Trabalhadores do Fisco estão em greve. “Não vai haver impacto” na entrega do IRS

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos assegura que a paralisação desta sexta-feira não terá qualquer impacto na entrega das declarações de IRS, que arranca na segunda-feira.

A três dias do arranque do período de entrega das declarações de IRS, os trabalhadores dos impostos estão em greve. Os profissionais decidiram protestar esta sexta-feira de modo a mostrar o seu descontentamento pela ausência de uma nova proposta de revisão das carreiras por parte do Executivo de António Costa. Esta paralisação não deverá ter, contudo, qualquer impacto no processo de apresentação das declarações anuais de rendimentos, garante ao ECO o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI).

“[A greve] não vai ter impacto nenhum”, assegura Paulo Ralha, explicando que o processo em causa é complemente eletrónico, pelo que não deverá ser afetado por esta paralisação.

Na segunda-feira, inicia-se o período de entrega das declarações de IRS dos rendimentos relativos a 2018. Este ano, esta apresentação passa a poder ser feita até ao final de junho. Os primeiros dias deste período costumam ficar marcados por uma afluência significativa dos contribuintes ao Portal das Finanças, o que a acontecer também este ano não será de modo algum afetado pela paralisação dos trabalhadores dos impostos, sublinha o sindicato referido. De notar que atualmente a entrega de IRS já é completamente digital, isto é, não é possível fazê-la em papel, daí a ausência de consequências desta paralisação.

Os trabalhadores do Fisco protestam pela revisão das carreiras. Originalmente, havia também uma greve marcada para 28 de março, que acabou por ser cancelada, uma vez que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais fez chegar aos sindicatos uma primeira proposta de revisão das carreiras. Essa medida acabou, contudo, por não permitir avançar com as negociações, tendo sido mantida a paralisação desta sexta-feira.

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São uns autênticos “promo seekers”. Quase metade das vendas em Portugal são feitas em promoção

Portugal é o quarto país da Europa que regista o maior número de vendas de artigos em promoção. Eslováquia, República Checa e Rússia lideram o ranking.

“Leve três, pague dois”, “Até 50% de desconto” ou “Oferecemos-lhe o segundo artigo” são algumas das frases que fazem os consumidores portugueses olhar duas vezes para a placa e até parar no corredor dos supermercados. Parar para depois ir direito à caixa para pagar as suas compras em promoção. Em 2018, quase metade das vendas em Portugal foram feitas em promoção, segundo o estudo “Winning into the Promo Jungle”, elaborado pela Nielsen.

Os números mostram que os portugueses são uns verdadeiros “promo seekers”, que é como quem diz uns autênticos “caça promoções”. Só no ano passado, 46% das vendas de bens de grande consumo — os artigos de consumo doméstico mais vendidos, desde alimentação a higiene — no mercado nacional foram realizadas com produtos que estavam em promoção. O número supera, em larga escala, a média europeia (29%) e faz de Portugal o quarto país da Europa com maior número de vendas em promoção.

Ao todo, as vendas em promoção no mercado nacional alcançaram um valor de 3,5 mil milhões de euros. “Mesmo que [os portugueses] não mudem de loja em função das promoções, procuram-nas ativamente quando fazem as suas compras. Para além disso, um terço dos shoppers escolhem as suas marcas de acordo com as promoções em vigor”, explica a Nielsen.

São consumidores atentos às promoções e, graças a isso mesmo, são chamados de “caça promoções”. Normalmente são, de acordo com o padrão identificado pela autora do estudo, famílias com quatro ou mais membros, de nível socioeconómico médio-alto, com uma frequência de compra de quatro vezes por semana e um gasto semanal de 24 euros, optando sobretudo pelas marcas de fabricante, que geralmente estão em promoção.

João Otávio, client development senior da Nielsen, afirma que “não há dúvida que as promoções ocupam um papel decisivo no consumo em Portugal”. Contudo, salienta também que “mais de metade das vendas em promoção correspondem a vendas não incrementais, ou seja, vendas que seriam feitas de qualquer forma, com ou sem promoção”.

Eslováquia e República Checa são os que mais gostam de promoções

A Eslováquia e a República Checa são os países que lideram este ranking, com mais de metade das vendas realizadas em promoção (ambas com 55%). O terceiro lugar do pódio pertence à Rússia, país onde se registou exatamente metade do total das vendas de bens de grande consumo em campanha promocional.

Estes são os únicos países que superam o valor português (46%). Já no país vizinho, os espanhóis não são assim tão adeptos de promoções, uma vez que apenas 16% das vendas foram de artigos com desconto. Alemanha e França, embora registem mais vendas fruto de campanhas promocionais, estão em linha com o comportamento dos consumidores espanhóis (22%).

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Associação Mutualista obrigada a comprar 70% da emissão de dívida do Montepio

Depois de falhar a emissão no final do ano, o banco liderado por Dulce Mota voltou ao mercado. Desta vez emitiu 100 milhões para reforçar rácios, mas só com a ajuda da AMMG.

Não conseguiu à primeira, conseguiu à segunda (mas com ajuda). Depois de falhar a emissão de 150 milhões de euros em dívida de elevada subordinação no final do ano passado, o Banco Montepio conseguiu obter 100 milhões com títulos que lhe permitem reforçar os rácios de capital. Mas só teve sucesso porque uma boa parte deste valor, cerca de 70 milhões de euros, foi investido pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG).

Depois de realizar, nas últimas semanas, um roadshow para sondar o apetite do mercado, o banco avançou com a operação, tendo até registado uma procura acima do montante pretendido. As ordens colocadas no sistema ascenderam, apurou o ECO, a 120 milhões de euros, garantindo o sucesso desta emissão de títulos que caso o rácio de capital do banco desça abaixo de determinado nível são convertidos em capital do banco ou totalmente destinados a repor eventuais perdas.

Esta procura acima da oferta só foi, contudo, possível graças à participação de “partes relacionadas” com o Banco Montepio. Essas “partes relacionadas” colocaram ordens num montante de 80 milhões de euros, tendo sido totalmente satisfeitas. Entre elas está a AMMG que investiu “mais de 70 milhões de euros” nesta emissão de títulos Tier 2, revelou fonte próxima do processo, que pediu para não ser identificada. Ou seja, garantiu mais de 70% da emissão. Contactado o banco, não foi possível obter resposta.

A AMMG, detém 100% do Banco Montepio, voltou, assim, a acorrer à instituição financeira agora liderada por Dulce Mota, à semelhança do que já tinha feito no final do ano passado. Perante o fracasso na emissão em mercado de 150 milhões de euros em títulos de dívida tier 2, a AMMG teve de subscrever um empréstimo obrigacionista subordinado do Banco Montepio no valor de 50 milhões de euros que lhe permitiu cumprir o rácio de capital exigido pelo supervisor português para 2019 (13,625%).

Taxa de 10,5% gera imparidade

Mesmo com a procura a superar a oferta, o Banco Montepio acabou por pagar uma taxa elevada para garantir a colocação destes 100 milhões de euros. A taxa indicativa na altura da abertura dos cadernos para a receção das ordens era de 10,5%, tendo acabado por ser esse o juro na conclusão da operação. A título de exemplo, há um ano o Novo Banco realizou uma emissão de 400 milhões de euros em títulos tier 2 com uma taxa de 8,5%.

Estes 10,5% são um juro também mais elevado do que o pago na operação realizada no final do ano, em que a AMMG injetou 50 milhões de euros. Essa taxa rondou, sabe o ECO, os 8% — o Montepio descartou esse juro, mas nunca esclareceu qual a taxa efetiva associada a esse financiamento.

Com este novo investimento da AMMG na dívida do Montepio, a associação liderada por Tomás Correia vai acabar por registar uma imparidade à luz das condições nesta emissão de títulos tier 2. A compra dos títulos a um valor inferior — daí resultando uma taxa mais elevada — levará a AMMG a reconhecer uma perda em torno dos seis milhões de euros já que existe uma desvalorização da dívida anteriormente adquirida.

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5 coisas que vão marcar o dia

Sexta-feira com agenda cheia. Centeno e Siza Vieira participam em conferência sobre produtividade. O Fisco está em greve. O INE mostra evolução do emprego. E é dia de reunião magna na Pharol.

Mário Centeno e Pedro Siza Vieira participam numa conferência sobre a produtividade. Os trabalhadores do Fisco estão em greve. Já o Parlamento debate o tema dos Passes Sociais. E o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga vários indicadores, entre eles a evolução do mercado de trabalho. Em termos empresariais, é dia de assembleia geral de acionistas da Pharol.

Um conselho para a Produtividade

Mário Centeno e Pedro Siza Vieira, ministro das Finanças e ministro da Economia, marcam presença na I Conferência do Conselho para a Produtividade, que decorre no ministério das Finanças, em Lisboa, a partir das 9h00. No evento serão apresentadas as conclusões de um estudo sobre a produtividade em Portugal.

Pharol reúne acionistas

Tem lugar a assembleia geral de acionistas de Pharol, antiga PT que gere uma participação na operadora brasileira Oi, e o encontro está a gerar enorme interesse. Isto porque o Nelson Tanure submeteu propostas para alterações no conselho de administração, no que estava a ser considerado “um golpe de Estado” dentro da empresa. Entretanto, o investidor brasileiro, que se diz que terá já uma posição de 18% na Pharol, chegou a um acordo e retirou as suas propostas.

Como vai o mercado de trabalho?

Entre os vários indicadores que o INE revela esta sexta-feira, destaque para as estimativas mensais de emprego e desemprego relativo ao mês de fevereiro. O gabinete de estatísticas divulga a estimativa rápida da taxa de inflação (março) e ainda os índices de produção industrial (fevereiro) e de volume de negócios no comércio a retalho (fevereiro).

Fisco em greve

Os trabalhadores da Autoridade Tributária estão em greve. O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) para mostrar o descontentamento pela ausência de uma nova proposta de revisão das carreiras.

Passes sociais marcam sessão parlamentar

Na sessão plenária do Parlamento, os deputados vão eleger um membro para o Tribunal Constitucional e três membros para o Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal. Mas a sessão vai ficar marcada pelo debate em torno do tema Passes Sociais, pedido pelo PS.

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À procura de um bom ambiente de trabalho? Estas são as 25 melhores empresas

A Great Place to Work já escolheu as empresas em Portugal com os melhores ambientes de trabalho. As companhias nas áreas dos serviços e das tecnologias da informação lideram.

Já é conhecida a lista das melhores empresas em Portugal para se trabalhar. A seleção foi feita pela Great Place to Work (especialista na construção e estudo dos ambientes de trabalho e na gestão de colaboradores) e fica dominada sobretudo pelas entidades empregadoras nas áreas dos serviços e das tecnologias da informação.

Na lista a que o ECO teve acesso, as empresas selecionadas aparecem separadas por quatros categorias consoante a dimensão das equipas: menos de 100 colaboradores; entre 101 e 500 colaboradores; entre 501 e mil colaboradores; mais de mil colaboradores.

Nesse primeiro grupo, é a Mars a empresa cujo ambiente de trabalho é mais elogiado. Esta é a quinta vez que esta companhia do setor do comércio e da distribuição (responsável por marcas tão icónicas como a M&M’s, a Snickers, a Skittles e, no setor da alimentação animal, a Whiskas) é distinguida pela Great Place to Work em Portugal. Este ano, a Mars recebe também o prémio social dedicado à igualdade de género.

Nesta categoria, são também distinguidas nesta edição a SAS Institute Software, a Mundipharma, a OnRising, a Estoril Sol Digital, a SEG Automotive Portugal, a Nissan Ibéria, a LG Electronics Portugal, a 3M Portugal e a MORE Portugal.

No caso das empresas com mais de 100 colaboradores, mas menos de 500, é a Mind Source a conquistar o título de companhia com melhor ambiente de trabalho. Há oito anos que esta consultora de tecnologias de informação recebe esta distinção. Nesta categoria, também são distinguidos este ano a Janssen Farmacêutica Portugal, a Cisco Systems Portugal, a AbbVie, a Medtronic Portugal, a Growin, a Webhelp Braga, a Bayer Portugal, a Carglass e a INFINEON.

No grupo relativo às empresas com mais de 500 trabalhadores, mas menos de mil, é a ROFF a conquistar o trono. Desde 2009 que esta tecnológica, que já conta com escritórios em Angola, Paris, Estocolmo, Casablanca, São Paulo, Macau, Suíça, México e Singapura, é distinguida. Nesta categoria, também são elogiados os ambientes de trabalho da Cofidis e da EY.

Por fim, na categoria “mais de mil colaboradores”, surgem a Teleperformance Portugal e o Banco Santander como grandes vencedores. No caso da primeira empresa, esta é a oitava vez que recebe esta distinção e nesta edição recebe também o prémio de atração de jovens talentos. No caso do banco espanhol em causa, este é o terceiro ano consecutivo de distinção.

A Great Place to Work avalia os ambientes de trabalho em cerca de seis dezenas de países em todo o mundo, mergulhando em vários setores: do comércio à saúde, passando pela indústria, pelos serviços financeiros e claro pela tecnologia de informação.

No último ano, o diretor geral da Great Place to Work Portugal explicou ao ECO que esta lista é elaborada com base em duas ferramentas. Em causa estão o trust index (relativo às perceções dos próprios trabalhadores) e o culture index (relativo às práticas, políticas e regras das empresas).

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Como distribuía o orçamento de Lisboa? Nesta app pode fazer as contas

A Câmara de Lisboa lançou uma app onde pode simular quanto contribui para a cidade, ou construir um orçamento para a capital portuguesa.

Habitação, educação, urbanismo. Se pudesse escolher, onde investia na sua cidade? Agora pode tirar as teimas e experimentar fazer um orçamento para a capital portuguesa. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) lançou uma app que permite construir e planear um orçamento para a cidade, bem como simular quanto é que cada cidadão entrega e como é utilizada a verba.

Para além de explorar o orçamento atualizado da CML, pode fazer as suas próprias contas em dois simuladores. Na app “Eu sou Lisboa” pode, por exemplo, calcular a taxa de IRS para uma família média de dois contribuintes e um dependente, casados ou em comunhão, e ambos contribuintes. Já no simulador “O Meu Orçamento” ganha poder para decidir onde investir, e onde cortar.

O objetivo desta aplicação, que está disponível para download na App Store e no Google Play e no site da CML, é que o cidadão consiga “entender melhor como são geridas as receitas e despesas em cada ano da vida da cidade”, explica a câmara em comunicado. Se quiser saber como funciona noutros países, pode ainda espreitar o orçamento de cidades como Paris ou Nova Iorque.

Para além desta app, foi também inaugurada uma loja física, junto à Praça do Município, apelidada de Lisboa Participa. Aqui serão respondidas as questões dos cidadãos sobre os processos participativos da CML, como o Orçamento Participativo. Tertúlias, sunsets ou oficinas participativas são alguns dos momentos planeados para o espaço.

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Montepio ataca concorrência com spread da casa de 1,175%

O spread mínimo insere-se no âmbito de uma campanha de comemoração dos 175 anos do Montepio, e depende de alguns critérios como subscrição de produtos e ligações familiares com clientes do banco.

A “guerra de spreads” no crédito à habitação está ao rubro. Só em março já houve dois bancos a baixarem o spread mínimo que se dispõem a cobrar para financiar a compra de casa: o Crédito Agrícola e o Santander Totta. Mas como “não há duas sem três”. Também o Montepio entrou este mês na corrida com uma campanha em que promove um spread mínimo de 1,175%. Este valor é terceiro mais baixo do mercado. Apenas o Bankinter e o Banco CTT apresentam margens mínimas inferiores.

Este spread de 1,175% surge numa atualização de preçário feita esta quarta-feira, 27 de março, e contrasta com os 1,5% que o Montepio tinha inscrito na versão do documento que estava antes em vigor, e que é a margem mínima mais elevada do mercado.

Contactado, o Banco Montepio não especificou as condições necessárias para ter acesso a esse spread mínimo. Mas segundo conseguiu apurar o ECO, este valor insere-se no âmbito da campanha “175” que pretende comemorar os 175 anos da instituição financeira. Daí a existência de alguma similaridade entre o valor do spread mínimo e o número de anos que o Montepio celebra.

Mas para conseguir chegar àquela taxa são exigidas algumas condições. O seu ponto de partida é um spread base mínimo de 1,7%, que pode ser reduzido em 0,4% mediante a subscrição de produtos, resultando daí uma margem mínima de 1,3%.

É possível beneficiar de uma redução adicional no spread associada diretamente à campanha dos 175 anos do Montepio de 0,125%. Mas para tal é necessário que exista um vínculo familiar com relações ativas — pai ou mãe — de clientes atuais ou novos clientes. Descontando ao spread de 1,3% esse valor, resulta então o spread mínimo final de 1,175%.

A campanha dos 175 anos do Banco Montepio, terá uma duração de 175 dias, até 30 de setembro, revelou entretanto a instituição financeira em comunicado, esta sexta-feira, esclarecendo ainda que “as condições contratadas vão vigorar durante todo o prazo do contrato”.

Apesar de se tratar de uma oferta promocional, e de não se saber qual será a sua duração, essa descida de spread pelo Montepio acontece num contexto de forte disputa entre os bancos na captação de clientes para as respetivas ofertas de crédito à habitação. Desde o início do ano, e sem contar com o Montepio, já houve três bancos a reverem em baixa as suas margens mínimas no financiamento da compra de casa. O primeiro foi o BPI que, em fevereiro, baixou o seu spread mínimo dos 1,5% para 1,25%.

Mais recentemente, já em março, o Crédito Agrícola e o Santander deram passos semelhantes. Ambos colocaram os respetivos spreads mínimos nos 1,2%, passando a disponibilizar das ofertas mais competitivas do mercado.

Com a campanha agora em vigor, o Banco Montepio ultrapassa o Eurobic (1,49%), a Caixa Geral de Depósitos (1,3%), o BCP, o Novo Banco, o Santander Totta — os três com spreads mínimos de 1,25% –, mas também o Crédito Agrícola e o BPI.

Valores mais baixos no mercado só os que estão em vigor no Bankinter e no Banco CTT. Pelo menos enquanto a campanha do Banco Montepio estiver em vigor.

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Governo vai entregar 709 autocarros sustentáveis em todo o país

  • Lusa
  • 28 Março 2019

O primeiro de 60 autocarros de energias limpas que vão renovar os Transporte Coletivos do Barreiro foi entregue esta quinta-feira. O governo quer ainda construir 10 mil km de ciclovias até 2030.

O ministro do Ambiente anunciou esta quinta-feira a entrega de 709 autocarros elétricos e a gás a diversas autarquias e a criação de dez mil quilómetros de vias cicláveis até 2030, na apresentação da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa.

“Estamos num tempo de mudança”, disse João Pedro Matos Fernandes na cerimónia realizada no Barreiro, na qual o Governo também entregou o primeiro de 60 autocarros de energias limpas que irão renovar na totalidade a frota dos Transportes Coletivos do Barreiro (TCB).

O ministro do Ambiente e Transição Energética adiantou que uma das metas da tutela é que, até 2030, “um terço da mobilidade terrestre de passageiros seja elétrica”, pelo que espera um grande contributo das pessoas ao nível de “hábitos que têm que ser mudados”.

“Hoje, o tema forte desta intervenção não é a redução tarifária, mas sim a visão global que temos da mobilidade, destacando os investimentos em curso e o papel inovador que a mobilidade suave tem e terá no país”, referiu.

Um dos grandes investimentos é a aposta em transportes coletivos sustentáveis, movidos a gás natural ou eletricidade, estando prevista a entrega de 709 veículos em vários concelhos até ao final do ano.

“Mudar significa apostar no transporte coletivo, modernizando as frotas, e o Barreiro é exemplar ao renovar a totalidade da sua frota de autocarros. Mudar significa este apoio à aquisição de 709 autocarros sustentáveis em todo o país”, frisou.

Os TCB receberam hoje o primeiro autocarro, mas até ao final do ano irão receber outros 59 veículos, que irão renovar a frota existente, de apenas 39 viaturas, num investimento total de 18 milhões de euros, dos quais 15 milhões a cargo da autarquia.

No total, já foram entregues “138 autocarros no país”, dos quais 15 elétricos e 33 a gás à Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, 80 a gás à Carris, seis elétricos aos Transportes Urbanos de Braga, três elétricos em Aveiro e um elétrico em Guimarães.

Além dos investimentos no setor rodoviário, o governante realçou a renovação da frota da Transtejo, das composições dos metropolitanos de Lisboa e Porto, a expansão do metro de Lisboa e o lançamento das empreitadas, já em abril, para o metro do Porto, num total de cinco investimentos na ordem dos 750 milhões de euros, segundo João Pedro Matos Fernandes.

Ainda assim, defendeu que, para cumprir as metas e poder realmente “mudar”, é preciso apostar na mobilidade ativa.

“Um país onde caminhar e pedalar são atividades seguras e amplamente praticadas, tornar a mobilidade ativa é a forma mais popular para percorrer curtas distâncias potenciando sinergias com o transporte público em todo o território nacional e melhorando significativamente a qualidade de vida dos portugueses”, sustentou.

É, neste sentido, que o Governo pretende construir dez mil quilómetros de vias cicláveis até 2030, sendo que atualmente apenas existem dois mil quilómetros, o que representará um investimento de “300 milhões de euros para aumentar a quota de deslocações em bicicleta para 7,5%”, de acordo com o governante.

Este é um dos projetos âncora que o Ministério do Ambiente incluiu no Plano Nacional de Investimentos e, para que se comece a concretizar, no próximo mês de abril o Governo vai lançar um aviso de oito milhões de euros, a partir do Fundo Ambiental, para que se inicie “a construção das primeiras ciclovias por promoção municipal”.

“É o tempo dos transportes coletivos, é tempo de mudança, de uma mudança significativa, inteligente, ao serviço das pessoas e também ao serviço da descarbonização do ambiente”, concluiu.

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Perdas dos lesados do Banif vão ser analisadas em 90 dias

  • Lusa
  • 28 Março 2019

Ordem dos Advogados surge "como Comissão Arbitral" na solução extrajudicial adotada para os lesados Banif. O processo tem a concordância do Governo.

A associação de lesados do Banif (ALBOA) anunciou esta quinta-feira que as reclamações dos visados vão ser analisadas num prazo de 90 dias por três peritos, com vista à constituição do fundo destinado ao pagamento dos créditos perdidos.

A decisão foi tomada durante uma reunião presidida pela Ordem dos Advogados e com a participação de representantes do Governo, segundo um comunicado da ALBOA.

No encontro, presidido pelo bastonário Guilherme Figueiredo, foram apresentados os três peritos que, “num prazo máximo de 90 dias, irão analisar, um por um, os casos dos vários lesados do Banif e assim criarem condições para a consequente constituição” do fundo financeiro, sob a égide da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).

Os três peritos são “personalidades independentes e de prestígio do mundo judiciário”, assegura a associação.

“Nesta solução extrajudicial adotada para os lesados Banif, a Ordem dos Advogados surge assim como Comissão Arbitral, num processo que tem a concordância do Governo”, acrescenta a associação de lesados.

Além do bastonário da Ordem dos Advogados estiveram na reunião representantes do gabinete do primeiro-ministro, António Costa, do Ministério das Finanças, da Partis (entidade tendo em vista a futura constituição do fundo financeiro) e o presidente da ALBOA, Jacinto Silva.

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Monsanto vai pagar indemnização de 81 milhões de dólares

  • Lusa e ECO
  • 28 Março 2019

O grupo Monsanto foi condenado por negligência na Califórnia. O júri considerou que a empresa não preveniu os utilizadores do risco potencialmente cancerígeno de um dos seus herbicidas.

O grupo Monsanto foi considerado esta quinta-feira culpado de negligência por um júri californiano e condenado a pagar mais de 81 milhões de dólares (72 milhões de euros) a um reformado norte-americano com um cancro atribuído ao herbicida Roundup.

Este foi um revés muito sério sofrido pelo gigante alemão Bayer, o novo proprietário da Monsanto, que já tinha sido condenada num processo similar, em agosto, nos EUA. O júri considerou que a Monsanto não tinha agido de boa-fé para prevenir os utilizadores do risco potencialmente cancerígeno deste seu herbicida, que contém glifosato.

Os jurados consideraram que o Roundup tinha “um defeito de conceção”, que “não tinha avisos” sanitários sobre os seus riscos e que a Monsanto tinha sido “negligente”. Entre as indemnizações a pagar, 75 milhões de dólares têm um caráter “punitivo” destinado a punir o grupo pela sua conduta.

Na semana passada, este mesmo júri tinha considerado que o Roundup era um fator substancial do cancro de Edwin Hardeman, passando depois a discutir a responsabilidade da Monsanto.

Face a esta decisão, as ações do grupo alemão Bayer tocaram em mínimos de quase sete anos durante a sessão desta quinta-feira, de acordo com a Reuters. Terminaram o dia com uma queda de 0,07% para os 56,29 euros.

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Negociações comerciais animam Wall Street. Dona da Calvin Klein sobe quase 15%

O início de uma nova ronda de negociações entre a China e os EUA animou as bolsas norte-americanas, mas os sinais de um abrandamento da economia travaram maiores ganhos.

A nova ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China, iniciada nesta quinta-feira, animou os investidores em Wall Street. As bolsas norte-americanas fecharam a sessão em terreno verde, mas as preocupações com o abrandamento da economia continuaram a pesar, travando maiores ganhos.

Dados divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano mostraram que a economia dos Estados Unidos travou mais do que o previsto anteriormente no quarto trimestre de 2018, o que representa mais um sinal negativo para o início de 2019. Ainda assim, e apesar desta revisão em baixa, o crescimento anual manteve-se nos 2,9%, que é o maior desde 2015.

As notícias de que a China avançou com novas propostas para as conversações com os EUA ajudaram a impulsionar os principais índices norte-americanos, que registaram ganhos. O industrial Dow Jones ganhou 0,35% para 25.715,22 pontos, bem como o S&P 500, que subiu 0,35% para 2.815,32 pontos. O tecnológico Nasdaq avançou 0,33% para 7.668,58 pontos.

A Boeing, uma das empresas mais sensíveis às negociações comerciais, avançou 0,06% para os 374,44 dólares. O grupo PVH, que detém marcas como Tommy Hilfiger e Calvin Klein, foi uma das cotadas que brilhou nesta sessão, depois de ter apresentado previsões para o ano acima do esperado. Subiu 14,76% para os 127,26 dólares.

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PME ribatejanas à procura de soluções para crescerem

  • ECO
  • 28 Março 2019

Reconhecer oportunidades de investimento através do Design Thinking atraiu PME da região do Ribatejo à sessão prática Finance Sessions for Growth.

Com base na consultoria coletiva, o projeto Finance for Growth levou a Santarém um consultor da Universidade Católica Portuguesa para orientar uma sessão prática junto PME do Ribatejo. Ricardo Morais mostrou como a metodologia de inovação Design Thinking pode ajudar à resolução de problemas complexos em empresas que queiram investir, crescer e destacar-se no seu setor.

As três equipas com representantes de dezenas de PME da região organizaram-se e misturaram-se pela sala, em diferentes espaços. Em cima de cada mesa estavam grandes folhas de papel branco onde os post-its coloridos iam sendo colados com a definição do problema e de possíveis soluções.

O pressuposto do desafio, segundo o consultor da Católica, era este: “quem entende mais sobre o produto (ou serviço) oferecido é quem o utiliza e não quem o criou.” Assim, para formular um problema e depois encontrar uma solução as empresas precisam de ir para o terreno e confrontar a realidade com as suas ideias.

Este foi o desafio lançado através de uma das temáticas do Finance Session for Growth, um programa coorganizado em Santarém com a Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT). O capítulo que visa encontrar oportunidades de investimento com base na metodologia de Design Thinking é um dos três das 36 horas de consultoria coletiva para empresas nas sessões a decorrer no Santarém Hotel.

Estratégia (que pretende repensar a proposta de criação de valor), mas também o Financiamento (pertinência dos mercados financeiros) são os outros dois temas em destaque nestas sessões, sendo este último o de maior importância tendo em conta a necessidade de capitalização das empresas portuguesas.

E a capitalização das empresas pode não passar apenas pela banca. Há outras fontes disponíveis nos mercados financeiros, por exemplo, que os empresários portugueses devem conhecer e preparar-se para explorar. Esta é a ideia central deste projeto cofinanciado pelo Compete 2020 através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e cuja execução tem o apoio da Caixa Geral de Depósitos, Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e Euronext, no âmbito do Programa Capitalizar.

Próxima fase arranca em abril

O Finance for Growth é uma iniciativa da AEP — Associação Empresarial de Portugal e da AIP — Associação Industrial Portuguesa, em que mais de 500 empresas já participaram até hoje. Foi lançada em 2018 para ajudar as nossas empresas a saber diversificar fontes de financiamento, melhorar as condições de acesso ao dinheiro e assim ganharem asas para investirem de forma sustentada.

Em abril arranca a próxima fase do projeto com os laboratórios experimentais Finance Labs for Growth, onde, com a orientação de um consultor da Universidade Católica Portuguesa, debater-se-á o planeamento e a implementação da mudança nas PME portuguesas. Com um total 78 horas, vão decorrer durante 13 dias, entre os meses de abril, maio, junho e julho, dependendo da localização.

As inscrições para as próximas sessões estão abertas aqui (www.financeforgrowth.org.pt) e são gratuitas. Mesmo que não tenha estado nas sessões anteriores, a PME pode inscrever-se nas próximas e convidar mais três pessoas.

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