Vieira da Silva diz que Estado não é único com salário mínimo acima dos 600 euros

Marcelo Rebelo de Sousa deixou dúvidas sobre a diferença entre a remuneração base da Função Pública e o salário mínimo nacional. Em resposta, o Governo lembra que o Estado não é o único a fazê-lo.

Em resposta às críticas e dúvidas que têm sido levantadas até pelo Presidente da República, o ministro do Trabalho sublinhou, esta terça-feira, que o Estado não é o único empregador nacional a estabelecer uma base remuneratória superior ao valor do salário mínimo nacional. “Em 2018, 50% das convenções coletivas que foram acordadas entre sindicatos e patrões fixaram salários mínimos acima dos 580 euros”, salientou Vieira da Silva, em declarações ao Fórum TSF.

Foi no início de dezembro que o Executivo de António Costa adiantou que os 50 milhões de euros que tinham sido reservados no Orçamento do Estado para 2019 para valorizações salariais na Função Pública chegariam, afinal, apenas ao que ganhavam menos. Em causa, está a subida da base remuneratória para o valor equivalente à quarta posição da Tabela Remuneratória Única (TRU), isto é, para 635,07 euros mensais.

A proposta foi fortemente criticada pelos sindicatos, que exigiam o alargamento dos aumentos salariais a todos os funcionários. Sem consenso, as negociações foram encerradas em janeiro, tendo a medida sido promulgada, na segunda-feira, pelo Presidente da República.

Apesar de ter dado “luz verde” a esse reforço salarial dos funcionários que ganham menos, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter dúvidas sobre esta “opção política”, “nomeadamente no tratamento similar de situações porventura diversas, na preterição de outros escalões administrativos e na comparação com o Salário Mínimo Nacional”.

Em resposta a essa última nota, o ministro do Trabalho frisou, esta terça-feira, que o Estado não é o único empregador nacional cuja base salarial é superior à remuneração mínima garantida. “Em 2018, 50% das convenções coletivas que foram acordadas entre sindicatos e patrões fixaram salários mínimos acima dos 580 euros”, disse Vieira da Silva, lembrando os números que já tinham sido adiantados, em janeiro, pelo secretário de Estado do Emprego.

“Não é uma questão do [trabalho no setor público] ser mais valorizado”, acrescentou ainda o governante, referindo que a decisão é causa é sempre tomada pelo empregador em negociação com os sindicatos. “Com a margem orçamental de que dispunha e depois de ter cumprido o seu programa, o Governo pensou que podia fazer um pouco mais”, reforçou Vieira da Silva, declarando-se “confortável” com esta medida.

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ERSE aplica coimas superiores a dois milhões de euros em 2018

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos abriu 29 processos de contraordenação a agentes dos setores regulados no ano passado, dos quais 15 resultaram em condenação.

Os processos avaliados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) em 2018 resultaram em coimas superiores a dois milhões de euros, a partir de 15 condenações. Foram abertos no total 29 processos de contraordenação, dos quais em 25 se proferiu uma decisão.

Dos mais de 2 milhões de euros aplicados em coimas, já foram cobrados 1.055.575 euros, indica o regulador em comunicado. Estão ainda em curso 42 processos de contraordenação contra agentes dos setores regulados pela ERSE, tendo em conta aqueles que transitam dos outros anos.

As principais práticas que deram origem a um processo foram a “violação de deveres respeitantes ao relacionamento comercial, tarifas sociais, comunicação de leituras e faturação, práticas comerciais desleais e a interrupção injustificada do fornecimento de eletricidade e gás natural”.

Para além da deteção de atos ilícitos por parte da entidade reguladora, os casos chegam à atenção da ERSE através do portal institucional, onde se registaram 91 denúncias no ano passado, e também por participações de órgãos de polícia criminal e de outras entidades públicas.

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“Pela primeira vez na história, senta-se marido e mulher e agora pai e filha”, ataca Rui Rio

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2019

O líder do PSD considera ainda que um Governo que tenha feito tantas remodelações como este "demonstra falta de rumo".

O líder do PSD alertou que, em cerca de três anos, o atual Governo teve “seis remodelações”, mudando dez ministros e 21 secretários de Estado, o que demonstra ausência de “estratégia”, de política “estruturada” e de “rumo”. Rui Rio criticou ainda o facto de familiares integrarem o mesmo Governo.

“Nestes três anos e muito, já houve seis remodelações de Governo e mudaram dez ministros e 21 secretários de Estado. Não é possível uma governação estabilizada quando fazemos estas alterações em tão pouco tempo. Objetivamente, um Governo que muda todas estas vezes demonstra falta de rumo. Não há uma política estruturada. Há uma resposta ao quotidiano”, afirmou Rui Rio aos jornalistas, na sede distrital do Porto do PSD, após uma reunião com a Confederação Nacional das Associações de Pais.

O presidente do PSD afirmou que as expectativas em relação à remodelação governamental desta segunda-feira “não são nenhumas”, alertando para um certo “afunilamento”. No Conselho de Ministros “pela primeira vez na história de Portugal, senta-se marido e mulher e agora pai e filha”, disparou.

Rio referia-se à antiga secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro, Mariana Vieira da Silva, que tomou posse esta segunda-feira como ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, e que é filha do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva.

O líder do PSD aludia ainda ao casal formado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. “É uma remodelação a meia dúzia de meses das eleições, feita por necessidade, devido à saída de ministros para o Parlamento Europeu [Pedro Marques e Maria Manuel Leitão vão integrar as listas do PS às eleições europeias]”, afirmou o presidente do PSD.

Para Rio, “é manifesto que, desta forma, não pode haver uma linha estruturada e estratégia para atingir um objetivo”. “Não é possível ter uma governação estabilizada quando fazemos estas alterações em tão pouco tempo”, frisou o líder social-democrata. Diz Rio que “um governo que mudou dez ministros” em menos de quatro anos não tem “rumo”, antes “está a responder ao quotidiano”. “O próximo [ministro] até pode responder melhor ao dia a dia, mas não a uma linha de rumo”, considerou.

Os novos ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e do Planeamento, Nelson de Souza, bem como os respetivos secretários de Estado, tomaram posse esta segunda-feira.

Já sobre o relatório da OCDE divulgado na segunda-feira, Rio notou que “Portugal não teve, nestes quatro anos, uma estratégia de crescimento económico sustentada”, pelo que, “numa análise mais fina vai-se percebendo que não se apostou nas exportações ou no investimento” “Quem tem uma política de gestão de quotidiano não pode esperar um relatório de análise de longo prazo favorável”, concluiu.

Quanto a impostos, Rio notou que Portugal “tem, neste momento, a maior carga fiscal da história”. “Nunca foi tão pesada e, em compensação, os portugueses têm piores serviços públicos. Têm péssimos serviços públicos, pior do que há três ou quatro anos. Toda a gente sente isso na rua”, observou.

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Função pública ainda não recebe este mês subida da remuneração base

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2019

Funcionários públicos recebem o salário de fevereiro a partir de quarta-feira, mas ainda não é este mês que a subida da remuneração. Será paga a cerca de 70 mil.

Os funcionários públicos recebem o salário de fevereiro a partir de quarta-feira, mas ainda não é este mês que a subida da remuneração base para 635,07 euros será paga aos cerca de 70 mil trabalhadores abrangidos.

O decreto-lei que coloca a nova base remuneratória da administração pública nos 635,07 euros foi aprovado em 24 de janeiro em Conselho de Ministros e promulgado na segunda-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa – que expressou dúvidas sobre esta opção política –, mas como os salários deste mês já foram processados a atualização só acontecerá mais tarde.

Só quando o diploma for publicado entrará em vigor com efeitos retroativos a janeiro de 2019 e deverá abranger, segundo o Governo, cerca de 70 mil funcionários públicos.

“As remunerações dos trabalhadores apenas começam a ser pagas em conformidade com a proposta do Governo, quando o respetivo diploma for publicado em Diário da República e entrar em vigor, o que até ao momento não sucedeu”, disse fonte do Ministério das Finanças à Lusa.

O diploma tem sido contestado pelos sindicatos, que acusam o Governo de criar situações de “injustiça”, uma vez que a subida para os 635,07 euros fará com que a grande maioria dos funcionários não tenha qualquer aumento em 2019 e faz com que haja perda dos pontos obtidos na avaliação de desempenho que dariam direito a progressões.

Segundo o Governo, o custo da subida da base remuneratória da administração pública é de cerca de 50 milhões de euros.

A remuneração base da administração pública correspondia até agora ao valor do salário mínimo nacional, que este ano é de 600 euros.

Caso o executivo tivesse atualizado a base remuneratória para 600 euros, o custo dessa atualização seria de 20 milhões de euros, segundo fonte das Finanças.

O Presidente da República anunciou na segunda-feira a promulgação do diploma, “apesar das dúvidas que uma opção política desta natureza sempre suscita, nomeadamente no tratamento similar de situações porventura diversas, na preterição de outros escalões administrativos e na comparação com o salário mínimo nacional”, que atualmente é de 600 euros.

Marcelo Rebelo de Sousa justificou a sua decisão com o entendimento de que “a não promulgação implicaria mais um sacrifício para uma fração da Administração Pública muito significativa em número e, sobretudo, em rendimentos recebidos”.

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Porto-Dubai à distância de um… Emirates, a partir de 2 de julho

Emirates vai passar a voar do Dubai para mais uma cidade portuguesa. Voo para o Porto terá frequência de quatro vezes por semana e arranca no início de julho.

A Emirates vai começar a voar para o Porto, inaugurando assim rota para uma segunda cidade portuguesa, escreve esta terça-feira a Reuters. A companhia aérea planeia começar a rota Dubai-Porto a 2 de julho.

O Porto torna-se assim a segunda cidade portuguesa nas rotas da companhia aérea. A estreia para o Porto arranca com uma rota de quatro dias por semana, juntando-se aos voos diários para a capital portuguesa.

“O Porto tem beneficiado do incremento dos níveis de turismo, o que também é um reflexo do aumento do número de visitantes a Portugal como um todo. A introdução deste novo voo, além do bidiário para Lisboa, vai ajudar-nos a ir ao encontro da procura tanto para lazer como para visitantes em negócios, tal como dar-lhes mais opções de escolha, flexibilidade e ligações quando viajam de e para Portugal”, explica Tim Clark, presidente da Emirates, em declarações à Reuters.

O novo serviço da companhia aérea vai ser operado com aviões Boeing 777-300ER, em cabines configuradas para três classes, oito suites privadas em primeira classe, 42 lugares em business class e 310 lugares em económica.

O voo entre o Dubai e o Porto será operado às terças, quintas, sábados e domingos, e partirá do Dubai como EK197, às 09h15, chegando ao Porto às 14h30. O voo de regresso, EK198, partirá do Porto às 17h35 e aterrará no Dubai às 4h15hrs da manhã seguinte.

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Juros portugueses a 10 anos em mínimos históricos. Caem abaixo dos 1,5%

Os juros da dívida soberana nacional aliviam em todas as frentes, com a taxa a 10 anos a atingir nesta sessão os 1,495%. Trata-se da taxa mais baixa de sempre.

Os juros soberanos nacionais recuam em todas as frentes, acompanhando o alívio das referências europeias. A taxa de juro portuguesa a dez anos chegou a recuar até aos 1,495%, o valor mais baixo de sempre.

A yield soberana nacional negoceia nos 1,5% no mercado secundário, 1,6 pontos base aquém da última sessão. Mas na manhã desta terça-feira já quebrou em baixa pela primeira vez a fasquia dos 1,5% ao atingir os 1,495%, segundo a Reuters. O alívio das taxas de juro da dívida soberana nacional também chega às diferentes maturidades.

Os juros nacionais acompanham ainda a tendência de alívio que se assiste na dívida soberana alemã. A taxa de juro da dívida germânica a dez anos negoceia nos 0,103%, tendo já recuado até aos 0,092% nesta sessão.

Juros nacionais a 10 anos em mínimos de sempre

Fonte: Reuters

Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa não identifica uma razão específica para o alívio dos juros nacionais, preferindo dizer que estes estão a “ajustar” e “em linha com as dívidas soberanas europeias”.

“É um movimento que está a ser acompanhado pelos restantes países, sendo que não temos nenhuns motivos fortes que criem risco adicional e os juros acabam por cair”, disse o especialista em dívida ao ECO.

Esta é contudo a sexta sessão seguida em que os juros soberanos nacionais dão sinais de alívio, numa altura em que são várias as casas de investimento a recomendar aos investidores olharem para a dívida portuguesa, num contexto marcado pela instabilidade nos restantes mercados periféricos: Espanha e Itália.

O alívio dos juros nacionais é um sinal positivo depois de no ano passado o movimento de quebra das yields ter ajudado Portugal a conseguir-se financiar ao custo mais baixo de sempre. O rumo dos juros nesta sessão levam também a antecipar um desfecho positivo para o regresso ao mercado do IGCP para emitir dívida, nesta quarta-feira.

A agência responsável pela gestão da dívida pública portuguesa agendou, para esta quarta-feira, dois leilões de bilhetes do Tesouro com prazos a três e nove meses, pretendendo captar até 1.250 milhões de euros de financiamento.

(Notícia atualizada às 10h27 com mais informação)

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HSBC falha estimativas de resultados. Ações caem quase 4%

O maior banco europeu em capitalização bolsista apresentou um aumento de 15,9% dos seus lucros. A subida fica no entanto aquém do esperado pelos analistas, o que condiciona o rumo das ações.

O desfecho do primeiro ano de John Flint nos comandos do HSBC não parece agradar aos mercados. O maior banco europeu reportou um aumento de 16% nos seus lucros, em 2018, mas aquém do esperado pelos analistas, com o HSBC a antecipar ainda um corte de investimento. As ações estão a sofrer por isso, recuando perto de 4%.

O HSBC divulgou nesta terça-feira que os seus lucros antes de impostos ascenderam a 19,9 mil milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros) no ano passado, valor que representa um aumento de 15,9% face ao resultado de 2017, mas aquém do que o mercado antecipava. A média das estimativas de 17 analistas consultados pela Refinitiv apontava para que o banco tivesse fechado o ano passado com um resultado de 22 mil milhões de dólares.

O resultado do banco foi penalizado pelo aumento dos custos e pelos resultados alcançados no negócio de trading que foi penalizado pelo desempenho negativo dos mercados acionistas. O HSBC junta-se assim a outros bancos rivais, como o UBS, que se declaram afetados pela volatilidade dos mercados. “O comércio global mantêm-se sujeito a pressões políticas, e as diferenças entre a China e os Estados Unidos irão, provavelmente, continuar a marcar o sentimento em 2019”, declarou Mark Tucker, o presidente do banco, esta terça-feira.

Mas avizinham-se mais dificuldades para o banco, que alertou para mais danos este ano devido ao abrandamento da China e no Reino Unido.

John Flint, CEO do HSBC, adiantou que o banco poderá vir a recuar nos seus planos de investimento, visando cumprir com o compromisso que assumiu de aumentar mais as receitas do que os custos.

“Seremos proativos a gerir os custos e o investimento para fazer face aos riscos para o crescimento das receitas onde seja necessário, mas não vamos tomar decisões de curto prazo que penalizem os interesses de longo prazo para o negócio”, afirmou John Flint.

Os investidores não estão a receber com agrado todo este cenário. As ações do HSBC recuam 3,57% na bolsa de Londres.

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Parecer da PGR sobre greve do enfermeiros pode aplicar-se a outras greves na Administração Pública

  • ECO
  • 19 Fevereiro 2019

Conclusões do parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República foram consideradas de "extraordinária importância" pelo primeiro-ministro "não só para o setor da saúde".

As conclusões do parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto à “ilicitude” de um fundo de greve constituído com recurso a financiamento colaborativo (crowdfunding) para apoiar grevistas, como aconteceu com a paralisação cirúrgica dos enfermeiros, pode vir a fazer escola em toda a administração pública.

O primeiro-ministro terá considerado as conclusões do parecer da PGR “de extraordinária importância”, não só para o “setor da saúde, mas para todos os setores da Administração Pública“, avança o Público na edição desta terça-feira.

António Costa homologou o parecer da PGR, na parte que se refere à forma de financiamento, em despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A constituição de fundos de greve, quando promovida por entidades não sindicais, constitui uma ingerência não admissível na atividade de gestão da greve“, sublinha Costa no despacho do Conselho Consultivo da PGR.

Costa destaca que as conclusões que resultam do parecer “quanto à ilicitude” de um fundo de greve financiado através do crowdfunding são “particularmente relevantes” tendo em conta a “ausência de regras no nosso ordenamento jurídico”.

O primeiro-ministro nota que isto acontece “num contexto de crescente recurso a novas formas de financiamento que implicam, em muitos casos, donativos anónimos”.

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Greve dos enfermeiros é ilegal por não corresponder ao pré-aviso, refere PGR

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2019

O parecer diz também que a greve é ilegal porque o fundo usado para compensar a perda de salário não foi constituído nem gerido pelos sindicatos que a decretaram.

A Procuradoria-Geral da República considerou a greve dos enfermeiros ilegal por não corresponder ao pré-aviso e porque o fundo usado para compensar a perda de salário não foi constituído nem gerido pelos sindicatos que decretaram a paralisação.

Segundo o parecer complementar do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) publicado em Diário da República, que se refere à greve aos blocos operatórios decretada em novembro e dezembro, os enfermeiros, apesar de terem paralisado de forma intercalada, devem perder o salário referente a todo o período da greve.

“Não deve ser admitida a desproporção entre os prejuízos causados à entidade patronal e as perdas salariais sofridas pelos trabalhadores em greve, pelo que os descontos salariais devem ter em conta não só o período efetivo em que cada trabalhador se encontrou na situação de aderente à greve, mas também os restantes períodos que, em resultado daquela ação concertada, os serviços estiveram paralisados”, refere documento.

Quanto ao financiamento colaborativo (crowdfunding) usado pelos enfermeiros, o parecer considera que “não é admissível que os trabalhadores aderentes a uma greve vejam compensados os salários que perderam como resultado dessa adesão através da utilização de um fundo de greve que não seja constituído, nem gerido pelos sindicatos que decretaram a greve”.

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Fundo do Estado para reabilitação sem limites nos ajustes diretos

  • ECO
  • 19 Fevereiro 2019

A lei manda que apenas sejam aplicados os princípios da contratação pública, deixando a este fundo grande margem flexibilidade nas empreitadas, apesar de a Fundiestamo garantir transparência.

O Fundo Nacional para a Reabilitação do Edificado (FNRE) não está sujeito à aplicação das regras e prazos da contratação pública na aquisição de bens e serviços ou contratos para execução de empreitadas. Essa circunstância dá ao fundo estatal margem de manobra e flexibilidade nas empreitadas adianta o Jornal de Negócios (acesso pago), o que gera polémica apesar de a Parpública garantir toda a transparência.

O jornal cita informação contida numa apresentação que a Fundiestamo, empresa do universo Parpública que gere o fundo, tem vindo a fazer pelo país, nomeadamente junto de autarquias interessadas em colocar imóveis no FNRE.

A lei do Orçamento do Estado para este ano prevê que “sejam observados os princípios da concorrência, da publicidade e da transparência, da igualdade de tratamento e da não-discriminação”, uma formulação que dá cobertura legal à opção assumida pelo Governo, mas que permite, por exemplo, não tenham de ser seguidas as regras que obrigam à realização de concursos públicos para obras a partir de um determinado montante.

O FNRE foi criado pelo Governo para integrar imóveis devolutos do Estado, autarquias e terceiro setor, de modo a serem reabilitados e pelo menos 51% dos fogos destinados a habitação. O fundo já tem nove imóveis, sendo estimado que possa chegar aos 250.

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Sonae aposta em inteligência artificial para aumentar as vendas. Investe na ViSenze

A Sonae IM coliderou uma ronda de investimento de 20 milhões de dólares na ViSenze, uma empresa que alia a inteligência artificial com elementos visuais para levar os consumidores à compra.

A Sonae IM voltou às compras. O alvo desta vez foi a ViSenze, uma startup tecnológica de Singapura que alia a inteligência artificial ao poder da imagem para potenciar o comércio. A subsidiária portuguesa da Sonae coliderou uma ronda de investimento Series C de 20 milhões de dólares, em conjunto com a Gobi Partners, anunciou esta terça-feira.

Algoritmos e outras tecnologias ligadas à inteligência artificial têm ganhado grande relevância no comércio eletrónico e também em lojas físicas. Várias tecnológicas têm desenvolvido soluções que recorrem aos dados dos utilizadores e a elementos visuais para levarem os consumidores à compra, um exemplo de como a tecnologia tem ajudado as empresas a aumentarem o volume de vendas e a faturação.

Sem revelar o montante investido e a posição exata adquirida, a Sonae IM garante que a ViSenze, fundada em 2012, “tem passado por uma expansão global com mais de 80 trabalhadores” e conta com diversos escritórios na Europa, EUA e Ásia. “O atual financiamento será usado pela ViSenze para fornecer tecnologia avançada e verticalizada para o comércio com base em imagem, para retalhistas, marcas e empresas de media”, sublinha a empresa.

Em comunicado, a subsidiária da Sonae revela que a ViSenze tem parcerias com várias fabricantes de smartphones, como a Samsung, a LG e a Huawei. “As soluções para plataforma da empresa ligaram acima de 400 milhões de produtos de mais de 800 vendedores e retalhistas na sua rede global de afiliados”, indica a Sonae IM.

A ViSenze já não era alvo de uma injeção de capital desde 2016. Em setembro desse ano, oito investidores juntaram-se para dotar a startup de 10,5 milhões de dólares de capital fresco, entre os quais a Rakuten, que também participou na ronda anunciada esta terça-feira. A Rakuten é uma multinacional japonesa que fornece soluções tecnológicas para o comércio eletrónico.

Esta é a segunda operação de investimento anunciada pela Sonae IM este ano. Em meados de janeiro, o ramo de investimento do grupo Sonae anunciou a compra de uma posição maioritária na Excellium, uma empresa de cibersegurança com sede no Luxemburgo. Foi a décima empresa de segurança informática adquirida pela Sonae IM em cinco anos.

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Lisboa cai após três dias de ganhos. BCP e Jerónimo Martins pesam

O PSI-20 está no vermelho em sintonia com os pares europeus, num dia em que o BCP e a Jerónimo Martins condicionam o rumo da praça bolsista nacional.

A bolsa nacional está no vermelho, após três dias a somar ganhos. O PSI-20 acompanha o rumo dos pares europeus, condicionado pelo deslize dos títulos do BCP e da Jerónimo Martins.

O PSI-20 arrancou a desvalorizar 0,17%, para os 5.135,08 pontos, em linha com as perdas de 0,2% sofridas pelo Stoxx 600, índice que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas do Velho Continente.

O BCP é um dos principais responsáveis pelas perdas que se registam na praça lisboeta. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuam 0,43%, para os 23,13 cêntimos, influenciado pelos resultados aquém do esperado do HSBC. O maior banco europeu reportou um resultado trimestral antes de imposto de 19,890 milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros), abaixo dos 21,260 milhões de dólares antecipados pelos analistas.

Referência negativa também para os títulos da Jerónimo Martins que recuam 0,59%, para 12,655 euros, sendo o segundo título mais penalizado do PSI-20. A liderança das perdas cabe aos CTT. As ações da empresa dos correios desvalorizam 1,03%, para os 3,086 euros, depois de a Anacom ter acusado os CTT de terem uma inadequada repartição de gastos entre as atividades postal e bancária. A empresa vai ser obrigada a ter um sistema de contabilidade analítica com separação de contas entre serviços e produtos.

A travar perdas mais acentuadas na bolsa nacional estão os títulos da Navigator. As ações da papeleira somam 0,24%, para os 4,236 euros, logo atrás da Corticeira Amorim que é a cotada do PSI-20 que mais valoriza nesta sessão. Os seus títulos avançam 0,31%, para os 9,80 euros.

(Notícia atualizada às 8h22 com mais informação)

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