mais atrativa para o investimento internacional, ao mesmo tempo que o euro se torna mais forte”, afirmou o diretor do ESM (sigla em inglês de European Stability Mechanism).

Falando num encontro com jornalistas correspondentes em Bruxelas na sede do ESM, no Luxemburgo, Klaus Regling vincou ser necessário “completar a União Bancária e a União dos Mercados de Capitais”, e admitiu esperar que, já em dezembro, o Eurogrupo consiga “chegar a acordo sobre uma linha temporal” para as medidas a adotar a partir de 2020.

“Ainda estamos numa fase inicial [da discussão], mas foi interessante ver a dinâmica na última reunião do Eurogrupo. A atmosfera tornou-se muito mais produtiva e positiva e agora todos estão disponíveis para um debate sério“, vincou o diretor do ESM, aludindo à proposta apresentada na semana passada pelo ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz.

Falando sobre o documento alemão, Klaus Regling classificou-o como uma “proposta política”, mas que ainda assim é “compatível” com a apresentada pelo ESM. “Há muitos elementos semelhantes [entre as propostas] e tende a haver um alinhamento em alguns elementos que têm estado em discussão. Primeiro, foca-se na redução do risco através da diminuição dos NPL [‘non-performing loans’, o crédito malparado] nos bancos e ataca alguns problemas”, precisou o responsável.

Acresce que a proposta alemã “introduz a criação de uma garantia de depósitos, apontando quando isso deve ser feito e qual o sistema que deve ser usado para tal”, acrescentou.

Prevê-se que este sistema europeu de garantia de depósitos sirva de cobertura complementar aos sistemas de garantia constituídos a nível nacional, permitindo assim aos Governos da zona euro respeitarem a obrigação legal de proteger depósitos até 100 mil euros em caso de falência de um banco. “Ambas as propostas surgem como um pacote […] e defendem uma abordagem comum, que é como temos progredido na Europa”, salientou Klaus Regling.

Porém, segundo este responsável, “falta uma salvaguarda de ativos” na proposta alemã, de forma a garantir uma “estabilização macroeconómica”. Caberá aos ministros das Finanças discutir estas questões na próxima reunião do Eurogrupo, de forma a chegarem a um consenso. “Percorremos um longo caminho e a União Económica e Monetária é hoje mais forte do que há 10 anos, pelo que temos de perceber o que falta para acabar esse processo” de integração financeira europeia, adiantou Klaus Regling.

Questionado sobre a possibilidade de uma nova crise financeira, o responsável disse que o ESM se “esforça muito para não ter de voltar a utilizar os seus instrumentos”, como aconteceu em programas de assistência a países como Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha e Chipre. Porém, “se isso acontecer, se houver uma nova crise, temos de estar totalmente preparados”.

Sobre a ajuda já prestada àqueles países, Klaus Regling destacou que o ESM é “o maior credor destes países, nomeadamente do setor público”, pelo que “segue de forma muito próxima” as suas políticas económicas e financeiras. E avisou: “Somos um credor paciente, mas queremos ser ressarcidos”.

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Após 12 dias de baixa, escolas podem substituir funcionários

O Ministério da Educação anunciou alterações às regras para recorrer à bolsa de contratação, que permite a substituição de funcionário de baixa. A partir deste ano, já não é preciso esperar 30 dias.

As escolas que tenham funcionários de baixa já não vão ter que esperar 30 dias para os substituir, podendo a partir deste ano letivo substituí-los no prazo de 12 dias. A novidade foi apresentada pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, no Fórum TSF.

Menos de três semanas depois de o Executivo ter dado luz verde às escolas para recorrerem à bolsa de contratação de funcionários para substituir quem estivesse doente, o Ministério da Educação vem alterar as regras, tornando todo o processo mais célere.

Com esta alteração, as escolas vão poder recorrer a esta bolsa sempre que algum dos seus funcionários esteja ausente por baixa média há pelo menos 12 dias, bem como, por licença de paternidade. A medida não entra imediatamente em vigor, já que o despacho indicativo das novas regras ainda tem que ser publicado.

Esta bolsa de contratação pretende reduzir as ausências prolongas dos funcionários não docentes. Antes das novas indicações do ministério, o acesso só era possível se o funcionário estivesse fora mais do 30 dias.

Desde o arranque do ano letivo são várias as notícias de que dão conta de escolas encerradas pela falta de assistentes operacionais. Por esse motivo, o Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais marcou uma greve nacional dos trabalhadores não docentes das escolas para o dia 29 de novembro. Com esta medida, o Governo pretende evitar estas situações e acelerar o processo de substituição de funcionário.

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Wall Street em alta ligeira à espera de discurso de Trump

Numa altura em que ainda é incerto como irá avançar o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, os investidores aguardam esclarecimentos do presidente norte-americano.

Wall Street abre em alta ligeira nesta sessão, enquanto os investidores aguardam o discurso de Donald Trump no clube económico de Nova Iorque. Depois de declarações contrárias da China e dos Estados Unidos em relação ao acordo comercial entre ambos, os investidores esperam que o presidente norte-americano dê mais pistas sobre a situação.

Depois de um anúncio da China de que as potências iriam reduzir progressivamente as tarifas adicionais sobre os bens importados, o presidente norte-americano reiterou que ainda não tinha concordado com tal medida. Trump disse depois que as negociações estavam a avançar mais devagar do que o desejado.

Esta terça-feira, o líder norte-americano vai discursar sobre a política comercial do país. A expectativa em relação ao discurso leva os principais índices de referência a registar ganhos modestos. O S&P 500 arranca a sessão a valorizar 0,08% para os 3.089,46 pontos. O tecnológico Nasdaq avança 0,07% para os 8.470,26 pontos, bem como o industrial Dow Jones, que sobe 0,07% para os 27.709,24 pontos.

Entre os ganhos, destaque para o Facebook, que avança 1,08% para os 191,65 dólares, e para a Alphabet, dona da Google, que sobe 0,19% para os 1.300,70 dólares.

A Disney segue a somar 0,52% depois da abertura dos mercados, para os 137,45 dólares, no dia do lançamento do serviço de streaming do grupo. A Netflix, que é agora um dos rivais diretos da plataforma da Disney, cai 0,68% para os 292,19 dólares. A Apple, que também se lançou recentemente no streaming, recua 0,065% para os 262,03 dólares.

A fabricante do iPhone está também envolvida numa polémica relacionada com o cartão de crédito que lançou, sendo acusada de discriminar os utilizadores em função do género. Envolvido no caso está também o banco Goldman Sachs, que está a ser investigado pelas autoridades de Wall Street. O banco recua 0,032% para os 218,88 dólares.

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CGD prepara emissão de dívida de 500 milhões

  • ECO
  • 12 Novembro 2019

Banco liderado por Paulo Macedo contratou bancos para realizar emissão de dívida sénior não preferencial. Títulos terão maturidade de cinco anos.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai voltar aos mercados, desta vez para realizar emissão de dívida sénior não preferencial como obriga o regulador dos bancos sistémicos. Segundo a Bloomberg, a instituição liderada por Paulo Macedo já contratou bancos de investimento para sondarem o mercado, procurando aferir o apetite por títulos de dívida com um grau de risco ligeiramente superior que terão maturidade a cinco anos. O valor a emitir deverá ser de 500 milhões de euros.

O roadshow para esta emissão de dívida, a primeira do banco público desde a reestruturação, vai ter lugar a 14 e 15 de novembro em Paris e Londres, diz a agência noticiosa norte-americana, citada pelo Jornal de Negócios. CaixaBI, HSBC, Morgan Stanley, NatWest Markets e Société Générale são os cinco bancos responsáveis pela operação de colocação destes títulos que a CGD é obrigada a colocar pelo Banco Central Europeu (BCE).

A CGD vai ter de emitir 2.000 milhões de euros em dívida subordinada até ao final de 2022 no âmbito do chamado MREL (requisito mínimo de fundos próprios e créditos elegíveis), que obriga os bancos europeus com importância sistémica a constituir uma almofada financeira adicional para fazer face dificuldades.

Nesta emissão, a cinco anos, que deverá receber uma notação financeira de Ba2 da Moody’s; BB+ da Fitch e BBB Baixo da DBRS, a CGD deverá colocar 500 milhões de euros, tendo em conta o que tinha sido revelado por José de Brito, administrador financeiro da CGD, aos analistas aquando dos resultados do primeiro semestre. “À partida, será um tamanho benchmark (mínimo 500 milhões de euros)”, disse, à data.

(Notícia atualizada às 14h46 com mais informação)

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