Bruxelas já tem preparado hard Brexit a 12 de abril. Reino Unido será país terceiro e perde período de transição

Não é o cenário desejado pela Comissão Europeia, mas já há um plano caso aconteça. Não se prevê qualquer regime transitório e serão aplicadas as mesmas regras que os outros países "terceiros".

O cenário de hard Brexit já está preparado por Bruxelas. A Comissão Europeia espera que não aconteça, mas caso se concretize a hipótese “cada vez mais provável” de uma saída sem acordo a 12 de abril, o plano de contingência está pronto e implica que o Reino Unido seja tratado como país terceiro, sem qualquer regime transitório.

“Embora a União Europeia continue a esperar que tal não aconteça, se o acordo de saída não for ratificado até sexta-feira, 29 de março, o cenário de ausência de acordo poderá concretizar-se a 12 de abril. A UE preparou-se para este cenário e manteve-se unida durante todos os seus preparativos. É crucial que todos estejam cientes e preparados para as consequências práticas que a ausência de acordo implica“, anunciou a Comissão, em comunicado.

A primeira-ministra britânica Theresa May acordou com o Conselho Europeu uma prorrogação da data de saída do Reino Unido para 22 de maio de 2019, desde que o acordo de saída seja aprovado pela Câmara dos Comuns até 29 de março de 2019. No entanto, se este não for aprovado, a prorrogação será apenas até 12 de abril de 2019. Nesse cenário, Bruxelas espera que o Reino Unido “indique, antes dessa data, um caminho a seguir”.

Do lado europeu, já há um caminho delineado: o Reino Unido tornar-se-á um país terceiro, sem período de transitório, o que significa que todo o direito primário e secundário da UE deixará de ser aplicável imediatamente e que “implicará perturbações significativas para os cidadãos e para as empresas”.

As relações entre Reino Unido e UE serão regidas pelo direito internacional público geral, incluindo as regras da Organização Mundial do Comércio. As entidades britânicas deixarão de ser elegíveis para receber subvenções da UE e participar nos procedimentos de adjudicação de contratos da UE segundo os termos atuais, enquanto os britânicos deixarão de ser cidadãos da União Europeia e serão objeto de controlos adicionais aquando da passagem das fronteiras para a União Europeia.

A Comissão apresentou 19 propostas legislativas sobre a mudança, das quais 17 foram adotadas ou acordadas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho. Bruxelas acrescenta que irá continuar “a acompanhar os preparativos a nível das administrações e insta todos os cidadãos e empresas da UE a informarem-se sobre as consequências de um eventual cenário de ausência de acordo e a concluírem os seus preparativos para esta eventualidade”.

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BAS alarga portefólio de atuação à imigração

Sociedade de advogados assinala nove anos de atividade com nova área de atuação em imigração e investimento estrangeiro.

A BAS assinala nove anos de atividade, e acaba de apostar numa nova área de atuação: imigração e investimento estrangeiro. Em 2019 a sociedade conta na equipa de managing partners com os advogados e sócios Artur Filipe da Silva, Cláudia Monge e Miguel Salvador. A equipa fundadora de sócios mantém-se essencialmente a mesma desde 2010.

A BAS foca-se e preparar-se para os novos desafios que se impõem em 2019, como as alterações no regime contributivo dos trabalhadores independentes, a consolidação do setor da saúde como uma das áreas de crescimento e e no programa “Vistos Gold”, que continuará a alavancar os setores do imobiliário e do turismo.

O escritório pretende oferecer uma aposta contínua na formação qualificada a atuais e potenciais clientes, designadamente nas áreas de contratação Pública e de direito laboral.

Constituída em 2010, a BAS – Sociedade de Advogados conta com uma equipa de 25 advogados e um total de 34 profissionais. Além dos escritórios em Lisboa e Porto, a BAS tem presença internacional através das parcerias e associados em Angola, Brasil e Moçambique.

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Poiares Maduro: “Rede familiar no Governo atingiu níveis nunca antes vistos”

O anterior ministro de Pedro Passos Coelho é crítico sobre a nomeação de familiares para cargos no Governo.

O tema voltou à baila depois de Paulo Rangel ter vindo defender que o Presidente da República já devia ter avisado o primeiro-ministro para não repetir o que chama de “promiscuidades familiares” no Governo. Em entrevista à agência Lusa, Rangel considerou que a existência de vários casos de ligações familiares em gabinetes de governantes de António Costa “não é normal e constitui um atentado gravíssimo ao princípio republicano”.

Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu este domingo que o Governo e o Partido Socialista devem refletir sobre a prática de ocupação de cargos públicos por “pessoas com muitas afinidades”.

Sobre este tema, Miguel Poiares Maduro disse esta segunda-feira, no fórum da TSF, que “não é algo normal, embora em Portugal não são casos únicos, ganharam uma certa normalidade”. Mas afirma que “a rede familiar no Governo atingiu níveis nunca antes vistos”.

O antigo ministro Adjunto e Desenvolvimento Regional aponta dois problemas às nomeações de familiares para o Governo:

  1. “O Governo não é um conjunto de ministros, é um órgão colegial. [Os ministros] têm de se escrutinar uns aos outros”.
  2. E o “problema de favorecimento dos que nos são próximos”. Poiares Maduro diz que esta situação “não é exatamente nepotismo, porque não se nomeou familiares. Foram mais nomeações cruzadas”. O ex-ministro de Passos Coelho prefere usar o termo anglo-saxónico de ‘cronyism, ou seja, “favorecimento dos que nos são próximos e que, pela proximidade, têm essa possibilidade de mostrar méritos que outros não têm”.

Miguel Poiares Maduro defende ainda, em declarações à TSF, que o papel da Cresap (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública) “devia ser reforçado”.

Este fim de semana, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Poiares Maduro já tinha defendido que “há um conflito de interesses em ter ministros que são familiares”. No atual Governo, por exemplo, o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, é pai de Mariana Vieira da Silva, atual ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, é casado com Ana Paula Vitorino, ministra do Mar.

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Governo estabelece normas para cálculo de complemento da Prestação Social para a Inclusão

O Governo deduziu 11 pontos percentuais aos rendimentos de trabalho, com o objetivo de igualar à isenção de obrigação contributiva por parte de um trabalhador por conta de outrem.

O Governo publicou esta segunda-feira, em Diário da República, as normas de execução do decreto-lei que instituiu, em 2017, a Prestação Social para a Inclusão (PSI), um subsídio que pretende combater as situações de pobreza entre as pessoas com deficiências. O documento dá conta das percentagens de cada parcela a ter em consideração para o cálculo do complemento, cujo valor máximo é de 438,22 euros.

“Por equiparação à isenção de obrigação contributiva por parte de um trabalhador por conta de outrem, entende o Governo deduzir uma parcela correspondente a 11 pontos percentuais aos rendimentos de trabalho, sendo fixada a percentagem de 89%, para efeitos de cálculo do complemento”, lê-se no documento assinado pelos ministros das Finanças, Mário Centeno, e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

Assim, a percentagem dos rendimentos de trabalho dependente e dos rendimentos empresariais e profissionais, os apurados no domínio das atividades independentes, é fixada em 89%.

Mas, na determinação do rendimento de referência a considerar para o cálculo do complemento são consideradas outras percentagens, quer da componente base da prestação, quer de prestações sociais auferidas pelo titular da PSI. A percentagem do valor da componente base da PSI é fixada em 100%, bem como a percentagem das prestações sociais, no âmbito das eventualidades de doença, desemprego, maternidade e paternidade.

O documento define, ainda, a aplicação de uma escala de equivalência à composição do agregado familiar do titular da PSI, para efeitos de determinação do limiar do complemento. “A presente portaria define uma escala de equivalência similar à que é aplicável no Rendimento Social de Inserção, mas que incorpora um elemento de diferenciação positiva, ao considerar o fator de equivalência de um por cada titular da prestação e não apenas para o primeiro titular, reforçando a proteção dos agregados familiares com vários titulares“, lê-se.

Recorde-se que a Prestação Social para a Inclusão foi instituída a 6 de outubro de 2017 para melhorar a prestação social das pessoas com uma incapacidade igual ou superior a 60% e com insuficiência de recursos económicos. O objetivo é “promover a autonomia e inclusão social da pessoa com deficiência, incentivando a sua participação social e laboral, e também combater as situações de pobreza da pessoa com deficiência, através da atribuição de um complemento de natureza social”, pode ler-se em Diário da República.

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Já há um seguro temporário para drones. É contratado numa app e paga-se com MB Way

A MDS lançou um seguro temporário para drones que pode ser contratado por uma hora. Dá cobertura até 500 mil euros e o pagamento pode ser feito por MB Way.

Vai pilotar um drone e precisa de seguro? A corretora MDS lançou um novo seguro de responsabilidade civil para a proteção de drones que pode ser contratado numa app e por “um determinado período de tempo de utilização”, com a possibilidade de o pagamento ser feito por MB Way. A novidade surge numa altura em que este tipo de seguro é obrigatório por lei no para os drones mais pesados, com uma massa superior a 900 gramas.

A aplicação FlySafeGo já está disponível na Play Store, para dispositivos Android. Não foi imediatamente possível confirmar o custo das apólices na aplicação, mas uma captura de ecrã consultada pelo ECO mostra que a contratação de um seguro por uma hora, relativo ao uso particular de um drone DJI Spark, com cobertura até 100 mil euros, custa ao cliente 4,10 euros. O pagamento também pode ser feito por cartão de crédito Visa ou MasterCard.

“Através da aplicação móvel FlySafeGo, a MDS oferece a possibilidade de subscrever online um seguro de responsabilidade civil para drones que garante os danos patrimoniais e/ou não patrimoniais causados a terceiros”, refere a empresa em comunicado.

Existem três modalidades de capital para a cobertura de responsabilidade civil, de 100 mil, 250 mil e 500 mil euros. “Ao desenvolver uma app específica para o seguro de drones, a MDS oferece a possibilidade de subscrever o seguro por um período de tempo definido e determinado, tendo em conta as horas de utilização do drone”, refere a MDS na mesma nota. A empresa garante que o processo de contratação pode ser concluído em apenas “35 segundos”.

“A inovadora app FlySafeGo é também uma ajuda para todos os que pretendem utilizar um drone. A app indica as condições de voo para a localização onde pretende voar, além de identificar as áreas restritas e as autorizações necessárias para voar. A solução foi desenvolvida em parceria pela MDS e a FlySafeGo, sendo o seguro subscrito junto da Una Seguros”, conclui a MDS.

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Advocatus Update. Fique com as últimas dos escritórios

Não sabe o que se passou durante a semana? Nós ajudamos. Fique com o vídeo que reúne as últimas do mercado da advocacia, em apenas um minuto.

A sociedade portuguesa recebeu a distinção de melhor sociedade ibérica pelo The Lawyer European Awards. Na lista de nomeados estavam ainda Cuatrecasas, Garrigues, GA_P, PLMJ, Uría e VdA.

João Vieira de Almeida recebeu a distinção de melhor gestor de sociedades de advogados na Europa pelos The Lawyer European Awards. Luís Pais Antunes, da PLMJ, era o outro português entre os nomeados.

A DLA Piper contrata Jorge Serrote, como associado sénior, para reforçar a sua equipa de societário e financeiro. O advogado esteve oito anos na PLMJ.

Catarina Limpo Serra vai coordenar o departamento de contencioso da CCA Ontier. A advogada, contratada em 2018, é mais uma aposta do escritório no crescimento orgânico.

A sociedade de advogados e a associação firmaram uma parceria com o objetivo de potenciar as artes, junto do público que visita diariamente Alfama.

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Opositor acusa Tomás Correia de ataques, ameaças e mentiras no Montepio

O economista e ex-administrador da Mutualista, Eugénio Rosa, defende que a realização da próxima assembleia geral está a ser propositadamente escondida dos associados.

Eugénio Rosa, economista e antigo membro do conselho geral da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), acusa Tomás Correia de mentir, ameaçar e atacar no seguimento da condenação pelo Banco de Portugal. Numa publicação no seu blog, Rosa defende ainda que Tomás Correia e o padre Vítor Melícias estão propositadamente a não informar os associados da assembleia-geral que se irá realizar a 28 de março.

“Após a condenação da administração de Tomás Correia pelo Banco de Portugal com pesadas coimas pela gestão ruinosa da Caixa Económica até 2015, ele tem-se multiplicado nos ataques ao supervisor, em ameaças a todos, até prometendo «recorrer à espada» (o homem está desatualizado e perdeu o bom senso), e tem multiplicado as mentiras procurando convencer os associados e a opinião pública de que nada fez do que é acusado. E como tem acontecido tem o apoio do padre Melícias e dos fiéis”, acusou Rosa, que foi um dos candidatos derrotados nas últimas eleições do Montepio.

O economista afirma que Tomás Correia faz parte “do passado e da fase ruinosa da história do Montepio” e apela aos associados que se unam “para salvar o Montepio”. Por isso, apela a que os associados participem na assembleia-geral, onde serão aprovadas as contas individuais da Associação Mutualista de 2018, deliberar sobre a proposta de alteração dos estatutos em vigor para sua harmonização com o disposto no Código das Associações Mutualistas e eleger comissão para elaborar o respetivo projeto.

No apelo, Eugénio Rosa acrescenta que pretender evitar situações como a que aconteceu há um ano, quando a AMMG aprovou uma proposta que coloca o Banco Montepio a suportar os custos processuais que possam ter atuais ou antigos administradores do banco, como Tomás Correia, que está a ser investigado pelo Ministério Público e se prepara agora para apresentar recurso contra uma coima do Banco de Portugal no valor de 1,25 milhões de euros.

“O medo de Tomás Correia de que os associados do Montepio conhecessem as consequências da sua gestão ruinosa, levou-o a aprovar na assembleia geral unipessoal (pois era ele o único representante do acionista AMMG) da Caixa Económica realizada em 16 de março de 2018, em que destituiu a administração de Félix e os restantes órgãos sociais, para além da proposta conhecida de que as despesas com advogados, tribunais e coimas aplicadas por entidades oficiais à sua administração, devido a atos de má gestão fossem suportados pelo Banco Montepio”, sublinhou.

Acrescentou ainda que se recusou a aceitar a imposição “ilegal” de Tomás Correia de que os membros dos órgãos demitidos só receberiam as remunerações até ao fim do mandato. “Por isso não recebi as remunerações a que por lei tinha direito”, diz.

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Preços das casas dispararam 10% no ano passado. Subida abrandou no último trimestre

As casas continuam mais caras, sendo a evolução mais significativa ao nível das habitações já existentes. No ano passado venderam-se 178 mil habitações, mais 16,6% do que em 2017.

Os preços das casas continuam a aumentar. No ano passado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), subiram 10,3% face ao ano anterior, mas travaram no último trimestre. Já o número de casas vendidas aumentou 16,6% em 2018, totalizando 24,1 mil milhões de euros.

“Em 2018, os preços das habitações transacionadas mantiveram uma trajetória de crescimento”, começa por referir o INE. Houve uma subida de 10,3% no espaço de um ano, o que representa um acréscimo de 1,1 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, transacionaram-se 178.691 habitações, mais 16,6% do que no mesmo período do ano anterior. Estas transações totalizaram 24,1 mil milhões de euros, um valor que aumentou 24,4% face ao período homólogo.

Preços continuam a subir, mas a um ritmo mais lento

No quarto trimestre do ano passado, os preços subiram 9,3% (mais 0,8 p.p.) face ao trimestre anterior, “invertendo-se a trajetória de desaceleração registada nos dois trimestres anteriores”, refere o INE. Contudo, comparando com o quarto trimestre do ano passado, verifica-se que os preços tinham subido mais: 10,5%.

No último trimestre, as habitações transacionadas totalizaram 6,2 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 10,7% face ao mesmo período do ano passado e uma queda de 1,6% face ao terceiro trimestre.

Ainda nos últimos três meses do ano passado, foram transacionados 46.421 alojamentos, um número que representa uma subida de 9,4% face ao mesmo período do ano anterior. Aqui, diz o INE, “a taxa de variação observada foi a mais baixa do ano e a primeira abaixo dos dois dígitos desde o quarto trimestre de 2014”.

Subida dos preços foi mais acentuada nas casas usadas

Esta dinâmica de crescimento dos preços, embora se tenha observado nos dois tipos de habitações, foi mais acentuada nas habitações existentes (11%) do que nas habitações novas (7,5%), lê-se no documento do INE.

A mesma tendência observou-se no número de transações em cada um destes tipos de habitações: as habitações existentes transacionadas subiram 17,5% enquanto as novas aumentaram 11,6%, o que acabou por contribuir para um “aumento do peso relativo da primeira categoria”. O ano passado foi o terceiro ano consecutivo em que a diferença no ritmo de crescimento de transações entre estes dois tipos de alojamento se reduziu.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Carlos Costa pede “consenso sobre estratégia nacional” sem “interesses de curto prazo”

Governador alerta para o facto de Portugal precisar de reformas estruturais para corrigir desequilíbrios que levaram o país à falência. Mas essas reformas são mais difíceis de implementar, notou.

O governador do Banco de Portugal pediu “consenso em torno da estratégia nacional” e que deixe de lado “interesses de curto prazo e visões de curto prazo que não privilegiam o longo prazo”. Carlos Costa defendeu esta segunda-feira que Portugal ainda precisa de reformas estruturais para corrigir os desequilíbrios que levaram o país à falência no passado.

Falando na conferência “Portugal: reforma e crescimento na Zona Euro”, organizada pelo Banco de Portugal e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Carlos Costa lembrou que, apesar da recente recuperação económica, o PIB per capita português dos últimos continuou cerca de 30%-40% abaixo da média europeia, sem ser capaz de convergir para as economias mais ricas. Acrescentou de seguida que essa convergência depende da vontade de fazer reformas que, hoje em dia, são mais difíceis de executar, apesar de serem muito necessárias para evitar crises como a que levaram o país a pedir um resgate financeiro em 2011.

“Tais reformas são, por um lado, imperativas para a correção dos desequilíbrios macroeconómicos que levaram Portugal às crises no passado e, por outro, muito difíceis de implementar depois da conclusão do programa de assistência“, referiu o governador do banco central. Mas “por que é que é tão difícil implementar reformas estruturais no atual contexto?”, questionou.

"Precisamos de ter um consenso sobre a estratégia nacional que deixe de lado interesses de curto prazo e visões de curto prazo.”

Carlos Costa

Governador do Banco de Portugal

Para Carlos Costa, são sobretudo três fatores que dificultam a implementação de um programa de reformas.

Primeiro, a “forte concorrência global”, que obriga as empresas a estarem em permanente adaptação às mudanças e a exigir um Estado flexível. “Isto significa que precisamos de um Estado que seja magro e eficiente, e que seja capaz de manter a coesão social ao mesmo tempo”, frisou.

Depois, é preciso dar maior destaque ao setor transacionável, para onde devem ser transferidos recursos para melhorar o setor exportador nacional e “evitar o regresso aos desequilíbrios externos”. “Mas isto pode arruinar a coesão social”, notou Carlos Costa.

Finalmente, uma vez que Portugal já não está num sentido de emergência e consegue financiar-se a custos relativamente baixos nos mercados, “a implementação de reformas pelos decisores políticos e o consenso social tornou-se mais difícil”. O governador referiu que “os custos de cada reforma tornaram-se mais claros” e devem ser “cuidadosamente equilibrados por benefícios de compensação que sejam percecionáveis” pelos portugueses.

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Idai: População afetada em Moçambique cresce 50% para 794 mil com 447 mortos

  • Lusa
  • 25 Março 2019

Já são 794 mil pessoas afetadas pelo ciclone Idai, em Moçambique, um número que aumentou 50% face aos últimos registos. Centros de acolhimento já registaram 129 mil entradas.

A população afetada pelo ciclone Idai em Moçambique subiu para 794.000, anunciaram esta segunda-feira as autoridades, que contabilizam 447 mortos.

Em relação a domingo, o resumo de informação distribuída pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) acrescenta uma vítima mortal aos dados divulgados e aumenta em 50% o número de pessoas atingidas. Esta população afetada não significa que esteja “em risco de vida”.

“São pessoas que perderam as casas” ou que estão “em zonas isoladas e que precisam de assistência”, explicou no domingo o ministro da Terra e Ambiente, Celso Correia. Por seu lado, o número de salvamentos faz com que os centros de acolhimento continuem a encher e registem já 128.941 entradas (mais 18% que no domingo), das quais 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis — por exemplo, idosos e grávidas que recebem assistência particular.

Autarca da Beira alerta para várias mortes com sintomas de cólera

Daviz Simango, presidente do município da Beira, no centro de Moçambique, referiu esta segunda-feira em entrevista à Lusa que há várias mortes registadas com sintomas de cólera, elevando os receios de um surto após o ciclone Idai. “Estamos à procura de [meios de] diagnóstico, mas nós conhecemos a cólera, conhecemos os sintomas e dinâmica”, referiu o autarca acerca de uma doença que é tratável, mas que todos os anos provoca mortes em Moçambique na época das chuvas.

“Se numa unidade sanitária há seis, sete mortos nas mesmas circunstâncias de diarreia, é um indicativo claro de que a cólera está aí à porta”, acrescentou, ao descrever os casos que conhece.

Ciclone Idai, MoçambiqueF5Nando/Twitter

Com a região inundada e sem saneamento básico, a cólera passa para a água e comida, criando-se um ambiente propício à sua propagação. Depois do pesadelo do ciclone, Daviz Simango teme o pesadelo de um surto de doenças. “Nos centros de acomodação” para os desalojados, improvisados em escolas, “tem de se colocar tapetes e água desinfetada” para que, quem entra, “não leve a cólera lá para dentro”, destacou.

São locais de abrigo que estão apinhados, nalguns casos com centenas de pessoas, facilmente expostas. “Nos centros de acomodação, as pessoas não vivem em condições humanas”, referiu. Na cidade são necessárias latrinas, pede o autarca.

Celso Correia, ministro da Terra e Ambiente de Moçambique, referiu no domingo que “a prioridade nas próximas semanas é evitar a eclosão de doenças”. “É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos filária, e vai haver diarreias. O trabalho está a ser feito para mitigar” os surtos, destacou.

A estratégia inclui a instalação de centros de tratamento — habitualmente instalados em zonas de surto para conter e tratar doentes — e distribuição de equipas médicas por todo o território afetado. As Nações Unidas anunciaram a instalação de campos de abrigo temporário, com tendas e hospitais de campanha, para onde vão ser conduzidas os 89.000 desalojados (um número que tem crescido todos os dias) que estão nos centros de acolhimento improvisados.

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CTT continuam sob pressão. Ações caem mais de 3% e atingem novo mínimo histórico

As ações da empresa liderada por Francisco de Lacerda seguem em terreno negativo pela quarta sessão, tendo já atingido um novo mínimo histórico.

Os CTT voltam a estar sob pressão na bolsa nacional nesta segunda-feira. As ações da empresa liderada por Francisco de Lacerda recuam 3%, para um novo mínimo histórico. Este deslize acontece depois de na sexta-feira passada ter sido noticiado que a Rangel Expresso, uma subsidiária do grupo Rangel, foi comprada pela empresa pública espanhola Correos. Em quatro sessões, os CTT já desvalorizaram perto de 7% em bolsa.

Trata-se da quarta sessão seguida em que as ações dos CTT negoceiam no vermelho, com estas a recuarem 2,12%, para os 2,588 euros, depois de já terem tocado nos 2,558 euros, a cotação mais baixa de sempre.

É assim superado o mínimo de sempre já atingido na passada sexta-feira, dia em que foi confirmada a entrada da espanhola Correos em Portugal. A empresa pública espanhola de correios adquiriu a Rangel Expresso, uma subsidiária do grupo Rangel, que concorre com os CTT.

CTT sob pressão em bolsa

Em meados de março, a imprensa espanhola noticiou que os Correos já tinham avançado para a compra de um operador local em Portugal, tendo em vista a expansão para o mercado internacional.

A estratégia da empresa pública espanhola passa por criar uma rede de distribuição na Península Ibérica, possibilitando a entrega de encomendas em Portugal oriundas de Espanha em menos de 24 horas. Ou seja, mais concorrência para os CTT.

As ações dos CTT já estão mais de 50% abaixo do preço a que foram vendidas na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). A operação ocorreu em 2013, tendo as ações sido vendidas a um valor unitário de 5,52 euros.

No acumulado do ano, os CTT são o único título do PSI-20 com perdas. Em 2019, as ações da empresa dos correios recuam mais de 10%.

(Notícia atualizada às 10h24 com mais informação)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 25 Março 2019

Falta de provas de conluio entre Trump e Moscovo, compra da Careem pela Uber Technologies, quebra de agências bancárias em Espanha, visita encurtada de Netanyahu aos EUA e Boeing fazem notícia.

O relatório do procurador especial norte-americano Robert Mueller que concluiu não existirem provas de acordo ou coordenação entre a equipa de campanha de Donald Trump e Moscovo nas eleições presidenciais de 2016 faz manchetes em várias publicações nesta segunda-feira. Neste mesmo dia é dado conta que a Uber Technologies parece já ter tudo acertado para comprar a rival Careem por 3,1 mil milhões de dólares, sabendo-se ainda que a Boeing convidou mais de 200 pilotos, líderes técnicos e reguladores para uma sessão de informações, visando voltar a colocar o modelo 737 Max no serviço comercial. Em Espanha, o número de agências bancárias continua a cair. Sabe-se também que Netanyahu encurtou a visita aos EUA após ataque de Gaza.

Cinco Días

Número de agências bancárias em Espanha em mínimos de 1980

O número de agências bancárias não pára de cair em Espanha. Depois de em setembro de 2008 terem atingido um máximo histórico de 45.707, o número de agência bancárias que tinham portas abertas no final de 2018 situava-se num total de 26.011. Os números são avançados pelo Cinco Días que cita dados do Banco de Espanha. Feitas as contas, trata-se do número mais baixo desde pelo menos 1980. A quebra do número de agências resulta da crise financeira, da onda de fusões e aquisições, da digitalização do setor e da necessidade de reduzir custos. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso grátis)

The Wall Street Journal

Relatório de procurador especial conclui não haver provas de conluio entre campanha de Trump e Moscovo

O procurador especial norte-americano Robert Mueller concluiu, após quase dois anos de investigação, não existirem provas de acordo ou coordenação entre a equipa de campanha de Donald Trump e Moscovo nas eleições presidenciais de 2016. As conclusões do relatório, divulgadas, este domingo, pelo secretário da Justiça norte-americano, William Barr, constituem uma incontestável vitória para o Presidente dos Estados Unidos, que há meses repetia não ter havido qualquer “conluio”, e melhoram as suas perspetivas de uma reeleição em 2020. “As investigações do procurador especial não determinaram que a equipa da campanha eleitoral de Trump ou qualquer pessoa a ela associada se tenha entendido ou coordenado com a Rússia nos seus esforços para influenciar a eleição presidencial norte-americana de 2016”, indicou Barr numa mensagem de correio eletrónico de quatro páginas enviada ao Congresso e tornada pública logo a seguir. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago)

Bloomberg

Uber vai fechar negócio de 3,1 mil milhões de dólares para comprar rival Careem

O anúncio oficial é esperado esta terça-feira, mas já parece estar tudo acertado para a Uber Technologies Inc, comprar a rival Careem por 3,1 mil milhões de dólares (2,74 mil milhões de euros). O negócio com a empresa sediada no Dubai tem duas vertentes: o pagamento em dinheiro de 1,4 mil milhões de dólares (1,23 mil milhões de euros) e 1,7 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) em ações convertíveis da Uber a um preço de 55 dólares por ação. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado). Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado)

Reuters

Boeing convida mais de 200 pilotos, técnicos e reguladores para sessão de esclarecimento

A Boeing convidou mais de 200 pilotos de várias companhias aéreas, líderes técnicos e reguladores para uma sessão de informações, com o objetivo de voltar a colocar o modelo 737 Max no serviço comercial. Esta reunião é um sinal de que a correção no software da Boeing está quase pronta, embora ainda precise de aprovação regulatória. A sessão vai decorrer esta quarta-feira em Renton, Washington, e faz parte de um plano da empresa para discutir com todos os atuais e futuros operadores do 737 Max e reguladores as novas atualizações de software. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Netanyahu encurta visita aos EUA após ataque de Gaza

O primeiro-ministro israelita decidiu encurtar a visita aos Estados Unidos, depois de um morteiro lançado a partir da Faixa de Gaza ter atingido uma casa na comunidade de Mishmeret, a norte da cidade de Kfar Saba, provocando um incêndio e destruindo a habitação. Seis pessoas que lá habitavam ficaram feridas, a maioria com ferimentos ligeiros, segundo o último balanço das autoridades. “Houve um ataque criminoso ao Estado de Israel e nós responderemos com força”, afirmou Netanyahu. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso grátis)

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