Governo prepara descongelamento de mais carreiras especiais semelhante dos professores

Executivo deu medida como aprovada no primeiro comunicado de Conselho de Ministros revelado no Portal do Governo. Foi retirada logo a seguir.

O Governo quer aplicar às carreiras da Função Pública cuja progressão depende da contagem do tempo de serviço uma medida semelhante à que foi aprovada para os professores e que neste caso contabiliza na carreira dois anos, nove meses e 18 dias, menos de um terço do exigido pelos docentes. A medida foi discutida no Conselho de Ministros desta quinta-feira, chegou a ser dada como aprovada, mas ainda não ficou fechada, aguardando consenso dentro do Executivo.

O primeiro comunicado do Conselho de Ministros, que já não está disponível na página do Governo, revelava no ponto 3 a aprovação de um decreto-lei com este objetivo. “Foi aprovado o decreto-lei que mitiga os efeitos do congelamento entre 2011 e 2017 nas carreiras, cargos ou categorias em que a progressão depende do decurso de determinado período de prestação de serviço“, lia-se no documento. O mesmo explicava que “a solução agora aprovada permite mitigar os efeitos de sete anos de congelamento, sem comprometer a sustentabilidade orçamental aplicando o racional encontrado para os educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário”.

No entanto, este comunicado ficou indisponível logo a seguir, sendo substituído por outro onde este ponto já não consta. A medida continua, porém, em cima da mesa e voltará a estar na agenda do Governo para próximas reuniões do Conselho de Ministros.

Ao ECO, fonte oficial da Presidência do Conselho de Ministros explicou que o assunto foi discutido na reunião do Governo, mas que não foi ratificado. “Pensou-se que era possível aprovar”, disse a mesma fonte para explicar por que razão o ponto estava mencionado no comunicado.

“Ainda não se chegou a uma versão final”, afirmou, esclarecendo que “não foi possível chegar a um consenso“, mas confirmando que continua a ser intenção do Governo aprovar um decreto-lei neste sentido.

O ECO sabe que, sendo uma medida transversal, envolve vários ministérios como por exemplo Administração Interna e Justiça, que vão continuar a participar na discussão sobre o decreto-lei.

O Orçamento do Estado para este ano prevê no artigo 17.º que o Governo negoceie com os sindicatos “o prazo e o modo” para concretizar a expressão remuneratória do tempo de serviço nas carreiras, cargos ou categorias integrados em corpos especiais, em que a progressão e mudança de posição remuneratória dependam do decurso de determinado período de prestação de serviço. Esta concretização deve ter “em conta a sustentabilidade e compatibilização com os recursos disponíveis”, diz ainda o Orçamento.

Apesar de o artigo se referir a todas as carreiras em que o tempo de serviço conta para a progressão, a negociação com os sindicatos centrou-se nos professores desde o início.

Em 2017, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2018, o Executivo recusava-se a recuperar tempo de serviço congelado, argumentando que o compromisso assumido no Programa de Governo era apenas para “repor cronómetro”, mas o PS fez aprovar uma norma no Orçamento que exigia essa negociação.

Quando essas conversas se iniciaram, o Governo resistiu a dar mais aos professores e um dos argumentos foi exatamente o facto de outras carreiras na Função Pública também terem o tempo de serviço como fator de progressão.

Na sequência das conversas com os professores, o Governo admitiu negociar também com as restantes carreiras, mas a questão não voltou a ser falada depois disso. Agora, após a conclusão do processo que permite a contagem dos dois anos, nove meses e 18 dias para os docentes, o Executivo prepara uma medida com a mesma lógica para as outras carreiras.

O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre o assunto, que não quis comentar.

 

 

 

 

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Depois de Vodafone e Super Bock, Galp é a estrela no Rock in Rio

As próximas duas edições do Rock in Rio em Lisboa vão contar com a Galp como patrocinadora principal. A empresa vai dar o nome ao palco Music Valley.

A Galp chegou aos palcos do Rock in Rio. As próximas duas edições do festival de música na capital portuguesa, em 2020 e 2022, vão contar com a petrolífera como patrocinadora principal. Com este acordo, a Galp vai dar nome ao palco Music Valley, bem como participar nas celebrações dos 15 anos do festival em Portugal.

“Pela primeira vez, um patrocinador em Portugal assume o compromisso de quatro anos de investimento na música e no entretenimento”, diz Roberta Medina, vice-presidente Executiva do Rock in Rio, citada em comunicado. O festival já contou com marcas como a Super Bock e Vodafone como patrocinadores oficiais.

O Parque da Bela Vista vai receber a próxima edição do festival em Lisboa entre os dias 20 e 28 de junho de 2020. A capital lisboeta recebe o Rock in Rio a cada dois anos, intercalando com o Rio de Janeiro.

Este ano, 2019, marca o 15º aniversário do festival em Portugal, e para celebrar a ocasião as marcas vão organizar as Galp Music Valley Sessions, durante abril e maio.

Também em 2019, com o apoio da Galp, o festival vai levar ao Rio de Janeiro a maior comitiva de artistas de música portuguesa que a cidade “jamais recebeu”, diz Roberta Medina.

A ligação entre Portugal e Brasil foi um dos fatores que motivou a empresa a associar-se ao Rock in Rio. “Esta é uma parceria entre duas marcas líderes que os portugueses acarinham e que se sentem em casa, com as suas atividades, tanto em Portugal como no Brasil”, aponta a diretora de Marketing e Comunicação da Galp, Joana Garoupa.

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Investigação ao BES já tem 41 arguidos. Conheça todos os números do processo

Investigação ao "Universo BES" já conta com 41 arguidos, tendo levado ao arresto de mais de 120 milhões de euros, 477 imóveis, 134 obras de arte e até as pensões de reforma de dois arguidos.

O inquérito ao Universo Espírito Santo, que investiga as condições que levaram à resolução de várias entidades do Grupo Espírito Santo, já conta com um total de 41 arguidos, segundo a Procuradoria-Geral da República, compreendendo um processo principal ao qual estão apensos outros 252. Em comunicado, a PGR avança ainda que já se realizaram 111 buscas, em Portugal, Espanha, Macau e Suíça, e que o produto destas abrange “cerca de 100 milhões de ficheiros informáticos”, tendo sido suscitados 16 incidentes de arresto.

Segundo os números avançados pela PGR, o caso “Universo BES” investiga um conjunto de factos que indiciam que “possam ter sido cometidos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva no setor privado, corrupção com prejuízo no comércio internacional, branqueamento de capitais, infidelidade e associação criminosa”.

Até ao momento, e de acordo com o descritivo da PGR, “estão arrestados/apreendidos cerca de 120 milhões de euros em numerário e aplicações financeiras”, além de 477 imóveis, 11 veículos automóveis, o recheio de seis casas, incluindo 143 obras de arte, tendo já sido “interpostos e respondidos 77 recursos, 14 oposições e 4 embargos de terceiro”. O Ministério Público confirma também já terem sido “arrestadas pensões de reforma de dois arguidos” que, de acordo com o que tem sido noticiado, serão as de Ricardo Salgado, ex-CEO do BES, e do seu primo, José Manuel Espírito Santo.

Mas os números divulgados pela Procuradoria-Geral da República vão bem mais longe.

Todos os números da investigação ao universo Espírito Santo

A equipa global que investiga:

  • A investigação é dirigida atualmente por sete magistrados, no âmbito de uma equipa especial.
  • Nesta equipa participam também três elementos do Banco de Portugal, um da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, 10 elementos da GNR, outros seis da PSP, dois elementos do Núcleo de Assessoria Técnica da PGR, um da Unidade de Apoio do DCIAP, um elemento da Inspeção Geral de Finanças e três elementos da Autoridade Tributária.
  • A PGR dá ainda conta da constituição de uma equipa conjunta com as autoridades suíças, país onde as investigações levaram ao congelamento de “valores significativos”, ainda que não estejam concluídas até ao momento.
  • Além da Suíça, a PGR dá conta que foram “acionadas linhas de cooperação judiciária com as autoridades judiciárias do Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, Macau, Panamá, Dubai, Holanda, Bélgica, Alemanha e Luxemburgo, para obtenção de dados bancários, audições, arresto de bens e outros atos de recolha de prova”.

Arguidos, assistentes e audições:

  • Partindo de um processo principal, a investigação ao universo Espírito Santo já conta com mais 252 processos associados.
  • No total destes processos, e até ao momento, “foram constituídos como arguidos 41 pessoas, nacionais e estrangeiros, oito das quais entidades legais”.
  • O processo conta ainda com 42 pessoas investidas como assistentes, tendo já sido realizadas 199 audições, 22 das quais nos Estados Unidos, Suíça e Espanha.
  • A PGR detalha ainda que já foram realizadas 111 buscas em Portugal, Espanha, Macau e Suíça, com o produto destas buscas a abranger “cerca de 100 milhões de ficheiros informáticos relativos a sistemas operativos bancários, sistemas de contabilidade, contratos, documentos contabilísticos, documentos de natureza bancária e transmissão escrita de comunicações entre Portugal, Suíça, Luxemburgo, Panamá, Dubai, Espanha”.

Apreensões, arrestos e recursos:

  • Ao longo da investigação, acrescenta a PGR, já foram suscitados 16 incidentes de arresto, não só em Portugal, como no Brasil e na Suíça.
  • Até ao momento, já foram arrestados e/ou apreendidos cerca de 120 milhões de euros em numerário e aplicações financeiras, dos quais 53,4 milhões são relativos a vendas de património imobiliário arrestado, realizadas entre 2015 e 2018.
  • A esta verba junta-se uma outra, de 23,6 milhões de euros, relativa a um direito de crédito, além “de juros computados em 7,1 milhões de euros” à data de 31 de dezembro de 2017.
  • Além de numerário, aplicações financeiras ou direitos de crédito, esta investigação também já avançou para o arresto do produto da liquidação de um Fundo de Investimento Imobiliário e das pensões de reforma de dois arguidos, além de unidades de participação em sete fundos de investimento imobiliário.
  • A investigação também já deu origem a 77 recursos já respondidos, 14 oposições e quatro embargos de terceiro.

Carros, casas, hotéis, recheios e obras de arte:

  • A investigação já levou ao arresto de 477 imóveis e 231 frações temporais, além da apreensão de outros dois imóveis.
  • Aos imóveis, juntam-se ainda duas unidades hoteleiras em funcionamento que também foram arrestadas, unidades essas avaliadas em 45 milhões de euros, cada.
  • O recheio de seis casas, e das instalações de uma sociedade, incluindo as suas 143 obras de arte, e onze veículos automóveis também foram alvo de arresto.

(Notícia atualizada às 19h24 com mais informação)

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DBRS sobe rating dos depósitos do BCP, CGD, Montepio e Novo Banco

Agência canadiana fez upgrades à notação dos depósitos de longo prazo de quatro bancos portugueses. Em todos os casos, a subida foi de um nível.

A DBRS subiu o rating dos depósitos de longo prazo de quatro bancos portugueses. A melhoria em um nível na avaliação da agência canadiana foi anunciada esta quinta-feira e incide sobre o BCP, o Banco Montepio, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Novo Banco.

“A ação de rating tomada reflete a introdução em Portugal de preferência total dos depositantes em caso de insolvência bancária e procedimentos de resolução”, explicou o relatório da DBRS. “A lei também introduz uma nova classe de dívida, o que se espera que seja referida como dívida sénior não-preferencial. Esta nova classe de dívida irá posicionar-se abaixo das categorias preferenciais de crédito e dívida sénior existente, mas abaixo da dívida subordinada”.

Na base desta decisão está um diploma a que o Parlamento português deu luz verde e que reforça a proteção dos grandes depósitos de empresas, em detrimento da dívida sénior dos bancos. No atual regime, em caso de liquidação ou resolução de um banco, são prioritários os depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até 100 mil euros e os depósitos de pessoas singulares e microempresas e PME acima dos 100 mil euros.

Apesar de estes se manterem inalterados, também os depósitos das outras empresas (incluindo instituições do Estado) acima dos 100 mil euros vão gozar desta proteção, quando até agora estavam ao lado dos detentores de dívida sénior na escala de credores.

“O objetivo da nova categoria de instrumentos de passivo (sénior não preferencial) é facilitar a implementação de procedimentos de resolução bancária. Na perspetiva da DBRS, a emissão de obrigações sénior preferenciais irá aumentar a capacidade de absorção de perdas e ajudar os bancos portugueses a cumprirem futuramente requisitos de MREL”, sublinhou a agência.

Além dos depósitos de longo prazo dos quatro bancos, a DBRS também subiu o rating dos depósitos de curto prazo do BCP, Banco Montepio e CGD. No caso do Novo Banco não houve alterações nestes instrumentos. O outlook dos depósitos da CGD passam para ‘estável’, de ‘positivo’, enquanto o dos depósitos do Montepio passam para ‘negativo’, de ‘estável’. Todas as outras perspetivas se mantiveram inalteradas. A agência acrescenta ainda que o Santander Totta não é afetado pois o seu rating já incorpora o suporte dado pela casa-mãe.

(Notícia atualizada às 19h10)

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Altice promete novidades sobre venda da fibra da Meo até ao fim do semestre

A Altice Portugal prometeu ter novidades sobre o negócio da venda da rede de fibra ótica "no final do segundo trimestre", indicando tratar-se de um processo que está "a meio".

A administração da Altice Europe prometeu dar novidades sobre o processo da venda da rede de fibra ótica em Portugal “no final do segundo trimestre”. A informação foi revelada por um dos administradores da dona da Meo durante a conferência com analistas, no seguimento da apresentação dos resultados.

“É demasiado cedo para comentar. Estamos a meio do processo. No final do segundo trimestre, seremos capazes de fornecer atualizações [ao mercado]”, disse um dos responsáveis máximos do grupo que detém a Altice Portugal — e, consequentemente, a operadora Meo.

Já era público que a Altice queria replicar em Portugal o negócio que o grupo concluiu em França: vender parte da rede de fibra ótica a um investidor externo, uma operação que permitirá à empresa reduzir a dívida e aumentar o foco nas operações core, isto é, o negócio das telecomunicações. E já se conhece o nome de alguns dos investidores interessados.

Na conferência telefónica, os líderes da Altice Europe — que tem Alain Weill como presidente executivo — revelaram também que o negócio da venda da fibra em França foi concluído esta semana. A empresa obteve uma mais-valia de 1,8 mil milhões de euros com a operação de alienação de parte do ativo a um consórcio da Allianz e da Axa.

Esta quinta-feira, a Altice Portugal revelou que o resultado financeiro obtido em 2018 se agravou quando comparado com 2017. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu mais de 11%, para 840,1 milhões de euros, enquanto as receitas totais da dona da Meo caíram 3,1%, para 2.074,5 milhões de euros.

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Brexit já não é hoje. Parlamento britânico vota acordo de saída pela terceira vez

  • Lusa
  • 28 Março 2019

Acordo de saída do Reino Unido da União Europeia vai ser votado esta sexta-feira pela terceira vez. Mas não haverá declaração politica sobre o futuro.

O governo britânico vai submeter o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia ao parlamento pela terceira vez, agora sem a declaração política sobre as relações futuras, anunciou a ministra responsável pelos Assuntos Parlamentares, Andrea Leadsom, esta quinta-feira.

“Como disse hoje na Câmara, a União Europeia só vai concordar com uma prorrogação até 22 de maio se o Acordo de Saída for aprovado esta semana. A moção de amanhã [sexta-feira] dá ao Parlamento a oportunidade de garantir essa extensão”, disse.

Leadsom, que determinou que o debate terá lugar entre as 09:30 e as 14:30 horas, encorajou “todos os deputados a apoiá-la e garantir que saímos a UE no dia 22 de maio, dando às pessoas e empresas a certeza de que precisam”. Até agora, os dois documentos foram considerados um pacote, mas nas conclusões da reunião de 21 de março, o Conselho Europeu refere apenas o Acordo de Saída.

A Declaração política para o futuro das relações entre o Reino Unido e a União Europeia contém orientações para a negociação de um futuro acordo comercial e a cooperação em vários setores, mas não é vinculativa. Propõe uma parceria económica “ambiciosa, vasta e equilibrada”, que compreende uma área de comércio livre com a UE, sem tarifas, impostos, encargos ou restrições significativas, mas, ao contrário de uma união aduaneira, não impede o Reino Unido de desenvolver uma política comercial independente à margem desta relação.

O Acordo de Saída, de 585 páginas, estabelece os termos da saída do Reino Unido da UE para que se faça de forma ordenada e estabelece um quadro jurídico quando os Tratados e a legislação da UE deixarem de se aplicar ao Reino Unido.

Inclui um protocolo para a Irlanda do Norte, um capítulo sobre os direitos dos cidadãos europeus no Reino Unido e britânicos residentes na UE, um período de transição até ao final de dezembro de 2020 e o pagamento de uma compensação financeira pelo Reino Unido pelas obrigações assumidas enquanto membro da União Europeia, cujo valor o governo britânico estima ser entre 35 e 39 mil milhões de libras (40 a 45 mil milhões de euros).

O Acordo, juntamente com a Declaração, foram chumbados a 12 de março por 391 votos contra e 242 votos a favor, uma diferença de 149 votos, repetindo o chumbo de janeiro por 432 votos contra e 202 contra, uma margem histórica de 230 votos.

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As comissões de inquérito à banca provocam amnésia? “Não me lembro”

Três jornais fizeram capa hoje com a “falta de memória” do governador do Banco de Portugal. Já é um clássico nas comissões de inquérito. Caso mais mediático foi o de Zeinal Bava. Mas houve mais.

A audição do governador do Banco de Portugal na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) ocupa grande parte das primeiras páginas dos jornais desta quinta-feira. “Governador sem memória sobre os créditos da Caixa” são as parangonas do Correio da Manhã. No Jornal de Negócios, lê-se na capa que “o governador afirmou ‘não ter memória’ de o banco público ter discutido a exposição ao BCP”. O Público repete na chamada de capa: “’não tenho memória’, repetiu várias vezes o governador na comissão de inquérito a CGD”.

Algures no meio de uma audição que durou cinco horas, Mariana Mortágua confrontou Carlos Costa com os financiamentos da CGD a duas autoestradas em Espanha, quando este era o responsável pelo banco naquele país, mas só recebeu como resposta o “não tenho memória”. Ao que a deputada do Bloco ironizou que o Governador tinha uma boa memória para as operações que derem lucros (como a de Manuel Fino), mas uma memória fraca para aquelas que resultaram em prejuízos.

A memória “muito lacunar” de Vítor Constâncio

Esta não é a primeira vez que alguém, numa comissão de inquérito à banca, alega problemas de memória. Até porque muitos são chamados a falar de factos que, nalguns casos, ocorreram há vários anos.

Na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, o anterior governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio enviou uma carta aos deputados onde dizia ter uma memória “muito lacunar” sobre o que aconteceu no banco.

“Deixei de representar a instituição em junho de 2010, não trouxe comigo qualquer documentação propriedade do BdP e não tenho naturalmente direito a solicitar qualquer informação neste momento. Toda a memória institucional está na posse do BdP e a minha memória dos poucos assuntos relativos ao Banif que foram apreciados no Conselho de Administração, passados tantos anos, é naturalmente muito lacunar“, escreveu Constâncio na altura, na carta enviada aos deputados.

Por ser vice-presidente do BCE na altura, Vítor Constâncio tinha a prerrogativa de poder responder aos deputados por escrito. Agora já abandonou o cargo internacional e esta quinta-feira está presencialmente à Assembleia da República falar sobre o papel que teve na supervisão da CGD, que deu créditos considerados ruinosos numa altura em que Constâncio era governador do Banco de Portugal.

O caso mais mediático… Zeinal Bava

Fez correr muita tinta a prestação de Zeinal Bava na altura da comissão de inquérito do BES. Depois seis horas de audição, por várias vezes, o anterior presidente da Portugal Telecom repetiu expressões como “não tenho memória”, “não sabia, não tinha que saber”, “tenho dificuldade em dar-lhe esses números” e “não tenho responsabilidade”.

Isto quando confrontado com as suas responsabilidade na aplicação de tesouraria ruinosa que a operadora de telecomunicações fez na Rio Forte. Do lado dos deputados, alguns dos protagonistas eram os mesmos. Incrédula perante a falta de explicações por parte de Zeinal Bava, a deputada Mariana Mortágua desabafou: “é um bocadinho de amadorismo para quem ganhou tantos prémios de melhor CEO do ano, melhor CEO da Europa e arredores”.

Zeinal Bava durante a sua audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES, em fevereiro de 2015.STEVEN GOVERNO/LUSA 26 fevereiro, 2015

Não foi o único no BES com problemas de memória

Nessa altura, em 2014, na mesma comissão e a propósito do mesmo tema, Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva, ex-chairman da Rio Forte, também teve problemas para se recordar do sucedido.

“Eu não sabia”, “não me lembro”, “eu nunca imaginei”, “não sei”, “não acompanhei”, “nunca supus”, “nunca participei”, “nunca tive qualquer informação”, “não lhe sei dizer”, “não estava no meu âmbito”, “nunca tratei”, “não era da minha competência ou responsabilidade”, “não sou um financeiro”, “nunca participei”, “nunca intervim”, “nunca fui membro”, “nunca tive funções executivas”, “agora não me recordo”, “desconheço”, “estava a par, mas não com detalhe”, “não era do meu pelouro”, “eu não estava lá no dia-a-dia”, “não faço comentários”… Foi o resumo que o jornal Expresso fez da sua audição.

Da banca para uma comissão sobre os media — inquérito ao plano da PT para comprar a TVI — Henrique Granadeiro, que durante muitos anos dividiu a cadeira do poder na PT com Zeinal Bava, também teve um lapso de memória.

“Não me recordo quem sugeriu o nome de Rui Pedro Soares, como não me lembro dos outros 24 [o conselho de administração da PT era formado por 25 administradores]”. Granadeiro respondia à deputada Cecília Meireles, que lhe perguntou quem foram os acionistas que sugeriram o nome de Rui Pedro Soares para a lista do conselho de administração da PT formada em 2006.

De volta ao inquérito do BES, Helder Bataglia, presidente da Escom, também não se lembrou com quem assinou contrato na ES Enterprise. “Mas quem o contratou por fora? Em nova resposta remetida ao Parlamento, o presidente da Escom alega: “não me recordo de quem subscreveu o contrato por parte da ES Enterprise, nem da pessoa ou pessoas com quem estabeleci os detalhes da contratação”, escrevia na altura o jornal Observador.

Dias Loureiro e Francisco Comprido no BPN

Revisitando comissões mais antigas, Dias Loureiro foi questionado pelo Expresso se tinha mentido na comissão de inquérito ao BPN quando disse desconhecer o Excellence Assets Fund (veículo que permitiu uma compra ruinosa de duas empresas tecnológicas em Porto Rico). Esta foi a resposta do ex-ministro: “Não me lembro dos contratos, posso ter assinado, se vocês o dizem, mas não tenho memória. Foram dois atos isolados. Não tenho arquivo nenhum. Sei que assinei o memorando de entendimento no início do contrato e mais nada”.

Ainda no mesmo inquérito, Francisco Comprido, ex-administrador do fundo do BPN alegadamente envolvido no negócio do Porto Rico, invocou falta de memória durante toda a sua audição no Parlamento. “Não me recordo”. A resposta causou estupefação e indignação aos deputados, o que levou o socialista Ricardo Rodrigues a lembrar que “a recusa da não participação na comissão de inquérito, sem alegação de cumprimento de sigilo, é crime de desobediência qualificada”, escrevia o Público em 2009.

De volta à Caixa e a Armando Vara

A CGD já teve direito a três comissões de inquérito. Na primeira, em 2017, foi chamado Armando Vara, administrador do banco público, numa altura coincidente com a concessão de vários créditos problemáticos por parte do banco público que agora estão a ser investigados.

A audição de Vara provocou alguma confusão, já que o ex-gestor primeiro disse que nunca tinha falado com José Sócrates sobre a Caixa Geral de Depósitos, enquanto este era primeiro-ministro, depois disse que não se lembrava.

O que ficou como resposta final? “Tenho a certeza que nunca falei, e que o engenheiro José Sócrates nunca falou comigo sobre as questões da Caixa. Mas na verdade, provavelmente se a minha memória não inventou qualquer coisa na minha cabeça. Não está nada [na memória] em relação à Caixa com o engenheiro José Sócrates”, disse aos deputados da comissão de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos.

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Rui Medeiros participa em Conferência sobre a Reforma do Estado Angolano

Rui Medeiros, Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e sócio da Sérvulo & Associados, será orador na sessão de encerramento.

Rui Medeiros, Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e sócio da Sérvulo & Associados, será orador na sessão de encerramento da Conferência a Reforma do Estado, organizada pelo Ministério da Administração e Reforma da República de Angola, a ter lugar no Palácio da Justiça, em Luanda, entre os dias 28 e 29 de março.

O tema está na ordem do dia em Angola, desde que João Lourenço incluiu a Reforma do Estado num dos eixos fundamentais do seu Programa do Governo. Com esta Conferência sobre a Reforma do Estado em Angola pretende-se dar a conhecer as experiências do Ruanda, de Portugal e do Brasil e refletir sobre o papel, o lugar e as funções do Estado em Angola com o intuito de simplificar e modernizar a atuação do Estado.

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António Costa sobre as relações familiares: “Cavaco Silva tem muitas qualidades, mas a melhor não é a memória”

Primeiro ministro ataca ex-presidente da República, usando como exemplo casos que diz serem de promiscuidade de ex-ministros que envolvem a legislatura de Cavaco Silva.

O primeiro-ministro António Costa garantiu esta quinta-feira que nenhum membro do atual Governo foi escolhido pelas suas relações familiares. Quanto às críticas do antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o líder do Executivo respondeu com casos que envolveram governantes do tempo em que este foi primeiro-ministro.

“O professor Cavaco Silva tem muitas qualidades, mas a memória não é a melhor nem sobre os seus próprios governos nem sobre a composição do atual Governo”, afirmou António Costa, na apresentação do plano de mobilidade do Governo, em declarações transmitidas pelas televisões.

O primeiro-ministro respondeu assim aos comentários de Cavaco Silva, na quarta-feira, quando afirmou que “não há comparação possível” entre o Governo a que deu posse em 2015 e o atual Executivo, no que concerne às relações familiares.

“Nenhum dos membros do meu Governo sairá para ir criar um banco que depois vá à falência e viver à custa dos contribuintes”, disse, numa clara alusão a José Oliveira e Costa, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no governo liderado por Cavaco Silva, nos anos 1980. Após sair do Executivo, o economista viria a presidir o Banco Português de Negócios (BPN), cuja falência ainda pesa nas contas públicas.

Costa continuou ainda: “nenhum membro do meu Governo sairá para ir para gerir uma infraestrutura cuja construção ordenou na legislatura imediatamente anterior”. Neste caso, lembrou Joaquim Ferreira do Amaral, que 12 anos depois de ocupar o lugar de ministro das Obras Públicas — onde adjudicou a concessão da Ponte Vasco da Gama à Lusoponte –, acabou por chefiar a administração da empresa.

“Nenhum membro do meu Governo irá sair e adquirir ativos de empresas que privatizou. Estas é que deviam ser as relações com que se deviam preocupar”, acrescentou.

Costa garante quem ninguém foi nomeada por familiares

Há mais de 40 pessoas na lista de relações familiares diretas ou indiretas associadas ao Governo de António Costa, de acordo com as contas do jornal Observador. A questão tem colocado os holofotes sobre o Executivo desde a última remodelação governamental. Mas o primeiro-ministro garante que “não houve alterações desde a composição original”, mas apenas mudanças nos cargos.

“O que posso assegurar é que ninguém foi nomeado em funções de relações familiares”, sublinhou, classificando a comparação feita pelo líder do PSD, Rui Rio, entre o Conselho de Ministros e uma ceia de Natal como “desprimorosa”. Referiu que “há mais de três anos que [estas pessoas] são membros do Governo e nunca houve interferências”.

António Costa rejeitou que as ligações familiares sejam sinal de que o Governo é muito fechado e explicou que entre os 62 membros do Executivo, há 26 que são independentes, apenas 14 já tinham sido parte de governos anteriores e 30 já tinham tido atividade política anterior. “Significa que 32 pessoas foram mobilizar à sociedade civil. É um motivo de orgulho”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 18h)

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Vítor Constâncio sobre o seu mandato: “Decididamente houve falhas na supervisão”

Vítor Constâncio reconheceu falhas na supervisão, mas salientou Banco de Portugal não podia ter impedido os créditos ruinosos da CGD. "É a lei", disse o antigo governador.

Era Vítor Constâncio governador do Banco de Portugal quando, em 2002, o então administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Almerindo Marques lhe enviou duas cartas a denunciar operações irregulares e lesivas para o banco público. Almerindo Marques não obteve resposta a essa correspondência, insistiu e depois encontrou-se com Vítor Constâncio que lhe disse que o supervisor não dispunha de “recursos para mandar fazer uma auditoria” nem era “oportuna fazê-la ao maior banco do sistema”, segundo revelou o Jornal Económico.

Vítor Constâncio é quem se segue na II comissão de inquérito à recapitalização da CGD e aos atos de gestão e vai ser confrontado pelos deputados na qualidade de antigo governador do Banco de Portugal a partir das 17h00. A última vez foi ao Parlamento foi em junho de 2012, mas a assunto era outro: nacionalização do BPN.

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Jerónimo Martins e família EDP puxam por Lisboa

Não há duas sem três. A praça nacional fechou, pela terceira sessão consecutiva, em terreno positivo, suportada pelos ganhos da Jerónimo Martins e da família EDP.

Pela terceira sessão consecutiva, a praça bolsista lisboeta fechou em terreno positivo. Das 18 cotadas nacionais, apenas seis terminaram as negociações no vermelho. A puxar por Lisboa estiveram sobretudo os títulos da Jerónimo Martins e da família EDP.

O índice de referência nacional, o PSI-20, valorizou 0,17% para 5.177,4 pontos. Desempenho inverso registou o Stoxx 600, que recuou 0,11%, o francês CAC, que caiu 0,10%, e o espanhol Ibex, que desvalorizou 0,21%. A contrariar esta tendência europeia esteve, além da praça lisboeta, a alemã, que subiu 0,09%.

Por cá, foram os títulos da Jerónimo Martins e da família EDP a puxar pela praça nacional. As ações da dona do Pingo Doce valorizaram 0,66% para 12,995 euros.

Por sua vez, os títulos da empresa liderada por António Mexia subiram 0,40% para 3,504 euros, tocando em máximos de agosto do último ano. A EDP viveu, assim, a sua sexta sessão consecutiva de ganhos, no dia em que o Fundo Elliott adiantou que quer incluir um novo ponto na ordem de trabalho da próxima Assembleia Geral Anual para manter a atual limitação de 25% nos direitos de voto dos acionistas, o que poderá significar o fim imediato da OPA lançada pelos chineses.

Também as ações da EDP Renováveis avançaram, somando 0,48% para 8,44 euros. No mesmo setor, mas do outro lado da linha de água, ficaram os títulos da Galp Energia, que recuaram 0,35% para 14,13 euros.

No vermelho, fechou também a Sonae, cujas ações desvalorizaram 0,86% para 0,926 euros. Na penúltima sessão da semana, os títulos do BCP valorizaram 0,17% para 0,2295 euros.

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