Banco de Portugal aprova nova administração da gestora dos fundos imobiliários do Novo Banco

  • ECO
  • 2 Janeiro 2019

Volkert Reig Schmidt, que chegou ao Novo Banco em 2017, assume presidência do conselho de administração da GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário.

O Banco de Portugal deu luz verde para o exercício de funções dos membros do conselho de administração e do conselho fiscal da GNB – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, a gestora dos fundos imobiliários do Novo Banco.

Com esta autorização do regulador, Volkert Reig Schmidt assume a presidência da administração daquela sociedade gestora para o mandato 2018-2021, sendo Ana Paula Saraiva Marcelo Grave Rodrigues e Nelson José Pereira Marques Martins os restantes membros do conselho, com reporte ao conselho de administração do Novo Banco, indica o banco liderado por António Ramalho em comunicado.

Volkert Reig Schmidt ingressou no Novo Banco como diretor geral em 2017, após a aquisição do banco pelo Lone Star, tendo assumido a liderança do Departamento Imobiliário do banco.

Antes de ingressar no Novo Banco, Schmidt era diretor geral da Hudson Advisors, onde foi responsável pela execução e estruturação da aquisição, gestão e alienação de carteiras de ativos residenciais e comerciais, tendo concretizado a venda de mais de três mil de euros em ativos imobiliários e atuou como negociador chefe na negociação amigável da recuperação de 1,5 mil milhões de euros de ativos.

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A Anacom obrigou os CTT a implementarem uma série de alterações à forma como é medida a qualidade do serviço público do correio. Cartas com chips, só com autorização do regulador.

Depois de começar o dia com uma queda superior a 1%, a bolsa de Lisboa recuperou e fechou a subir 0,20%. Subida superior a 3% no preço do petróleo pôs a Galp a fazer um brilharete.

A paragem de produção teve início no dia 22 de dezembro, e deveu-se à falta de motores a gasolina. Os trabalhadores regressam ao trabalho no turno da noite de 4 de janeiro.

Em 2018 foram aprovados 924 pedidos, e chumbados mais de uma centena. Ainda estão sob análise pelo Banco de Portugal cerca de 4.260 pedidos de autorização.

Os especialistas acreditam que 2019 deverá trazer subidas “modestas” dos encargos com o crédito da casa, num período que ainda é marcado por muita incerteza relativamente aos juros de referência.

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Vans processa Primark por copiar ténis

A Vans tinha já sinalizado a situação à Primark, mas os modelos continuam à venda nas lojas. Para a marca norte-americana, os ténis são cópias intencionais dos seus produtos.

Inspiração ou cópia? A Vans lançou um processo contra a Primark, por produzirem e venderem “cópias intencionais” dos conhecidos ténis Old Skool. A marca tinha já pedido para a cadeia low-cost parar de vender este produto, mas continuam disponíveis nas prateleiras.

A Vans e o grupo VF Corp abriram o processo num tribunal em Nova Iorque, por violação de marca registada e concorrência desleal, no início deste mês, avança o The Independent (acesso livre/conteúdo em inglês). Em causa estão dois pares de ténis da Primark que têm uma linha lateral branca, semelhante ao modelo icónico da Vans.

Apesar de não serem exatamente iguais, os modelos têm características que são reminiscentes dos traços da Vans. “O posicionamento proeminente e o contraste de cores da marca lateral registada tornam os sapatos Vans imediatamente reconhecíveis pelos consumidores, mesmo a grandes distâncias”, indica a marca nos documentos enviados ao tribunal.

Para a marca norte-americana, os nomes dos modelos da Primark são indicadores de que se inspiraram no seu produto. São eles “Skater low tops” e “Skater high tops”, ou seja os ténis de cano alto e baixo para skaters. Os sapatos vendem-se em Portugal por 10 euros, e noutras lojas da cadeia irlandesa espalhadas pelo globo por valores semelhantes. Já os originais da Vans custam cerca de 70 euros.

Todos estes elementos levam a Vans a afirmar que os produtos são imitações que têm como objetivo “confundir os consumidores”. A Primark já terá indicado que discorda com as alegações da marca, e planeia defender a sua posição.

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Vendas de carros sobem há seis anos. Volkswagen derrapa no top das vendas, Mercedes sobe ao pódio

Ao todo, foram vendidos 273 mil novos veículos em Portugal no ano passado, um aumento de 2,6%. Renault continua a ser a mais vendida, mas a Volkswagen afundou no top das marcas mais vendidas.

As vendas de carros voltaram a aumentar em 2018, naquele que é o sexto ano consecutivo de evolução positiva do setor. O crescimento está, contudo, a abrandar e, na fase final do ano, houve mesmo uma quebra. A Renault e a Peugeot continuam a ser as duas mais vendidas, mas há uma mudança significativa no topo das marcas preferidas dos portugueses: a Volkswagen passou do terceiro para o nono lugar, com uma quebra de 25% nas vendas.

Os dados foram divulgados, esta quarta-feira, pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), que dá conta de que, ao todo, foram vendidos 273.213 novos veículos em Portugal no conjunto do ano passado, o que representa um aumento de 2,6%. Em 2017, as vendas de carros tinham aumentado mais de 7%.

Considerando apenas os veículos ligeiros de passageiros, que representam a larga maioria da vendas, o crescimento foi de 2,8%, para as 228.290 unidades. Já as vendas de pesados recuaram 2% no ano passado, totalizando 5.617 vendas.

A Renault e a Peugeot mantêm-se como as duas marcas preferidas pelos portugueses, com aumentos de 3,7% e 8,9% nas vendas de ligeiros de passageiros, respetivamente. Já a terceira marca mais vendida passou a ser a Mercedes, com uma subida de 1,2% das vendas de ligeiros de passageiros.

Isto depois de a Volkswagen ter derrapado no ranking das marcas mais vendidas: passou do terceiro lugar em 2017 para o nono lugar no ano passado, com uma quebra de 24,7%, para os 12.407 veículos ligeiros de passageiros vendidos.

A contribuir para esta quebra da Volkswagen estará a contração do mercado de carros a gasóleo, que representa a larga maioria das vendas da marca alemã. Os automóveis a gasóleo continuam a dominar as vendas, mas, entre janeiro e outubro do ano passado, segundo dados recolhidos pelo Público (acesso condicionado), venderam-se menos 11 mil carros a gasóleo do que em 2017. Esta é a primeira vez desde 2012 em que as vendas de carros diesel caem. Em sentido contrário, regista-se um forte aumento da comercialização de veículos a gasolina e outras energias alternativas, como os carros elétricos.

Marcas de luxo aceleram

Também a maioria das marcas de luxo viu as suas vendas a aumentar. A Jaguar surge como a mais vendida, com uma subida de 22%, para um total de 851 unidades vendidas. Segue-se a Porsche, com um crescimento de 25,6%, para um total de 260 veículos ligeiros de passageiros vendidos.

Já a Ferrari vendeu 23 carros, mais três do que em 2017, enquanto a Lamborghini comercializou sete veículos, também mais três do que um ano antes.

Em sentido contrário, a Maserati e a Aston Martin registaram quebras de 30,8% e de 37,5%, respetivamente, nas vendas de ligeiros de passageiros, para um total de 36 e 10 unidades vendidas.

Notícia atualizada às 18h55 com mais informação.

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Lisboa muda Economia e Inovação com saída de Paulo Soeiro de Carvalho

Paulo Soeiro de Carvalho, responsável pela inovação autárquica desde que Costa foi presidente da Câmara, cessou funções a 31 de dezembro. Esteve no cargo durante sete anos e meio.

Lisboa vai ter nova liderança na Economia e Inovação. Paulo Soeiro de Carvalho, que desde 2011 ocupava o lugar dentro da autarquia, cessou funções no cargo no dia 31 de dezembro. Com a saída do diretor municipal de Economia e Inovação, a pasta ficará sem responsável até uma das próximas reuniões de câmara à qual será levada proposta de um novo ou nova responsável.

Em cima da mesa estará o nome de Margarida Figueiredo, do departamento de Emprego, Empreendedorismo e Empresas que já pertencia à equipa de Inovação autárquica, apurou o ECO.

Margarida Figueiredo e Paulo Soeiro de Carvalho.Câmara Municipal de Lisboa

Paulo Soeiro de Carvalho anunciou a sua saída através do Facebook. Na mensagem, o diretor municipal de Economia e Inovação sublinha o convite feito pelo então presidente da Câmara, o agora primeiro-ministro António Costa, e os resultados do trabalho desenvolvido ao longo dos mais de sete anos e meio. “Na altura Portugal vivia uma das mais profundas crises económicas e financeiras da sua história recente, decidimos definir como visão estratégica ‘Transformar Lisboa numa das cidades mais competitivas, inovadoras e criativas da Europa'”, refere.

Paulo Soeiro de Carvalho foi convidado em maio de 2011 para integrar a equipa camarária e criar e estruturar de raiz uma direção de Economia e Inovação centrada nas áreas de economia, inovação, empreendedorismo e conhecimento.

Foi nessa altura que, mais fortemente, começaram a aparecer na cidade iniciativas mais ligadas ao empreendedorismo, como o caso da Startup Lisboa, inaugurada no início de 2012. Depois da saída da câmara municipal, Paulo Soeiro de Carvalho vai dedicar-se a um projeto empresarial ligado à consultoria de inovação e estratégia na área das tecnologias de informação.

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Energia renovável abasteceu 52% do consumo em 2018

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2019

Mais de metade do consumo nacional de energia em 2018 foi de produção renovável, com a eólica e hidroeléctrica a liderar. Os dados foram revelados pela REN.

A produção renovável abasteceu 52% do consumo nacional em 2018, repartida pela eólica e hidroelétrica (cada uma com 23%), biomassa (5%) e fotovoltaica (1,5%), de acordo com os dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, hoje divulgados. Por sua vez, a produção não renovável abasteceu os restantes 48%, repartida pelo gás natural (27%) e pelo carvão (21%).

“O saldo de trocas com o estrangeiro foi exportador, pelo terceiro ano consecutivo, equivalendo a cerca de 5% do consumo nacional”, revelou, em comunicado, a REN. Em 2018, o consumo de energia elétrica totalizou 50,9 Terawatts-hora (TWh), mais 2,5% face ao período homólogo, enquanto o índice de produtibilidade hidroelétrica anual fixou-se em 1,05 (média histórica igual a um) e o de produtibilidade eólica se situou em um, “em linha com o regime médio”. Já o consumo de gás natural totalizou 64,9 TWh, com uma variação anual de menos 6,8%, “o segundo consumo anual mais elevado de sempre”, ultrapassado apenas pelo de 2017.

“No segmento do mercado elétrico, que representou 32% do consumo total, registou-se uma contração de cerca de 25%, parcialmente compensada por um crescimento de 4,8% no segmento convencional”, lê-se no documento. Porém, em dezembro de 2018, o consumo de eletricidade registou uma contração de 2,4%, em comparação com igual período do ano anterior, “resultado das temperaturas acima da média registadas este mês”.

No mês de referência, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,63 (média histórica igual a um), enquanto na produção eólica o índice de produtibilidade respetivo registou 0,83 (média histórica igual a um).

Em dezembro, a produção renovável abasteceu 56% do consumo nacional e a produção não renovável os restantes 44%, mantendo-se o saldo de trocas com o estrangeiro “exportador”, equivalendo a 0,4% do consumo nacional. No mercado do gás natural manteve-se, no mês em causa, uma tendência de queda do consumo, “influenciada pela maior disponibilidade de energia renovável verificada em 2018, com a consequente quebra no segmento de produção de energia elétrica e gás.

Em dezembro, o consumo nacional registou uma queda de 7%, apesar do crescimento de 6,9% no segmento convencional, indicou a REN.

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Banco de Portugal recebeu mais de 5 mil pedidos de intermediários de crédito em 2018

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2019

Em 2018 foram aprovados 924 pedidos, e chumbados mais de uma centena. Ainda estão sob análise pelo Banco de Portugal cerca de 4.260 pedidos de autorização.

O Banco de Portugal recebeu 5.314 pedidos de autorização de intermediários de crédito em 2018, dos quais 41% em dezembro, segundo a informação divulgada esta quarta-feira pelo banco central.

Ainda no ano passado, o Banco de Portugal aprovou 924 pedidos e recusou 129, permanecendo em análise 4.261 pedidos. O novo regime jurídico dos intermediários de crédito faz com que o acesso e o exercício da atividade sejam regulados pelo banco central, pelo que obriga as pessoas e empresas que atuam como intermediário de crédito a registarem-se junto do banco central.

Apesar de o ano de 2018 já ter terminado, o número de pedidos de autorização de intermediários de crédito poderá vir a aumentar porque ainda decorre o prazo para chegarem os pedidos por correio.

Em Portugal, a atividade daqueles intermediários não estava regulada, nem sujeita a normas específicas, existindo apenas desde 2009 alguns deveres, sobretudo ao nível de prestação da informação aos clientes.

Com a entrada em vigor deste novo regime, em 1 de janeiro, passaram a existir três categorias de intermediários: os de crédito vinculados, os intermediários de crédito não vinculados e os intermediários de crédito a título acessório.

Os intermediários de crédito vinculados e os intermediários de crédito a título acessório apenas vão poder ser remunerados pelas instituições mutuantes com quem mantêm vínculo, não recebendo dos clientes qualquer retribuição pela prestação dos seus serviços.

Já os intermediários de crédito não vinculados apenas vão poder ser remunerados pelos seus clientes, sendo-lhes negada a possibilidade de remuneração, a qualquer título, pelas instituições mutuantes.

O novo regime tem um período transitório, até julho, pelo que se até lá as pessoas singulares e coletivas que atuam como intermediário de crédito não conseguirem o registo não podem exercer atividade.

Em 28 de dezembro passado, o Governo prolongou, através de decreto-lei, até 31 de julho de 2019 o regime transitório para que o Banco de Portugal (BdP) se pronuncie sobre os intermediários de crédito.

A atividade de intermediário de crédito consiste em prestar serviços na comercialização de contratos de crédito. O intermediário de crédito – pessoas singulares ou empresas – não concede diretamente o crédito mas atua em nome de outros, na apresentação ou aconselhamento de contratos de crédito.

Podem ser intermediários de crédito ‘stands’ de automóveis ou lojas de venda de eletrodomésticos, onde os consumidores adquirem bens com dinheiro emprestado, ou uma pessoa ou empresa contratada pelo consumidor para o ajudar na escolha de um crédito.

O novo regime resulta da transposição de uma diretiva comunitária de 2014, cujo atraso na transposição do regime já tinha sido notificado por Bruxelas a Portugal.

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CTT têm seis meses para mudar sistema de chips nas cartas

A Anacom obrigou os CTT a implementarem uma série de alterações à forma como é medida a qualidade do serviço público do correio. Cartas com chips, só com autorização do regulador.

Os CTT CTT 1,83% têm até 1 de julho para implementarem “um conjunto de alterações” ao sistema que é usado para medir os vários indicadores de qualidade do serviço postal universal. A obrigação foi imposta pela Anacom esta quarta-feira, depois de o regulador ter contratado a consultora Grant Thornton para realizar uma auditoria a esse sistema, que é levado a cabo pela PwC.

Atualmente, no que toca ao correio, é usado um sistema em que são enviadas cartas com chips por um conjunto de painelistas anónimos, com o intuito de medir os tempos de entrega e garantir que os CTT estão a cumprir com o que contratualizaram com o Estado (o ECO já aqui explicou como funciona o sistema). No entanto, a auditoria concluiu que estes procedimentos, da forma como estão implementados, “não garantem o anonimato dos painelistas”, o que poderá levar a que este correio “tenha um tratamento mais específico” e “mais favorável” do que o correio verdadeiro.

Entre as determinações feitas pela Anacom está a de que a utilização destes chips passa a carecer de validação do regulador: “Não é permitida a utilização de objetos de teste com dispositivos de reconhecimento eletrónico (transponders), salvo quando exista autorização prévia da Anacom”, aponta o regulador num comunicado divulgado esta quarta-feira. Além disso, “a aparência dos objetos de teste não pode desviar-se da aparência dos envios de correio real”, para que “não sejam facilmente distinguíveis face aos envios de correio real”.

Já no que toca ao tempo de espera nas lojas dos correios, é usado um sistema de cliente-mistério, uma pessoa que é contratada para recolher a informação. A auditoria concluiu que “o facto de a pessoa contratada para efetuar a medição ser facilmente reconhecível poderá levar a que os CTT adorem um comportamento distinto quando a medição está a ser feita, em relação ao atendimento normal”.

Assim, a entidade liderada por João Cadete de Matos determinou que o cliente-mistério não pode “recolher informação mais do que três vezes por ano” no mesmo estabelecimento e no mesmo ano, nem ir ao mesmo estabelecimento sem que tenham decorrido quatro meses desde a última vez.

CTT: Sistema “segue as melhores práticas”

Na visão da Anacom, as alterações “visam tornar o sistema de medição dos indicadores de qualidade do serviço postal universal mais fiável e robusto”. Isto porque, para a entidade, “o sistema atual apresenta múltiplas fragilidades”.

Opinião contrária tem a empresa. Num comunicado emitido após esta notícia, os CTT garantem que “desde outubro de 2016 que a medição é feita por uma entidade externa (PwC)”, e que esse sistema “segue as melhores práticas de medição de qualidade do setor postal europeu”.

“Os CTT são os primeiros e principais interessados numa medição correta, íntegra, fidedigna e compatível com a prestação eficiente do serviço postal universal, tudo fazendo permanentemente para que o processo seja um dos contributos para as constantes iniciativas de melhoria contínua”, garante a companhia presidida por Francisco de Lacerda. Ainda assim, “os CTT tomaram conhecimento da decisão final da Anacom que determina alterações ao sistema de medição de qualidade e vão analisar os seus impactos”.

(Notícia atualizada às 17h51 com reação dos CTT)

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Flexdeal tem lucro de 396 mil euros no primeiro ano como SIMFE. Vai dar 60% aos acionistas

Participações em 27 empresas rendeu 1,53 milhões de euros à primeira sociedade de investimento para o fomento da economia em Portugal e mais recém cotada da bolsa de Lisboa.

A primeira sociedade de investimento para o fomento da economia (SIMFE) portuguesa, a Flexdeal, teve um lucro superior a 396 mil euros nos 12 meses que terminaram no fim de setembro (equivalentes ao primeiro exercício fiscal completo). A empresa liderada por Alberto Amaral tornou-se, a 24 de dezembro, a mais recente cotada na bolsa de Lisboa e irá distribuir 60% dos lucros aos acionistas.

“O resultado líquido do exercício no período anual terminado em 30 de setembro de 2018 foi de 396.429,87 euros. Antes de impostos, o resultado líquido foi de 305.377,26 euros. Ao resultado antes de impostos acresceu um benefício fiscal associado à remuneração convencional do capital social em consequência do aumento de capital realizado durante o exercício”, refere o relatório e contas, publicado no site da Flexdeal.

O EBITDA — lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — foi de 579.689,16 euros. Tal como prometido no momento da entrada em bolsa, a Flexdeal vai distribuir 60% dos lucros pelos acionistas (face à obrigação legal de um pay-out de 30%). Assim, a empresa vai usar 237,86 mil euros para a distribuição de dividendos.

O objetivo das SIMFE é o investimento em pequenas e médias empresas (PME), mas também em mid caps e small mid caps. A lei obriga a que os instrumentos de capital representem um mínimo de 50% do património da empresa. A Flexdeal detinha, no final do terceiro trimestre, uma carteira de 11,8 milhões de euros (correspondentes a 93,1% do ativo total) com 27 participações.

Estes investimentos resultaram em rendimentos de 1,53 milhões de euros, a que acrescem rendimentos a reconhecer no futuro, sobre investimentos celebrados no decurso do exercício, no montante de 439,3 mil euros.

“No próximo exercício, a sociedade prevê consolidar o seu modelo de negócio através do reforço da sua estrutura de capital. O crescimento da base de capital da sociedade permitirá aumentar os investimentos em curso e iniciar novos investimentos, quer na tipologia habitual de participações minoritárias quer, futuramente, também através de novas participações maioritárias. Ao mesmo tempo, o crescimento da base de capital permitirá diluir a estrutura de gastos operacionais da sociedade, em benefício da rentabilidade final dos acionistas”, acrescentou a empresa.

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Galp sobe à boleia do petróleo. Lisboa segue a tendência

Depois de começar o dia com uma queda superior a 1%, a bolsa de Lisboa recuperou e fechou a subir 0,20%. Subida superior a 3% no preço do petróleo pôs a Galp a fazer um brilharete.

Depois de um arranque sob forte pressão, a bolsa portuguesa recuperou em alta ligeira, suportada nos ganhos expressivos da petrolífera Galp Energia. Lisboa acompanhou a tendência positiva sentida também em Espanha, Itália e Alemanha, mas o dia foi de perdas na Europa, com a praça francesa a recuar 1%.

Numa sessão em que o Stoxx 600 caiu 0,20%, o português PSI-20 contrariou e fechou a subir 0,20%, depois de um arranque em que chegou a perder mais de 1%. A Galp Energia foi a empresa que mais contribuiu para os ganhos: subiu 1,92%, para 14,06 euros por ação, num dia em que o petróleo segue a valorizar 3,35% em Londres. O Brent, referência para as importações nacionais, negoceia a 55,60 dólares.

A EDP Renováveis também puxou pelo índice português. O preço dos títulos da empresa liderada por João Manso Neto subiu 0,45%, colocando as ações a cotarem em 7,81 dólares. Nota positiva também para os CTT, que valorizaram 0,61%, para 2,964 euros por ação.

Em sentido inverso, a bolsa foi prejudicada pelo fraco desempenho da EDP e do BCP. A empresa presidida por António Mexia derrapou 1,61%, para três euros, enquanto o banco liderado por Miguel Maya recuou 0,39%, para 22,86 cêntimos.

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Trabalhadores da Autoeuropa regressam ao trabalho na sexta-feira

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2019

A paragem de produção teve início no dia 22 de dezembro, e deveu-se à falta de motores a gasolina. Os trabalhadores regressam ao trabalho no turno da noite de 4 de janeiro.

Os trabalhadores da Autoeuropa regressam ao trabalho na próxima sexta-feira, depois de uma paragem de produção que teve início no dia 22 de dezembro devido à falta de motores a gasolina, confirmou esta quarta-feira à agência Lusa fonte da empresa.

De acordo com a informação revelada pela Autoeuropa no passado mês de dezembro, a laboração normal da fábrica de automóveis do grupo Volkswagen em Palmela deverá ser retomada no turno da noite de sexta-feira, dia 4 de janeiro.

Esta paragem de produção na Autoeuropa nada teve a ver com a greve dos estivadores do Porto de Setúbal em protesto contra o elevado número de trabalhadores em situação de precariedade, mas com dificuldades de resposta de alguns fornecedores da fábrica de Palmela.

Com a mediação do Ministério do Mar, o conflito laboral no Porto de Setúbal, que se arrastava desde o início de novembro do ano passado, foi ultrapassado com a assinatura de um acordo no passado dia 14 de dezembro.

Esse acordo permitiu a integração de 56 trabalhadores precários nos quadros de pessoal das empresas Operestiva e Setulsete e garantiu a preferência dos restantes na distribuição de trabalho, face a outros trabalhadores que ainda não trabalham no Porto de Setúbal.

Segundo o gerente da Operestiva, Diogo Marecos, após a resolução do conflito laboral, “a Autoeuropa exportou um total de 13 mil veículos a partir do Porto de Setúbal, no período de 14 a 31 de dezembro do ano passado”.

“Neste momento, a Autoeuropa tem cerca de 1.500 viaturas no Porto de Setúbal e mais oito mil em diversos parques secundários, designadamente na Base Aérea do Montijo”, acrescentou o responsável da Operestiva.

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“O que estava em causa era vestir a camisola e não quem angariava mais clientes ou faturava mais”

Escritório fundado por Vera Jardim sofre agora uma cisão. Vera Jardim e Magalhães e Silva saem agora do escritório para fundar um novo, já este mês.

Tudo começou nos anos 70 com José Vera Jardim, a quem se juntaram Jorge Sampaio, Júlio Castro Caldas e, mais tarde em 1986, Manuel Magalhães e Silva. Com a saída do ex-bastonário Júlio Castro Caldas do escritório – aquela que sempre foi a Jardim, Sampaio, Caldas & Associados – passou a ser a Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva & Associados. Nove anos volvidos, desse mesmo escritório saem agora os dois últimos dos fundadores para criar a Vera Jardim, Magalhães e Silva Advogados.

A razão? “A sociedade já não corresponde ao paradigma sobre o qual nós a tínhamos fundado e feito progredir e, como tal, hoje é uma sociedade com características diferentes, na qual nem eu nem o Dr. Vera Jardim nos revemos”, explica Manuel Magalhães e Silva, em declarações à Advocatus. “O nosso escritório era essencialmente uma fraternidade. Não entrava em linha de conta na distribuição de resultados entre sócios, nem a faturação, nem a angariação de clientes, mas apenas a antiguidade na profissão.

E em 2009 e 2010 já se tinha chegado a um ponto tal que todos os sócios tinham igual antiguidade para distribuição de resultados. O que estava em causa era vestir a camisola e não quem angaria mais clientes ou fatura mais”, explicou o advogado que em 2014 já tinha amortizado a sua quota. “Hoje, a sociedade já não corresponde ao paradigma sobre o qual nós a tínhamos fundado e feito progredir e, como tal, hoje é uma sociedade com características diferentes, na qual nem eu nem o Dr. Vera Jardim nos revemos. Sobretudo quando houve uns acontecimentos no último ano, sobre os quais prefiro não falar ou detalhar porque, ainda assim, tem de haver alguma decência nestas coisas”, explica o antigo consultor para os Assuntos Políticos de Jorge Sampaio, em Belém, de 1996 a 2006.

Assim, a partir de 1 de janeiro, o novo escritório passará a ter apenas dois nomes e estará sediado a dois minutos daquele que os dois advogados agora deixam: no número 66, 3º andar, da Av. Duque de Loulé. O objetivo é criar um escritório- boutique, com menos de dez advogados. Focados no contencioso civil, comercial e também o penal e contra ordenacional. “Em 2014 eu também amortizei a minha quota, quando atingi os 70 anos, mas continuei como of counsel. E o Dr. Jardim, tendo amortizado a quota em 2009, continuou a ser consultor da sociedade e a trabalhar em nome dela”. E porque, na visão de Magalhães e Silva, a sociedade, tal como está, “já não é efetivamente a mesma coisa, e por isso vamos partir para um projeto diferente, que corresponda à nossa forma de olhar para a advocacia. É que,”. Porque, até aqui, “estando eu há 323 anos no escritório e sendo o Vera Jardim sócio fundador, não era indiferente a forma como estavam a evoluir as coisas; e, quando houve um comportamento todo ao arrepio destes princípios, esse foi o ponto final”.

O escritório – que agora os dois advogados deixam – manter-se-à na mesma avenida, no número 141. “O meu nome vai sair, a partir do dia 1, mas como o nome do José Vera Jardim estava lá há décadas, assim vai continuar. Mas a sociedade já não vai ser a mesma, apesar de manter mas terá à mesma o nome Jardim, mas claro que não é a mesma sociedade. Nós reconhecemos talento a todos os que ficam, que são excelentes advogados, mas são pessoas novas e que não têm a notoriedade social e profissional que ambos temos. Percebe-se, por isso, que queiram manter o nome Jardim”.

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